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Resumo Texto 2 “A Propriedade"

Aluno:

 Sociologia da Propriedade

A definição de direito de propriedade é bastante mutável ao logo do tempo, os


aspectos sociais, econômicos e políticos do tempo em questão estão sempre a
influencia-lo, sendo assim, não existindo um conceito em definitivo. Por exemplo, ainda
se vê a influência do conceito feudal europeu de propriedade, no sistema jurídico
brasileiro, por meio de Portugal na implantação das capitanias hereditárias no Brasil, em
nossos costumes.
O instituto da propriedade tem raiz histórica no direito romano, que inicialmente
se dava forma mística, política e individua. A partir de Justiniano no século VI com a
codificação, que a propriedade no direito civil romano se consolida e teria influência a
partir dos séculos. Já mais a frente, com a revolução francesa e o Código Napoleônico a
propriedade é democratizada, ressaltando a valorização do imóvel, sendo sinônimo e
status e riqueza. Quebrando-se assim a ideia da aristocracia formanda por linhagem
familiar e substituindo-a por uma aristocracia “financeira”.
Atualmente a definições jurídicas e sistema políticos sofrem de muitas incertezas
políticas, mudam e se misturam conformes as ideias de esquerda ou direita com o passar
do tempo, gerando a dogmática que um lado preza pelo direito individual da
propriedade enquanto o outro versa sobre a ida de propriedade coletiva e de produção.
Pensamentos que na pratica já são heterogêneos e contém elementos quem interagem
entre si e percebe-se que a desapropriação da propriedade privada é mais comum, com a
justificativa da utilização para um bem comum da sociedade, com isso um certo
controle estatal com regras bem definidas de o que pode ser feito e quais o limites das
propriedades.
Em nossa constituição de 1988 destaca-se a importância da propriedade privada,
bem como da importância da função social, deixando claro que o interesse privado
deve ser levado em conta, porém desde que esses interesses estejam de acordo com o
bem comum da sociedade, deixando claro que em qualquer situação o interesse social
se sobrepõem ao do indivíduo. Esse conceito vai de enfrentamento com a definição de
propriedade romana sendo mais diversificado e flexível de se interpretar que leva em
conta, por exemplo, as definições e características das propriedades empresariais
modernas.

 Conceitos e Elementos da Propriedade: seu objetivo

Ao que parece o conceito de propriedade parece que inato ao ser humano, ainda
que o mesmo seja inculto ou de menor idade, mesmo sem saber definir o que é, aplica o
conceito em sua realidade. O conceito de propriedade a luz do código de napoleão versa
sobre a ideia de usufruto "absoluto” da propriedade, porém quando refletimos vemos
que a propriedade está subordinada as leis vigentes e entende-se que essa ideia cai por
terra, pois o que é absoluto não está subordinado a algo. Já o Direito brasileiro não
define o qual é o conceito de propriedade e sim quais são os poderes do proprietário,
sendo a propriedade um direito, que contempla o poder gozar, dispor da coisa e
reivindica-la de quem injustamente a detenha. Esses atributos quando todos reunidos
numa pessoa só temos a definição de propriedade plena e quando uma das faculdades é
perdida a propriedade é definida como menos plena ou limitada, sendo a condição
normal a plenitude de todos os elementos e excepcional a limitação de um dos
elementos.
Os direitos que fazem parte do direito de propriedade são: Direito de usar (ius
utendi), de gozar (ius fruendi), de dispor (ius abutendi) e de reaver a coisa (rei
vindicatio).
O Direito de usar está nas escolhas de o dono empregar a propriedade em
benefício próprio ou de uma outra pessoa ou até mesmo deixando-a inerte, ter a coisa
em condição de ser utilizada em algum momento. O uso é delimitado caso o benefício
acabe prejudicando um terceiro, sendo subordinado as normas de boa vizinhança e ao
Art.1228 do CC de 2002.
O Direito de gozar versa sobre o direito de gozar e usar os produtos advindos da
coisa, sejam o que são advindos de forma natural como os frutos civis.
O Direito de dispor nos mostra que é a propriedade é mais que usar ou o gozar
da coisa, sendo o dispor a o elemento definitivo pra o domínio, tendo o poder de fazer o
que quiser com a propriedade, respeitando os limites da lei, podendo vende-la, doar,
trocá-la, transforma-la ou até mesmo destruí-la.
O Direito de Reaver a coisa acontece quando um terceiro possui injustamente
sua propriedade, e assim o proprietário pode recuperar sua coisa da pessoa alheia
retoma-la da posse sem causa jurídica ou injusta.
O Objeto de direito de propriedade, sendo o texto, pode ser qualquer bem, pois
todos os bens são apropriáveis. Algumas teorias definem que apenas coisas corpóreas
podem ser consideradas, porém é possível também se interpretar coisa incorpóreas.

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