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ESTATUTOS

Bissau, Abril de 2019


ÍNDICE

PREÂMBULO
CAPÍTULO I – Disposições Gerais
CAPÍTULO II – Das Organizações Filhais
CAPÍTULO II – Da Organização e Funcionamento
CAPÍTULO IV – Diposições Transitórias e Finais
PREÂMBULO

A Rede Nacional das Associações Juvenis (RENAJ) foi fundada a 28 de


janeiro do ano 2000. Um período pós conflito visto que a Guiné-Bissau
acabara de sacudir do conflito político-militar de junho de 1998, conflito
este que deixou sequelas importantes ao tecido social guineense. Após a
realização de uma jornada de reflexão promovida por algumas
organizações juvenis na altura, com vista a reflectir sobre a problemática
da juventude face aos novos desafios, do qual saiu uma resolução
recomendando a criação duma estrutura de concertação autónoma e
dinâmica, capaz de responder as expectativas das associações juvenis cujo
futuro se via comprometido pela realidade sociopolítica do país naquela
altura.

Em maio do mesmo ano a RENAJ foi legalizada como fórum de


concertação, coordenação e apoio às associações juvenis. Atualmente,
conta com cento e cinco (80) associações filiadas em todo o território
nacional, delegacias e pontos focais nas oito (8) regiões administrativas e
com representações na diáspora: Dakar, Portugal, França e Brasil, países
que acolhem significativos número da população guineense.
CAPÍTULO I – Disposições Gerais

Capitulo I

Secção I

Artigo 1º

(Da Definição, Natureza e Princípios Fundamentais)

1. A Rede Nacional das Associações Juvenis, a seguir designada RENAJ, é


uma pessoa colectiva de direito privado, de fins não lucrativos, laica,
apartidária, constituida como Fórum de Concertação, Coordenação e
Apoio às Associações Juvenis da Guiné-Bissau, dotada de autonomia
administrativa, financeira e patrimonial, regendo-se pelos presentes
estatutos e demais leis vigentes na República da Guiné-Bissau, que lhe
forem aplicáveis.
2. A RENAJ define a juventude como etapa da vida activa do ser humano,
independentemente de gozo de direitos e cumprimento de deveres, com
a idade compreendida entre 15 a 35 anos de idade.
3. A RENAJ aceita ainda como definição da juventude, as definições
emanadas das manifestações culturais das diferentes tribos existentes na
República da Guiné-Bissau.

Artigo 2º

(Âmbito e Missão)

1. Constitue âmbito temático da RENAJ, nomeadamente:


a) Cidadania e direitos humanos;
b) Associativismo, Voluntariado e Monitorização das Organizações;
c) Ambiente e Desenvolvimento Sustentável;
d) Empreendedorismo e Emprego Jovens;
e) Promoção de Saúde de Adolescentes e Jovens;
f) Género e Equidade;
g) Promoção de Direitos das Crianças;
h) Cultura e Desportos,

2. Constitue ainda âmbito temático da RENAJ, todas as matérias de


interesses de adolescentes e jovens e das organizações juvenis filiais, para
além das especificadas no número anterior.
3. O Âmbito geográfico da RENAJ compreende o nível local, sectorial,
regional, nacional e internacional.
4. São missões da RENAJ, nomeadamente:
a) Advogar em defesa dos interesses das Organizações Juvenis
membros e de adolescentes e jovens guineenses no geral;
b) Promover o Associativismo Juvenil e afirmação da Juventude no
processo de Desenvolvimento Sustentável da Guiné-Bissau;
c) Servir de interlocutor da juventude guineense dentro e fora do
território nacional;
d) Promover parcerias com instituições governamentais e não
governamentais com vista a captação e alocação de recursos para a
implementação de projectos e programas das Organizações Juvenis
Filiais, e os que lhe diz respeito;
e) Promover espaços de índole científico e cultural para os Adolescentes
e Jovens;
f) Incentivar a integração nacional e regional de Adolescentes e Jovens;
g) Promover desenvolvimento social, enconómico e cultural de
Adolescentes e Jovens, de forma integrada e equilibrada.
h) Combater todas as práticas sociais nefastas ao desenvolvimento pleno
de Adolescentes e Jovens.

Artigo 3º

(Visão)

A RENAJ tem como visão – emancipação social, económica, política, científica e


cultural de Adolescentes e Jovens, de forma equilibrada e integrada, visando o
desenvolvimento sustentável do país.

Artigo 4º

(Valores e Princípios)

1. São Valores consagrados pela RENAJ, nomeadamente:


a) Igualdade e Equidade
b) Liberdade
c) Justiça
d) Fraternidade
e) Transparência
f) Paz
g) Amor
2. Constituem princípios fundamentais da RENAJ, nomeadamente:
a) Democraticidade
b) Laicidade
c) Voluntariado
d) Imparcialidade
e) Universalidade
f) Autodeterminação
Artigo 5º

(Simbolos)

1. São Símbolos da RENAJ, nomeadamente:


a) Logotipo
b) Bandeira
c) Hino
2. O Logotipo da RENAJ é formado por sigla “RENAJ”, de cor verde,
portando mapa da Guiné-Bissau grudada na letra “R”, em vermelho,
duas faixas amarelas no corpo e estrela negra no pico da letra “J”, e uma
descrição da Rede Nacional das Associações Juvenis, carregando a sigla
RENAJ, de cor verde.
3. A Bandeira da RENAJ é formada por logotipo da RENAJ em branco,
impregnado no fundo verde.
4. O Hino da RENAJ tem como títuto “A Voz da Juventude”.

Artigo 6º

(Património e Receitas)

O Património da RENAJ é composto, entre outros de:


a) Auxílios, contribuições e subvenções de entidades públicas e
privadas, nacionais ou estrangeiras;
b) Doações ou legados;
c) Produção de operações de créditos internas ou externas para o
financiamento das suas actividades;
d) Juros bancários e outras receitas de capital;
e) Valores recebidos de terceiros em pagamento de serviços ou
produtos;
f) As contribuições dos seus associados;
g) A Rádio Jovem.

Seccão II

Artigo 6º

(Das Estruturas)

A RENAJ é composta pelas seguintes estruturas:

a) Rede Nacional (RN)


b) Redes Regionais (RRs)
c) Células de Representação Internacional (CRIs)
Artigo 7º

(Rede Nacional)

1. A Rede Nacional (RN) é a maior estrutura da RENAJ, constituída como


Fórum de Concertação, Coordenação e de Apoio às Organizações
Juvenis de todo o país.
2. A Rede Nacional (RN) é a principal estrutura de orientação política e
estratégica da RENAJ.

Artigo 8º

(Redes Regionais)

1. As Redes Regionais (RRs) são estruturas de base territorial, constituidas


como Fórum de Concertação, Coordenação e de Apoio às Organizações
Juvenis das respectivas Regiões Administrativas.
2. As Redes Regionais (RRs) gozam de autonomia administrativa e
financeira, e a eleição dos seus Órgãos Sociais são próprias, livres e
democráticas, nos termos dos presentes Estatutos e do Regulamento
Eleitoral da RENAJ.
3. A Rede Nacional exerce a tutela Administrativa e Financeira sobre as
Redes Regionais.

Artigo 9º

(Células de Representação Internacional)

1. As Células de Representação Internacional (CRIs) são estruturas de


representação da RENAJ e da Juventude Guineense a nível da diáspora,
distribuídos por continentes: África, Europa, América e Ásia.
2. Os Representantes das Células de Representação Internacional (CRIs)
são nomeados pelo Presidente da RENAJ, podendo ser exonerados
igualmente por este.
3. Os Representantes das Células de Representação Internacional (CRIs)
gozam do direito de criar estruturas de apoio e designar atribuições para
as mesmas.

Artigo 10º

(Sede)

1. A RENAJ tem a sua sede nacional em Bissau, capital da República da


Guiné-Bissau.
2. As Redes Regionais (RRs) têm suas sedes nas Capitais Administrativas
das respectivas Regiões.
3. As sedes das Células de Representação Internacional (CRIs) são fixadas
por continente, uma sede em África, uma na Europa, uma nas Américas,
e uma em Ásia.

CAPÍTULO II – Das Organizações Filiais

Seccão I

Artigo 11º

(Natureza das Organizações Filiais e Regime de Filiação)

1. É livre e vivamente apoiada, nos termos dos presentes Estatutos, a


filiação, na RENAJ, das Organizações Juvenis do país, ou de Jovens
Guineenses na diáspora, desde que gozem da mesma natureza e zelem
pelos princípios consagrados nos Estatutos da RENAJ.
2. As Organizações Juvenis de âmbito regional são afiliadas nas respectivas
Estruturas Regionais.
3. Podem filiar-se na RENAJ as Organizações que preencham os requisitos
gerais anunciados no número anterior, e a formalização do pedido de
filiação é feita mediante entrega, no Escritório da respectiva estrutura de
cobertura territorial, dos seguintes documentos:
a) Estatutos da Organização;
b) Acta da Assembleia Constituinte;
c) Uma carta de pedido de filiação dirigida ao Presidente da RENAJ;
d) As Associações de base regional que pretendam filiar-se na RENAJ
devem requerer, por intermedio da Rede Regional a que pertence, em
petição dirigida a Presidente da RENAJ. Devendo o Presidente da
Rede Regional emitir um parecer sobre o pedido de filiação e remeter
ao Presidente da RENAJ, no prazo máximo de 5 dias.
e) A Organização pode ainda entregar a certidão de legalização, caso
estiver legalizada;
4. Na entrega da carta de aceitação de filiação à Organização requerente,
deve esta pagar jóia no valor de 2500 fcfa.
5. No prazo de três meses, o Conselho Directivo, após devida apreciação do
pedido, e com o parecer do Conselho Fiscal, Jurisdicional e Disciplinar
(CFJD), deve pronunciar-se sobre aceitação ou não do pedido de filiação,
numa carta emitida pelo Presidente da RENAJ à Organização requerente.
6. O não pronunciamento da Direção Executiva no prazo estipulado no
número anterior, implica a admissão da Organização requerente.
(Direitos e Deveres Gerais das Organizações Filiais)

Seccão II

Artigo 12º

(Direitos da Organizações Filiais)

1. São direitos gerais das Organizações filiais da RENAJ ou das RRs,


nomeadamente:
a) Eleger e serem eleitos aos Órgãos Sociais da RENAJ ou das
respectivas RRs;
b) Participar em todas as sessões de Assembleia da RENAJ ou das RRs,
nos termos dos presentes Estatutos;
c) Propor iniciativas, agendas, moções ou projetos aos Órgãos;
d) Participar nas actividades organizadas pela RENAJ ou respectivas
RRs;
e) Serem informados regularmente do funcionamento da Organização;
f) Beneficiar da formação e apoios técnicos concedidos pela RENAJ ou
RRs;
g) Usufruir de patrimónios, serviços, subvenções, financiamentos ou
doações da RENAJ ou RRs, destinados aos membros em virtude de
exercício dos direitos e cumprimento dos seus deveres;
h) Delegar dois representantes junto da RENAJ ou respectivas RRs;
i) Exercer os demais direitos nos termos dos Estatutos.
2. Todas as Organizações membros são iguais entre sí e gozam de mesmos
direitos e estão sujeitos às mesmas obrigações.

Seccão III

Artigo 13º

(Deveres das Organizações Filiais)

1. São deveres gerais das Organizações Filiais da RENAJ ou das RRs,


nomeadamente:
a) Zelar pelo cumprimento dos Estatutos e demais normas internas da
RENAJ ou de respectiva estrutura territorial;
b) Cumprir e fazer cumprir as deliberações emanadas dos Órgãos
Sociais da RENAJ ou da respectiva RR;
c) Zelar pela verificação da disciplina, ética e preservação da identidade,
boa imagem da juventude e progresso constante da RENAJ como um
todo.
d) Entregar no primeiro trimestre de cada ano, programas de actividade
e orçamento, e no último trimestre de cada ano, relatórios de
actividade e contas, à RENAJ;
e) Zelar pelos princípios da democracia interna, na Organização das
Assembleias e nas tomadas de decisões;
f) Pagar pontualmente a quota e demais contribuições estabelecidas nos
termos dos Estatutos e regulamento;
g) Participar assiduamente nas Assembleias e nas comissões para que
forem designadas;
h) Informar à RENAJ e às respectivas RRs sobre as alterações operadas
nos seus Estatutos, bem como as mudanças que se operam nos
Órgãos de direção e representação;
i) Demais deveres nos termos dos Estatutos e do funcionamento.

CAPÍTULO II – Da Organização e Funcionamento

Secção I - Generalidades

Artigo-14º

(Dos Órgãos)

1. São Órgãos de jurisdição nacional da RENAJ, nomeadamente:


a) Assembleia Geral - AG;
b) Conselho Directivo – CD;
c) Conselho Fiscal, Jurisdicional e Disciplinar - CFJD.
2. São Órgãos de jurisdição regional da RENAJ, nomeadamente:
a) Assembleia Regional - AR;
b) Conselho Directivo Regional – CDR;
c) Conselho Regional Fiscal, Jurisdicional e Disciplinar - CRFJD.

Artigo-15º

(Princípios de Tutela e de Hierarquia)

É existente, nos termos estatutários e gerais de direito, sem afectar as


autonomias, a relação de tutela e de hierarquia existente entre órgãos e
estruturas definidos no artigo antecedente, independentemente da
regulamentação específica.

Artigo-16º

(Eleições e Mandatos)
1. Todos os órgãos e titularidades das funções da RENAJ, das estruturas de
jurisdição nacional e regional, são eleitos democráticamente nas
respectivas Assembleias.
2. O mandato por eleições dos órgãos da RENAJ, de jurisdição nacional e
regional, é de 3 anos renováveis.
3. As eleições de órgãos das estruturas regionais antecedem a da estrutura
nacional com intervalo de 6 meses.
4. As eleições dos órgãos são necessariamente por lista única.
5. Todas as demais matérias relativas ao processo eleitoral serão objectos de
regulação especial no Regulamento Eleitoral.

Artigo 17º

(Regulamento Geral)

Independentemente de regulamentação em função de matérias específicas, a


organização e o funcionamento dos órgãos da RENAJ será objecto duma
regulação especial.

CAPITULO III

Dos Órgãos

Secção I

Artigo 18º

Constituição

1. São órgãos da RENAJ:


a) Assembleia Geral;
b) Conselho Directivo;
c) Conselho Fiscal, Jurisdicional e Disciplinar;

Secção II

Artigo 19º

Da Assembleia Geral
Sub-secção I

(Definição Natureza e Composição)

1. Assembleia Geral é o órgão supremo e legislativo da organização, cujo


mandato dos seus titulares é de três anos renováveis.
2. É composta pelos representantes das associações filiadas na RENAJ, e
por:
a) Um Presidente da Mesa;
b) Um Vice-presidente;
c) Um Secretário.

Sub-Secção II

Artigo 20º

(Competência)

Compete a Assembleia Geral, nomeadamente:

a) Deliberar sobre os assuntos importantes da RENAJ;


b) Eleger e destituir os titulares dos órgãos da RENAJ;
c) Deliberar sobre a revisão dos Estatutos, a sua consequente aprovação
e demais legislações internas da Organização;
d) Definir as linhas gerais de orientação estratégica da RENAJ;
e) Legislar sobre todas as normas de carácter geral e abstracto da
RENAJ;
f) Aprovar os relatórios de actividade e financeiro da RENAJ;
g) Deliberar sobre as sanções previstas no artigo 33º, n°1, al. h) do
presente diploma;
h) Marcar a data de realização da Assembleia Geral;
i) Deliberar sobre a dissolução da RENAJ;
j) Convocar a plenária para a realização de eleição antecipada, quando
necessária e pertinente, reunindo o voto favorável de 2/3 de número
dos membros, ouvindo o Conselho Directivo.

Sub-Secção III

Artigo 21º

(Das Reuniões)
1. A Assembleia Geral reúne-se ordinariamente uma vez por ano e
extraordinariamente sempre que for convocada pelo Conselho Directivo
ou por 2/3 dos seus delegados em pleno gozo dos seus direitos.
2. A Assembleia Extraordinária deve ser convocada com uma antecedência
mínima de 15 dias, mediante uma carta dirigida ao Conselho Directivo.

Sub-Secção IVª

Artigo 22º

(Deliberações)

1. Na primeira convocação a AG só pode deliberar na presença de 2/3 dos


membros em efectividade de funções.
2. Na segunda convocação a AG pode deliberar na presença de qualquer
número dos delegados em efectividade de funções.
3. Salvo o disposto nos números seguintes, as deliberações serão tomadas
por maioria absoluta dos votos dos membros presentes.
4. As deliberações sobre as alterações dos Estatutos, requer o voto favorável
de 2/3 dos membros presentes.
5. A deliberação sobre a dissolução da RENAJ requer o voto favorável de
4/5 dos membros em efectividade de funções.

Sub-Secção V

Artigo 23º

(Da Eleição)

1. A eleição dos titulares dos Órgãos Sociais da RENAJ faz-se por listas
através do escrutínio secreto e universal, sendo vencedor a lista que tiver
maior número de votos;
2. O escrutínio é realizado por uma comissão ad-hoc criada para o efeito
como forma de garantir a imparcialidade, liberdade e justiça do ato;
3. Esta comissão será criada pela AG, cujos membros incluem os
representantes de cada lista concorrente e mais dois independentes;
4. No ato eleitoral, só terão a capacidade eleitoral activa os membros em
pleno gozo dos seus direitos na RENAJ e com quotas devidamente
regularizadas por um período de três meses antes da data da AG;
5. Só podem apresentar a candidatura à presidência da RENAJ, os
membros de uma Associação afiliada e ativa, com participação assídua
nas atividades da Organização e do percurso Associativo Juvenil;
6. As condições de elegibilidade, constituição de listas de candidaturas e
demais normas sobre a matéria eleitoral, serão reguladas no regulamento
eleitoral interno.

Secção II

Do Conselho Directivo

Sub-secção I

Artigo 24º

(Natureza)

1. O Conselho Directivo é o Órgão Executivo e Administrativo da RENAJ.


2. O mandato dos seus titulares é de três anos renováveis uma única vez.

Sub-secção II

Artigo 25º

(Composição)

1. O Conselho Directivo é composto por:


a) Presidente;
b) Vice-Presidente
c) Secretário-geral;
d) Secretário-geral Adjunto;
e) Responsável de Relações Públicas e Cooperação;
f) Departamentos Especializados.

Sub-secção II

Artigo 26º
(Competência)

1. Compete ao Conselho Directivo:


a) Definir estratégias de funcionamento a curto e longo Prazo;
b) Elaborar plano de actividades trimestral, semestral e Anual da
RENAJ;
c) Definir e elaborar o plano operacional da RENAJ;
d) Dirigir, coordenar e dar seguimento a todas as atividades da
Organização;
e) Negociar e concluir acordos, parcerias nacionais e internacionais;
f) Conferir diplomas de reconhecimento e de mérito as pessoas
singulares e colectivas;
g) O que mais lhe for atribuído por lei;

Sub-secção III

Artigo 27º

(Das Reuniões)

1. Conselho Directivo da RENAJ reúne-se ordinariamente uma vez por


mês e extraordinariamente sempre que for convocado pelo seu
presidente ou por maioria relativa dos seus membros;
2. O Presidente do Conselho Diretivo goza de voto de qualidade, para
superar em caso de empate nas deliberações;
3. O Conselho Directivo reúne uma vez por mês com outros Órgãos
Sociais e com associações filiais representadas pelos seus representantes
devidamente credenciados.

Artigo 28º

(Competência Específica)

1. O Presidente do Conselho Diretivo é o órgão singular da direção sendo


por inerência da função presidente da RENAJ;
2. Compete ao Presidente o seguinte:
a) Representar o Conselho Diretivo em juízo e fora dele, podendo
delegar poderes ao seu Vice-Presidente, Secretário-geral ou qualquer
membro da direção e outros órgãos;
b) Convocar e presidir reuniões ordinárias e extraordinárias do
Conselho Directivo com outros órgãos sociais e com representantes
das associações membros;
c) Decidir sobre assuntos importantes da organização e sobre o seu
engajamento nas iniciativas de outras organizações e instituições
parceiras, a nível nacional e internacional;
d) Nomear e exonerar os membros do Conselho Directivo e de outras
instituições tuteladas pela RENAJ, no decurso do mandato, salvo
disposição contrária;
e) Criar departamentos de apoio ao funcionamento da Direção, tendo
em conta as necessidades da organização.
3. Compete ainda ao presidente da RENAJ, nomeadamente:
a) Dar orientações e planificar a forma e metodologia do funcionamento
do Conselho Directivo;
b) Coordenar, administrar e supervisionar o funcionamento da
Direcção;
c) Dirigir a política diplomática da organização, assinar acordos de
parcerias e contratos com os parceiros;
4. O Vice-presidente é o substituto directo do presidente da RENAJ, em
todos os direitos e deveres estatutários, tendo em relação a este dever de
obediência;
5. O Secretário-geral é uma pessoa singular, terceira na ordem hierárquica,
responsável pela execução, operacionalização, assessorando
directamente o Presidente e Vice-Presidente na supervisão das
actividades da organização;
6. É da atribuição do Secretário-Geral, as seguintes:
a) Substituir o Presidente e Vice-presidente em caso da ausência ou
impossibilidade geral de exercício da função;
b) Planear, distribuir tarefas e coordenar a execução de todas as acções e
actividades do Conselho Directivo;
c) Supervisionar as acções dos departamentos da RENAJ;
d) Exercer as demais atribuições competências na ausência do
presidente de acordo com o previsto no número anterior;
e) Coordenar o secretariado técnico e os procedimentos administrativos
ligados a secção administrativa e arquivos;
f) Assessorar o presidente nas questões técnicas da organização;
g) Elaborar atas, relatórios, correspondências e outros documentos
escritos da organização;
h) Exercer demais tarefas que lhe forem atribuídas pelo presidente.
7. O Secretário-geral Adjunto é o substituto directo do Secretário-geral na
sua ausência ou impossibilidade de exercício das suas funções durante
um tempo determinado;
8. Compete ainda ao Secretário-geral Adjunto, nomeadamente:
a) Assessorar o Secretário-geral nas tarefas e ações que pretende
implementar em prol da organização;
b) Exercer as demais atribuições e competências na ausência do
Secretário-geral de acordo com o previsto no número anterior.
9. Responsável de Relações Públicas e Cooperação é uma pessoa singular,
reponsável pelos assuntos de relacionamento exterior da organização.
10. Cabe ao responsável de Relações Públicas e Cooperação as seguintes
atribuições:
a) Acompanhar às ações da Direcção em relação às instituções parceiras
e entre outras;
b) Dar seguimento às iniciativas diplomáticas e acordos de parcerias da
organização;
c) Assessorar o presidente na delegação de representantes a nível local e
internacional;
d) Eexercer demais tarefas que lhe forem atribuídas pelo presidente.

Artigo 29º

(Dos Departamentos)

1. Os Departamentos são secções administrativas que servem de apoio ao


funcionamento da Direcção Executiva.
2. Constituem Departamentos de apoio, os seguintes:
a) Administração, Finanças e Contabilidade;
b) Cidadania e Direitos humanos;
c) Associativismo, voluntariado e Monitorização das Organizações;
d) Saúde de Adolescentes e Jovens;
e) Empreendedorismo e Emprego Jovens;
f) Comunicação e Valorização de TIC;
g) Ambiente Desenvolvimento Sustentável;
h) Projetos e Programas;
i) Promoção de Direitos de Crianças;
j) Gênero e Equidade;
k) Cultura e Desportos;
l) Conselho Científico e Pedagógico

Artigo 30º

(Noção e atribuição)

1. O Departamento da Administração, Finanças e Contabilidade é


responsável pelos assuntos administrativos, financeiros e contabilísticos
da organização.
2. Cabe ao Responsável da Administração e Finanças as seguintes tarefas
ou atribuições:
a) Supervisionar e coordenar toda actividade administrativa e financeira
da RENAJ;
b) Coordenar e elaborar sistema de controlo administrativo e financeiro;
c) Controlar os arquivos documentos finaceiros;
d) Proceder o controle financeiro e pagamento de rúbricas de todos os
projectos a ser implementados pela organização, mediante uma
requisição previamente solicitada pelo responsável de excução da
actividade em causa;
e) Apresentar conta corrente, relatórios trimestrais e anuais e outras
despesas da organização.

3. Cabe ao Contabilísta as seguintes tarefas ou atribuições:


a) Controlar, registar e analisar os dados contabilísticos;
b) Lançamentos diários e das operações bancárias;
c) Inventários permanentes e relatórios de contas.
4. Cabe ao Responsável de Dados as seguintes tarefas ou atribuições:
a) Criar, gerir, actualizar, configurar e monitorizar banco de dados da
Instituição;
b) Realizar backup para garantir a recuperação de dados em caso de
falha de software.

5. Cabe ao Responsável de Arquivos as seguintes tarefas ou atribuições:


a) Organizar e controlar os aquivos internos da Organização;
b) Manter e concervar os documentos e sua disponibilização aos
responsáveis.

6. Cabe ao Assistente de Secretariado as seguintes tarefas ou atribuições:


a) Dar assistencia aos Secretário-geral e Adjunto na execução das suas
tarefas;
b) Executar outras tarefas que lhe for indicadas pelos Secretário-geral e
Adjunto.
7. Cabe ao Responsável de Património as seguintes tarefas ou atribuições:
a) Descrever o tratamento de um imobilizado adquirido no quadro
institucional;
b) Produzir um ficheiro por cada imobiliário, por natureza do
imobiliário; Designação; Afetação (serviço beneficiário); Data da
recepção; Valor da aquisição; Fonte de financiamento; Localização;
c) Descrever as regras de saídas de imobiliário na RENAJ;
d) De seis em seis meses, deve-se fazer atualização de inventário de
todos os imobiliários da RENAJ, assim como fazer o registo imediato
de imobiliário que entram no património.

Artigo 31º

(Dos Departamentos Temáticos)


1. O Departamento da Cidadania e Direitos Humanos é o departamento
de apoio a materialização das ações da RENAJ, nas matérias relativas a
promoção da cidadnia e dos direitos humanos.
2. O Departamento é composto por um coordenador e coadjuvado por um
adjunto, ambos nomeados pelo presidente da RENAJ, o qual compete as
seguintes tarefas:
a) Planificar a excução operacional de actividades da Direcção nesta
temática;
b) Dar seguimento as iniciativas das associações juvenis ligadas a
temática;
c) Supervisionar e coordenar o programa radiofónico e outras ações de
sensibilização temática.

3. Departamento de Género e Equidade é um departamento de apoio a


materializaçao das ações da RENAJ na matéria de promoção da
igualdade e equidade de género.
4. Este departamento é coordenado por um coordenador e coadjuvado por
um adjunto, ambos nomeados pelo presidente da RENAJ, o qual
compete as seguintes tarefas:
a) Planificar a excução operacional de actividades da Direcção nesta
temática;
b) Promover acções de promoção da igualdade e equidade de género;
c) Dar seguimento as iniciativas das associações juvenis ligadas a
temática.
5. O Departamento de Associativismo, Voluntariado e Monitorização das
Organizações é o departamento de apoio a materialização das ações da
RENAJ, nas matérias relativas ao Associativismo e Voluntariado em
geral.
6. O Departamento é coordenado por um coodenador e coadjuvado por
um adjunto, ambos nomeados pelo presidente da RENAJ, o qual
compete as seguintes tarefas:
a) Planificar a execução das actividades da Direcção nesta temática;
b) Dar seguimento as iniciativas das associações juvenis ligadas a
temática;
c) Assessorar a Direcção na materialização das edições de Escola
Nacional de Voluntariado;
d) Acompanhar a dinâmica associativa das associações de base,
coordenando as visitas de seguimento.
7. O Departamento de Ambiente e Desenvolvimento Sustentável é o
departamento de apoio a materializaçao das ações da Direcção
Executiva, relativo a materias ambientais.
8. O Departamento é coordenado por um coodenador e coadjuvado por
um adjunto, ambos nomeados pelo presidente da RENAJ, o qual
compete as seguintes tarefas:
a) Planificar a execução de actividades da Direcçao nesta temática;
b) Dar seguimento as iniciativas das associações juvenis ligadas a
temática;
c) Supervisionar as iniciativas juvenis das associações, nos aspectos de
infomação, educação e sensibilizaçao no domínio ambiental.
9. O Departamento de Saúde de Adolescentes e Jovens é um
departamento de apoio a materializaçao das ações da Direcçao
Executiva, relativas às matérias de saúde de Adolescentes e Jovens.
10. Este departamento é coordenado por um coodenador e coadjuvado por
um adjunto, ambos nomeados pelo presidente da RENAJ, o qual
compete as seguintes tarefas:
a) Planificar a execuçao das actividades da direção nesta temática;
b) Dar seguimento as iniciativas das associaçoes juvenis ligadas a
temática;
c) Supervisionar e coordenar programa radiofónico e outras ações de
sensibilização da temática.
11. O Departamento de Promoção dos Diretos das Crianças é um
departamento de apoio a materializaçao das ações da RENAJ na matéria
de promoção dos direitos das crianças.
12. Este departamento é coordenado por um coordenador e coadjuvado por
um adjunto, ambos nomeados pelo presidente da RENAJ, o qual
compete as seguintes tarefas:
a) Planificar a excução operacional de actividades da Direcção nesta
temática;
b) Dar seguimento as iniciativas das associações juvenis ligadas a
temática;
c) Supervisionar e coordenar o programa radiofónico e outras ações de
sensibilização temática.
13. O Departamento de Empreendedorismo e Emprego Jovens é um
departamento de apoio a materializaçao das ações da RENAJ relativas a
política juvenil de emprego e a promoção do empreendadorismo.
14. Este departamento é coordenado por um coordenador e coadjuvado por
um adjunto, ambos nomeados pelo presidente da RENAJ, o qual
compete as seguintes tarefas:
a) Planificar a execução das actividades da Direcção nesta temaática;
b) Assessorar a Direcção Executiva na elaboração e implementação de
iniciativas de auto-emprego e outras geradoras de rendimento.
15. O Comunicação e Valorização de TIC é um departamento de apoio a
materializaçao das ações da RENAJ relativas a matéria de comunicação e
promoção de novas Tecnologias de Informação e Comunicação.
16. Este departamento é coordenado por um coordenador e coadjuvado por
um adjunto, ambos nomeados pelo presidente da RENAJ, o qual
compete as seguintes tarefas:
a) Definir a política de comunicação e visibilidade da RENAJ;
b) Gerir plataformas de comunicação digital da RENAJ;
c) Captar imagens e vídeos das actividades da RENAJ e outras em que
for convidada;
17. Departamento de Cultura e Desportos é um departamento de apoio a
materializaçao das ações da RENAJ na matéria de cultura e desporto.
18. Este departamento é coordenado por um coordenador e coadjuvado por
um adjunto, ambos nomeados pelo presidente da RENAJ, o qual
compete as seguintes tarefas:
d) Planificar a excução operacional de actividades da Direcção nesta
temática;
e) Promover acções desportivas e culturais;
f) Dar seguimento as iniciativas das associações juvenis ligadas a
temática.
19. Departamento de Conselho Científico e Pedagógico é um
departamento especializado encarregue da política de formação da
RENAJ.
20. O funcionamento deste departamento é regido pelos Termos de
Referência próprio.

Secçao-III:

(Do Conselho Fiscal, Jurisdicional e Disciplinar)

Artigo 31º

(Natureza)

1. O Conselho Fiscal, Jurisdicional e Disciplinar é um órgão colegial,


fiscalizador de toda a legalidade de funcionamento dos órgãos da
RENAJ e organizações nela afiliadas.
2. O mandato dos seus titulares é de três anos renovaveis.

Artigo 32º

(Composição)

1. O Conselho Fiscal, Jurisdicionar e Disciplinar é composto por:


a) Presidente
b) Vice-Presidente
c) Secretário

Artigo 33º
(Competência)

1. Compete o Conselho Fiscal, Jurisdicional e Disciplinar os seguintes:


a) Fiscalizar a legalidade dos procedimentos administrativos de todos os
órgãos da RENAJ;
b) Fiscalizar e emitir pareceres favoráveis ou desfavoráveis sobre os
procedimentos financeiros da Direção;
c) Acompanhar e fiscalizar os relatórios de actividades e conta anual, ou
trienal da Direção Executiva.
d) Emitir pareceres por escrito junto da AG das irregularidades
constatadas, propondo-lhes aplicações das sanções;
e) Disciplinar o funcionamento dos órgãos da RENAJ e os
departamentos acessórios;
f) Contribuir para a manutenção da ordem interna da organização;
g) Aplicar sanções disciplinares nos termos do artigo seguinte do
presente estatutos, com a excepção das alíneas f, g,h e i do mesmo.

Secçao IV:

CAPITULO III

Secção I

Artigo 34º

(Sanções e Regras do Sistema Disciplnar)

1. A violação de qualquer disposição imperativa prevista nos presentes


estatutos e outras disposições avulsas da organização, por parte das
Associações membros, acarreta as seguintes modalidades de sanções:
a) Admoestação oral;
b) Admostação escrita;
c) Coima;
d) Trabalho social;
e) Suspensão;
f) Expulsão;
g) Perda de mandato como titular dos órgãos;
h) Perda de qualidade de associado;
i) Impedimento para participar nas sessões de Assembleia-Geral.
2. Cada Associação é civilmente responsável de forma solidária, por acções
ou omissões praticadas pelo seu associado em representação dela na
RENAJ resultante da violação das normas da RENAJ.
Artigo 35º

(Definição e Ãmbito)

1. Admoestação Oral é uma sanção de advertência verbal ao infractor


singular ou colectivo que viole algumas das disposições legais previstas
no presente diploma e noutros que regem o funcionamento da RENAJ.
2. Admoestação Escrita é uma sanção de advertência escrita ao infractor
singular ou colectivo que viole algumas disposições legais previstas no
presente diploma e noutros que regem o funcionamento da RENAJ.
3. Coima é uma sanção em que o infractor é obrigado a pagar uma quantia
pecuniaria fixa.
4. Trabalho Social é uma sanção em que o infractor é obrigado a prestar
um determinado serviço social.
5. Suspensão é uma sanção em que é aplicada ao infractor uma suspensão
temporária.
6. Expulsão é uma sanção em que o infractor é expulso de forma definitiva
da organização.
7. Perda de Mandatos como Titular dos Órgãos é uma sanção que é
aplicada ao infractor a perda de titularidade de órgão.
8. Perda de Qualidade de Associado é uma sanção que é aplicada ao
infractor a perda de qualidade de associado.
9. Impedimento a participação nas Sessões de AG é aplicada a todos os
associados que não cumprirem com os deveres previstos no artigo 11º. al
f) do presente diploma, com três meses de antecedência a sessão.

CAPITULO-IV

Disposições Finais e Transitórias

Artigo 36º

(Convenio)

A RENAJ é livre de celebrar convénios com qualquer instituição (nacional e


internacional).

Artigo 37º

(Interpretação e Aplicação)
A tarefa de interpretação cabe ao órgão legislativo da organização, e em caso
de dúvidas deve-se recorrer a um períto na matéria, e só posteriormente a via
judicial.

Artigo 38º

(Destino dos Bens)

Em caso de dissolução da RENAJ, os seus bens serão destinados a uma


instituição cujos fins são idênticos.

Artigo 39º

(Das Omissões)

Todas as situações Omissas serão regidas pelas normas do Direito Civil vigente
no País.

Bissau, Abril 2019

Mesa da Assembleia Geral da RENAJ

Pesidente

Sra. Nadilé Garcia Baticã

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