Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura

e Economia Criativa, e Santa Marcelina Cultura apresentam

O RQ U ESTRA
D OTH EA TRO
SÃ O PED RO

W s m «

PAULO ZUBEN
direção artística SAULO JAVAN, Bruschino (pai)
RICARDO APPEZZATO SAVIO SPERANDIO, Gaudenzio
gestão artística LINA MENDES, Sofia
DANIEL UMBELINO, Florville
FERNANDA NAGASHIMA, Mariana
CLÁUDIO CRUZ GUSTAVO LASSEN, Filiberto
direção musical FELLIPE OLIVEIRA, Delegado de polícia
CAETANO VILELA EDUARDO 3AVIER GUTIÉRREZ, Bruschino (filho)
encenação e iluminação
DUDA ARRUK
cenografia
GABRIEL VILLELA 3, 4, 5, 8, 9, 10, 11 e 12 de dezembro
figurino e visagismo Quarta a Sá ba do às 20h | Domingo às 17h

R$80 (INTEIRA) a R$10 (MEIA)

R. Barra Funda, 171 - Barra Funda - São Paulo/ SP www.theatrosaopedro.byinti.com/ #/ ticket

ppALI
/ ZAÇAO

SANTA •
MARCEL/ NA
T H E A T RO
SÃ O P E D R O
S Ã O PAULO
ORGANZ
IAÇÃO SOCIAL OE CULTURA GOVERNO DO ESTADO
| Secretaria de Cultura e Economia Criativa
• EDITORIAL

Prezada leitor a, prezado leitor,

A Revista CONCERTO se junta à comunidade musical
inter nacional para lamentar a morte de Nelson Fr eir e, um dos
maiores músicos de nosso tempo. A notícia gerou comoção
no mundo inteir o, com múltiplas homenagens dos maiores
artistas e orquestras. Na Revista CONCERTO, tivemos o prazer
e a honr a de acompanhar de perto as atividades artísticas
de Nelson Freire nos últimos 2 5 anos. Não restam dúvidas
de que ele e sua arte nos apr oximar am da essência de nossa
humanidade. Na pr óxima página, publicamos o artigo que
Ir ineu Franco Perpetuo redigiu para o Site CONCERTO no dia
em que Nelson Freire mor r eu.

A jornalista Luciana Medeiros preparou a matéria de capa

desta edição da Revista CONCERTO, que apresenta quatro
iniciativas estruturantes do setor clássico. São programas
que, ao investir em na formação das novas ger ações, visam
o futuro: os ateliês de ópera do Theatro São Pedro de São
Paulo e da Fundação Clóvis Salgado em Belo Horizonte - os
resultados deste último serão apresentados publicamente neste
mês - , a Academia de Óper a do Sinos e o Programa Gestores
desenvolvido pela Sala Cecília Meir eles.
Para a seção Em conversa, a jornalista Camila Fresca
entrevistou a pianista Juliana Steinbach. Nascida em João Homenagem a Nelson Freire
Pessoa, mas crescida e radicada na Fr ança, Juliana conta de sua
trajetória e das apresentações que faz neste mês no Brasil - ela
Contraponto
será solista da Filarmónica de Minas Gerais e participará de As notícias do mundo musical
recitais na Sala Cecília Meir eles e da programação de fim de
ano de Ver melhos, em Ilhabela. Temporadas 2022
Como todos os meses, o Roteiro Musical ilustrado da Conheça a programação da Filarmónica de Minas Gerais
Revista CONCERTO reúne e divulga as apresentações clássicas
Atrás da Pauta
das principais cidades do país. Na seção Palco, o editor executivo
João Luiz Sampaio escreve sobre a ópera II signor Bruschino, Júlio Medaglia escreve sobre o pianista Roberto Szidon
de Rossini, que será montada no Theatro São Pedro, e a seção
Repertório enfoca as três últimas sinfonias de Mozar t, que estão
Em Conversa
na agenda deste mês da Osesp. O violoncelista Fabio Presgrave, Entrevista com a pianista Juliana Steinbach, por Camila Fresca
que será solista da Orquestra Jovem do Estado na Sala São Paulo, é
entrevistado por Irineu Franco Perpetuo na seção Fermata. Notas Soltas
Não deixe de ler também os artigos dos colunistas João Cheiro de rato, por Jorge Coli
Marcos Coelho, Jorge Coli e Júlio Medaglia. Acompanhe a Palco
Revista CONCERTO e participe da temporada musical.
Theatro São Pedro de São Paulo apresenta a ópera
Desejamos Boas Festas, com saúde, paz e boa música! / / signor Bruschino, de Rossini, por João Luiz Sampaio
Nelson Rubens Kunze Música viva
diretor-editor Amazónia Centro do Mundo, por João Marcos Coelho

COLABORARAM NESTA E D I Ç Ã O
Camila Fresca, jornalista
e pesquisadora
Irineu Franco Perpetuo, jornalista
e crítico musical
Jo ã o Luiz Sampaio, jornalista
e crítico musical
Jo ã o Marcos Coelho, jornalista
e crítico musical
Jorge Coli, professor e crítico
Júlio Medaglia, maestro
Luciana Medeiros, jornalista
FOTO: DIVULGAÇÃO / (RIS ZANETTI
Capa
Palácio das Artes, Theatro São Pedro, Projeto Sinos e Sala Cecília
Meireles criam iniciativas para a formação de libretistas,
compositores e gestores, por Luciana Medeiros
Repertório
As últimas três sinfonias de Mozar t, por Ir ineu Franco Perpetuo
Roteiro Musical São Paulo
Roteiro Musical Brasil
Roteiro Musical On-line
Outros Eventos
Lançamentos de CDs e Livros
Consulte os lançamentos e os títulos à venda
Fermata
O violoncelista Fabio Presgrave, por Irineu Franco Perpetuo
Dezembro 2021 CONCERTO 1
 Sensibilidade suprema, sonoridade
nigualável, paleta de cores inesgotável
Nelson Freire está morto. E é difícil ainda acreditar, quanto mais aquilatar, em palavras,
o tamanho dessa perda para o meio musical brasileiro
Por Irineu Franco Perpetuo
A segunda-feira de I o de novembro amanheceu cinzen-
ta e em clima de total consternação. Nelson Freire
morreu. Nelson não era apenas nosso principal pianista,
paradigma de excelência e fonte inesgotável de inspiração
para todos os nossos profissionais do teclado. Ele era nosso
maior artista nessa área que chamamos de música clássica,
erudita, ou de concerto. Em certo sentido, ele desmentia
seu xar á, outro Nelson genial, o Rodrigues, que dizia que
toda unanimidade é burra. Nelson Freire era uma unanimi-
dade para lá de inteligente.
Se algo consola nessa notícia tão triste a respeito do
Nelson Freire é saber que ele não morreu relegado ao es-
quecimento, como é tão comum neste país sem memória.
Pelo contrário: qualquer um que tenha entrado nas redes
sociais em 18 de outubro, quando ele completou 77 anos,
pôde averiguar o carinho global com que fãs e admiradores
de todo o planeta saudavam seu talento supremo.
Dado o caráter sempre introspectivo do Nelson - aves-
so a toda badalação, sem jamais ter se rendido ao mundo
da internet (e quem poderia imaginá-lo fazendo posts em
uma rede qualquer?) - , isso poderia ter sido diferente. Até
o final da década de 1990, não era incomum, na impren-
sa internacional, vê-lo referido como "o segredo mais bem
guardado do piano".
Os especialistas, obviamente, conheciam seus discos
fulgurantes das décadas de 1960 e 1970, quer com a Filar-
mónica de Munique, regida por Rudolf Kempe, quer com
os álbuns solo (como os prelúdios de Chopin). E também se
deleitavam com a química especialíssima que operava cada
vez que ele subia ao palco com sua amiga de juventude, a
maga Martha Argerich - um encontro sempre especial e
avassalador, uma matemática em que 1 +1 dava um resulta-
do maior do que um milhão.
Mas o ponto de virada foi sua inclusão em Great Pia-
nists of the XX"1 Century, coleção de duzentos CDs com
72 artistas, lançada em 1999 pela Philips Records, com o
patrocínio da Steinway. Freire foi o único brasileiro presen-
te, e isso equivaleu a uma reinserção no mercado interna-
cional. Como se todas as fichas caíssem ao mesmo tempo,
como se o mundo finalmente abrisse os ouvidos para uma
mensagem musical que Freire tocava com o apuro de sem-
pre, mas sem jamais berrar nos megafones da mídia.
Em 2 0 0 3 , ele assinou um contrato de exclusividade
com a Decca, e desde então, diligentemente, veio gravan-
do repertório inteiramente de sua escolha - pensando no
legado, como ele me disse certa vez. No mesmo ano, veio
o documentário Nelson Freire, de João Moreira Salles - na
tela do cinema, um público mais amplo finalmente pôde
ter uma ideia do gigantesco artista que vivia entre nós, en-
quanto seus fãs tiveram a chance de conhecer um pouco
da intimidade desse pianista tão discreto e reservado, que
preferia deixar a arte falar por si.
Se pudesse escolher, o próprio Nelson teria incluído na
edição da Philips a pianista Guiomar Novaes, sua mentora
estética, referência maior, que ele homenageava em quase
toda apresentação ao tocar a transcrição de Giovanni Sgam-
bati (1841-1914) para piano solo da célebre melodia para
flauta da ópera Orfeu e Eurídice, de Christoph Willibald
von Gluck (1714-1787).
E talvez o encanto do pianismo de Freire residisse jus-
tamente aí - em ele ter sido uma ligação entre os tempos de
hoje e a assim chamada "era dourada" do piano, em ele soar
como uma continuidade estética daquela época, como uma
floração tardia de uma safra de poetas do teclado. Não por
acaso, alguns dos maiores expoentes das novas gerações do
piano, como Yuja Wang e Cristian Budu, peregrinavam até
ele atrás de conselhos. E o regente Valery Gergiev compara-
va-o a uma lenda do piano russo como Emil Gilels.
Associamos Nelson Freire mais ao repertório do sé-
culo XIX, e, efetivamente, ele parecia extremamente
à vontade na grande arquitetura beethoveniana, na in-
trospecção de Brahms (como não amar sua gravação dos
concertos?), nas tempestades internas de Schumann,
nos arroubos de virtuosidade de Liszt e, sobretudo, na
poesia de Chopin, do qual ele possivelmente tenha sido o
maior intérprete que já tivemos. Mas era possível ouvi-lo
também emprestar um toque refinado a Bach e a Mozar t,
explorar as sugestões sonoras de Debussy, extravasar o
sentimentalismo de Rachmaninov, embrenhar-se nas flo-
restas de Villa-Lobos.
Dotado de enorme integridade artística, Nelson Freire
só tocava o que queria tocar e, a isso, emprestava todo seu
imenso bom gosto e exuberância técnica superlativa. O
ato de tocar, para Freire, parecia tão natural e espontâneo
que não nos dávamos conta de sua versatilidade. Para lá de
completo, ele era ourives meticuloso nas miniaturas, herói
épico nos concertos com orquestra, intelectual sofisticado
nas sonatas. Vamos sentir muita falta de sua sensibilidade
suprema, de sua sonoridade inigualável, de sua paleta de
cores inesgotável e, sobretudo, de poder cobri-lo de bra-
vos e aplausos. Será triste nunca mais poder pedir um bis a
Nelson Freire. 4
Dezembro 2021 CONCERTO

Cursos C L Á S S I C O S
Preço especial pandemia: RS 120,00
(4 aulas de l,5h)
Local do curso: Sala digital zoom
Os participantes receberão um link
por e-mail para acessar a sala de aula.
A sala abrirá 10 minutos antes do inicio do curso.
Informações e inscrições:
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(Programação sujeita a alterações -
Vagas limitadas)
(A realização do curso está condicionada
a um número mínimo de inscrições.)
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C ONC ERTO
Guia mensal de música clássica
www.concerto.com.br
DEZEMBRO DE 2021
Ano XXVII - Número 289
Periodicidade mensal - ISSN 1413-2052
diretor-editor
Nelson Rubens Kunze (MTb-32719)
editor executivo
João Luiz Sampaio
coordenação editorial
Cornelia Rosenthal
coordenação de produção
Vanessa Solis da Silva
revisão Carolina Hidalgo Castelani
editoração e produção
Lume Artes Gráficas / Guilherme Lukesic
execução financeira
Mirian Maruyama Croce
apoio de produção
Priscila Martins
4 Dezembro 2021 CONCERTO
PROGRAMAÇÃO DE DEZEMBRO DE 2021
A CANÇÃO BRASILEIRA: DA AMADEUS, O CURSO
MODINHA À BOSSA NOVA Por Irineu Franco Perpetuo,
on-line
Por Camila Fresca, jornalista e pesquisadora jornalista e critico musical
Uma investigação sobre a canção brasileira, Panorâmica da vida e obra de Mozart,
da modinha à bossa-nova, passando pelo abordando a vida do compositor e suas obras-
lundu, pela chula e por autores como Villa- -primas, como os concertos para piano, as
-Lobos, Camargo Guarnieri e Cláudio Santoro óperas, o Réquiem e suas últimas sinfonias.
• Dias 30 de novembro, I o , 2 e 3 de dezembro, • Dias 7, 8,9 e 10 de dezembro, das l l h às 12h30
das l l h às 12h30
O CABARÉ BERLINENSE
A MÚSICA DE NATAL Por João Marcos Coelho,
jornalista e crítico musical
Por André Rodrigo, maestro
O curso vai abordar a música durante a
Do canto gregoriano às canções natalinas do
República de Weimar, na Alemanha dos anos
século XX, o curso vai mostrar como a música
1920, relembrando autores como Kurt Weill,
se relacionou com a temática da festa cristã.
Bertoli Brecht, Hans Eisler e Hindemith
• Dias 30 de novembro, Io, 2 e 3 de dezembro,
das 19h às 20h30 • Dias 7,8,9 e 10 de dezembro, das I9h às 20h30
Consulte mais detalhes em www.concerto.com.br/ cursos
Datas e programações de concertos são fornecidas
pelas próprias entidades promotoras, não nos
cabendo responsabilidade por alterações
e/ ou incorreções de informações.
Clássicos Editorial Ltda.
Inserções de eventos são gratuitas e devem ser
enviadas à redação até o dia 10 do mês anterior ao Nelson Rubens Kunze (diretor)
da edição pelo e-mail: concerto@concerto.com.br. Cornelia Rosenthal
Mirian Maruyama Croce
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8MF Gráfica e Editora sem a prévia autorização.
PATRIA AMADA
SAOmULO SECRETARIA ESPECIAL DA
CULTURA
MINISTÉRIO DA
CIDADANIA BRASIL
GOVERNO DO ESTADO GOVE RNO FEDERAL
 Para que todas as atividades educacionais, culturais e assistenciais sejam realizadas
anualmente, a contribuição de doadores individuais e de empresas socialmente
responsáveis é essencial. Orquestra Sinfónica
Heliópolis
Neste último mês do ano de 2021, nosso agradecimento se dá por todas as Edilson Ventureli (r egência)
atividades e eventos que puderam ser realizados e por podermos presenciar
&
diariamente o desenvolvimento dos alunos que têm no Instituto Baccarelli uma
oportunidade para sonharem seus sonhos, descobrirem seus potenciais e, claro,
SylviaThereza
(piano)
para transformarem suas realidades, de suas famílias e de sua comunidade.

Por meio de um importante contrato com a Secretaria de Educação do 0 5 DEZ

município de São Paulo e das leis de incentivo à Cultura - federal e estadual
DOM1 7 H
- que nos permitem selar importante parcerias com empresas, seguimos
oferecendo aulas de ensino musical e mantendo vivos os corais e
orquestras de Heliópolis, que transcendem o aprendizado e levam
programação musical de qualidade a milhares de pessoas,
colaborando para a ampliação da democratização cultural
no país.

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SÃO PAULO
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G O V E R N O D O E S TA D O
SECRETARIA ESPECIAL DA
CULTURA
MINISTÉRIO DA
CIDADANIA BRASIL
GOVERNO FEDERAL
• CONTRAPONTO
' Ópera em pauta' estabelece
importantes articulações com Festival une música e arquitetura no Rio
a esfera pública
Ocorreu na segunda-feira, dia 25 de outubro, no Theatro
Municipal de Sã o Paulo, o segundo encontro " Ópe ra em
pauta" , agora realizado pelo F ó ru m Brasileiro de Óp e ra ,
Da nça e Músi ca de concerto (F ó ru m ODM). 0 evento reuniu
autoridades da esfera federal, estadual e municipal. A l é m
de debater sobre os desafios e as perspectivas para o
fortalecimento da i ndúst ri a da óp e ra , o encontro discutiu
q ue st õe s relacionadas à identidade e à i ncl usã o.
Contando com a pa rt i ci pa çã o de vá ri os dirigentes do setor
públ i co, o evento possibilitou importantes a rt i cul a çõe s com
destacadas autoridades da esfera federal (Funarte), estadual
(F ó ru m nacional dos se cre t á ri os estaduais de cultura) e
municipal (F ó ru m nacional de se cre t á ri os e gestores de cultura
de muni c í p i os).
A abertura do " Ópe ra em pauta" deu-se com duas falas:
inicialmente, a da se cre t á ri a municipal de cultura, Aline
Torres, e, na se q uê nc i a , de Andrea Caruso Saturnino, diretora
geral do Theatro Municipal de Sã o Paulo.
Entreo os palestrantes estavam autoridades como Tamoio
Athayde Marcondes (presidente da Funarte), Fa brício Noronha
(presidente do F ó ru m Nacional de Se cre t á ri os e Dirigentes
Estaduais de Cultura e se cre t á ri o estadual de Cultura e
Economia Criativa do Espírito Santo), Marcos Apolo Muniz de
Ara új o (se cre t á ri o de estado da Cultura e Economia Criativa
do Amazonas e vice-presidente do F ó ru m Nacional de
Se cre t á ri os), Isabela Pessotti (se cre t á ri a de Cultura de Ri be i rã o
Preto e vice-presidente do F ó ru m Nacional de Se cre t á ri os e
Gestores de Cultura das Capitais e Muni cí pi os Associados) e
José Roque de Freitas (se cre t á ri o de Cultura e vice-prefeito de
Guarulhos). Entre os representantes do F ó ru m ODM estavam
Joã o Guilherme Ripper, Flavia Furtado, An d ré Heller-Lopes,
Priscila Bomftm, Mere de Oliveira, Ricardo Appezatto, An d ré
Cardoso e Luciana Salles, entre outros.
Em re uni ã o fechada com as autoridades presentes, o F ó ru m
ODM propôs diversas a çõe s que possam ser implementadas
para o desenvolvimento do setor, como a cri a çã o de cadastros
dos organismos a rtísticos e artistas independentes (para a
e l a b ora çã o de política s públ i ca s), estabelecimento de Fundos
Municipais de Cultura e incentivo à cri a çã o de corpos a rtísticos.
Na oportunidade, o F ó ru m t a m b é m defendeu a re vo ga ç ã o do
Decreto 10.775 de 2 0 2 1 , que enfraquece a CNIC e exclui da Lei
Rouanet orquestras e teatros que pleiteiam projetos anuais ou
plurianuais para sua ma n u t e n ç ã o .
Leia mais sobre o " Ópe ra e pauta" no Site CONCERTO (www.
concerto.com.br).
6 Dezembro 2021 CONCERTO
Vencedor do Concurso Chopin toca no Brasil
0 pianista canadense Bruce Liu, primeiro p ré mi o do 18° Concurso Internacional
de Piano Lré dé ri c Chopin, realizado na Pol óni a , e m outubro, fa rá uma breve
t urnê pelo Brasil este mê s. Os programas trazem apenas obras do compositor.
Ele abre a via gem no dia 12 de dezembro, quando toca com a Orquestra
Si nfóni ca Brasileira e o maestro Roberto Ti bi ri çá , na Sala Cecília Meireles.
O programa c o me ç a com pe ça s como as Mazurkas op. 33 e, em seguida,
se rá apresentado o Concerto para piano n° 1.
No dia 14, Liu sobe ao palco da Sala Sã o Paulo para recital no qual vai
interpretar o Scherzo n" 4 op. 54, a Sonata n°2 op. 35 e as Variações op. 2. E,
no dia 16, o mesmo programa se rá apresentado no Teatro Poupex, em Bra sília .
Liu, de 24 anos, estudou no Conse rva t óri o de Montreal e atualmente é aluno
de Dang Thai Son. 0 pianista j á se apresentou com grupos como a Orquestra
de Cleveland, a F i l a rmóni ca de Israel e a Si nfóni ca de Montreal, a l é m de j á
ter realizado t urnê s pela Rússia e pela China.
LOGOTIPO DO SITE CONCERTO: Relembre as provas finais do Concurso Chopin no
Di á ri o de Va rsóvi a , escrito por Irineu Franco Perpetuo
Entre os dias 10 e 21 de dezembro, cinco concertos vã o celebrar a riqueza
a rq ui t e t ôni ca do Rio de Janeiro, com artistas se dividindo por diferentes palcos
da cidade. Todas as a p re se nt a ç õe s se rã o precedidas de palestras.
Com di re çã o a rtística de Pablo Castellar, o Festival Interativo de Músi ca e
Arquitetura tem como objetivo difundir " nosso p a t ri mô n i o imaterial musical,
como t a m b é m sensibilizar o públ i co ao p a t ri mô n i o hi st óri co-cul t ura l material
dos e spa ços que se rã o utilizados" .
A p rogra ma ç ã o é composta por músi ca de diferentes estilos e é poca s: recital da
soprano Ma rília Vargas no Real Gabinete Port uguê s de Leitura (dia 10); recital
do violonista Luís Leite, no Sítio Roberto Burle Marx (dia 11); a p re se nt a çã o do
cravista Bruno Procópi o na igreja de Nossa Senhora da Glória do Outeiro (dia 1 5 );
duo formado por Eliane Coelho e Gustavo Carvalho no Parque Lage (dia 19); e
a Orquestra Sinfónica de Barra Mansa na Igreja de Nossa Senhora do Carmo da
Antiga Sé (dia 2 1 ). Consulte a p rogra ma ç ã o em www.fima.art.br.
Morreu o maestro Leonardo David
O maestro Leonardo David, ex-regente da Camerata Sesi do Espírito Santo
e ex-regente adjunto da Orquestra Sinfónica do Espírito Santo, morreu no
úl t i mo dia 6 de novembro, aos 43 anos. 0 maestro, que mora em Vi t óri a ,
estava no Rio de Janeiro e sofreu um infarto fulminante.
Leonardo David iniciou-se cedo na músi ca , graduando-se bacharel em
violino. Mais tarde estudou re gê nci a com o maestro Isaac Karabtchevsky e,
em 2019, concluiu o mestrado na Escola de Músi ca da UFRJ.
O maestro foi regente titular da Camerata Sesi por mais de 10 anos,
pe rí odo em que o conjunto ganhou proj e çã o nacional. Em 2020, foi alvo de
de núnci a s de a ssé di o moral e sexual, em parte a nóni ma s, que levaram a
uma campanha de d i f a ma çã o nas redes sociais. Acabou demitido do Sesi e
da f unçã o de regente adjunto da Orquestra Sinfónica do Espírito Santo.
Leonardo David vivia uma nova fase e estava animado. Por falta de provas,
o processo e n t ã o instaurado no
Mi ni st é ri o Públ i co havia sido arquivado
e o processo disciplinar, aberto no
estado, caminhava no mesmo sentido.
Com um grupo de e mp re sá ri o s havia
fundado recentemente a Sociedade
F i l a rmóni ca do Espírito Santo.
Em sua breve carreira, Leonardo David
regeu as si nfóni ca s do Paraguai, da
Bolívia e de El Salvador e, no Brasil,
as si nfóni ca s do Recife, da Pa ra í ba , de
Sergipe, da Bahia, de Porto Alegre e a
Sinfónica Hel i ópol i s, entre outras.
• TEMPORADAS 2022
Filarmónica de Minas Gerais anuncia temporada
com homenagens e artistas convidados
Entre os destaques estão séries dedicadas a compositores como lannis Xenakis, Lorenzo
Fernández, Francisco Mignone e Felix Mendelssohn, cujo oratório Elias será apresentado
A Orquestra Filarmónica de Minas Gerais lançou em 10
de novembro sua temporada de concertos para o ano de
2 0 2 2 . A instituição retoma todas as suas séries - Presto, Veloce,
Allegro, Vivace e Fora de Série - e aposta na normalização da
situação sanitária.
"A temporada de 2 0 2 2 foi desenhada a partir de um
conceito relativo ao r ecomeço, ao r enascimento, ao retor-
no a uma normalidade per dida, que, felizmente, vemos cada
vez mais pr óximo de nós. Com a perspectiva de termos uma
orquestra completa no palco em 2 0 2 2 e solistas nacionais e
inter nacionais que possam voltar a desenvolver suas ativi-
dades sem inter r upções, constr uímos uma programação que
valor iza a troca de exper iências entre a ger ação de jovens
solistas inter nacionais, como a pianista Daniela Liebman, as
violoncelistas Danielle Akta e Mar ina Mar tins, o mais recente
vencedor do Concur so Rainha Elizabeth da Bélgica, o pianis-
ta francês Jonathan Four n el, e nomes consagrados, como Olli
Mustonen, Ar naldo Cohen, Vadim Glu zm an , Andr és Cár de-
nes e Philippe Qu in t ", explicou o maestro Fabio Mechetti,
diretor artístico da filarmónica, no programa de lançamento
transmitido pelo YouTube.
A programação vai celebrar uma série de efemérides liga-
das a compositores. Os centenários de Gilberto Mendes e lannis
Xenakis; os 125 anos de nascimento de Lorenzo Fernández,
Francisco Mignone e Er ich Korngold; os 150 anos de Alexander
Scriabin e Vaughan Williams; os 200 anos de César Fr anck; os
225 anos de Franz Schubert; os 125 anos de morte dejohannes
Brahms; e os 175 anos de morte de Felix Mendelssohn.
A temporada começa nos dias 10 e 11 de fevereiro, com
Fabio Mechetti e Fabio Zanon e uma homenagem ao centenário
da Semana de Arte Moderna (no programa, obras de Villa-Lobos,
Mignone e Carlos Gomes). Nos dias 17 e 18, Eduardo Monteiro
sola no Concerto n"2 de Mendelssohn, em programa que tem
ainda a Abertura brasileira de Edino Krieger e Carlos Gomes.
Em mar ço, Luisa Francesconi canta as Noites de verão, de
Berlioz, com regência de José Soares. Promovido para regente
associado da filarmónica, Soares também comando outros dois
programas no mês: no primeiro, Ronaldo Rolim toca o Concerto
em sol maior de Raveljno segundo, Fabio Martino sola no Con-
certo para piano n°2 de Guar nier i.
Abr il começa com Mechetti, o pianista Lucas Thomazi-
nho e obras de Debussy, Franck e Elgar. Em seguida, também
com Mechetti, Randal Goosby sola no Concerto para violino
de Mendelssohn (o programa tem ainda Ponteio, de Gilberto
Mendes). Encerrando o mês, o pianista Olli Mustonen apresenta
um programa com obras suas, de Mozart, Sibelius e Hindemith,
atuando como regente e solista.
Em maio, a pianista Daniela Liebman toca o Concerto
n"22 de Mozart (Mechetti rege ainda a Sinfonietta de Poulenc
e Manfred, de Schumann). E o violoncelista Leonardo Altino
interpreta a Sinfonia concertante de Prokofiev.
Outro violoncelista abre o mês de junho: Matias de Oli-
veir a Pinto, brasileiro radicado na Alemanha, toca o Concerto
n° I de Kabalevsky, em programa que terá ainda Tarás Bulba,
de Jan ácek, e Die Ideale, de Liszt. Também em junho, Con-
rad van Alphen rege apresentações com o Concerto para
violino de Korngold (solos de Philippe Qu in t ) . E Mechetti
se une a um time de solistas que inclui a soprano Mar ly Mon-
toni, a contralto Kismara Pessati, o tenor Daniel Umbelino
e o barítono Paulo Szot para interpretar o oratório Elias,
de Felix Mendelssohn.
A programação do segundo semestre começa, em julho,
com a violoncelista Danielle Akta, interpretando o Concerto de
Schumann, em programa que tem também Poema do êxtase,
de Scriabin. Em seguida, Arnaldo Cohen toca o Concerto n" 1
de Mendelssohn e a Rapsódia sobre um tema de Paganini, de
Rachmaninov. E Leonardo Hilsdorf é o solista no Choro para
piano e orquestra de Camargo Guar nier i.
Em agosto, a filarmónica recebe a regente JoAnn Falletta,
que rege peças de Barber, Mignone (o Concertino para clarinete,
com solos de Jonatas Bueno) e Elgar. E, na semana seguinte, o
grupo terá como convidada a jovem violoncelista Marina Mar-
tins, que toca o Concerto de Cláudio Santoro, sob regência de
Vladimir Kulenovic.
Setembro tem três importantes solistas: Jean Louis Steuer-
man toca as Bachianas brasileiras n" 3, de Villa-Lobos; Vadim
Gluzman, o Concerto para violino de Brahms; e Clélia Ir uzun,
o Concerto para piano de Francisco Mignone (todas as apresen-
tações serão regidas por Mechetti).
Em outubro, e novamente com o titular Fabio Mechetti, o
duo formado por Celina Szrvinsk e Miguel Rosselini interpreta o
Concerto para dois pianos de Mendelssohn; e Sónia Rubinsky
sola no Concerto para piano de Scriabin.
Quatro programas serão apresentados em novembro. No
primeiro, Simone Leitão toca o Momoprecoce, de Villa-Lobos;
no segundo, José Soares rege Br uckner , Vaughan Williams,
Almeida Prado e Messiaen; no ter ceir o, Marcelo Lehninger
rege e Jonathan Fournel será o solista, tocando o Concerto
para piano n°2 de Chopin; e, no quarto, Andr é Cár denes atua
como maestro e violinista em obras de Mendelssohn, Schubert
e Br ahms.
Rebonds B, de lannis Xenakis, abre a programação de
dezembro, com regência de Mechetti. O maestro comanda tam-
bém o encerramento da temporada, nos dias 15 e 16, com a
Sinfonia tropical, de Francisco Mignone, e a Sinfonia alpina, de
Richard Strauss. <
ASSINATURAS
Temporada 2022 - Filarmónica de Minas Gerais
Troca de assentos e/ ou séries para assinantes:
a té 12 de dezembro
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de 15 de dezembro de 2021 a 27 de janeiro de 2022
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Dezembro 2021 CONCERTO 7
• ATRÁS DA PAUTA Por Júlio Medaglia
Inesquecível Szidon
0 pianista gaúcho Roberto Szidon completaria 80 anos em 2021. Há 10 anos, contudo, nos deixava...
F há exatos 5 0 , em 1 9 7 1 , eu viajava para Munique para
... C trabalhar com ele, esse grande pianista brasileiro, a
Bachiana brasileira n°3, de Heitor Villa-Lobos, a qual gravarí-
amos em seguida com a orquestra sinfónica da rádio Siidwes-
tfunk, de Baden-Baden. No segundo pós-guerra, essa rádio havia
se transformado no epicentro das mais importantes correntes da
criação musical de todo o mundo. Todos os grandes composito-
res e maestros viajavam àquela idílica cidade para apresentar,
gravar suas obras e conviver com aquele verdadeiro laboratório
da chamada NeueMusik.
Roberto Szidon morava em um bairro afastado da capital da
Baviera, considerada a encruzilhada da Europa. A sua Stachus
Platz é tida como o ponto central do continente pelo fato de, nes-
se cruzamento, circularem ininterruptamente a maior quantida-
de de veículos da Europa vindos de todos os lados. Mas Szidon,
embora viajasse para concertos e recitais por toda a Europa, em
seus momentos de reclusão e estudos, queria mesmo era viver
solitariamente em uma extensa campina nos arredores de Muni-
que. No ponto central daquela paradisíaca paisagem verde havia
uma elevação e, no alto, um casarão isolado do mundo. Sua sala
central era vazia, tendo ao centro um piano Steinway de cauda
inteira onde o artista trabalhava suas interpretações.
Por ocasião desse nosso trabalho, ocorreu um fato curioso.
A direção da rádio Sudwestfunk havia planejado gravar conosco
outra obra de Villa-Lobos. Pouco tempo antes de iniciarmos os
trabalhos, porém, chegou a informação de que a obra escolhida
acabava de ser gravada por Yara Bernette com a sinfónica da
Rádio de Hamburgo. Como ambas as gravações, a nossa e a de
Bernette, seriam transmitidas nacionalmente no ano seguinte,
em homenagem aos 85 anos de nascimento de Villa-Lobos, opta-
mos então por gravar a Bachiana brasileira n°3. Providenciei os
materiais da obra e nessa minha ida à Munique levei a partitura
pianística para Szidon. Er a a primeira vez que eu trabalharia com
ele, e aí ocorreu o primeiro impacto positivo. Szidon, ao dedilhá-
l a ao piano à primeira vista, a executava com absoluta desen-
Roberto Szidon
8 Dezembro 2021 CONCERTO
voltura e perfeição. As indicações da partitura eram valorizadas
por ele com as características próprias do espírito da composição
e com brilho fora do comum, como se a tivesse trabalhado por
anos a fio - o que me deixou incrível e agradavelmente surpreso.
Em razão dessa gravação, tive a oportunidade de conviver
com Szidon por vários dias - em Munique e em Baden-Baden,
onde eu residia - e conhecer detalhes de sua vida pessoal e artís-
tica. Contou-me que teve sua formação ao instrumento com um
mestre alemão de nome Karl Faust, que teria deixado a Alema-
nha e residido em Porto Alegre no período da segunda grande
guerra. Nos anos de 1960, Faust voltou para a Alemanha, onde,
depois de algum tempo, tornou-se diretor de produção da maior
empresa de discos do país, a Deutsche Grammophon. Uma de
suas primeiras ações ao assumir esse cargo foi a de levar Roberto
Szidon para Hamburgo.
Antes disso, porém, Szidon já havia viajado para os Esta-
dos Unidos, estudado com Cláudio Arrau e vencido importantes
concursos para piano, entre eles o do quarto centenário da cida-
de do Rio de Janeiro.
Como primeira experiência na área do disco na Alema-
nha, por sugestão de Kar l Faust, ele registrou inúmeras obras
de Heitor Villa-Lobos, gravação essa que recebeu as melhores
críticas internacionalmente. Isso levou Faust a gravar imedia-
tamente outro LP com Szidon, com dois concertos para piano
e orquestra, o de George Ger shwin e o do compositor românti-
co americano Edwar d MacDowell, ambos com a Sinfónica de
Londres. O vigor e a originalidade de suas interpretações leva-
ram os produtores de discos a gravar com ele obras especiais
de autores como Scr iabin, Ives, Prokofiev, Bartók, Liszt e as
sonatas pouco conhecidas de Rachmaninov. Para surpresa ge-
r al, muitas dessas gravações se tornaram referências das obras
desses autores. Seus discos o tornaram conhecido internacio-
nalmente, o que impulsionou sua carreira de solista com as
mais importantes orquestras.
Mesmo tendo se transformado em um cidadão do mundo,
Roberto Szidon nunca abandonou o repertório da música de seu
país. Sua gravação Cem anos do piano brasileiro popularizou-
-se e dela faziam parte obras de Glauco Velásquez, Chiquinha
Gonzaga, Ernesto Nazareth, Joaquim Callado, Anacleto de
Medeiros, Francisco Mignone, Luiz Eça e outros. Excepcional,
porém, é sua gravação para a Deutsche Grammophon de um dis-
co inteiramente dedicado às obras de seu amigo e conterrâneo
Radamés Gnattali, um dos compositores brasileiros que melhor
escreveu para piano.
Apesar do vigor e brilho do pianismo de Szidon, que en-
frentou com galhardia obras másculas da literatura pianística,
ele nunca deixou de apresentar-se como sofisticado camerista.
Igualmente antológica é sua gravação dos dois ciclos de canções
de Robert Schumann, juntamente do mais importante cantor do
género, o baixo-barítono alemão Thomas Quasthoff.
Szidon faleceu em dezembro de 2 0 1 1 , há 10 anos, portan-
to, durante uma viagem de concertos pela Alemanha, na cidade
de Dusseldorf.
Seja pelo brilho excepcional de suas interpretações, seja
pela divulgação internacional do repertório brasileiro ou por sua
música de câmara, a contribuição para a música pianística inter-
nacional deixada por ele, seguramente, jamais será esquecida. *
M I N I S T É R I O D O T U R I S M O e P E TR O B R y
a p r e s e n t a m

Orquest ra Pet robras

Sinf ónica /
Pr o g r am ação d e d ezem b r o

ISAAC 1
K A R A B TC H E V S K Y,
regência

08/ 12 • 19h
Sala Cecília Meireles
SYLVIA THEREZA, piano

19/12 • 17h
Sala Cecília Meireles
CONCERTO DEFIM DE ANO

Sons da Prima vera

Concert o de Câmara ao ar livre

04/ 12 e 05/ 12 • llh \ .

Parque Lage ^ S, .

11/12 • llh
Museu Histórico Nacional

18/12 • llh
MAM-RJ
o r q u e s t r a

P E T R O B R A S

Em 2022, a Or q u est r a Pet r o b r as Si nf ó ni ca co m p l et a 50 an o s co m

t urnê especial. As co m em o r açõ es co m eçam co m concert os em Belo
Horizont e, Brasília, Curit iba e São Paulo, em janeiro e fevereiro, co m Iretor a r t í s t i c o
regência do maest ro Isaac Karabt chevsky. saac Karabtchevsky

PÁTRIA AMADA
P E T R O B R A S
SECRETARIA ESPECIAL DA
CULTURA
MINISTÉRIO DO
TURISMO B RAS I L
• EM CONVERSA

Redescobrind
o Brasil
Ent re vi st a com a pianista

Juliana Steinbach
Po r Ca m i l a Fr e s c a

I lustrando na pele o que significa o termo " caldeirão de culturas" , a pianista

I Juliana Steinbach está no Brasil para compromissos em São Paulo, Rio de Janeiro
e Belo Horizonte. A despeito do sobrenome alemão, Juliana nasceu em João Pessoa
e fala um " português meio afrancesado" , como ela mesma define. Tendo deixado o
Brasil com menos de 3 anos de idade, iniciou-se na música na infância e estudou nos
conservatórios de Lyon, Paris e na Juilliard School, além de ter aperfeiçoado-se
na Itália, em Israel e em Portugal. Acumulando na bagagem prémios, láureas e
bolsas de estudos, tem uma carreira variada, tocando como solista e camerista na
França e em outros países da Europa. Juliana é ainda fundadora e diretora artística
de dois festivais: Musique en Charolais-Brionnais, desde 2005, na Borgonha,
e Transylvania Chamber Music Festival, desde 2014, na Roménia. Articulada,
inteligente e sedenta por conhecer melhor o ambiente musical e o repertório
brasileiro, a pianista deve sua introdução profissional no país natal a um ídolo e
amigo íntimo: o pianista Nelson Freire. Nelson, recentemente falecido, foi figura
onipresente na entrevista que Juliana concedeu por vídeo, direto de Paris,
à Revista CONCERTO.

10 Dezembro 2021 CONCERTO

Vo c ê é franco-brasileira: poderia falar de
suas origens?
Eu nasci em João Pessoa. Minha mãe tem ori-
gem nos índios potiguaras da região. Meu pai
é artista plástico e tem origens alemãs. Eu tive
uma avó índia e uma avó alemã. Deixei João
Pessoa aos 2 anos de idade porque minha mãe
casou-se com o meu segundo pai, que é franco-
-suíço, e fui criada em Lyon e Paris. Minha pri-
meira língua foi o português, mas rapidinho o
francês tomou o lugar. Fui criada numa família
numerosa, com muitos filhos, inclusive com
um irmão que nasceu surdo. Para facilitar a
vida dele, apesar de a minha mãe ainda não fa-
lar francês quando chegou, a gente resolveu se
concentrar nessa língua. Isso explica esse meu
português meio afrancesado. Mas os laços com
o Brasil e com João Pessoa sempre foram muito
fortes, minha avó materna está viva, vacinada
em João Pessoa, meu pai brasileiro ainda mora
lá, tenho um irmão e uma irmã, sobrinhas. O
Brasil sempre foi uma terra de fantasia para
mim, como um paraíso perdido, porque foi
a terra onde passei muitas férias de infância,
onde ouvia músicas diferentes das que ouvia
na França, falando uma língua que eu achava
linda, uma Kngua de música e de canto. Tenho
muito orgulho dessas origens nordestinas e
dessa mistura de português, índio, baiano, ale-
mão. Uma riqueza linda de culturas.
N ó s acabamos de perder Nelson Freire,
um mú s i c o ímp a r. Sei que eram p r ó x i m o s .
Poderia contar como o conheceu e como
era a rel a ç ã o de vo c ê s ?
Nos conhecemos em 1999, quando tive a chan-
ce de tocar para Martha [Argerich] e Nelson no
Teatro Colon, em Buenos Air es. Eu era jovenzi-
nha, estudava no Conservatório de Paris, esta-
va bem intimidada em tocar para esses ídolos.
O tempo passou e me reencontrei com Nelson.
Conversamos depois de um concerto dele aqui
em Paris e foi o início de uma amizade profun-
da e de um diálogo musical muito r ico. Tive o
privilégio de ser uma testemunha íntima dessa
idade de ouro que o Nelson conheceu, nos úl-
timos cinco ou sete anos da carreira dele, atin-
gindo um nível pianístico alucinante e tocando
um repertório de grande exigência e diversi-
dade nos palcos mais importantes do planeta.
Foi um privilégio desenvolver uma amizade de
coração e uma cumplicidade musical, que sem-
pre foram uma coisa só, porque o Nelson tinha
uma vida dedicada à música. Tinha amigos no
mundo inteiro, mas poucos amigos íntimos.
Quando engravidei, ele foi uma das primeiras
pessoas a me visitar. Vivemos momentos de ale-
gria e tristeza e também momentos de música.
Observei seu cotidiano de grande dedicação
ao trabalho, de busca de um ideal musical que
nunca era atingido. Foi uma grande lição. Nel-
son era um artista humilde, se confrontava com
outras versões, tinha uma curiosidade sem fim
por outros pianistas do passado e do presente.
Tive a chance de ser reconhecida e amada por
ele como pianista e como pianista brasileira,
isso era um laço muito forte que tínhamos aqui
em Paris. Nelson tocou em 2017 no festival
que organizo na Borgonha e, em 2 0 1 9 , propôs
dividir um recital comigo - foi o início da nossa
parceria também no palco. No final de agosto
de 2 0 1 9 , ele passou dois meses conosco que fo-
ram de felicidade absoluta. Ele estudou todo o
repertório que tocaria nos concertos que acaba-
ram sendo seus últimos. Tínhamos um projeto
lindo de excursionar pelos teatros históricos do
Brasil. Ele era apaixonado por esse patrimônio
histórico, queria revê-lo e compartilhá-lo comi-
go. Outro projeto lindo que aconteceu com ele
foi em Ilhabela. Nelson me apresentou Samuel
MacDowell e no Natal de 2018 inauguramos
um piano que fui escolher em Leipzig. Depois
de sua apresentação, perguntei porque ele não
tocou a Melodie do Gluck, e ele disse: deixei
para você. Claramente é uma peça que a partir
de agora tocarei sempre.
Olhando para sua discografia e atividades
profissionais, algumas c a ra c t eríst ic a s
parecem claras: uma p r e d i l e ç ã o pelo
r e p e r t ó r i o da virada do s é c u l o XIX para o eu ainda estou descobrindo. Toquei com a Sin-
XX, especialmente Debussy, e um trabalho
intenso com a mú s i c a de c â m a r a .
A música de câmara esteve sempre na minha
vida. A formação de um solista é tão exigente
que a gente esquece que a música de câmara é com a Filarmónica de Goiás sob regência do Neil
nosso principal alimento. É assim que a gente
vai adquirir a cultura do som, do fraseado que
vai precisar para tocar uma sonata de Brahms ou
o Klavierstúcke. Música de câmara e repertório
solista são uma coisa só, acho que essa diferen-
ciação já passou. Especialmente com solistas do
calibre de Martha Argerich, que demonstram o
lugar central da música de câmara. Eu acho que
agora a gente está entendendo que a carreira de
um pianista é polimorfa, tem variedade de atitu-
de e de posição - no primeiro plano ou em co-
laboração com outros músicos. Essa foi a razão Meireles, em uma homenagem a Nelson, junto a
pela qual criei meu festival na Borgonha, que é
uma ferramenta de exploração de repertório a
longo prazo. Trabalho com um grupo de parcei-
ros estável, que se enriquece a cada ano com
outros colegas, mas que tem uma continuidade
na exploração de repertório. É algo que alimenta
muito meu trabalho musical. Sobre repertório,
Debussy e Bartók são compositores que ex-
plorei muito. Debussy descobri quando recebi
uma proposta para participar de uma gravação
integral de sua obra para um selo alemão. Eu Obrigada pela entrevista. 4
realmente não tinha uma sensibilidade voltada
ao compositor, tocava muito o repertório român- AGENDA
tico alemão, que é a antítese de Debussy. Bartók
eu descobri ao estudar na Juilliard. Explorei os
concertos, as sonatas, a sonata para dois pianos
e percussão. Essa paixão me levou a descobrir
a região da Transilvânia, uma das mais belas e
selvagens da Europa, onde acabei criando meu
outro festival.
Em dezembro, vo c ê e s t a r á no Brasil
para tocar com a Fi l a r mó n i c a de Minas
Gerais. Qual será o r e p e r t ó r i o e qual seu
envolvimento com ele?
Quando Nelson veio visitar minha filhinha, trou-
xe um CD com o Concerto n°2 de Saint-Saéns
gravado por ele e pela orquestra da rádio de
Berlim, quando ele tinha 42 anos. Nelson falou
para mim: "Você deve aprender essa peça, vai
ser muito boa para você". Eu agradeci e no dia
seguinte comecei a aprender a obra, e é ela que
Fabio Mechetti me chamou para tocar. Eu tam-
bém tenho agora 42 anos e vai ser claramente
uma homenagem ao Nelson. Tocar com a Filar-
mónica de Minas Gerais vai ser um momento
maravilhoso, eu os vi pela primeira vez dois anos
atrás, de novo graças a Nelson que acabava de
tocar em Belo Horizonte e que fez questão que
eu ficasse lá com minha família e com a dele para
comemorar seus 75 anos. Eu aproveitei para
ouvir um concerto da filarmónica e achei essa
orquestra realmente excepcional.
Vo c ê j á tem outros compromissos
marcados para o futuro no Brasil?
O Brasil musical, o cenário da música clássica
fónica da Paraíba, na minha cidade natal, toquei
em Ilhabela e com algumas orquestras. Quando
o Nelson quebrou o ombro e cancelou todos os
concertos dele, fui chamada de repente para tocar
Thomson, e a gente tem com o Neil um projeto
de montar a integral de Bartók juntos, espero que
aconteça. Outro concerto, cancelado durante a
pandemia, foi o primeiro de Bartók para a abertu-
ra da programação da Orquestra Jovem do Estado
de São Paulo. Tocar Bartók no Brasil é uma das
próximas prioridades. Nessa viagem vou desco-
brir a Sala São Paulo [no dia 28 de novembro,
Juliana tocaria com o Quarteto Osesp], ainda não
toquei lá, estou ansiosa para provar essa acústica e
esse ambiente. Vou tocar de novo na Sala Cecília
outros pianistas brasileiros, no dia 4. E volto a Ilha-
bela em dezembro. Tenho ainda um projeto em
parceria com a Santa Marcelina Cultura, para le-
var jovens talentos de São Paulo à França durante
o meu festival. É uma parceria que faço com esco-
las francesas, mas que desejo muito fazer também
com o Brasil. Também tenho vários projetos de
repertório brasileiro que quero passar a tocar mais
- algo que Nelson sempre me estimulou.
• Homenagem a Nelson Freire
Dia 4, Sala Cecília Meireles
• Fila rmónica de Minas Gerais
Fabio Mechetti - regente
Juliana Steinbach - piano
Dias 9 e 10, Sala Minas Gerais
• Juliana Steinbach - piano
Dia 29, Anfiteatro de Vermelhos (Ilhabela)
Dezembro 2021 CONCERTO 11
• NOTAS SOLTAS Por Jorge Coli
Cheiro de rato
Situação do Theatro Municipal do Rio de Janeiro se insere
em um contexto no qual a cultura é desdenhada e combatida
A patética situação em que se encontra o Theatro Municipal do
Rio de Janeiro, a mais importante casa de música, canto e dan-
ça do país, foi exposta no jornal Folha de S.Paulo em novembro
deste ano. O título da matéria já é muito expressivo: "Municipal do
Rio reabre com cheiro de rato morto, palco perigoso e sem cortina".
Rato morto, é isso mesmo. A lista das precariedades é um
pesadelo: "Os camarins estão depredados, a cortina, rasgada, e
os dutos de ar-condicionado, imundos".
O palco torna-se ameaçador para os bailarinos; uma obs-
cura história de coleta de fundos que termina em um paradeiro
ignorado; e uma crise a ponto de os músicos recusarem-se a tocar
em um balé e serem substituídos por uma gravação! "Os sanitá-
rios dos camarins estão entupidos, não há papel higiénico, e os
próprios artistas colocam sabão líquido em garrafas de plástico."
"Nos dias das apresentações, o caos se instalou lá fora. O
sistema de bilhetagem eletrônica havia pifado, longas filas se for-
maram - e muitos saíram com as mãos abanando.[...| No anexo do
prédio, onde ficam as dependências dos corpos artísticos, existem
quatro elevadores. Apenas um funciona. Na sala de espetáculos,
são seis - nenhum funciona." Inútil continuar a lista de misérias.
Quem se importa com o Municipal? Pouca gente, aqueles
que acreditam na arte e na cultura, um pingo. Alain Féron escre-
via, em 1987: "Nossa sociedade de consumo-produção fabricou
uma cultura de massa artificialmente nivelada que, em retorno,
fez surgir uma cultura marginal de assistidos e uma desafeição "po-
pular" cada vez mais radical em relação ao que foi convencionado
chamar, em nossos tempos, de música "contemporânea"." Tenho
dúvidas que essa cultura de massa tenha sido artificialmente nive-
lada. Em todo caso ela, essa cultura de massa, é capaz de criação
e de grandes obras, como qualquer outra. Mas é fato que vivemos
uma cultura cortada no meio, artificialmente: uma delas é assistida.
Uma vez, eu falava sobre as óperas de Verdi e de seu papel,
popular, nas lutas do Risorgimento. Deixei escapar uma frase
assim: "er a uma época em que as óperas eram obras vivas."
Alguém então me perguntou: "O que são obras vivas?" Aperta-
do, saí-me com esta resposta: "São obras que não precisam de
ajuda do governo para existir ".
12 Dezembro 2021 CONCERTO
Acredito nisso. Quando falo de "governo", quero dizer
quaisquer ajudas financeiras, oficiais ou privadas, que investem,
não pelo lucr o, mas pela convicção de que certas formas artísti-
cas, que não conseguem ficar em pé com as próprias pernas - do
ponto de vista financeiro, se entende - necessitam de apoio. E
que esse apoio vale a pena.
Há situações intermediárias, ou pelo menos, uma: a do ci-
nema. Há obras-primas cinematográficas que se sustentam ape-
nas pelas bilheterias, e Hollywood é um esplêndido exemplo de
indústria artística. O cinema foi a grande expressão artística viva
do século XX; o que será dele no XXI é impossível prever. Mas
há as produções cinematográficas marginais, experimentais, fora
dos grandes circuitos de sucesso. Essas, precisam de apoio.
O fato é que há modos culturais e artísticos, muitos her-
dados do passado, que não se sustentam por si só. Nenhuma
orquestra sinfónica, nenhuma ópera, nenhum balé, por maior
que seja seu sucesso, consegue existir apenas com a bilheteria.
Nesse sentido, a separação que faz Féron, entre música "con-
temporânea" e outra, do passado, aquela que herdamos e que é,
certamente, mais venerada do que a produção recente, não tem
sentido. Se uma sala se enche para ouvir Beethoven ou Wagner,
e se o público é mais ralo na presença de uma obra de artista
vivo, isso faz pouca diferença, no sentido de que Wagner ou
Dusapin dependem da muleta financeira.
Ou seja, tal como se configura hoje a situação, sem nuançar
muito, a música, seja "clássica" ou "contemporânea", precisa da
convicção - ou da crença - de que é necessária, como são necessá-
rias a ciência e as boas condições coletivas de vida. Em países que
possuem esse sentido mais forte que no Brasil - e não apenas os
países mais ricos - , há dispositivos que garantam a continuidade
de uma produção "assistida". Porque, politicamente, rende pou-
co: atinge um número minúsculo de eleitores. A morte de Marília
Mendonça causou um impacto midiático infinitamente maior que
a de Nelson Freire: um corolário que confirma a demonstração.
No descalabro brasileiro que sofremos, em que a cultura é rato
morto, desdenhada ou combatida, o estado lamentável do Muni-
cipal do Rio se insere perfeitamente nesse raciocínio. 4
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• PALCO
Concisão e verve
0 diretor Caetano Vilela fala sobre a produção de II signor Bruschino,
ópera de Rossini, que estreia este mês no Theatro São Pedro de São Paulo
Por João Luiz Sampaio
Q uando escreveu II signor Bruschino, Gioachino Rossini já era
um compositor experiente. Tinha apenas 21 anos, é verdade.
Mas, afinal, tudo foi precoce em sua trajetória: começou cedo,
com 18, e aposentou-se cedo, com 3 7 . E, nesse pequeno intervalo
de menos de vinte anos, reinou praticamente sozinho na cena
operística italiana das primeiras três décadas do século XIX, in-
fluenciando quem a ele se seguiu, Giuseppe Verdi entre eles.
/ / signor Bruschino subiu ao palco no final de janeiro de
1813, no Teatro San Moisè de Veneza. Não era um palco parti-
cularmente importante na Itália. E uma das óperas que escrevera
no ano anterior, La pietra dei Paragone, já havia sido apresen-
tada no Teatro alia Scala de Milão. Ou seja, fama já não faltava
a Rossini para que suas óperas fossem encenadas nos principais
teatros do país. No entanto, partiu dele a ideia de que Bruschino
estreasse em Veneza, afinal, o San Moisè foi palco de um dos
principais sucessos de sua carreira: La cambiale di matrimonio
havia dado sorte ao compositor.
O libreto foi escrito por Giuseppe Maria Foppa e narra a
história dos jovens Florville e Sofia. Os dois se amam, mas o
tutor da moça, Gaudenzio, quer que ela se case com o filho do
senhor Bruschino. O rapaz, porém, sem que ninguém saiba, está
detido em uma taverna até que possa pagar a conta. E Florville
aproveita para se fazer passar pelo r ival. A partir daí, Rossini
brinca com as idas e vindas comuns no contexto da opera buffa.
E cria assim efeitos sonoros então inusitados, como pedir que os
segundos-violinos da orquestra batessem com o arco na estante
durante a abertura da ópera.
"Uma coisa que me chama a atenção é a forma como Rossini
sintetiza a história", diz Caetano Vilela, que assina a concepção
cénica da montagem da ópera que será apresentada em dezembro
pelo Theatro São Pedro. Não é seu primeiro Rossini. No Festival
14 Dezembro 2021 CONCERTO
Amazonas de Óper a, em Manaus, ele dirigiu O barbeiro de
Sevilha; no Festival do Theatro da Paz, em Belém, La cenerento-
la. "Aqui Rossini é bastante económico na dinâmica da dramatur-
gia que constrói. E já dá para identificar pedaços de música que
mais tarde ele utilizaria em outras de suas óperas", conta o diretor.
Essa dinâmica exige, ele explica, bastante dos cantores -
o elenco é formado por nomes como Savio Sperandio, Saulo
Javan, Lina Mendes, Daniel Umbelino, Eduardo Javier Gutiér-
r ez, Gustavo Lassen, Fellipe Oliveira e Fernanda Nagashima.
"No primeiro encontro com o elenco, eu disse a todos:
mais do que cantores, vocês precisam ser grandes atores. Eu
havia visto algumas montagens da ópera, estáticas, muito ca-
retas, em que só se preocupavam com a destreza vocal que a
escrita do Rossini exige, sem se ocupar com a cena. Mas em
uma comédia como essa é preciso seguir outro caminho. At é
porque o subtítulo da ópera, O filho acidental, já entrega toda a
história. Então, se não tem surpresa, sobra para o diretor e para
os cantores", br inca.
A direção musical é do maestro Cláudio Cr uz. "Trabalhar
com ele é uma experiência r ica. Ele está sempre muito junto do
diretor. Logo no início, ele me disse: 'Rossini é comédia, é tea-
tro, então você vai me dizer do que precisa'. Isso é muito raro.
E permitiu que a gente construísse com os cantores recursos
de atuação, atendendo quando pedimos que ele segurasse mais
uma passagem, corresse em outra. Com isso, pudemos também
incluir diversas gags em relação aos quiproquós da tr ama."
Os cenários da produção são de Duda Ar r uk e os figurinos são
do diretor, cenógrafo e figurinista Gabriel Villela. "Gabriel e eu nos
conhecemos há 35 anos e ele sempre me falava que, quando eu
achasse uma ópera em que ele pudesse fazer os figurinos, era para
chamá-lo. E, lendo o libreto, eu me dei conta de que a hora tinha
chegado. O próprio Gabriel costura os figurinos, escolhe tecidos,
padronagens. O resultado é incrível. E de certa forma me ajudou
a encontrar a direção. Ele também é diretor, tem a noção do figu-
rino para o palco, e criou os modelos de maneira que é possível ir
acrescentando ou tirando detalhes. E a partir dessa possibilidade
eu fui enriquecendo os personagens, criando histórias prévias para
eles e encontrando a medida do humor."
Em seu livro sobre a ópera clássica italiana, Lauro Macha-
do Coelho chama atenção para a qualidade da partitura. E se
pergunta: como é possível que uma ópera com tamanha verve
tenha sido um fracasso em sua estreia? Ele mesmo lembra, em
seguida, que algo parecido aconteceu com a Norma, de Vincen-
zo Bellini, ou a Traviata, de Giuseppi Ver di.
É provável que // signor Bruschino não chegue um dia à
fama dessas duas óperas, mas quem for ao Theatro São Pedro com
certeza encontrará um Rossini que merece ser conhecido. 4
AGENDA
Ópera II signor Bruschino, de Rossini
Cláudio Cruz - direçã o musical
Caetano Vilela - direçã o cénica
Dias 3, 4, 5, 8, 9 , 1 0 , 1 1 e 12, Theatro São Pedro, São Paulo
 M I N I S TÉ R I O DO TURI S MO E A S S O C I A Ç Ã O
MÚSICA E C E NA B RASI L APRE S E N TAM:

^ G R A N D £

concerto de Nataf
DI RE Ç ÃO

N o r t o n M o r o z o w i c z

Coro & Orque s tra Sinfo nia Bras il

CONVIDADO ESPCIAL

P a u l o S z o t

19 de De ze mbro gra n d e a u d i t ó r i o
I ç a n d o mW* de 2021 • às ish30 horas Te atro Guaíra
Instituição beneficiada: Apoio: Patrocinadore. Realização

REIVAX
ST/.NDBY
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PATRIA AMADA
iDuas ^S?).GRUPO t B RAS I L
HORUS
CULTURA pequeno PRÍNCIPE J Ro d a i ^ mrJ B AC ARIN Músíca^ Cena

28 d ezem b r o d ezem b r o
JO ÃO BOSC EETHOV
HAMILTON DE CONCERTO N.8 5 ^Lpa Mendes, soprano. . ,,,
HOLANDA IM PERADOR
Roberto Minczuk, r eg ênci a
$<iJ% '*!Êj^z>
Aníbal Mancini, t enor
Juliana Steinbach, piano LeonàraòilP^ á,: barít ono

Ingressos à venda no site www.inti.org.br

• MÚSICA VIVA Por João Marcos Coelho
Amazónia Centro do Mundo
Livro de Eliane Brum e projeto musical fazem pensar de forma concreta no desmatamento e seus impactos
ão acredito em coincidências. Mas é incrível a sucessão
N de fatos e notícias em um curto espaço de tempo. Escrevo
estas maltraçadas linhas no dia 19 de novembro. Há cerca de
dez dias a Rede Globo denunciou, com imagens muito fortes, a
desnutrição e o estado de completo abandono pelo Estado dos
índios Yanomami, sem assistência médica, sitiados pelos garim-
peiros, que com suas máquinas no rio ao lado já sugaram crian-
ças para a morte. Os 30 mil Yanomamis vivem em uma reserva
equivalente à área de Portugal. Aquilo me deixou acabrunhado
por uns bons dias. E hoje piorei com os jornais anunciando, em
tom fúnebre, que a Amazónia perdeu 13.225 quilómetros qua-
drados de árvores entre agosto de 2020 e julho de 2 0 2 1 , a maior
perda de floresta registrada nos últimos quinze anos. Ontem, dia
18, os mesmos jornais publicaram que o agronegócio vem patro-
cinando Brasil afora palestras (??) de professores universitários
"especialistas" (?!?!?!?) negando que o aquecimento climático
do planeta se deva à ação humana.
A COP26 recém-terminou, igualmente em clima fúnebre,
cheia de retórica vazia. Só Greta pareceu falar algo sensato. O
planeta tem perto de duzentos países. Todos eles invejam o Brasil
por abrigar a maior floresta tropical do globo, pulmão do mundo,
capaz de ainda manter etnias como a dos yanomami. Devería-
mos cuidar dela como nossa maior joia. Em vez disso, a destruí-
mos em ritmo galopante. Um floresticídio não mais anunciado,
mas r eal, cr uel, quase irreversível.
Indignado, peguei o primeiro livro da pilha de recém-che-
gados e de repente senti que esse desespero não é só meu. Não
entendi o título - Banzeiro òkòtó - , mas o subtítulo é claro:
"Uma viagem à Amazónia Centro do Mundo", da jornalista, do-
cumentarista e escritora Eliane Br um, 55 anos, nascida em Ijuí,
extremo sul do Rio Grande do Sul e desde 2017 moradora de
Altamir a, no Pará, no coração da Amazónia, epicentro dos confli-
tos entre garimpeiros, desmatadores de grande porte e indefesos
habitantes originários da Amazónia. Conflitos não, massacres.
Br um tem o dom da escrita apaixonada, sem deixar de lado
a regra do bom jornalismo de apurar com rigor os fatos. Seu livro
é leitura obrigatória para todo brasileiro. O capítulo das páginas
336 até 347 deveria ser instituído como nosso manual de condu-
ta daqui para a frente. Eliane esmiúça o conceito de "Amazónia
Centro do Mundo": "Quando eu e outres [ela explica que não
usa mais o feminino e o masculino, só a forma inclusiva] afirma-
mos a centralidade da Amazónia, não estamos tentando fazer
um jogo de palavras ou um apelo retórico, mas demandando um
deslocamento real - ou exigindo o reconhecimento daquilo que
é, mas é tratado como se não fosse. Quem determina o que é
centro e o que é periferia? E por quê? Com base em quê?"
É um erro, diz ela, dizer que a espécie humana provocou
a catástrofe climática. E cita Ailton Krenak: se a humanidade "é
um clube exclusivo composto da minoria dominante, é correto
afirmar que a humanidade provocou o colapso do clima. E as
sub-humanidades formadas por aqueles que ficaram do lado de
fora dos muros eletriflcados do 'seleto clube da humanidade',
embora jamais tenham provocado essas catástrofes, são as pri-
meiras a sofrer as consequências desses desastres".
Precisamos nos conscientizar desta afirmação contunden-
te de Eliane: "A Amazónia hoje é tão central como Washing-
ton, Londres, Paris, Frankfurt, Hong Kong, Moscou, Pequim".
16 Dezembro 2021 CONCERTO
Marco Scarassatti e Livio Tragtenberg
no Festival Culturescapes 2021
E acrescenta, definitiva: "Ou mais". Se nós não damos conta
disso, "os que pretendem converter a floresta em commodities
e povos-floresta em pobres ou cadáveres percebem isso. E estão
na floresta".
Precisamos mudar rapidamente a forma de habitar o pla-
neta. "E isso não será feito apenas reciclando lixo, usando carro
elétrico ou preparando comida vegana", diz Eliane. "Temos que
mudar, ainda nesta época e com as gerações disponíveis, o que é
ser humano. Temos que nos amazonizar. É isso, ou ter um futuro
muito, muito hostil logo ali na esquina".
Depois deste desabafo, retorno à música. Neste contexto,
um evento chamou minha atenção nos últimos meses. Uma ne-
cessária e aguda participação dos compositores brasileiros Livio
Tragtenberg e Marco Scarassatti no Culturescapes 2 0 2 1 , festival
suíço que este ano escolheu a Amazónia como mote com es-
tas palavras: "Aumentar a consciência sobre a ameaça que as
mudanças climáticas representam para a Amazónia, bem como
sobre a importância das culturas indígenas e da responsabilidade
social global".
Eles levaram uma orquestra diferente para lá: BIO - Bur-
ned Instruments Orchestra. Passaram setembro acrescentando
madeiras queimadas dos Alpes às da Amazónia brasileira e mon-
tando a BIO. Tiraram sons do produto mais comum da maior
floresta tropical do planeta: madeira queimada. Um concerto-
-denúncia que também mostrou a relação atávica, essencial, dos
indígenas com as árvores da floresta.
Scarassatti, professor do curso de licenciatura indígena na
UFMG, por ele instituído em 2015 e pioneiro no país, convidou
o mestre de cantos do povo indígena Huni Kuin Ibá (também
conhecido como Isaías Sales). Juntos, eles fazem uma reconfi-
guração sonora dos cantos tradicionais ligados à cerimónia da
ayahuasca, criando um ambiente visual e sonoro de expansão
sensível da realidade. Durante o mês de outubro a instalação/
performance rodou várias cidades europeias.
Palmas para Livio e Mar co. Neste momento, como nos en-
sina Eliane Br um, temos que lutar, cada um com suas armas, pela
sobrevivência da floresta. 4
PARA LER
• Bonzeiro òkòtó: uma viagem à Amazónia Centro do Mundo,
de Eliane Brum (Companhia das Letras, 2021).
 M I N I S T É R I O DO TURISMO E INSTITUTO C ULTURAL VALE APRESENTAM

ORQUESTRA OURO PRETO

" BAO POR DEMAIS DA CONTA SÔ" " SEM PALAVRAS"

* * * * * * * * * *
DONA GERUSA, DURANTE A LIVE DE ESTREIA PARTITURA EM REVISTA

" ENCANTADOR"
* * * * *
RE MATAI " NASCE UMA ESTRELA"
* * * * *
JORNAl DE NATAL/RN SINDICATO DOS MINI MAESTROS

" ATUAÇAO DIGNA DE OSCAR" " BOBAGEM!"

* * * * *
MAE DO SEU GERALDO

A ma gi a do Na t a l é p rot a goni st a no novo e s p e t á c u l o da Orq ue st ra Ouro Pre t o. Junt o ao Grupo Pi gma l i ã o - Escultura que Mexe, a Orquestra
a pre se nta " Um Cont o de Natal" , di re ta me nte de Ma ri a na (MG). Em uma livre a d a p t a ç ã o do Ma e st ro Rodrigo Toffolo, o novo e s p e t á c u l o é a
j u n ç ã o de dua s obra s i c ô n i c a s: " Um Cont o de Natal" , de Cha rles Di e cke ns, e o " Concerto feito para a Noite de Natal" , do composi tor ita lia no
A r c â n g e l o Corelli. Em cena , o te a tro de bone cos conta a h i st ó ri a do ra bugento (e di verti do) Sr. E b e n é z e r Scrooge. I mp e r d í ve l .

o YO U T U B E. CO M
/ O RQ U EST RA O U RO PRET O INSTITUTO
CULTURAL
VALE
PAIHIA AMADA
B RAS I L
O RQ U EST RA O U RO PRET O . CO M . B R

CRIANDO CAMINHOS
Palácio das Artes, Theatro São Pedro, Projeto Sinos e Sala Cecília Meireles
criam iniciativas para a formação de libretistas, compositores e gestores
Por Luciana Medeiros
N o estranho e pandémico 2 0 2 1 , nem tudo é desmonte nos
campos da ópera e da música de concerto do Brasil. Aqui e
ali, pipocam projetos inovadores que, exatamente por atuarem
nos alicerces da criação e nos bastidores da gestão, permanecem
na surdina para o público. Quatro deles fizeram bonito no segun-
do semestre do ano que finda - dois no Rio de Janeiro, um em
Belo Horizonte e o quarto em São Paulo. Ao mirar o estímulo e a
capacitação de jovens profissionais, atraindo talentos, renovam
o setor - na criação, na programação e, em última análise, ao
trazer novo público.
São dois ateliés - no Palácio das Artes de Belo Horizonte, o
de dramaturgia, e no Theatro São Pedro de São Paulo, o de com-
positores e libretistas. Com atuação nacional e sede na capital
fluminense, acontece a Academia de Ópera do Sinos, o Sistema
Nacional de Orquestras Sociais, que abastece programas socio-
musicais com obras especialmente encomendadas e formação
específica. Também no Rio, ligado à Funar j, fundação estadual,
foi realizado na Sala Cecília Meireles o Programa Gestores, que
possibilita formação teórica e vivência prática em gestão de salas
de concertos.
As ações pioneiras entram pela produção/ realização de
óperas, enquanto a gestão de espaços de concerto busca estrutu-
ração e sistematização. E, principalmente, todas inserem a práti-
ca depois da troca de conhecimento. Isso muda tudo.
8 Dezembro 2021 CONCERTO
• Cena de 0 engenheiro, de Tim Rescala,
ópe ra encomendada pelo Projeto Sinos
O LIBRETO COMO PONTO DE PARTIDA
Livia Sabag tinha 18 anos quando viu os sonhos profissio-
nais darem um salto duplo mortal carpado: "Fu i, com minha
turma da faculdade de Artes Cénicas da USP, para a primeira edi-
ção do Ecum, o Encontro Mundial das Artes Cénicas, em Belo
Horizonte, um fórum mundial com representantes de todas as
linguagens e presença de nomes e grupos como Eugénio Barba
e seu Odin, Patrice Pavis, os brasileiros Cia do Latão e Vertigem,
oferecendo vivências e demonstrações de trabalho de todos ali.
Esse delírio mudou minha cabeça, junto à série promovida pelo
Tusp-Maria Antônia: Teatro Brasileiro 1968-1998: 30 encon-
tr os", lembra a diretora.
A lembrança, claríssima, foi uma das inspirações para o pro-
jeto do Ateliê de Cr iação: Dramaturgia e Processos Criativos, que
começou em agosto de 2021 no Palácio das Artes sob sua coor-
denação e curadoria, em parceria com o regente Gabriel Rhein-
-Schirato. "Fomos direto à Fundação Clóvis Salgado; em Minas,
vimos uma abertura e uma disposição para esse debate", pontua
Livia. O projeto focou a dramaturgia do campo lírico, abrindo
conversas e processos de formação para uma ampla gama de pro-
fissionais - de compositores a programadores. "Tudo com eixo
na criação de óperas breves", continua a diretora. "Em torno
do tema dramaturgia musical, montamos um processo de aulas,
debates e experimentação de dinâmicas de trabalho, focando as
várias camadas do processo, com presença de dramaturgistas
europeus - função que aqui não existe - , criadores, pensadores
e pesquisadores da ópera."
Entre esses convidados esteve ninguém menos que o en-
cenador americano Peter Sellars, além de Bernard Foccroulle,
ex-diretor do Festival de Aix-en-Provence, e Jelena Novak, coor-
denadora da linha de pesquisa em ópera da Universidade Nova
de Lisboa, instituição parceira do Ateliê pela sua fundação Ce-
sem, o Centro de Estudos de Sociologia e Estética Musical. "Ela
debateu a pós-ópera", revela Livia, "com máquinas, robôs, uma
pesquisa incrível. Na outra ponta, por exemplo, havia Marcus
Mota, da Un B, e a dramaturgia na tragédia grega."
Com orientação do autor e poeta Geraldo Car neir o, cinco
participantes do Ateliê criaram obras de 8 a 10 minutos com cin-
co compositores convidados (André Mehmar i, Antonio Ribeiro,
Denise Gar cia, Mauricio De Bonis e Thais Montanari) em torno
do livro O grande mentecapto, de Fernando Sabino. O processo
foi acompanhado por todo o grupo do Ateliê, composto por 45
pessoas. "E foi fundamental ter gente de todas as áreas, com
ótimas surpresas, como a de um gamer que fez um jogo-ópera",
conta a diretora.
As atividades do Ateliê em Minas seguiram até meio de
outubro - mas dois dos módulos do trabalho foram além. Os
participantes não quiseram encerrar as conversas sobre jorna-
lismo cultural e crítica musical com João Luiz Sampaio, editor
executivo da Revista CONCERTO. "E consideramos importante
que a turma acompanhasse todo o processo até a estreia das
obras criadas no Ateliê", justifica Livia. Sampaio acrescenta: "O
projeto se dedica a pensar o futuro da ópera brasileira, que inclui
o jornalismo dedicado à música e à crítica de ópera, com discus-
são teórica sobre a crítica e sua função, os exercícios práticos e a
imersão analítica no processo de criação das obras, preparando
a escrita de críticas do espetáculo final". Já a série de Lives com
mesas-redondas e conversas continuou até o fim de novembro.
A encenação das cinco óperas de câmera produzidas no
Ateliê sobre o texto de Sabino, com toda a liberdade - "a única
limitação era a da dur ação", ressalta Livia - , acontece no dia 21
de dezembro no Palácio das Artes para público presencial e on-
-line, com direção da mineira Rita Clemente.
Eliane Parreiras, presidente da Fundação Clóvis Salgado,
considera o projeto "uma oportunidade única" de investir na
formação. "Tem tudo a ver com o nosso trabalho, com inclu-
são, democratização, apoio, pesquisa. Mas o grande argumento
motivador foi o de estimular a criação contemporânea em ópera
e levar as montagens ao nosso teatro - ainda mais baseadas no
grande mineiro Fernando Sabino."
Livia Sabag
ÓPERA QUE AVANÇA
Também um evento - esse, na Dutch National Opera & Bal-
let, em Amsterdã - foi inspiração de Paulo Zuben para propor e
estruturar o Atelier de Composição Lírica do Theatro São Pedro,
em São Paulo. O diretor artístico-pedagógico da Santa Marcelina
Cultur a, gestora do São Pedro - equipamento do estado de São
Paulo - , viu a apresentação do projeto Opera Forward que ligava
dez libretistas vindos de diferentes regiões da cidade com jovens
alunos de composição do conservatório local. "Contemplava-se
a periferia, que tem muitos imigrantes, levando histórias locais
para construção de libretos", rememora Zuben. "Foi fascinante
ver surgir temas do cotidiano na produção lírica, criando um
vínculo da comunidade com o projeto."
A identificação com o género e a aproximação do novo
público eram dos objetivos primordiais do Opera For war d. "A
música como forma de invenção, aliada ao texto que dialoga
com temas atuais são soluções criativas para renovar a ópera,
inclusive nas questões de diversidade e equidade", pontua ele,
que tratou de adaptar a ideia para o Theatro São Pedro, onde há
corpos artísticos, escola e academia de ópera. Era 2 0 1 9 .
Atropelado pela pandemia, o Atelier acabou sendo lança-
do em setembro de 2021 para acontecer ao longo de um ano,
com orientação de Fio Menezes para a composição e de João
Luiz Sampaio e Alexandre Dal Farra nos libretos e atividades
teóricas e práticas, inclusive com instrumentistas da orquestra;
há bolsa-auxílio de R$ 3 .5 0 0 . O encerramento terá a apresen-
tação das obras, com direção musical de Ricardo Bologna e
Ricardo Ballestero.
A procura foi grande: inscreveram-se 38 compositores e 17
libretistas. "Foi surpreendente o número, e gente muito boa. Foi
muito difícil escolher", garante Zuben. Das vagas oferecidas a can-
didatos de até 35 anos, ao menos duas eram reservadas para mu-
lheres. "E elas foram maioria: quatro dos seis contemplados", re-
vela. "Quisemos ir além de um mero concurso, que recebe obras
prontas, e investir no objetivo da instituição, a formação", ressalta.
As aulas, presenciais, começaram em novembro. "Uma das
candidatas, perguntada sobre o que era ópera, respondeu: é uma
coisa velha", r i o diretor, "e achei muito bom ouvir que ela estava
ali para fazer algo novo. Fato é que teatro e dança têm cenas
muito renovadas e a ópera, que já foi tão próxima do público,
não foi por aí". As três obras criadas pelas duplas terão uma pri-
meira escuta interna em março e serão apresentadas ao público
no fim do processo. "Não colocamos nenhuma diretriz temática,
apenas a ideia de uma curta duração, de 15 ou 20 minutos, e o
uso de um conjunto pequeno de cantores e instrumentistas",
explica Zuben.
Dezembro 2021 CONCERTO 19
CAPA
Assim como Livia Sabag, Paulo Zuben coloca como questão
seminal a razão para montar "tal ou tal título". "A contextuali-
zação e o questionamento do papel da ópera é parte essencial
do Atelier ", diz o diretor. "A reflexão é parte indissociável desse
projeto, assim como a continuidade - em cinco anos, teremos
quinze novas obras, em um processo de formação para criado-
r es, de um novo público, atraído por temas relevantes para ele,
de uma massa crítica e também para nós - , estamos aprendendo
também, é estimulante buscar a transformação dos conceitos.
Criar essas estruturas é oxigenar o setor", coloca.
SINOS DA ÓPERA
Em 2 0 1 9 , os regentes e professores da Escola de Música
da Universidade Federal do Rio de Janeiro André Cardoso e
Marcelo Jardim estavam na Funarte em busca de um empur-
rão para a ópera - género que a instituição não contemplava
há muitas décadas. Saíram do encontro com o então presidente
Dante Mantovani e o diretor executivo Leônidas Oliveir a com
uma missão muito mais ampla - a de criar projetos sociomusicais
em todos os municípios do Brasil. Em vez de topar a empreita-
da, contrapropuseram um programa de capacitação dos projetos
já existentes, oferecendo não apenas aulas a estudantes e pro-
fessores, mas um repertório especialmente construído para os
diversos estágios do aprendizado. Ajudariam, assim, a estruturar
os projetos, respeitando suas especificidades. Surgia o Sistema
Nacional de Orquestras Sociais, o Sinos, tema de reportagem de
capa da CONCERTO de agosto.
Dupla vantagem: além de abastecer e orientar os projetos,
abriam uma linha de encomendas a compositores que, ao mes-
mo tempo, fomentava a criação e multiplicava os efeitos da ideia.
Também há recuperação de obras históricas e arranjos especial-
mente produzidos. Mesmo com a pandemia, em 2020 estavam
no ar quase quinhentas videoaulas e as obras eram produzidas e
disponibilizadas em ritmo intenso.
Faltava a ópera entrar no cir cuito. "Ao logo do primeiro
semestre, perguntamos sobre o desejo de ter ópera no cardápio,
digamos", conta André Cardoso. "A receptividade foi excepcio-
nal - mais de dois terços se mostraram entusiasmados." O passo
DIVIII (,A( AO / ANA (I Al'A MIOANIIA
Joã o Guilherme Ripper com alunos do
Programa Gestores 2021
Dezembro 2021 CONCERTO
seguinte foi encomendar as óperas a quatro compositores: Tim
Rescala, Eli-Er i Mour a, João Guilherme Ripper e André Mehma-
r i. A primeira delas estreou em outubro no Theatro São Pedro de
Porto Alegre, com direito a público presencial - O engenheiro,
de Tim , baseada na vida de André Rebouças. "E já gravamos a
segunda com a Academia da Orquestra Ouro Preto, que é O bas-
culho de chaminé, de Marcos Portugal, que estreou em 1794,
gravação realizada justamente no mais antigo teatro de ópera
do Br asil."
Cardoso ressalta que boa parte dos alunos que chegam às
universidades de música hoje tem passagem pelos projetos so-
ciais ou pelas igrejas evangélicas, sem vivência do género lírico.
"Esses alunos seguem para orquestras profissionais, em muitos
casos, sem ter tocado ópera nem na faculdade. Mesmo aqui na
UFRJ, fazemos uma ópera anual e é pouco. Assim, vale realmen-
te levar aos projetos essa possibilidade."
A coordenação da Academia de Ópera Sinos é do maestro
Silvio Viegas, um apaixonado pelo género. "Acho prejudicial a
visão de que ópera é artigo de luxo, montagem grandiosa, gasto
enorme", diz o maestro. Os profissionais que dão videoaulas são
das áreas artística, técnica e de história. "Encenação e produção
são atividades complexas e desafiadoras; abordar a ópera exige
conhecimento de vários campos artísticos. Por isso é fascinante."
O Sinos, prorrogado até pelo menos 2 0 2 2 , entra agora na
fase das caravanas pelo Brasil. "O retorno é excepcional", garan-
te o diretor do Centro de Música da Funarte, Bernardo Guer r a.
"O presidente da Funarte Tamoio Marcondes já está buscando
recursos para estender o projeto."
NA GESTÃO
Há quem diga que o artista sonha e o gestor tem pesadelos.
João Guilherme Ripper conhece bem os dois lados. Compositor
e professor, envolveu-se com gestão de projetos já no início da
carreira. Seus muitos anos de experiência como diretor da Sala
Cecília Meireles e a passagem pelo Theatro Municipal do Rio
serviram para demonstrar, em suas palavras, que não há dispo-
níveis, aqui no Brasil, ferramentas específicas para capacitar ges-
tores das salas de concerto e de ópera. "As soluções se perdem,
não há sistematização. As instituições não conseguem atingir
seu potencial de crescimento."
Para ele, o curso Economia e financiamento da cultur a, na
Université Paris Dauphine-PSL, foi decisivo. Er a 2 0 0 8 . As aulas
incluíam a presença de grandes nomes da gestão de espaços na
França, que dividiam experiências práticas - e plantaram a se-
mente do Programa Gestores Sala Cecília Meir eles/ Funar j, que
repetia a fórmula e ia além: oferecia a chance de programar uma
série de concertos no Espaço Guiomar Novaes, anexo à Sala
Cecília Meireles.
"Os grupos de alunos, todos músicos ou com experiência
na música, ganharam um pequeno orçamento e o espaço do qual
tinham que criar do conceito à iluminação." Os doze concertos
resultantes aconteceram em outubro e novembro. "Um suces-
so incr ível", garante Ripper. O time técnico, administrativo, da
comunicação da Sala dividiu suas vivências com os 20 alunos
presenciais e os 60 ouvintes. Os diretores executivos Marcelo
Lopes, da Osesp, e Flavia Furtado, do Festival Amazonas, tam-
bém compareceram como convidados especiais. A Sala carioca
já programa a edição 2 0 2 2 . E Ripper avisa: "Estou disponível
para estender o programa a outras instituições". <
AGENDA
Academia de Óp era, At eliê de Criação:
Dramaturgia e Processos Criativos
Dia 21 de dezembro, Palácio das Artes, Belo Horizonte
as C a r a v a n a s Sinos
já estão com datas marcadas para cair na estrada!

Agora é presencial! Após um período focado em ações virtuais, o Sinos

coloca os instrumentos na estrada para apoiar e levar a formação musical
para orquestras de projetos sociais de todo o Brasil.

As Caravanas Sinos vão passar por cidades de todas as regiões do país,

oferecendo cursos e oficinas gratuitas para a capacitação de professores,
alunos, instrumentistas e regentes das orquestras e bandas. Cursos de
cordas, madeiras, metais, percussão e prática de conjunto.

A 1 ã ação vai acontecer no Recanto Maestro (RS), de 12 a 20 de fevereiro de

2022, em parceria com a Associação OntoArte e a Fundação Antonio
Meneghetti. Já entre os dias 8 e 12 de março, a caravana vai estar no
município de Pau dos Ferros (RN), com a Sociedade Filarmónica Pauferrense.

Sureg
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SISl EHA NACIONAL CE ORijuESl RAS SOCIAIS Dú BRASIL

@ s i n o s .a r t H / s i n o s .a r t .b r

I PÁTRIA AMADA
_ f U N D A Ç A O NACIONAL DE ARTES
VJF R J ^ pp^ e scol a de
Í Tl ú S i C Q U F R J 1 "
Fundação Universitária
José Bonifácio f u n a r t e
SECRETARIA ESPEC IAL DA MINISTÉRIO DO
CULTURA TURISMO BRASIL
I GOVERNO FEDERAL
• REPERTÓRIO
Jornada pela mente de Mozart
Últimas três sinfonias do compositor, que serão apresentadas pela
Osesp, encantam pela qualidade e pelo caráter único das obras
Por Irineu Franco Perpetuo
A lgumas das criações mais emblemáticas de Wolfgang Ama-
deus Mozart (1756-1791) nos convidam a analisá-las em
grupos de três. Nas óperas, por exemplo, já é cliché falar em uma
"trilogia da Ponte", constituída por As bodas de Fígaro, Don
Giovanni e Cosifan tutte- escritas por ele a partir de textos do
célebre libretista italiano Lorenzo Da Ponte. E, na música sinfó-
nica, igualmente importante e decisivo, há o grupo formado pela
trinca das derradeiras sinfonias do compositor.
Há muito de elusivo nas sinfonias de Mozart - a começar
pela numeração. Pois tradicionalmente designamos como últi-
mas as de n°39, n°40 e n°41. O problema é que não há uma
sinfonia n° 37 de Mozart - a obra que inicialmente recebeu
esse númer o, na verdade, é de autoria de Michael Haydn (1737-
1806), tendo sido erroneamente atribuída, por um tempo, ao
autor de A flauta Mágica. Assim, talvez devêssemos falar em
sinfonias de n°38, n°39 e n°40.
Bem, tanto faz o númer o. Ir a um concerto e ver uma
orquestra tocando uma sinfonia são hábitos tão arraigados que
talvez possamos nos esquecer o quanto eles são relativamente
recentes, do ponto de vista histór ico. Mozart é contemporâ-
neo tanto do início da prática dos concertos públicos, ou seja,
daqueles acessíveis a qualquer um que adquirisse ingressos (e
não mais no âmbito privado dos palácios), quanto da criação
daquela que se tornaria a forma por excelência da música or-
questral: a sinfonia.
Atribui-se a "paternidade" da forma sinfónica a um amigo
de Mozar t, 24 anos mais velho que ele: Joseph Haydn (1732-
1809, irmão do Michael da sinfonia que se julgou por um tempo
ser a de n°37 de Mozar t). Ele talvez não tenha sido o primeiro
autor a escrever sinfonias, mas deixou um robusto corpo de mais
de cem, que serviu de modelo para todos os autores que viriam
a seguir - inclusive, obviamente, Mozar t, com o qual ele tinha
relação de admiração mútua.
Amadeus escreveu sua primeira partitura sinfónica quando
ainda era um menino-prodígio de oito anos, em sua Salzburgo
natal. Compôs sinfonias em suas andanças europeias, na Holan-
da, Itália e em Paris. Radicado na capital austríaca, Viena, onde
atuava como pianista, professor de piano e o primeiro composi-
tor efetivamente freelancer da história da música desde 1 7 8 1 ,
Mozart compôs sua tríade sinfónica final no verão de 1788.
O pai, Leopold, com o qual Wolfgang correspondia-se cons-
tantemente sobre questões artísticas e musicais, falecera no ano
anterior. Com a ausência das cartas, muito pouco se sabe sobre
as circunstâncias envolvendo as novas obras. Em seu catálogo,
ele registra apenas as datas de composição - revelando a rapidez
que era um dos muitos assombros na vida de Mozart. A Sinfonia
n°39em mi bemol menor, K543, foi concluída em 26 de junho.
Um mês depois, em 25 de julho, estava pronta a Sinfonia n"40
em sol menor, K550. E, por fim, duas semanas depois, em 10
de agosto, Mozart dava por terminada a Sinfonia n°41 em dó
maior, K551, conhecida como Júpiter (apelido dado não pelo
compositor, mas pelo violinista e diretor da ópera de Londres,
Johann Peter Salomon).
22 Dezembro 2021 CONCERTO
t gVZ 1 t * - T? -, ~ .
i ^ - p i L...,.M4 ^ jf , i :.;s
B f f lS Ht t íNjl M - Í H - U ,t .f .4 » f
Manuscrito da Sinfonia n" 41 de Mozart
Não se tem conhecimento dos motivos que levaram Mo-
zart a se debruçar sobre três partituras sinfónicas em tão breve
espaço de tempo nem há qualquer comprovação da execução
das peças durante a vida do compositor. Contudo, parece pouco
provável que um músico sempre assoberbado de trabalho, que
precisava constantemente buscar fontes de renda para prover o
sustento de sua família, tivesse composto "para a gaveta". Em
Viena, Ber lim, Dresden, Leipzig e Frankfurt, nos anos seguintes,
houve aparições públicas de Mozart nas quais as obras podem
ter sido apresentadas (infelizmente, os programas desses concer-
tos não chegaram até nós).
Tampouco parece recomendável ver nelas o "testamento
sinfónico" do compositor, que, com 32 anos, não fazia a menor
ideia de que sua vida seria tão breve e de que nunca mais teria
a oportunidade de escrever sinfonias. O que podemos, sim, ver
e ouvir nas obras é o absoluto domínio da técnica orquestral de
Mozar t, capaz de, em um período tão curto de tempo, escrever
três obras que não apenas encantam pela qualidade intrínseca,
como chamam atenção por por serem tão distintas.
Essas sinfonias são como trigêmeas que possuem, cada
uma, fisionomia e personalidade muito próprias. Identidades
que já começam nas escolhas de tonalidades - jamais arbitrárias
em Mozart. Como sublinha Stanley Sadie em seu estudo sobre
as sinfonias do compositor, as três que ele escolheu para essas
obras são muito emblemáticas e ricas em associações em suas
composições: dó maior, "cerimoniosa, frequentemente marcial;
mi bemol, com calor lírico e riqueza de sonoridade, às vezes
com certa formalidade e grandiosidade; e sol menor, como todas
as tonalidades menores, com urgência e drama, talvez também
páthof. Se a audição isolada de cada uma dessas obras-primas já
é, em si, uma experiência compensadora, o mergulho na trilogia
constitui uma reveladora jornada por uma das mais ricas mentes
musicais jamais existentes. 4
AGENDA
Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo
Thierry Fischer - regente
Dias 2, 3 e 4, Sala São Paulo
 r
H E A T R O
U N I C I P A L

AMAHL E OS
VISITANTES
< DA NOITE
GIAN C A RLO M E N O TTI

< D E Z E M B RO
17 sexta 19h
2021

18 e 19 sábado e domingo 17h

<

b O v
ORQUESTRA SINFÓNICA MUNICIPAL ^Jk
CORO LÍRICO MUNICIPAL
MÁRIO ZACCARO REGÊNCIA
W

2 MARIVONE CAETANO AMAHL

JULIANA STARLING MÃE
PAULO QUEIROZ GASPAR
<
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LU
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3
05

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MÁRCIO MARANGON MELCHIOR
DAVID MARCONDES BALTAZAR

o. DIÓGENES GOMES PAJEM

THEATROMUNICIPAL.ORG.BR/

SINTA-SE A VONTADE.
ACOMPANHE NOSSAS RE D E S SOCIAIS: NA NOSSA CASA OU NA SUA, O THEATRO MUNICIPAL É SEU.

THEATRO MUNICIPAL PRAÇ A DAS ARTE S

f @ theatromunicipalsp f @pracadasartes
Íj @theatromunicipal @
pracadasartes CIDADE DE
^0 @municipalsp M UNÍCIPE SÃO PAULO
J| /theatromunicipalsp
CULTURA

O Theatro Municipal de Sào Paulo faz parte da Secretaria Municipal de Cultura.

• ROTEIRO MUSICAL São Paulo Veja a tua l i za ções diárias da progra ma çã o em www.concerto.com.br
EVENTOS PRESENCIAIS
• 1 QUARTA-FEIRA
19h00 MONTE CRISTO CORAL &
ORQUESTRA. Candlellght: trilhas
sonoras mágicas à luz das velas.
Reapresentação às 21h30.
Sala São Paulo. RS 90 a R$210.
20h00 SOLISTAS DA OSESP. Osesp Masp.
Olga Kopylova - piano, Adrian Petrutiu
e Sung-Eun Cho - violinos, Horácio
Schaeffer - viola e Heloisa Meirelles -
Thierry Fischer
violoncelo. Programa: Mahler - Quarteto
para piano e cordas; e Shostakovich
Sala São Paulo - Quinteto com piano. Com transmissão
Osesp encerra temporada com
digital.
Masp Auditório. Entrada franca.
regência de Thierry Fischer
• 2 QUINTA-FEIRA
O regente titular e diretor musical da Osesp Thier r y Fischer volta ao
Brasil para dirigir os dois últimos programas da temporada. 19h00 Ópera 0 SENHOR BRUSCHINO,
O primeiro será apresentado nos dias 2 ,3 e 4 de dezembro e é dedi- de Rossini. Ensaio aberto. Orquestra do
Theatro São Pedro. Cláudio Cruz - dire-
cado às três últimas sinfonias de Mozar t, conjunto marcante de obras do
ção musical. Veja detalhes dia 3 às 20h.
autor (leia mais sobre as peças na seção Repertório, na página 2 2 ) .
Theatro São Pedro. R$ 20 a RS 80.
Na quinta-feira 2 , Fischer rege as Sinfonias n°39 e n°40; já no dia
3 , com transmissão digital, as Sinfonias n°40 e n°41;, conhecida como 20h00 ORQUESTRA SINFÓNICA DO
Júpiter. E, no dia 4 , a Júpiter será acompanhada da Sinfonia n°39. ESTADO DE SÃO PAULO. Thierry Fischer
- regente. Programa: Mozart - Sinfonia
O segundo programa comandado por Fischer, nos dias 9 (com trans-
n° 39 K 543 e Sinfonia n° 40 K 550.
missão), 10 e 1 1 , começa com a estreia mundial de O/ í, chegança e Reapresentação dia 3 às 20h (com trans-
ímpeto, de Paulo Costa Lima, obra encomendada pela Osesp. Costa Lima missão digital) e dia 4 às 16h30.
é um dos principais autores brasileiros e tem colaborado com a orquestra Sala São Paulo. RS SO a RS 100.
nos últimos anos em diferentes projetos.
Em seguida, Fischer rege as Danças sinfónicas, de Rachmaninov, e
• 3 SEXTA-FEIRA
Milongón festivo, de Piazzolla, encerrando as comemor ações pelo cen-
tenário do compositor argentino. O mesmo programa será apresentado 18h00 CORO DA OSESP. William Coelho
dia 12 de dezembro na Cidade das Ar tes, Rio de Janeir o. - regente. Fernando Tomimura - piano.
O Coro da Osesp faz diversas apresentações ao longo do mês. No dia Programa: Poulenc - Oito canções france-
sas; e Lili Boulanger - Renouveau.
3, com regência de William Coelho e Fernando Tomimur a ao piano, se-
Com transmissão digital.
rão cantadas obras de Poulenc e Lili Boulanger. E, no dia 10, From the Ba-
Sala São Paulo. Entrada franca.
varian Highlands, de Elgar. Os dois concertos terão transmissão digital.
O Coro também participa, nos dias 16, 17 (com transmissão), 18 e 20h00 ORQUESTRA SINFÓNICA DO
19, de concertos com os alunos da Academia da Osesp. Alunos de regên- ESTADO 0E SÃO PAULO. Thierry Fischer -
regente. Programa: Mozart - Sinfonia
cia também farão concerto especial no dia 18, comandando a Orquestra
n° 40 K 550 e Sinfonia n° 41 K 551,
Jovem do Estado.
Júpiter. Com transmissão digital.
Continuidade dia 4 às 16h30.
Sala São Paulo. RS 50 a R$100.
Dia 5, Sala São Paulo
20h00 Ópera O SENHOR BRUSCHINO,
Orquestra Jovem do Estado premia de Rossini. Orquestra do Theatro São
Pedro. Cláudio Cruz - direção musical.
músicos e recebe Fabio Presgrave Caetano Vilela - encenação e ilumi-
nação. Savio Sperondio, SauloJavan,
Lina Mendes, Daniel Umbelino, Eduardo
A Orquestra Jovem do Estado apresenta, no dia 5 , o concerto de
javier Gutiérrez, Gustavo Lassen, Fellipe
premiação do 10° Prémio Ernâni de Almeida Machado, destinado aos Oliveira e Fernanda Nagashima - can-
músicos do grupo que mais se destacaram ao longo do ano. A regência é tores solistas. Duda Arruk - cenografia.
do diretor artístico Cláudio Cr u z. Gabriel Vil leia - figurino e visagismo.
O programa terá como convidado o violoncelista Fabio Presgrave, Reapresentação dias 4, 8, 9,10 e 11
às 20h e dias 5 e 12 às 17h.
professor da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e um dos prin-
Theatro São Pedro. R$ 20 a RS 80.
cipais instrumentistas brasileiros da atualidade (leia mais sobre o artista
na seção Fermata, na página 3 6 ) .
Ele será o solista em Trama, de Mar isa Rezende. A obra estreou em • 4 SÁBADO
2013 na Bienal de Música Brasileira Contempor ânea, com o próprio
11 h00 CORO ACADÉMICO DA OSESP.
Presgrave como solista.
Concertos Matinais.
O concerto terá ainda as Suites n° 1 e n° 2 de Peer Gynt, de Gr ieg.
Sala São Paulo. Entrada franca.
24 Dezembro 2021 CONCERTO
11h00 CAMERATA DE VIOLÕES DO
GURI. Opinião. Thales Maestre - re-
gente. Programa: João Pernambuco
- Graúna; Zé Keti - Opinião; João
do Vale/ José Cândido - Carcará;
Edu Lobo - Boranda; e Carlos Lyra/
Vinicius de Moraes - Marcha da
Quarta-Feira de Cinzas.
Museu Catavento - Tenda. Entrada franca.
11h30 REGIONAL DE CHORO DO GURI.
Prelúdios do Choro. Marcelo Candido
- regente. Programa: José Carvalho de
Bulhões - Irresistível; Chiquinha Gonzaga
- Gaúcho, corta jaca; João Adalto Silva -
0 rebolado da vovó; e Sinhõ - Jura.
Museu Catavento - Tenda. Entrada franca.
12h00 BIG BAND INFANTOJUVENIL DO
GURI. Entre o xote e o reggae. Paula
Valente - regente. Programa: Luiz
Gonzaga/ Zé Dantas - Xote das meninas;
João do Vale - Pisa na Fulô; Gilberto Gil/
Liminha - Vamos fugir; e Peter Tosh -
Johnny B Goode.
Museu Catavento - Tenda. Entrada franca.
16h30 ORQUESTRA SINFÓNICA DO
ESTADO DE SÃO PAULO. Thierry Fischer e
as últimas sinfonias de Mozart. Thierry
Fischer - regente. Programa: Mozart -
Sinfonia n° 39 K 543 e Sinfonia n° 41
K 551, Júpiter.
Sala São Paulo. R$ 50 a R$ 100.
20h00 Ópera O SENHOR BRUSCHINO,
de Rossini. Orquestra do Theatro São
Pedro. Cláudio Cruz - direção musical.
Veja detalhes dia 3 às 20h.
21h00 BRASIL JAZZ SINFÓNICA.
Encontros Históricos. João Maurício
Galindo - regente. Hermeto Pascoal e
Arismor do Espírito Santo- multi-instru-
mentistas e Hamilton de Holanda -
bandolim.
Sala São Paulo. RS 50 a RS 180.
• 5 DOMINGO
11h00 ORQUESTRA EXPERIMENTAL DE
REPERTÓRIO. Concertos Matinais. Jamil
Maluf - regente. Cláudio Micheletti
- violino. Programa: Nepomuceno -
Sinfonia em sol menor; e Saint-Saéns -
Concerto para violino n° 3.
Sala São Paulo. Entrada franca.
11 hOO ORQUESTRA SINFÓNICA CARLOS
GOMES. Concerto de Natal. Ricardo
Rossetto Mielli - regente. Jeanne
Pontes - soprano. Programa: obras
de Lully, Hàndel, Bizet, Ippolitov
Ivanov e Denza, e canções natalinas.
Teatro Liberdade. Entrada franca.
11h00 BANDA INFANTOJUVENIL
OO GURI. Danças. Gesiel Vilarubia -
regente. Programa: David Shaffer
- Chant and tribal dance; Tielman
Susato - Renaissance dance; Rimsky-
-Korsakov - Dance of the Tumblers;
Nazareth - Odeon; e Michael Jackson
-Thriller.
Masp Auditório. Entrada franca, ingressos
on-line 2h antes.
11H30 BANDA JUVENIL DO GURI Guri
no Coreto. Marcelo Silveira - regente.
Programa: Pedro Salgado - Dois cora-
ções; Hudson Nogueira - Quatro danças
brasileiras, Marcha Rancho e Choro;
Anacleto de Medeiros - Os boémios;
e Mestre Duda - Suite Nordestina.
Masp Au d it ó rio . Entrada franca, ingressos
on-line 2h antes.
16h00 ORQUESTRA JOVEM DO ESTADO.
10° Prémio Ernâni de Almeida Machado.
Cláudio Cruz - regente. Fabio Presgrave
- violoncelo. Programa: Marisa Rezende -
Trama; e Grieg - Peer Gynt: Suite n° 1
e Suite n° 2.
Sala São Paulo. RS 30.
16h00 CORAL JUVENIL DO GURI. Amar.
Giuliana Frozoni - regente. Programa:
Vítor Gabriel de Araújo - Cantiga de
amores; Antonio Ribeiro - Pai Nosso IV
e Viajar!; e Helen Chadwick - Amar.
Masp Au d it ó rio . Entrada franca.
16h30 CORAL INFANTIL 00 GURI. Yara
Campos - regente. Programa: Chopin/
Stefan Witwicki - Canções polonesas:
n° 1 Devaneio e n° 7 A mensageira;
Criação Coletiva - A lebre a tartaruga;
Yara Campos - Leve como um pássaro e 0
que é, o que é?; e Ana Paula Miqueletti/
Leo Cunha - Feito e confeito.
Masp Au d it ó rio . Entrada franca.
17h00 Ópera O SENHOR BRUSCHINO,
de Rossini. Orquestra do Theatro São
Pedro. Cláudio Cruz - direção musical.
Veja detalhes dia 3 às 20h.
17h00 CORAL DE FAMILIARES 00 GURI.
Amanhã vai ser outro dia. Deborah Rossi
- regente. Programa: Martinho da Vila -
Canta, canta minha gente; Chico Buarque
- Apesar de você; Milton Nascimento/
Tiago lorc - Mais bonito não há; e Pitty -
Serpente.
Masp Au d it ó rio . Entrada franca.
17h00 ORQUESTRA INSTITUTO GPA.
Daniel Misiuk - regente. Renata Jaffé -
direção artística. Apresentação dia 12
às 12h20 na Catedral da Sé e dia 18
às llh no Theatro São Pedro.
Instituto Tomie Ohtake
18h00 ORQUESTRA FILARMÓNICA
DAS ARTES. Queen Sinfónico.
Alessandro Ferreira - regente. Tânia
Moura Gomez - soprano e Rafa
Gusmão - cantor.
Teatro UMC. RS 120 e RS 80 (antecipado).
Vendas: https:/ / www.tiketera.com.br/ .
• 6 SEGUNDA-FEIRA
20h00 Ópera GIANNI SCHICCHI, de
Puccini. Cia Ópera São Paulo. Paulo
Abrão Esper - direção geral e artística. • 11 SÁBADO
Edson Piza - direção musical e piano.
Gustavo Lassen - direção cénica. Tomás
Davi, Daniel Umbelino e Raquel Paulin - FABIO MARTINO - piano e ALEJANDRO
cantores solistas.
Teatro It ália. Entrada franca.
• 8 QUARTA-FEIRA
20h00 Ópera O SENHOR BRUSCHINO,
de Rossini. Orquestra do Theatro São
Pedra. Cláudio Cruz - direção musical.
Veja detalhes dia 3 às 20h.
• 9 QUINTA-FEIRA
18h30 BANDA JOVEM DO ESTADO.
Ensaio aberto. Danças Brasileiras para
além do samba Mónica Giardini -
regente. Ari Colares - percussão.
Veja detalhes dia 18 às I6h.
Theatro São Pedro.
19h00 QUARTETO DE COROAS
DA CIDADE OE SÃO PAULO. Betina
Stegmann e Nelson Rios - violinos,
Marcelo Jaffé - viola e Rafael Cesário -
violoncelo. Programa: Debussy - Quarteto
de cordas em op. 10; e Charles Ives -
Quarteto de cordas n° 1. Reapresentação
dia 10 às 19h.
Praça das Artes - Sala do C o n serva t ó rio .
RS 20.
20h00 ORQUESTRA SINFÓNICA DO
ESTADO DE SÃO PAULO. Thierry Fischer
- regente. Programa: Paulo Costa Lima
- Ojí, chegança e ímpeto (encomenda
Osesp, estreia mundial); Rachmaninov
- Danças Sinfónicas op. 45; e Piazzolla -
Milongón Festivo. Reapresentação dia
10 às 20h (com transmissão digital)
e dia 11 às 16h30.
Sala São Paulo. RS 50 a RS 100.
20h00 Ópera O SENHOR BRUSCHINO,
de Rossini. Orquestra do Theatro São
Pedro. Cláudio Cruz - direção musical.
Veja detalhes dia 3 às 20h.
• 10 SEXTA-FEIRA
18h00 CORO DA OSESP. William Coelho
- regente. Fernando Tomimura - piano.
Programa: Elgar - From the Bavarian
Highlands. Com transmissão digital.
Sala São Paulo. Entrada franca.
18h30 BANDA JOVEM 00 ESTADO.
Ensaio aberto. Veja detalhes dia 18
às 16h.
19h00 QUARTETO DE COROAS DA
CIDADE DE SÃO PAULO. Veja detalhes
dia 9 às 19h.
20h00 ORQUESTRA SINFÓNICA DO
ESTADO DE SÃO PAULO. Thierry Fischer -
regente. Com transmissão digital.
Veja detalhes dia 9 às 20h.
20h00 Ópera O SENHOR BRUSCHINO,
de Rossini. Orquestra do Theatro São
Pedro. Cláudio Cruz - direção musical.
Veja detalhes dia 3 às 20h.
11 hOO SÃO PAULO CHAMBER SOLOISTS,
ALDANA - violino. Concertos Matinais.
Programa: Alexandre Guerra - Fantasia
Theatro Municipal
Programação de final de ano tem
ópera e Vespro de Monteverdi
A Orquestra Sinfónica Municipal
realiza, em dezembro, dois importan-
tes programas, com os quais encerra
sua temporada.
O primeiro traz a ópera Ahmal e
os visitantes da noite, de Menotti, que
será apresentadas nos dias 1 7 ,1 8 e 19,
sob regência de Már io Zaccaro. O elen-
co será composto por membros do Coro
Lírico Municipal: Marivone Caetano,
Juliana Starling, Paulo Queiroz, Mareio
Marangon, David Marcondes e Diógenes Gomes.
Na obra, os três reis magos, a caminho de conhecer o menino Jesus,
hospedam-se em um casebre onde vivem uma mãe e seu filho, que anda
com a ajuda de uma muleta. Quando partem, o menino quer dar a eles
algo para levarem como presente. Sem nenhuma posse, Ahmal acaba
oferecendo aos reis sua própria muleta - e é curado.
Já nos dias 2 0 ,2 1 e 2 2 , com regência de Roberto Minczuk, a orques-
tra se une ao Coral Paulistano para interpretar uma das mais importantes
peças do repertório sacro: Vespro dela Beata Vergine, de Monteverdi.
A obra, do início do século XVli, é a versão musical dos textos das vésperas
das festas marianas. Vésperas, na tradição católica, são as orações feitas durante
um horário específico da tarde, enquanto as festas marianas referem-se a episó-
dios da vida de Maria. De escopo ambicioso, as Vésperas revelam a diversidade
da escrita de Monteverdi e sua maestria no trabalho com o coro.
A programação do mês oferece ainda dois concertos da Orquestra
Experimental de Repertório. No primeiro, no dia 5 , na Sala São Paulo
dentro da série Concertos Matinais, Cláudio Micheletti sola no Concerto
para violino n°3 de Saint-Saêns, sob regência de Jamil Maluf, que co-
manda a orquestra também na Sinfonia em sol menor de Nepomuceno.
E, no dia 19, maestro e orquestra voltam ao palco do Theatro Municipal
com a Suite Masque rade, de Khachaturian, e a Sinfonia n°2 de Nielsen.
Theatro São Pedro
Caetano Vilela dirige ópera de
Rossini no Theatro São Pedro
O amor entre dois jovens; um velho senhor que se recusa a
abrir mão da moça de quem é guardião; rivalidades entre famílias.
A ópera II signor Bruschino tem todos os ingredientes das grandes
comédias de Rossini. E ganha montagem em dezembro no Theatro
São Pedro (leia mais na seção Palco, na página 14).
Participam os cantores Saulo Javam, Savio Sperandio, Lina
Mendes, Daniel Umbelino, Fernanda Nagashima e Gustavo Las-
sen, A direção cénica é de Caetano Vilela, que trabalhou com Duda
Ar r uk (cenários) e Gabriel Villela (figurinos). A direção musical é de
Cláudio Cr u z, que rege a Orquestra do Theatro São Pedro. As réci-
tas acontecem nos dias 2 (ensaio aberto), 3 , 4 , 5 , 8 , 9 , 1 0 , 1 1 e 12.
Em seguida, a casa apresenta espetáculo que vai reunir a Or-
questra do Theatro São Pedro, a Orquestra Jovem do Theatro São
Pedro e a Academia de ópera do Theatro São Pedro. Sob direção de
Mauro Wrona e Norma Gabriel e com regência de Carlos Moreno,
serão apresentados trechos de obras como Madalena, de Villa-Lobos,
Carmen, de Bizet, e Orfeu no inferno, de Offenbach, entre outros.
As apresentações serão realizadas nos dias 18 e 19.
Dezembro 2021 CONCERTO 25
• ROTEIRO MUSICAL São Paulo Veja a t u a l i z a ç õ e s d i á ri a s da p r o g r a m a ç ã o e m www.concerto.com.br

Dia 5, Auditório Ibirapuera (on-line)
Heliópolis convida Sylvia Thereza
A Sinfónica Heliópolis recebe no
Sylvia
dia 5 de dezembro a pianista Sylvia
Thereza
1 £" M*§" " ' Ther eza para apresentação no Audi-
1 tório Ibirapuera. À frente da orquestra
16h30 MONTE CRISTO CORAL &
ORQUESTRA. Candlelight: trilhas
sonoras mágicas à luz das velas.
Reapresentação às 19h.
Sala São Paulo. R$ 90 a R$ 2 1 0 .
17h00 Ópera O SENHOR BRUSCHINO,
de Rossini. Orquestra do Theatro São
Pedro. Cláudio Cruz - direção musical.
20h00 ALUNOS DA ACADEMIA DA
OSESP e CORO DA OSESP. William Coelho
- regente. Veja detalhes dia 16 às 20h.
Com transmissão digital.
20h00 CORAL JOVEM DO ESTADO. Tiago
Pinheiro - regente. Marília Vargas -
preparação vocal e regente. Sin Ae Lee

1
- piano, Liuba Klevtsova - harpa e Yara
estará o maestro Edilson Ventureli. Veja detalhes dia 3 às 20h. Ungarelli - viola da gamba. Programa:
Thereza é um dos principais no- Britten - A Ceremony of Carols; Schubert
mes da nova geração do piano brasi- - Stãndchen, Gondelfahrer, Widerspruch
• 14 TERÇA-FEIRA e Nachtigall; Garcia de Zespedes -
leiro. Radicada na Bélgica, ela teve
Convidando está la noche; Anónimo
entre seus professores a pianista Ma- 19h00 BRUCE LIU - piano. Concurso
(Peru) - Oy nasce una clara estrella;
ria João Pires. Ela tem se apresentado Chopin 2021. Programa: Chopin -
e Milton Nascimento - Cálix Bento.
com destaque em palcos europeus, Scherzo n° 4 op. 54, Sonata n° 2
Theatro São Pedro. R$ 30.
op. 35 e Variações op. 2.
além de participar das temporadas
Sala São Paulo.
U B brasileiras.
• m
No concerto, ela vai interpretar a • 18 SÁBADO
Rapsódia sobre um tema de Paganini, de Rachmaninov. A peça, estreada • 15 QUARTA-FEIRA
em 1934, se assemelha a uma obra concertante para piano e orquestra, 11h00 CLASSE DE REGÊNCIA DA
18h30 BANDA JOVEM DO ESTADO. ACADEMIA DE MÚSICA DA OSESP e
mas é construída em um só movimento. Seu ponto de partida é um tema
Ensaio aberto. Veja detalhes dia 18 ORQUESTRA SINFÓNICA JOVEM DO
criado por Paganini, que vai sendo retrabalhado ao longo da partitura. às 16h. ESTADO. Concertos Matinais.
O programa se completa com a Sinfonia n" 9, Do novo mundo, Sala São Paulo. Entrada franca.

escrita por Dvorák durante o período em que viveu nos Estados Unidos.
É uma de suas obras mais famosas. • 16 QUINTA-FEIRA 11h00 ORQUESTRA INSTITUTO GPA.
Daniel Misiuk - regente. Renata Jaffé -
18h30 BANDA JOVEM DO ESTADO.
direção artística.
Ensaio aberto. Veja detalhes dia 18
Dia 5, Fundação Maria Luisa e Oscar Americano Theatro São Pedro.
às I6h.

Pianistas relembram Nelson Freire 20h00 ALUNOS DA ACADEMIA DA OSESP
e CORO DA OSESP. William Coelho - re-
A Fundação Maria Luisa e Oscar Americano vai realizar um evento gente. Natália Áureo - soprano, Clarissa
especial em homenagem ao pianista Nelson Freire, no dia 5 Apresentam- Cabral - mezzo soprano, Mônica Weber
-se Eduardo Monteiro, Er ika Ribeiro e Lucas Thomazinho. Consulte o Bronzati - contralto, Luiz Guimarães -
tenor e joão Vilar Ladeira - barítono.
Site CONCERTO para mais detalhes sobre a apresentação.
Programa: Tomás Luís de Victoria - 0
Magnum Mysterium; Poulenc - Quatro
motetos para a época de Natal; Tavener -
16h00 BANDA JOVEM DO ESTADO.
Danças Brasileiras para além do samba.
Mónica Giardini - regente. Ari Colares
- percussão. Programa: Ari Colares/ Dino
Barioni - Xaxará; Ari Colares - Quilombo,
Dona Dindinha, Canoa e Fé; Tradicional/
Anónimo - Suite Carimbos; Mestre
Totonho - Suite Jongo.
Theatro São Pedro.

The Lamb; Eric Whitacre - Lux Aurumgue;

para piano e cordas, Rodin & Camille
(estreia mundial); e Kapustin - Concerto
duplo para piano e violino (estreia latino-
-americana)
Sala São Paulo. Enfiada Iranca.
11hOO SÉRIE APRENDIZ DE
MAESTRO. Série Tucca. Espetáculo
O misterioso distanciamento de
Papai Noel. Sinfonieta TUCCA
Fortíssima. João Maurício Galindo
- regente. Daniel Warren e Luciana
Romanzini - atores. Participação:
Djeiko Henes, Sheila Negro e Suzana
Rebelo - bailarinos. Reapresentação
dia 12 às llh.
Teatro FAAP. Ingressos a partir de R$ 80
(beneficente). Informa çõe s: hltps:/ / www.
tucca.org.br/ .
13h00 CORO OSVALDO LACERDA.
Osvaldo Lacerda: 10 anos de sauda-
de. Bruno Costa - direção e regente.
Participação: Eudóxia de Barros e Lucca
Verdi - pianos, Felipe Bernardo - órgão,
Gustavo Ananias - clarinete, Ludmillo
Thompson - soprano e Ivy Szot - mezzo
soprano. Programa: Lacerda - Salmo 22;
Missa Santa Cruz; Sonata n° 1; Estudo
n° 12; Fuga saudosa; Melodia; 0 menino
doente; Seresta Antiga; Saudade; Cateretè
e Saudades.
Pateo do Collegio Ingressos: valor vol unt á ri o.
16h30 ORQUESTRA SINFÓNICA DO
ESTADO DE SÃO PAULO. Thierry Fischer -
regente. Veja detalhes dia 9 às 20h.
20h00 Ópera 0 SENHOR BRUSCHINO,
de Rossini. Orquestra do Theatro São
Pedro. Cláudio Cruz - direção musical.
Veja detalhes dia 3 às 20h.
21h00 BRASIL JAZZ SINFÓNICA.
Encontros Históricos. Ruriá Duprat-
regente. Carlinhos Brown e Margoreth
Menezes - cantores.
Sala São Paulo R$ 50 a R$ 1 8 0 .
• 12 DOMINGO
11 hOO CORO ACADÉMICO DA OSESP.
Concertos Matinais.
Sala São Paulo. Entrada Iranca.
11h00 SÉRIE APRENDIZ DE MAESTRO.
Série Tucca. Espetáculo 0 misterioso
distanciamento de Papai Noel. Veja
detalhes dia 11 às l l h.
12h20 ORQUESTRA INSTITUTO GPA.
Daniel Misiuk - regente. Renata Jaffé
- direção artística. Programa: Holst -
St Pauis Suite; Sibelius - Impromptu;
Villani-Cõrtes - Cinco miniaturas brasilei-
ras; Mozart - Concerto para trompa n° 3;
e Bartók - Danças romenas.
Catedral da Sé.
e Saint-Saèns - Oratório de Natal.
Reapresentação dia 17 às 20h (com trans-
missão digital), dia 18 às 16h30 e dia 19
às llh, pela série Concertos Matinais.
Sala São Paulo. R$ 50
20h00 BIG BAND DA ORQUESTRA
JOVEM TOM JOBIM. Festival de Fim de
Ano. Maestro Branco, Nelson Ayres,
Tiago Costa e Paulo Braga - regentes.
Programa: Baden Powell/ Vinicíus de
Moraes - Consolação; Elias Almeida -
Esquina; Tom Jobim - Stone Flower; José
Roberto 8ranco/ Pedro Melo Dos Santos -
Sorongo; Theo de Barros/ Geraldo Vandré -
Disparada; Vinícius Dorin - Caminho cerde;
e Villa-Lobos - 0 trenzinho do caipira.
Theatro São Pedro. R$ 30.
• 17 SEXTA-FEIRA
19h00 Ópera AMAHL E OS VISITANTES
DA NOITE, de Gian Carlo Menotti.
Concerto de Natal. Orquestra
Sinfónica Municipal e Coro Lírico.
Mário Zaccaro - regente. Marivone
CaetanoJuliana Starling, Paulo Queiroz,
Márcio Morongon, David Marcondes
e Diógenes Gomes - cantores solistas.
Reapresentação dias 18 e 19 às 17h.
Com transmissão digital.
Theatro Municipal. R$ 10 a R$ 60.
16h30 ALUNOS DA ACADEMIA DA
OSESP e CORO DA OSESP. William
Coelho - regente. Veja detalhes dia
16 às 20h.
17h00 Ópera AMAHl E OS VISITANTES
DA NOITE, de Gian Menotti. Concerto de
Natal. Orquestra Sinfónica Municipal e
Coro Lírico. Mário Zaccaro - regente.
Veja detalhes dia 17 às 19h.
20h00 ORQUESTRA 00 THEATRO SÃO
PEDRO, ORQUESTRA JOVEM DO THEATRO
SÃO PEDRO e ACADEMIA DE ÓPERA DO
THEATRO SÃO PEDRO. Encerramento da
Temporada. Carlos Moreno - regente.
Mauro Wrona e Norma Gabriel - di-
reção cénica. Programa: Villa-Lobos -
Magdalena; Geronimo Giménez - La boda
de Luiz Alonso; Pablo Luna - El nino judió;
Bizet - Carmen e Pescadores de pérolas;
Offenbach - Orfeu no inferno; Léhar -
A viúva alegre; J. Strauss - 0 morcego;
Gruber - Noite feliz. Reapresentação
dia 19 às 17h.
Theatro São Pedro. R$ 30.
21h00 BRASIL JAZZ SINFÓNICA.
Encontros Históricos. Aldo Brizzi - regen-
te e compositor. Gilberto Gil - voz
e violão. Reapresentação dia 19 às 19h.
Sala São Paulo. R$ 50 a R$ 180.

26 Dezembro 2021 CONCERTO


• 19 DOMINGO
11 hOO ALUNOS DA ACADEMIA DA OSESP
e CORO DA OSESP. Concertos Matinais.
William Coelho - regente. Veja detalhes
dia 16 às 20h.
Sala São Paulo. Enlrada franca.
11h00 ORQUESTRA EXPERIMENTAL
UE REPERTÓRIO. Jamil Maluf - regen-
te. Programa: Khachaturian - Suite
Masquerade; e Nielsen - Sinfonia n° 2,
Os quatro temperamentos.
Praça das Artes - Sala do Conservatório.
RS 10 a R$ 30.
14h00 ACADEMIA DA OSESP.
Concerto de encerramento.
Sala São Paulo. Entrada franca.
16h00 ACADEMIA DA OSESP.
Concerto de encerramento.
Sala São Paulo. Entrada franca.
17h00 Ópera AMAHL E OS VISITANTES
DA NOITE, de Gian Menotti. Concerto de
Natal. Orquestra Sinfónica Municipal e
Coro Lírico. Mário Zaccaro - regente.
Veja detalhes dia 17 às I9h.
17h00 ORQUESTRA DO THEATRO SÃO
PEDRO, ORQUESTRA JOVEM 00 THEATRO
SÃO PEDRO e ACADEMIA DE ÓPERA DO
THEATRO SÃO PEDRO. Encerramento da
Temporada. Carlos Moreno - regente.
Mauro Wrona e Norma Gabriel - direção
cénica. Veja detalhes dia 18 às 20h.
21h00 BRASIL JAZZ SINFÓNICA.
Encontros Históricos. Veja detalhes
dia 18 às 21 h.
Endereços São Paulo
Catedral da Sé - Praça da Sé - Sé -
Tel. (11) 3107-6832 - https:/ / pt-br.
facebook.com/ catedraldasesp/
Instituto Tomie Ohtake - Av. Brig.
Faria Lima, 201 - Pinheiros - Tel.
(11) 2245-1900 - https:/ / www.
institutotomieohtake.org.br/
Masp Auditório - Av. Paulista, 1578 -
Cerqueira César-Tel. (11) 3149-5959
- https:/ / masp.org.br.
Museu Catavento - Av. Mercúrio, s/ n°
- Parque Dom Pedro II - Tel. (11) 3246-
4067 - https:/ / museucatavento.org.br/
Pateo do Collegio - Praça Pateo do
Collegio, 2 - Centro - Tel. (11)3105-
6899 - https:/ / www.pateodocollegio.
com.br/
Praça das Artes - Avenida São João,
2 8 1 -Sé -Te l . (11) 3225-8201 -
https:/ / theatromunicipal.org.br/ pt-br/
praca-das-artes/
Sala São Paulo - Praça Júlio Prestes,
16 - Campos Ellseos - Tel. (11) 3777-
5240. http:/ / osesp.art.br/ . Vendas de
ingressos: https:/ / osesp.byinti.eom/ #/
• 20 SEGUNDA-FEIRA
19h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
MUNICIPAL e CORAL PAULISTANO.
Vésperas de Monteverdi. Roberto
Minczuk - regente. Programa:
Monteverdi - Vespro delia beata
vergine. Reapresentação
dias 21 e 22 às I9h.
Theatro Municipal
R$ 1 0 a R$ 60.
• 21 TERÇA-FEIRA
19h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
MUNICIPAL e CORAL PAULISTANO.
Vésperas de Monteverdi. Veja detalhes
dia 20 às 19h.
• 22 QUARTA-FEIRA
19h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
MUNICIPAL e CORAL PAULISTANO.
Vésperas de Monteverdi. Veja detalhes
dia 20 às 19h.
• 23 QUINTA-FEIRA
16h00 ACADEMIA DA OSESP.
Concerto de encerramento.
Sala São Paulo. Entrada franca.
20h00 ACADEMIA DA OSESP.
Concerto de encerramento.
Sala São Paulo. Entrada franca. •<
ticket/ . Transmissão digital: https:/ /
www.youtube.com/ user/ videososesp.
Teatro Faap - Rua Alagoas, 903 -
Higienópolis - Tel. (11) 3662-7233 -
https:/ / www.faap.br/ teatro/
Teatro Itália - Av. Ipiranga, 344 -
Edifício Itália - Tel. (11) 2122-2474 -
https:/ / teatroitalia.com.br/
Teatro Liberdade - Rua São Joaquim,
129 - Liberdade - Tel. (11) 3207-9760 -
https:/ / infinitus.com.br/
Teatro UMC - Av. Imperatriz
Leopoldina, 550 -Tel. (11) 3832-9100
- https:/ / teatroumc.com.br/ .
Theatro Municipal - Praça Ramos
de Azevedo, s/ n° - Sé - Tel. (11)
3053-2090 - https:/ / theatromunicipal.
org.br/ pt-br/
Theatro São Pedro - Rua Barra
Funda, 161 - Barra Funda-Tel.
(11) 3661-6600. Transmissão
ao vivo gratuita pelo https:/ /
youtube.com/ TheatroSaoPedroTSP.
Vendas: https:/ / theatrosaopedro.
byinti.com/ .
Berliner
Philharm oniker
Digital Concert Hall
Digital Concert Hall
A Filarmónica de Berlim em sua casa
Acesse pelo Site CONCERTO
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Filarmónica de Berlim
p r o g r a m a ç ã o de
dezembro de 2021
SÁBADO • 4 DE DEZEMBRO • 15H
(reapresentação domingo 5 de dezembro, 9h)
Semyon Bychkov, regente
Kirill Cerstein, piano
Chen Reiss, soprano
Thomas Larcher - Concerto para piano e orquestra
(encomenda conjunta da Berliner Philharmoniker Foundation,
Ceská filharmonie, Wiener Konzerthaus, Nederlandse Publieke
Omroep, BBC Radio 3, Danish National Symphony Orchestra e
Bergen Filharmoniske Orkester)
Custav Mahler - Sinfonia n° 4 em sol maior
DOMINGO • 5 DE DEZEMBRO • 7H
MEMB ROS DA BERLINER PHILHARMONIKER
Sarah Willis
Obras de Johannes Brahms, Pyotr llyich Tchaikovsky
e Modest Mussorgsky (arr. Joshua Davis)
SÁBADO • 11 DE DEZEMBRO • 15H
(reapresentação domingo 12 de dezembro, 8h)
Andris Nelsons, regente
H à k a n Hardenberger, trompete
Juri Reinvere - Maria Anna, wach, im Nebenzimmer (Maria Anna,
desperta, no quarto ao lado), Noturno para grande orquestra
Mieczyslaw Weinberg - Concerto para trompete e orquestra, op. 94
Igor Stravinsky - A sagração da primavera
SÁBADO • 18 DE DEZEMBRO • 15H
(reapresentação domingo 19 de dezembro, 8h)
Zubin Mehta, regente
Okka von der Damerau, mezzo-soprano
Coro feminino do Rundfunkchor Berlin,
Meninos do Berlin State and Cathedral Choir
Custav Mahler - Sinfonia n° 3 em ré menor
SEXTA-FEIRA • 31 DE DEZEMBRO • 13:30H
(reapresentação sábado 7 0 de janeiro de 2022, 8h)
Kirill Petrenko, regente
Janine Jansen, violino
Erich Wolfgang Korngold -
Incidental Music to Much ado about nothing: Overture
Max Bruch - Concerto para violino e
orquestra n° 1 em sol menor, op. 26
Richard Strauss - Schlagobers, Orchestral Suite (excertos)
Fritz Kreisler - Liebesleid (Love's Sorrow)
Mauhce Ravel - La Valse
• ROTEIRO MUSICAL Brasil Veja a tua l i za ções diárias da p rogra ma çã o em www.concerto.com.br
Sala Cecília Meireles
EVENTOS PRESENCIAIS
Sala homenageia Nelson Freire
• BELO HORIZONTE. MG
e faz festival contemporâneo
• PALÁCIO DAS ARTES - Av. Afonso
A agenda da sala começa no Pena, 1537 -Centro-Tel. (31) 3236-7400
dia 2 , com mais uma programação - https:/ / fcs.mg.gov.br. R$ 50.
da série Sala de Câmar a: o Madr i- Transmissão gratuita pelo Youtube.
gal Contempor âneo vai apresen- 21/ 12 20h00 ESPETÁCULO
tar obras de Guer r a-Peixe, Ernâni VIRAMUNDO - Uma ópera
contemporânea. Encerramento da
Aguiar, Gustavo de Sá, Rodrigo
Temporada de Ópera On-line 2021 da
Mar coni, Eduardo Biato, Lúcio
Fundação Clóvis Salgado. Da Academia
Zandonadi, Isabella Rollim, Alexan- de Ópera, Ateliê de Criação: Dramaturgia
dre Schubert e Ronaldo Mir anda. e Processos Criativos. Gabriel Rhein-
Schirato - curadoria. Livio Sabog -
No dia 4 , será realizado um reci-
encenadora. Orquestra Sinfónica de
tal em homenagem ao pianista Nel-
Minas Gerais, Coral Lírico e solistas
son Fr eir e, que morreu no dia I o de
convidados. Programa: Circunvagante.
novembro. Dele, vão participar nomes da nova geração de pianistas brasi- Música: Maurício de Bonis. Libreto:
leiros: Er ika Ribeiro, Juliana Steinbach, Lucas Thomazinho e Pablo Rossi. Luiz Eduardo Frin. As três mortes de
Geraldo Viramundo. Música: André
Em dezembro, a Sala Cecília Meir eles r ealiza também o Festival Sala
Mehmari. Libreto: Ricardo Severo.
Contempor ânea. No dia 3 , a pianista Mar ina Spoladore interpreta peças
Não gosto de corpo acostumado.
de Mar isa Rezende, Takemitsu, Pauxy Gentil-Nunes e Ligeti. No dia 5 , Música: Denise Garcia. Libreto: Djalma
apresenta-se o Quinteto Villa-Lobos. A soprano Doriana Mendes faz re- Thúrler. O julgamento. Música: Thais
cital com a pianista Ingrid Barancoski no dia 10, com destaque para as Montanari. Libreto: Bruna Tameirão.
Canções elegíacas e vocalises para soprano e piano amplificado, escri- Vira mundo, vira flor. Música: Antonio
Ribeiro. Libreto: Juliano Mendes. Rita
tas por George Cr umb a partir de poemas de Walt Whit man .
Clemente - encenação. Miriam Menezes
Em seguida, no dia 1 1 , apresenta-se o Abstrai Ensemble, cujo trabalho
- cenografia. Sayonara Lopes - figurinos.
com a música nova é referência. A regência será de Leonardo Labrada, R$ 25 a R$ 50. Vendas: www.eventim.
que também é responsável pela percussão. E o programa tem a estreia com.br.
mundial de Unlocking Clocks, de Alexandr e Lunsqui, e de A danação de
Pedro, de Rodrigo Cicch elli, além de obras de Maur ício de Bonis, Acácio • SALA MINAS GERAIS - Rua Tenente
Brito Melo, 1090 - Barro Preto - Tel.
Piedade, Ar thur Kampella, Webern e Stockhausen.
(31) 3219-9000 - https:/ / filarmonica.
art.br/ . Ingressos: R$ 50 a R$ 155.
Transmissão ao vivo pelo YouTube -
https:/ / www.youtube.com/ user/
Sala Cecília Meireles, dia 8
FilarmonicaMG.
Pianista Sylvia Thereza é solista 04/ 12 18h00 ORQUESTRA
FILARMÓNICA DE MINAS GERAIS. Série
da Orquestra Petrobras Sinfónica Fora de Série. A orquestra contemporâ-
nea. Fabio Mechetti - regente. Rafael
A Orquestra Petrobras Sinfónica e seu diretor artístico Isaac Alberto - marimba. Programa: Adams
-The Chairman Dances: foxtrot para
Karabtchevsky se reencontram no dia 8 , na Sala Cecília Meir eles.
orquestra; Yoshimatsu - Concerto para
O programa começa com o Concerto para piano e orquestra marimba, Bird Rhythmics; e Villa-Lobos -
n"23 de Mozart, com solos da pianista Sylvia Ther eza. A artista foi Bachianas brasileiras n° 2.
aluna de Maria João Pires e volta ao Brasil após longa turnê pela Europa. Com transmissão digital.
Na sequência, Karabtchevsky rege uma de suas especialidades: 09/ 12 20h30 ORQUESTRA
o compositor russo Igor Stravinsky. Dele, será apresentada a suite FILARMÓNICA DE MINAS GERAIS. Série
do balé Pulcinella, obra em que o compositor explor a a linguagem Presto. Fabio Mechetti - regente.
Juliana Steinbach - piano. Programa:
da commedia delParte.
Saint-Saèns - Sansão e Dalila: Bacanal,
Concerto para piano n° 2 e Sinfonia n° 3,
Órgão. Reapresentação dia 10 às 20h30,
pela série Veloce. Dia 9: com transmissão
Cidade das Artes, dia 4
digital.
Orquestra Rio Sinfónica interpreta 16/ 12 20h30 ORQUESTRA
FILARMÓNICA DE MINAS GERAIS. Série
obras-chave de Tchaikovsky Allegro. Fabio Mechetti - regente.
Concentus Musicum de Belo Horizonte.
Iara Fricke Matte - regente do coro.
A Orquestra Rio Sinfónica faz, no dia 4 , uma apresentação dedicada Marly Montony - soprano, Ana Lucio
à música de Tchaikovsky, com regência de Már io Barcelos e solos do Benedetti - mezzo soprano, Fernando
pianista Nivaldo Tavar es. Serão apresentadas a Polonaise, conhecida pas- Portari - tenor e Savio Sperandio - baixo-
-barítono. Programa: Stravinsky -
sagem instrumental da ópera Eugene Oneguin; o Concerto para piano
0 pássaro de fogo: Suite (versão 1919),
n° 1 e a Sinfonia n"5. A Rio Sinfónica foi criada por Tavares e Barcelos
e Beethoven - Sinfonia n° 9, Coral.
em 2 0 2 0 e tem se apresentado na Cidade das Ar tes, com o objetivo de Reapresentação dia 17 às 20h30, pela
levar ao público apresentações gratuitas ou com ingressos de valor redu- série Vivace, e sessão extra dia 18 às
zido e de repensar o r itual do concerto sinfónico. 18h. Dia 16: com transmissão digital.
28 Dezembro 2021 CONCERTO
• BRASÍLIA. DF
• TEATRO DA UNIVERSIDADE CATÓLICA -
QS 07 - Lote 01 - EPCT - Taguatinga - Tel.
(61) 3356-9202 - https:/ / ucb.catolica.
edu.br/ portal/ evento/ teatto-catolica/ .
04/ 12 18h00 Ópera OS 7 PECADOS
CAPITAIS, de Kurt Weill. Libreto de
Bertolt Brecht. Versão para piano. Rafael
Ribeiro - piano e direção musical. Carlos
Laredo - direção cénica. Aida Kellen,
Aline Araújo, Gustavo Rocha, Daniel
Menezes e Rafael Luiz - tenores e
Marlon Maio - barítono - cantores solis-
tas. Manu Castelo Branco - iluminação.
Márcio Perretti - figurino. Reapresentação
às 20h. Entrada franca.
• CAMPINAS, SP
• CATEDRAL METROPOLITANA DE
CAMPINAS - Praça José Bonifácio,
s/ n° -Centro-Tel. (19) 3231-
2085 - https:/ / web.facebook.com/
catedralmetropolitanadecampinas/ ?_
rdc=1&_fdr
04/ 12 19h30 ORQUESTRA SINFÓNICA
MUNICIPAL DE CAMPINAS. Concertos na
Catedral. Victor Hugo Toro - regente.
Adonhiran Reis, Rommel Fernandes
e Winston Ramalho - violinos.
Programa: Vivaldi - Destro Armonico.
Reapresentação dia 5 às 11h30.
Entrada franca.
• CONCHA ACÚSTICA DO TAQUARAL -
Av. Dr. Heitor Penteado, s/ n° - Portão 2
- Parque Portugal - Tel. (19) 3256-9959 -
https:/ / novo.campinas.sp.gov.br/
19/ 12 18h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
MUNICIPAL DE CAMPINAS. Concerto
Especial de Natal. Victor Hugo Toro -
regente. Thayana Roverso - soprano
e Vinícius Atique - barítono. Programa:
canções natalinas tradicionais. Entrada
franca.
• CAMPOS DO
JORDÃO, SP
• TORIBA MUSICAL - Hotel Toriba -
Tel. (12) 3668-5000 - www.toriba.com.br.
Entrada franca. Não hóspedes: consultar
disponibilidade. Sala da Lareira.
04/ 12 17h30 NATHÁLIA SERRANO -
contralto, MARCELLO MESQUITA - tenor,
MARCO ANTONIO BERNARDO - piano.
Paulo Esper - direção. Programa: Saint-
-Saèns - Trechos de Sansão e Dalila.
Palcoscenico.
11/ 12 19h30 NÁDIA ZANOTELLO
- soprano e ANTONIO LUIZ BARKER
- piano. Programa: trechos de Mozart
- As bodas de Fígaro e Cosi fan tutte;
Bizet - Carmen; Korngold - Die tote
Stadt; Dvorak - Rusalka; Puccini - Tosca;
Bellini - Norma; Villa-Lobos - Bachianas
brasileiras n° 5,; e Lehar - Giuditta.
18/ 12 17h30 RAQUEL PAULIN-sopra-
no, DANIEL UMBELINO - tenor, GUSTAVO
LASSEN - baixo, ANDREY MIRA - baixo-
-barítono e DANIEL GONÇALVES - pia-
no. Paulo Esper - direção. Programa:
Donizetti - Trechos de 0 elixir do amor.
Palcoscenico.
24/ 12 19h30 ANTONIO LUIZ BARKER
- piano, DADO MAGNELLI - saxofone,
clarinete e flauta e ROGÉRIO BOTTER
MAIO - contrabaixo. Participação: Karen
Stephanie - soprano e Johnny França
- barítono. Programa: temas clássicos,
natalinos, jazz standards, bossa nova
e grandes sucessos da música.
25/ 12 19h30 KAREN STEPHANIE -
soprano, JOHNNYFRANÇA - barítono
e ANTONIO LUIZ BARKER - piano.
Programa: árias de óperas.
31/ 12 19h30 ANTONIO LUIZ BARKER
- piano, DADO MAGNELLI - saxofone,
clarinete e flauta e ROGÉRIO BOTTER
MAIO - contrabaixo. Trio de réveillon.
Programa: temas clássicos, jazz standards,
bossa nova e grandes sucessos da música.
01/ 01 19h30 CRISTIANE MESQUITA
- soprano, MARCELO MESQUITA - te-
nor e ANTONIO LUIZ BARKER - piano.
Programa: árias de óperas e canções
populares.
• CARAGUATATUBA. SP
• HOTEL ATLÂNTICO SUL - Auditório -
Rua Sebastião Nepomuceno, 77.
50 lugares.
18/ 12 19h30 MARIA LUIZA FRANÇA
- piano, PRISCILA BASTOS DE SOUZA -
violino e DOUGLAS SANTOS - violoncelo.
IMAC/ Projeto MusicAmar. Programa:
obras de Saint Saèns, Mendelssohn,
Sibelius, Elgar, Massenet, Schubert e
Piazzola e Bartolomeu Vaz. R$ 50,
reserva pelo tel. (12) 98131-6688.
• COSMÓPOLIS. SP
• TEATRO DA ESCOLA PAULO FREIRE -
Rua Sete de Abril, 649 - Damiano - Tel.
(19) 3812-2227 - cosmopolis.sp.gov.br/
05/ 12 18h00 PABLO DE LEÓN - violino,
HORÁCIO SCHAEFER - viola e ROBERTO
RING - violoncelo. Concertos EPTV.
Participação: Abner Landim - violino e
André Micheletti - violoncelo. Programa:
Haydn - Quarteto n° 4 op. 76, Aurora;
e Schubert - Quinteto D. 956. Entrada
franca, retirar ingressos duas horas antes.
• CURITIBA. PR
• CENTRO CULTURAL TEATRO GUAÍRA
- Auditório Bento Munhoz Da Rocha
Neto (Guairão) - Rua XV de Novembro,
971- Tel. (41) 3304-7900 - http:/ / www.
teatroguaira.pr.gov.br.
05/ 12 10h30 ORQUESTRA SINFÓNICA
DO PARANÁ Stefan Geiger - regente.
Programa: Beethoven - Abertura Egmont; e
Schumann - Sinfonia n° 1. Entrada franca.
19/ 12 18h30 COROE ORQUESTRA
SINFONIA BRASIL GRande concerto de
Natal. Norton Morozowicz - regente.
Paulo Szot - barítono.
• ESTADO DE SC Sala Minas Gerais
• 9° FESTIVAL INTERNACIONAL MÚSICA Filarmónica de Minas Gerais toca
Nona sinfonia de Beethoven
NA SERRA
De 1° a 4 de dezembro
Direção geral: Isabel Boggio
Direção artística: Jeon Reis A série Fora de Sér ie, em que a
Produção executiva: Edite Moraes Filarmónica de Minas Gerais recon-
https:/ / www.musicanaserra.com.br/ tou a história da orquestra, ter mina
no dia 4 de dezembro, com Fabio
URUBICI. SC
Mechetti apresentando a orquestra
• IGREJA MATRIZ NOSSA SENHORA MÃE contempor ânea, com obras de John
DOS HOMENS - Rua Policarpo de Souza Adams, Yoshimatsu e Villa-Lobos.
Costa, 1176.
O maestro, em seguida, volta a
01/ 12 19h00 VERSATILIS ENSEMBLE.
comandar o grupo em seus últimos
Jeon Reis e Elias Vicente Souza - violinos,
concertos de assinaturas. Os dois
Marcelo jaffé - viola, Raphael Buratto -
violoncelo, Mauricio Souza - contrabaixo primeiros acontecem nos dias 9 e
e Flávio Augusto - piano. Programa: 10, e celebram a música do com-
Chopin - Concerto para piano n° 2; Carlos positor francês Camille Saint-Saêns.
Gomes - Sonata em ré, Burrico de pau;
Schubert - Quinteto D. 667, Truta; e
As apresentações começam com o Bacanal, da ópera Sansão e Dalila;
Miguel Angelo Ruiz - Batuque. em seguida, o Concerto para piano n°2 será interpretado pela pianista
Juliana Steinbach (leia entrevista com a artista na seção Em conversa, na
LAGES, SC página 10). E, para encerrar, a Sinfonia n°3, Órgão, peça marcante da
produção sinfónica do autor.
• TEATRO MARAJOARA - Rua Pres.
Nereu Ramos, 64 - Centro. Após apresentar e registrar nos últimos dois anos as sinfonias de
02/ 12 19h00 ENSEMBLE VERSATILIS Beethoven, a Filarmónica termina a temporada com a única delas que fal-
e QUARTETO DA CIDADE DE SÃO PAULO. tava: a Sinfonia n° 9, que será mostrada nos dias 16 e 17 e terá sessão
1 a parte: Ensembre Versatilis: jeon Reis extr a no dia 18. A obra será precedida da suite O pássaro de fogo, de
e Elias Vicente Souza - violinos, Marcelo
Stravinsky, em sua versão de 1919.
jaffé - viola, Raphael Buratto - violonce-
lo, Mauricio Souza - contrabaixo e Elavio Participam dos concertos a soprano Mar ly Montoni, a mezzo sopra-
Augusto - piano. Participação: Sorah no An a Lúcia Benedetti, o tenor Fernando Portari e o baixo Savio Speran-
Migliori- mezzo soprano. Programa: dio, além do coro Concentus Musicum de Belo Hor izonte.
Schubert - Quinteto D. 667, Truta; Miguel
Angelo Ruiz - Batuque; Homenagem a
Anita Garibaldi: Bellini - Ária de I Capuleti
e I Montecchi; e Korngold - Mariettas
Lied. 2 a parte: Quarteto de Cordas da Porto Alegre, dias 4 e 18
Cidade de São Paulo: Betina Stegmann
e Nelson Rios - violinos, Marcelo Jotfé
- viola e Raphael Cesário - violoncelo.
Ospa encerra o ano com obras
Programa: Debussy - Quarteto para
cordas op. 10.
de Sibelius, Daniel Wolff e Ravel
04/ 12 20h00 ORQUESTRA VERSATILIS e Após um ano de apresentações nas quais recebeu importantes
TONINHO FERRAGUTTI - acordeão Jean maestros e solistas, com público presencial e transmissões pela in-
Reis - direção artística e regente. Betina ter net, a Orquestra Sinfónica de Porto Alegre faz seus dois últimos
Stegmann, João Titton, Elias Vicente de
concertos do ano, nos dias 4 e 18, na Casa da Ospa.
Souza, Mário Marcai, Nelson Rios, Andre
No dia 4 , o grupo será regido pelo maestro turco Hakan Sensoy.
Sanches, Arthur Barbosa e Heitor Rosa -
A orquestra vai apresentar a Valsa triste, de Sibelius, o Concerto
violinos; Marcelo jatíé, Renato Bondei e
Emerson Biaggi- violas; Raphael Cesário, para clarinete e orquestra de cordas, de Daniel Wolff, com Diego
Vona Bock e Raphael Buratto - violonce- Grendene de Souza, e obras de Ravel: a Pavana para uma infanta
los; e Mauricio Souza e Marcos Gabriel
morta e a suite Mamãe ganso.
- contrabaixos. Participação: Sarah
Já no dia 18, volta ao pódio o diretor artístico e regente titular Evan-
Miglioli - mezzo soprano. Programa:
Elgar - Serenata op. 20; Gerardo Matos dro Matté para uma apresentação especial para marcar o final de ano.
Rodrigues/ Ángel Gregorio Villoldo Arroyo
- Comparsos; Villa-Lobos - Canção do
amor, da Floresta Amazônica; Guarnieri
- Canção Ingénua; e Toninho Ferragutti -
Sanfonema, Só sol, Pedro, Forró campeão,
Curitiba, dia 19
Solo Quando me lembro, Redentora,
Reloginho, Nem sol nem lua.
Paulo Szot é convidado em
RIO DO SUL. SC concerto para marcar o Natal
• TEATRO DOMINGOS VENTURINI -
O barítono Paulo Szot, com uma carreira que já o levou aos princi-
Ruy Barbosa, 204-Budag.
03/ 12 20h00 ORQUESTRA VERSATILIS pais palcos do mundo, desembarca em dezembro em Cur itiba para um
e TONINHO FERRAGUTTI - acordeão. concerto de Natal no Teatro Guaír a. A apresentação, no dia 19, terá
Jean Reis - direção artística e regente. a participação do Coro & Orquestra Sinfonia Br asil, sob o comando do
Sarah Miglioli - mezzo soprano. maestro Norton Mor ozowicz.
Dezembro 2021 CONCERTO 29
• ROTEIRO MUSICAL Brasil
Programa: Elgar - Serenata op. 20;
Villoldo Arroyo - Comparsos; Villa-
Lobos - Canção do amor; Guarnieri
- Canção Ingénua; e Toninho Ferragutti
- Sanfonema, Só sol, Pedro, Forró
campeão, Solo quando me lembro,
Redentora, Nem sol nem lua.
• FRANCA, SP
• TEATRO JUDAS ISCARIOTES - Rua José
Marquês Garcia, 395 - Cidade Nova - Tel.
(16) 3702-2706.
03/ 12 20h00 PABLO DE LEÓN - violino,
HORÁCIO SCHAEFER - viola e ROBERTO
RING - violoncelo. Concertos EPTV.
Participação: Abner Landim - violino e
André Micheletti - violoncelo. Programa:
Haydn - Quarteto n° 4 op. 76, Aurora;
e Schubert - Quinteto D. 956. Entrada
franca, retirar ingressos duas horas antes.
• ILHABELA, SP
• TEATRO DE VERMELHOS - Parque
Nelson Freire - Av. Governador Mário
Covas Júnior, n° 11.970 - Ingressos:
www.inti.org.br
28/ 12 20hOO JOÃO BOSCO - cantor e
HAMILTON DE HOLANDA - bandolim.
Vermelhos 2021. Concertos de Ano Novo.
Show " Eu vou pro samba" .
29/ 12 20h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
00 THEATRO MUNICIPAL DE SÃO PAULO
e FILARMÓNICA DE NEW MÉXICO (EUA).
Vermelhos 2021. Concertos de Ano Novo.
Roberto Minczuk - regente. Juliana
Steinbach - piano, Lina Mendes - sopra-
no, Aníbal Mancini - tenor e Leonardo
Neiva - barítono. Programa: 1 a parte:
Homenagem a Nelson Freire. Beethoven
- Concerto para piano n° 5, Imperador.
2 a parte: Carl Orff - Carmina burana.
R$ 40 a R$ 70.
• LIMEIRA, SP
• TEATRO VITÓRIA - Praça Toledo de
Barros, s/ n° - Centro - Teí. ((19) 3451-
6679 - https:/ / www.limeira.sp.gov.br/
sitenovo/
04/ 12 20h00 PABLO DE LEÓN-
violino, HORÁCIO SCHAEFER - viola
e ROBERTO RING - violoncelo.
Concertos EPTV. Participação: Abner
Landim - violino. Programa: Mozart -
Réquiem K 626 (versão para quarteto
de cordas de P. Lichtenthal); e Schubert
- Quinteto n° 14 D. 810, A morte e
a donzela. Entrada franca, retirar de
ingressos duas horas antes.
• LONDRINA. PR
• 41° FESTIVAL INTERNACIONAL DE
MÚSICA DE LONDRINA
De 5 a 11 de dezembro
Direção artística: Marco Antonio
de Almeida
Direção pedagógica: Magali Kleber
Programação: https:/ / fiml.art.br
30 Dezembro 2021 CONCERTO
• TEATRO MÃE DE DEUS - Av. Rio de
Janeiro, 670 - Tel. (43) 3878-6800.
05/ 12 21 hOO QUATERNAGLIA -
quarteto de violões.
• BAR VALENTINO - Rua Pref. Faria Lima,
486-Tel. (43) 3348-0791.
05/ 12 22h00 GRUPO VOCAL ENTRE
NÓS. Censurar ninguém se atreve.
08/ 12 22h00 CLUBE DO CHORO.
09/ 12 22h00 BIG BAND VÍTOR GORNI.
Tocando Raul Seixas.
10/ 12 22h00 BANDA SENHOR
BONIFÁCIO.
• CULTURAL HALL - Rua Prof. João Cândido,
1156 - Centro - Tel. (43) 3375-9912.
08/ 12 19h00 PLANTÃO SORRISO.
Balanço mas não cai.
• CONCHA ACÚSTICA - Rua Piauí, 130
- Centro.
09/ 12 19h30 BANDA MAMAQUILLA.
• TEATRO OURO VERDE - Rua Maranhão,
85 - Centro - Tel. (43) 3322-6381.
10/ 12 20h30 ORQUESTRA SINFÓNICA
DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE
LONDRINA e IVAN LINS.
11/ 12 20h30 CAMERATA FUKUDA e
LEONARDO JAFFÉ - violino.
• CALÇADÃO DE LONORINA.
Favor confirmar horário.
06/ 12 20h30 BIG BAND VÍTOR GORNI.
08/ 12 20h30 ORQUESTRA
SOLIDARIEDADE SEMPRE.
16/ 12 20h30 CORAL UNICANTO.
• MACAÉ, RJ
• SOCIEDADE MUSICAL NOVA AURORA -
Av. Rui Barbosa, 551 - Centro - Tel.
(22) 99824-7356.
16/ 12 16h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
JOVEM MARIUCCIA IACOVINO. Jony
William Videla Vianna - direção geral.
Hodyllon Martins - coordenação
artística. Programa: Bizet - Carmen,
suite n° 1; Rossini - William Tell,
abertura; Francesco Sartori/ Lucio
Quarantotto - Con te partirá; Dvorak -
Sinfonia n° 9 p; Guerra Peixe - Mourão;
Luis Mauricio Carneiro - Festa no sertão
e Fantasia Festiva de Natal; Ary Barroso
- Aquarela do Brasil; Joe Darion/ Mitch
Leigh - The impossible Dream;
e Edwin Hawkins - Oh Happy Day.
Entrada franca.
• PARAGUAÇU
PAULISTA, SP
• CINE TEATRO MUNICIPAL - Rua
Manílio Gobbi, 124-176 -Centro -
Tel. (18) 3361-6518.
03/ 12 20h30 EUDÓXIA DE BARROS-
piano. 4° Festival de Música de Paraguaçu
Veja a tua liza ções diárias da progra ma çã o em www.concerto.com.br
Paulista. Programa: Haydn - Sonata em dó
maior; Beethoven - Seis variações sobre
a Marcha turca; Liszt - Valsa Mephisto n°
1; Lacerda - Homenagem a Scarlatti e
Estudo n° 12; Mignone - Valsa de esquina
n° 3; Eduardo Souto - Do sorriso da mu-
lher nasceram as flores e Um chôro na
Praia Grande; Nazareth - Escorregando;
Zequinha de Abreu - Branca, Sururu na
cidade e Tico-tico no fubá.
04/ 12 20h30 JÚLIO PESSOTI - violoncelo
e EUDÓXIA DE BARROS - piano.
4° Festival de Música de Paraguaçu
Paulista. Programa: Schumann -
Peças de fantasia, entre outras.
• PORTO ALEGRE, RS
• CASA DA OSPA - Av. Borges de
Medeiros, 1.501 - Praia de Belas - Tel. (51)
3222-7387 - https:/ / www.ospa.org.br/ .
Bilheteria on-line: https:/ / uhuu.com/ .
Bilheteria física: sexta-feira, das 12h às 17h,
e sábado, das 9h até o horário do concerto.
Transmissões on-line ao vivo gratuita pelo
YouTube da orquestra e pela plataforma
https:/ / culturaemcasa.com.br/ .
04/ 12 17h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
DE PORTO ALEGRE. Série Casa da Ospa.
Hakan Sensoy (Turquia) - regente.
Diego Grendene de Souza - clarinete.
Programa: Sibelius - Valsa triste; Daniel
Wolff - Concerto para clarinete; e Ravel
- Pavana para uma infanta morta e Suite
Mamãe ganso.
18/ 12 17h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
DE PORTO ALEGRE. Série Casa da Ospa.
Concerto de final de ano. Evandro Matté
- direção artística.
• RIBEIRÃO PRETO, SP
• THEATRO PEDRO II - Rua Álvares
Cabral, 370 - Centro - Tel. (16) 3977-8111
- https:/ / www.theatropedro2.com.br/
02/ 12 20h00 PABLO DE LEÓN - violino,
HORÁCIO SCHAEFER - viola e ROBERTO
RING - violoncelo. Concertos EPTV.
Participação: Abner Landim - violino e
André Micheletti - violoncelo. Programa:
Haydn - Quarteto n° 4 op. 76, Aurora;
e Schubert - Quinteto D. 956. Entrada
franca, retirar ingressos duas horas antes.
• RIO DAS OSTRAS, RJ
• TEATRO POPULAR RIO DAS OSTRAS
- Avenida Amazonas, s/ n° - Tel. (22)
2764-1703 - https:/ / www.riodasostras.
rj.gov.br/ unidades-culturais/ .
02/ 12 19h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
JOVEM MARIUCCIA IACOVINO. Jony William
Villela Vianna - direção geral. Hodyllon
Martins - coordenação artística. Programa:
Bizet - Carmen, suite n° 1; Rossini - William
Tell, abertura; Francesco Sartori/ Lucio
Quarantotto - Con te partirá; Dvorák -
Sinfonia n° 9 p; Guerra Peixe - Mourão;
Luis Mauricio Carneiro - Festa no sertão
e Fantasia Festiva de Natal; Ary Barroso -
Aquarela do Brasil; Joe Darion/ Mitch Leigh
- The impossible Dream; e Edwin Hawkins
- Oh Happy Day. Entrada franca.
• RIO DE JANEIRO. RJ
• CIDADE DAS ARTES - Grande Sala -
Av. das Américas, 5300 - Barra da
Tijuca-Tel. (21) 3325-0102 -
http:/ / cidadedasartes.rio.rj.gov.br/
04/ 12 19h00 ORQUESTRA RIO
SINFÓNICA. Mário Barcelos - regente.
Nivaldo Tavares - piano. Programa:
Tchaikovksy - Polonaise de Eugene
Onegin, Concerto para piano n° 1 e
Sinfonia n° 5. R$ 70; vendas: https:/ /
bileto.sympla.com.br/ event/ 69963.
12/ 12 20h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
DO ESTADO DE SÃO PAULO. Thierry
Fischer - regente. Programa: Paulo Costa
Lima - Ojí, chegança e ímpeto (encomen-
da Osesp, estreia mundial); Rachmaninov
- Danças Sinfónicas op. 45; e Piazzolla -
Milongón Festivo. R$ 50.
18/ 12 20h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
BRASILEIRA. Concerto de Natal. Roberto
Tibiriçá - regente. Programa: Rossini
- Abertura La Gazza Ladra; J Strauss II -
Tritsch-Tratsch Polka; J. Strauss - Danúbio
azul; Offenbach - Barcarola; Tchaikovsky
- Suite n° 1, 0 quebra-nozes; Tibiriçá -
Seleção de Natal. Reapresentação dia
19 às 18h. R$ 70.
• FIMA - FESTIVAL INTERATIVO
DE MÚSICA E ARQUITETURA
De 10 a 21 de dezembro
Idealização: Pablo Castellar.
Programação: fima.art.br.
• MUSEU DE ARTE MODERNA - MAM -
Av. Infante Dom Henrique, 85 - Parque do
Flamengo-Tel. (21) 3883-5600 -
https:/ / mam.rio/ .
18/ 12 11 hOO ORQUESTRA PETROBRAS
SINFÓNICA. Sons da Primavera. Concertos
de Câmara ao ar livre. Entrada franca.
• MUSEU HISTÓRICO NACIONAL - Praça
Mal. Âncora, s/ n° - Centro - Tel. (21)
3299-0324 - http:/ / mhn.museus.gov.br/
11/ 12 IlhOO ORQUESTRA PETROBRAS
SINFÓNICA. Sons da Primavera. Concertos
de Câmara ao ar livre. Entrada franca.
• PARQUE LAGE - Rua Jardim Botânico,
414-Jardim Botânico-Tel. 21 2334-
4088 - http:/ / eavparquelage.rj.gov.br/
servicos/ parque-lage/ historia/ .
04/ 12 11 hOO ORQUESTRA PETROBRAS
SINFÓNICA. Sons da Primavera. Concertos
de Câmara ao ar livre. Entrada franca.
Reapresentação dia 5 às 11 h.
• SALA CECÍLIA MEIRELES - Rua da Lapa,
47 - Centro - Tel. (21) 2332-9223 - http:/ /
salaceciliameireles.rj.gov.br/ - https:/ /
www.youtube.com/ c/ salaceciliameíreles.
02/ 12 19h00 MADRIGAL
CONTEMPORÂNEO. Série Música de
Câmara. Danielly Souza - regente.
Programa: Guerra-Peixe - Temas de
Carimbo; Ernâni Aguiar - Canto e Stella
Caeli; Gustavo de Sá - Líricas mari-
nhas de Manuel Bandeira; Rodrigo
Marconi - A vista; Eduardo Biato - Coros
Drummondianos; Lúcio Zandonadi -
Lacrimosa, dies illa; Isabella Rollim -
Pie Jesu; Alexandre Schubert -
Magnificat; e Ronaldo Miranda -
Três cânticos breves. R$ 40.
03/ 12 19h00 MARINA SPOLADORE
- piano. Festival Sala Contemporânea.
Programa: Marisa Rezende - Miragem;
Pauxy Gentil-Nunes - Canções da velha
era; Toru Takemitsu - Rain Tree Sketch II
(In memoriam Olivier Messiaen); e Ligeti
-Música Ricercata. R$ 40.
04/ 12 16h00 ERIKA RIBEIRO, JULIANA
STEINBACH, LUCAS THOMAZINHO e
PABLO ROSSI - pianos. Concerto em ho-
menagem a Nelson Freire. Erika Ribeiro
- piano. Programa: Chopin - Barcarolle
op. 60; e Villa-Lobos - Valsa da dor. Pablo
Rossi - piano. Programa: Schubert -
Fantasia Wanderer. Lucas Thomazinho
- piano. Programa: Villa-Lobos -
Rudepoema. Juliana Steinbach - piano.
Programa: Gluck - Dança dos espíritos
abençoados; Schumann - Fantasia op. 17;
e Villa-Lobos - Festa no Sertão. R$ 10.
05/ 12 17h00 QUINTETO VILLA-LOBOS.
Festival Sala Contemporânea. R$ 40.
08/ 12 19h00 ORQUESTRA PETROBRAS
SINFÓNICA. Isaac Karabtchevsky -
regente. Sylvia Thereza - piano.
Programa: Mozart - Concerto para
piano n° 23 K 488; Stravinsky -
Pulcinella: Suite. R$ 40.
10/ 12 19h00 DORIANA MENDES - so-
prano e INGRIO BARANCOSKI - piano.
Festival Sala Contemporânea. Programa:
Erik Satie - Três melodias; Cacilda
Borges Barbosa - Cânticos n°s 15,19
e 22; Luciano Berio - Quatro canções
populares; Antonio Guerreiro - Trovas
ciganas; Almeida Prado - Quatro poemas
de Manuel Bandeira; e George Crumb -
Apparition. R$ 40.
11/ 12 19h00 ABSTRAI ENSEMBLE.
Festival Sala Contemporânea. Leonardo
Labrada - regente e percussão. Pedro
Bittencourt - direção artística e saxofones.
Programa: Alexandre Lunsqui - Unlocking
Clocks (estreia mundial); Maurício de
Bonis - Trapos e fios soltos; Arthur
Kampela - Percussion Studies n° 3 (estreia
brasileira); Anton Webern - Quarteto
op. 22; Stockhausen - Saxofon; Acácio
Piedade - Onapapitsi (estreia brasileira);
e Rodrigo Cicchelli - A danação de Pedro
(estreia mundial). R$ 40.
12/ 12 17h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
BRASILEIRA. Concurso Chopin 2021.
Roberto Tibiriçá - regente. Bruce Liu
- piano. Programa: Chopin - Andante
Spianato e Polonaise op. 22; Mazurkas
op. 33; e Concerto para piano op. 11.
R$ 40. Vendas: https:/ / www.sympla.
com.br/ .
19/ 12 17h00 ORQUESTRA PETROBRAS
SINFÓNICA. Concerto de Fim de Ano.
Isaac Karabtchevsky - regente. R$ 40.
• TEATRO RIACHUELO - Rua do Passeio,
38/ 40 - Centro - Tel. (21) 3554-2934 -
https:/ / www.teatroriachuelorio.com.br/ .
07/ 12 19h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
BRASILEIRA. Série A OSB do Brasil.
Homenagem à Região Nordeste.
Lantranco Marcelletti - regente. Ilhabela, dias 28 e 29
Participação: Maestro Spok e Elba Ramalho
- cantora, Marcos Arcanjo - viola e Rafael
Meninão - sanfona. Reapresentação dia 8
às19h. R$ 50aR$ 80.
• SANTA MARIA
DE IETIBÁ, ES
• PRAÇA CENTRAL - Praça Waldemar
Stange, s/ n° .
11/ 12 19h00 GRUPO DE METAIS E
PERCUSSÃO DA ORQUESTRA SINFÓNICA
DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Série
Concertos Itinerantes. Hélder Tretzger -
regente. Programa: músicas natalinas.
• SANTOS, SP
• TEATRO GUARANY- Praça dos
Andradas, 100 - Tel. (13) 3219-3828.
07/ 12 20h00 ORQUESTRA INSTITUTO
GPA. Daniel Misiuk - regente. Renata
Jaffé - direção artística. Entrada franca.
• VITÓRIA, ES
• CASA DA MÚSICA SÔNIA CABRAL -
Praça João Clímaco, s/ n° - Centro - Tel.
(27) 3132-8398 - https:/ / secult.es.gov.
br/ palacio-da-cultura-sonia-cabral
01/ 12 19h00 ORQUESTRA SINFÓNICA DO
ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Série Quarta
Clássica. Hélder Trefzger - regente. Duo
Fernando Rueda - contrabaixo e Jorge
Saadi - piano. Programa: Obras de Jorge
Saadi, Cariê Lindenberg, Tom Jobim, Henry
Mancini e Marcos Valle, entre outros. R$ 2.
• CENTRO CULTURAL SESC GLÓRIA -
TEATRO - Av. Jerônimo Monteiro, 428
- Centro - Tel. (27) 3232-4750 - https:/ /
sesc-es.com.br/ cultura.
09/ 12 19h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Série
Quinta Clássica. Hélder Trefzger - re-
gente. Lucas Rodrigues - flauta e Maini
Moreno - harpa. Programa: Suppé
- Abertura de Cavalaria ligeira; Mozart -
Concerto para flauta e harpa;
e Beethoven - Sinfonia n° 5. R$ 10.
16/ 12 19h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
00 ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Série
Concertos Especiais. Hélder Trefzger - re-
gente. Lucas Azevedo - violino, Felipe
Medeiros - contrabaixo e Elias Belmiro -
violão. Programa: J. Strauss - Abertura de 0
morcego; Bottesini - Gran Duo Concertante;
Bizet - Entreatto de Carmen; Rodrigo -
Concerto de Aranjuez; J. Strauss Jr. - Tritsch
Tratsch Polka; J. Strauss I - Marcha Radetzky;
e Leroy Anderson - A Christmas Festival.
Reapresentação dia 17 às 19h. R$ 10.
• PARQUE BOTÂNICO DA VALE -
Av. Expedicionários, s/ n° -
Tel. (27) 3333-6200.
05/ 12 11 hOO ORQUESTRA SINFÓNICA
DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO. Série
Concertos Especiais. Concerto de Natal.
Hélder Trefzger - regente. Programa: músi-
cas natalinas e clássicas. Entrada franca. <
Vermelhos celebra o Ano Novo
| O Teatro de Ver melhos, em
t Ilhabela, no litoral de São Paulo,
| vai realizar apresentações mu-
0 sicais de final de ano. Com elas,
s vai marcar sua reabertura após o
1 período de pandemia. E não só.
Durante a pr ogr amação, também
será inaugurado em Vermelhos o
Parque Nelson Fr eir e, em home-
nagem ao pianista, morto no início
de novembro, que tocou no teatro
e m 2 0 1 6 ,2 0 1 7 e 2 0 1 8
O primeiro evento da agenda,
no dia 2 8 , é o show "Eu vou pro samba", com João Bosco e Hamilton de
Holanda. Já no dia 2 9 , sobe ao palco uma orquestra sinfónica especial-
mente formada, com regência do maestro Roberto Min czuk.
Na primeira parte, será apresentado o Concerto para piano e orques-
tra n"5de Beethoven, um dos pilares do repertório de Fr eir e. A solista
será a pianista Juliana Steinbach, que em entrevista publicada na página
10 fala de sua relação com o artista. Na segunda parte, será a vez da can-
tata Carmina burana, de Car l Orff, com a soprano Lina Mendes, o tenor
Anibal Mancini e o barítono Leonardo Neiva.
Londrina, dias 5 a 11
Londrina realiza 41 a edição
9
O Festival Inter nacional de Música de Londr ina r ealiza, entre os dias
5 e 1 1 , sua quadragésima primeira edição. A direção pedagógica é de Ma-
gali Kleber e a direção artística, do pianista Marco Antonio de Almeida.
Além de toda a atividade pedagógica, o festival promove uma série
de concertos. Entre os destaques estão o Quaternaglia, no dia 5 , a Sinfóni-
ca da Universidade Estadual de Londrina (dia 10) e a Camerata Fukuda,
cujo concerto, no dia 1 1 , terá o violinista Leonardo Jaffé como solista.
Campos do Jordão
Hotel Toriba tem mês movimentado
Apesar da pandemia, o Hotel Toriba deu passos importantes em sua
pr ogr amação, com a apresentação de uma ópera completa em outubro,
Gianni Schicchi, de Puccin i, em um palco especialmente constr uído.
Em dezembro, serão sete apresentações, com mais ópera. No dia 4 ,
a contralto Nathália Serrano e o tenor Marcelo Mesquita interpretam
trechos da ópera Sansão e Dalila, de Saint-Saêns. E, no dia 18, Daniel
Umbelino, Raquel Paulin, Gustavo Lassen e Andr ey Mir a cantam trechos
de O elixir do amor, de Donizetti.
A agenda tem ainda recitais da soprano Nádia Zanotello (dia 11); da
soprano Karen Stephanie e do barítono Johnny França (dia 2 5 ); e do tenor
Marcelo Mesquita e da soprano Cristiane Mesquita (dia I o de janeiro).
Haverá também apresentações nas vésperas de Natal e de Ano-novo.
Mariana, dia 18 (on-line)
Orquestra Ouro Preto festeja Natal
A Orquestra Our o Preto celebra o Natal com uma apresentação em
Mar iana, cidade histórica de Minas Ger ais, no dia 18 de dezembro. Será
encenado o espetáculo Um conto de Natal, de Char les Dickens, em par-
ceria com o Grupo Pigmalião - Escultur a que Mexe. A adaptação foi feita
pelo maestro Rodrigo Toffolo, que uniu a clássica história de Dickens com
o Concerto feito para a Noite de Natal, de Ar cângelo Cor elli. Toffolo
também comanda a orquestra.
Dezembro 2021 CONCERTO 31
• ROTEIRO MUSICAL On-line Veja a tua liza ções diárias da progra ma çã o em www.concerto.com.br

• CURITIBA, PR 18/ 12 20h30 ORQUESTRA • SÃO PAULO. SP • ORQUESTRA INSTITUTO GPA -

• ORQUESTRA SINFÓNICA DO PARANÁ -
Transmissão gratuita pelas mídias sociais.
05/ 12 17h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
00 PARANÁ. Clássicos Regionais. Projeto
Portinari. Programa: Bento Mossurunga
- Devaneio, sonho e romance.
Reapresentação dia 19 às 17h.
11/ 12 17h00 ORQUESTRA SINFÓNICA
00 PARANÁ e BALÉ TEATRO GUAÍRA.
Café com Bach. Programa: Bach -
Invenção n° 15.
• OURO PRETO. MG
• ORQUESTRA OURO PRETO -
Transmissão pelo YouTube.
OURO PRETO. Participação: Grupo
Pigmalião. Programa: Charles
Dickens - Um conto de Natal (adapta-
ção do Maestro Rodrigo Toffolo);
e Corelli - Concerto para a noite
de Natal.
• RIO DE JANEIRO. RJ
• ASSOCIAÇÃO DE CANTO CORAL.
Transmissão gratuita
pelo YouTube.
15/ 12 18hOO FESTIVAL DE COROS
DE NATAL. Associação de Canto Coral.
Programa: canções natalinas por um dos
oito coros da ACC. Apresentações até dia
23, sempre às 18h.
• ARONNE PIANOS. Transmissão gratuita
pelas mídias sociais.
18/ 12 17h00 LUCAS TH0MA2INH0
- piano. Série Jovens Talentos Aronne
Pianos. Programa: Scriabin - Fantasia op.
28; e Wagner/ Liszt - Abertura Tannhãuser.
• FUNDAÇÃO MARIA LUISA E OSCAR
AMERICANO - Transmissão gratuita pelo
YouTube. Informações: https:/ / www.
concertosfmloa.com/ .
12/ 12 11h30 CRISTIAN BUOU-piano.
Programa: J. S. Bach/ E. Petri - Ária da
Cantata BWV 208, Schafe kõnnen si-
cher weiden; Schumann - Kreisleriana;
Guarnieri - Ponteios n° 30 e n° 45; e
Chopin - Scherzo n° 1 op. 20.
Transmissão pelo YouTube:
www.youtube.com/ user/ lnstitutoGPA.
04/ 12 16h00 ORQUESTRA INSTITUTO
GPA. Daniel Misiuk - regente. Renata
Jaffé - direção artística.
• ORQUESTRA SINFÓNICA HELIÓPOLIS
- Transmissão pelo YouTube e mídias
sociais do Instituto Baccarelli.
Acesso gratuito.
05/ 12 18h00 ORQUESTRA
SINFÓNICA HELIÓPOLIS e SYLVIA
THEREZA-piano. Programa:
Rachmaninov - Rapsódia sobre um
tema de Paganini; e Dvorák -
Sinfonia n° 9, Do novo mundo. -N

• OUTROS EVENTOS

13° CONCURSO DE PIANO PROF" EDNA BASSETTI HABITH.
Homenagem a Mozart Camargo Guarnieri. Quatro cate-
gorias: 7 a 10 anos, 11 a 14 anos, 15 a 18 anos e 19
a 27 anos. Para alunos de escolas de música e pianistas
residentes no Brasil e paises do Mercosul. Final em junho
em Curitiba. Premiação em dinheiro. Inscrições até 10 de
janeiro. RS 60. Regulamento, premiação e inscrição: ht-
tps:/ / concursodepiano.com.br/ .
CURSOS. On-line. Com Elisa Freixo. 1) La Nativité du
Seigneur de Olivier Messiaen, dias 1, 2 e 3 de dezembro.
2) Cantata BWV 61, Nun komm der Heiden Heiland de
J.S. Bach, dias 4 e 5 ou 7, 8 e 9 de dezembro. 3) Missa
Pastoril de José Mauricio Nunes Garcia, dias 11 e 12 ou Bremen e Christian Tetzlaff - violino. Dias 22 e 23 de
13,15 e 17 de dezembro. 4) Magnificai deJ.S. Bach, dias
18 e 19 ou 20, 21 e 22 de dezembro. Sempre no período
da manhã. Inscrições: efreixo@terra.com.br.
CURSOS CLÁSSICOS. On-line. Cursos de música e ópera.
1) A canção brasileira: da modinha à bossa nova. Por
Camilo Fresco. Dias 30 de novembro e 1°, 2 e 3 de dezem-
bro, das l l h às 12h30. 2) A música de Natal. Por André
Rodrigo. Dias 30 de novembro e 1°, 2 e 3 de dezembro, das
I9h às 20h30.3) Amadeus, o curso. Por Irineu Franco Per-
petuo. Dias 7, 8, 9 e 10 de dezembro, das 11h às 12h30.4)
0 cabaré berlinense. Por João Marcos Coelho. Dias 7,8, 9
e 10 de dezembro, das 19h às 20h30. Preço por curso de 4
aulas: R$ 120. Transmissão: plataforma Zoom. Informações
e inscrições: www.concerto.com.br/ cursos.
CULTURA ARTÍSTICA. Série de Violão 2022. Série de
cinco concertos no Teatro B32. Dia 22 de maio: Rafael Ensemble contemporâneo, Composição. Direção pedagó-
Aguirre; 7 de junho: Julia Trintschuk; 13 de setembro:
Marko Topchii; 18 de outubro: Anabel Montesinos e 8
de novembro: Duo Siqueira Lima. Pacote promocional até festivalcamposdojordao.org.br.
março de 2022: R$ 200. Assinaturas: Cultura Artística - Tel.
(11) 3256-0223, (11) 94246-1627, (11) 97355-9644, de
segunda a sexta-feira, das 10h às 17h - www.culturaar- 0 festival de todas as músicas. De 5 a 11 de dezembro.
tistica.org.
CULTURA ARTÍSTICA. Temporada Internacional 2022.
Série de dez concertos na Sala São Paulo. Dias 3 e 9 de
maio: Piotr Beczo/ o. - tenor. Dias 31 de maio e 1° de ju-
nho: Théotime Langlois de Swarte - violino e Tanguy de
Williencourt - piano. Dias 21 e 22 de junho: Orquestro
Filarmônico Real de Liège, Gergely Madaros - regente e
Nikolai Lugansky - piano. Dias 9 e 10 de agosto: Kho-
tia Buniatishvili - piano. Dias 30 e 31 agosto: Acodemy
of Saint Martin in the Fields e Joshua Bell - direção e
violino. Dias 20 e 21 de setembro: Orquestro Barroco
de Veneza e Mogdolena Kozenó - mezzo soprano. Dias
27 e 28 de setembro: Vadym Kholodenko - piano. Dias
25 e 26 de outubro: Filarmónica de Câmara Alemã de
novembro: Benjamin Grosvenor - piano. Dias 13 e 14
de dezembro: Quarteto Attocco. Renovações: de 8 a
18 de novembro. Trocas para Amigos da Cultura Artís-
tica: 29 de novembro. Trocas para demais assinantes:
30 de novembro e 1° de dezembro. Novas assinaturas
para Amigos da Cultura Artística: 6 e 7 de dezembro. No-
vas Assinaturas: 8 de dezembro. Valores: de R$ 500 a
R$ 3.800. Renovações, trocas e novas adesões: Cultura
Artística - Tel. (11*) 3256-0223, (11) 94246-1627, (11)
97355-9644, de segunda a sexta-feira, das 10h às 17h -
www.culturaartistica.org.
1° FESTIVAL DE VERÃO DE CAMPOS DO JORDÃO. De 22
de janeiro a 13 de fevereiro. Inscrições abertas para 70
alunos bolsistas até 5 de dezembro. Modalidades: Ins-
trumento e Canto. Cursos: Big band, Ensemble popular,
gica: Fabio Zanon. Direção artística: Arthur Nestrovski.
Direção executiva: Marcelo Lopes. Informações: www.
41° FESTIVAL INTERNACIONAL DE MÚSICA DE LONDRINA.
Aulas on-line e espetáculos híbridos. Direção pedagógica:
Magali Kleber. Direção artística: Marco Antonio de Almei-
do. Programação e outras informações: www.fiml.art.br.
ORQUESTRA FILARMÓNICA DE MINAS GERAIS. Assinatu-
ras 2022. Cinco séries: Allegro e Presto às quintas-feiras,
12 concertos; Vivace e Veloce às sextas-feiras, 12 concer-
tos; e Fora de série, sábados, 9 concertos. Renovação: en-
cerradas. Trocas: até 12 de dezembro. Novas assinaturas
ex-assinantes: de 15 a 28 de dezembro. Novas assina-
turas: de 15 de dezembro a 27 de janeiro. Informações e
vendas de assinaturas: www.filarmonica.art.br/ assinatu-
ras-Tel. (31) 3219-9009.
OSESP - ORQUESTRA SINFÓNICA DO ESTADO DE SÃO PAULO.
Assinaturas 2022. Séries fixas, agrupadas por tipo de con-
certo: Sinfónico (12 séries com oito ou nove concertos cada),
Coro da Osesp (cinco apresentações), Quarteto Osesp (seis
apresentações) e Recitais (cinco apresentações). Séries fle-
xíveis, escolha livre entre todos os concertos criando uma
série personalizada a partir de quatro concertos. Renovação
Séries fixas: encerradas. Troca Séries fixas: encerradas.
Novas assinaturas Séries fixas: até 16 de dezembro; valor
promocional. Novas assinaturas Séries flexíveis: de 16 a 27
de dezembro; valor promocional. Novas assinaturas: dias
28 a 30 de dezembro, valor integral. A partir de 26 de de-
zembro a aquisição de assinaturas será somente pela inter-
net. 0 processo de assinaturas será realizado pela internet:
www.osesp.art.br/ assinaturas ou pelo telefone (11) 3367-
9611, de segunda a sexta-feira, das 9h às 18h, exceto fe-
riados. Não haverá atendimento na Sala São Paulo. Após 21
de dezembro, a aquisição de assinaturas será feita somente
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CONCERTO. Espaço para divulgação no mercado musical
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pecial bimensal de janeiro/ fevereiro. Preços e condições
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32 Dezembro 2021 CONCERTO
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WEINBERG STRAVINSKY: LIADOV-ANTIPOV - A POET'S LOVE

Sinfonias de câmara n°2 en°4
East-West Chamber Orchestra
Igor Fedorov - clarinete
Rostislav Krime - regente
Lançamento Naxos. Importado.
R$ 108,10
Nascido na Polónia, Mieczyslaw
Weinberg iniciou sua trajetória
como pianista, com a possibilidade
de uma importante carreira à
sua frente. Como consequência
da Segunda Guerra Mundial, no
entanto, precisou fugir e instalou-se
em Minsk, na Bielorrússia, onde
aos poucos foi se dedicando à
composição, chamando a atenção
de Shostakovich, responsável pela
estreia de sua Sinfonia n" 1. Ao
longo de sua carreira, escreveria
mais vinte e três peças do género,
junto a obras de câmara e para voz.
E, em sua última década de vida,
voltou-se para o formato da sinfonia
de câmara. Neste disco, a East-West
Chamber Orchestra, interpreta as
Sinfonias n"2e n°4, sob regência
de seu criador e diretor, Rostislav
Krimer. São obras fascinantes, com
inúmeros contrastes, marcadas por
momentos de alta tensão, nostalgia,
lirismo, que, de alguma forma,
nos oferecem um resumo
do impulso criativo de Weinberg.
Sensações as quais, na Sinfonia
n°4, são reforçadas pela participação
do clarinete. Um disco repleto de
descobertas. Disponível também o
primeiro volume com as Sinfonias
n°l en"3.
A HISTÓRIA DO SOLDADO
Isabelle Faust - violino
Dominique Horwitz - narração
Lançamento Harmonia Mundi.
Importado. R$ 172,40
Não há outra maneira de dizer:
em memória aos 50 anos da
morte de Igor Stravinsky, o novo
disco da interpretação de A
história do soldado, em que a
violinista Isabelle Faust participa
ao lado de um excepcional
conjunto instrumental, é até
agora o grande lançamento do
ano. A obra é uma de suas mais
conhecidas e narra o retorno de
um soldado à sua cidade, quando
é surpreendido pelo Diabo. Foi
escrita para um conjunto de
câmara e narrador. Aqui, o grupo
é liderado por Faust e conta com
a participação de músicos como o
trompetista Reinhold Friedrich,
o clarinetista Lorenzo Coppola,
o fagotista Javier Zafra e o
percussionista Raymond Curfs
(membro da Orquestra Sinfónica
da Rádio Bávara). Todos os
músicos tocam com instrumentos
da época da estreia da obra e
a narração fica a cargo do ator
francês Dominique Horwitz.
Como bónus - um bónus de luxo,
diga-se - , o disco traz ainda o
pianista Alexander Melnikov
tocando o Duo concertante de
Stravinsky com Isabelle Faust, que
ainda interpreta a Elegia
para violino solo.
POMAZANSKY
Piano Music from
a Russian Dinasty
Dmitry Korostelyov e
Olga Solovieva - pianos
Lançamento Grand Piano.
Importado. R$ 135,10
Imaginem a família Strauss e
sua influência no teatro musical
vienense: Johann Strauss, Johann
Strauss II, Josef Strauss. Eles
não apenas deixaram uma série
de obras como, geração após
geração, também criaram uma
dinastia de intérpretes. Algo
parecido aconteceu na Rússia
com as famílias Liadov, Antipov
e Pomazansky. Ao longo das
décadas, elas deram ao país
mais de cento e vinte artistas,
entre compositores, maestros,
bailarinos, além de obras de teatro
musical influentes no cenário
russo. E é aos três compositores
que o disco dos pianistas Dmitry
Korostelyov e Olga Solovieva,
que representam diferentes
gerações de artistas, se dedica.
Neste álbum, eles interpretam
polcas, tarantelas, valsas, assim
como prelúdios (como os de
Antipov e os de Anatoly Liadov).
São obras que alternam entre o
caráter dançante e uma exploração
mais formal do piano. É por
conta dessa diversidade que este
trabalho se torna um retrato muito
interessante de uma faceta pouco
explorada da música russa.
Prokofiev: Romeu eJulieta
Schumann: Dichterliebe
Timothy Ridout- viola
Frank Dupree-piano
Lançamento Harmonia Mundi.
Importado. R$ 172,40
O violista Timothy Ridout já
se apresentou com as principais
orquestras europeias, além de
realizar residências em instituições
norte-americanas, como o Lincoln
Center. Impressiona em seu
trabalho tanto a técnica quanto a
musicalidade, e seu novo disco é a
prova disso. O projeto surgiu quando
ele e o pianista Frank Dupree
resolveram gravar seleções do balé
Romeu eJulieta, de Prokofiev,
em arranjo do violista Vadim
Borisovsky. A história do amor
entre os dois jovens de Verona,
no entanto, despertou em Ridout
o desejo de interpretar o ciclo de
canções Dichterliebe (Amor do
poeta), de Schumann, um dos
pilares do repertório do Lied. O
violista então resolveu escrever
um arranjo para a peça. Mas ele vai
além de destinar a seu instrumento
a parte do cantor. Sua versão é
um amálgama fascinante, em que
acompanhamento e voz vão do piano
à viola, misturando-se de maneira
muito especial. Ridout, em uma
entrevista, contou que na infância
seu sonho era ser cantor. Optou
pelo instrumento, mas o trabalho
com Dichterliebe mostra que não
abandonou o lirismo do canto.

BEETHOVEN
Sonatas op. 30
Christian Tetzlaff - violino
LarsVogt-piano
Lançamento Ondine. Importado. R$ 168,20
"Foi uma apresentação que nos levou a alturas sublimes.
O primeiro movimento foi tocado com extrema elegância,
enquanto o segundo parecia nascer do silêncio. Lars Vogt e
Christian Tetzlaff revelaram-se parceiros ideais como árbitros
de um imaculado estilo clássico." Assim um crítico referiu-se à
apresentação, no finalde 2019, da Sonata n°ò para violino e
piano de Beethoven, do duo então recém-criado pelo violinista
e pianista alemães. E a mesma sensação de maravilhamento
aparece no disco recém-lançado dos músicos, com as três
Sonatas op. 30 {n°6, n"7e n°8). Tetzlaff e Vogt estão entre
os grandes artistas de sua geração, com carreiras importantes
como solistas, ao lado das principais orquestras do mundo
(ambos já estiveram em diferentes momentos no Brasil).
Mas o cuidado e o interesse com que se dedicam à música de
câmara fica evidente neste álbum, em que combinam seus
talentos de forma marcante. Em especial pela capacidade
de dar para cada sonata uma leitura individual, reforçando
aquilo que as define e as tornas únicas ao mesmo tempo que
mantém um arco mais amplo, que coloca as três peças como
símbolo da clareza e cuidado formal desse momento da
carreira de Beethoven. Um disco que vale como uma lição de
estilo - e como escuta prazerosa do talento de dois artistas em
momentos preciosos de suas trajetórias.

Dezembro 2021 CONCERTO 33

• LANÇAMENTOS DE CDs E LIVROS
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O PIANO BRASILEIRO
NO SÉCULO XIX
Karin Fernandes - piano
Lançamento independente.
Disponível apenas por streaming.
A trajetória da pianista Karin
Fernandes está bastante
associada à música brasileira.
Seus interesses são múltiplos, é
verdade, em especial com relação
à criação contemporânea. Mas
a atenção a autores nacionais
tem sido marcante, tanto com
encomenda de novas obras quanto
na interpretação de peças que
contemplam diferentes estéticas.
É possível, por isso mesmo, afirmar
que qualquer compreensão da
música nacional para piano é
engrandecida por conta de seu
trabalho. E, ao voltar-se para o
século XIX, seu novo disco mostra
mais uma vez sua versatilidade
como intérprete. Entre os destaques
do álbum estão a primeira gravação
de Harmonias do coração e
Angelitude, de Chiquinha Gonzaga,
na versão original para piano solo,
assim como o primeiro registro
dos 18 Études pour virtuoses, de
Arthur Napoleão. Seguem-se peças
de Alberto Nepomuceno, Henrique
Oswald, Carlos Gomes e Marcelo
Tupinambá, que jogam luz sobre
o ambiente musical brasileiro do
final dos anos 1800. Luz que vem
do interesse do repertório e da
convicção de interpretações de
referência.
Sete?
Compositores
Vi vê n c i a s e csi tios
5...gw>Biltp.Kl>url 5JÍI
34 Dezembro 2021 CONCERTO
CD DIGITAL
INSTANTES
Ronison Borba - a cordeã o
Lançamento independente.
Disponível apenas por streaming.
A sonoridade particular do acordeão
já foi emprestada a diversas releituras
de obras do grande repertório,
com resultados sempre muito
interessantes. Mas também foi o
instrumento de escolha de diversos
compositores, em especial na
produção contemporânea. E foi esse
o foco do acordeonista Ronison
Borba na construção de seu álbum
solo. Borba é gaúcho e vive em
Portugal. Lá dedica-se não apenas ao
estudo do acordeão como também
à pesquisa de repertório. O disco é
fruto desse trabalho. Seu álbum abre
com a Passacaglia, de Júrgen Ganzer,
professor da Berlin Musikhochschule.
Depois, Borba toca o Romance,
do compositor e instrumentista
francês Franck Angelis, e Withouta
Titie op. 72, do dinamarquês Poul
Rovsing Olsen. Uma das obras mais
ambiciosas vem em seguida, a Sonata
n° 1, do compositor russo Gennady
Banshchikov. Completam o álbum
peças de estilos variados, como
Soluços, de Paulo Jorge Ferrreira,
Capriche n° l,de Viatcheslav
Semjonov, ou Likea WaterBuffalo,
de Yuji Takahashi. Cada obra e
compositor representam uma
descoberta, assim como em cada
faixa Borba oferece aspectos de sua
técnica e sua sensibilidade musical
especial.
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SETE COMPOSITORES: VIVÊNCIAS E ESTILOS
Sérgio Bittencourt-Sampaio
Editora Mauad X. 176 páginas. R$ 55.
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Se a música é uma manifestação da personalidade de um
compositor, uma maneira de compreender suas obras é
nos voltarmos a suas experiências e impressões colhidas
nos primeiros anos de vida e nos meios em que atuaram na
juventude. Assim, nas palavras de Sérgio Bittencourt-
-Sampaio, seria possível "reconstituir um cenário psicossocial
traduzido na estética particular de cada músico". Na
introdução do livro lemos: "Tópico pouco explorado nas
publicações dedicadas à música, encontra-se aqui substancial
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A pianista Olga Kopylova
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e o violinista Cláudio Cruz
O compositor brasileiro Dimitri conheceram-se quando ela deixou
Cervo divide sua carreira em três a Rússia e veio ao Brasil para
momentos distintos. A primeira fase, integrar a Orquestra Sinfónica
que vai de 1985 a 1997, seria de do Estado de São Paulo, onde
formação e busca de uma estética Cruz atuava então como spalla.
pessoal. A segunda, de 1998 a Sua admiração pelo colega de
2010, é marcada por uma inspiração orquestra, ela conta, surgiu
nacionalista, por uma "brasilidade imediatamente. "Ele é um
abstrata". E a terceira, de 2010 em violinista muito diferenciado,
diante, traz "obras multifacetadas, nas tem extremo cuidado com som,
quais diversas influências se misturam, com detalhes, com fraseado. É
mas já moldadas por uma estética muito importante ter coragem de
pessoal". Acompanhar esse caminho gravar o repertório consagrado".
em direção a uma voz própria é o É justamente a um dos pilares do
que esta gravação nos permite fazer, repertório que os dois se dedicam
com o registro de sua obra completa agora: a gravação integral das
para flauta e piano e flauta solo, por sonatas para piano e violino de
meio da leitura do flautista brasileiro Mozart. O primeiro volume, com
radicado na Europa James Strauss e as sonatas K301, K302, K303,
do pianista grego Vasilis Tsiatsianis. K304, K305 e K306, já está
Da primeira fase fazem parte obras disponível em todas as plataformas.
como Canção e Seis variações sobre E é notável a impressionante
leãozinho, de Caetano Veloso. Da interação entre os dois intérpretes,
segunda, as Três cenas brasileiras. assim como o senso de estilo e
E, da terceira, Caprichosa, única peça a clareza com que constroem a
para flauta solo. Esse álbum oferece leitura que dão às peças. Tanto
tanto um olhar sobre o trabalho Olga Kopylova como Cláudio
de Dimitri Cervo como elementos Cruz possuem interesse por um
para compreensão do cenário repertório diverso, com importante
composicional brasileiro. espaço para a música brasileira.
contribuição para musicistas e para o público apreciador de
arte, capaz de permitir uma compreensão mais ampla de
determinados aspectos da obra e da personalidade de cada
compositor, no ponto em que a criação reflete a vivência do
criador". São sete capítulos. O primeiro aborda as expressões
da música zíngaro-húngara nas obras de Brahms e Liszt; o
segundo, a mensagem do piano nas canções de Schubert; o
terceiro, a obra de Schumann; o quarto, a ópera Tannhãuser,
de Wagner; o quinto, a escrita de Grieg; o sexto capítulo,
a "confluência de tradições na Festa de Santa Lúcia"; e, o
sétimo, a obra de Alberto Costa. Pesquisador e musicólogo,
Sérgio Bittencourt-Sampaio é autor de livros como Negras
Líricas: duas intérpretes negras brasileiras na música de
concerto (séc. XVIU-XX].
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AGENDA
Orquestra Jovem do Estado
Cláud io Cruz - regente
Fabio Presgrave - violoncelo
Dia 5, Sala São Paulo
36 Dezembro 2021 CONCERTO
Um violoncelo pelo diálogo
Para Fabio Presgrave, não há diferença entre tocar
em um concerto ou em uma escola de bairro
Por Irineu Franco Perpetuo
r rama, a obra de Marisa Rezende que o violoncelista Fabio Presgrave toca neste mês na Sala
São Paulo, com a Orquestra Jovem do Estado, sob a regência de Cláudio Cr uz, nasceu com
a melhor das motivações - a pura e simples admiração do intérprete pela compositora.
"Ela é um ícone da composição brasileira. Liguei para Marisa pedindo uma peça para
violoncelo e orquestra e ela topou", conta Presgrave, de modo singelo. Só depois apareceu
a chance de uma execução, com a Orquestra Sinfónica Brasileira, regida por Luís Gustavo
Petr i, no âmbito da XX Bienal de Música Brasileira Contempor ânea, em 2013 - uma
performance cujo vídeo está disponível no YouTube.
"Para violoncelo solo, ela tinha Preludiando, encomenda de Antonio Meneses, naquele
projeto de seis obras de compositores brasileiros, cada uma para uma suite de Bach. E eu toquei
o quarteto de cordas dela, Vórtice, na Bienal de Música Brasileira Contemporânea do Mato
Grosso, organizada por Roberto Victorio", recorda. "Marisa Rezende influenciou gerações de
compositores que vieram depois, e foi uma inspiração especialmente para as mulheres. Não foi
brincadeira quando ela entrou para ser professora de composição na UFRJ, em 1987."
Especificamente sobre Trama, Presgrave enfatiza o fato de ser uma partitura em que
o violoncelo canta intensamente. Sua inspiração vem do poema "As três palavras mais
estranhas", da polonesa Wislawa Szymborska (1923-2012): "Quando eu falo a palavra
Futur o,/ a primeira sílaba já pertence ao passado./ Quando eu falo a palavra Silêncio,/
o destruo./ Quando eu falo a palavra Nada,/ crio algo que nenhum não-ser comporta".
"A música de Marisa tem um tempo esticado", define. "Sempre estudo arcos
lentíssimos, pois sei que haverá muita atividade entre os tempos. Além disso, é muito
detalhista: você fica imerso na música quase todo o tempo, concentrado, não dá para
largar e deixar fluir. Trama é uma obra em que o violoncelo faz música de câmara com
a orquestra, e acho que o nome vem justamente desse entrelaçar das linhas", afirma.
Com a gradual retomada das atividades de concertos, Presgrave tem uma agenda cheia
para os próximos meses. No Brasil, participa dos festivais de Campos do Jordão (SP)
e Gramado (RS), além da I Mostra de Violoncelos de Roraima. Em solo europeu, em janeiro,
ministra aulas em Munster (Alemanha) e na Bélgica; apresenta-se com a pianista Sylvia
Thereza na cidade alemã de Dortmund e toca com alunos, em Aarhus, em um projeto
especial da Academia Real da Dinamarca. Mais adiante, em abril, tem programado um
recital com o pianista Max Uriarte na Sala Cecília Meireles, no Rio de Janeiro, destacando
aquela que possivelmente é a primeira peça especificamente para violoncelo escrita em
nosso país: Tema de Kozeluch com variações, de Sigismund Neukomm (1778-1858).
Presgrave ocupa ainda, de forma provisória, a direção da Escola de Música da
Universidade Federal do Rio Grande do Norte. "Quando eu estava na Juilliard School, em
Nova York, Joel Krosnick me dizia: se voltar para o Brasil algum dia, você terá uma missão
importante pela frente. Mas eu não pensava nisso. Porém, depois do 11 de setembro, repensei
muita coisa. Voltei para o Brasil para tocar na Orquestra Sinfónica Brasileira, posteriormente
dei aulas no Instituto Baccarelli passei pela Unesp, pela Un B, e acabei vindo parar em Natal."
Durante a pandemia, Presgrave também teve que aprender a conjugar o verbo
"reinventar-se". "Covid entrou aqui em casa bem no começo, quando não tinha ainda
nem teste. Quando soubemos do resultado, felizmente, a família inteira já estava se
recuperando", conta.
Ao ver, no noticiário, que profissionais de saúde vinham sendo hostilizados por
negacionistas, ele sensibilizou-se - e começou a tocar em instituições como hospitais
e laboratórios."É incrível o poder do violoncelo de dialogar com as pessoas", conta o
músico, que incluiu escolas de bairros carentes em sua rota e quase toda semana se
apresenta em um desses lugares. "No auge da pandemia, cantaram um Gonzaguinha
comigo, em um hospital. Em uma escola, ouviram Bach com silêncio e respeito",
enumera. "Eu amo concertos, jamais vou parar com eles, mas sinceramente não
vejo diferença de importância ou preparação entre uma apresentação dessas e um
concerto", diz. "Acho que é uma resposta à questão da popularização da música de
concerto: simplesmente levá-la às pessoas. Não precisa nem mudar o repertório." <
Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, Fundação Clóvis Salgado ^ fÍfílfh/ t
e Instituto Unimed-BH apresentam ^^^\ UHIUU 4&
Temporada ^
de()pera202i
online

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uma opera
"53
ao
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Orquestra Sinfónica de Minas Gerais

Coral Lirico de Minas Gerais
Solistas convidados Local: Grande Teatro Cemig Palácio das Artes ^
Direção Musical e Regência: Gabriel Rhein-Schirato Ingressos: www.eventim.com.br
Direção e Concepção Cénica: Rita Clemente
www.temporadadeoperafcs.com.br
Curadoria: Livia Sabag e Gabriel Rhein-Schirato

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