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2º Ano
Biologia
Molecular
Jo an a So u s a P er e i r a
2 0 11 1 68 93 5
A n o L e c ti v o: 2 0 12 / 2 0 13
JOANA SOUSA PEREIRA 2012/2013
Ácidos Nucleicos
DNA RNA
Nome Ácido desoxirribonucleico Ácido ribonucleico
Açúcar Desoxirribose Ribose
Bases azotadas A, T, G, C A, U, G, C
Estrutura Dupla cadeia (hélice) Cadeia única
RNA
Existem vários tipos de RNA:
- RNA de interferência: Interfere com o RNA mensageiro.
- RNA mensageiro (mRNA): Envolvido na transferência de informação entre o DNA e a
proteína.
- RNA de transferência (t-RNA): Tem o código genético e o código dos aminoácidos. Só ele
consegue fazer a tradução.
- RNA ribossómico (rRNA): Tem função estrutural.
O Uracilo é facilmente convertido em citosina, sendo que o facto de não existir essa base
azotada no DNA faz com que este se encontre protegido contra mutações que daí poderiam
advir.
1 BIOLOGIA MOLECULAR
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DNA
Estrutura do DNA:
Tem a estrutura de uma dupla hélice para se proteger da degradação ao nível dos terminais.
Cada cadeia emparelha com as bases azotadas complementares por pontes de H, sendo que a
guanina emparelha com a citosina por 3 pontes de H, enquanto a timina emparelha com a
adenina por 2 pontes de H.
Tem uma volta maior e uma menor, sendo que a maior permite um maior número de
interacções com proteínas, uma vez que estas zonas estão mais expostas.
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Ácidos: Hidrolisam os ácidos nucleicos nos seus componentes, isto é, bases, açúcares e
fosfatos. Soluções ácidas moderadas clivam ligações glicosídicas gerando locais apurínicos.
Sais: As suas cargas positivas estabilizam os grupos fosfato que contêm carga negativa.
- Histonas: Descobertas por Kossel ainda no século XIX (1884). São proteínas ricas em
aminoácidos positivos (básicos), (Lys + Arg)
que se ligam ao DNA. Existem em abundância
no organismo. A sua massa é
aproximadamente igual à do DNA. São
evolutivamente conservadas.
Permitem a regulação da expressão genética
ao abrirem ou fecharem a cromatina,
permitindo o acesso ao DNA por outras
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Têm 5 tipos:
- H1: Também conhecido como H5.
- H2A e H2B: Apresentam um peso molecular consideravelmente inferior ao do H1. São ricas
em lisinas.
- H3 e H4.
Estas subunidades aparecem sempre aos pares, no entanto H1 é a única subunidade que não
tem par.
Empacotamento dos
nucleossomas numa fibra de
cromatina.
Secção condensada do
cromossoma.
Cromossoma metafásico.
É compreendida hoje a relação das histonas com o DNA. Entretanto há uma série de proteínas
que formam as fibras da cromatina cuja acção não é bem compreendida.
Conclusões:
O DNA das células está empacotado no núcleo. Este empacotamento
dá-se através da associação do DNA (carga negativa) com proteínas
chamadas histonas (carga positiva). O empacotamento do DNA é
hierárquico.
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As células passam por vários estados de DNA e de RNA. Estas não podem estar sempre no
mesmo estado, porque têm de se dividir/expressar diferentes informações.
Experiência de Meselson-Stahl:
Os cientistas imaginaram que, se as duas
cadeias polinucleotídicas de uma molécula
de DNA fossem marcadas, seria possível
fazer uma previsão sobre o destino dessas
cadeias no decorrer das gerações seguintes.
Segundo a previsão:
a) Após uma replicação, ambas as moléculas filhas estariam marcadas e cada uma delas
conteria metade da marcação da molécula mãe original.
b) Após duas replicações, metade das moléculas estaria marcada e a outra metade não. A
metade marcada, conteria a mesma marcação que as moléculas originais (que foram geradas
na primeira replicação).
Esta experiência diz-nos que o DNA replica de uma forma semi-conservativa, isto é, existe um
molde e uma cadeia nova. No molde, a cadeia tem de abrir, pois a informação encontra-se nas
bases.
Para haver novas células é necessário haver replicação. Este é um processo extremamente
importante para a continuação da vida. Para que este ocorra é fundamental a acção de
enzimas, como é o caso da topoisomerase. Estas enzimas catalisam quebras nas moléculas de
DNA, de modo a aliviarem os superenrolamentos.
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- Topoisomerase II: Quebra as duas cadeias de DNA ao mesmo tempo e pode introduzir ou
retirar superespiras, duas de cada vez, num mecanismo que é dependente de ATP. Ela corta as
duas cadeias de DNA, prende-se às extremidades através de ligações covalentes, passa a dupla
cadeia através do corte e fecha a quebra.
A estrutura fechada e organizada do DNA não é sempre igual na célula. Essa estrutura
condiciona a transcrição e a replicação do DNA.
Epigenética:
É a ciência que estuda, para sequências iguais de DNA, como factores condicionam o fenótipo
do organismo, uma vez que estuda a informação do DNA que é passada de indivíduo em
indivíduo e que não parte do seu código genético.
Replicação do DNA:
A replicação do DNA depende da DNA polimerase. Esta enzima copia o DNA e pode verificar ou
não se introduziu erros, para isso volta a trás. São exonucleases, ou seja, removem a base no
sentido 5’3’. A DNA polimerase não sabe onde parar, onde tem molde ela copia. Esta enzima
depende de magnésio.
Nos Procariotas:
E. coli: A DNA polimerase é utilizada para preencher os espaços entre os fragmentos de DNA
da cadeia atrasada. Esta é também a maior enzima de polimerização existente durante o
processo de replicação.
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A replicação do DNA é levada a cabo, principalmente, pela DNA polimerase III, esta contém
várias subunidades, sendo que o seu peso molecular excede os 600KD.
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Nos eucariotas:
Como é do conhecimento geral, o DNA contém duas cadeias, sendo que numa o DNA é
copiado de forma livre, isto é, de forma contínua, sendo necessário apenas 1 primer Cadeia
líder.
Enquanto na outra cadeia, o DNA é copiado por fragmentos (fragmentos de Ocasaki), ou seja,
de forma descontínua, sendo que precisa de um primer por cada segmento Cadeia atrasada.
Aqui a DNA polimerase, neste caso a DNA polimerase III, prolonga o primer de RNA, digere-o e
em seguida substitui-o por DNA, adicionando bases, de modo a completar a sequência.
Ambas as cadeias replicam no sentido 5’3’.
A cadeia atrasada é parcialmente completada pela DNA polimerase α, que tem a primase
como uma das suas subunidades.
Neste grupo de seres vivos, esta enzima abrange várias enzimas. A DNA polimerase introduz
um nucleótido trifosfatado, formando uma ligação fosfodiéster, mas para isso necessita de um
primer, isto é, um segmento de RNA com o grupo 3’-OH livre, pois não consegue iniciar o
processo sozinha. Os primers gastam alguma energia.
NOTA:
RNA polimerase (ou primases): Polimeriza o primer.
Primossoma = Primases + proteínas.
Promotor: É a zona do DNA que tem uma sequência
específica que é reconhecida pela RNA polimerase (permite
o encaixe).
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Essas subunidades não têm capacidade de se ancorar ao DNA, para isso têm proteínas que as
ajudam. As proteínas associadas à DNA polimerase aumentam a actividade desta e estabilizam
a ligação ao DNA molde.
Sliding-clamp protein:
- Proteina β (E. coli);
- PCNA (muito específica nos eucariotas).
Brace protein:
- Complexo γ (E. coli);
- Factor de replicação C ou RFC (eucariotas).
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Telomerase:
É um complexo ribonucleico muito importante, pois na
sua estrutura contém sequências de RNA, sendo
capazes de polimerizar o DNA. É semelhante à
transcriptase reversa. O último primer de RNA pode
ser adicionado, mas não pode ser complementado. A
telomerase mantém o tamanho dos telómeros,
restaurando telómeros para o terminal 3’, adicionam
ao DNA molde (à cadeia que está a ser replicada) mais molde, o que permite que o último
fragmento seja um fragmento extra que pode ser perdido, pois não tem função biológica, é
estrutural, e a telomerase faz isso tantas vezes quanto necessárias para estabilizar o DNA.
Conhecida em todos os organismos de DNA linear. Não está activa durante toda a vida, sendo
que com o passar do tempo vai perdendo actividade.
Telómeros:
São estruturas constituídas por sequências repetitivas de proteínas e DNA não codificante que
formam as extremidades dos cromossomas. A sua principal função é manter a estabilidade
estrutural do cromossoma. Estão presentes, principalmente, em células eucarióticas, visto que
o DNA das células procarióticas forma cadeias circulares, não tendo, por isso, locais de
terminação, embora existam excepções.
Cada vez que a célula se divide, os telómeros são ligeiramente encurtados. Como estes não se
regeneram chega a um ponto em que não permitem mais a correcta replicação dos
cromossomas e a célula perde completa ou parcialmente a sua capacidade de divisão.
O encurtamento dos telómeros também pode eliminar certos genes que são indispensáveis à
sobrevivência da célula ou silenciar genes próximos.
Funcionam, ainda, como um protector para os cromossomas, assegurando que a informação
genética relevante seja perfeitamente copiada quando a célula se duplica. Também protegem
os cromossomas, de uma forma geral, da degradação e da recombinação.
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células circulantes, células tumorais ou amostras de tecido. Neste contexto, pode ajudar a
definir os padrões espaço - temporais de expressão génica em células e tecidos.
Exemplo:
Utilizaram esta técnica em células tumorais, em que marcaram por fluorescência os
telómeros. As células novas apresentaram muitas zonas verdes fluorescentes, enquanto nas
células velhas essas zonas eram quase inexistentes. Com isto, chegou-se à conclusão que há
uma diminuição da actividade da telomerase com o aumento do tempo de vida.
Helicase:
É uma classe de enzimas vitais a todos os organismos vivos. São proteínas responsáveis pela
quebra de ligações de H entre as bases, o que faz com que seja possível abrir o DNA, de modo
a expor as cadeias para serem replicadas, ou seja, desenrola o DNA. Para isso utilizam energia
derivada da hidrólise do ATP.
Topoisomerases:
São enzimas que mantêm o número de desenrolamentos da dupla cadeia estáveis. Estas
enzimas cortam e restabelecem as cadeias, de modo a aliviar o superenrolamento, isto é,
promovem quebras reversíveis na molécula de DNA, evitando as torções excessivas.
Tipos de topoisomerase:
- Topoisomerase I: Cliva apenas uma das cadeias. Fazem passar uma cadeia pela outra. Não
requerem energia. Não está envolvida na replicação do DNA.
-Topoisomerase II: Quebrem a dupla cadeia de uma vez e retiram o desenrolamento. A mais
comum é a DNA girase, sendo que sem ela não há replicação do DNA.
Proteínas SSB:
Essas proteínas seguem atrás da helicase e ligam-se à cadeia simples de DNA, estabilizando-a,
de modo a que a DNA polimerase consiga ligar-se eficazmente à cadeia e replique o DNA.
SSB impede que as cadeias simples de DNA emparelhem antes de serem replicadas pela DNA
polimerase. Esta proteína também expõe as ligações cooperativas, onde a ligação a uma SSB
promove a ligação a outra.
Estudos envolvendo a E. coli demonstraram que SSB tem uma maior afinidade por
polinucleótidos que já estejam ligados a SSBs, evidenciando a cooperatividade existente nestas
proteínas.
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A interacção da ligação entre SSBs nas cadeias simples de DNA conduz a uma maior força de
estabilização para as cadeias simples e assegura que estas sejam rapidamente revestidas por
SSBs após serem separadas pela helicase.
Mantêm os filamentos da molécula de DNA afastados, formando as forquilhas de replicação.
Proteínas únicas:
Têm como objectivo proteger o DNA que está em cadeia simples. A cadeia simples é muito
susceptível à degradação, por isso é necessário proteger, de modo a que o DNA não seja
digerido. São muito importantes, porque à medida que o DNA vai-se desenrolando, a cadeia
líder vai sendo replicada.
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Manipulação genética
Tecnologias de DNA recombinante:
- Baseiam-se em PCR;
- Necessitam de enzimas para manipulação de DNA;
- Clonagem de DNA.
isolamento, sequenciação
Replicação do DNA
vector + fragmento de e manipulação do
DNA recombinante recombinante dentro de
DNA fragmento de DNA
células hospedeiras
purificado
Etapas da PCR:
- Separação das fitas → 96°C
- Emparelhamento de bases → 54°C
- Síntese do DNA → 72ºC
Mistura de reacção:
- DNA molde (100 ng);
- Primers (5 mM);
- dNTPs;
- Tampão com MgCL2;
- Taq polimerase.
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Taq polimerase:
A Taq polimerase é uma polimerase de DNA termo estável recombinante do organismo
Thermus aquaticus que, ao contrário de outras polimerases, se mantém activa a temperaturas
elevadas. Esta polimerase não verifica o que faz, vai sempre para a frente, isto é, não tem
actividade proofreading. Sintetiza exclusivamente na direcção 5’3’. Expande os primers de
acordo com a sequência.
Protocolo de amplificação:
- Desnaturação: 96º C
A temperatura elevada separa a dupla cadeia de DNA em duas cadeias. Essas cadeias
são mantidas juntas por ligações de H que, por serem relativamente fracas, quebram-se a altas
temperaturas, ao passo que as ligações entre as moléculas de fosfato e desoxirribose, por
serem ligações covalentes mais fortes, permanecem intactas.
- Anelamento: 45-60º C
O objectivo da PCR não é replicar a cadeia inteira de DNA, mas apenas replicar a
sequência de interesse (normalmente com tamanhos entre 100 e 600 pares de bases) que é
única no organismo.
Os primers marcam as extremidades da sequência alvo, estes contêm entre 20 e 30
bases. Numa reacção de PCR são incluídos dois primers, um para cada cadeia simples de DNA
que foi produzida durante o passo de desnaturação. Esses primers encaixam sempre no
sentido 5’3’.
- Extensão: 72º C
O processo de síntese é iniciado numa zona com cadeia dupla (onde estão ligados os
primers), incorporando os nucleótidos complementares à sequência alvo e utilizando os dNTPs
em solução. Inicia-se sempre no extremo 3’ do primer, criando uma cadeia dupla a partir de
cada uma das cadeias simples.
É definida por dois factores: capacidade da DNA polimerase copiar um maior ou menor
número de bases, e o tempo de extensão.
No final do primeiro ciclo da PCR, encontramos duas novas cadeias de DNA idênticas à original.
A DNA polimerase não reconhece o final da sequência. Assim, as novas cadeias sintetizadas
têm o seu início definido pelo primer, mas a sua extremidade 3’ não está definida, podendo
haver fragmentos de diferentes tamanhos. No entanto, no ciclo seguinte, esta cadeia vai servir
de molde à síntese de uma nova cadeia, limitando o primer a outra extremidade da cadeia.
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A cadeia de DNA, sintetizada a partir deste molde, terá então o comprimento definido, com os
limites definidos pelos primers. Estas cadeias denominam-se Amplicons.
Após alguns ciclos, as cadeias de DNA, que correspondem ao tamanho exacto da sequência
alvo, estão presentes num número muito maior do que as sequências de comprimento
variável. Por outras palavras, a sequência flanqueada pelos primers é a secção do DNA que se
amplifica.
A temperatura de extensão é estável, mas o tempo de extensão é extremamente importante
no processo. No ciclo final da PCR dá-se um tempo extra para que todos os fragmentos sejam
copiados até ao final.
Nested PCR:
É utilizado quando a quantidade de DNA é muito pequena ou quando não temos primers
específicos. De modo a melhorar a especificidade e a eficiência da reacção, o segmento
genómico é amplificado primeiro de forma abrangente, copiando até mesmo sequências
localizadas fora dela, e utilizando este primeiro produto, segue-se à amplificação da real
sequência-alvo.
Hot start:
É uma variação da PCR. Começa por desnaturar um bocado o material genético antes de iniciar
o PCR. A actividade da Taq DNA polimerase é inibida durante a preparação da reacção,
evitando a amplificação de produtos inespecíficos, aumentando a especificidade e melhorando
o rendimento da reacção.
Desenho de primers:
Primer:
Um iniciador é um pequeno oligonucleótido sintético (deve ter entre 17 e 28 pb) que é
utilizado em muitas técnicas moleculares de PCR para a sequenciação de DNA. Serve como um
ponto de partida para a síntese de DNA. Estes iniciadores foram concebidos para ter uma
sequência que é o complemento inverso de uma região do molde de DNA alvo ao qual se
deseja que o primer emparelhe. A replicação começa na extremidade 3’ do primer, e copia a
cadeia oposta. Limita a zona de
amplificação.
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Primers:
1) 5’ GATGCA 3’ (primer forward)
2) 5’ CAGAAA 3’ (primer reverse)
- Um primer com A e T no início não é muito bom, porque é muito fácil de destabilizar. É
preferível ter G ou C no terminal 3’ do que A ou T.
- Os primers são desenhados para fora da zona alvo e depois de termos o produto amplificado
usamos os primers para dentro da zona alvo.
NOTA: A sequência da Taq não pode cortar no meio da sequência que queremos amplificar no
processo de PCR.
Problemas no desenho:
Tem a ver com os terminais. O primer não deve ter sequências auto complementares, isto é, o
primer forward e o reverse não se devem complementar.
Nucleases:
Enzimas capazes de quebrar as ligações entre os nucleotídeos (subunidades do ácido nucleico).
Uma das funções das proteínas virais é proteger o genoma (material genético) do vírus contra
nucleases. São extremamente importantes na manipulação do DNA, porque não se pode
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trabalhar com fragmentos muito longos de DNA. Corta na ligação fosfodiéster entre os
terminal 3’ e 5’, podendo deixar o fosfato ligado ao terminal 5’ ou 3’.
Podem ser:
- Endonucleases: São proteínas ou enzimas produzidas por procariotas. Cortam no meio do
DNA. Não cortam ao acaso, mas sim em sequências específicas. São enzimas de restrição,
todas de procariotas, tendo como função biológica proteger a célula. Digerem DNA que seja
introduzido no DNA.
Classes de endonucleases:
Utilizado em pesquisa
Tipo Abundância Local de reconhecimento
de DNA recombinante
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E Escherichia (género)
co coli (espécie)
R RY13 (estirpe)
I Primeira identificada (ordem de identificação da bactéria)
Com as enzimas de restrição podemos tentar recombinar o DNA. Estas enzimas foram a
primeira ferramenta que foi utilizada para tentativa de comparação de genomas através da
geração de mapas de restrição.
Mapas de restrição:
É uma compilação do número, da ordem e da distância entre locais do corte da enzima de
restrição ao longo de um segmento clonado do DNA. As unidades do mapa são expressadas
em pares de bases ou para distâncias mais longas em pares de kilobases.
Existem dois métodos para elaborar um mapa de restrição:
- Mapeamento utilizando digestões múltiplas;
- Mapeamento utilizando digestões parciais.
19 BIOLOGIA MOLECULAR
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A enzima Sal I tem um local de corte diferente da do corte de Hind III, no entanto gera 2
fragmentos, fazendo apenas um corte.
Dupla restrição:
Há o aparecimento de 3 fragmentos: 5.8, 0.8 e 0.4.
A Hind III não corta no meio do 5.8, pois esta corta a 6.2, sendo a Sal I quem corta a 5.8.
O fragmento 0.8 não é cortado no meio pela enzima Sal I. No entanto, os últimos 2 fragmentos
(0.8 + 0.4=1.2) foram cortados pela Hind III, uma vez que origina um fragmento a 0.8
(característico desta enzima). Ao cortarmos com as 2 enzimas nunca originaria um fragmento a
1.2, por isso os últimos fragmentos nunca poderiam ser originados pela Sal I.
NOTA: Hoje em dia, não é necessário fazer os mapas de restrição para sabermos os locais de
restrição, utilizamos a Taq e enzimas de restrição.
Plasmídeo com
sequência Enzimas de restrição Electroforese
desconhecida
Sabemos o
comprimento e a
Origina n fragmentos
sequência nas
pontas de cada um
Ao sabermos que a enzima corta num determinado ponto podemos saber a sequência. O
número de cortes e o número de fragmentos originados por esses depende se a molécula é
circular ou linear.
Se tivermos uma sequência de DNA circular (plasmídeo), ao fazermos 4 cortes originamos 4
fragmentos. Por sua vez, se tivermos uma sequência de DNA linear ao fazermos 4 cortes
originamos 5 fragmentos no gene.
NOTA: Quantos mais cortes fizer mais sei sobre a minha sequência.
20 BIOLOGIA MOLECULAR
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- Insert;
- Endonucleases de restrição sítio-específicas;
- Digestão;
- Ligação;
- Clonagem.
Paul Berg:
Reuniu o fago SV40 ao bacteriófago lambda. Ele queria cortar o SV40 e inserir pedaços do fago
no bacteriófago lambda.
Usou enzimas de restrição para cortar os fagos e incubou-os juntos, utilizando DNA ligase.
Criou uma técnica, segundo ele mesmo, para ligar covalentemente moléculas de DNA.
Como o bacteriófago era de E. coli e esta bactéria habita no nosso corpo, ele teve medo de
gerar um novo e letal vírus.
Para manipular o DNA, para além de cortar o DNA temos de ligá-lo.
Vectores:
Os vectores podem ser de transporte ou de transcrição.
Vectores
de clonagem de expressão
Nos procariotas:
É necessário um promotor, isto é, algo que direccione a RNA polimerase. E locais de ligação a
ribossomas, pois são estas estruturas que lêem a sequência de aminoácidos.
Nos eucariotas:
É necessária uma origem de replicação, de modo a permitir o início da replicação; e
poliadenilação para proteger o mRNA.
Vectores de clonagem:
Em 1970, Stahen Cohen descobriu um método segundo o qual E. coli adquiriria um plasmídeo
conhecido como pSC101. Este plasmídeo contém um gene que confere resistência ao
antibiótico tetraciclina. Estes vectores são importantes para a recombinação de DNA. Os mais
comuns são os de plasmídeos.
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Plasmídeos Plasmídeos:
São os mais comuns, sendo que em biologia molecular são vistos como
Fagos vectores. São células de DNA circular não cromossómico, podendo ter várias
características. As bactérias podem ser suicidas ou unidades replicativas
Cosmídeos autónomas, estas últimas são designadas por plasmídeos f.
pUC são relativamente fáceis de manipular. São moléculas relativamente
BAC pequenas, por isso a quantidade de material genético que podemos lá
colocar é pequena, isto é uma limitação, sendo que por isso decidiu-se
YAC
procurar vectores diferentes. Temos de procurar os vectores consoante as
características fenotípicas das células. Se a célula já for resistente a um
MAC
antibiótico temos de utilizar um vector que seja resistente a outro
antibiótico.
O gene Lac Z contém a enzima β-galactosidase.
X-Gal X + Gal (a β-galactosidase cliva a reacção)
Fagos:
O fago λ é dos bacteriófagos mais estudados. Podem ser usados, porque mais de metade do
seu genoma (60%) é necessário para que o fago se replique, assim podemos utilizar a parte do
genoma que não é necessário (40%) para colocar o DNA que queremos. Têm, assim, a
capacidade de transportar maior quantidade de material genético. Têm cadeia dupla e DNA
linear, aproximadamente, 50Kb. O DNA incluído na cabeça do fago é transfectado para células
de E. coli. Os terminais do DNA do fago têm locais coesivos (cos) que permitem a circularização
no interior de E. coli.
Este irá ter 2 ciclos:
- Ciclo lisogénico: O DNA é incorporado no genoma, a célula multiplica-se e leva sempre o DNA
consigo.
- Ciclo lítico: O RNA transcreve e traduz o seu material genético.
Não queremos que entre em ciclo lítico, por isso temos de encontrar as células que foram
afectadas pelo fago.
Os fagos têm sido modificados para serem vectores de clonagem, alguns locais de restrição são
mutados, deixando apenas um, de modo a sabermos onde o material genético vai ser inserido.
Permite a inserção de genoma do tamanho daquele que removemos, o novo material genético
fica no meio do genoma do fago, pois é essa parte que é removida.
22 BIOLOGIA MOLECULAR
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Cosmídeos:
É uma combinação das propriedades de vectores de plasmídeos e de fagos, sendo que isso é
uma vantagem da utilização desses vectores. O tamanho do insert colocado vai desde 35 até
45 Kb. São vectores capazes de transportar elevadas quantidades de DNA, permitindo a
transferência de material genético completa. Mantém a estratégia de infecção do fago.
Temos de ter um local para inserir o DNA, genes de resistência, genes cos e uma origem de
replicação como os plasmídeos.
Exemplo: O cosmídeo pLFR-5 contém os 2 terminais cos do bacteriófago λ e múltiplas
sequências de clonagem e origem de replicação como os plasmídeos.
Aplicações: Construção de bibliotecas genómicas. Os cosmídeos são muito utilizados para
metodologias ambientais.
NOTA: As leveduras são diferentes dos fungos, pois as leveduras são fungos unicelulares,
enquanto os fungos são pluricelulares.
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Para eucariotas.
Aplicações: Utilizado em biotecnologia animal e terapia de genes humanos.
Zona de
Clonagem Gene de
resistência a
ampr
Zona de clonagem: Tem de estar sempre nos vectores, é o local onde adicionamos o material
genético. Esta zona está normalmente dentro de um gene. Este gene codifica uma proteína
que contém características fenotípicas.
Todos os plasmídeos contêm uma origem de replicação, o que garante que estes sejam
transcritos na célula.
Clonagem:
É a produção de múltiplas cópias geneticamente idênticas (população de células ou
organismos). Uma das razões de clonar é guardar informação, isto é, fazer uma biblioteca.
Clonagem
24 BIOLOGIA MOLECULAR
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Gene: É uma região do DNA que codifica para uma proteína (polipeptídeo), responsável por
propriedades físicas e hereditáveis de um organismo que contribuem para o fenótipo/função.
Tipos de clonagem:
- Clonagem de DNA: Produção de múltiplas cópias de uma molécula de DNA.
- Clonagem de um gene: Produção de múltiplas cópias de um gene.
Clone de um gene: Células contendo moléculas idênticas de DNA recombinante com o gene de
interesse.
Objectivos da clonagem:
Um dos mais importantes objectivos da técnica de DNA recombinante é clonar um gene ou um
fragmento de DNA de interesse.
A estratégia a usar para clonar um gene de interesse depende em grande medida:
- Do gene;
- Do que se sabe sobre o gene;
- Objectivo.
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vector recombinado
26 BIOLOGIA MOLECULAR
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Inserção do
Replicação
plasmídeo em
bacteriana
bactérias
Produção em
massa da proteína
recombinante
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Células competentes:
São permeáveis a DNA, sendo capazes de adquirir DNA ambiental. Para tornarmos células
normais em células competentes, submetemos estas a temperaturas elevadas e adicionamos
CaCl2, de modo a haver um choque térmico. As células que não são transformadas nesse passo
são bombardeadas com DNA – electroporação - havendo um choque eléctrico. Em último
recurso utilizamos “Gene gun”, em que aqui introduzimos um plasmídeo à força, de modo a
torná-las em células competentes.
NOTA: Plasmídeos pequenos são mais facilmente incorporados pela célula bacteriana
competente.
DNA linear é pobremente incorporado, talvez pelo facto de sofrer degradação pelas
exonucleases presentes no espaço periplasmático.
Marcadores
Selecção de clones:
As bactérias são colocadas em meio nutritivo com antibiótico para que cresçam e amplifiquem
o nosso DNA do insert, estas têm de continuar a ser cultiváveis.
Serve para avaliar se o plasmídeo contém ou não o DNA recombinante.
Selecção de recombinantes:
Durante a clonagem de fragmentos, a DNA ligase pode fechar o plasmídeo sem que nenhum
insert tenha sido clonado. Para evitar a análise de um vector fechado sem o insert clonado é
preciso um novo teste de gene repórter.
Tem uma selecção negativa (não se aplica directamente) e uma selecção positiva, em que
quem crescer é quem tem o vector.
No mesmo meio de cultura, para além do vector, podemos colocar X-Gal, em que este é
degradado pela β-galactosidase numa substância colorida. Isto permite seleccionar clones que
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crescem com resistência a antibióticos. Os clones capazes de não degradar o X-Gal ficam
brancos, enquanto os que degradam ficam azuis.
A seguir tem de se repicar cada uma das colónias, de modo a analisar se têm o insert que
queremos, isto se se começar com o processo de digestão e em seguida o de clonagem. Se
tivermos muitas dúvidas podemos fazer um PCR a seguir, no entanto se este contiver os
mesmos primers vou ter a mesma dúvida inicial.
Por sua vez, se iniciarmos o processo com PCR (este amplifica uma zona específica do DNA),
existe uma enorme probabilidade de aquele ser o fragmento que metemos dentro do
plasmídeo. Ou seja, primeiro temos de confirmar se o vector está no nosso plasmídeo e se tem
DNA recombinante.
Biblioteca genómica:
É um conjunto aleatório de fragmentos de DNA a partir de um organismo clonado num vector,
ou seja é um conjunto de clones que representam a totalidade do genoma de um determinado
organismo. Cada uma das células que isolamos vai conter um fragmento do meu todo. Neste
tipo de biblioteca temos intrões, genes não expressos.
Biblioteca de cDNA:
É um conjunto de clones representativos de todo o cDNA que é derivado do mRNA de um
conjunto de células num ponto do desenvolvimento.
NOTA: Quando avaliamos DNA estamos a estudar o potencial, enquanto que quando avaliamos
RNA estamos a estudar funcionalidade.
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Desenho da sonda:
Se soubermos a sequência da proteína sabemos os aminoácidos que ela possui, no entanto
temos de ter em consideração que um aminoácido pode ser codificado por vários nucleótidos
(codões).
Purificação do RNA:
Os operões podem clonar mais do que 1 gene, de modo a ver a dependência deles.
As RNAases existem em todo o lado, por isso é difícil trabalhar com RNA, sendo necessário
este ser tratado antes de ser usado, até mesmo o material tem de ser todo auto-clavado,
porque tudo destrói o RNA.
O mRNA existe para ser traduzido e depois é eliminado do sistema, é altamente digerido,
tendo pouco tempo de vida, não dando para preservá-lo durante muito tempo.
Temos de eliminar o rRNA e o t-RNA (outros tipos de RNA), de modo a ficarmos apenas com o
mRNA.
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Os genes eucariotas são grandes devido ao facto de terem exões e intrões, por isso temos
limitações para metermos informação.
Plaquear a biblioteca:
As bibliotecas genómicas têm milhões de clones diferentes.
Isolamos os clones positivos.
As bibliotecas de plasmídeos são plaqueadas em meio com
antibiótico para isolamento das E. coli.
As bibliotecas de fagos são incubadas com E. coli, depois
plaqueadas em soft agar para permitir o crescimento das
placas de vírus.
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Electroforese:
É uma das técnicas mais antigas em biologia molecular, sendo ainda
hoje muito utilizada, pois tudo é confirmado através desta técnica.
Consiste na separação de partículas carregadas por acção de um
campo eléctrico uniforme.
Separação
cDNA
Etapas:
Usa-se um campo eléctrico de 150 volt só para ver se temos DNA. No máximo, utiliza-se um
campo de 100 volt para separar os componentes da amostra.
Preparação do gel
Horizontal Vertical
em agarose
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Prata – Utilizado em gel SDS-PAGE, gel de poliacrilamida. Tem uma resolução melhor,
pois é extremamente sensível. Utilizada para colorir proteínas.
Coomassie blue - Este corante irá se ligar a todas as proteínas da célula e, a partir da
intensidade de cor gerada, é possível estabelecer uma relação da intensidade da cor
(absorvância) e quantidade de células.
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Fases do PCR:
Utilizando uma curva normalizada baseada em quantidades conhecidas do DNA alvo é possível
medir com exactidão a quantidade de DNA produzido. Esta quantidade de DNA varia com o
número de ciclos.
Análise Southern/Northern
O DNA total de um organismo ou RNA são misturas.
São técnicas que foram desenvolvidas para identificar sequências específicas na mistura.
Southern blotting – DNA
Northern blotting – RNA
NOTA: Blot significa transferência por capilaridade, no entanto, neste momento aplicamos
campo eléctrico e as moléculas carregadas passam do gel para a membrana.
Southern blot:
É uma técnica que detecta sequências específicas de misturas complexas de DNA e utiliza uma
sonda de DNA. Foi descoberta em 1970 por Edward Southern.
Tandem repeat - É uma sequência com uma determinada sequência que se repete. O número
de repetições é característico de um organismo.
Tem sido utilizada para detectar RFLP (Restriction Fragment Length Polymorphism) e VNTR
(Variable Number of Tandem Repeat Polymorphism). Estas são técnicas de tipagem.
O VNTR é um indicativo, não servindo de prova em tribunal. O filtro deve reflectir pelo menos
um grupo de VNTR do pai.
Podemos avaliar directamente a
sequência local da sonda (se a sonda
for complementar) ou por sondas
radioactivas.
O DNA é desnaturado com uma
solução alcalina.
Northern blot:
Objectivo: Saber o que está a ser expresso naquele momento.
É utilizado para detectar fragmentos de RNA em vez de fragmentos de DNA. Estes fragmentos
de RNA são tratados com formaldeído, de modo a garantir uma conformação linear.
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Western blot:
Utiliza o mesmo princípio do Southern blot e
do Northern blot, mas é aplicado a
proteínas. Estas são separadas por
electroforese em gel de poliacrilamida, na
presença do detergente dodecilo sulfato de
sódio (SDS).
Esta técnica é também chamada de
immunoblotting.
É utilizada a transferência eléctrica e não a capilaridade.
Coloca-se o substrato para a enzima que está ligada à zona c específica do anticorpo.
Sequenciação:
Se soubermos a sequência é muito mais fácil sabermos com o que estamos a trabalhar.
Frederick Sanger (1977) foi o primeiro a pensar na técnica de sequenciação como uma
polimerização. O método de Sanger permite a sequenciação de genes, mas não para
metagenómica.
Síntese de DNA in vitro por término didesoxi.
É um mapa físico dos genes e dos cromossomas.
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Necessita de:
1 Molde;
1 Polimerase;
Mg2+ para a polimerase;
1 Primer;
1 Cadeia;
dNTPs.
Didesoxinucleótidos:
Ao nível do carbono 3 do açúcar não há grupo OH.
Reacção de polimerização:
Consiste na separação das moléculas.
Dye-termination sequencing:
Faz-se o mapa de electroforese a partir de um fragmento que é transferido por capilaridade. O
processo é altamente automatizado.
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Real Time-PCR:
Esta técnica baseia-se no uso e detecção de um oligonucleótido fluorescente. A quantidade de
fluorescência é proporcional à quantidade de produto de PCR após cada ciclo.
Permite a quantificação em tempo real de material genético, porque usa corantes que permite
determinar quantas cadeias duplas estão a ser formadas. Esta quantificação tem a ver com a
quantidade de fluorescência na nossa amostra. O número de cadeias duplas aumenta sempre
exponencialmente, sendo que no início não conseguimos detectar, havendo, por isso, um
limite de detecção (número mínimo de cadeias duplas).
Aqui o PCR pode ser visto em tempo real, isto é, podemos ver crescer a quantidade de material
genético no tubo. Depende da Taq e da qualidade do material genético. O tipo de Taq utilizada
é importante, pois tem de ser capaz de remover a sonda e ter actividade exonuclease no
sentido 5’3’.
À medida que copia introduz uma molécula fluorescente e podemos ver o material genético
copiado. Podemos quantificar ao mesmo tempo que o material está a ser copiado.
A sonda tem de um lado e doutro uma molécula:
- F: Molécula que fluoresce.
- Q: Molécula que interfere com a fluorescência (“quencher”), ou seja, não deixa fluorescer, a
não ser no momento da polimerização em que F separa-se de Q e aí já deixa fluorescer.
Estas duas moléculas anulam-se.
À medida que o número de ciclos vai aumentando haverá um aumento da quantidade de
sonda livre, no entanto a detecção da sonda (de fluorescência) só é permitida a partir de um
certo tempo.
Quanto menos DNA existe na nossa amostra, maior será o número de ciclos necessários para
haver a detecção. Pelo contrário, quanto maior a quantidade de DNA existente, menor o
número de ciclos necessários.
Assim, verificamos que a concentração de DNA está relacionada com o tempo.
Parâmetros de fluorescência
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Detecção:
Existem duas classes químicas básicas:
- Detecção baseada em sondas:
- TaqMan;
- TaqMan MGB;
- Three Star (ARMS);
- Molecular beacons (faróis moleculares);
- AmpliDet RNA (molecular beacons + NASBA);
- Sondas adjacentes/ sondas HYB (sondas de hibridização);
- DOL (Dye-labeled oligonucleotide ligation);
- Scorpions (primer de amplificação rotulado);
- DNA invader (DNA invasor).
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Microarrays:
É uma técnica muito recente. Permite a análise do genoma na sua totalidade, é relativamente
cara. Avalia a expressão de genes em resposta a modificações ambientais, isto é, avalia
mudanças na expressão dos genes, medindo o estado dinâmico da célula ou organismo.
Identifica os genes que são expressos de forma diferente em resposta a condições específicas.
É uma técnica muito automatizada, em que recebemos muitos dados, sendo que a grande
dificuldade é avaliar quem foi e quem não foi expresso.
Aqui corta-se o genoma e organizamos os fragmentos, colocando-os no microarray.
O mRNA é complementar ao nosso gene, sendo usado como uma sonda.
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Resumo:
Temos o genoma fixado na placa (cada sequência é fixada mais do que uma vez).
Gene a gene foi construído um array.
Tanto os genes control como o experimental contêm o mesmo genoma, no entanto o gene
control apenas expressa o que a célula expressa normalmente para sobreviver, aqui a
quantidade de mRNA é muito pequena, enquanto que o gene experimental, expressa tudo o
que é expresso mais o que se expressa por stress por crómio.
Nos eucariotas, os genes control tem uma expressão básica, enquanto que os genes
experimental são modificados por nós.
Stress por crómio: O cromato é muito tóxico para o DNA, forma aductos. Entram algumas
enzimas de reparação do DNA para separar as bases.
Polimorfismo:
Refere-se à variação na sequência de DNA entre os indivíduos de uma espécie. Se a variação da
sequência ocorrer nos locais de restrição pode resultar um polimorfismo de comprimento de
fragmentos (RFLP).
O exemplo mais conhecido é o RFLP devido à mutação do gene da b-globina.
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Complexidade de genomas
É uma área relacionada com biologia molecular, estando mais relacionada com os
evolucionistas.
Genoma
Genoma:
É o conjunto de genes que compõe um dado indivíduo. É idêntico em todas as células de um
indivíduo.
Cada gene é constituído por intrões e exões, no entanto, só os exões são codificantes. Há
intrões, porque no processo de rearranjo do mRNA é possível gerar diversidade, sendo
possível que a remoção dos intrões impossibilite a remoção de exões. Assim, o surgimento de
novos genes dá-se devido à duplicação, em que há recombinação cromossómica;
reorganização dos exões (genes modernos, pois o comum é a remoção dos intrões); e por
transferência horizontal que resulta da coexistência.
Duplicação génica:
É o principal gerador de novos genes. Geram homólogos dentro de um mesmo genoma, com o
tempo os homólogos assumem funções especializadas.
Os nossos antepassados adquiriram certos genomas e estes foram estabilizados, fazendo agora
parte do nosso cos genoma.
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Nos eucariotas:
Os organismos passaram de unicelulares para pluricelulares sendo que houve um ganho de
complexidade.
NOTA: As plantas são altamente redundantes, pois como servem de nicho ecológico a muitos
microrganismos de todos os grupos fez com que estes seres ganhassem muito material
genético por transferência horizontal, no entanto não o utilizam.
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Determinação de C0t1/2:
Renaturação:
Reacção de segunda ordem que depende da colisão de fitas complementares e pode ser
descrito pela equação de cinética de segunda ordem.
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No caso dos eucariotas superiores temos uma curva com o seguinte aspecto:
Nos humanos, o genoma não é linear, sendo que existem 3 tipos diferentes de sequências que
fazem parte da estrutura do DNA eucariota, apresentando por isso a curva de reassociação 3
pontos de reassociação.
- Sequências curtas muito repetitivas: Têm taxas de reassociação muito rápidas. (rosa)
- Sequências intermédias (mediamente repetidas): Permitem processos evolutivos. (azul)
- Sequências pouco repetidas (verde)
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Sequência de inserção:
É uma estrutura base para todas as outras, é mais pequena. Torna o DNA cinético.
Retrovírus: Em células eucariotas, estes entram na sequência de DNA, fazem uma cópia sobre
si próprio, usam uma enzima que copia RNA em DNA. Muitos destes não saíram do genoma e
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foram estabilizados, sendo que agora temos muitas sequências de retrovírus no nosso
genoma.
Retrotransposões não virais: São grandes ou pequenos e do ponto de vista evolutivo são
muito discutidos. Aparecem muito em mamíferos.
O transposão pode passar de um gene do genoma para outro, no entanto pode ou não deixar
cópia.
O transposão retrovírus tem as sequências invertidas em cada uma das pontas e no seu
interior tem uma série de genes que codificam para o retrovírus. Tem uma transposase
reversa.
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Transferência de informação:
Código genético:
DNA: Código em tripleto.
mRNA: Codão (complementar ao código em tripleto do DNA).
tRNA: Anticodão (complementar ao codão, é igual ao DNA).
Estrutura de leitura aberta (open reading frame): A sequência não é sobreponível e é contínua,
o que significa que tem um ponto inicial de modo a sabermos o local inicial de leitura, se não
teríamos uma sequência de leitura diferente (os desvios de leitura dão origem a diferentes
leituras).
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NOTA: Essas diferenças no código genético são sobretudo ao nível da 3ª base, sendo que esta
pode ser variável. Se o último nucleótido não emparelhar mantemos informação.
As mitocôndrias dos diferentes organismos usam um código genético muito diferente de
organismo para organismo.
CURIOSIDADE: O tripanossoma modifica o mRNA introduzindo uma base, provando desta forma
a malária.
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- Não haveriam espaços entre os codões, isto é, não haveria intervalos de informação, sendo
que todo o DNA codificava alguma coisa (DNA era todo codificante).
- Haveria uma molécula adaptadora que fazia uma adaptação para passar a informação em
proteínas.
- Se houvesse uma substituição de um nucleótido no sistema, não haveria mudança na
sequência de proteínas.
t-RNA oscilante:
Em 1966, Francis Crick propôs a hipótese do Wobble que representa a diferença entre o
número de codões possíveis e o número de t-RNA.
Ele postulou que o 5' no anticodão que se liga ao 3' do RNA, na 3ª base, não era tão
espacialmente confinado como as outras duas bases, e poderia, portanto, não haver padrão de
emparelhamento de bases.
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Inosina:
Embora a adenina seja raramente encontrada na posição de oscilação do
anticodão, alguns t-RNAs em plantas e animais contêm inosina (I). Esta é
um produto desaminado de adenina. Tem capacidade de formar ligações
com várias bases, não sendo específica para uma base.
Um t-RNA com inosina na posição de oscilação pode reconhecer os
codões correspondentes de mRNA com A, C, U na terceira posição
(wobble).
ribossomas
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Transcrição
Consiste na síntese de RNA e é realizada por um complexo enzimático cuja enzima chave é a
RNA polimerase. Esta enzima é composta por várias subunidades e realiza a polimerização do
RNA a partir de um molde de DNA.
O processo de transcrição é dependente de factores de transcrição e da RNA polimerase.
Os RNAs da célula:
- RNA mensageiro (mRNA):
É altamente funcional. Transporta a informação genética, transcrita a partir do DNA, sob
a forma de uma série de três sequências de nucleótidos,
designado por codões, cada um dos quais especifica um
aminoácido particular.
Tem poucas estruturas tridimensionais. É de cadeia única,
por isso é facilmente degradado, necessitando de ser protegido.
É o responsável pela transferência de informação entre o
DNA e o RNA. Nos procariotas essa transferência é feita num
único compartimento, enquanto nos eucariotas são necessários 2
compartimentos.
É sintetizado no núcleo, onde as proteínas são sintetizadas.
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RNA polimerase:
Esta enzima catalisa a síntese de mRNA, sendo que este é sempre sintetizado no sentido 5’ 3’,
ou seja tem a capacidade de ler DNA e escrever RNA.
Precisa de uma zona no DNA que a posicione, de modo a saber onde se inicia o processo de
transcrição (promotor) e não de um primer, sendo que consegue imediatamente iniciar o
processo de transcrição.
Não tem actividade proofreading.
São estruturalmente diferentes nos eucariotas e procariotas (nos factores de transcrição).
A RNA polimerase tem de incluir no seu centro activo o DNA, de modo a permitir a abertura do
DNA para assim o transcrever.
A RNA polimerase uma vez posicionada o sistema pode ser activado ou suprimido.
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Promotores:
São sequências específicas de DNA importantes para o início da transcrição. Tais sequências
são reconhecidas por algumas proteínas específicas, chamadas de factores de transcrição, que
trazem a RNA polimerase para realizar a montagem dos RNAs. Assim sendo, essas sequências
determinam:
- A direcção da síntese (cadeia codificante vs cadeia molde).
- O local de iniciação, ou seja, o primeiro nucleótido da nova cadeia de mRNA.
- A frequência de transcrição (iniciação pela RNA polimerase).
A sequência do promotor está apenas numa das cadeias do DNA.
Podemos ter promotores regulados quando estes estão acoplados a proteínas, em que aí
temos de modular essas proteínas.
O processo de iniciação e reconhecimento do promotor é comum aos eucariotas e aos
procariotas, isto é, quer sejam procariotas ou eucariotas possuem zonas de reconhecimento
da RNA polimerase. Este reconhecimento leva à abertura da dupla cadeia do DNA e ao
reconhecimento da RNA polimerase.
Sequências consenso:
A base 1 do promotor tem valor +1.
Constituídas +/- por 6
nucleótidos (promotor) -35 e -10 tem a ver com o número de
nucleótidos a que estão distanciados
do +1.
Um promotor é tanto mais forte quanto mais se assemelhar às sequências consenso, no
entanto este tipo de promotor mesmo sem indução, a RNA polimerase vai se ligar devido à
imensa afinidade que existe entre ela e o promotor, e isso constitui uma desvantagem, uma
vez que vamos estar a produzir proteínas de um modo descontrolado.
RecA é uma proteína de reparação do DNA, são promotores fortes.
Promotores procarióticos:
Obrigam a RNA polimerase a posicionar-se e determinam o número de genes.
As regiões -35 e -10 estão presentes na maior parte dos promotores de procariotas.
As sequências de poli-adeninas são fáceis de abrir, facilitando a abertura da dupla cadeia do
DNA. As adeninas (A) e timinas (T) aparecem muitas vezes nas sequências de promotores.
As sequências promotoras variam de gene para gene, sendo que nem sempre estão nas
posições -35 e -10
Exemplos: -35 box e o TATA box
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CURIOSIDADE: A E. coli I157 vive connosco e come carne, podendo levar à morte do indivíduo.
Esta estirpe tem um pan genoma muito grande.
Em Procariotas:
O processo de transcrição é simultâneo ao de tradução,
estes estão muito bem acoplados no espaço.
Têm várias subunidades que são codificadas pelos genes
RPOD, em que estes codificam para a subunidade sigma (σ).
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Esta subunidade é necessária para posicionar a RNA polimerase no promotor, mas tem de ser
removida para permitir o deslocamento da RNA polimerase ao longo da cadeia codificante, ou
seja, quando estamos no processo de transcrição não temos esta subunidade presente.
Factor sigma:
É um factor de transcrição, sendo que determina a transcrição do gene.
A subunidade sigma (σ) da RNA polimerase dos procariotas é fundamental para o
reconhecimento específico da região promotora, pois ancora a RNA polimerase ao promotor.
Ela, junto com o cerne da enzima, desliza ao longo do DNA à procura do promotor, não
precisando desenrolar a dupla hélice nem ligar-se e desligar-se a ela repetidamente.
Se soubermos geneticamente se o factor sigma é igual ou diferente podemos comparar zonas
de transcrição. Existem pequenas diferenças nas sequências do factor sigma, por isso estes
reagem de maneira diferente a estímulos ambientais.
Se mudarmos este factor o gene deixa de ser transcrito.
O factor sigma desliga e a RNA polimerase desliza sobre o DNA. O mRNA assim que é
produzido é localizado pelos ribossomas e começa a ser traduzido, no sentido 5’ 3’.
Em Eucariotas:
A transcrição nos eucariotas é bem mais complexa do que nos procariotas. A maioria do DNA
de uma célula eucariota está no núcleo, não passando através da membrana nuclear devido às
suas dimensões, por isso a transcrição ocorre no núcleo, o que irá permitir que a informação
contida no DNA passe para o citoplasma sob a forma de uma molécula de RNA de menores
dimensões, possibilitando a síntese proteica; enquanto a
tradução ocorre no citoplasma. A separação temporal e
espacial desses dois processos permite uma melhor regulação
da expressão génica.
O transcrito primário de mRNA é amplamente processado. O
RNA nascente sofre uma série de alterações:
- Aquisição de revestimento (cap) na sua extremidade 5’;
- Introdução de uma cauda de poli-A na extremidade 3’;
- Remoção exacta de intrões (splicing) para a formação de
mRNAs maduros com mensagens contínuas.
Assim, o processo de transcrição ocorre em três etapas:
- Iniciação: A polimerase ligada à região promotora inicia o processo de transcrição,
adicionando os primeiros 9 nucleotídeos da sequência de RNA. As sequências de nucleótidos
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A maquinaria da Transcrição:
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Factores de activação:
Vão activar o processo de transcrição e encontram-se longe da zona de ligação da RNA
polimerase.
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Factores de transcrição:
São factores que se posicionam na zona promotora, onde depois se ligam à RNA polimerase.
Nos eucariotas, estes encontram-se num elevado número e funcionam em cascata, isto é, o
encaixe de um factor de transcrição recruta outro, sendo que só assim haverá ligação da RNA
polimerase.
Nome Nº de subunidades Função
Estabiliza a ligação TBP/TFIIB
TFIIA 3
Chama a RNA polimerase
Liga-se ao TBP, reconhece o início e recruta a
TFIIB 1
Pol II
TFIID
Interage com factores reguladores
- TBP (TATA box 12
Reconhece TATA box
protein)
TFIIE 2 Recruta TFIIH
TFIIF 2 Liga-se à Pol II e TFIIB
TFIIH 9 Helicase/cinase CTD
60 BIOLOGIA MOLECULAR
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Processamento alternativo:
É um exemplo de um processo que não ocorre em todos os mRNAs. É o processo de splicing
onde os intrões são removidos e os exões são unidos por uma ordem diferente, isto é, a ordem
dos exões no DNA é diferente da ordem dos exões no mRNA. Este é um processo
evolutivamente alternativo, sendo que não ocorre ao acaso.
Activadores:
São proteínas que se ligam a genes em locais conhecidos como potenciadores. Ajudam a
determinar quais os genes que se irão ligar, e aceleram a taxa de transcrição.
61 BIOLOGIA MOLECULAR
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Repressores:
São proteínas que se ligam a conjuntos selecionados de genes em locais conhecidos como
silenciadores. Interferem com o funcionamento dos activadores, retardando, assim, a
transcrição.
Co-activadores:
São moléculas “adaptadoras” que integram sinais activadores e talvez repressores e repassam
os resultados aos factores basais.
62 BIOLOGIA MOLECULAR
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NOTA: As 2 sequências que contêm adeninas e guaninas são reconhecidas pela enzima
poliadenilase, esta precisa de clivar o mRNA. O pequeno fragmento que é clivado é deitado
fora.
Splicing:
É a modificação do mRNA após a transcrição, em que os intrões são removidos e os exões são
mantidos.
63 BIOLOGIA MOLECULAR
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- Spliceosoma:
É uma estrutura com actividade catalítica responsável pela execução do splicing, e pela
remoção dos intrões. É formado por ribonucleoproteínas.
Reação de Splicing:
É uma reacção de trans esterificação que não
necessita de água nem de energia, e vai
ocorrer através de duas reações sequenciais.
Primeiro, o grupo 2'OH do “branch-point”
específico de nucleótidos dentro do intrão que
é definido durante a montagem spliceossoma
realiza um ataque nucleofílico no primeiro
nucleótido do intrão na extremidade 5’ do
local de junção, formando um laço intermediário com libertação de um OH. Em segundo lugar,
o 3'OH libertado executa um ataque nucleofílico no último nucleótido do intrão no local 3' de
união unindo, assim, os exões e libertando o laço de intrão.
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Directo Alternativo
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NOTA: Na clivagem das proteínas temos de nos basear no RNA e não nos genes.
Tradução
O RNA após ser traduzido tem de ser eliminado para não haver formação errónea de
proteínas.
O mRNA é produzido no núcleo e durante a sua produção o terminal 5’ (CAP) é protegido. No
final do processo de transcrição existe também a necessidade de protecção dos terminais, de
modo a que o mRNA (com a informação transcrita) possa passar do núcleo para o citoplasma,
a fim de termos a informação para codificar proteínas.
O mRNA eucariota precisa de ser processado. Este processo exige a translocação do
ribossoma.
Ribossomas:
São estruturas muito abundantes no nosso organismo (10 milhões de ribossomas por célula
(80% de RNA total)). Tem entre 25 e 30 nm de tamanho.
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68 BIOLOGIA MOLECULAR
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Aminoácidos activados:
Activação do triptofano: O local de reconhecimento do aminoácido é feito por tamanho, pois
espacialmente os aminoácidos têm de ocupar o espaço e preencher o espaço catalítico.
A ligação fosfato-aminoácido é muito importante, porque temos de libertar 2 aminoácidos
para o polipeptídeo nascente. O que é reconhecido no processo de tradução é o anticodão. A
ligação aminoácido-t-RNA é fulcral para que o processo se dê.
Temos o t-RNA à volta do ribossoma que vai ser chamado a entrar no local A. A activação faz
com que haja modificação no ribossoma e o primeiro aminoácido liga-
se ao factor de iniciação (dependente de GTP), fazendo com que haja
movimentação do ribossoma do local A para o
local E (empurra o sistema). O t-RNA amino-acil
fica no local P à espera de um novo anticodão. Há
movimentação do polipeptídeo nascente do local
P para o A.
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NOTA: Um único mRNA pode ser traduzido por muitos ribossomas ao mesmo tempo:
Polissoma.
Prokarya X Eukarya:
Procariotas:
O processo de tradução pode ser iniciado ao mesmo tempo que a transcrição (policistrónico).
Existem pontos de início no mRNA. Depois da tradução temos um peptídeo, mas este pode
não ser funcional, ocorrendo modificações poliadicionais.
Eucariotas:
O mRNA é traduzido no sentido 5’3’, sendo que a sua
estabilização é feita por circularização do mRNA com a adição de
caudas de adeninas (poliadenilação).
Têm um RNA monocistrónico, havendo interação entre proteínas
que se ligam à cauda de poli-adeninas e proteínas do complexo de iniciação.
Controlo da tradução I:
Todas as polimerases têm processos de controlo de tradução. A RNA
polimerase não faz esse controlo, apenas as aminoacil sintetases o
fazem.
A afinidade da enzima aminoacil sintetase pelo t-RNA disposto no
código faz com que o t-RNA errado ligue-se lentamente e desligue-se
rapidamente.
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Alongamento da tradução:
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Modificações pós-traducionais:
Estas modificações só ocorrem em eucariotas e são muito importantes, podem ou não ocorrer
imediatamente após a tradução.
Modificações pós-translacionais:
A forma fosforilada é diferente da desfosforilada, sendo que pode ou não estar activa. É uma
forma de regular a actividade proteica.
Chaperonas I:
Complexo proteico que auxilia na montagem da estrutura tridimensional de uma proteína.
Estabilizam a proteína durante a sua formação e permitem o
seu folding correcto.
Há chaperonas que direcionam as proteínas para os diferentes
organelos. Estas estruturas reconhecem um sinal existente no
peptídeo nascente.
Chaperonina é a mais comum.
Proteína pronta:
As proteínas localizadas pós-traducionalmente são libertadas no citosol após a sua síntese, por
ribossomas livres.
72 BIOLOGIA MOLECULAR
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Algumas possuem sinais de direcionamento para organelos, tais como para o núcleo ou
mitocôndrias.
As proteínas localizadas co-traducionalmente
associam-se à membrana do retículo
endoplasmático (RE) durante a síntese, de modo
a que os seus ribossomas sejam ligados à
membrana.
As proteínas passam para o interior do RE, ao
longo do complexo de Golgi e em seguida
através da membrana plasmática, a menos que
possuam sinais que determinem a sua retenção
numa das etapas desta via. O endereçamento
ocorre ao nível do RE.
Só depois da tradução total das proteínas é que
estas vão ser endereçadas para onde são
necessárias. A mitocôndria tem a sua própria função genética, enquanto os cloroplastos
necessitam de recrutar proteínas do genoma. Essas proteínas também podem ser direcionadas
para outros organelos, tais como os endossomas ou lisossomas.
Mitocôndria
Cloroplastos
s
RE
Endossoma
Membrana Plasmática
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Endereçamento de proteínas:
Endereçamento
É aqui que as proteínas membranares são traduzidas. O RE passa as proteínas para o complexo
de Golgi, sendo que esse processo de translocação provoca fosforilação, glicolisação.
II: Pós-traducional: A estrutura terciária final é apenas feita ao nível da mitocôndria. Existe um
factor de translocação que se liga à proteína e só no núcleo é que esta é traduzida.
NOTA: Comparando duas proteínas com a mesma funcionalidade, devemos ter em conta a
sequência de aminoácidos, pois um aminoácido pode ser codificado por vários codões.
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- Cloranfenicol:
Liga na subunidade maior do ribossoma, e tal como a tetraciclina, também impede a síntese
proteica.
Proteínas Transmembranares:
Domínios hidrofóbicos são capazes de invadir as regiões lipídicas (também hidrofóbicas) da
membrana plasmática.
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CONCLUSÕES:
- A tradução é o processo de produção de proteínas.
- A regulação ocorre principalmente na transcrição: Modificações pós-traducionais são
importantes para regular a função proteica.
- Diferentes tipos de RNA e proteínas actuam no processo de transcrição e tradução.
- A t-RNA sintetase é a responsável pelo código genético.
Como uma única célula pode dar origem a tipos celulares tão distintos?
Hipótese 1: Durante a diferenciação, apenas os genes que codificam as proteínas que serão
expressas naquele tipo celular são mantidos.
Hipótese 2: Todos os genes são mantidos, mas somente as proteínas específicas ao tipo celular
são expressas.
Totipotência:
É uma característica das células desenvolverem estruturas novas e diferenciadas ou um
organismo complexo.
Células pluripotentes:
Nos animais, a maioria das células adultas (diferenciadas) perderam a
sua capacidade totipotente, entretanto restaram algumas células
indiferenciadas, que ainda mantêm essa característica de
“pluripotência”, designadas de células-tronco.
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Temporal:
Quando um determinado gene/proteína só é expresso num “tempo” determinado.
Exemplo: Proteínas que só são expressas no embrião, ou durante uma determinada fase do
ciclo celular.
Espacial:
Quando a expressão de determinado gene/proteína é diferente dependendo do tipo celular.
Exemplo: Proteínas que só são expressas em células nervosas, como a mielina, ou no tecido
muscular, como a miosina.
NOTA: É preciso que haja uma regulação cuidadosa de expressão dos genes.
- Genes Regulados:
Estes genes têm níveis de regulação diferente, sendo que nos procariotas este processo é mais
simples, pelo que se sabe mais a cerca destes, enquanto nos eucariotas é mais complexo.
São expressos em alguns tecidos, cuja função está directamente relacionada com a função do
órgão/tecido.
São genes expressos em somente um tecido de função altamente especializada, como, por
exemplo, a β-globina é expressa somente em eritrócitos.
São genes expressos em somente uma célula e todas as células clonais são descendentes dessa
progenitora, como, por exemplo, a maturação de anticorpos em linfócitos B durante a
resposta imune tardia.
NOTA: A concentração em equilíbrio de uma proteína vai possuir vários níveis de controlo.
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Controlo transcricional
a proteína liga ao DNA com factores e inibe a a proteina liga ao DNA e induz a expressão do
expressão do gene gene.
Gene Procariota:
Operão: É um grupo de proteínas que é regulado segundo o mesmo promotor.
Operão Lac:
É regulado por diversos factores, em particular pela disponibilidade de glicose e lactose no
meio extracelular. A lactose é um composto indutor natural do promotor dos promotores Lac
e tac. O operão é desreprimido por acção da lactose, sendo que a molécula efectora é a
alolactose.
Permite às bactérias uma digestão eficiente da lactose. A célula pode utilizar lactose como
uma fonte de energia ao produzir a enzima β-galactosidase, codificada pelo gene lacZ, que
digere lactose em glicose e galactose.
A sua estrutura consiste em três genes estruturais, um promotor para os genes estruturais e
um para os genes regulados, um terminador, um regulador, e um operador.
O promotor está
sempre reprimido, a
não ser que haja
alolactose.
78 BIOLOGIA MOLECULAR
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Operão Triptofano:
O triptofano é um aminoácido essencial nos
eucariotas, porém as bactérias podem sintetizá-lo,
mas isso só ocorre se ele não estiver disponível no
meio. Quando adicionado ao meio de cultura a
bactéria cessa a produção de triptofano em
aproximadamente 10 minutos.
Na presença de Trp, o gene não é transcrito. Este
operão está sempre expresso.
É responsável pela produção de Trp em células procariotas.
Na presença de escasso Trp, a proteína repressora liga Trp, ficando activa e liga o operão.
Este operão é mais complexo, porque codifica para mais proteínas estruturais. Este possui 5
genes (Trp A-E).
Na AUSÊNCIA de triptofano, o gene regulador
produz um repressor inactivo. O gene
operador está livre, sendo que a RNA
polimerase pode ligar-se ao promotor. Dá-se a
transcrição. E ocorre a síntese das 5 enzimas.
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Triptofano: atenuação
Em muitos operões repressíveis, a transcrição inicia-se no promotor e pode terminar
prematuramente numa região líder que precede o primeiro gene estrutural. (i.e. a polimerase
termina a transcrição antes de chegar ao primeiro gene do operão).
Quando a transcrição é iniciada no promotor, ela começa na verdade antes do primeiro gene
estrutural e um transcrito líder é feito. Esta região líder contém um sinal de início e um sinal de
stop da síntese proteica.
Uma vez que a bactéria não tem uma membrana nuclear, a transcrição e a tradução podem
ocorrer simultaneamente. Assim, um pequeno peptídeo pode ser formado enquanto a RNA
polimerase está transcrevendo a região líder. O peptídeo-teste contém alguns resíduos de Trp
no meio dele. Assim, se tem uma quantidade suficiente de triptofanil-t-RNA para traduzir o
peptídeo-teste, o peptídeo inteiro será formado e o ribossoma vai chegar até ao sinal de
terminação.
A sequência no mRNA líder contém quatro regiões, as quais têm sequências complementares:
Região 1 Região 2
80 BIOLOGIA MOLECULAR
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Região 2 Região 3
Região 3 Região 4
Ausência de atenuação: A tradução é lenta, sendo que a RNA polimerase vai mais à frente.
Em procariotas:
Princípios básicos da regulação da expressão genética:
1. Esses organismos necessitam de ter mecanismos rápidos e eficientes de adaptação a
mudanças no ambiente.
2. Produtos genéticos que funcionem em conjunto, normalmente têm regulação da expressão
semelhante, ou estão organizados em operões.
3. A transcrição da maioria dos genes está num estado “bloqueado” devido à ligação de
proteínas inibidoras.
4. A dissociação dessas depende de um indutor, normalmente uma molécula pequena, que
“sinaliza” a mudança ambiental.
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Em Eucariotas:
Princípios básicos da regulação da expressão genética:
1. A iniciação da transcrição é o ponto mais crítico do controlo da expressão genética, por isso
os genes eucariotas possuem um maior número de regiões regulatórias upstream da “open
reading frame‟.
2. Genes eucariotas não se organizam em operões, mas a regulação conjunta pode ser obtida
pela presença de mais sítios reguladores da iniciação da transcrição.
3. Acesso às regiões promotoras é restrito pela estrutura da cromatina, e o remodelamento da
cromatina é necessário.
Remodelação da cromatina:
Um DNA muito compactado não é legível, por isso é necessário modelar o estado de
compactação do DNA, isto é, o grau de compactação do DNA à volta das histonas. Para isso é
necessário blocos enzimáticos que relaxem os nucleossomas, desenrolando o DNA à volta das
histonas.
A acetilação das histonas (feito por um processo enzimático) faz com que haja mais espaço à
volta destas. Assim, esta acetilação diminui a compactação da cromatina, pois diminui a
interacção do “core complex” com o DNA. Com isto, os sítios promotores e reguladores estão
mais acessíveis para a ligação de factores de transcrição. Isto tudo ocorre devido às cargas que
as histonas e o DNA apresentam, permitindo, desta forma, a transcrição e a tradução.
Para cada tecido, as zonas acetiladas são diferentes.
1. Heterocromatina: Tipicamente, 10% da cromatina está sempre supercondensada, essas
regiões são transcricionalmente inactivas.
2. Eucromatina: Corresponde à cromatina mais “relaxada”, estando, desta forma,
transcricionalmente activa.
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Estrutura de proteínas:
As proteínas são polímeros de L-α-aminoácidos (a natureza foi quem escolheu a família L).
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Cadeias Laterais
Engenharia genética:
Tecnologia de DNA recombinante:
É o conjunto de técnicas que permite a combinação de segmentos de DNA com origens
diferentes, de forma a originar uma nova molécula de DNA.
É usada na clonagem de genes, na modificação genética de organismos e na biologia molecular
de uma forma geral.
Clonagem genética:
Obtenção de grande número de cópias de um gene.
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Gene repórter:
É um gene que produz uma proteína que pode ser detectada e quantificada utilizando um
teste simples.
Exemplos:
- GFP (Green fluorescent protein);
- LacZ (β-galactosidase) (ONPG produz cor amarela, sendo uma forma de seguirmos a
actividade das enzimas que estão fundidas com proteínas);
- Luc (luciferase).
Vector de clonagem:
É um elemento genético com capacidade de replicação autónoma, usualmente um vírus ou um
plasmídeo. Este tipo de vector não possui promotor.
Contém:
- Origem de replicação;
- Local de resistência a antibióticos;
- Normalmente tem um gene que codifica para uma proteína (repressor);
- Local de introdução de fragmentos que clonamos;
- Zonas de sequência conhecida que permite o corte da sequência que clonamos (zonas de
clivagem);
- Tag.
85 BIOLOGIA MOLECULAR
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Funções do tag:
O tag é uma sequência curta de nucleótidos que codifica um péptido com poucos aminoácidos.
Pode ser adicionado à extremidade N ou C do produto do gene clonado.
Permite a detecção e purificação de proteínas.
Péptidos de fusão específicos conferem vantagens à proteína alvo durante a expressão, tais
como, aumentam a solubilidade, protegem da proteólise, melhoram a conformação e
aumentam a produção.
NOTA: A proteína de fusão pode estar no N-terminal ou no C-terminal, sendo que é mais
comum estar no N-terminal.
Anterior à proteína de fusão existe a sequência de reconhecimento dos ribossomas (sequência
de Shine-Dalgarno nos procariotas).
Vector de Expressão:
É um vector de clonagem que também dirige a expressão do gene clonado com vista à
obtenção de proteína em grande quantidade.
Queremos que actue a DNA e a RNA polimerase, de modo a transcrever qualquer coisa, no
entanto para isso é necessário um promotor e um codão de iniciação.
Possui um promotor específico para a expressão na célula hospedeira, sendo que é este
promotor que garante ao plasmídeo ser traduzido. As características do promotor vão fazer
com que aquilo que clonamos seja mais ou menos expresso (o promotor pode ser forte ou
fraco).
Este vector precisa que a RNA polimerase leia o gene que clonamos (o gene é clonado com o
material que queremos expressar), mas não queremos que a RNA polimerase transcreva o
gene todo, mas sim a parte que nos interessa.
Os vectores de expressão controlada dão resposta à necessidade de superproduzir, de uma
forma controlada, o produto de expressão de um gene (uma proteína recombinada: r-
proteína).
86 BIOLOGIA MOLECULAR
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Assim, num vector de expressão, para que a informação possa ser traduzida, necessitamos
de:
- Promotor para a RNA polimerase;
- Sequência de terminação para a RNA polimerase;
- Um terminador da transcrição a jusante da sequência codificante para evitar a formação de
mRNA demasiado longo;
- Codões stop para os ribossomas (para a terminação da tradução);
- Sequência indicadora da ancoragem ao ribossoma, designada de Shine-Dalgarno, que garante
uma ligação efectiva do mRNA ao ribossoma onde se dá a tradução garantindo que o processo
se dê eficientemente e que a expressão do gene clonado não fique limitada ao nível da
tradução;
- O codão de iniciação ATG que inicia a transcrição da maioria dos genes dos procariotas.
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Vectores de expressão
têm todas as informações para transcreverem têm todas as informações para traduzirem
O que clonamos tem de conter todas as informações para a transcrição e para a tradução.
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Transcriptase reversa:
É capaz de ler mRNA e escrever DNA, o que permite fazer a cópia de mRNA para DNA. Este
DNA é designado de DNA cópia (cDNA), sendo clonado num vector com vista à expressão de
proteínas.
Nos eucariotas, o DNA original não pode ser utilizado, uma vez que este contém muito mais
informação do que aquela que é usada para expressar uma proteína.
NOTA: O DNA tem de ter zonas de encaixe para a DNA polimerase (tem de ter um promotor). O
RNA, por sua vez, tem de ter zonas de encaixe para o ribossoma.
Promotor
Forte Fraco
89 BIOLOGIA MOLECULAR
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Promotores artificiais:
São fortes tacI e tacII, que resultam da fusão da região -35 do promotor do operão do
triptofano com a região -10 do promotor do operão lac de E. coli. O interesse destes
promotores artificiais é que promove muito mais eficazmente (cerca de 10 vezes mais) a
transcrição de qualquer gene colocado do que os promotores naturais em que estão
originalmente.
Eucariotas:
- Pontes dissulfeto;
- Modificações pós-traducionais diversas;
90 BIOLOGIA MOLECULAR
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- Glicosilação;
- Secreção para o meio extracelular.
91 BIOLOGIA MOLECULAR
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Insulina
Diabetes tipo I:
Não podemos controlar, porque é o desaparecimento da produção de insulina por parte do
pâncreas.
92 BIOLOGIA MOLECULAR
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Função da insulina:
Na tentativa de encontrar a capacidade de produção da insulina humana, esta passou pela
produção de insulina de animais compatíveis, sendo que o primeiro animal a ser estudado foi o
bovino, no entanto a insulina produzida por este dava origem a várias alterações no organismo
humano.
Depois, chegou-se à conclusão de que, imunologicamente, o animal mais próximo do ser
humano era o porco, sendo que o nosso sistema imunitário reconhece a insulina produzida
pelo porco e não a rejeita.
A insulina suína possui apenas uma troca de um aminoácido, isto é, tem uma alanina em vez
de uma treonina. O nosso sistema vê essa alteração e reconhece que não é nossa, no entanto
como a diferença é pouca não faz mal.
A insulina é produzida como uma pro-insulina, não sendo, por isso, activa. Quando a insulina é
produzida contém 1 polipeptídeo que liga as 2 cadeias, só depois para ser activa há a remoção
desse polipeptídeo, fazendo com que as 2 cadeias sejam ligadas por pontes dissulfeto.
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Links
http://www.youtube.com/watch?v=3offBO3sweg
http://www.youtube.com/watch?v=teV62zrm2P0
http://highered.mcgraw-
hill.com/olcweb/cgi/pluginpop.cgi?it=swf::535::535::/sites/dl/free/0072437316/120076/micro
04.swf::DNA%20Replication%20Fork
http://www.youtube.com/watch?v=JRAA4C2OPwg&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=_zxr-52KwKo&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=YdfDEugbar8
http://www.youtube.com/watch?v=2xMhfdeeU8Y
http://www.youtube.com/watch?v=1Q-_qgCtk3c&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=zfvihIzYyAc&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=Mn6DivNYu8U&feature=related
http://www.youtube.com/watch?v=oYpllbI0qF8
http://highered.mcgraw-hill.com/sites/9834092339/student_view0/chapter16/animation_-
_exon_shuffling.html
http://www.youtube.com/watch?feature=endscreen&NR=1&v=2gT1eAcK7T8
http://pathmicro.med.sc.edu/portuguese/chapter_9_bp.htm
http://www.youtube.com/watch?v=oBwtxdI1zvk
http://www.youtube.com/watch?v=eYrQ0EhVCYA
http://www.youtube.com/watch?v=vi-zWoobt_Q
http://www.youtube.com/watch?v=LfDYGanMi6Q
http://www.youtube.com/watch?v=u38LjCOvDZU
The End!
Now you can read it again. xD
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