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º ano
Organitos Celulares:
Leis de Mendel:
Genótipo: é o material hereditário do ser vivo, ou seja, os genes que possui e que determinam
as suas características. O genótipo não muda, exceto se ocorrerem mutações genéticas.
Fenótipo: consiste em características que o ser vivo apresenta que podem ser vistas a olho nu.
O fenótipo de um ser vivo pode mudar com o passar do tempo, do nascimento até à sua morte.
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Adriana Dourado
Alelos: são um par de genes com a mesma característica. Ex: cor de olhos, temperamento.
Gene Dominante: é um gene com uma determinada característica que se irá desenvolver na
descendência, está presente no material genético de um dos pais.
Gene Recessivo: é um gene cuja característica não aparece expressa, no estado heterozigótico.
Homozigótico: o indivíduo carrega consigo um par de genes iguais, que podem ser dominantes
ou recessivos.
Os nucleótidos estão ligados entre si por ligações fosfodiéster (5’ – 3’) constituindo cadeias
O grupo fosfato liga-se à pentose no carbono 5’ através de uma ligação covalente e juntos
desempenham uma função estrutural.
A, G, T, C – DNA
A, G, U, C – RNA
Os nucleótidos estão ligados entre si por ligações fosfodiéster (5’ – 3’) constituindo cadeias.
A desoxirribose (DNA) e a ribose (RNA) são açúcares que diferem apenas na presença de mais
um átomo de oxigénio (O) na ribose. A ribose apresenta um grupo hidroxilo (OH) no carbono 2’,
enquanto a desoxirribose tem ligado apenas um hidrogénio (H).
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Adriana Dourado
Qual o arranjo das cadeias polinucleotídicas no DNA?
Conclusões de Chargaff
1947 – W. Astbury
Detetou uma periodicidade de 3,4 nm na estrutura molecular, sugerindo que as bases azotadas
estariam empilhadas umas sobre as outras.
Confirmou a periodicidade de 3,4 nm e sugeriu que a estrutura seria uma espécie de hélice.
As duas cadeias de DNA são antiparalelas porque têm direções opostas de ligação do átomo C3’
ao C5’.
Estrutura em dupla hélice de DNA. As duas fitas estão enroladas uma ao redor da outra,
formando uma espiral. O passo de cada hélice corresponde à distância ocupada por uma volta
completa e, no B-DNA, acomoda 10 nucleótidos.
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Formas alternativas de DNA
Condensação do DNA
Quando o DNA dos núcleos eucarióticos é isolado, verifica-se que está associado a proteínas
formando a cromatina.
As proteínas mais abundantes são as histonas, pequenas proteínas de carácter básico, presentes
em todos os núcleos eucarióticos. São ricas em aminoácidos (aa) de carga positiva que
interagem com os grupos fosfato de carga negativa no DNA.
O DNA que compõe os nucleossomas é mais resistente à digestão por nucleases que o DNA de
ligação entre os vários nucleossomas.
O nucleossoma é composto por um centro proteico – octâmero formado por duas cópias de
cada uma das histonas H2A, H2B, H3 e H4 com DNA enrolado cerca de 2 voltas sobre o centro.
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Adriana Dourado
O DNA de ligação apresenta maior variabilidade entre espécies (15 a 55 pares de base).
Habitualmente, a cromatina, quando extraída das células com tampões isotónicos, apresenta-
se em forma de fibra com ≈ 30 nm de diâmetro. Nessas fibras condensadas, os nucleossomas
parecem estar compactados em espiral irregular, com cerca de 6 nucleossomas por volta. A
principal histona, H1, está ligada ao DNA pelo lado interno da estrutura solenóide, com uma
molécula de H1 associada a cada nucleossoma.
Cada nucleossoma associa-se a uma molécula de H1, e a fibra assume uma forma espiralada
numa estrutura solenóide, com 30 nm de diâmetro.
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Fig.5 – Diferentes modelos de DNA
Funções:
Tipos de RNA
RNAm (~ 5%) – transporta a informação genética do DNA aos ribossomas, onde ocorre a
tradução. Encontra-se no citoplasma das células, em baixa proporção relativamente ao total
com um tempo de semivida curto devido à rápida síntese e degradação. São moléculas de
diversos tamanhos.
RNA de cadeia linear. A sua composição em bases reflete o DNA molde. A cadeia mantém-se
linear, sem adotar estruturas secundárias ou terciárias significativas, devido às proteínas que a
ela se associam.
RNAt (~ 10%) – transporta os aminoácidos assegurando a sua correta inserção segundo o código
genético do RNAm. Estas moléculas atuam como adaptadoras na síntese proteica. Apresentam
uma dupla interação: numa extremidade a molécula interage com o aminoácido e na outra com
o RNAm. Sendo dos RNAs de menor tamanho, o RNAt apresenta elevada complexidade
estrutural.
micro-RNAs – núcleo, nucléolo, citoplasma. São uma nova classe de RNAs endógenos com cerca
de 19 a 25 nucleotideos.
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Atuam como silenciadores pós-transcricionais, inibindo a tradução de mRNAs alvo e,
dependendo das condições fisiológicas, podem aumentar ou reprimir a tradução;
Análises bioinformáticas indicam que um único miRNA atua em diversos RNAs mensageiros. A
biologia destes miRNAs é, ainda, pouco conhecida. Suspeita-se da sua intervenção ao nível de
várias patologias: controlo da proliferação celular, morte celular, modulação de diferenciação
de linhagens hematopoiéticas.
miRNA e Patologia
Muitas doenças relacionadas com a idade estão associadas com a diminuição do controlo de
sinalização celular. Tem-se demonstrado que o controlo dos miRNAs em sistemas como o ciclo
celular, a reparação do DNA, as respostas ao stress oxidativo e apoptose tornam-se anormais e
expressam-se com a meia-idade.
Um único miRNA pode regular muitos mRNA-alvo. Há cooperação no controlo (um miRNA pode
regular 200 RNAs).
Estruturas do RNA
O RNA como polinucleótido pode formar fita dupla ou fita simples, linear ou circular. Podendo
mesmo apresentar uma hélice híbrida composta de RNA e DNA, com uma conformação
ligeiramente diferente da B – DNA.
Diferentes tamanhos e conformações nos vários tipos de RNA permitem-lhes realizar funções
específicas na célula.
RNAs catalíticos têm capacidade catalítica e são designados ribozimas, podem cortar cadeias de
RNA.
Alguns domínios do RNA podem catalizar o splicing de RNA. Numa sequência interna de RNA,
um intrão, é cortado e removido e as duas cadeias resultantes, exão, são seladas juntas
(moléculas de RNAm funcionais).
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➔ Estruturas tipo “grampos de cabelo” (hairpins) – 5 a 10 nucleótidos.
➔ “Hastes em alças” (stem-loops) – 50 a centenas de nucleótidos.
Essas simples dobras podem formar estruturas terciárias mais complicadas e por dobramento
originam o “pseudonó” (pseudoknot).
Genética molecular
Replicação do DNA genómico
Vários DNAs genómicos de procariotas e muitos virais são moléculas circulares. Encontram-se
na mitocôndria como DNA mitocondrial.
Enzimas:
Topoisomerase II – promove a quebra das duas cadeias de DNA em simultâneo. Liga de novo as
duas extremidades. Alivia o stress de torção e une as duas moléculas de DNA circular entre si.
A replicação do DNA ocorre nos procariotas e eucariotas antes da divisão celular. Cada célula
filha fica com uma molécula de DNA igual à da célula mãe e outra sintetizada de novo –
replicação semiconservativa.
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Fig.9 – Replicação do DNA
Nas células eucariotas com cromossomas lineares e cadeia de DNA muito extensa, a replicação
é bidirecional e com muitas origens de replicação.
Na maioria dos genomas bacterianos, virais e nos plasmídios, constituídos por uma cadeia de
DNA circular, a replicação do cromossoma tem início numa única origem de replicação,
prosseguindo unidirecional (em plasmídios) ou bidirecional até que as cadeias filhas se
encontrem no polo oposto ao do início do processo.
Constituída por múltiplas sequências repetitivas. As unidades repetitivas são reconhecidas por
complexos multiproteícos que, por sua vez, estão envolvidos no recrutamento da maquinaria
de replicação da célula para o local da origem de replicação;
DNA Polimerase
Em procariotas (E.coli) foram identificadas DNA polimerases (I, II e III). I e III são essenciais na
replicação, enquanto a atividade da polimerase II está mais ligada aos processos de reparação.
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Em eucariotas identificaram-se 5 DNA polimerases (alpha-α, beta-β, gamma-γ, delta-δ e epsilon-
ε). A polimerase γ, localiza-se na mitocôndria sendo responsável pela replicação do seu
genoma. Todas as outras estão localizadas no núcleo e envolvidas na replicação e/ou reparação
do genoma nuclear.
Qualquer que seja a origem e tipo de polimerase, todas têm 2 características fundamentais:
1. Todas sintetizam DNA no sentido 5’- 3’, só podendo adicionar um novo dNTP ao grupo
3’-OH, originando uma cadeia avançada e outra atrasada.
2. Nenhuma é capaz de iniciar a síntese de novo de uma cadeia de DNA, pois só podem
adicionar um novo dNTP à extremidade 3’ de uma sequência de nucleótidos (DNA ou
RNA).
Orientação reversa das cadeias; (DNA polimerases; RNA polimerases 5’- 3’)
As DNA polimerases não iniciam a reação. Assim, é necessário que enzimas do tipo RNA
polimerases, catalisem a síntese de um segmento de RNA – iniciador (primer), para que as DNA
polimerases possam atuar.
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Fig.10 – Atuação das enzimas
• DNA polimerase I
– Função precisa descoberta apenas em 1969: remove o primer de RNA da fita descontínua
• DNA polimerase II
Regulação da replicação
A replicação do DNA está diretamente ligada com a regulação do ciclo celular. É um processo
muito bem controlado, de modo a que só o número correto de células necessário para formar
cada órgão e tecido seja produzido, tanto ao longo do desenvolvimento como durante a vida
do organismo.
Esta ativação é regulada por cinases proteicas, dependentes de ciclina e ativadas durante a
fase S do ciclo celular.
Do DNA à proteína
A informação contida numa dupla cadeia de DNA é transferida para uma cadeia simples de
mRNA – Transcrição
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A informação transcrita no mRNA é convertida segundo o código genético. → numa sequência
de aminoácidos – Tradução → PROTEÍNA
mRNA – contém a informação transcrita do DNA e atua como intermediário do produto final
funcional (proteína) dos genes codificadores de proteínas (genes estruturais).
O rRNA e o tRNA são eles próprios os produtos finais funcionais de um pequeno nº de genes, o
tRNA transporta os aa até aos ribossomas – grandes complexos macromoleculares constituídos
por rRNA e proteínas onde se realiza a síntese proteica.
snRNA - Small RNA nuclear: miRNAs que formam complexos com proteínas e são usados no
processamento do RNA em eucariotas. (Não encontrados em procariontes)
Transcrição
Num gene:
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Processo de transcrição. As duas cadeias de DNA são utilizadas como molde na transcrição de
diferentes genes.
Procariotas
➔ A maioria apresenta uma única RNA polimerase que catalisa a síntese dos RNAs;
➔ A enzima liga ao promotor, zona do DNA a montante da extremidade 5’ do gene (upstream
region);
➔ O promotor tem 2 regiões para início da transcrição:
1. sequência de consenso TTGACA(região -35);
2. sequência de consenso TATAAT (região -10).
➔ A localização das regiões -35 e -10 (Pribnow), determina qual das cadeias é a codificante e
de que modo a RNA polimerase liga ao DNA, determinando o sentido da transcrição.
Forma-se uma estrutura em gancho (hairpin) na zona palindrómica G-C, devido às ligações
complementares do RNA. Esta estrutura, em conjunto com os 6 ou + resíduos de U, é o sinal
para separar da cadeia molde, tanto a RNA polimerase como o RNA sintetizado.
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Fig.14 - Etapas da transcrição
Eucariotas
Há 3 RNAs polimerases: a polimerase I catalisa a síntese do rRNA, a polimerase II (mRNA e
miRNAs ) e a polimerase III (tRNA).
Num gene eucariótico as regiões codificantes são intercaladas com regiões não codificantes.
Apenas um reduzido nº de genes não possui intrões (histonas).
Transcrição
É o 1º passo da expressão génica. A reação é catalisada pelas RNA polimerases, que, em conjunto
com outros fatores proteicos, transcrevem a informação do genoma em moléculas de RNA, de
cadeia simples, num processo de várias etapas.
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Os ribonucleótidos emparelham com os seus complementares na sequência de DNA.
Transcrição
A cauda de poli (A) contém de 100 a 250 bases. A poli (A) polimerase faz parte de um complexo
de proteínas que pode localizar e clivar um transcrito num sítio específico e, então adicionar o
nº correto de resíduos A, num processo que não necessita de molde.
O passo final do processamento do mRNA dos eucariotas é o splicing do RNA – clivagem dos
intrões e ligação dos exões codificadores.
Nos mRNAs de mamíferos, a UTR 5’ pode ter 100 ou mais nucleótidos, e a UTR 3’ pode ter vários
quilobases de comprimento. Os procariotas também podem apresentar UTRs, mas são muito
reduzidas.
O splicing pode ser feito de modo alternativo – ou seja, do mesmo gene, podem obter-se
diferentes proteínas em diferentes tecidos.
Fig.15 - Esquema de um gene estrutural eucariótico e da relação do seu tamanho com o correspondente transcrito maduro.
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Genética molecular
A transferência da informação contida no mRNA é traduzida na sequência de aminoácidos da
proteína, seguida de um correto enrolamento. A síntese de uma proteína pode ser dividida em
cinco etapas:
1. Ativação do aminoácido
2. Iniciação
3. Elongação
4. Terminação e libertação
5. Enrolamento e processamento pós-tradução.
A Tradução da informação genética requer uma interação específica entre mRNA, ribossomas,
tRNAs carregados e um grande número de proteínas necessárias às três etapas envolvidas no
processo: iniciação, elongação e terminação.
RNA ribossómico
Fig.16 - Ribossoma
Os tRNAs são pequenos (75 a 93 nucleótidos) com estrutura terciária em forma de L, adaptada
à síntese proteica. Possuem uma região de 3 nucleótidos para ligação ao mRNA (anticodão) e
ligam pela extremidade 3’ a um aa, através da enzima sintetase do aminoacil tRNA.
Quando um tRNA transporta um aa diz-se que está carregado. O mesmo aa pode ligar a várias
espécies de tRNA.
Procariotas
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Eucariotas
O processo de elongação envolve a formação de uma ligação peptídica entre 2 aa, sendo a
ordem destes determinada pelos codões no mRNA.
No ribossoma, a subunidade menor, além do local P (centro peptidil), existe o local A (centro
aminoacil), onde se vão ligar todos os outros tRNAs, exceto o iniciador.
Quando em P está AUG, está exposto em A outro codão, que determinará qual o tRNA carregado
que se vai ligar pelo seu anticodão. O aa une-se pelo seu grupo amínico ao grupo carboxílico da
metionina através de uma ligação peptídica.
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simultâneo ocorre a ativação do domínio GTPase com hidrólise do GTP e dissociação do
complexo.
A ligação peptídica ocorre na 2ª fase do ciclo, por deslocamento nucleofílico do tRNA do centro
P pelo grupo amino do aminoacil-tRNA do centro A. Fase designada por transpeptidação e
catalisada pela enzima peptidil-transferase, que estabelece a ligação peptídica entre o grupo
amina do aminoácido do centro A e o grupo carboxilo do outro aminoácido.
Esta etapa envolve ainda a participação do fator de elongação, que se liga ao ribossoma
juntamente com GTP, dissociando-se do ribossoma com hidrólise de GTP, permitindo o reinício
de novo ciclo de elongação.
Terminação e libertação
A cadeia polipeptídica sintetizada ao nível do ribossoma segue, pelo menos, o primeiro dos 3
processamentos seguintes:
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• Enrolamento da cadeia de forma a obter uma estrutura tridimensional;
• Clivagem proteolítica;
• Modificação química.
Para assegurar um enrolamento correto da estrutura terciária, o processo decorre com o auxílio
de chaperones moleculares (proteínas de choque térmico). As hsp70 são particularmente
importantes, ligam-se às zonas hidrofóbicas do polipeptídeo emergente, impedindo interações
incorretas intra e intermoleculares, até que toda a cadeia esteja sintetizada e a proteína possa
enrolar e enterrar estas zonas no seu interior, longe do ambiente hidrofílico do citoplasma.
Código genético
1. É universal, utilizado por quase todos os seres vivos; com exceção de bactérias e
mitocôndria.
2. Cada tripleto tem o seu próprio significado.
3. Todos os tripletos têm sentido: codificam um aminoácido ou indicam a terminação da
leitura.
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4. Há vários tripletos para o mesmo aminoácido, isto é, há codões sinónimos.
5. É unidirecional, os tripletos lêem-se no sentido 5' - 3'.
A regulação da expressão de um gene pode ser feita em diferentes etapas: transcrição e/ou
tradução.
Eucariotas
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• Regulação negativa – proteína repressora
• Regulação positiva – proteína ativadora
Se o ativador é inativo, não liga ao promotor e não há transcrição. Para se tornar ativo necessita
uma ligação a uma molécula efetora. Pode acontecer que o ativador seja ativo e, ao ligar-se a
outra pequena molécula, torna-se inativo.
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A – Na ausência do ativador do promotor não
há ligação correta da RNA polimerase e não há
transcrição
Nas células eucariotas ativas é transcrito um nº de genes estruturais que permite manter as
funções celulares normais. Alguns genes estruturais são expressos em determinadas células
conferindo-lhes propriedades específicas. O processo de regulação da transcrição em eucariotas
é complexo e mediado por fatores de transcrição (FT).
A maior parte destes fatores liga diretamente a pequenas sequências do DNA – elementos
iniciadores.
O promotor pode incluir a região de -40 a -250 (relativamente ao local de iniciação +1), mas o
núcleo do promotor localiza-se, habitualmente a -40 do local de iniciação. O promotor contém
algumas sequências consenso como TATA box, CAAT box e GC box. A TATA box, idênticas à
sequência -10 dos procariotas
A CAAT box consiste na sequência de consenso CAAT, importante para a eficiência do promotor.
A GC box contém a sequência GGGCGG e pode estar presente em múltiplas cópias e em ambas
as orientações.
• Ativadores
• Silenciadores
Estes não fazem parte do promotor, podem localizar-se muito afastados do gene.
Existem os fatores gerais de transcrição, que fazem parte da maquinaria transcricional basal e
são suficientes à promoção de um nível basal de transcrição.
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Estes fatores formam um complexo com as RNA polimerases, constituindo a maquinaria
transcricional basal, e determinam o início da transcrição.
Os fatores de transcrição gerais da RNA polimerase II denominam se TFII seguidos de uma letra,
ex TFIID.
A simples alteração de 1 único par de bases na sequência TATA box é suficiente para bloquear a
transcrição.
Um mecanismo muito utilizado pela célula para a regulação da atividade dos fatores de
transcrição são pequenas moléculas efetoras como as hormonas esteróides. São lipossolúveis e
passam a membrana celular por difusão. Na célula ligam a recetores específicos, entram no
núcleo e ligam com elevada afinidade a um elemento de resposta do gene permitindo o início
da transcrição.
Grande parte das proteínas de uma célula eucariótica são codificadas no núcleo e sintetizadas
no citoplasma. Após tradução citoplasmática, as proteínas são direcionadas para os locais
apropriados dentro e fora da célula. Dependendo da sua localização podemos distinguir vários
tipos de proteínas:
a) proteínas citoplasmáticas;
b) proteínas associadas a estruturas macromoleculares do citoplasma;
c) proteínas do núcleo;
d) proteínas dos vários organitos citoplasmáticos;
e) proteínas do sistema retículo endotelial que inclui várias estruturas como retículo
endoplasmático, aparelho de Golgi e lisossomas;
f) proteínas que são transportadas para o exterior.
As proteínas são dirigidas para o local correto tendo em conta a informação devido às
sequências sinal próprias.
Ciclo celular
Citogenética é a ciência que envolve o estudo da constituição genética celular através dos
cromossomas.
O ciclo celular compreende o espaço temporal entre a divisão de uma célula e a divisão de uma
das suas filhas.
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Nos seres unicelulares o ciclo celular é fundamental para que as espécies se mantenham ao
longo do tempo.
Nos seres multicelulares o processo é muito diferente. Os organismos são constituídos por
diversos tecidos que se mantêm pela proliferação das células estaminais. Cada tecido tem um
nº reduzido de células estaminais. As células progenitoras originam células diferenciadas. Por
fim as células em apoptose são removidas. A manutenção dos organismos multicelulares requer
altos níveis de proliferação.
Fase G1 – crescimento celular para iniciar novo ciclo proliferativo. Estudos revelaram que a
célula mede o seu tamanho e a qualidade do meio envolvente.G1 é uma fase importante onde
mecanismos moleculares avaliam as condições fisiológicas e do meio ambiente definindo o
futuro da célula.
As condições ambientais são essenciais para a proliferação e origem de duas novas células. Esta
avaliação é fundamental, pois o ciclo celular é unidirecional.
Fase G2 preparação para a fase final, mitose M, com segregação dos cromossomas e todos os
outros componentes celulares, conduzindo à formação das células filhas.
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Fig.27 – Controlos no ciclo celular
Variantes:
Fase G1 a G0 – a célula somática sai do ciclo celular mantendo-se quase por tempo
indeterminado num estadio de metabolismo muito baixo.
Poliploidia o nº de cromossomas aumenta, contudo, a célula realiza quase todas as fases, mas,
sem divisão celular completa. No final a célula apresenta muitos núcleos, ou seja, múltiplas
cópias do genoma.
Mitose: processo biológico no qual uma célula somática se divide em duas geneticamente iguais
(2n).
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Fig.28 – Fases da Mitose
Citocinese
O MPF não é um fator necessário apenas durante a maturação do ovócito, mas parece
permitir que uma célula qualquer entre em mitose.
Genética - o MPF era composto por 2 proteínas, uma ciclina e uma proteína tipo cdc2. A ciclina
é necessária para ativar a subunidade catalítica (cinase). Isto levou à alteração da designação
do complexo. Passando as cinases a designarem-se por cinases dependentes de ciclinas, do
inglês ciclin dependent kinases (Cdk).
Foi demonstrado que o MPF era constituído por duas subunidades que em conjunto possuem
atividade cinase. Uma célula avança para a fase seguinte do ciclo celular porque se forma um
complexo Cdk/ciclina, que tem como objetivo principal direcionar a atividade cinase do
complexo para localizações subcelulares específicas e substratos específicos. A fosforilação
destes substratos modifica a sua atividade biológica, desencadeando os eventos
correspondentes da fase do ciclo para a qual são específicos.
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Há várias famílias de ciclinas com expressão e síntese nas diferentes fases do ciclo celular.
Fase G1 - Ciclina D;
Fase S - Ciclinas A e E ;
Fase M - Ciclina B.
As fases do ciclo celular caracterizam-se pela síntese de ciclinas específicas. A sua degradação
é necessária para a célula passar à fase seguinte, tornando o ciclo unidirecional.
Ciclinas
Diferentes ciclinas são sintetizadas nas diferentes fases e posteriormente degradadas via
ubiquitina.
A regulação dos processos decorrentes das duas transições mais importantes do ciclo celular
são: G1-S e G2- M.
A transição G2-M leva a célula a iniciar o processo de divisão (bastante complexo). A célula tem
de acabar a replicação do DNA e, para se dividir, tem que fazer uma reorganização completa do
seu núcleo e citoplasma.
Estes eventos ocorrem num período, no qual, a célula não pode usar a regulação da expressão
génica para resolver qualquer eventual problema.
A divisão celular decorre numa fase altamente instável em que muitos dos eventos estão
associados a alterações pós-traducionais de inúmeras proteínas ou resultam da degradação de
proteínas.
1. Estrutura do DNA;
2. Replicação do DNA;
3. Ligação dos cromossomas ao aparelho mitótico
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Se detetados erros, a célula pode parar na transição (G1-S), na (G2-M) ou durante a
prometafase, e permitir tempo extra para completar estes eventos corretamente.
O checkpoint durante a mitose monitoriza a ligação dos cromossomas aos microtúbulos do fuso.
Se incorreta impede a saída da mitose.
Quando o DNA sofre quebras de cadeia simples ou dupla é ativado um conjunto de mecanismos
que impedem a progressão ao longo do ciclo celular ou, ativam os mecanismos responsáveis
pela reparação do DNA.
Cinases ativam cinases (Chk1 e Chk2) que regulam a atividade dos complexos Cdk/ciclina
modificando proteínas como a cdc25A, que pode ativar complexos Cdk-ciclina em G1 e ou em S
diretamente.
Podem também fosforilar a proteína supressora de tumores p53, o que leva à ativação da
transcrição da proteína p21, inibindo os complexos Cdk-ciclina diretamente.
Citogenética
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Fig.30 – Mitose I e mitose II
Após uma intercinese muito curta inicia-se a meiose II. Corresponde a uma mitose, com
formação de um 2º fuso acromático em metafase II. A separação dos 2 cromatídeos de cada
cromossoma em anafase II e a formação de células filhas em telofase II. O resultado da meiose
serão 4 células haplóides (n) a partir de uma única célula diploide (2n).
A recombinação que ocorre durante a meiose envolve proteínas coesinas, que têm um papel
fundamental na manutenção dos cromatídeos irmãos unidos durante a fase inicial da mitose.
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estrutura sobre a qual as diferentes proteínas se associam e ligam os cromossomas homólogos.
É altamente especifica; unindo cada ponto do cromossoma com o seu correspondente.
Exemplos conhecidos incluem a trissomia 21, síndroma de Turner (XO; falta de um cromossoma
sexual) ou síndroma de Klinefelter (XXY; presença de 2 cromossomas X), entre outras. É
interessante verificar que a meiose masculina parece ser mais sensível a anomalias, abortando
o processo de espermatogénese caso haja problemas.
Classificação dos cromossomas em função da posição dos braços curto (p) e longo (q) e do
centrómero:
Mecanismos de mutação
Mutações: Modificações permanentes provocadas na sequência do DNA.
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• Fatores intrínsecos (mutações espontâneas);
• Fatores extrínsecos (mutações induzidas);
• Erros de replicação.
Fatores intrínsecos:
• Extensão do gene;
• Número e extensão dos intrões, variam a probabilidade de erro durante o splicing;
• Nas posições ocupadas por bases púricas pode ocorrer depurinação do DNA, ficando um
lugar apurínico por perda de uma base púrica. Há interrupção da ligação glicosídica
entre a base e a desoxirribose.
Fatores extrínsecos:
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Alterações génicas:
Mutações génicas são mudanças repentinas que ocorrem nos genes, ou seja é um processo, no
qual o gene sofre uma mudança estrutural.
As mutações diferem das aberrações por serem alterações pontuais envolvendo a alteração ou
substituição de um ou poucos nucleótidos na cadeia de DNA.
Podem resultar da substituição de uma base por outra ou da inserção ou deleção de uma única
base. Podem funcionar como mutações sinónimas, mutações “missense” ou mutações
“nonsense”.
• Transição: quando uma purina é substituída por outra purina ou uma pirimidina por outra
pirimidina;
Mutações sinónimas (ou silenciosas): Responsáveis por cerca de 25% das mutações pontuais;
Resultam da substituição de uma base nucleotidica, em posição que não altera a codificação
para o aminoácido em questão, embora altere o codão.
Ex: mutações sinónimas pontuais: do codão UCU para UCC, UCA, UCG, sem que se altere a
codificação para serina ou a alteração do codão CGU para CGC, CGA ou CGG, mantendo-se a
codificação para arginina.
• precisão;
• velocidade da transcrição de mRNA;
• velocidade e a precisão da tradução devido à reduzida;
• disponibilidade de moléculas de tRNA específicas.
Mutações “missense”: ocorrem por substituição de uma base nucleotidica de forma que o
codão resultante codifica um aminoácido diferente. As consequências patogénicas deste tipo de
mutação pontual podem ser moderadas ou graves, tendo em consideração a intensidade com
que afeta a atividade funcional da proteína que o gene codifica.
Ex: mutação “missense”: alteração do codão 6 do mRNA produzido a partir do gene da β globina
mutado, de GAG para GUG. Esta alteração leva à substituição do aminoácido glutamina por
valina. Tem um efeito patogénico traduzindo-se em drepanocitose ou anemia falciforme. A
alteração de apenas um aminoácido altera a hemoglobina adulta normal (Hb A) para
hemoglobina S (Hb S).
Mutações “nonsense”: alterações pontuais do DNA que convertem um codão que codifica um
aminoácido em codão “stop” no RNA (UAA, UAG, UGA). Presença de um codão “stop” (em
posição anormal), fim da tradução da proteína leva à formação uma proteína truncada. Se a
mutação for proximal (em relação à extremidade 5’ do gene) o polipéptido traduzido não terá
atividade funcional e será rapidamente degradado.
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proteínas, uma vez que os nucleótidos continuam a ser lidos em tripletos (codões), mas com
sequências diferentes.
Quanto ao local:
Quando uma mutação altera uma proteína que tem um papel importante pode originar doença.
Uma patologia causada por mutações em um ou mais genes é uma doença genética. Contudo,
apenas uma reduzida percentagem de mutações causa doenças genéticas; a maioria não tem
impacto na saúde.
Como exemplo, algumas mutações alteram a sequência de bases de DNA de um gene, mas não
mudam a função da proteína produzida por esse gene.
Reparação do DNA
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Citogenética
Ramo da genética que se dedica ao estudo da célula, mais propriamente aos cromossomas.
Análise dos cromossomas e as doenças relacionadas com a alteração da sua estrutura e/ou
número.
Cromossoma
Cromossomas Humanos
Cariótipo
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Fig.32 – Cariótipo Humano
Faz parte da rotina de diferentes áreas e especialidades médicas, tais como reprodução humana,
medicina fetal, genética humana, neonatologia, pediatria, neurologia, dermatologia,
hematologia oncológica.
Diagnóstico Pré-Natal
Diagnóstico Pós-Natal
Diagnóstico Hemato-Onclógico: Leucemias (LMC, LMA, LLC, LLA e LA), Neoplasias das células B,
Síndromes mielodisplásicos, Síndromes mieloproliferativos, Pancitopenias, Neutropenias,
Anemia aplástica, Mieloma Múltiplo, Linfomas leucemizados, Recidivas, Follow – up.
• Citogenética molecular;
• Utiliza sondas de DNA marcadas com fluorescência;
• Deteta anomalias cromossómicas que estão para além do poder de resolução da
citogenética convencional;
• Ex: microdeleções e rearranjos cromossómicos complexos.
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Bandeamento
Cromossomas podem ser corados com vários corantes. Regiões que coram escuro, replicam
tarde na fase S do ciclo celular, contêm cromatina mais condensada. As bandas claras
geralmente replicam na fase S inicial, e têm cromatina menos condensada.
Bandas G
Tipos de bandas
Bandas R: solução salina e calor para uma desnaturação coloração com Giemsa. Representa o
inverso produzido pelos bandeamentos Q e G.
Bandas C: solução de hidróxido de bário e coloração com Giemsa. DNA altamente repetitivo,
correspondendo à heterocromatina constitutiva.
Nomenclatura Citogenética:
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• Descrição das alterações: Numéricas e Estruturais
Alterações numéricas: Trissomia (+), Monossomia (-) (normalmente letal), Triploidia (3 N):69,
Tetraploidia (4 N): 92
Conclusões:
• Análise citogenética de células leucémicas tem provado ser uma parte obrigatória no
diagnóstico e prognóstico de hemopatias malignas;
• Anomalias citogenéticas contribuem para a definição de subgrupos relativamente
homogéneos de hemopatias malignas;
• Achados citogenéticos demostraram ser poderosos indicadores na predição da evolução
clínica e orientação terapêutica;
• Citogenética também fornece informações importantes sobre a compreensão dos
processos de transformação maligna;
• Apesar de ter um procedimento de fácil execução técnica, requer pessoal especializado;
• Em plena era molecular, a citogenética convencional mantém ainda um importante
valor diagnóstico, prognóstico e follow – up.
DNA Mitocondrial
As mitocôndrias são organitos
dinâmicos limitados por 2 membranas.
Possuem um genoma próprio,
molécula circular de DNA, que codifica
algumas proteínas e componentes do
seu sistema de síntese proteica.
Contudo, a maior parte das proteínas
mitocondriais são codificadas no DNA
nuclear, sintetizadas no citoplasma e,
posteriormente, enviadas para a
mitocôndria.
Fig.34 - Mitocondria
Presentes nas células eucarióticas e responsáveis pela obtenção da maior parte da energia
necessária às células.
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Apresentam morfologia muito variável, podendo ocorrer sob diversas formas – redonda, oval e
em bastonete ou filamento. Mostram variações no seu tamanho, número e distribuição, não
apenas segundo os diferentes tipos de células, como durante o ciclo de vida de uma mesma
célula.
Divisão mitocondrial
Cada organito aumenta a sua massa para o dobro e origina 2 organitos filhos.
Genética mitocondrial
Na maior parte dos animais, o espermatozoide contribui com muito pouco citoplasma para o
zigoto, logo a maior parte das mitocôndrias no ovo derivam do oócito secundário.
O genoma mitocondrial é formado por uma molécula circular de DNA em cadeia dupla. Cadeias
com diferentes densidades. Cadeia leve, rica em pirimidinas; cadeia pesada, rica em purinas.
O mtDNA não possui intrões, está localizado na matriz, por vezes ligado à membrana interna.
Estudos do genoma mitocondrial em vários organismos revelaram que sensivelmente todos eles
possuem o mesmo grupo de rRNA, tRNA e algumas proteínas mitocondriais essenciais. Supõe-
se que todos os transcritos do mtDNA e os seus produtos de tradução ficam na mitocôndria.
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Contudo, já foi descrita a presença de uma proteína de origem mitocondrial noutras estruturas
celulares.
O mtDNA humano, molécula com 16.569 pb, é dos mais pequenos. Codifica 2 rRNA
mitocondriais, 22tRNA usados na tradução dos mRNA e 13 sequências codificantes de proteínas.
Todos os produtos de tradução foram identificados. Os ribossomas diferem dos citoplasmáticos
na sua composição em RNA e proteínas, menor tamanho e sensibilidade a antibióticos.
A transcrição inicia-se apenas em 2 pontos na cadeia pesada (cadeia H). O processamento tem
de ser preciso para separar corretamente os mRNA dos tRNA, visto serem imediatamente
contíguos. O código genético usado nas mitocôndrias é diferente do código padrão usado em
genes nucleares eucariotas e procariotas.
Variação do código genético: 4 de 64 codões tem significado diferente dos codões de outros
genomas.
Doenças mitocondriais
Exemplos:
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MELAS: Manifesta-se normalmente antes dos 45. Exige diagnóstico diferencial com AVC. O
diagnóstico pode ser difícil, dada a ausência de alguns sintomas das doenças mitocondriais. Em
80% dos casos, deve-se a uma mutação no gene para o tRNA da leucina, ocorrendo pela troca
de A por G na posição do nucleotídeo 3243 do mtDNA.
MERRF: Ocorre em qualquer idade. As manifestações clínicas mais comuns são epilepsia, ataxia
cerebelar, miopatia e presença de fibras vermelhas rasgadas em biópsias musculares. É uma
doença de progressiva. 80-90% dos casos são decorrentes da mutação de ponto A8344G no
DNAmt, o qual codifica o tRNALys.
Mutação Petite: Pequeno fenótipo que pode ser causado pela ausência no DNA mitocondrial,
ou por mutações de genes codificados no núcleo envolvidos na fosforilação oxidativa. Mutações
petite podem ser induzidas por uma variedade de mutagénicos, incluindo agentes intercalantes
de DNA, mas também químicos que interferem com a síntese de DNA nas células em
crescimento. Mutagénicos que criam os petites estão implicados no aumento das taxas de
doenças degenerativas e no processo de envelhecimento.
Citopatias mitocondriais: São doenças primárias da cadeia respiratória que podem ser devidas
a defeitos genéticos no genoma mitocondrial e nuclear.
Mutações Pontuais
Elevada tendência para a formação de radicais livres, devido à presença do oxigénio na cadeia
respiratória.
Reduzido número de proteínas funcionais da mitocôndria são codificadas pelo seu próprio
genoma
Mutações Somáticas
Rearranjos Mitocondriais
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Alterações espontâneas de maior dimensão do mtDNA : Deleções e duplicações.
Teoria endossimbiótica
As mitocôndrias:
• Assemelham-se a bactérias;
• Têm o seu próprio genoma e produzem as suas próprias membranas internas;
• Dividem-se independentemente da célula e contêm moléculas de DNA circulares tal
como os procariontes atuais;
• Os seus ribossomas são mais semelhantes em tamanho e em características bioquímicas
aos dos procariontes;
• Ainda hoje se encontram associações simbióticas entre bactérias e alguns eucariotas.
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