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JUSFICATIVA

A presente propositura atende à demanda Conselho de Políticas Públicas de Juventude


do Estado de Sergipe (CONEJUVE) e da Superintendência Especial da juventude para a
modernização e fomento da política pública para a juventude, a fim de alterar disposto
na Lei Estadual n° 7.815, de 10 de janeiro de 2014 e a criação do fundo estadual para as
juventudes.
 Torna o Conselho um órgão consultivo e normativo;
 Garante que o Conselho fiscalize os recursos destinados à política pública de
juventude no âmbito estadual.
 Garante a realização da conferência da juventude, no intervalo máximo de 04
anos, conforme preconiza o estatuto da juventude (Lei 12.852/2013);
 Dá ao Conselho a prerrogativa de apresentar políticas públicas e contribuir
diretamente para a elaboração de políticas públicas;
 Garante que o Conselho possa encaminhar ao Ministério Público notícia de fato
que constitua infração ao direito da juventude, conforme prevê o estatuto da
juventude (Lei 12.852/2013);
 Garante que o Conselho possa expedir notificações e solicitar informações,
conforme prevê o estatuto da juventude (Lei 12.852/2013);
 Amplia o tamanho do plenário do Conselho, garantindo pluralidade na sociedade
civil, e a transversalidade nas secretarias de Estado. Garante uma vaga do Poder
Legislativo estadual e dos gestores municipais da juventude;
 Garante que as despesas no desenvolvimento das funções de conselheiro de
juventude estarão à conta do Governo do Estado de Sergipe;
 Autoriza que o Governo do Estado de Sergipe preveja recursos para o
desenvolvimento do Conselho.
Segue, em anexo, a minuta do referido Projeto de Lei e do Fundo Estadual para as
Juventudes.
ANEXO 1
Dispõe sobre a
alteração da lei estadual n°
7.815 de 10 de janeiro de
2014, do Conselho de
Políticas Públicas de
Juventude do Estado de
Sergipe.
Esta lei altera o disposto na Lei estadual n° 7.815 de 10 de janeiro de 2014, passando a vigorar
na seguinte redação:
Art. 1° Fica instituído o Conselho de Políticas Públicas de Juventude do Estado de
Sergipe - CONEJUVE, órgão colegiado de caráter consultivo, normativo e fiscalizador, tendo
como finalidade formular, fiscalizar e propor diretrizes de ação governamental, voltadas à
promoção de políticas públicas de juventude no Estado de Sergipe conforme prevê o Capítulo
V, Título VII da Constituição do Estado de Sergipe.
Art. 2° Ao CONEJUVE compete:
I - Propor estratégias de acompanhamento e avaliação da política estadual de juventude;
II - Estudar, analisar, elaborar, discutir e propor a celebração de instrumentos de cooperação,
visando à elaboração de programas, projetos e ações voltadas para a juventude;
III - Promover a realização de estudos, cursos, seminários, congressos, debates e pesquisas
sobre a realidade da situação juvenil, com vistas a contribuir na elaboração de propostas de
políticas públicas;
IV - Apresentar políticas públicas e outras iniciativas que visem a assegurar e ampliar os
direitos da juventude;
V - Articular-se com os conselhos municipais e nacional juventude, bem como com outros
conselhos setoriais, para ampliar a cooperação mútua e o estabelecimento de estratégias comuns
de implementação de políticas públicas de juventude:
VI - Fomentar o intercâmbio entre organizações juvenis municipais, estaduais, nacionais e
internacionais;
VII - Fiscalizar os repasses e gerenciamento dos recursos de toda política pública de juventude
do estado de Sergipe;
VI - Participar da construção das Conferência Estadual de Juventude, no intervalo máximo 04
(quatro) anos, junto a Coordenadoria Estadual de Juventude:
IX - Propor a criação de formas de participação da juventude nos órgãos da administração
pública:
X - Desenvolver outras atividades relacionadas às políticas públicas de juventude.
XI - Encaminhar ao Ministério Público notícia de fato que constitua infração administrativa ou
penal contra os direitos do jovem garantidos na legislação.
XII - Expedir notificações:
XII - Solicitar informações das autoridades públicas.
§1° As competências do CONEJUVE serão exercidas também, em consonância com o
disposto na Lei n° 8.069, de 13 de julho de 1990 - Estatuto da Criança e do Adolescente, na lei
de n° 8.242, de 12 de outubro de 1991 e na Lei n° 12.852 de 05 de agosto de 2013 - estatuto da
juventude.
Art. 3° No desenvolvimento de suas ações, discussões e na definição de suas
resoluções, O CONEJUVE observará:
I - O respeito à organização autônoma da sociedade civil;
II - O caráter público das discussões, processos e resoluções;
III - O respeito à identidade e à diversidade da juventude;
IV- A pluralidade da participação juvenil, por meio de suas representações;
V- A análise global e integrada das dimensões, estruturas, compromissos, finalidades e
resultados das políticas públicas estaduais e nacionais de juventude.
Art. 4° O CONEJUVE será integrado por representantes do poder público e da
sociedade civil, com reconhecida atuação na defesa e promoção dos direitos da juventude.
Art. 5° O CONEJUVE será constituído de trinta e oito membros titulares, e respectivos
suplentes, observada a seguinte composição:
I. 16 (dezesseis) representantes das seguintes pastas do poder público estadual, sendo um
de cada um dos seguintes órgãos, indicados pelo seu respectivo titular:
A. 01 (um) representante da Superintendência Especial de Juventude;
B. 01 (um) representante da Secretaria de Estado da Educação e Cultura;
C. 01 (um) representante da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Urbano e
Infraestrutura;
D. 01 (um) representante da Secretaria de Estado da Saúde;
E. 01 (um) representante da Secretaria de Estado da Administração;
F. 01 (um) representante da Secretaria de Estado da Assistência Social e
Cidadania;
G. 01 (um) representante da Secretaria de Estado do Desenvolvimento Econômico
e da Ciência e Tecnologia;
H. 01 (um) representante da Secretaria de Estado de Esporte e lazer;
I. 01 (um) representante da Secretaria de Especial de Comunicação Social;
J. 01 (um) representante da Secretaria de Estado da Justiça;
K. 01 (um) representante da Secretaria de Estado do Meio Ambiente,
Sustentabilidade e Ações Climáticas;
L. 01 (um) representante da Secretaria de Estado do Turismo;
M. 01 (um) representante da Secretaria de Estado da Segurança Pública;
N. 01 (um) representante da Secretaria Especial de Política para as Mulheres;
O. 01 (um) representante da Secretaria Especial do Trabalho, Emprego e
Empreendedorismo;
P. 01 (um) representante da Secretaria de Estado da Agricultura, do
Desenvolvimento Agrário e da Pesca.
II. 01 (um) representante dos gestores municipais de juventude, indicado pelo Fórum
Estadual de Gestores Municipais de Juventudes.
III. 01 (um) integrante do poder legislativo estadual, indicado pelo Presidente da
Assembleia Legislativa do estado;
IV. 01 (um) representante da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB.
V. Dezenove representantes da sociedade civil, eleitos em processo eleitoral convocado
para este fim, observada a seguinte composição:
a) Integrantes de entidades que atuem na defesa e na promoção dos direitos da juventude;
e
b) Organizações sociais com notório reconhecimento no âmbito das políticas públicas de
juventude.
Parágrafo Único. A designação dos representantes que se refere o caput IV será precedida
de processo eleitoral a ser promovido pela gestão vigente do Conselho de Políticas Públicas de
Juventude.
Art. 6° O mandato dos conselheiros e de seus respectivos suplentes será de 02 (DOIS) anos,
permitida a recondução por igual período.
§ 1º - O CONEJUVE reunirá com a presença da maioria simples dos seus membros e deliberará
na forma prevista em seu Regimento Interno.
§ 2º - O número máximo de sessões remuneradas, entre as plenárias, ordinárias e
extraordinárias.
§ 3º Os Conselheiros farão jus a jetom de R$ 150,00 (cento e cinquenta reais) pela
comprovada presença a cada sessão.
§4° As despesas de locomoção e estadias dentro do estado e fora, dos membros integrantes do
Conselho deverão correr à conta de dotações orçamentárias do Governo do Estado.
Art. 7° O CONEJUVE deve elaborar e aprovar seu regimento interno no prazo máximo
de (60) sessenta dias a contar da data da posse.
§1° O regimento interno do Conselho deverá estabelecer as competências e demais
procedimentos necessários ao seu funcionamento.
§2° As funções de Presidente e de Vice-Presidente do CONEJUVE serão ocupadas,
alternadamente, entre representantes do poder público e da sociedade civil.
§3° Caberá ao Governo de Sergipe a indicação de um funcionário técnico-administrativo para
secretariar o Conselho.
§4° As deliberações do Plenário dar-se-ão, preferencialmente, por consenso ou por maioria
simples de votos.
Art. 8° Fica autorizado o Governo do Estado a alocar recursos para o Conselho de
Políticas Públicas de Juventude, para o cumprimento de suas funções.
Art. 9° Cabe ao Ministério Público Estadual zelar pelo efetivo respeito aos direitos
estabelecidos nesta Lei.
Art. 10° Esta lei entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições
em contrário.
ANEXO 2

Dispõe sobre
Criação do Fundo
Estadual para as
Juventudes do Estado de
Sergipe.

Art. 1° Fica instituído, no âmbito do Poder Executivo, o Fundo Estadual para as Juventudes -
FEJUVESE, de natureza financeira e contábil.
Parágrafo único. O Fundo público ora instituído constituirá "Comitê Gestor" vinculada à
Superintendência Especial da Juventude.
Art. 2° O FEJUVES tem por objetivo a implementação da política de promoção, proteção,
defesa e atendimento direto às Juventudes do Estado do Sergipe.
Art. 3° Constituem recursos do FEJUVESE:
I - As dotações consignadas no orçamento e os créditos adicionais que lhe sejam destinados;
II - Doações, auxílios, subvenções e outras contribuições de pessoas, físicas ou jurídicas, bem
como de entidades e organizações, públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras;
III - recolhimentos de multas decorrentes de penas pecuniárias aplicadas às violações dos
direitos dos jovens;
IV - Rendimentos de aplicações financeiras dos seus recursos;
V - Saldos dos exercícios anteriores;
VI - Outras receitas que lhe venham a ser legalmente destinadas.
§1° Os recursos que compõem o Fundo serão depositados em instituições financeiras oficiais
sob a denominação - Fundo Estadual para as Juventudes do Estado de Sergipe – FEJUVESE.
§2° O superávit financeiro apurado no balanço patrimonial do FEJUVESE quando do
encerramento de cada exercício financeiro, poderá ser transferido para o exercício seguinte, a
crédito do Tesouro Estadual e de forma desvinculada, exceto quando se tratar de recursos
vinculados pela Constituição Federal, pela legislação federal ou decorrentes de convênios,
acordos e ajustes, bem como operações de crédito, quando houver.
§ 3° Os recursos do FEJUVESE serão administrados segundo o Plano de Aplicação elaborado e
aprovado pelo Conselho Estadual de Juventude - CONEJUVE, sendo vedada a utilização em
outros tipos de programas.
§ 4° A submissão de projetos para utilização dos recursos do FEJUVESE deverá ser
regulamentada por edital aprovado pelo CONEJUVE e publicado na imprensa oficial.
§ 5° Os recursos provenientes de operações de crédito ou de outras fontes vinculadas, em
cumprimento às exigências contratuais ou a dispositivo legal, poderão ser movimentados em
contas específicas abertas para o FEJUVESE, não se aplicando o disposto nos § 1° e 2° deste
artigo.
Art. 4° Fica o Poder Executivo autorizado a abrir os créditos adicionais necessários ao
cumprimento desta Lei.
Parágrafo único. Fica o Poder Executivo autorizado a proceder às alterações necessárias no
plano plurianual para o quadriênio de 2023 a 2026 de modo a garantir os recursos necessários
para a criação do FEJUVESE.
Art. 5° Os recursos do FEJUVESE serão geridos pela Superintendência Especial da Juventude,
mediante a fixação de diretrizes e Plano de Aplicação aprovados pelo CONEJUVE.
Art. 6° A SUPERJUV prestará contas anualmente ao CONEJUVE.
Parágrafo único. Sem prejuízo ao disposto no caput, o Fundo terá escrituração contábil própria,
ficando a aplicação de seus recursos sujeita a prestação de contas ao Tribunal de Contas do
Estado do Sergipe, nos prazos previstos na legislação pertinente.
Art. 7° Esta Lei será regulamentada por ato do Poder Executivo, no que couber.

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