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SUA ESCOLA TEM UM PROJETO DE INCLUSÃO E RECONHECIMENTO DA

DIVERSIDADE?

Durante os últimos tempos, vivemos vários desafios nas escolas. Existem desafios que
são sequentes quando se pensa a organização e o funcionamento da escola. Alguns
desafios são mais latentes, outros, nem tanto. Outros ainda, foram normalizados como
rotina no cotidiano das escolas. Por serem normalizados, acabaram por se tornar
comuns/controlados nas práticas educativas. Mas, em especial, gostaria de trazer para
reflexão a inclusão e o reconhecimento da diversidade como prática escolar educativa.
A diversidade está tão presente em nossa vida, em especial, na contemporaneidade,
que ela acabou por impulsionar movimentos de mudanças dentro das instituições
sociais. É o caso da família, das empresas, do trabalho, da religião, da cultura, entre
outras e, finalmente, a escola.
Na escola, boa parte dos projetos, tradicionalmente, são decorrentes do currículo.
Porém, há que lembrar, que o currículo tem várias vertentes epistemológicas,
metodológicas e ideológicas. O currículo sempre corresponde à uma tendência
educativa que orienta o saber e o fazer escolar. Algumas escolas, tratam o currículo
como algo vivo, compreendendo-o como lugar de conflito, de reflexão, e de ação
pedagógica. Outras escolas, tratam o currículo como estratégias de controle
disciplinar do corpo e da mente dos seus estudantes. Nesse segundo caso, o currículo
não é libertador, é sim, opressor.
No entanto, falar de inclusão e reconhecimento das diversidades e propô-la como
prática viva na escola, está em desafiar, em primeiro momento, a observar as
fragilidades relacionadas à inclusão de grupos minoritários no contexto escolar. Com
certeza, não se trata apenas de incluir, mas de reconhecer sempre em abertura para
uma proposta educativa aberta, não opressora.
Assim, a inclusão e o reconhecimento das minorias, deve ser reconhecida não apenas
no grupo de estudantes, mas nos professores, gestores, famílias, e todos que compõem
a escola. Além do reconhecimento, precisa também ser estendida para comunidade
não-escolar, pois é ela que legitima, juntamente com a comunidade escolar a educação
como um processo socialmente válido.
Se for do interesse da escola, a proposta parte de um estudo, não apenas de sua
implementação, mas de uma sensibilização quanto as diversidades socialmente
presentes na escola. Esse ponto é muito importante, pois é através dele que se busca a
construção de um contexto de diálogo e de enfrentamento dos preconceitos
construídos e legitimados no ambiente escolar.
Após a sensibilização, é hora da implementação. Para esta, é preciso reconhecer quais
são os facilitadores e os dificultadores das ações de implementação. Os facilitadores e
os dificultadores, são elementos fundamentais pois representam o interesse da escola
em implementar as mudanças no processo pedagógico, curricular, de gestão, na
política educacional, entre outros.
Por fim, é preciso que a escola se organize com um plano de trabalho, pois o processo
não é pontual, de imediata mudança na cultura organizacional bem como no trabalho
pedagógico. O plano de trabalho, necessita sempre ser resultado de muito estudo,
discussão, abertura, e entendimento da diversidade com flexibilidade à permanente
inclusão.
Incluir a diversidade não basta, é preciso reconhecê-la. Ela está aí, muitas vezes
silenciada, calada, oprimida. Reconstruir os espaços de voz, vez, e atividade, não pode
ser uma tentativa de normalizar a diversidade, mas de perceber nela mais uma
oportunidade de aprendizagem e de saudável convivência.

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