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É TEMPO DE APRENDER QUE, ENSINAR TAMBÉM É APRENDER!

Situada na dimensão da responsabilidade do Estado, Família e Sociedade, a educação é um


direito de todas as crianças, adolescentes, independente se vivemos em tempos de COVID-19
ou não. No entanto, a rotina escolar alterou-se significativamente para dar conta desse direito.
Professores tem investido em mudanças constantes em suas formas de ensinar, seja através de
atividades síncronas ou assíncronas. As crianças e adolescentes estão em casa realizando suas
atividades escolares.
É o momento de toda sociedade reconhecer e ser sensível para com o esforço e dedicação que
as famílias têm dispensado para apoiar seus filhos em suas tarefas escolares.
Depois de algum tempo vivenciando diferentes experiências educativas na Pandemia,
apresento algumas recomendações que ajudam e fortalecem as famílias, escolas e professores
no processo educativo:
a) Cuidados com a saúde emocional: É importante lembrar que se estamos em casa, vivendo
essa situação temporal, é para cuidarmos de nós e dos outros. A instabilidade emocional pode
se aguçar em nossos filhos. No entanto, a sugestão é criar espaços onde possam expressar
emoções, serem escutados com atenção e, se possível, realizar vídeo-chamadas para algum
familiar, amigo, amiga, fortalecendo os vínculos de reconhecimento.
b) Estabelecer uma rotina: temos percebido que é importante que a família estabeleça
horários para desenvolver as tarefas escolares. Priorizar horários que os responsáveis estejam
dispostos a acompanhar com paciência, diálogo, amorosidade. Proporcionar tempo suficiente
de descanso entre as atividades, para que, possam voltar animados às mesmas.
c) Não se converta em Professor (a): Muitos pais e mães sentem-se pressionados à assumir o
papel dos professores. No entanto, não se pode esperar que pai e mãe se convertam em
professores e que a casa se torne escola. Não se trata de escolarizar o ambiente familiar. Não
use “professor/professora” quando for se dirigir ao seu filho. Seguramente, há distinções que
precisam ser preservadas. Para tanto, designar no ambiente um lugar específico para estudo,
com iluminação, ventilação e condições de aprendizagem.
d) Revisar o material disponível e necessário: se as aulas estiverem acontecendo de forma
online, revisa a conexão com a internet, o funcionamento do computador, e outros elementos
para que se tenha qualidade de transmissão. Muitas vezes, são pequenos detalhes que fazem
toda diferença. Muitas de nossas crianças têm um tempo curto/limite de paciência, e as falhas
constantes de conexão podem levá-las à um índice altíssimo de estresse, prejudicando a
aprendizagem. Revisar também os cadernos, lápis, materiais escolares. Revisa também o
ambiente, para que o mesmo garanta conforto e saúde suficiente para uma boa aprendizagem.
e) Regular o Tempo: Cada criança é diferente de outra. O tempo de concentração e atenção
de uma, não pode ser regulado comparando com outra. Utilize tempo médio de 20 minutos
para crianças e 45 para adolescentes. Dependendo o tipo de atividade, diminua ou aumente o
tempo. Os horários estabelecidos devem sempre considerar as particularidades da criança e
adolescente. Não se esqueça de priorizar momentos de descanso.
f) Incentivar a prática de exercícios físicos: Incentive atividades como dança livre,
caminhadas, trilhas pela casa ou pátio, entre outras. Jogos também ajudam. Além de
movimentar, também ajudam no desenvolvimento cognitivo.

Finalmente, APRENDA ENQUANTO ENSINA! Podemos ver esse tempo como “tempo
perdido”, ou podemos potencializar nossas aprendizagens junto com a aprendizagem de
nossos filhos. Aproveite para aprender mais! Leia, discuta, construa, pois é tempo de aprender
que, ensinar também é aprender.

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