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AUTARQUIA DO ENSINO SUPERIOR DE GARANHUNS (AESGA)

FACULDADE INTEGRADAS DE GARANHUNS (FACIGA)


BACHARELADO EM ENGENHARIA CIVIL

DOUGLAS SOARES MATOS

EMPREENDEDORISMO APLICADO À CONSTRUÇÃO DE RESIDÊNCIA


UNIFAMILIAR ENQUADRA NA FAIXA 1 DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA
VIDA EM ÁGUAS BELAS - PE

GARANHUNS
2020
DOUGLAS SOARES MATOS

EMPREENDEDORISMO APLICADO À CONSTRUÇÃO DE RESIDÊNCIA


UNIFAMILIAR ENQUADRA NA FAIXA 1 DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA
VIDA EM ÁGUAS BELAS - PE

Monografia entregue à Autarquia do Ensino


Superior de Garanhuns (AESGA), como
pré-requisito para conclusão do Curso
Engenharia Civil, da Faculdade de
Ciências Integradas de Garanhuns
(FACIGA).

Orientador(a): Prof. (a). Me Priscila


Honorio Apolonio.

GARANHUNS
2020
DOUGLAS SOARES MATOS

EMPREENDEDORISMO APLICADO À CONSTRUÇÃO DE RESIDÊNCIA


UNIFAMILIAR ENQUADRA NA FAIXA 1 DO PROGRAMA MINHA CASA MINHA
VIDA EM ÁGUAS BELAS - PE.

Banca Examinadora

Monografia entregue à Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns (AESGA), como


pré-requisito para conclusão do Curso de Engenharia Civil, da Faculdade Integradas
De Garanhuns, (FACIGA).

Aluno(a) Aprovado(a) em ______de_________________de 20___

________________________________________________________
Prof. (a) Orientador(a) Titulação e Nome Completo.

________________________________________________________
Prof. (a) Examinador 1

________________________________________________________
Prof. (a) Examinador 2
Dedico este trabalho a Deus, aos meus
pais Janaine e José Ailton, a minha
namorada Luana, que me incentivou e
esteve sempre presente me auxiliando nos
momentos mais difíceis; a toda minha
família, pelo apoio e compreensão da
minha ausência durante a elaboração
desta monografia.
Agradecimentos

Ao Prof.(a) Priscila Honório Apolônio, meu agradecimento especial pelos


valiosos ensinamentos, orientação e apoio tornando possível a realização deste
trabalho.
Ao colega Humberto e Maiky, pela colaboração constante, incentivando e
amizade sempre presentes em muitos momentos.
A Luana, pelo apoio e incentivo.
Aos servidores da AESGA, pelo auxílio e colaboração na elaboração desse
trabalho.
A todos aqueles que direta ou indiretamente contribuíram para a realização
deste trabalho.
RESUMO

O engenheiro civil está disposto a executar serviços relacionados à técnica de


engenharia, ao se formar possui diversas informações teóricas adquiridas ao longo do
curso e, geralmente, tem pouca noção de administração e economia. Contudo, as
principais exigências do mercado de trabalho são com relação ao gerenciamento,
gestão e relacionamento. Um dos problemas que atingiu o país foi o déficit
habitacional. Porém mediante a essa questão vieram diversos programas sociais
habitacionais no Brasil como o programa de habitação intitulado “Minha Casa, Minha
Vida”, criado em 2009 pelo Governo Federal, e anexo no Programa de Aceleração do
Crescimento - PAC de 2007, cuja meta é de superar os níveis baixos do déficit
habitacional e gerar crescimento do mesmo e do setor econômico do país, por
intermédio do desenvolvimento de investimentos públicos em várias áreas de
infraestrutura. Visando a redução do déficit, esse estudo sobre o empreendedorismo
aplicado à construção de residência unifamiliar enquadradas na faixa 1 do PMCMV
em Águas Belas – PE, ou seja, a realização de construções residenciais de baixa
renda, a metodologia utilizada para estudar o caso está relacionada com a análise de
dados em relação ao orçamento, tempo para execução e indicadores de viabilidade
do plano de negócio e estudo do método construtivo com alvenaria de blocos
cerâmicos. A fim de atender aos objetivos desse estudo, a metodologia utilizada para
estudar tal caso está relacionada na formulação de um projeto com dados em relação
ao orçamento total com todos os custo para a realização da casa, além do cronograma
portando o tempo que será gasto para sua execução sobre o método construtivo
convencional de blocos cerâmicos, que se enquadre na faixa 1 do PMCMV.

Palavras-chave: Minha casa minha vida; Casas populares; Projeto; Orçamento; Custo.
Lista de figuras

Figura 1 - Déficit habitacional e seus componentes .................................................. 14


Figura 2 - Planta da casa Térrea ............................................................................... 19
Figura 3 - Planta do Apartamento ............................................................................. 20
Figura 4 - MCMV, unidades contratadas, faixa 1 ...................................................... 23
Figura 5 - Orçamento de obra ................................................................................... 30
Figura 6 - Cronograma de obra ................................................................................. 30
Figura 7 - Marcação do local em estudo ................................................................... 32
Figura 8 – Renderização da planta baixa .................................................................. 33
Lista de Quadros

Quadro 1 – Faixas de acordo com a renda ............................................................... 17


Quadro 2 – Especificação para Casa Térrea ............................................................ 18
Quadro 3 – Especificação para Apartamento ............................................................ 19
Quadro 4 – Requisitos para financiamentos ............................................................. 26
Lista de Siglas

ABNT Associação Brasileira de Normas Técnicas


BPC Benefício de Prestação Continuada
CADMUT Cadastro Nacional de Mutuário
CADÚNICO Cadastro Único
CCFGTS Conselho Curador do FGTS
CEF Caixa Econômica Federal
DFI Dano Físico ao imóvel
FAR Fundo de Arrendamento Residencial
FDS Fundo de Desenvolvimento Social
FGTS Fundo de Garantia do Tempo de Serviço
PIB Produto Interno Bruto
PMCMV Programa minha casa minha vida
PNHU Programa Nacional de Habitação Urbana
PNHR Programa Nacional de Habitação Rural
PVC Policloreto de Vinila
MIP Morte e Invalidez Permanente
NBR Norma Técnica
OGU Orçamento Geral da União
TR Taxa Referencial
Sumário
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS ................................................................................. 11
2 HABITAÇÃO POPULAR NO BRASIL .................................................................... 13
2.1 Déficit Habitacional no Brasil ............................................................................... 13
3 PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA – HABITAÇÃO URBANA ..................... 16
4 ESPECIFICAÇÕES DA FAIXA 1 ............................................................................ 22
5 EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL ................................................................. 24
6 METODOLOGIA..................................................................................................... 28
6.1 Localização ......................................................................................................... 28
6.2 Orçamento e Cronograma ................................................................................... 28
6.3 Renderização gráfica .......................................................................................... 31
7 RESULTADOS E DISCUSSÕES ........................................................................... 32
7.1 Orçamento e cronograma.................................................................................... 34
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS ................................................................................... 35
Referências Bibliográficas ......................................................................................... 36
Anexos ...................................................................................................................... 38
1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

O engenheiro civil está disposto a executar serviços relacionados à técnica de


engenharia, ao se formar possui diversas informações teóricas adquiridas ao longo do
curso e, geralmente, tem pouca noção de administração e economia. Contudo, as
principais exigências do mercado de trabalho são com relação ao gerenciamento,
gestão e relacionamento. Atualmente, a inconsequência sobre os interesses do
mercado e a formação de profissionais pela universidade pode ser notada em razão
da grande quantidade de desempregados existentes no território brasileiro e a falta de
profissionais habilitados em grandes companhias.
A partir de 2003, na gestão do governo de Luiz Inácio Lula da Silva foi possível
ressaltar o início de um grande e bem sistemático movimento para a construção de
uma política habitacional de cunho social, na qual uma das primeiras medidas de tal
governo foi a criação do Ministério das Cidades.
Um dos problemas que mais atinge o país é o déficit habitacional. Porém
mediante a essa questão, vieram diversos programas sociais habitacionais no Brasil
que estão unidos de forma direta com as políticas desenvolvidas para planejamento e
para a gestão do solo urbano.
Visando a redução desses problemas socioeconômicos, o presente trabalho
pretende abordar o conhecimento dos movimentos sociais e das organizações da
sociedade civil na formulação e na execução de um projeto de residência enquadrada
no Programa de Habitação intitulado “Minha Casa, Minha Vida” (PMCMV) - criado em
2009 pelo Governo Federal. Esse estudo objetiva relacionar a elaboração de dados
em relação ao orçamento, tempo para execução e indicadores para formulação do
empreendimento; além do estudo do método construtivo com alvenaria de blocos
cerâmicos e formulação de um projeto elétrico e hidrossanitário, tencionando superar
os baixos níveis do déficit habitacional e gerar crescimento do mesmo e do setor
econômico da região em estudo – Águas Belas, Pernambuco.
Esse projeto conta ainda com a realização de renderizações em 3D para melhor
modelar a casa e entender seus ambientes e também com o orçamento completo da
casa pronta e dos serviços necessários para sua realização. Para demarcar a área
em estudo foi utilizado um aplicativo de medição de áreas para melhor visualizar o
local e melhor entender sua localidade no GPS. Inicialmente, foi realizada uma

11
pesquisa bibliográfica e documental sobre o déficit habitacional e o PMCMV e sua
primeira classe. Além disso, também foi visto os modelos de financiamento com suas
respectivas exigências para o enquadramento e requisitos necessários para uma
empresa de construção civil obter apoio do programa.

12
2 HABITAÇÃO POPULAR NO BRASIL

A habitação no Brasil é uma das principais dificuldades urbanas na


contemporaneidade ao se tratar de um bem material de custo elevado e acesso
seletivo restringindo os grupos sociais menos favorecidos. Segundo Abiko (2004,
apud FARIAS, 2013), o termo habitação abrange unidades habitacionais, serviços
urbanos (saneamento, distribuição de energia elétrica e entre outros), infraestrutura
urbana (redes físicas de tratamento e abastecimento de água, coleta e tratamento de
esgoto, rede de drenagem, rede de comunicação, sistema viário, entre outros) e
equipamentos sociais (escolas, hospitais, entre outros). Classificando então,
habitação popular como favelas, cortiços, casas precárias de periferia e habitações
de padrão popular, ou seja, habitação para população de baixa renda.
Ainda na visão desse autor, o termo popular e baixa renda indica a necessidade
de se determinar uma renda das famílias ou pessoas situadas nesta faixa social. O
Poder Público em alguns de seus programas adota para esta parte habitacional o valor
máximo de até 7.000 mil mensais como renda média mensal familiar, definindo o
público alvo para habitação popular no Brasil. Um dos programas de incentivo à
habitação popular e o Programa minha casa minha vida – habitação urbana na
modalidade faixa 1.

2.1 Déficit Habitacional no Brasil

Um problema socioeconômico que atinge o país desde antigamente até os dias


de hoje é o déficit habitacional. Descrito como deficiência do estoque de moradias, o
déficit habitacional pode ser entendido como o número de residências que necessitam
ser construídas e domicílios inadequados para a utilização, ou seja, em termos físicos
(características construtivas dos domicílios) quanto socioeconômicas (coabitação
indesejada, comprometimento excessivo de renda com aluguel etc.) (PETEAN;
SAUER, 2019). O déficit habitacional possui quatro componentes: habitação precária,
coabitação familiar, ônus excessivo com aluguel e adensamento excessivo, visto na
figura 1.

13
Figura 1 - Déficit habitacional e seus componentes

Fonte: GONÇALVES, 2018

Por mais diversificadas que sejam as condições socioeconômicas vistas nas


diferentes camadas e também em todas as regiões do país, dificilmente esses
elementos poderiam ser descaracterizados como componentes do déficit habitacional,
acrescentando ainda casas alugadas ou cômodos cedidos oferecendo um indicativo
de agravamento sobre alguns domicílios, principalmente em casos de sublocação
parcial de imóveis residenciais e o comprometimento excessivo de renda com o
pagamento de aluguel, como afirma Gonçalves (2018).
Ainda na visão desse mesmo autor, tem-se a necessidade de acréscimo do
estoque de domicílios, que abrange os improvisados e a coabitação involuntária, ou
seja, a convivência indesejada de mais de uma família no mesmo domicílio.
Acrescenta-se até os cômodos cedidos ou alugados, impropriamente ocupados como
domicílios, o que pode caracterizar em adensamento excessivo.
O governo vem tentando minimizar essa situação ao longo dos anos aplicando
vários tipos de políticas públicas para a redução do mesmo, principalmente, focando
a classe mais pobre, porém, nenhumas delas conseguiu resolver os graves problemas
que foram instaurados em relação ao déficit habitacional. Em 2009 veio o Programa
Minha Casa Minha Vida - PMCMV como um plano para redução do déficit, entretanto,
mesmo com o apoio financeiro de tal programa, não houve mudança na produção
habitacional pública nas metrópoles brasileiras. Estudos de Lima, Furtado e Krauser
(2015) apontam que ocorreu uma redução de 1,47% do total dos domicílios brasileiros
no período de 2007 a 2012, representando cerca de 5,24 milhões de residências, ou
seja, 8,53%. O estudo ainda revela que a maioria das construções das unidades

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habitacionais são realizadas distante das regiões metropolitanas, cerca de 20
quilômetros de distância ou superiores, do centro da metrópole. Em comparação a
esse estudo, no ano de 2017, Gonçalves (2018) estima em 7,77 milhões o total de
unidades do déficit, vendo uma massiva concentração nos componentes de ônus
excessivo com aluguel em cerca de 42,3% e na coabitação familiar, em torno de
41,3%, como visto na Figura 1.

15
3 PROGRAMA MINHA CASA MINHA VIDA – HABITAÇÃO URBANA

De acordo com o site oficial da Caixa Econômica Federal - CEF (2020), o


programa MCMV é uma iniciativa do Governo Federal Brasileiro para habitação
urbana que foi criado em março de 2009 no governo do presidente Lula e está ligado
à Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, com o objetivo de
oferecer condições atrativas para o financiamento da casa ou apartamento próprio a
famílias com renda mensal bruta de até R$ 7.000,00. “Este programa foi lançado com
objetivo principal a redução do déficit habitacional brasileiro que para o ano de 2008
foi estimado em 5.546 milhões de domicílios” (FUNDAÇÃO JOÃO PINHEIRO, 2008).
Como afirma Ferreira et al (2019), inicialmente instituído por meio da Medida
Provisória de nº 459/2009, este programa foi editado em companhia com o setor
imobiliário e o setor da construção civil; recebeu mais de 300 emendas e ficou no
Congresso Nacional com caráter de urgência sendo então aprovado em menos de
quatro meses e remetido à sanção presidencial apenas no mês de junho. No mês
subsequente, virou a Lei nº 11.977/2009 e foi publicado no Diário Oficial da União
(DOU) no dia 8 de julho de 2009. O programa alavancou um total de contratações nas
duas fases correspondente a 3,4 milhões de unidades habitacionais no período de
2009 a 2014, mas ainda prevaleceu a busca acentuada por habitação para população
de baixa renda, como afirma Ferreira et al (2019). Em contrapartida, Gonçalves (2018,
p.39) aponta que “Em seus nove anos de existência até junho de 2018, mais de 5
milhões de unidades foram contratadas”.
Existem três modalidades distintas: o Programa Nacional de Habitação Urbana
– PNHU, o Programa de Habitação Popular – Entidades e o Programa Nacional de
Habitação Rural – PNHR. No PNHU a união aloca recursos por área do território
nacional e solicita apresentação de projetos, em seguida os municípios fazem o
cadastramento da demanda e indicam as famílias, ou as construtoras apresentam os
projetos que em parceria com a CEF realiza a obra e libera os recursos conforme
cronograma. Com isso o selecionado é convocado para apresentação da
documentação pessoal de acordo com o contrato, ele assina e logo em seguida ocorre
a entrega do empreendimento. Nas outras duas modalidades, a aquisição do imóvel
se estrutura de maneira que o beneficiário procura a construtora do empreendimento
ou uma agência da CEF para compra da casa própria na qual é feita a pré-análise.

16
Após a conclusão da análise e comprovação da comercialização mínima exigida é
assinado o contrato de Financiamento à produção e ocorre a inicialização da obra
(ROLNIK et al, 2014).
Um dos aspectos atrativos da modalidade PNHU é a possibilidade de financiar
a aquisição do imóvel. Segundo o site da Caixa Econômica (2020), o financiamento
oferece condições de pagamento e taxas de juros ajustados com a renda mensal bruta
da família em que a garantia para o financiamento é o imóvel adquirido. Este envolve
então, a compra de imóvel novo, a construção da casa nova e até a reforma de
moradias em área urbana. Existem quatro faixas distintas de rendas contempladas
que vai do 1 ao 3, informadas no Quadro 1:

Quadro 1: Faixas de acordo com a renda


Faixa Renda (R$) Detalhamento
1 Até 1.800,00 A Caixa oferece várias vantagens possuindo um
financiamento de até 120 meses, com prestações mensais
ente R$ 80,00 R$ a 270,00.
1,5 Até 2.600,00 Pode-se adquirir o imóvel cujo empreendimento é financiado
pela Caixa com taxas de juros de apenas 5% ao ano e até 30
anos para pagar contando com subsídios de até 47,5 mil
reais.
2 Até 4.000,00 Pode haver subsídios de até R$ 29.000,00. Com taxas de
juros entre 6% e 7%.
3 Até 7.000,00 São oferecidas taxas de juros entre 8,16% e 9,16% que são
diferenciadas em relação ao mercado.
Fonte: Adaptado de CEF, 2020

Esses financiamentos diferenciados estimula o cooperativismo e a participação


da população como protagonista na solução dos seus problemas habitacionais
gerenciadas por meio de construtoras habitacionais, associações e demais entidades
particulares sem fins lucrativos.
De acordo com Farias (2013) para conseguir o financiamento da Caixa
Econômica Federal, a empresa deve seguir o projeto a NBR 15575:2013 – Edificações
Habitacionais – Desempenho, onde constitui, como o próprio nome já diz, os requisitos
mínimos para o desempenho obrigatório e necessário dos sistemas de edificação
habitacional ao longo de sua vida útil.
Algumas especificações dos empreendimentos para obter o financiamento
estão na tabela 1 e 2.

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Quadro 2 - Especificação para Casa Térrea
Item Especificação
Compartimentos Sala, cozinha, banheiro, dois dormitórios, área externa com tanque;
Área da Unidade 35 m² / Área interna: 32 m²;
Piso Cerâmico na cozinha e banheiro, cimentado no restante;
Revestimento Revestimento de alvenarias: azulejo 1,50 m nas paredes hidráulicas
e box;
Reboco Interno e externo com pintura PVA no restante;
Forro Laje de concreto ou forro de madeira ou PVC;
Cobertura Telha cerâmica;
Esquadrias Janelas de ferro ou alumínio e portas de madeira;
Dimensões dos Compatível com mobiliário mínimo;
compartimentos
Pé-direito 2,20m na cozinha e banheiro, 2,50m no restante;
Instalações hidráulicas Número de pontos definido, medição independente;
Instalações elétricas Número de pontos definido, especificação mínima de materiais;
Aquecimento Instalação de kit completo.
Solar/térmico
Fonte: Cartilha PMCMV, 2009

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Figura 2 – Planta da casa Térrea

Fonte: Cartilha PMCMV, 2020

Quadro 3 - Especificação para Apartamento


Item Especificações
Compartimentos Sala, um dormitório para casal e um dormitório para duas
pessoas, cozinha, área de serviço e banheiro;
Área interna útil 39,00 m²;
Piso Cerâmica em toda a unidade, com rodapé, e desnível
máximo de 15 mm. Cerâmica no hall e nas áreas de
circulação internas. Cimentado alisado nas escadas;
Cobertura Sobre laje, em telha cerâmica ou de fibrocimento
(espessura mínima de 5 mm), com estrutura de madeira
ou metálica. Admite-se laje inclinada desde que coberta
com telhas;

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Esquadrias Portas internas em madeira. Admite-se porta metálica no
acesso à unidade. Batente em aço ou madeira desde que
possibilite a inversão do sentido de abertura das portas.
Vão livre de 0,80 m x 2,10 m em todas as portas. Previsão
de área de aproximação para abertura das portas (0,60 m
interno e 0,30 m externo), maçanetas de alavanca a 1,00
m do piso;
Dimensões dos cômodos Espaço livre de obstáculos em frente às portas de no
mínimo 1,20 m. Deve ser possível inscrever, em todos os
cômodos, o módulo de manobra sem deslocamento para
rotação de 180° definido pela NBR 9050 (1,20 m x 1,50
m), livre de obstáculos.

Fonte: Cartilha PMCMV, 2009

Figura 3 – Planta do Apartamento

Fonte: Cartilha PMCMV, 2020

Sobre os recursos disponibilizados para a aquisição da casa própria, o Fundo


de Arrendamento Residencial - FAR é uma medida tomada para atender o déficit
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habitacional urbano para famílias de baixa renda, recebendo recursos transferidos do
Orçamento Geral da União - OGU para realizar a construção de unidades
habitacionais para faixa 1, no qual o estado ou o município pode indicar famílias para
serem favorecidas com esse recurso (CEF, 2020). Os imóveis contratados são de
propriedade exclusiva do FAR e agregam seu patrimônio até que sejam vendidos.
Vale ressaltar, que a execução das obras é realizada pela construtora vinculada com
a Caixa; as mesmas são responsáveis pela entrega da casa pronta.
Criado pela Lei nº 5.107 no ano de 1966, o Fundo de Garantia do Tempo de
Serviço - FGTS tem como objetivo proteger o trabalhador demitido sem justa causa,
oferecendo ao mesmo, a criação de uma poupança obrigatória no período de vínculo
com o emprego. No contrato, há uma abertura de contas no nome do funcionário na
Caixa Econômica Federal e os empregadores depositam no início de cada mês um
valor correspondente a 8% do salário bruto de cada funcionário, já no caso de
contratos de menores aprendizes, o percentual é de 2% (GONÇALVES, 2018).
Esse recurso também contribui para aquisição de imóvel novo ou usado,
construção, liquidação ou amortização de dívida do trabalhador, se tornando uma das
mais importantes fontes de financiamento habitacional, beneficiando, principalmente,
as famílias com menores renda. De acordo com o site oficial FGTS (2020), os recursos
do Fundo são muito importantes, principalmente para o desenvolvimento do município
e do estado, o qual ultrapassa os benefícios da casa própria, pois são financiados
também obras de saneamento e infraestrutura, acarretando uma série de melhorias
na qualidade de vida ao proporcionar água de qualidade, coleta e tratamento do
esgoto sanitário.
O recurso do FGTS também impulsiona o ramo da Construção civil com à
produção e/ou comercialização de unidades habitacionais novas, incluindo aquelas
resultantes do processo de reabilitação urbana como o PMCMV, por mediação da
concessão de financiamentos a pessoas jurídicas, segundo a resolução do Conselho
Curador do FGTS - CCFGTS nº 688/2012, que dispõe sobre condições para
contratação de operações de financiamento no âmbito dos programas habitacionais
do FGTS.
Empreendedores ou representantes do Poder Público, de entidades sem fins
lucrativos ou empreendedores da área de construção civil podem ser parceiros do
MCMV. Tais Instituições podem atuar como organizadoras do programa com recursos

21
disponibilizados, sendo eles (FGTS), (FAR) e financiamentos disponibilizados pela
Caixa. Em parceria com o poder público é possível resgatar uma linha de crédito para
finalidades de construções habitacionais. Os recursos disponibilizados são de origem
do FAR e do FGTS (CEF, 2020).
Ainda sobre dados da CEF (2020), as comunidades civis sem fins lucrativos,
cooperativas ou até associações podem assumir as funções de ordenar e apoiar as
famílias contribuindo para o sonho da casa própria. Para participar, a instituição deve
ser previamente habilitada pelo Ministério das Cidades e exercer função de orientar
as famílias durante todas as etapas do processo. Essas entidades mobilizam as
comunidades e elaboram o projeto apresentado para a Caixa como uma proposta
habitacional.

22
4 ESPECIFICAÇÕES DA FAIXA 1

De acordo com o site da CEF (2020), nesta classe o Benefício de Prestação


Continuada - BPC e o Bolsa Família - fornecidos pelo Governo Federal, não compõem
a renda familiar e é necessário a ida na prefeitura da cidade ou numa entidade
organizadora inscrever-se para candidatar-se ao processo de seleção. O
procedimento de escolha das famílias é de forma transparente, sendo obrigatória a
publicação dos critérios de seleção nos meios de comunicação do município. No
entanto, para participar do Programa a entidade precisa estar previamente habilitada
pelo Ministério das Cidades e a proposta deve ser selecionada, após a análise e
aprovação dos projetos pela Caixa Econômica. As famílias seletas pela prefeitura ou
entidades são validadas pela Caixa Econômica e serão notificadas sobre a data do
sorteio das unidades e da assinatura do contrato de compra e venda do imóvel que
tem um limite do valor de R$ 98.000,00.
Há algumas condições para poder ser contemplado na modalidade 1.
Conforme mostra o site mencionado anteriormente, são elas: não pode ser
proprietário, cessionário ou promitente comprador de propriedade residencial; não
pode ter recebido benefício de natureza habitacional proveniente de recursos
orçamentários do município, dos Estados, da União, FAR, do Fundo de
Desenvolvimento Social – FDS instituído na forma do Decreto nº 103, de 22/04/1991,
ou de descontos habitacionais recebidos com recursos do Fundo de Garantia do
Tempo de Serviço - FGTS, excetuadas as subvenções ou descontos destinados à
aquisição de material de construção para fins de conclusão, ampliação, reforma ou
melhoria de unidade habitacional. As condições de pagamento não podem exceder
10% da renda familiar durante 10 anos, anualmente esse valor é corrigido pela Taxa
Referencial – TR; não precisa de entrada e nem pagamento durante a obra, além
disso, sem cobrança de seguro Morte e Invalidez Permanente - MIP e Dano Físico ao
imóvel - DFI e é preciso estar enquadrado na faixa de renda familiar do programa.
A primeira fase do PMCMV tinha como meta a construção de um milhão de
moradia até o ano de 2010 e orçamento inicial cerca de R$34 bilhões, onde em torno
de 75% desse orçamento eram derivados do OGU e o restante do FGTS. O objetivo
era disseminar os recursos de forma proporcional visando reduzir em 14% o déficit
habitacional do país (SILVA; GOMES, 2016).

23
Figura 4 – MCMV, unidades contratadas, faixa 1

Fonte: GONÇALVES, 2018

Pode-se notar que entre 2009 e 2013 alavancou-se o número de casas


adquiridas. já nos anos entre 2014 e 2018, o número reduziu drasticamente.
No caso dos documentos pessoais são exigidos o Registro Geral - RG e
Cadastro de Pessoas Físicas - CPF, uma comprovação de renda (formal ou informal)
para enquadramento nas classes do programa, verificação do CADMUT – Cadastro
Nacional de Mutuário e verificação do CADÚNICO – Cadastro Único.

24
5 EMPRESAS DE CONSTRUÇÃO CIVIL

Empresas que atuam na área da construção civil têm grandes chances de


fechar vários negócios com empreendimento habitacional nas áreas urbanas e
contribuir ainda para o desenvolvimento do país. Para poder atuar com a CEF, as
empresas de construção civil devem ter uma análise de risco válida. Trata-se de uma
estimativa das suas condições econômico-financeiras com validade de 1 ano.
Empresas que não possui essa análise poderão conseguir esse procedimento ao
mesmo tempo do andamento do projeto, sem danos do prazo total. Após a
apresentação de projetos, são realizadas as seguintes análises:

• Risco da operação (viabilidade do empreendimento).


• Engenharia e trabalho social.
• Jurídica (a empresa pode ter um dossiê jurídico único, válido para todo o país,
cabendo nesse caso apenas a verificação da documentação do
empreendimento).
• Em caso de análise concomitante com a tramitação do projeto na prefeitura e
outros órgãos de licenciamento, a CEF oferece a possibilidade de uma pré-
análise mediante apresentação da matrícula do imóvel e projeto básico em 10
dias

Em termos de análise de engenharia e verificado o enquadramento do projeto


nas regras do programa para garantir a efetividade da operação, consistindo em:

• Verificação das condições do projeto arquitetônico referente à


funcionalidade e segurança (acessibilidade, compartimentação, iluminação,
ventilação).
• Avaliação do valor de mercado das unidades habitacionais para
enquadramento no programa e garantia do financiamento
• Verificação do orçamento e cronograma da obra, focando nos quantitativos
de serviços e preços unitários, tendo como referência projetos básicos
existentes e os índices de custos do Sistema Nacional de Pesquisa e Índices
da Construção Civil – SINAPI.

25
• Análise do cronograma físico-financeiro, observando a sua viabilidade e a
coerência entre a execução da obra e o desembolso financeiro programado.

Conforme aponta a CEF (2020), são oferecidos 4 tipos de financiamentos


diferenciados e bastante atrativos que abrem oportunidades para empresas
expandirem e gerarem empregos para as pessoas da região.
Segundo Gonçalves (2018), em meados de junho de 2018, o total de
contratações realizadas pelo PMCMV chegou a 5,3 milhões de unidades, reagindo
investimentos de R$ 484 bilhões e R$ 151 bilhões em subsídios - o que causou
diretamente no setor mais R$ 212,2 bilhões em PIB. Os investimentos do programa
trouxeram então, cerca de 72% do PIB do setor de 2017 em valor.
É importante pontuar, que esses investimentos ofertaram também vários
empregos para a população. Gonçalves (2018) revela que acarretou na criação de
390 mil postos de trabalho no setor; em outras palavras, o programa respondeu por
cerca de 13% do emprego médio formal da construção civil desde a sua criação, até
2018.
A modalidade de financiamento Imóvel na Planta é uma linha de crédito que
facilita a produção de empreendimentos imobiliários com financiamento direto às
pessoas físicas. Sua peculiaridade é que em qualquer fase da obra o imóvel pode ser
comprado por pessoas interessadas, ou seja, o empreendimento pode ser produzido
e contratado em módulos, o que facilita a produção e as vendas que são agrupadas
por uma entidade organizadora que ordena a realização junto à construtora. Os
recursos disponibilizados são liberados para a mesma sem que ela tenha que tomar
crédito em seu nome.
A CEF é responsável pelo pagamento da obra executada à entidade conforme
o cronograma do projeto. O processo de realização é bem simples, porém burocrático,
as pessoas interessadas em adquirir o imóvel vão em uma empresa organizadora e
esta Apresenta o projeto da casa, logo após são feitas as análises da viabilidade
econômico-financeira e negocial e a Caixa também analisa a capacidade de
pagamento das pessoas envolvidas apresentando os valores do imóvel, as prestações
e prazos conforme as opções de contratação. Ao ser concluída, faz-se a liberação do
crédito para o pagamento de obra executada. Já o pagamento para a empresa é feito
à medida que os financiamentos vão sendo contratados, abatendo o saldo devedor

26
da empresa no andamento da obra e no prazo de até 180 dias após a emissão do
“Habite-se”.
Para poder executar o empreendimento nesta modalidade é necessário que a
empresa cumpra com os seguintes requisitos do quadro 2.

Quadro 4 - Requisitos para financiamentos


Item Descrição
1 Ter situação cadastral regular e saúde econômico-financeira;
2 O empreendimento deve estar localizado em área urbana;
3 Construtora com nível de qualificação no SIAC/PBQP-H;
4 Incorporação registrada no Registro de Imóveis para contratação;
5 Projeto de arquitetura aprovado e alvará expedido pelo Município;
6 Licenças ambientais aplicáveis e declaração de viabilidade das
concessionárias de água, esgoto e energia elétrica;
7 Existência de infraestrutura interna e externa ao empreendimento;
8 Demanda mínima de comercialização das unidades do empreendimento.
Fonte: Adaptado de CEF, 2020

Por outro lado, existem duas modalidades de financiamento idênticas: O


financiamento Alocação de Recursos e o Apoio à Produção. Essas linhas são
similares em termos e exclusivas no mercado, visto que são recomendadas às
empresas que precisam de velocidade na realização do empreendimento. Disponíveis
em empresas do ramo da construção civil de todos os portes, elas podem ser
contratadas diretamente com a construtora para viabilizar o negócio sem tomar
financiamento em seu nome. Enquanto o cronograma de obras é executado é possível
financiar a compra das unidades para pessoas físicas ou jurídicas sendo flexível a
partir de qualquer percentual do andamento da obra. Os recursos do financiamento
feito para as pessoas físicas são disponibilizados diretamente à construtora, conforme
cronograma de execução da obra.
A contratação desses financiamentos é bem similar ao do Imóvel na Planta em
termos de contratação e liberação de crédito diferenciando-se apenas na
apresentação do projeto do empreendimento em uma agência Caixa para verificar a
viabilidade econômico-financeira e negocial do empreendimento e da empresa.
Para poder executar o empreendimento nesta modalidade é necessário que a
empresa cumpra com os seguintes requisitos do quadro 2.
27
Também chamada de Plano Empresário, o Plano Empresa da Construção Civil
é uma modalidade de financiamento fácil destinado a empreendedores imobiliários. A
empresa assina o contrato, inicia a obra com obrigação de cumprimento das
exigências contratuais em até seis meses. Diferenciada das demais, durante a fase
de obra a empresa paga juros e atualização monetária apenas sobre o valor do
financiamento liberado. O empreendimento pode ser produzido e contratado em
módulos, mas a partir de 80% da obra executada que elas podem ser financiadas aos
compradores - pessoas físicas.
A contratação é feita apresentando o projeto nas agências Caixa para
verificação da viabilidade econômico-financeira e negocial do empreendimento, como
também a análise da documentação da empresa e do empreendimento sob os
aspectos jurídicos e de risco. O crédito é liberado conforme o andamento da obra e a
empresa deve quitar o financiamento em até seis meses após a conclusão da obra,
utilizando recursos próprios ou os valores dos financiamentos contratados com
clientes, sejam eles pessoas físicas ou jurídicas.
Para poder executar o empreendimento nesta modalidade é necessário que a
empresa cumpra com os seguintes requisitos quadro 2.

28
6 METODOLOGIA

A fim de atender aos objetivos desse estudo que tem como tema:
“Empreendedorismo aplicado à construção de residência unifamiliar enquadrada na
faixa 1 do PMCMV em Águas Belas – PE”, a metodologia utilizada para estudar tal
caso está relacionada na formulação de um projeto com dados em relação ao
orçamento total com todos os custo para a realização da casa, além do cronograma
portando o tempo que será gasto para sua execução sobre o método construtivo com
alvenaria de blocos cerâmicos que se enquadre na faixa 1 do PMCMV. Portanto,
recorreu-se a metodologia de pesquisa exploratória, mas, inicialmente, foi realizada
uma pesquisa bibliográfica e documental e, em seguida, foi realizado um estudo de
caso no município de Águas Belas – Pernambuco.
O estudo poderá identificar as condições necessárias para a realização do
projeto do empreendimento e fazer ele dar certo, na tentativa de identificar os fatores
que podem dificultar as possibilidades do sucesso do empreendimento (FARIAS,
2013).
O mesmo autor ainda afirma, que o estudo de viabilidade econômica em
relação ao orçamento identifica as circunstâncias para que os objetivos previstos pelo
empreendedor sejam alcançados, não estando dependentes das inconstâncias e às
formas variadas dos cenários.
Este trabalho também conta com a realização de renderizações em 3D para
visualização da casa e melhor modelá-la e prever melhor os seus ambientes internos
e externos e com a formulação dos projetos: hidráulico, sanitário e elétrico que junto
com as renderizações dará uma ótima noção da casa pronta.

6.1 Localização

Esse estudo ocorreu na cidade de Águas Belas que é um município do interior


do estado de Pernambuco localizado a uma latitude 09º06'41" sul e a
uma longitude 37º07'23" oeste e está cerca de 303 km da capital do estado, estando
a uma altitude de 376 metros. Sua população estimada em 2010 era de 42.291
habitantes. O município possui uma área de 887,56 km² e é constituído pelo distrito-

29
sede e de povoados como o de Campo Grande, Curral Novo, Garcia e Tanquinhos
(IBGE, 2020). Em termos, o local fica situado no final da Avenida Padre Nelson.

6.2 Orçamento e Cronograma

No ramo da construção civil, o orçamento abrange o levantamento da


quantidade de serviços junto com seus respectivos preços unitários e os preços
globais do investimento. São feitas as descrições destes em forma de planilha com as
respectivas unidades de medidas e quantidades, composição dos preços unitários
envolvendo mão de obra e materiais e, referencialmente, o valor total por item e o
valor global da obra (COELHO, 2001 apud FARIAS, 2013).
Complementando a visão do autor mencionado, o orçamento da obra é uma
ferramenta de gerenciamento usada por muitas empresas de construção civil,
ministrando dados suficientes para se obter decisões e execução de serviços com
uma visão quantitativa e financeira dos recursos. Apesar do orçamento ter uma
enorme importância, fica claro que o orçamento é apenas uma estimativa de custos
do empreendimento.
Então, para a realização de um bom orçamento, ele deve ser feito
estabelecendo os critérios técnicos e por um profissional qualificado que pode suscitar
em uma alta precisão desse orçamento. Entretanto, é impossível ser exato, mas já é
um planejamento, tendo em vista todos os custos dos mínimos detalhes (MATTOS,
2006 apud FARIAS, 2013).
Neste trabalho serão apresentados: orçamento convencional, cronograma,
projeto elétrico, hidráulico e sanitário. O modelo de orçamento intitulado de
convencional é o mais utilizado no ramo da construção civil, segundo Farias (2013).
Usualmente, esse tipo de orçamento é confeccionado tomando padrões pré-
estabelecidos por bibliografias de apoio ou por softwares de computador.
Ainda na visão de Farias, pode-se determinar orçamento como uma ferramenta
que dá uma estimativa ou previsão tanto em termos físicos quanto monetários, seja
para a empresa quanto um todo ou para uma determinada obra, visando guiar seu
gerenciamento e sua tomada de decisões. Os quantitativos monetários podem ser:
receitas, custos, despesas, recebimentos e desembolsos; já nos físicos: quantidades
de materiais utilizados na construção, material de escritórios, horas de mão de obra

30
ou equipamentos, como pode ser visualizado na figura 5 (PIETER, 2004 apud
FARIAS, 2013).

Figura 5 – Orçamento de obra

Fonte: FARIAS, (2013)

O cronograma é uma estimativa do tempo de todas as atividades realizadas na


obra, segundo Santos et al (apud Farias, 2013). É bastante importante planejar os
objetivos a serem alcançados para se obter melhores resultados dentro do prazo
constituído para que os momentos no cronograma sejam respeitados e cumpridos
perfeitamente. A sua importância acarreta na garantia de que as tarefas estabelecidas
sejam executadas, cumprindo as finalidades da execução de cada serviço, assim
como visto na figura 6.

31
Figura 6 - Cronograma de Obra

Fonte: FARIAS, (2013)


Fonte: FARIAS, (2013)
6.3 Renderização gráfica

Para estudo da melhor ambientação da casa modelo, foi usado o programa


Sketchup para modelação em 3D e renderizado no Enscape (apêndices II, IV, V e VII)
e para melhor visualização da parte externa da casa foi usado o programa Lumion
(Apêndice III).

6.4 Projetos hidrossanitário e elétrico

Para a formulação do projeto residencial é necessário conter todas as plantas


para a construção: arquitetônico, elétrico e hidrossanitário, com dimensões claras e
objetivas.
Segundo Lewiski, (2018), o sistema de instalações hidrossanitários têm como
finalidade fazer a captação e a distribuição da água em quantidade suficiente e
promover o afastamento adequado do esgotamento dos resíduos, além da captação
e escoamento de águas pluviais, gás combustível, prevenção e combate a incêndio e
algum outro sistema hidráulico que, por ventura, seja necessário na edificação.
Já o sistema de instalações elétricas, tem por objetivo garantir a transferência
de energia elétrica da sua origem até os pontos de utilização, de maneira rápida e
segura.

32
7 RESULTADOS E DISCUSSÕES

O estudo de caso referido foi feito com o objetivo de se obter o orçamento e


cronograma de um empreendimento residencial na cidade de Águas Belas. A
especificação da construção das casas populares em alvenaria de blocos cerâmicos
é dada a partir das especificações da Caixa Econômica Federal, para que sejam
enquadradas no programa de financiamento para o comprador, o Pmcmv na
modalidade faixa 1.
Sobre a localização do empreendimento é no Final da Avenida Padre Nelson
com área total de 2.407 Há marcados através do GPS Fields área measure pro
(conhecido por medidor de área e distâncias), nele foram gerados automaticamente
os limites/áreas/direções/rotas, conforme a Figura 7.

Figura 7 - Marcação do local em estudo

33
Fonte: Próprio autor
Contando com os terrenos situados exatamente um ao lado do outro,
aproximadamente de mesma área. A residência conta com dois quartos, uma sala,
uma cozinha e uma área de serviço na parte exterior ao fundo da casa conforme a
figura 8.

Figura 8 - Renderização da planta baixa

Fonte: Próprio autor

No empreendimento foi utilizando o sistema construtivo convencional para


Fundação, sendo ela sapata corrida de concreto. As alvenarias foram feitas com mão
de obra cobrando por m² executado. Foi utilizado bloco cerâmico, e o serviço não inclui
a execução do emboço em ambos os lados da alvenaria, foram utilizadas vergas e
contravergas para suporte de esquadrias. Para o teto foi utilizado PVC.
O revestimento das paredes foi em argamassa cimentícia, já o revestimento do
piso da casa inteira foi de cerâmica de cor branca. As portas escolhidas para o
empreendimento foram de madeira e as janelas em ferro. A instalação hidráulica e
sanitária foi feita com tubulações e conexões em PVC soldável. O material escolhido
para eletrodutos também foi o PVC, e fios e cabos com revestimento antichama. A
pintura da parte interna foi toda feita com emassamento e pintura em PVC, com
exceção do teto. Para exteriores, foi utilizada a tinta PVA.

34
A estrutura da cobertura foi feita toda em madeira. Já a telha utilizada para
cobertura foi a cerâmica do tipo convencional.

7.1 Orçamento e cronograma

Todos as ferramentas, indicadores e taxas, como o orçamento (Apêndice VI),


o cronograma (Apêndice VII), foram calculados e elaboradas usando as diretrizes
feitas no sistema convencional. Pelo Orçamento foi encontrado um custo total no valor
de R$37.522,54 para construção da casa no modelo convencional. Pode-se ter então
um valor de R$1.072,073/m².
Pelo cronograma do sistema construtivo convencional, observa que o tempo
de construção é bem curto. Portanto, por sua execução ser mais rápida, é possível
disponibilizar o empreendimento para venda em um tempo mais curto, podendo ter
retorno mais rapidamente abrindo uma possibilidade de reinvestir este capital mais
rapidamente. Além disso, com o capital reinvestido em um novo empreendimento,
pode-se gerar uma enorme rentabilidade para construção do empreendimento em
estrutura convencional. No estudo descrito, deve-se manter em mente que os custos
com IPTU não foram contabilizados.

35
8 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A análise feita neste trabalho vem a fornecer dados técnicos e econômicos do


método construtivo mais utilizado e com suas respectivas características. No trabalho
foi possível analisar detalhadamente o método construtivo, o convencional. Além
disso, teve-se a necessidade de realizar pesquisas e estudos para adquirir boas
noções de viabilidade e orçamento com seus respectivos métodos e indicadores, e
também a capacidade de contextualizar a enorme realidade brasileira sobre o déficit
habitacional abordando melhor o método mais utilizado para construção popular de
baixa renda no país.
A realização deste trabalho propicia desenvolver para futuro um modelo de
negócio para construção rápida com interfaces desenvolvidas de modo a acolher a
realidade do mercado da construção civil de baixa renda no país, tendo em vista os
grandes problemas de habitações do Brasil.
Segundo os elementos apresentados neste trabalho, pode-se dizer que o
empreendimento de casas de baixa renda é economicamente e tecnicamente viável.
Como desenvolvido anteriormente, o capital investido para o desenvolvimento deste
método construtivo é mais intenso devido sua quantia e rapidez, trazendo de fato um
retorno mais imediato.
Já nos quesitos de qualidade e funcionalidade da construção, é mais plausível
obter melhores resultados devido ao fato de se utilizar melhor seus elementos como,
o acabamento das paredes e do teto em forro de PVC facilitando e agilizando sua
colocação além da pintura, entre outros pontos positivos. A rapidez, facilidade e
qualidade com alto desempenho do método construtivo habilita-se a poder contribuir
para a redução do déficit habitacional brasileiro e outros problemas habitacionais, e
também se mostrando extremamente rentável para empreendedores da construção
civil de casa de baixa renda.

36
REFERÊNCIAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. Edificações Habitacionais


- Desempenho. NBR 15575. Rio de Janeiro, 2013. Disponível em:
http://www.asser.edu.br/rioclaro/biblioteca/docs/engenhariacivil/nbr_15575-
2_2013_final%20sistemas%20estruturais[1].pdf. Acesso em:20 de mai de 2020

BRASIL. Cartilha do Programa do Governo Federal Minha Casa Minha Vida,


2009.
Disponíveis em: http://www.fazenda.gov.br/noticias/2009/marco/Cartilha-Minha-
Casa-Minha-Vida.pdf/view. Acesso em: 20 de mai de 2020

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Disponível em: http://www.caixa.gov.br/voce/habitacao/minha-casa-minha-
vida/Paginas/default.aspx. Acesso em: 10 de mar de 2020.

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em: http://www.caixa.gov.br/Downloads/fgts-manual-fomento-agente-
operador/MFOM_PESSOA_JURIDICA_VERSAO_1_26.pdf. Acesso em: 27 de abr
de 2020.

FARIAS, L. J. Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica do Uso do Método


Construtivo Light Steel Framing numa residência unifamiliar de baixa renda.
Disponível em:
https://pantheon.ufrj.br/bitstream/11422/10005/1/monopoli10008166.pdf. acesso em:
20 de mai de 2020

FERREIRA, G. G., CALMON, P., FERNANDES, A. S. A., ARAÚJO, S. M. V. G.


Política habitacional no Brasil: uma análise das coalizões de defesa do Sistema
Nacional de Habitação de Interesse Social versus o Programa Minha Casa, Minha
Vida. Disponível em:https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S2175-
33692019000100202&script=sci_arttext&tlng=pt.Acesso em: 16 de mar de 2020.

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GONÇALVES, R. Análise das Necessidades Habitacionais e suas Tendências


para os Próximos Dez Anos. Disponível em:
https://ipea.gov.br/agencia/images/stories/PDFs/TDs/td_0559.pdf. Acesso em: 21 de
abr de 2020.

37
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Pernambuco. Disponível em:
https://biblioteca.ibge.gov.br/visualizacao/dtbs/pernambuco/aguasbelas.pdf. Acesso
em: 25 de jun de 2020

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Redução no Déficit Habitacional no País. Disponível em:
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PETEAN, G. H.; SAUER, L. Indicadores Sociais Habitacionais: Uma Reflexão


Teórica Sobre o Cálculo do Déficit Habitacional. Disponível
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PORTAL DO FGTS. Fundo de Garantia do tempo de Serviço – FGTS. O que é


FGTS?Disponível em:http://www.fgts.gov.br/Pages/sou-trabalhador/o-que.aspx.
Acesso em: 27 de abr de 2020.

ROLNIK, R.; KLINTOWITZ, D.; REIS J.; BISCHOF, R. Como produzir moradia
bem localizada com os recursos do programa Minha casa minha vida?
Implementando os instrumentos do Estatuto da Cidade. Disponível em:
http://autogestao.unmp.org.br/wp-content/uploads/2014/08/Cartilha_-
_Minha_Casa_Minha_Vida.pdf. Acesso em:14 de abr de 2020.

SILVA, A. E. , GOMES, E. T. A. Habitação Popular e os Processos de


Periferização e Segregação Socioespacial: Uma análise sobre o programa minha
casa minha vida (faixa 1). Disponível em:
https://periodicos.ufpe.br/revistas/ruralurbano/article/viewFile/241018/32058. Acesso
em: 20 de mai de 2020

38
Apêndices

Apêndice I – Planta baixa

39
Apêndice II – Renderização da planta baixa humanizada

40
Apêndice III – Renderização humanizada da faixada da casa

41
Apêndice IV – Renderização humanizada sala/cozinha da casa

42
Apêndice V – Renderização humanizada quarto um da casa

43
Apêndice VI – Orçamento da Residência Bancos
SINAPI - 05/2020 -
B.D.I.
0,0%
Encargos Sociais
Não Desonerado: embutido nos preços
Unifamiliar Faixa 1 Pernambuco
SEINFRA - 026 - Ceará
unitários dos insumos de mão de obra,
de acordo com as bases.

Planilha Orçamentária

Item Código Banco Descrição Und Quant. Valor Unit Valor Unit com Total
BDI
1 Serviços Preliminares 339,85

1.1 C1630 SEINFRA LOCAÇÃO DA OBRA - EXECUÇÃO DE GABARITO m² 35 5,74 5,74 200,90
1.2 SINAPI LIMPEZA MANUAL DO TERRENO (C/ RASPAGEM SUPERFICIAL) m² 35 3,97 3,97 138,95

73948/016
2 Estrutura e Fundações 5.042,30

2.1 96619 SINAPI LASTRO DE CONCRETO MAGRO, APLICADO EM BLOCOS DE m² 7 22,78 22,78 159,46
COROAMENTO OU SAPATAS, ESPESSURA DE 5 CM. AF_08/2017
2.2 94964 SINAPI CONCRETO FCK = 20MPA, TRAÇO 1:2,7:3 (CIMENTO/ AREIA MÉDIA/ BRITA 1) m³ 1,34 326,14 326,14 437,02
- PREPARO MECÂNICO COM BETONEIRA 400 L. AF_07/2016
2.3 SINAPI LANCAMENTO/APLICACAO MANUAL DE CONCRETO EM FUNDACOES m³ 1,34 104,56 104,56 140,11

74157/004
2.4 C1399 SEINFRA FORMA PLANA CHAPA COMPENSADA PLASTIFICADA, ESP.= 12mm UTIL. 5X m² 21 93,84 93,84 1.970,64

2.5 98546 SINAPI IMPERMEABILIZAÇÃO DE SUPERFÍCIE COM MANTA ASFÁLTICA, UMA m² 21 75,51 75,51 1.585,71
CAMADA, INCLUSIVE APLICAÇÃO DE PRIMER ASFÁLTICO, E=3MM.
AF_06/2018
2.6 92794 SINAPI CORTE E DOBRA DE AÇO CA-50, DIÂMETRO DE 10,0 MM, UTILIZADO EM KG 86,4 6,16 6,16 532,22
ESTRUTURAS DIVERSAS, EXCETO LAJES. AF_12/2015
2.7 92791 SINAPI CORTE E DOBRA DE AÇO CA-60, DIÂMETRO DE 5,0 MM, UTILIZADO EM KG 30,8 7,05 7,05 217,14
ESTRUTURAS DIVERSAS, EXCETO LAJES. AF_12/2015
3 Alvenaria 4.619,20

3.1 72132 SINAPI ALVENARIA EM TIJOLO CERAMICO MACICO 5X10X20CM 1/2 VEZ m² 80 57,74 57,74 4.619,20
(ESPESSURA 10CM), ASSENTADO COM ARGAMASSA TRACO 1:2:8 (CIMENTO,
CAL E AREIA)

4 Cobertura 3.001,15

4.1 94201 SINAPI TELHAMENTO COM TELHA CERÂMICA CAPA-CANAL, TIPO COLONIAL, COM m² 37 41,85 41,85 1.548,45
ATÉ 2 ÁGUAS, INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL. AF_07/2019
4.2 92541 SINAPI TRAMA DE MADEIRA COMPOSTA POR RIPAS, CAIBROS E TERÇAS PARA m² 36,5 39,80 39,80 1.452,70
TELHADOS DE ATÉ 2 ÁGUAS PARA TELHA CERÂMICA CAPA-CANAL,
INCLUSO TRANSPORTE VERTICAL. AF_07/2019

5 Revestimento de Paredes 7.505,60

5.1 87904 SINAPI CHAPISCO APLICADO EM ALVENARIA (COM PRESENÇA DE VÃOS) E m² 160 6,89 6,89 1.102,40
ESTRUTURAS DE CONCRETO DE FACHADA, COM COLHER DE PEDREIRO.
ARGAMASSA TRAÇO 1:3 COM PREPARO MANUAL. AF_06/2014

5.2 C3028 SEINFRA REBOCO C/ ARGAMASSA DE CIMENTO E AREIA PENEIRADA, TRAÇO 1:3 m² 160 40,02 40,02 6.403,20
6 Revestimento de Pisos 1.166,10

6.1 96617 SINAPI LASTRO DE CONCRETO MAGRO, APLICADO EM BLOCOS DE m² 26 13,66 13,66 355,16
COROAMENTO OU SAPATAS, ESPESSURA DE 3 CM. AF_08/2017
6.2 87248 SINAPI REVESTIMENTO CERÂMICO PARA PISO COM PLACAS TIPO ESMALTADA m² 26 31,19 31,19 810,94
EXTRA DE DIMENSÕES 35X35 CM APLICADA EM AMBIENTES DE ÁREA
MAIOR QUE 10 M2. AF_06/2014

7 Pintura 2.249,60

7.1 88485 SINAPI APLICAÇÃO DE FUNDO SELADOR ACRÍLICO EM PAREDES, UMA DEMÃO. m² 160 2,08 2,08 332,80
AF_06/2014
7.2 88489 SINAPI APLICAÇÃO MANUAL DE PINTURA COM TINTA LÁTEX ACRÍLICA EM m² 160 11,98 11,98 1.916,80
PAREDES, DUAS DEMÃOS. AF_06/2014
8 Esquadrias 4.786,58

8.1 91332 SINAPI KIT DE PORTA DE MADEIRA FRISADA, SEMI-OCA (LEVE OU MÉDIA), UN 3 598,84 598,84 1.796,52
PADRÃO MÉDIO, 80X210CM, ESPESSURA DE 3,5CM, ITENS INCLUSOS:
DOBRADIÇAS, MONTAGEM E INSTALAÇÃO DO BATENTE, SEM FECHADURA -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2019

8.2 94559 SINAPI JANELA DE AÇO TIPO BASCULANTE PARA VIDROS, COM BATENTE, m² 1 587,97 587,97 587,97
FERRAGENS E PINTURA ANTICORROSIVA. EXCLUSIVE VIDROS,
ACABAMENTO, ALIZAR E CONTRAMARCO. FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_12/2019

8.3 94560 SINAPI JANELA DE AÇO DE CORRER COM 2 FOLHAS PARA VIDRO, COM VIDROS, m² 3 533,99 533,99 1.601,97
BATENTE, FERRAGENS E PINTURAS ANTICORROSIVA E DE
ACABAMENTO. EXCLUSIVE ALIZAR E CONTRAMARCO. FORNECIMENTO E
INSTALAÇÃO. AF_12/2019

8.4 91341 SINAPI PORTA EM ALUMÍNIO DE ABRIR TIPO VENEZIANA COM GUARNIÇÃO, m² 2 400,06 400,06 800,12
FIXAÇÃO COM PARAFUSOS - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2019

9 Instalações Hidrossanitárias 3.085,31

9.1 89707 SINAPI CAIXA SIFONADA, PVC, DN 100 X 100 X 50 MM, JUNTA ELÁSTICA, UN 1 28,44 28,44 28,44
FORNECIDA E INSTALADA EM RAMAL DE DESCARGA OU EM RAMAL DE
ESGOTO SANITÁRIO. AF_12/2014

9.2 89709 SINAPI RALO SIFONADO, PVC, DN 100 X 40 MM, JUNTA SOLDÁVEL, FORNECIDO E UN 1 11,37 11,37 11,37
INSTALADO EM RAMAL DE DESCARGA OU EM RAMAL DE ESGOTO
SANITÁRIO. AF_12/2014

9.3 00038637 SINAPI SIFAO EM METAL CROMADO PARA PIA AMERICANA, 1.1/2 X 1.1/2 " UN 3 159,80 159,80 479,40
9.4 00006153 SINAPI VALVULA EM PLASTICO BRANCO PARA TANQUE OU LAVATORIO 1 ", SEM UN 4 2,40 2,40 9,60
UNHO E SEM LADRAO

44
9.5 00003516 SINAPI JOELHO PVC, SOLDAVEL, BB, 45 GRAUS, DN 40 MM, PARA ESGOTO PREDIAL UN 3 0,64 0,64 1,92

9.6 00003518 SINAPI JOELHO PVC, SOLDAVEL, PB, 45 GRAUS, DN 50 MM, PARA ESGOTO PREDIAL UN 3 1,91 1,91 5,73

9.7 00037949 SINAPI JOELHO PVC, SOLDAVEL, PB, 90 GRAUS, DN 40 MM, PARA ESGOTO PREDIAL UN 2 1,14 1,14 2,28

9.8 00003526 SINAPI JOELHO PVC, SOLDAVEL, PB, 90 GRAUS, DN 50 MM, PARA ESGOTO PREDIAL UN 2 1,53 1,53 3,06

9.9 00003520 SINAPI JOELHO PVC, SOLDAVEL, PB, 90 GRAUS, DN 100 MM, PARA ESGOTO PREDIAL UN 1 5,07 5,07 5,07

9.10 00003659 SINAPI JUNCAO SIMPLES, PVC, DN 100 X 50 MM, SERIE NORMAL PARA ESGOTO UN 1 9,91 9,91 9,91
PREDIAL
9.11 I1799 SEINFRA REGISTRO DE GAVETA BRUTO 25MM (1 UN 3 40,78 40,78 122,34
9.12 I2593 SEINFRA REGISTRO DE PRESSÃO CROMADO 25MM (1") UN 1 64,35 64,35 64,35
9.14 00003529 SINAPI JOELHO PVC, SOLDAVEL, 90 GRAUS, 25 MM, PARA AGUA FRIA PREDIAL UN 17 0,52 0,52 8,84
9.15 00000828 SINAPI BUCHA DE REDUCAO DE PVC, SOLDAVEL, CURTA, COM 25 X 20 MM, PARA UN 2 0,31 0,31 0,62
AGUA FRIA PREDIAL
9.16 00000065 SINAPI ADAPTADOR PVC SOLDAVEL CURTO COM BOLSA E ROSCA, 25 MM X 3/4", UN 5 0,63 0,63 3,15
PARA AGUA FRIA
9.17 00000111 SINAPI ADAPTADOR PVC SOLDAVEL CURTO COM BOLSA E ROSCA, 50 MM X 1 1/4", UN 1 5,83 5,83 5,83
PARA AGUA FRIA
9.18 00003526 SINAPI JOELHO PVC, SOLDAVEL, PB, 90 GRAUS, DN 50 MM, PARA ESGOTO PREDIAL UN 1 1,53 1,53 1,53

9.19 00003518 SINAPI JOELHO PVC, SOLDAVEL, PB, 45 GRAUS, DN 50 MM, PARA ESGOTO PREDIAL UN 2 1,91 1,91 3,82

9.20 00003661 SINAPI JUNCAO SIMPLES, PVC, DN 75 X 50 MM, SERIE NORMAL PARA ESGOTO UN 1 7,94 7,94 7,94
PREDIAL
9.21 91795 SINAPI (COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INST. TUBO PVC, M 14,5 46,36 46,36 672,22
SÉRIE N, ESGOTO PREDIAL, 100 MM (INST. RAMAL DESCARGA, RAMAL DE
ESG. SANIT., PRUMADA ESG. SANIT., VENTILAÇÃO OU SUB-COLETOR
AÉREO), INCL. CONEXÕES E CORTES, FIXAÇÕES, P/ PRÉDIOS.
AF_10/2015
9.22 91792 SINAPI (COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE M 2,3 40,97 40,97 94,23
TUBO DE PVC, SÉRIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 40 MM (INSTALADO
EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO), INCLUSIVE
CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES, PARA PRÉDIOS.
AF_10/2015
9.23 91793 SINAPI (COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE M 12,3 60,89 60,89 748,94
TUBO DE PVC, SÉRIE NORMAL, ESGOTO PREDIAL, DN 50 MM (INSTALADO
EM RAMAL DE DESCARGA OU RAMAL DE ESGOTO SANITÁRIO), INCLUSIVE
CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES PARA, PRÉDIOS.
AF_10/2015
9.24 91784 SINAPI (COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE M 2,3 31,41 31,41 72,24
TUBOS DE PVC, SOLDÁVEL, ÁGUA FRIA, DN 20 MM (INSTALADO EM
RAMAL, SUB-RAMAL OU RAMAL DE DISTRIBUIÇÃO), INCLUSIVE
CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES, PARA PRÉDIOS. AF_10/2015
9.25 91785 SINAPI (COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INSTALAÇÃO DE M 20,2 31,05 31,05 627,21
TUBOS DE PVC, SOLDÁVEL, ÁGUA FRIA, DN 25 MM (INSTALADO EM
RAMAL, SUB-RAMAL, RAMAL DE DISTRIBUIÇÃO OU PRUMADA), INCLUSIVE
CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES, PARA PRÉDIOS. AF_10/2015

9.26 91794 SINAPI (COMPOSIÇÃO REPRESENTATIVA) DO SERVIÇO DE INST. TUBO PVC, M 3,5 27,22 27,22 95,27
SÉRIE N, ESGOTO PREDIAL, DN 75 MM, (INST. EM RAMAL DE DESCARGA,
RAMAL DE ESG. SANITÁRIO, PRUMADA DE ESG. SANITÁRIO OU
VENTILAÇÃO), INCL. CONEXÕES, CORTES E FIXAÇÕES, P/ PRÉDIOS.
AF_10/2015
10 Aparelhos e Metais 889,38

10.1 86888 SINAPI VASO SANITÁRIO SIFONADO COM CAIXA ACOPLADA LOUÇA BRANCA - UN 1 347,40 347,40 347,40
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_01/2020
10.2 86899 SINAPI BANCADA DE MÁRMORE BRANCO POLIDO, DE 0,50 X 0,60 M, PARA UN 1 210,41 210,41 210,41
LAVATÓRIO - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_01/2020
10.3 00001746 SINAPI BANCADA/BANCA/PIA DE ACO INOXIDAVEL (AISI 430) COM 1 CUBA UN 1 159,90 159,90 159,90
CENTRAL, COM VALVULA, ESCORREDOR DUPLO, DE *0,55 X 1,20* M
10.4 00034637 SINAPI CAIXA D'AGUA EM POLIETILENO 500 LITROS, COM TAMPA UN 1 171,67 171,67 171,67
11 Instalações Elétricas 4.749,97

11.1 93145 SINAPI PONTO DE ILUMINAÇÃO E TOMADA, RESIDENCIAL, INCLUINDO UN 7 163,71 163,71 1.145,97
INTERRUPTOR SIMPLES E TOMADA 10A/250V, CAIXA ELÉTRICA,
ELETRODUTO, CABO, RASGO, QUEBRA E CHUMBAMENTO (EXCLUINDO
LUMINÁRIA E LÂMPADA). AF_01/2016
11.2 93141 SINAPI PONTO DE TOMADA RESIDENCIAL INCLUINDO TOMADA 10A/250V, CAIXA UN 19 133,85 133,85 2.543,15
ELÉTRICA, ELETRODUTO, CABO, RASGO, QUEBRA E CHUMBAMENTO.
AF_01/2016
11.3 91927 SINAPI CABO DE COBRE FLEXÍVEL ISOLADO, 2,5 MM², ANTI-CHAMA 0,6/1,0 KV, M 25 3,92 3,92 98,00
PARA CIRCUITOS TERMINAIS - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO.
AF_12/2015
11.4 91835 SINAPI ELETRODUTO FLEXÍVEL CORRUGADO REFORÇADO, PVC, DN 25 MM M 25 7,38 7,38 184,50
(3/4"), PARA CIRCUITOS TERMINAIS, INSTALADO EM FORRO -
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_12/2015
11.5 SINAPI QUADRO DE DISTRIBUICAO DE ENERGIA DE EMBUTIR, EM CHAPA UN 1 474,34 474,34 474,34
METALICA, PARA 32 DISJUNTORES TERMOMAGNETICOS MONOPOLARES,
74131/006 COM BARRAMENTO TRIFASICO E NEUTRO, FORNECIMENTO E INSTALACAO

11.6 97592 SINAPI LUMINÁRIA TIPO PLAFON, DE SOBREPOR, COM 1 LÂMPADA LED DE 12/13 W, UN 6 41,44 41,44 248,64
SEM REATOR - FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_02/2020
11.7 93664 SINAPI DISJUNTOR BIPOLAR TIPO DIN, CORRENTE NOMINAL DE 32A - UN 1 55,37 55,37 55,37
FORNECIMENTO E INSTALAÇÃO. AF_04/2016
12 Serviços Complementares 87,50

45
12.1 9537 SINAPI LIMPEZA FINAL DA OBRA m² 35 2,50 2,50 87,50

Total sem BDI 37.522,54


Total do BDI 0,00
Total Geral 37.522,54

46
Apêndice VII – Cronograma da Obra

1ª 2ª 3ª 4ª 5ª 6ª 7ª
Item Serviço Quinzena Quinzena Quinzena Quinzena Quinzena Quinzena Quinzena

Serviços
1 preliminares 100%

2 Infraestrutura 100%

3 Supraestrutura 25% 50% 25%

Fechamentos
(alvenaria
4 50% 30% 20%
e
revestimento)
5 Cobertura 50% 50%

6 Instalações 20% 30% 30% 20%

7 Esquadrias 25% 25% 25% 25%

8 Louça e metais 20% 20% 20% 20%

9 Pintura interna 50%

10 Pintura Externa 50%

Limpeza da
11 obra

12 Habite-se

47
Apêndice VIII – Projeto elétrico

48
Apêndice IX – Projeto Hidrossanitário

Legenda de condutos
Água fria

Esgoto

Ventilação

49

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