Você está na página 1de 69

FARMACOLOGIA APLICADA À NUTRIÇÃO

ORTOMOLECULAR E À FITOTERAPIA

 Prof M.Sc. Anicet Okinga


Farmacêutico Cirurgião-Dentista
Mestre em Ciências – Fisiopatologia
Clínica e
Experimental/UERJ Doutorando em
Ciências - Fisiopatologia Clínica e
Experimental/UERJ
FARMACOLOGIA
Famacodinâmica
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

1.FARMACOLOGIA
Farmacoterapia
Farmacogenética
nanoFarmacologia
Farmacologia Geral
Imunofarmacologia
Cronofarmacologia
Toxicologia
Farmacognosia Farmacologia Clínica e Experimental

FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA
Tudo aquilo que o vai Tudo aquilo que o fármaco vai fazer
organismo fazer com com o organismo
o fármaco
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

1.FARMACOLOGIA
Farmacoterapia
Farmacogenética
nanoFarmacologia
Farmacologia Geral
Imunofarmacologia
Cronofarmacologia
Toxicologia
Farmacognosia Farmacologia Clínica e Experimental

FARMACOCINÉTICA FARMACODINÂMICA
Tudo aquilo que o vai Tudo aquilo que o fármaco vai fazer
organismo fazer com com o organismo
o fármaco
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

FARMACODINÂMICA

Estudo das
interações entre
fármacos e
constituintes do
organismo, as quais,
por uma série
subsequente de
eventos (ação)
ũ Corpora non agunt nisi fixata”
resultam num efeito ſũuma substância não age se não
estiver ligadaŪƀ
farmacológico (Paul Ehrlich)
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Tipos de receptores:
Prof. Anicet Okinga 8
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Receptores acoplados à proteína G
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

Subtipos de receptores acoplados à proteína G


Subtipos Receptores associados Efetores principais

Subunidades GƱ

GƱs Muitos receptores para aminas e outros Estimula a adenilil-ciclase,


(catecolaminas, histamina, serotonina etc.) aumentando a formação de AMPc
GƱi Como para GƱs, e também receptores opioides e Inibe a adenilil-ciclase,
canbinoides diminuindo a formação de AMPc
GƱ0 Como para GƱs, e também receptores opioides Os efeitos devem-se
e canabinoides principalmente às subunidades
Ʋγ
GƱq Receptores de aminas, peptídeos prostanóides Ativa fosfolipase C, aumentando
a produção dos segundos
mensageiros inositol trifosfato
(IP3) e diacilglicerol (DAG)
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

Subtipos de receptores acoplados à proteína G


Subtipos Receptores associados Efetores principais

Subunidades GƲγ

Todos os GPCRs Igual às subunidades GƱ, e também:


•Ativam canais de potássio
•Inibem canais de potássio
•Ativam as GPCR quinases
•Ativam a cascata de proteína quinases
•Ativadas por mitógenos
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteínas G
Agonista
Receptor Efetor

αȕ
GDP
Ȗ
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteínas G
Ligação do agonista Efetor

αȕ
GTP
Ȗ

GDP
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteínas G
Ligação do agonista Efetor ativado

ȕ α
GTP
Ȗ
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteína Gs
Ligação do agonista Efetor ativado
(Adenilil-ciclase)

ȕ αs
GTP
Ȗ

ATP AMPC
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteína Gs
Ligação do agonista Efetor ativado
(Adenilil-ciclase)

ȕ αs
GTP
Ȗ

ATP AMPC

PKAinativada PKAativada

Fosforilação de proteínas
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteína Gs
Ligação do agonista Efetor ativado
(Adenilil-ciclase)

ȕ αs Fosfodiesterase (PDE)
GTP
Ȗ

ATP AMPC AMP

PKAinativada PKAativada

Fosforilação de proteínas
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteína Gs
Ligação do agonista Efetor
inativado

ȕ αs
GDP Fosfodiesterase (PDE)
Ȗ

ATP AMPC AMP


GTP

PKAinativada PKAativada

Fosforilação de proteínas
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteína Gs
Efetor
inativado

αȕ Fosfodiesterase (PDE)
GDP
Ȗ
ATP AMP
GTP
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteína Gi
Ligação do agonista Efetor ativado
(Adenilil-ciclase)

ȕ αi
GTP
Ȗ

ATP AMPC
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteína Gi
Ligação do agonista Efetor inativado
(Adenilil-ciclase)

ȕ αi
GTP
Ȗ

ATP AMPC
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteína Gi
Ligação do agonista Efetor ativado
(Adenilil-ciclase)

ȕ αi
GTP
Ȗ

ATP AMPC

PKAinativada
PKAativada

Fosforilação de proteínas
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteína Gi
Efetor
inativado

αȕ αi
GDP GDP
Ȗ

GTP
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

Fonte: http://www.wako-chem.co.jp/siyaku/product/life/Mastoparan/index.htm
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Efetor ativado
Proteína Gq Fosfolipase C (PLC)
Ligação do agonista

ȕ αq
GTP
Ȗ
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Efetor ativado
Proteína Gq Fosfolipase C (PLC)
Ligação do agonista
PIP2

ȕ αq
GTP
Ȗ

PIP2: fosfatidilinositol 4, 5-bifosfato


1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Efetor ativado
Proteína Gq Fosfolipase C (PLC)
Ligação do agonista
PIP2

DAG

ȕ αq
GTP
Ȗ IP3

PIP2: fosfatidilinositol 4, 5-bifosfato


DAG: diacilglicerol
IP3: inositol 1,4,5-trifosfato
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Efetor ativado
Proteína Gq Fosfolipase C (PLC)
Ligação do agonista
PIP2

DAG

ȕ αq
GTP
Ȗ IP3

Ca++

Ca++ Ca++
Ca++
Ca++ Ca++ ++Ca Ca++
++

Ca++ Ca
Ca++ Ca++
PIP2: fosfatidilinositol 4, 5-bifosfato Ca++
Ca Ca++
++
DAG: diacilglicerol Ca++
IP3: inositol 1,4,5-trifosfato RE Ca++
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Efetor ativado
Proteína Gq Fosfolipase C (PLC)
Ligação do agonista
PIP2

DAG

PKC

ȕ αq
GTP proteína cinase c
Ȗ IP3 ativada
Ca++

Ca++ Ca++
Ca++
Ca++ Ca++ ++Ca Ca++
++

Ca++ Ca
Ca++ Ca++
PIP2: fosfatidilinositol 4, 5-bifosfato Ca++
DAG: diacilglicerol
Ca Ca++
++
Ca++ Fosforilação de
IP3: inositol 1,4,5-trifosfato RE Ca++
proteínas
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Proteína Gq

FONTE:https://www.yodosha.co.jp/correction/9784758108089_correction.html
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Receptores metabotrópicos
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Receptor ionotrópico
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

Receptor nuclear
Receptor regulado por
quinase (receptor de
insulina) 1.2. Farmacodinâmica
1.FARMACOLOGIA

Fonte: Bioquímica médica básica de Marks / Colleen Smith, Allan D. Marks, Michel Lieberman ;
tradução Ângela de Mattos Dutra ... [et al.] – 2.ed. – Porto Alegre : Artmed, 2007.
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Interação do fármaco com o receptor
A tendência de um fármaco se ligar ao receptor é governada pela sua afinidade
A tendência para ativar o receptor uma vez ligada é governada pela sua eficácia

Fármaco A Receptor AR AR*


K1 
+ RESPOSTA
K2 β

Afinidade (Km)
Atividade intrínseca
K1
Fármaco B Receptor BR
+ SEM RESPOSTA
K2

Afinidade (Km)
Sem Atividade intrínseca
1.2. Farmacodinâmica
Alguns conceitos:

Agonista
Fármaco que modifica a atividade de um receptor específico;

Antagonista
Uma substância química que se liga a um receptor mas não produz resposta biológica.

Eficácia
É o efeito máximo, ou a habilidade de um fármaco, uma vez ligado ao receptor, modificar a
sua função; refere-se à resposta terapêutica máxima potencial que um medicamento pode
produzir

Potência
Sensibilidade de um órgão ou tecido ao fármaco ou a
habilidade de determinada dose provocar uma resposta biológica;
Expressa como a quantidade de fármaco que desencadeia 50% da
resposta máxima (CE50);

Afinidade
Mede a força da ligação e é determinada pelos tipos e número de ligações. Inversamente
proporcional ao Kd
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Interação do fármaco com o receptor
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Curvas dose-resposta/concentração-efeito
Ariens (1954)
% EFEITO (RESPOSTA) % EFEITO (RESPOSTA) Conceitos de
Afinidade
Hipérbole retangular 100 % Sigmóide simétrica
100 %

50 % 50 %
CE50 (DE50) CE50 (DE50)

Kd Kd

10 20 30 40 50 1 10 100
Concentração do agonista Concentração do
(escala linear) agonista (escala
logarítimica)
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

Agonistas total e parcial


EFICÁCIA Stephenson (1956)
Conceitos de
Eficácia
A Potência
100 Agonista total
% Efeito

B Agonista parcial
50

Log [agonista] POTÊNCIA


CE50 CE50
A B
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

Eficácia e potência
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

Agonista inverso

Ligante que reduz o nível de ativação constitutiva de um receptor


1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Tipos de antagonismo
 Químico:
 Quelantes;
 Funcional:
 Fisiologicamente antagônicos;
 Competitivo:
 Antagonista e agonista ligam-se no mesmo
sítio;
 Não-competitivo:
 Antagonista e agonista ligam-se em locais
diferentes;
 Farmacocinético:
 Antagonista afeta a absorção, o metabolismo ou a
excreção de uma substância.
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

Classificação dos Antagonistas


Prof. Anicet Okinga 6
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

Curva dose –resposta de um agonista na presença de:


1)Antagonista competitivo (reversível);
1)Antagonista não-competitivos (irreversível)
1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica

Prof. Anicet Okinga 8


1.FARMACOLOGIA
1.2. Farmacodinâmica
Dessensibilização e Taquifilaxia

O efeito de uma substância pode diminuir gradualmente quando


administrada de modo contínuo ou repentinamente.

Alteração dos receptores Perda dos


receptores Exaustão dos mediadores
Aumento da degradação metabólica
Adaptação fisiológica
Extrusão ativa das substâncias das células
INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA
O que é Interação medicamentosa?

Interação medicamentosa é um evento clínico em que os efeitos de um


fármaco são alterados pela presença de outro fármaco, fitoterápico,
alimento, bebida ou algum agente químico ambiental.
Administração de dois ou mais medicamentos

Ação independente Interação benéfica e útil

Interação entre si

↑ ou ↓ do efeito terapêutico

↓ a eficácia
Incidência maior nos idosos
2. Interação medicamentosa
Classificação das interações medicamentosas

Interações farmacocinéticas são aquelas em que um fármaco altera a velocidade


ou a extensão de absorção, distribuição, biotransformação ou excreção de outro fármaco.

Na absorção Na biotransformação
• Alteração no pH gastrintestinal. • Indução enzimática
• Adsorção, quelação e outros mecanismos de complexação. • Inibição enzimática
• Alteração na motilidade gastrintestinal.
• Má absorção causada por fármacos.

Na distribuição Na excreção
• Competição na ligação a proteínas plasmáticas. •Alteração no pH urinário.
• Hemodiluição com diminuição de proteínas plasmáticas. •Alteração na excreção ativa tubular renal.
•Alteração no fluxo sangüíneo renal.
•Alteração na excreção biliar e ciclo êntero-
hepático.
Classificação das interações medicamentosas

↑ efeito do agonista ↓ do efeito terapêutico

Inibição de enzimas de metabolização Competição pelo mesmo receptor


Classificação das interações medicamentosas

Alterações organolépticas
↑ da toxicidade de um ou mais fármacos

↓ da atividade de um ou mais fármacos Formação de complexo inativo ou ativo ou tóxico

Inativação de um ou mais fármacos


Classificação das interações medicamentosas
MECANISMOS DE
BIOTRANSFORMAÇÃO DE
XENOBIÓTICOS
Biotransformação dos Xenobióticos

Bioinativação vs Bioativação

 Exposição

 Reações de Fase I Expor ou adicionar −OH, −COOH −NH2

 Reações de Fase II A introdução de uma unidade polar


FIM DA AULA

Você também pode gostar