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BOLETIM OFIC
Segunda-feira, 3 de Setembro de 2007 Número 36
Dos assuntos para publicação no "Boletim Oficial", devem ser enviados o Os pedidos de assinatura ou números avulsos do "Boletim Oficial" devem
original e o duplicado, devidamente autenticados pela entidade responsavel, ser dirigidos a Direcçáo Comercial da INACEP - Imprensa Nacional, Empresa
a Direcção-Geral da Função Pública - Repartição de PublicaçBes -, a Pública -, Avenida do Brasil, Apartado 287 - 1204 Bissau Codex - Bissau
fim de se autorizar a sua publicaçáo. Guiné-Bissau.
SUMÁRIO PARTE I
PARTE I ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR
Assembleia Nacional Popular: Lei fl.O 412007
Lei n.O 412007.
de 3 de Setembro
Aprovado lei de enquadramento da Protecção Social.
Preâmbulo
Ministério da Educação Nacional:
Despacho n.' 1712002. A Assembleia Nacional Popular decreta, nos
Nomeados, Chefe de Património de Repartição e de Finanças, os termos da alínea c) do n.O Ido artigo 8 5 . O da Consti-
senhores que indicam. tuição da República, o seguinte:
Secretaria de Estado dos Combatentes:
LEI DE ENQUADRAMENTO DA PROTECÇÁO
SOCIAL
Despacho n.O 2012003.
CAP~TULOI
Nomeado, em comissão de serviço, Assessor Técnico para
Administração e Finanças, o senhor que indrca. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Secretaria de Estado da Cultura, Juventude e Desportos: ARTIGO 1.O
Despacho n.O 512004. Objectivos e política da protecção social
Exonerado e designado para, em comissão de serviço, 1. A D ~ O ~ ~ Csocial
C ~ Ovisa atenuar os efeitos da
desempenhar as funções de Director de Serviço das Apostas
Mútuas, o senhor que indica.
redução dos rendimentos dos trabalhadores nas
situações de falta ou diminuição da capacidade de
PARTE 11 trabalho, na maternidade, na velhice e garantir a
Ministério da Reforma Administrativa, Função Pública e
sobrevivência dos seus familiares, em caso de
Trabalho: morte.
Direcção Geral da Função Pública: 2. Pretende ainda compensar, pelo menos
Despachos. parcialmente, o aumento dos encargos inerentes a
situações familiares de especial fragilidade ou
PARTE III dependência.
AVISOS E ANÚNCIOS OFICIAIS
3. A protecção social procura também assegu-
M i n i s t é r i o das Obras Públicas, Urbanismo e Habita-
ção - Direcçso Geral de Geografia e Cadastro - Aviso rar meios de subsistência a população residente
e Edital. carenciada e a sua inserção na comunidade, na
medida do desenvolvimento económico do país.
PARTE NAO OFICIAL
4. A política nacional de protecção social é defi-
Ministério da Justiça - Cartório Notaria1do Sector Autónomo de
Bissau - Certidão.
nida pelo Governo.
[Digitalizado por INDLEG Base®]
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BOLETIM OFICIAL DA REPÚBLICA DA -
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BOLETIM OFICIAL
3. O trabalhador que, tendo estado inscrito na 2. Não são cumuláveis entre si as prestações
protecção social obrigatória, deixe de reunir as condi- emergentes do mesmo facto, desde que respeitantes
ções para estar abrangido, pode requerer a continua- ao mesmo interesse protegido.
ção voluntária do pagamento das contribuições, nos
SECÇÃO II
termos definidos por decreto.
DO REGIME DOS TRABALHADORES
ARTIGO 13.' POR CONTA DE OUTREM
Prestações
ARTIGO 17.'
1. As prestações podem ser pecuniárias ou em Campo de aplicação pessoal
espécie e devem ser adequadas as eventualidades a
1 . S ã o a b r a n g i d o s o b r i g a t o r i a m e n t e os
proteger, tendo em conta a situação dos trabalhadores
trabalhadores por conta de outrem, nacionais e
e suas famílias.
estrangeiros residentes e os familiares que estejam a
2. As prestações pecuniárias são periodicamente seu cargo, de qualquer sector de actividade, desde
revistas, tendo em conta o equilíbrio financeiro do que seja possível determinar a respectiva entidade
sistema e as variações salariais e do custo de vida. empregadora, incluindo os que desenvolvam activi-
3. O direito as prestações vencidas prescreve findo dades temporários ou intermitentes.
o prazo de 12 meses, contado a partir da data em que 2. No caso dos riscos profissionais, a protecção é
são postas a pagamento ou da data em que são garantida aos trabalhadores vítimas de desastre no
devidas se não requeridas. trabalho ou aos seus sucessores, sem condição
4. As prestações são intransmissíveis e impenho- alguma de residência.
ráveis salvo aquelas cujo montante ultrapasse cinco 3. São também abrangidos os trabalhadores que
vezes o valor da pensão mínima na protecção social exerçam actividade profissional subordinada na
obrigatória ou, no caso de processo de execução es- Administração Pública Central ou Local ou em qualquer
pecial por alimentos, até um terço do montante dessas outro organismo do Estado, desde que não tenham o
prestações. estatuto de funcionários ou agentes.
5. No caso de pagamento indevido de prestações, 4. Podem ser abrangidos os trabalhadores que
o direito a restituição prescreve no prazo de 10 anos exerçam actividade na Guiné-Bissau por período infe-
e pode ser efectivado através de compensação com rior a 3 anos e que provem estar enquadrados em
valores a que o beneficiário possa ter direito, até ao regime de protecção social de outro país, sem prejuízo
limite de um terço. do estabelecido nos instrumentos internacionais
ARTIGO 14.O aplicáveis.
Exclusão do direito as prestações 5. O pessoal do serviço doméstico fica sujeito a um
1. Não é reconhecido o direito as prestações no regime especial a definir por decreto.
caso de as condições da sua atribuição se verificarem ARTIGO 18.O
em virtude de acto doloso do trabalhador ou de seu Campo de aplicação material
familiar.
1. O campo de aplicação do regime compreende:
2. O direito também não é reconhecido quando
exista responsabilidade de terceiros que determine o a) A protecção na doença, através do subsídio
pagamento de indemnização e esta venha efecti- pecuniário e da assistência médica e medica-
vamente a ser paga ou não seja paga em virtude de mentosa;
negligência do beneficiário. b) A protecção na maternidade, através do subsí-
ARTIGO 15.O dio e da assistência médica e medicamento-sa;
Suspensãoecessação c) A protecção nos riscos profissionais, através de
Por despacho do Ministro da Tutela, sob proposta indemnização por incapacidade temporá-ria e
do Conselho de Administração, são determinadas as das prestações por incapacidade perma-nente
condições de suspensão e cessação das prestações. e por morte;
d) A protecção na invalidez através das respec-
ARTIGO 16.'
Concorrência de prestações tivas pensões e serviços de reabilitação e
e rendimentos de trabalho readaptação profissional;
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g) A compensação dos encargos familiares através sem sujeição a contrato de trabalho ou contrato
do abono de família e do subsídio de funeral, a legalmente equiparado e não se encontrem, em função
atribuir gradualmente nos termos definidos em da mesma, inscritos no regime dos trabalhadoies por
decreto, nomeadamente, subsí-dio de funeral conta de outrem, nos termos a definir por decreto.
por morte de pensionistas de sobrevivência e de
familiares do trabalhador activo ou pensionista. 2. A integração é faseada, determinando-se por
decreto o alargamento do regime a novos trabalha-
2. Progressivamente e com adaptação das taxas dores com capacidade para ao mesmo se vincularem.
de contribuição podem, por decreto, ser criadas outras
prestações, desde que as condições, sócio-económi- 3. O enquadramento no regime terá em conta as
cas o justifiquem, designadamente, subsídio de características do grupo a abranger, podendo ser
desemprego a beneficiários com longas carreiras definidos regimes especiais.
contributivas. ARTIGO 23.'
ARTIGO 19.' Campo de aplicação material
Inscrição
1. I n t e g r a m o b r i g a t o r i a m e n t e o r e g i m e as
1. É obrigatória a inscrição das entidades emprega- prestações de invalidez, velhice e morte previstas
doras e dos trabalhadores ao seu serviço. para os trabalhadores por conta de outrem.
2. Cabe as entidades empregadoras a responsabi- 2. Pode haver opção por um esquema alargado de
lidade de inscrever os seus trabalhadores.
prestações contemplando as eventualidades de doen-
3. Os efeitos da inscrição não se extinguem pelo ça e maternidade e a concessão de subsídio de fu-
decurso do tempo. neral.
ARTIGO 20.' ARTIGO 24.'
Condições de atribuição das prestações Inscrição
1. As condições de atribuição das prestações são
É obrigatória a inscrição dos trabalhadores, não
estabelecidas por despacho do Ministro da ,Tutela,
obstante o carácter facultativo de adesão ao esquema
podendo ser adaptadas as características do grupo a
abrange'r. alargado.
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ARTIGO 4 4 . O ARTIGO 4 9 . O
Órgãos da Tutela Tutela sobre as pessoas
Os departamentos ministeriais que tutelam as 1. O Presidente do Conselho de Administração,
entidades gestoras da protecção social de'cidadania Presidente d o Conselho Fiscal, sob proposta do
e da protecção social obrigatória são definidos por Ministro da tutela e o Director Geral são nomeados em
decreto. Conselho de Ministros.
SECÇÃO II 2. Os Administradores são nomeados por despa-
DA PROTECÇÃO SOCIAL DE CIDADANIA cho do Ministro da Tutela, sendo propostos pelas res-
ARTIGO 4 5 . O pectivas associações os representan%esdas entidades
Composição do aparelho administrativo empregadoras a das organizaçoes dos trabalhadores.
3. A entidade gestora da protecção social obrigatória 3. Sem prejuízo do definido em diplomas legais
goza de isenção de contribuições, direitos aduaneiros, próprios, ao Conselho de Administração compete:
imposto de justiça, imposto de selo, do direito de
registo e demais imposições gerais, especiais e muni- a) Definir os objectivos gerais a prosseguir pela
cipais, b e m como de outras isenções fiscais entidade gestora da protecção social obrigató-
reconhecidas por lei ao Estado. ria;
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