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BOLETIM OFIC
Segunda-feira, 3 de Setembro de 2007 Número 36

Dos assuntos para publicação no "Boletim Oficial", devem ser enviados o Os pedidos de assinatura ou números avulsos do "Boletim Oficial" devem
original e o duplicado, devidamente autenticados pela entidade responsavel, ser dirigidos a Direcçáo Comercial da INACEP - Imprensa Nacional, Empresa
a Direcção-Geral da Função Pública - Repartição de PublicaçBes -, a Pública -, Avenida do Brasil, Apartado 287 - 1204 Bissau Codex - Bissau
fim de se autorizar a sua publicaçáo. Guiné-Bissau.

SUMÁRIO PARTE I
PARTE I ASSEMBLEIA NACIONAL POPULAR
Assembleia Nacional Popular: Lei fl.O 412007
Lei n.O 412007.
de 3 de Setembro
Aprovado lei de enquadramento da Protecção Social.
Preâmbulo
Ministério da Educação Nacional:
Despacho n.' 1712002. A Assembleia Nacional Popular decreta, nos
Nomeados, Chefe de Património de Repartição e de Finanças, os termos da alínea c) do n.O Ido artigo 8 5 . O da Consti-
senhores que indicam. tuição da República, o seguinte:
Secretaria de Estado dos Combatentes:
LEI DE ENQUADRAMENTO DA PROTECÇÁO
SOCIAL
Despacho n.O 2012003.
CAP~TULOI
Nomeado, em comissão de serviço, Assessor Técnico para
Administração e Finanças, o senhor que indrca. DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
Secretaria de Estado da Cultura, Juventude e Desportos: ARTIGO 1.O
Despacho n.O 512004. Objectivos e política da protecção social
Exonerado e designado para, em comissão de serviço, 1. A D ~ O ~ ~ Csocial
C ~ Ovisa atenuar os efeitos da
desempenhar as funções de Director de Serviço das Apostas
Mútuas, o senhor que indica.
redução dos rendimentos dos trabalhadores nas
situações de falta ou diminuição da capacidade de
PARTE 11 trabalho, na maternidade, na velhice e garantir a
Ministério da Reforma Administrativa, Função Pública e
sobrevivência dos seus familiares, em caso de
Trabalho: morte.
Direcção Geral da Função Pública: 2. Pretende ainda compensar, pelo menos
Despachos. parcialmente, o aumento dos encargos inerentes a
situações familiares de especial fragilidade ou
PARTE III dependência.
AVISOS E ANÚNCIOS OFICIAIS
3. A protecção social procura também assegu-
M i n i s t é r i o das Obras Públicas, Urbanismo e Habita-
ção - Direcçso Geral de Geografia e Cadastro - Aviso rar meios de subsistência a população residente
e Edital. carenciada e a sua inserção na comunidade, na
medida do desenvolvimento económico do país.
PARTE NAO OFICIAL
4. A política nacional de protecção social é defi-
Ministério da Justiça - Cartório Notaria1do Sector Autónomo de
Bissau - Certidão.
nida pelo Governo.
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406 --
BOLETIM OFICIAL DA REPÚBLICA DA -
C-U-I-N- ~- --
? - I ~ ~ S Sr.i2
, ~ 36
-
U ~~ --

ARTIGO 2 . O b) Mulheres em situação desíai.~re;-,iaa;


, r

Dispositivo permanente de protecção social


c) Crianças e adolescentes com necessidades
A protecção social de cidadania, a protecção social especiais ou em sil:_!açGc,de? :~SCO;
.vrigatória e a protecção social complementar
d) Idosos em situação de de:rií?i;d<ncia física ou
coristituem o dispositivo permanente da protecção
económica e de iseiar;-rentc;
7:cial que compreende as respectivas prestações e
as entidades que fazem a sua gestão. e) Pessoas com deficiência, eii; çituayão Se risco
ou de exclusão social;
ARTIGO 3 . O f) Desemprego em risco dt! rnarç.inalização.
Relações com sistemas estrangeiros
ARTIGO 6 . O
1. O Governo promove a celebração ou a adesão a Campo de aplicar;ão rr?a!eriai
acordos internacionais com o objectivo de ser
reciprocamente garantida a igualdade de tratamento 1. A protecção social de çidadaniâ concretiza-se
313scidadãos guineenses e suas famílias. com actuações tendencialmente perçonaiizadas ou
dirigidas a grupos específicos r a comunidades, atra-
2. Os acordos internacionais visam garantir os
vés de prestações de risco, Se apoio social e de
?:reitos dos cidadãos guineenses que exerçam a sua
solidariedade.
actividade noutros países ou a estes se desloquem,
bem como a conservação dos direitos adquiridos e em 2. As prestações de risco çao dirijidaç, em espe-
mação quando regressem a Guiné-Bissau. cial, as situações graves ou i;rgaí;ies e pndern ser
pecuniárias ou em espéile, ao nível, entre sulros, da
C A P ~ T U L O11
prorecção primária da saude, d8 c 3 n c e v - 2 ~de pen-
DA PROTECÇÃO SOCIAL DE êIDADAN1A
sões ou subsídios sociâis r d a distribuição de ~ é n e r o s
ARTIGO 4.' de primeira necessidade.
Fundamentos e Objectivos
3. As prestações de apoio social são alribuidas
I.A protecçiio social de cidadania tem como através de survi,;os, e q u i ~ z n i r c l o s ,progr8;nas e
.car;:enio a soiidariedade ~ a c i o n a l ,reflecte projectos integrados de desenvnlvin!ento local ou
características distributivas e essencialmente dirigidos a grupos com ~ s c e s s i T i 3 1 eespecíficas
~ ao
financiado através do imposto. nível da habitação, do aco:hirnenro, da alineniação,
2. Constitui objectivos da protecção social de da educa-ção, da saúde ou de cjutras e podem
cidadania o bem-estar das pessoas, das famílias e da desenvolver-se através e ~ t i ~ ? uao ! o m::lualisrno e
comunidade, através da promoção social e do de acções orien-tadas pzra a iiltegragão s ~ c i a ccm l
desenvolvimento regional, reduzindo progressivamen- suporte nas capaci-dadeç d o s ;;óp:ics ar:i3os.
- .
?sas desigualdades sociais e as assimetrias regionais. 4. As prestações de ~0iiijar;?.3:2:c? a p ! . ~à ,parti-
~
3. Preferencialmente, a protecção social procura cipação de grupos pro:issiunais, Ge vizirihanca ou
prevenir situações de carência, de disfunção e de outros e traduzem-se no~riezd3mr-nte,fia \iaiiUagão
marginalização, organizando, com os próprios desti- de períodos, remissão de cor;triS:_ii$õoç ou sssunção
natários, acções de protecção especial a grupos mais momentânea das coni:ibi.~iyG.eç dos regimes de
,Jneráveis. protecção social.
4. Para garaniir níveis mínimos de subsistência e ARTIGO 7 . O
dignidade, a protecção social de cidadania pode Condiçóes de a t f i b ~ i ~ ãdas
s prestzz;óes
desenvolver acções de assistência a pessoas e 1. A atribuição das pres:.ir;óeç ou a participasões
famílias em situações especialmente graves, quer em projectos depende da avaiiar;ão d o s fiecessidades
pela sua imprevisibilidade ou dimensão quer pela
e ponderação dos recursos .lns in!ert:sndos e respec-
i m p o s s i b i l i d a d e t o t a l d e r e c u p e r a ç ã o ou d e
tivos familiares, podendo também ~ 5 i i g âar existência
participação financeira dos destinatários.
de um período mínimo de residsiicia i e ~ a no l país.
ARTIGO 5 . O 2. As condições de atri!,!ziçãa e o xon!an?e máximo
Campo d e aplicação pessoal das prestações pecuniárias sáo fixddos p a i decreto,
A protecção social de cidadania abrange a podendo estas ser rediizidas em funçzo dos ren-
pí pulação residente que se encontre em situa.;ão de dimentos dos interessados e dos .-espectivos agre-
faita ou diminuição dos meios de subsistênciã e não gados familiares.
pcssa assumir na totalidade a sua própria protecção,
3. As prestações pecuniárias regem-se subsi-
nomeadamente:
diariamente pelo disposto na protecção social
a) Pessoas ou famílias em situaçáo grave de obrigatória, .mas,são só deuldas em território nacio-
pobreza, em especial se desiocadas; nal.
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3 DE SETEMBRO DE 2007 409

ARTIGO 8.' 4. A tutela pressupõe poderes de inspecção e de


Organização dos meios fiscalização exercidos, nos termos a definir, por
serviços de administração directa do Estado ou por
1. Os meios a aplicar na protecção social de
entidades expressamente designadas.
cidadania são organizados por grandes objectivos
e regiões e utilizados de acordo com programas CAP~TULOIII
anuais e plurianuais fixados pelo Ministro da Tutela. DA PROTECÇÃO SOCIAL O B R I G A T ~ R I A
Estes meios destinam-se a promover a auto- SECÇÃO I
suficiência de cidadãos e famílias e dirigem-se, no- DAS DISPOSIÇÕES GERAIS
meadamente, para: ARTIGO 10.'
a) A comparticipação de serviços médicos e Fundamentos e Objectivos
medicamentosos que deve ser total quando se I.A protecção social obrigatória pressupõe a
destine a grupos especiais de risco ou respeite solidariedade de grupo, tem carácter comutativo e
a prescrições com impacto social especialmente assenta-se numa lógica de seguro, sendo financiada
grave; através de contribuições dos trabalhadores e, quand&o
b) O desenvolvimento de centros de recuperação for o caso, das entidades empregadoras.
nutricional dirigidos ao atendimento de pessoas 2. A protecção social obrigatória destina-se aos
especialmente carenciadas; trabalhadores por conta de outrem ou por conta própria
e suas famílias e tenderá a protegê-los, de acordo
c) O acompanhamento das crianças órfãs ou
com o desenvolvimento económico e social nas situa-
desamparadas, através da recriação de ambien-
ções de doença, maternidade, acidentes de trabalho
te famíliar por recurso a adopção, a colocação e doenças profissionais, invalidez, velhjce e morte,
familiar ou em núcleos comunitários ou mesmo bem como nos encargos familiares.
em instituições sociais apropriadas;
3. São também abrangidos pela protecção social
d) O apoio as famílias com o objectivo de combater obrigatória os administradores, directores gerais,
o trabalho infantil e promover a frequência es- directores de empresas públicas e mistas, gerentes
colar, nomeadamente, facilitando a deslocação de sociedades, sócios de empresas que, ao serviço
a escola e participando nos custos de escola- destas e mediante remuneração, exerçam a respectiva
ridade; actividade, bem como os aprendizes, tirocinantes e
e) A criação de condições de dignidade dos idosos estagiários desde que recebam contrapartida dos seus
serviços.
carenciados, através de mecanismo que pro-
porcionem condições materiais mínimas e 4. 0 s funcionários e demais servidores do Estado,
reconhecimento social afectivo; dos Comités do Estado, dos Institutos Públicos e de
outras pessoas colectivas públicas regidas pelo
f) O apoio a autoconstrução e a construção de
Estatuto de Pessoal da Administração Pública são
habitações social ou melhoria de condições
abrangidos por protecção social específica.
habitacionais;
ARTIGO 11. O
) A ajuda financeira a instituições públicas ou
Articulação de sistemas
privadas, agindo nos domínios sanitário e so-
cial e cuja actividade se revista de interesse 1. O trabalhador sucessivamente abrangido pela
para a população. protecção social obrigatória e do pessoal da Adminis-
tração Pública mantém, no sistema para onde transita,
ARTIGO 9.' os direitos adquiridos e em formação.
Relações entre o Estado
2. Na passagem do trabalhador de um sistema
e as organizações não Governamentais
para outro, cada um dos sistemas assume a respectiva
1. O Estado reconhece, valoriza e apoia a acção responsabilidade no reconhecimento dos direitos
desenvolvidas por organizações não governamen- adquiridos, nos termos definidos por decreto.
tais na prossecução dos objectivos da protecção
social de cidadania. ARTIGO 12.'
Regimes
2. Os apoios a conceder as organizações não
governamentais concretizam-se em formas de 1. A protecção social obrigatória concretiza-se
cooperação a estabelecer mediante acordos. através dos regimes dos trabalhadores por conta de
outrem e dos trabalhadores por conta própria, mediante
3. Em relação as organizações não governamen- prestações garantidas como direitos.
tais, o Estado exerce acção tutelar com o objectivo
de promover a compatibilização dos seus fins e 2. É garantida a conservação dos direitos adquiridos
actividades, garantindo o cumprimento da lei e a e a possibilidade de concretizar os direitos em
defesa dos interesses dos destinatários. formação.
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BOLETIM OFICIAL

3. O trabalhador que, tendo estado inscrito na 2. Não são cumuláveis entre si as prestações
protecção social obrigatória, deixe de reunir as condi- emergentes do mesmo facto, desde que respeitantes
ções para estar abrangido, pode requerer a continua- ao mesmo interesse protegido.
ção voluntária do pagamento das contribuições, nos
SECÇÃO II
termos definidos por decreto.
DO REGIME DOS TRABALHADORES
ARTIGO 13.' POR CONTA DE OUTREM
Prestações
ARTIGO 17.'
1. As prestações podem ser pecuniárias ou em Campo de aplicação pessoal
espécie e devem ser adequadas as eventualidades a
1 . S ã o a b r a n g i d o s o b r i g a t o r i a m e n t e os
proteger, tendo em conta a situação dos trabalhadores
trabalhadores por conta de outrem, nacionais e
e suas famílias.
estrangeiros residentes e os familiares que estejam a
2. As prestações pecuniárias são periodicamente seu cargo, de qualquer sector de actividade, desde
revistas, tendo em conta o equilíbrio financeiro do que seja possível determinar a respectiva entidade
sistema e as variações salariais e do custo de vida. empregadora, incluindo os que desenvolvam activi-
3. O direito as prestações vencidas prescreve findo dades temporários ou intermitentes.
o prazo de 12 meses, contado a partir da data em que 2. No caso dos riscos profissionais, a protecção é
são postas a pagamento ou da data em que são garantida aos trabalhadores vítimas de desastre no
devidas se não requeridas. trabalho ou aos seus sucessores, sem condição
4. As prestações são intransmissíveis e impenho- alguma de residência.
ráveis salvo aquelas cujo montante ultrapasse cinco 3. São também abrangidos os trabalhadores que
vezes o valor da pensão mínima na protecção social exerçam actividade profissional subordinada na
obrigatória ou, no caso de processo de execução es- Administração Pública Central ou Local ou em qualquer
pecial por alimentos, até um terço do montante dessas outro organismo do Estado, desde que não tenham o
prestações. estatuto de funcionários ou agentes.
5. No caso de pagamento indevido de prestações, 4. Podem ser abrangidos os trabalhadores que
o direito a restituição prescreve no prazo de 10 anos exerçam actividade na Guiné-Bissau por período infe-
e pode ser efectivado através de compensação com rior a 3 anos e que provem estar enquadrados em
valores a que o beneficiário possa ter direito, até ao regime de protecção social de outro país, sem prejuízo
limite de um terço. do estabelecido nos instrumentos internacionais
ARTIGO 14.O aplicáveis.
Exclusão do direito as prestações 5. O pessoal do serviço doméstico fica sujeito a um
1. Não é reconhecido o direito as prestações no regime especial a definir por decreto.
caso de as condições da sua atribuição se verificarem ARTIGO 18.O
em virtude de acto doloso do trabalhador ou de seu Campo de aplicação material
familiar.
1. O campo de aplicação do regime compreende:
2. O direito também não é reconhecido quando
exista responsabilidade de terceiros que determine o a) A protecção na doença, através do subsídio
pagamento de indemnização e esta venha efecti- pecuniário e da assistência médica e medica-
vamente a ser paga ou não seja paga em virtude de mentosa;
negligência do beneficiário. b) A protecção na maternidade, através do subsí-
ARTIGO 15.O dio e da assistência médica e medicamento-sa;
Suspensãoecessação c) A protecção nos riscos profissionais, através de
Por despacho do Ministro da Tutela, sob proposta indemnização por incapacidade temporá-ria e
do Conselho de Administração, são determinadas as das prestações por incapacidade perma-nente
condições de suspensão e cessação das prestações. e por morte;
d) A protecção na invalidez através das respec-
ARTIGO 16.'
Concorrência de prestações tivas pensões e serviços de reabilitação e
e rendimentos de trabalho readaptação profissional;

1. As prestações pecuniárias e as prestações em e) A protecção na velhice através da respectiva


espécie são livremente cumuláveis entre si e com pensão;
rendimentos do trabalhos, salvo as excepções f) A protecção na morte, através da pensão de
previstas na lei. sobrevivência;
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3 DE SETEMBRO DE 2007

g) A compensação dos encargos familiares através sem sujeição a contrato de trabalho ou contrato
do abono de família e do subsídio de funeral, a legalmente equiparado e não se encontrem, em função
atribuir gradualmente nos termos definidos em da mesma, inscritos no regime dos trabalhadoies por
decreto, nomeadamente, subsí-dio de funeral conta de outrem, nos termos a definir por decreto.
por morte de pensionistas de sobrevivência e de
familiares do trabalhador activo ou pensionista. 2. A integração é faseada, determinando-se por
decreto o alargamento do regime a novos trabalha-
2. Progressivamente e com adaptação das taxas dores com capacidade para ao mesmo se vincularem.
de contribuição podem, por decreto, ser criadas outras
prestações, desde que as condições, sócio-económi- 3. O enquadramento no regime terá em conta as
cas o justifiquem, designadamente, subsídio de características do grupo a abranger, podendo ser
desemprego a beneficiários com longas carreiras definidos regimes especiais.
contributivas. ARTIGO 23.'
ARTIGO 19.' Campo de aplicação material
Inscrição
1. I n t e g r a m o b r i g a t o r i a m e n t e o r e g i m e as
1. É obrigatória a inscrição das entidades emprega- prestações de invalidez, velhice e morte previstas
doras e dos trabalhadores ao seu serviço. para os trabalhadores por conta de outrem.
2. Cabe as entidades empregadoras a responsabi- 2. Pode haver opção por um esquema alargado de
lidade de inscrever os seus trabalhadores.
prestações contemplando as eventualidades de doen-
3. Os efeitos da inscrição não se extinguem pelo ça e maternidade e a concessão de subsídio de fu-
decurso do tempo. neral.
ARTIGO 20.' ARTIGO 24.'
Condições de atribuição das prestações Inscrição
1. As condições de atribuição das prestações são
É obrigatória a inscrição dos trabalhadores, não
estabelecidas por despacho do Ministro da ,Tutela,
obstante o carácter facultativo de adesão ao esquema
podendo ser adaptadas as características do grupo a
abrange'r. alargado.

2. A atribuição das prestações depende d a ARTIGO 25.O


inscrição. Contribuições e prestações
3. As prestações, nomeadamente, as da doença, As contribuições e as prestações são determina-
maternidade, invalidez, velhice e morte podem obrigar das por referência a uma remuneração convencional
ao cumprimento de prazo de garantia, com excepção escolhida pelo interessado entre escalões indexados.
das que respeitem aos riscos profissionais.
ARTIGO 26.O
4. O direito as prestações não fica prejudicado Regime subsidiário
quando a falta de declaração ou pagamento das
contribuições não for imputável ao trabalhador. Desde que não seja incompatível com a sua natu-
reza, é de aplicação subsidiária neste regime o
ARTIGO 21 . O
disposto para os trabalhadores por conta de outrem.
Montante das prestações
1. 0 s montantes das prestações são definidos por CAP~TULOIV
decreto, podendo ser modelados segundo o grau de DA PROTECÇAO SOCIAL COMPLEMENTAR
incapacidade, a idade, os encargos familiares e, a ARTIGO 27.'
excepção dos riscos profissionais, segundo os rendi- Fundamentos e objectivos
mentos e os períodos de actividade profissional ou
contributivos. A protecção social complementar é de âdeças
facultativa, assenta numa lógica de seguro e preteride
2. Por decreto é definido o montante máximo e
mínimo das prestações, bem como as regras a que reforçar a cobertura fornecida no âmbito dos reg,,rge:,
deve obedecer a revalorização das remunerações integrados na protecção social obrigatória.
que servem de base ao c31~uiode prestações. ARTIGO 28.'
Campo d e aplicação pessoa!

DO REGIME DOS TRABALHADORES I.A protecção social complementar abrsrtgc,


POR CONTA PWÓPRIA
carácter facultativo, as pessoas inscr~tasn i l r d o 6
ARTIGO 22.O regimes de prutecção social obrigatória.
Campo d e aplicação pessoal 2 A itiscrição na protecção social obrig,-aicria (A

1 . S ã o o b r i g a t o r i a m e n t e a b r a n g i d o s os prévia e indispensável à a adesão a protec$ão 3ociai


trabalhadores que exerçam actividade profissional complementar
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4 12 BOLETIM OFICIAL

3. No quadro da profissão, da actividade ou da 3. A entidade gestora da protecção social obriga-


empresa, os parceiros sociais podem negociar as tória pode propor ao Ministro da Tutela a constituição,
garantias sociais, o sistema de financiamento e a no seu orçamento, de um fundo especial destinado a
entidade gestora dos regimes. conceder benefícios suplementares e extraordinários,
4. A convenção, uma vez assinada e aprovada pela de acordo com as modalidades a prever e decreto.
tutela, terá força obrigatória para todos os que entrarem ARTIGO 32.O
no seu campo de aplicação. Instrumentos de gestão
ARTIGO 29.' Os planos de actividade anuais e plurianuais e os
Campo de aplicação material orçamentos anuais da protecção social de cidadania
A protecção social complementar visa reforças as são sujeitos a aprovação do Ministro da Tutela e a
prestações dos regimes obrigatórios nas eventua- fiscalização financeira e judicial definida na lei.
lidades invalidez, velhice, morte e cuidados de saúde. SECÇÃO II
ARTIGO 30.O DA PROTECÇAO SOCIAL OBRIGATÓRIA
Entidades gestoras ARTIGO 33.O
1. A gestão, baseada em técnicas de capitalização, Financiamento
pode ser efectuada pela entidade gestora da protecção
A protecção social obrigatória é financiada por:
social obrigatória, por sociedades financeiras gestoras
de fundos de pensões, por companhias de seguros, a) Contribuições dos trabalhadores e das entida-
por associações mutualistas ou por institutos de segu- des empregadoras;
rança social complementar.
b) Juros de mora devidos pelo atraso no pagamento
2. A contituição dos fundos de pensões e das
das contribuições;
respectivas sociedades gestoras depende de
despacho conjunto dos Ministros que tutelam as c) Valores resultantes da aplicação de sanções;
Finanças e área de protecção social obrigatória.
d) Rendimentos de património;
3. As associações mutualistas e institutos de
segurança social complementar que façam a gestão e) Transferências do Orçamento do Estado;
de regimes complementares ficam sob a tutela do
Ministério responsável pela área de protecção social f) Subsídios, donativos, legados e heranças;
obrigatória. g) Comparticipação previstas na lei.
CAP~TULOV
ARTIGO 34.'
DO FINANCIAMENTO E DA GESTÃO FINANCEIRA
Instrumentos de gestão
SECÇÃO I
1. Os planos de actividade anuais e plurianuais e o
DA PROTECÇAO SOCIAL DE CIDADANIA orçamento anual da protecção social obrigatória são
ARTIGO 31O. sujeitos a aprovação do Ministro da Tutela e a fiscali-
Financiamento zação financeira e judicial definida na lei.

1. A protecção social de cidadania é financiada 2. A entidade gestora deve elaborar anualmente o


por: relatório de actividade e o balanço e demonstração de
resultados.
a) Transferências do Orçamento do Estado e recei-
tas das autarquias locais; ARTIGO 35.'
Gestão financeira
b) Donativos nacionais internacionais ou por qual-
quer forma legalmente admitida, destinado a 1. A gestão financeira aos regimes é feita de forma
projectos específicos; autonomizada, não podendo as receitas afectas a
cada regime ser desviadas para cobertura de encargos
c) Comparticipações dos utilizadores de serviços e com outros.
equipamentos sociais, tendo em conta os seus
rendi-mentos ou dos agregados familiares. 2. A aplicação de fundos de reserva deve obedecer
a um plano anual a ser aprovado pelo Ministro da
2 . 0 s programas sociais enquadrados na protecção Tutela, tendo em conta critérios de segurança,
social de cidadania devem ter programação, plurianual rentabilidade e liquidez.
e podem ser financiados através de um Fundo Nacional
de Solidariedade e Assistência, essencialmente 3. A entidade gestora da protecçáo social obrigatória
constituído por transferências do Orçamento do apenas pode alienar os seus bens imóveis mediante
Estado. autorização do Ministro da Tutela.
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3 DE SETEMBRO DE 2007

ARTIGO 36.O entidade gestora da protecção social obrigatória,


Despesas de administração incluindo a parcela a cargo do trabalhador, que será
descontada na remuneração respectiva.
1. As despesas de administração dos regimes e
eventualidades são suportadas pelas respectivas 2. O trabalhador não pode opor-se aos descontos
fontes de financiamento, podendo ser distribuídas a que está sujeito.
proporcionalmente aos encargos.
3. As contribuições da entidade empregadora são
2. As despesas anuais de administração devem da sua inteira e exciusiva responsabilidade, sendo
tendencialmente fixar-se em valores que não ultrapas- nula e de nenhum efeito qualquer convenção em
sem 5 por cento das receitas cobradas. contrário.
3. No quadro da Lei do Orçamento do Estado e sem ARTIGO 40.'
prejuízo das disposições constantes nos números Prazo de prescrição das contribuiçóes
anteriores, pode ser decidido que parte das despesas
de funcionamento da protecção social obrigatórja As contribuições e os respectivos juros de mora
seja suportada por transferências daquele orçamento. prescrevem no prazo de 10 anos, a contar da data em
são devidos.
ARTIGO 37.O
Base de incidência das contribuições SECÇÃO 111
DA PROTECÇAO SOCIAL COMPLEMENTAR
1. As remunerações devidas aos trabalhadores por
conta de outrem, nos termos da Lei Geral do Trabalho, ARTIGO 41 . O
estão sujeitas a contribuições para a protecção social Financiamento
obrigatória. A protecção social complementar é financiada por
2. A entidade empregadora é obrigada a entregar, contribuições dos trabalhadores ou destes e das enti-
com periodicidade a definir por decreto, folha de re- dades empregadoras, ou por outras formas previstas
munerações da qual conste, para cada um dos traba- em convenção.
lhadores ao seu serviço, o valor total das remunerações ARTIGO 42.O
sobre as quais incidam as contribuições. Orçamento e contas
3. No caso dos trabalhadores por conta própria, as O orçamento e as contas anuais da protecção
contribuições incidem sobre as remunerações esco-
social complementar são sujeitos a aprovação conjunta
lhidas.
do Ministro da Tutela e das Finanças.
ARTIGO 38.O
Taxas de contribuição
1. Nos termos definidos por decreto, as taxas de
contribuição do regime dos trabalhadores por conta SECÇÁO I
de outrem são repartidas entre as entidades emprega- DAS DISPOSIÇÓES GERAIS
doras e os trabalhadores, não podendo a parcela im- ARTIGO 43.'
putada ao trabalhador exceder 50 por cento do total Conselho Nacional de protecção Social
de cada uma daquelas taxas.
1. O Conselho Nacional integra representantes
2. A taxa de contribuição fica totalmente a cargo
das partes interessadas e funciona junto do Primeiro-
das entidades empregadoras no caso den cobertura Ministro, como garantia de actuação independente.
dos riscos profissionais.
2. O Conselho Nacional tem a competência
3. As taxas de contribuição do regime dos trabalha-
seguinte:
dores por conta própria são igualmente definidas por
decreto. a) E instância de concertação e de informação dos
4. As taxas de contribuição são fixadas de modo a poderes públicos, através da emissão de
que as receitas totais de cada eventualidade permitam pareceres sobre questões respeitantes a
\
cobrir o conjunto das despesas com prestações dessa protecção social;
mesma eventualidade e a parcela das despesas de b) Acompanha o funcionamento da protecção so-
administração imputadas, bem como constituir as cial para verificar se os objectivos e fins estão a
correspondentes reservas e fundo de maneio. ser alcançados e, neste âmbito, emite
ARTIGO 39.O recomendações ao poder executivo;
Responsabilidade das entidades c) Elabora as contas sociais da nação para
empregadoras avaliação periódica do estado da protecção so-
1. A entidade empregadora é responsável pelo cial, como referência as receitas e despesas,
pagamento do conjunto das contribuições devidas a respectivas origens e modos de intervenção.
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4 14 BOLETIM OFICIAL DA REPÚBLICA DA GUINÉ-BISSAU NQ 36

ARTIGO 4 4 . O ARTIGO 4 9 . O
Órgãos da Tutela Tutela sobre as pessoas
Os departamentos ministeriais que tutelam as 1. O Presidente do Conselho de Administração,
entidades gestoras da protecção social de'cidadania Presidente d o Conselho Fiscal, sob proposta do
e da protecção social obrigatória são definidos por Ministro da tutela e o Director Geral são nomeados em
decreto. Conselho de Ministros.
SECÇÃO II 2. Os Administradores são nomeados por despa-
DA PROTECÇÃO SOCIAL DE CIDADANIA cho do Ministro da Tutela, sendo propostos pelas res-
ARTIGO 4 5 . O pectivas associações os representan%esdas entidades
Composição do aparelho administrativo empregadoras a das organizaçoes dos trabalhadores.

O aparelho administrativo da protecção social 3. Em caso de irregularidade, mh gestão ou falta de


de cidadania é constituído pelos serviços das autar- decisão que impeça o funcioname'nto da entidade
quias locais, da administração directa do Estado e gestora da protecção social obrigatória, o Conselht)"
entidades não governamentais, com finalidades de Administração pode ser dissolvido por decreto,'
sociais. mediante proposta do Ministro da Tutela.
ARTIGO 4 6 . O 4. A destituição dos membros do Conselho de
Autarquias locais Administração por irregularidades ou ma gestão é
1. As autarquias locais é reconhecidas a função determinada por despacho do Ministro da Tutela e
dinamizadora da protecção social de cidadania implica a incapacidade do exercício das funções por
cabendo-lhe encontrar as soluções mais adequadas a seis meses.
realidade local por forma a criar as condições para o ARTIGO 5 0 . O
bem-estar das populações. Tutela sobre os actos
2. Compete ao Estado fixar os grandes objectivos, 1. A Tutela deve aprovar expressamente os esta-
planear e dispor dos meio para que as autarquias tutos, o regulamento interno, a convenção-colectiva
locais possam realizar esta função, fazendo-as de trabalho, bem como as diferentes convenções que
participar a todos os níveis do projecto exercendo a ligam a instituição a outros organismos.
indispensável fiscalização.
2. Passados 30 dias, são considerados tacitamente
SECÇÃO III aprovados os restantes actos submetidos a Tutela.
DA PROTECÇAO SOCIAL OBRIGATÓRIA
3. A tutela pode suspender ou anular as decisões
ARTIGO 4 7 . O do Conselho de Administração e do Director-Geral no
Composição do aparelho administrativo caso de ilegalidade ou inoportunidade financeira, devi-
Integram o aparelho administrativo as entidades damente justificadas.
gestoras da protecção social obrigatória e da protecção 4. No caso de inoportunidadefinanceira o Conselho
social do pessoal da Administração Publica. de Administração pode apresentar nova propostas no
ARTIGO 48.O prazo de 30 dias.
Entidade gestora da protecção social ARTIGO 51 . O
obrigatória Conselho de Administração
1. A entidade gestora da protecção obrigatória tem 1. O Conselho de Administração da entidade ges-
a natureza de pessoa colectiva de direito privado sem tora da protecção social obrigatória tem uma composi-
fins lucrativos, com prerrogativas de direito público,
ção tripartida com representantes do Estado, das
goza de autonomia administrativa, financeira e patri-
entidades empregadoras e das organizações dos tra-
monial e está sujeita a tutela do Estado, para garantir
balhadores.
a perenidade e eficiência do sistema, nos termos a
definir em decreto. 2. A presidência do Conselho de Administração é
2. São órgãos da entidade gestora o Conselho de rotativa entre os representantes das entidades empre-
Administração, conselho fiscal e o,Director Geral. gadoras e das associações dos trabalhadores.

3. A entidade gestora da protecção social obrigatória 3. Sem prejuízo do definido em diplomas legais
goza de isenção de contribuições, direitos aduaneiros, próprios, ao Conselho de Administração compete:
imposto de justiça, imposto de selo, do direito de
registo e demais imposições gerais, especiais e muni- a) Definir os objectivos gerais a prosseguir pela
cipais, b e m como de outras isenções fiscais entidade gestora da protecção social obrigató-
reconhecidas por lei ao Estado. ria;
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3 DE SETEMBRO DE 2007

b) Aprovar o plano de actividades, o orçamento, o SECÇÃO IV


relatório e as contas, antes de os submeter a DA PROTECÇAO SOCIAL COMPLEMENTAR
Tutela;
ARTIGO 54.O
c) Definir as regras para as aplicações financei- Composição
ras dos excedentes orçamentais e aprovar os
O aparelho administrativo pode ser integrado pela
respectivos planos anuais;
entidade gestora da protecção social obrigatória e
d) Deliberar sobre a constituição e cessação de di- pelas entidades de carácter privado que actuam ao
reitos reais imobiliários, bem como sobre a acei- nível dos regimes de protecção social complemen-
tação de donativos, legados e heranças; tar.

e) Ratificar os actos do Director Geral referentes a CAPITULO IV


selecção de pessoal; DAS GARANTIAS E CONTENCIOSO
ARTIGO 55.'
f) Deliberar em sede de recurso hierárquico sobre
Reclamação, queixa errecurso
os processos disciplinares instaurados aos
trabalhadores da entidade gestora da protecção 1. Poder ser objecto de reclamação e queixa os
social obrigatória; actos praticados pelas entidades gestoras do
dispositivo permanente de protecção social, sem
g) Apreciar as reclamações e queixas apresentadas prejuízo do direito de recurso tutelar ou contencio-
pelos beneficiários da protecção social; so.
h) Avaliar as medidas propostas pelo Director Geral 2. O Conselho de Administração aprecia as queixas
para realização dos fins da protecção social e as reclamações formuladas contra as decisões
obrigatória; tomadas pela entidade gestora da protecção social
obrigatória, formulando recomendações ao Director
i) Propor a Tutela a nomeação do Director Geral;
Geral.
j) Aprovar o regulamento interno e o estatuto de ARTIGO 56.'
pessoal antes de o submeter a Tutela; Privilégios creditórios
k) Submeter a Tutela propostas de medidas A entidade gestora da protecção social obrigatória,
legislativas e a ratificação das convenções sobre nos seus créditos de contribuições, goza de privilégios
a protecção social aprovadas pela Conferência idênticos aos do Tesouro, graduando-se imediatamen-
Internacional do Trabalho. te a seguir aos do Estado.
ARTIGO 52.O ARTIGO 57.O
Director Geral Créditos e bens
Ao Director Geral da entidade gestora da protecção 1. Os créditos e bens da entidade gestora da pro-
social obrigatória compete, nomeadamente: tecção social obrigatória são impenhoráveis.
a) Dirigir os serviços e velar pelo seu bom 2. Por incumprimento da entidade gestora da pro-
funcionamento; tecção social obrigatória, os portadores de títulos
executórios podem requerer ao Ministro da Tutela que
b) Exercer funções de representação; as verbas necessárias a satisfação da divida sejam
c) Elaborar o plano de actividades, o orçamento, o orçamentadas.
relatório e as contas para efeitos de aprovação 3. Independentemente da acção penal, a entidade
pelo Conselho de Administração; gestora da protecção social obrigatória pode emitir
título com força executiva que é equiparada a decisão
d) Velar pela correcta aplicação dos acordos inter- com trânsito em julgado.
nacionais sobre a protecção social obrigatória;
4. O executivo pode opor-se e suspender a execu-
e) Apresentar ao Conselho de Administração pro- ção com fundamento na inexistência ou inexactidão
postas de alteração da legislação sobre protec- da divida.
ção social.
ARTIGO 58.O
ARTIGO 53.' Sub-rogação
Estatuto de pessoal I. A entidade gestora da protecção social fica sub-
O estatuto de pessoal a aplicar pela entidade rogada de pleno direito ao trabalhador ou aos seus
gestora da protecção social obrigatória é definido em familiares na acção contra o terceiro responsável pelo
convenção colectiva própria. montante das prestações concedidas.
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416 -- --
BOLETIM OFICIAL

2. O trabalhador ou os seus familiares conservam ARTIGO 63.'


o direito de reclamar, contra o terceiro responsável, a Entrada em vigor
reparação do prejuízo causado conforme as regras de
O presente diploma entra em vigor no início do
direito comum.
terceiro mês seguinte ao da data da sua publica-
ARTIGO 59.' ção.
Fiscalização e controlo
Aprovado em 10 de Maio de 2007. - O Presidente
1. A fiscalização do cumprimento dos deveres das da ANP. Dr. Francisco Benante.
entidades empregadoras e dos trabalhadores é asse- P'

gurada por inspectores de segurança social, sujeitos Promulgado em 23 de Agosto de 2007.


a segredo profissional. Publique-se.
2. 0 s inspectores de segurança social têm direito O Presidente da República, ~ e n e r a~l o á Bernardo
o
de entrada nos locais de trabalho para controlar os Vieira.
efectivos de pessoal e examinar a documentação
respeitante a protecção social. MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO NACIONAL
3. A recusa indevida da entidade empregadora é Despacho n.O 1712002
passível das penas previstas no Código Penal.
Considerando a necéssidade de imprimir uma
4. Das infracções detectadas, os inspectores de nova dinâmica a luz do novo figurino do Ministério;
segurança social levantam autos de notícia que fa-
zem prova em juízo até prova em contrário. Tendo em conta a necessidade de uma maior
racionalização do quadro do pessoal disponível,
ARTIGO 60.' em molde, a conferir maior capacidade ao sector.
Sanções
Assim, no uso das competências que a lei me
1. A falta de cumprimento das obrigações relativas
confere.
a protecção social nomeadamente de inscrição nos
regimes de protecção social e de entrega das folhas Determino:
de remunerações, bem como a fraude na inscrição ou É o Senhor Augusto Té, com a categoria de Chefe
na obtenção de prestações, dão lugar a aplicação de de Repartição, nomeado Chefe de Repartição de Pa-
sanções. trimónio.
A retenção pelas entidades empregadoras das E o Senhor Paulino João Gomes Pais, nomeado
contribuições deduzidas nas remunerações dos seus chefe de Repartição de ~ i n a n ç á sdo MEN.
trabalhadores é punida como crime de abuso de
confiança. Ficam revogadas todas as disposições que contra-
riem o presente despacho.
CAP~TULOv111
DAS DISPOSIÇÓES TRANSITÓRIAS 8. Este despacho entra imediatamente em vi-
P~BLICAS gor.
Cumpra-se.
ARTIGO 61 . O
Funcionários da Administração Pública Gabinete do Ministro de Educação Nacional, em
Bissau aos 27 de Março de 2002. - O Ministr0,Geraldo
A regulamentação da protecção social especial do
Martins.
pessoal da Administração Pública é estabelecida por
decreto.
ARTIGO 62.' SECRETARIA DE ESTADO DOS COMBATENTES
Redução de período de garantia
Despacho n.O 2012003
para concessão de pensóes
Tendo em conta a necessidade de adoptar e refor-
1. Beneficia de redução no prazo de garantia para
çar capacidades em recursos humanos do Gabinete
concessão de pensões o trabalhador que, a data da
inscrição por efeito de alargamento do âmbito da do Secretário de Estado dos Combatentes, como
protecção social obrigatória, tenha mais de 50 anos. forma de responder com maior dinâmica as" novas
exigências da Secretaria de Estado, o Secretário de
2. Para beneficiar da redução, o trabalhador deve
Estado em uso das suas competências determina o
ter 6 meses de contribuições no decurso do primeiro
seguinte:
ano a seguir a data do alargamento do âmbito.
3. Por cada âno completo além dos 50 anos, o I.O Senhor Domingos Gomes, nomeadoYemcomis-
prazo de garantia 6 reduzido em 6 meses. são de serviço, Assessor Técnico para Administração

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