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Inflamação

As três fases de defesa imune do hospedeiro


0-4 horas 4-96 horas > 96 horas

Fase 1
Resposta inata não induzida/não específica
Defesas pré-definidas (pele, mucosas, saliva, pH, proteases)
Entrada do
patogénio
Fase 2
Resposta inata induzida/resposta pouco específica
Fagocitose; Inflamação; Lise de células alvo;
Activação do complemento

Fase 3
Resposta adaptativa
induzida/altamente específica
Células B (anticorpos)
Células T auxiliares (citocinas)
Células Tc (citólise)
Inflamação
O reconhecimento dos patogénios ou a lesão dos tecidos inicia a resposta inflamatória

Bactérias ou lesão

Epiderme

Mediadores
Mediadores solúveis
solúveis

Neutrófilo
Macrófago

Endotélio
activado

Captação de moléculas efectoras e células do sangue para os locais de infecção.


Inflamação – efeitos sistémicos protectores
Cérebro Fígado Medula óssea
TNF IL-1 TNF
IL-1 IL-6 IL-1
IL-6 IL-6

Proteínas de fase Produção de


Febre aguda leucócitos
TNF, IL-1 ou IL-6 induzem a
expressão de ciclooxigenase- Proteínas de fase aguda
2, a qual induz a síntese de
PGE2. CRP – C-reactive protein
PGE2 actua no hipotálamo e MBL – mannose binding lectin
tem como consequência o Fibrinogénio
aumento da temperatura do Alpha-2-macroglobulin
corpo por catabolismo no SAA – serum amyloid A
tecido adiposo castanho.
Citocinas inflamatórias – efeitos sistémicos
IL-1/IL-6/TNF-

Medula óssea Músculo Células


Fígado Endotélio Hipotálamo dendríticas
Gordura

Proteínas de Mobilização Aumento da Mobilização de O TNF estimula a


fase aguda de temperatura proteína e de migração para a
neutrófilos corporal energia para linfa e gânglios
(CRP, MBL)
aumento da linfáticos e a
temperatura maturação das DC

Activação do Fagocitose Diminuição da replicação Início da


viral e de bactérias
complemento resposta imune
Aumento do adaptativa
Opsonização processamento de
antigénio
Aumento da resposta
imune específica
Produção de leucotrienos e prostaglandinas
Os macrófagos e os neutrófilos secretam mediadores lipídicos da inflamação

Fosfolípidos de
membrana celular
Fosfolipase (PLA2)

Ácido
Liso-PAF
araquidónico
Via da
COX1 COX2
lipoxigenase

Leucotrienos
Prostanóides Prostanóides

LTA4
TXA2 PGD2 PGI2 PGD2 PGI2 PAF
Vasoconstrição Aumento Agregação das
LTC4 LTB4
permabilidade plaquetas
Agregação das LTD4 Quimiotaxia dos
vascular
plaquetas LTE4 neutrófilos Activação de
Dilatação vascular neutrófilos
Contração da
Quimiotaxia dos musculatura lisa Quimiotaxia dos
neutrófilos dos brônquios eosinófilos
Inflamação Estímulos
Infecção
Lesão de tecidos
Agentes físicos e químicos

Mediadores inflamatórios Activação do Desgranulação dos Activação do endotélio


Citocinas IL-1, IL-6, complemento mastócitos vascular
TNF  C5a Histamina  NO
Quimiocinas: IL-8  C3a Prostaglandinas  Moléculas de adesão
Leucotrienos, Formação de MAC Serotonina
Prostaglandinas, etc

 Vasodilatação
 Permeabilidade vascular
 Fluxo sanguíneo

Recruitmento de células e
proteínas do sangue
Adesão de leucócitos
Activação de células fagocíticas Transmigração
e não fagocíticas Migração/Quimiotaxia
Neutrófilos
Macrófagos Resolução da inflamação
Eosinófilos Eliminação dos mediadores
Basófilos Remoção do estímulo
Mastócitos Mediadores anti-inflamatórios
Células NK Reparação dos tecidos
Vias após inflamação
Inflamação aguda
Vasodilatação: PGI, PGE1, PGE2 e PGD2
Permeabilidade vascular: leucotrienos
Vasoconstrição: TXA2 e leucotrienos
Quimiotaxia, adesão: LTB4 e lipoxina A4

Prostaglandinas Prostaglandina E2 e
e leucotrienos prostaglandina D2

Inflamação Resolução da
crónica inflamação
Lipoxinas
Resolvinas (E e D)
Protectinas
Fibrose
Resolução da inflamação

Interacção dos neutrófilos com as plaquetas – indução da expressão de lipoxinas (anti-inflamatórias).


Bloqueio de recrutamento de neutrófilos.
Promoção de recrutamento de monócitos. Diferenciação de monócitos em macrófagos.
Macrófagos ingerem neutrófilos apoptóticos.
Produção de citocinas inflamatórias TGF-β e IL-10 e prostaglandina-E2 (PGE-2), envolvida na mudança de classe
de mediadores lipidicos. Ann Rev Immunol 2012 30 459
Mediadores especializados na pro-resolução (SPM)

AA - arachidonic acid LOX – lipoxygenase


EPA - eicosapentaenoic acid LT – leukotriene
DHA - docosahexaenoic acid LX – lipoxin
COX – cyclooxygenase MaR – maresin
Cyt-P450 - cytochrome-P450 complex PG – prostaglandin
HEPE - hydroxyeicosapentaenoic acid Rv – resolvin
HETE - hydroxyeicosatetraenoic acid PD – protectin
HODE - hydroxyoctadecadienoic acid TX - thromboxane Curr Opin Pharmacol 2013, 13: 632
Resolução da inflamação

Características da resolução da inflamação:


decréscimo na infiltração de neutrófilos
aumento do recrutamento de monócitos
estimulação da apoptose de neutrófilos e da internalização pelos macrófagos
aumento de células fagocíticas no tecido Nature 2014, 510: 92
Inflamação

Cardinal signs of inflammation. This cartoon depicts five Greeks representing the cardinal
signs of inflammation — heat, redness, swelling, pain and loss of function — which are as
appropriate today as they were when first described by Aulus Cornelius Celsus more than 2000
years ago (25AC – 50). (Cláudio Galeno, (Pergamo, c. 129 - provavelmente Sicilia, ca. 217) que
lhe acrescentou a 5ª característica).

This figure was commissioned by D.A.W. and drawn by P. Cull for the Medical Illustration
Department at St Bartholomew's Medical College. NRI 2002, 2: 787
Lise de células alvo por células citotóxicas da
imunidade inata
As três fases de defesa imune do hospedeiro
0-4 horas 4-96 horas > 96 horas

Fase 1
Resposta inata não induzida/não específica
Defesas pré-definidas (pele, mucosas, saliva, pH, proteases)
Entrada do
patogénio
Fase 2
Resposta inata induzida/resposta pouco específica
Activação do complemento; Fagocitose;
Inflamação; Lise de células alvo

Fase 3
Resposta adaptativa
induzida/altamente específica
Células B (anticorpos)
Células T auxiliares (citocinas)
Células Tc (citólise)
Células NK
Células NK
As células NK possuem receptores que activam as suas funções efectoras em resposta a
ligandos expressos nas células infectadas e tumorais

Célula
lesada Morte da
célula lesada

Célula NK

Célula infectada Morte da célula


por virus infectada
Células NK
As células NK têm vários receptores activadores que sinalizam as células a matarem as
células que possuem os respectivos ligandos.

Mas as células NK são impedidas de o fazer porque possuem receptores inibidores, que
reconhecem moléculas MHC classe I (expressas em todas as células do hospedeiro) que
inibem a morte por ultrapassarem a sinalização dos receptores activadores.
As células NK matam células infectadas por vírus e células transformadas

IR AR
AL
tIL

Quando as células do hospedeiro são infectadas por virus ou transformadas, perdem a


expressão de moléculas MHC I, e, portanto, deixam de expressar os ligandos inibidores.

Nestas circunstâncias as células NK matam essas células alvo.


AL – activating ligand
AR – activating receptor
tIL – transformed inhibiting ligand
IR – inhibiting receptor
As células NK matam células infectadas por vírus por apoptose

As células NK matam as células alvo expressando na sua membrana a proteína TRAIL.

Esta proteína liga-se e activa as proteínas DR4, DR5 da membrana das células alvo as
quais activam a caspase 8 que induz a apoptose.

DR4 – death receptor 4


FADD - FAS-associated death domain protein
TRAIL – TNF-related apoptosis-inducing ligand
Funções das células NK
As células NK são activadas por interferões e por citocinas libertadas pelos macrófagos (ex:
IL-12) e, por sua vez, produzem IFN que activa os macrófagos.

Morte dos
microrganismos
fagocitados
Célula NK

IL-12 IFN-

Macrófago

Microrganismos
Citotoxicidade mediada por células dependente de anticorpos (ADCC) pelas
células NK

Morte de células
revestidas por
anticorpos
= (CD16)

ADCC - antibody-dependent cell-mediated cytotoxicity

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