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A forma do DNA descrita acima é chamada de DNA-B, que se acredita ser a principal
forma existente na natureza. Entretanto, outras estruturas secundarias podem ocorrer
dependendo das condições, como a natureza do íon positivo associado ao DNA e a sequencia
de bases especificas. Uma das outras formas é o DNA-A, que tem 11 pares de bases para cada
volta da hélice. Seus pares não são perpendiculares ao eixo da hélice, mas ficam posicionados
em um ângulo de cerca de 20˚ em relação ao eixo da hélice. Uma importante característica
compartilhada pelo DNA-A e DNA-B é que ambos possuem a hélice enrolada para a direita.
Importante salientar que híbridos de DNA:RNA podem adotar a formação A porque a 2`-
hidroxila na ribose impede que uma hélice de RNA adote a forma B; híbridos de RNA:RNA
também podem ser encontrados na forma A. Outra forma variante da dupla hélice é o DNA-Z,
que possui a hélice enrolada para a esquerda. Ocorre normalmente sob certas circunstâncias,
especialmente quando há uma sequência alternada de purina-pirimidina. É possível que os
DNA-Z desempenhem um papel na regulação do gene.
As principais proteínas da cromatina são as histonas, das quais existem cinco tipos
mais importantes, chamados H1, H2A, H2B, H3 e H4. Todas essas proteínas contem grandes
números de resíduos básicos, como lisina e arginina. Na estrutura da cromatina, o DNA está
firmemente ligado a todos os tipos de histonas, exceto H1. A proteína H1 é comparativamente
mais fácil de remover da cromatina, mas dissociar as outras histonas do complexo é mais
difícil. Outras proteínas além das histonas também formam complexo com o DNA dos
eucariotos.
Desnaturação do DNA:
As ligações de hidrogênio entre os pares de base são um fator importante para manter
a estrutura do da dupla-hélice. A quantidade de energia de estabilização associada as ligações
de hidrogênio mantem as duas cadeias de polinucleotideos no alinhamento correto. Além
disso, o empilhamento das bases na conformação nativa do DNA contribui com a maior parte
de energia de estabilização. Assim, deve ser acrescentada uma energia suficiente a uma
amostra de DNA para romper as ligações de hidrogênio e as interações do empilhamento.
Normalmente, isso é feito por meio de aquecimento do DNA em solução.
Tips-técnicas: a desnaturação do DNa por calor, também chamada de fusão, pode ser
monitorada experimentalmente observando-se a absorção de luz no ultravioleta. As bases
absorvem luz em um comprimento de onde de 260 nm. Quando o DNA é aquecido as fitas se
separam, o comprimento de absorção não muda, mas a quantidade de luz absorvida aumenta.
Este efeito é chamado de hipercromicidade, e baseia-se no fato de que as bases, que estão
empilhadas umas sobre as outras no DNA nativo, desempilham-se quando o DNA é
desnaturado. Como as bases interagem de modo diferente nas orientações empilhadas e não
empilhadas, sua absorbância muda.
A desnaturação por aquecimento é uma maneira de se obter DNA de fita simples, que
tem muitos usos, como por exemplo, determinar a sequência do DNA.
Os seis tipos de RNA acima desempenham um papel importante nos processos vitai da
célula. Os vários tipos de RNA participam da síntese de proteínas em uma serie de reações
controladas pela sequencia de bases do DNA da célula. As sequencias de bases de todos os
tipos de RNA são determinadas pelo DNA. O processo por meio do qual a ordem das bases
passa do DNA para o RNA é chamado transcrição.
RNA de transferência: Tipos diferentes de tRNA podem ser encontrados em cada célula
viva porque pelo menos um tRNA se liga especificamente a cada aminoácido que ocorre nas
proteínas. Normalmente, há varias moléculas de tRNA para cada aminoácido. Um tRNA é uma
cadeia de polinucleotideos de fita simples, entre 73 e 94 resíduos de nucleotídeos (cerca de 25
KDa).
No tRNA ocorrem ligações de hidrogênio intramoleculares formando pares de bases A-
U e G-C similares aos que ocorrem no DNA, exceto pela substituição da timina pela uracila. As
duplas-hélices formadas tem a forma helicoidal A, em vez de B, que é a forma predominante
no DNA. A molécula pode ser desenhada como uma estrutura de folha em trevo, que pode ser
considerada a estrutura secundaria do RNA. As porções com ligações de hidrogênio e que
compõe as hélices são chamadas de hastes, e as porções ondes não ocorres essas ligações são
chamadas de alças. Algumas destas alças contem bases modificadas. Durante a síntese
proteica, tanto o tRNA quanto o mRNA são ligados ao ribossomo em um arranjo espacial
definido que, por fim, garante a ordem correta dos aminoácidos na cadeia polipeptídica de em
crescimento.
Após o RNAt ser transcrito a partir do DNA, uma enzima especifica, a ATP(CTP):tRNA
nucleotrasferase adiciona uma sequencia CCA à extremidade 3`. Esta etapa é necessária antes
da ligação do aminoácido correto ao tRNA. Esta enzima exerce um papel de controle de
qualidade do tRNA, se existe algum defeito no tRNA a enzima adiciona um CCACCA na
extremidade 3`ativando um caminho de decaimento rápido da molécula de tRNA.
A automontagem dos ribossomos ocorre na célula viva, mas o processo pode ser
reproduzido em laboratório.
Resumo:
Os seis tipos de RNA -RNA trasportador (tRNA), RNA ribossômico (rRNA), RNA
mensageiro (mRNA), RNA nuclear pequeno (snRNA), micro RNA (miRNA) e RNA curto
interferente (siRNA)- diferem em estrutura e função.