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ESTADO DE SANTA CATARINA

SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO E HABITAÇÃO


DIRETORIA DE HABITAÇÃO

PROJETO MEU CANTINHO


MÓDULO REFORMAS
PROGRAMA DO PACTO DE PROTEÇÃO SOCIAL – Erradicação da Extrema Pobreza

- 2013 -

SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL, TRABALHO E HABITAÇÃO. Avenida Mauro Ramos, 722 – Centro
CEP 88.020-300 – Florianópolis – SC. Fone: (48) 3229 3603. www.sst.sc.gov.br - e-mail: diha@sst.sc.gov.br
FICHA TÉCNICA

GOVERNO DO ESTADO DE SANTA CATARINA


JOÃO RAIMUNDO COLOMBO
Governador do Estado

SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL TRABALHO E HABITAÇÃO


JOÃO JOSÉ CÂNDIDO DA SILVA
Secretário de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação

ELEUDEMAR FERREIRA RODRIGUES


Secretário Adjunto da Assistência Social, Trabalho e Habitação

ANTÔNIO ANSELMO GRANZOTTO DE CAMPOS


Diretor de Habitação da Secretaria de
Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação

MARIA IRIS BESSA MACHADO LOPES


Analista Técnica de Gestão da Secretaria de
Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação

NELSON BORGES LINS


Engenheiro da Secretaria de
Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação

SAMYA CAMPANA
Economista da Secretaria de
Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação
LISTA DE SIGLAS E ABREVIATURAS

Cad-Único – Cadastro Único


DIHA – Diretoria de Habitação
MBP – Morador Beneficiado pelo Plano
Mcidades – Ministério das Cidades
SST – Secretaria da Assistência Social Trabalho e Habitação
PCHIS – Plano Catarinense de Habitação e Interesse Social
PRONATEC - Programa Nacional de acesso ao Ensino Técnico e Emprego
SUMÁRIO

I – APRESENTAÇÃO.............................................................................................................................. 4

II – IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO......................................................................................................... 5

III - IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE PROPONENTE.................................................................................5

IV - HISTÓRICO DA ENTIDADE PROPONENTE........................................................................................ 6

V – JUSTIFICATIVA............................................................................................................................... 9

VI – PÚBLICO ALVO............................................................................................................................ 11

VII – MODALIDADE............................................................................................................................ 11

VIII – ABRANGÊNCIA DO PROJETO..................................................................................................... 11

IX – ITENS QUE COMPÕEM O PROJETO.............................................................................................. 12

X - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO PROJETO.......................................................................................12

X.1 – REFORMA OU CONSTRUÇÃO DE MÓDULOS SANITÁRIOS DOMICILIARES....................................12


X.2 – REFORMA DE COBERTURAS.........................................................................................................13
X.3 – AMPLIAÇÃO DE ÁREA FÍSICA DAS MORADIAS..............................................................................13
X.4 – ACESSIBILIDADE - UNIDADES HABITACIONAIS ADAPTADAS.........................................................13
X.5 – REVESTIMENTO............................................................................................................................14
X.6 – PINTURA.......................................................................................................................................14

XI – METODOLOGIA........................................................................................................................... 14

XI.1 - DEMONSTRATIVO DAS AÇÕES PROPOSTAS................................................................................15

XII - ESTRATÉGIAS PARA A SUSTENTABILIDADE DO PROJETO MEU CANTINHO REFORMAS.................15

XIII - ACOMPANHAMENTO................................................................................................................ 16

XIV – RECURSOS................................................................................................................................ 17

XV - RESULTADOS ESPERADOS........................................................................................................... 17

XVI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................................................................19

APÊNDICE 1 – MEMORIAL DESCRITIVO DO MÓDULO SANITÁRIO A SER CONSTRUÍDO...........................20


APÊNDICE 2 – MEMORIAL DESCRITIVO DA REFORMA DA COBERTURA...................................................21
APÊNDICE 3 – MEMORIAL DESCRITIVO DA AMPLIAÇÃO DA ÁREA FÍSICA DAS MORADIAS......................22
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I – APRESENTAÇÃO

O déficit habitacional, que inclui não apenas a falta de moradias, mas a


inadequação estrutural habitacional sempre se constituiu em um desafio a ser
vencido pelos chefes dos poderes governamentais.

O Plano Catarinense de Habitação de Interesse Social – PCHIS, elaborado pela


Governo do Estado de Santa Catarina no ano de 2012 demonstra uma realidade
preocupante: Santa Catarina possui atualmente 47.500 habitações (Fonte: Dados
básicos: Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad),2007 e Plano Catarinense de Habitação de Interesse Social – PCHIS/SC -

2012) com problemas estruturais em telhados, falta de banheiros e tratamento de


efluentes sanitários adequados, adensamento populacional excessivo (muitas
pessoas convivendo em espaços reduzidos), casas de alvenaria sem
revestimento e sem pintura, e outras inadequações dos domicílios urbanos, que
considera todos os problemas relacionados com a qualidade da moradia e a falta
de infra-estrutura, que propiciam condições insalubres aos seus habitantes e aos
ambientes de entorno das comunidades.

Frente a esse panorama, a Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho


e Habitação desenvolveu o Programa Meu Cantinho Reformas, cujos recursos
alocados serão destinados à melhoria das habitações que apresentam problemas
de insalubridade e com espaço físico inadequado para oferecer boas condições
de habitabilidade.

As reformas de telhados, pisos, e paredes, a pintura das casas, a ampliação de


pelo menos 1 (um) cômodo nas residências com adensamento populacional
excessivo, a disponibilização de condições de acessibilidade em casas de idosos
e pessoas deficientes e a implantação de módulos sanitários com banheiro,
chuveiro e tratamento adequado dos efluentes sanitários, são medidas
prioritárias para o Governo do Estado de Santa Catarina, que propiciarão à
população de baixa renda, as condições necessárias para que estes passem a
habitar moradias seguras, salubres e dignas.
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II – IDENTIFICAÇÃO DO PROJETO

O Projeto Meu Cantinho Reformas pretende viabilizar intervenções voltadas


para prospectar e corrigir as principais deficiências relacionadas à moradia,
identificadas pelas condições precárias de telhados, pisos e paredes, pela
ausência de acessibilidade para idosos e deficientes, pelas condições
inadequadas ou ausência de banheiros e pelo adensamento populacional,
potencializando as condições insalubres dos ambientes.
O Projeto será implementado nos municípios com menor IDH que não tenham
sido contemplados em outras modalidades ou projetos de reformas, sendo
direcionado para o atendimento de famílias de baixa renda e prevendo a reforma
de 1.000 moradias. O início dos repasses de recursos para as reformas deverá
ocorrer no ano de 2013.

III - IDENTIFICAÇÃO DA ENTIDADE PROPONENTE

NOME DA ENTIDADE SECRETARIA DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL,


TRABALHO E HABITAÇÃO - SST
DIRIGENTE DA ENTIDADE JOÃO JOSÉ CÂNDIDO DA SILVA

CARGO SECRETÁRIO DE ESTADO DA ASSISTÊNCIA SOCIAL,


TRABALHO E HABITAÇÃO
CNPJ/SST 05.509.770/0001-88

ENDEREÇO Avenida Mauro Ramos, 722 - Centro, Florianópolis/SC

CEP 88020-300

TELEFONE (48) 3229 3779

e-mail joaocandidosilva@sst.sc.gov.br

RESPONSÁVEL PELO DIRETORIA DE HABITAÇÃO DA SST – ANTONIO ANSELMO


PROJETO GRANZOTTO DE CAMPOS
TELEFONE (48) 3229 3798

e-mail diha@sst.sc.gov.br
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IV - HISTÓRICO DA ENTIDADE PROPONENTE

A Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação - SST tem


por missão desenvolver Políticas Públicas voltadas para a garantia dos direitos e
a proteção social de pessoas em situação de vulnerabilidade social, através da
atuação da Diretoria de Assistência Social, Diretoria do Trabalho Emprego e
Renda, Diretoria de Habitação e Secretaria Executiva de Políticas Sociais de
Combate à Fome.

Na dinâmica de trabalho da Secretaria de Estado de Assistência Social,


Trabalho e Habitação – SST incluem-se também os seguintes Conselhos
Estaduais, Setoriais e de Direitos:

 Conselho Estadual de Assistência Social - CEAS


 Conselho Estadual de Segurança Alimentar e Nutricional - CONSEA
 Conselho Estadual de Trabalho e Emprego - CETE
 Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente - CEDCA
 Conselho Estadual do Idoso - CEI
 Conselho Estadual dos Povos Indígenas - CEPIN
 Conselho Estadual das Pessoas com Deficiência - CONEDE
 Conselho Estadual das Populações Afro-Descendentes - CEPA
 Conselho Estadual dos Direitos da Mulher - CEDIM
 Conselho Estadual do Artesanato e da Economia Solidária - CEAES

A Diretoria de Assistência Social é responsável pela gestão do Sistema Único de


Assistência Social (SUAS), organizando a oferta da assistência social em todo o
Estado, promovendo a garantia dos direitos e a Proteção Social das famílias,
crianças, adolescentes, jovens, pessoas com deficiência, idosos vulnerabilizados
e todos que dela necessitarem.

A Diretoria de Assistência Social articula esforços e recursos das três esferas de


governo para a execução da assistência social nos municípios. Oferece apoio às
gestões municipais para a oferta dos serviços sócio-assistenciais,
governamentais e das entidades prestadoras de serviços através de
capacitações, monitoramentos e orientações. O SUAS está em vigor legal pela
lei 12.435 de 06 de julho de 2011.
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A Diretoria de Trabalho Emprego e Renda visa facilitar a inserção ou reinserção


dos usuários no mercado de trabalho, através do SINE/SC.

Um dos serviços prestados é a Intermediação de Mão de Obra, onde é


realizado um cruzamento entre os dados do trabalhador com as vagas
disponíveis nos postos de atendimento. A vantagem da intermediação é que o
trabalhador tem acesso às vagas de acordo com o seu perfil e ainda a indicação
para cursos de qualificação que possam adequá-lo ao mercado de trabalho,
reduzindo os custos e o tempo de espera por uma vaga.

O posto do SINE/SC faz também a postagem do benefício de Seguro-


Desemprego. De natureza temporária, esse benefício destina a prestar
assistência financeira ao trabalhador desempregado. O SINE/SC alia a demanda
do pagamento do seguro à reinserção do trabalhador ao mercado ou
encaminhamento do mesmo para cursos de qualificação profissional.

A inclusão social e produtiva de parcela da população mais vulnerável é um dos


objetivos do SINE/SC. Aquele trabalhador, que possui benefícios como o Bolsa
Família, cadastrados nos sistema são convidados para participarem de cursos
gratuitos, uma oportunidade para melhoria de vida. 

Com o posto do SINE/SC em sua sede, procura-se integrar as demandas de


suas unidades de negócios às vantagens do sistema. As vagas do SINE/SC vão
desde as mais comuns como recepcionistas, atendentes e serviços gerais até as
de cursos superiores como engenheiros, médicos e jornalistas.

Em Santa Catarina foi criada, no ano de 2007, a Secretaria Executiva de


Políticas Sociais de Combate à Fome (SCF), que tem como função a articulação
e a gestão de ações e programas de segurança alimentar e nutricional, junto ao
Ministério de Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), com o objetivo
de articular intersetorialmente a elaboração da Política Estadual de Segurança
Alimentar e Nutricional em Santa Catarina. Sua criação se justifica pela Lei
Orgânica de Segurança Alimentar e Nutricional (Lei 11.346, de 15 de Setembro
de 2006) criou o Sistema Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional –
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SISAN, com vistas a assegurar o direito humano à alimentação adequada. A


alimentação no Brasil está garantida no artigo 6º da Constituição Federal após a
Emenda Constitucional nº 64 de 4 de fevereiro de 2010.

Por fim, a Diretoria de Habitação – DIHA tem como finalidade central formular a
política habitacional no Estado de Santa Catarina, em consonância com as
diretrizes estabelecidas pelo Sistema Nacional de Habitação de Interesse Social,
visando promover o acesso à moradia digna para a população de baixa renda e,
com isso eliminar o déficit habitacional estadual.

Em outra linha, promove estudos visando conhecer as aspirações e


necessidades regionais e municipais concernentes à área habitacional,
coordenando a concepção de normas e instruções, objetivando a elaboração de
projetos técnicos, de pesquisa, de desenvolvimento e de apoio do setor
habitacional.

A área técnica da Diretoria de Habitação gerencia o desenvolvimento, o


acompanhamento e supervisão de programas, projetos e ações na área
habitacional, promovendo a integração destes com as ações executadas pela
COHAB/SC e demais órgãos afins, de forma a assegurar recursos necessários
para a melhoria habitacional, reforma, locação social e a regularização fundiária
e urbanística de áreas de interesse social.

A Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação – SST irá


desenvolver o Programa Meu Cantinho, Casa Boa em todo o Estado de Santa
Catarina, atendendo as populações inseridas em parcelamentos de solo
regularizados pelo Programa Lar Legal, localizados em áreas urbanas ou
rurais públicas ou privadas, predominantemente utilizadas para fins de
moradia.

A meta da SST é de construir moradias dignas para a população e promover


reformas em habitações comprovadamente necessitadas, de forma a suprir a
demanda de necessidades de melhorias nos domicílios identificados no Plano
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Catarinense de Habitação de Interesse Social – PCHIS/2012, assegurando-lhes


com isso, a oportunidade de viver em moradias salubres, seguras e dignas.

V – JUSTIFICATIVA

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios – PNAD/06 - S.C,


aproximadamente 170 mil famílias residentes no estado de Santa Catarina são
consideradas pobres. Destas, 140 mil famílias recebem o benefício Bolsa
Família (Programa de transferência direta de renda com condicionalidades, que
beneficia famílias em situação de pobreza e de extrema pobreza) e 38 mil
recebem o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social – BPC
(Benefício no valor de um salário-mínimo destinado a pessoas idosas que não
têm direito à previdência social e pessoas com deficiência que não possam
garantir sua sobrevivência seja por conta própria ou com o apoio da família - e
que não possuam benefício previdenciário de qualquer natureza), conforme
demonstrado no mapa sobre a vulnerabilidade social no estado (Anexo I).

Com relação à habitação, Santa Catarina possui, segundo o Plano Catarinense


de Habitação de Interesse Social (PCHIS) (COHAB/SC, 2012), um déficit
habitacional de 150.516 domicílios, sendo que a maioria das necessidades já
levantadas concentra-se nas faixas de mais baixa renda: 77,1% da famílias têm
renda de até 3 salários mínimos e 13,9% da famílias têm renda entre 3 e 5
salários mínimos.

Entre as formas de precariedade habitacional que compõem o déficit


habitacional estadual, destaca-se a coabitação familiar, entendida como aquela
condição na qual duas famílias ou mais habitam cômodos de um mesmo
domicílio, fator que necessariamente exige a disponibilização de uma nova
habitação para que se possa obter uma condição de moradia digna. A condição
de coabitação representa o principal componente do déficit habitacional
total (39% do total).

Outros 30% do déficit habitacional estão relacionados com o ônus excessivo


com aluguel, ou seja, famílias que ganham até 3 salários mínimos e gastam
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mais de 30% do orçamento familiar com aluguel, comprometendo


sobremaneira a fonte de renda com a moradia, o que pode significar a
supressão de alguns cuidados básicos essenciais para a família, tais como o
transporte escolar, a alimentação, a aquisição de medicamentos e outros

As habitações precárias, que não têm uma condição construtiva adequada e não
precisam necessariamente ser totalmente reconstruídas, configuram
importantes 30% do déficit habitacional estadual, constituindo-se no objeto do
presente projeto.

Os levantamentos realizados pela área técnica da SST nos 21 municípios com


menor Índice de Desenvolvimento Humano – IDH, demonstrou o seguinte quadro
relacionado com as inadequações habitacionais:

 Domicílios com telhados inadequados:


 Domicílios Sem Banheiros:
 Domicílios com condições de adensamento populacional extremo:
 Domicílios sem Acessibilidade para idosos e deficientes:
 Domicílios sem pintura:

Dessa forma, o Projeto Meu Cantinho Reformas justifica-se por apresentar uma
proposta habitacional voltada para disponibilizar recursos destinados à reforma de
moradias de construção e manutenção precárias, situadas em áreas de
vulnerabilidade social.

A concessão de recursos para viabilizar reformas parciais nas moradias,


compreendendo melhorias em telhados, pisos, paredes, sistema hidráulico,
sistema sanitário e outros, contemplará as necessidades identificadas nos bairros
mais carentes dos municípios com menor Índice de Desenvolvimento Humano –
IDH do Estado.

O Programa Meu Cantinho, Casa Boa prevê, ainda, a inclusão dos beneficiários
contemplados com os recursos para reformas, no PRONATEC, para que estes
participem de capacitações nas áreas de carpintaria, alvenaria, elétrica e outras,
de forma que possam aprender construindo, aplicando os conhecimentos
adquiridos na construção ou reforma de suas moradias, reduzindo com isso o
custo final da reforma com a utilização de mão de obra própria, abrindo ao mesmo
tempo a possibilidade de inclusão das pessoas capacitadas no mercado de
trabalho da construção civil, garantindo a melhoria da renda familiar.
11

A abrangência deste projeto de trabalho social visa, ainda, promover a


mobilização e organização das comunidades nas questões relacionadas com o
tratamento adequado dos efluentes sanitários e destino final adequado dos
resíduos sólidos domésticos, melhorando as condições de saúde através da
preservação do ambiente de entorno, fatores que seguramente refletirão na
elevação da qualidade de vida das famílias residentes nas áreas contempladas,
assegurando aos mesmos o pleno direito ao processo de inclusão social.

VI – PÚBLICO ALVO

Famílias com renda mensal de zero a três Salários Mínimos, residentes em


áreas de vulnerabilidade social e inscritos no CAD-Único, prioritariamente.

VII – MODALIDADE

Convênio com instituição bancária para repasse dos recursos diretamente aos
beneficiários, através de um cartão de crédito específico para compra de
materiais de construção.

A seleção dos beneficiários será feita pelos setores afins dos municípios com
menor IDH do estado, cujas listagens serão encaminhadas à Secretaria de
Estado de Assistência Social, Trabalho e Habitação para conferência e os ajustes
necessários para os repasses dos recursos.

Os municípios contemplados deverão efetuar o controle da aplicação dos


recursos exclusivamente nas reformas propostas.

VIII – ABRANGÊNCIA DO PROJETO

O Projeto será implantado nos 50 municípios com menor Índice de


Desenvolvimento Humano – IDH do Estado de Santa Catarina.
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IX – ITENS QUE COMPÕEM O PROJETO

Os recursos repassados para reformas deverão ser utilizados


preferencialmente para resolução das seguintes deficiências habitacionais:

 Reforma ou construção de banheiros com sistema adequado de esgoto


 Reforma de Coberturas
 Ampliação de Áreas Físicas
 Acessibilidade para idosos e deficientes
 Revestimento
 Pintura

X - ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS DO PROJETO

X.1 – REFORMA OU CONSTRUÇÃO DE MÓDULOS SANITÁRIOS


DOMICILIARES

As Melhorias Sanitárias Domiciliares consistem em intervenções promovidas no


ambiente domiciliar e tem o objetivo de atender às necessidades básicas de
saneamento das famílias, por meio de instalações sanitárias mínimas,
relacionadas ao uso da água e ao destino adequado dos esgotos gerados a partir
das atividades diárias.

Incluem a construção de módulos sanitários, banheiro, privada, fossa séptica,


fossa absorvente, filtro biológico ou redes de infiltração, dependendo das
características do solo de cada região.

A implantação de melhorias sanitárias domiciliares para os domicílios


catarinenses que não possuem banheiros, consiste na construção de módulos
sanitários completos, cujas especificações técnicas seguem as diretrizes da
FUNASA, no que diz respeito aos seguintes dados:

 Especificações Mínimas do Módulo Sanitário – O Módulo Sanitário consiste


de uma estrutura com área interna de 1,5 m X 1,0 m, subdividida em dois
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compartimentos, sendo um deles destinado ao Box com chuveiro e o outro


para instalação do vaso sanitário e do lavatório.

O memorial descritivo do Módulo Sanitário encontra-se no Apêndice 1.

X.2 – REFORMA DE COBERTURAS

As reformas de coberturas propostas pelo Projeto Meu Cantinho, Casa Boa,


consistem na reposição do madeirame, telhas e outros componentes necessários
para recuperação de um telhado de uma casa com área de 48 m².

A madeira a ser utilizada deverá ter proveniência comprovada, cuja extração e


beneficiamento estejam de acordo com a legislação ambiental vigente, assim
como o material de cobertura deverá apresentar as condições mínimas
necessárias de isolamento térmico e impermeabilidade, devendo ser constituída
de material que se enquadre nas exigências das normas técnicas em vigor, no
que se refere às questões ambientais.

O Memorial Descritivo da reforma da cobertura encontra-se no Apêndice 2.

X.3 – AMPLIAÇÃO DE ÁREA FÍSICA DAS MORADIAS

Para solucionar o grave problema do adensamento excessivo provocado


geralmente pelo processo de coabitação, o Projeto Meu Cantinho, Casa Boa
propõe a ampliação de uma área de 9 m², suficiente para acrescentar mais um
cômodo na moradia já existente, garantindo mais conforto para seus habitantes.

O memorial descritivo da ampliação das áreas físicas encontra-se no Apêndice 3.

X.4 – ACESSIBILIDADE - UNIDADES HABITACIONAIS ADAPTADAS

A Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação efetuará


adaptações em moradias pertencentes a pessoas com deficiência, com
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mobilidade reduzida e idosos, dotando-as com Kits próprios para cada situação,
de forma a facilitar as atividades diárias desses grupos populacionais específicos.

X.5 – REVESTIMENTO

Um dos aspectos mais insalubres em uma habitação é a falta de reboco em


paredes de alvenaria. Além da retenção da umidade provocada pelas chuvas nos
tijolos a descoberto, as falhas entre os tijolos superpostos propiciam o
desenvolvimento de vetores de importância sanitária, que podem provocar
agravos à saúde da população.

O Projeto Meu Cantinho, Casa Boa prevê, dessa forma, o revestimento com
argamassa apropriada das paredes de alvenaria, eliminando definitivamente esse
problema.

X.6 – PINTURA

Uma comunidade, cujas casas não tenham recebido pintura adequada, além de
ficarem suscetíveis à umidade, denota, principalmente, um aspecto sombrio e de
desalinho.

O Programa Meu Cantinho, Casa Boa propõe que as casas que serão submetidas
ao processo de reforma parcial, recebam pintura com tintas e cores apropriadas,
cujas propriedades sejam capazes de impedir a penetração de umidade, além de
proporcionar uma visão mais agradável tanto para os seus ocupantes quanto para
os moradores das comunidades do entorno.

XI – METODOLOGIA

A Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e Habitação pretende


beneficiar com o Programa Meu Cantinho Reformas, 1.000 famílias com
renda de zero a três Salários Mínimos.
15

Os recursos serão repassados para cada família beneficiária que se enquadre


nas exigências do Programa através de um cartão eletrônico carregado com R$
3.000,00 (tres mil reais) com o qual deverá adquirir materiais de materiais de
construção, exclusivamente, cujas notas fiscais de aquisição deverão ser
apresentadas nas áreas afins da Prefeitura de seu município.

As reformas serão processadas pelos próprios beneficiários que deverão


providenciar a mão de obra necessária para tais procedimentos. Os municípios
encaminharão as demandas levantadas por suas áreas técnicas, observando os
pré-requisitos exigidos pelo Programa.

XI.1 - DEMONSTRATIVO DAS AÇÕES PROPOSTAS

OBRIGAÇÕES OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÕES SST
MUNICÍPIOS BENEFICIÁRIOS
Identificação das áreas prioritárias e Execução das reformas de telhados,
Identificação dos municípios com menor IDH que serão famílias que serão beneficiadas com as ampliações, construções de banheiros,
beneficiados com as reformas de telhados, ampliações, reformas de telhados, ampliações, instalações de Kits acessibilidade,
construções de banheiros, instalações de Kits construções de banheiros, instalações pintura, etc, com os recursos e nas
acessibilidade, pintura, etc. de Kits acessibilidade, pintura, etc. modalidades previstas pela SST.
encaminhando as listagens para a SST.
Seguir as orientações técnicas do
Elaborar o rol de exigências necessárias para compor Efetuar o acompanhamento técnico das Projeto Meu Cantinho reformas e dos
os projetos dos banheiros, ampliações etc e outras implantações das melhorias das
moradias contempladas, através do Técnicos da Prefeitura Municipal na
relativas ao Projeto Meu Cantinho Reformas.
corpo técnico da Prefeitura Municipal. implantação das reformas.

Comprovar, fiscalizar e avaliar a atuação dos Acompanhamento e avaliação dos Executar as reformas e apresentar as
municípios no desenvolvimento das ações de reforma trabalhos desenvolvidos e emissão de notas fiscais compatíveis com os os
das moradias, através de visitas técnicas aos locais relatórios periódicos sobre o andamento materiais adquiridos utilizados nas
onde ocorrem as reformas. das reformas em seu território. moradias.

Monitorar o cumprimento dos prazos


Efetuar as obras de reforma dentro dos
Estipular prazo aos beneficiários para execução das estipulados para reformas no momento
prazos determinados no momento da
reformas previstas pelo Programa. da entrega dos cartões aos
entrega do cartão de crédito.
beneficiários.

XII - ESTRATÉGIAS PARA A SUSTENTABILIDADE DO PROJETO MEU


CANTINHO REFORMAS

O Projeto Meu Cantinho Reformas tem seu universo de beneficiários pré- definidos.
Serão 1.000 famílias beneficiadas com repasses de recursos através de cartão de
crédito – CONSTRUCARD para reforma de suas moradias, compreendendo
reforma de telhados, ampliação de área física de moradias de 1 pavimento,
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construção de banheiros, revestimento com argamassa em casas de alvenaria,


adaptação de moradias com kit de acessibilidade e pintura interna e externa.

O projeto prevê, como resultado dos investimentos, que todas as famílias estejam
com suas casas reformadas até dezembro de 2014.

É importante salientar que o impacto do projeto é extremamente positivo tanto para


os beneficiários que não possuem casas apropriadas para habitação e que
necessitam efetuar as melhorias necessárias para torná-las dignas e habitáveis.

A continuidade dos trabalhos após o término do programa e do financiamento ora


tratado serão efetuadas pelos municípios, que deverão ter a máxima exigência
para liberação dos licenciamentos para implantação de loteamentos, assim como
deverão redobrar a fiscalização para impedir novas construções irregulares e de
má qualidade, evitando com isso o recrudescimento do problema.

O governo do estado, através da Secretaria de Estado da Assistência Social,


Trabalho e Habitação continuará a disponibilizar apoio técnico e logístico para
auxiliar no encaminhamento para resolução dos problemas locais.

XIII - ACOMPANHAMENTO

O controle da implementação, execução e avaliação das ações do Projeto tem


como foco a melhoria das condições de habitabilidade das moradias identificadas
pelo Plano Catarinense de Habitação de Interesse Social – PCHIS,
PROMOVENDO a avaliação do alcance dos resultados esperados e da utilização
adequada dos recursos financeiros alocados.

O acompanhamento das ações se dará através de visitas in loco realizadas pela


equipe Técnica da Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e
Habitação, com acompanhamento das Secretarias de Desenvolvimento Regionais,
dos técnicos dos municípios e dos moradores beneficiados pelo Projeto.
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Caberá ainda à Secretaria de Estado da Assistência Social, Trabalho e


habitação:

a) Planejar as ações a serem implantadas;

b) Proceder a levantamentos que indiquem o estágio atual do programa,


em seu todo, compartilhando com os demais parceiros e o status e as proposições
de implementação;

c) Alocar equipe de trabalho na SST;

d) Ativar e formalizar Adesões das Prefeituras;

e) Exigir um relatório mensal, visando a atualização das informações


sobre o andamento dos trabalhos realizados;

f) Realizar pesquisas qualitativas que avaliem o grau de satisfação das


famílias contempladas e o índice de cobertura alcançado pelo projeto realizado nos
municípios do Estado de Santa Catarina para seu constante aperfeiçoamento e
para sua ampliação.

XIV – RECURSOS

O Projeto Meu Cantinho Reformas será executado com recursos do Governo do


Estado de Santa Catarina, com valor estabelecido de R$ 3.000.000,00 (tres
milhões de reaia), cujo desembolso será efetuado através de cartão de crédito
específico para aquisição de material de construção para reformas de moradias.
Cada cartão será carregado com R$ 3.000,00 (tres mil reais) e repassado para
uma única família que se enquadre nas exigências do Programa.

A Secretaria de Assistência Social, Trabalho e Habitação já tem alocados R$


2.500.000,00 (dois milhões e quinhentos mil reais), havendo a necessidade do
Governo do Estado disponibilizar mais R$ 500.000,00 (quinhentos mil reais) para
complementar os recursos necessários para atendimento das mil famílias no
estado.

XV - RESULTADOS ESPERADOS
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a) Reduzir as inadequações levantadas em moradias no Estado de Santa


Catarina;

b) Valorização imobiliária dos imóveis reformados e dos imóveis do entorno


dessas moradias;

c) Incremento na arrecadação dos tributos municipais com a inclusão de novas


matrículas imobiliárias;

d) Melhoria no convívio e na inclusão social dos beneficiários;

e) Melhoria da auto-estima dos beneficiários.


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XVI – REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL. Estatuto da Cidade: Lei 10.257/2001 que estabelece diretrizes gerais


da política urbana. Brasília, Câmara dos Deputados, 2001, 1a Edição.

BRASIL. IBGE. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística.


www.ibge.gov.br/catálogos/indicadores. Acesso em junho 2010.

BRASIL. Fundação Nacional de Saúde. Manual de orientações técnicas para


elaboração de projeto de melhorias sanitárias domiciliares / Fundação Nacional de
Saúde. – Brasília: Funasa, 2003. 68 p.

COHAB/SC. Companhia de Habitação do Estado de Santa Catarina. Plano


Catarinense de Habitação de Interesse Social. 2012.
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APÊNDICE 1 – MEMORIAL DESCRITIVO DO MÓDULO SANITÁRIO A SER


CONSTRUÍDO

 Especificações Mínimas do Módulo Sanitário – O Módulo Sanitário consiste


de uma estrutura de alvenaria ou outro material construtivo devidamente
aprovado pelas normas técnicas, com área interna de 1,5 m X 1,0 m,
subdividida em dois compartimentos, sendo um deles destinado ao Box com
chuveiro e o outro para instalação do vaso sanitário e do lavatório. O box
deverá ter ponto para chuveiro – (0,90 m x 0,95 m) e previsão para instalação
de barras de apoio e de banco articulado, desnível máx. 15 mm

 Banheiro - Quantidade mínima: 1 lavatório sem coluna, 1 vaso sanitário com


caixa de descarga acoplada, 1 box com ponto para chuveiro – (0,90 m x 0,95
m) com previsão para instalação de barras de apoio e de banco articulado,
desnível máx. 15 mm; Assegurar a área para transferência ao vaso sanitário e
ao box.

 Pisos - Cerâmica esmaltada em toda a unidade, com rodapé, e desnível


máximo de 15 mm.

 Portas e Ferragens - Porta em madeira. Admite-se porta metálica. Batente em


aço ou madeira desde que possibilite a inversão do sentido de abertura das
portas. Vão livre de 0,60 m x 2,10 na as porta.

 Janelas – Janela basculante padrão para banheiro.

 Revestimento Áreas Molhadas - Azulejo com altura mínima de 1,50 m em


todas as paredes do banheiro, cozinha e área de serviço.

 Cobertura - Em telha cerâmica/concreto ou de fibrocimento, com forro, sobre


estrutura de madeira ou metálica.

 Vaso Sanitário - Louça com caixa de descarga acoplada.

 Lavatório - Louça sem coluna e torneira.

 Fossa - Anel de cimento de 1,20 m x 1,20 m.

 Sumidouro – Anel de cimento vazado de 1,20 m x 1,20 m, ou Filtro biológico –


a depender do coeficiente de percolação.
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APÊNDICE 2 – MEMORIAL DESCRITIVO DA REFORMA DA COBERTURA

 Estrutura de madeira - A estrutura do telhado deverá ser de madeira


imunizada. Não serão permitidas emendas, a não ser sobre os apoios. Os
pregos deverão ser do tipo apropriado e compatível com a bitola da madeira
empregada. Tanto as bitolas do madeiramento como as suas dimensões e
espaçamento serão executados rigorosamente de acordo com as plantas de
detalhes do projeto arquitetônico

 Cobertura com telha fibrocimento - O telhado será executado com telhas de


fibrocimento.

 Cumeeira para telha ondulada - A cumeeira será de fibrocimento.


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APÊNDICE 3 – MEMORIAL DESCRITIVO DA AMPLIAÇÃO DA ÁREA


FÍSICA DAS MORADIAS

 Portas e Ferragens - Portas internas em madeira. Admite-se porta metálica no


acesso à unidade. Batente em aço ou madeira desde que possibilite a inversão
do sentido de abertura das portas. Vão livre de 0,80 m x 2,10 m em todas as
portas. Previsão de área de aproximação para abertura das portas (0,60 m
interno e 0,30 m externo), maçanetas de alavanca a 1,00 m do piso.

 Pisos - Cerâmica esmaltada em toda a unidade, com rodapé, e desnível


máximo de 15 mm.

 Janelas - Completa, de alumínio, aço ou madeira. Vão de 1,50 m² nos quartos


e 2,00 m² na sala, sendo admissível uma variação de até 5%.

 Paredes internas - Tinta PVA. Massa única, concreto regularizado para


pintura.

 Cobertura - Em telha cerâmica/concreto com forro ou de fibrocimento


(espessura mínima de 6 mm) com laje, sobre estrutura de madeira ou metálica.

 Número de pontos de tomadas elétricas - 2 pontos.

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