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INSTITUTO BRASILEIRO DE MEDICINA EM REABILITAÇÃO

CENTRO UNIVERSITÁRIO

SAÚDE DO ADULTO

Andressa da Silva Guimarães

RIO DE JANEIRO,

02/2020
Andressa da silva Guimarães

SAÚDE DO ADULTO

Trabalho feito para obtenção de nota na


disciplina de Saúde do adulto no curso de
graduação em Enfermagem do Instituto
Brasileiro de Medicina em Reabilitação -
IBMR

Orientador:Profº Luciano Godinho Almuinha Ramos

RIO DE JANEIRO

02/2020
A diabetes tipo 2 tem como causa o déficit na produção de insulina ou má
absorção da mesma. A insulina é um hormônio que regula a glicose no sangue,
garantido então energia para o organismo, se o organismo do indivíduo está
com problemas em quebrar as moléculas de glicose, teremos um aumento de
açúcar na corrente sanguínea. A falta de controle da Diabetes, pode causar
complicações em todo o corpo, isso se deve pelo fato dos grandes níveis de
açúcar no sangue, ocorrendo então, danificação dos nervos e vasos
sanguíneos. Em pacientes com DM tipo 2, o rastreamento deve ser feito por
ocasião do diagnóstico de DM(10). A ausência de tratamento medicamentoso,
diagnóstico tardio, falta de reeducação alimentar e prática de exercícios físicos
agravam o quadro da doença e favorecem o surgimento de complicações.(1)
As complicações do DM podem ser agudas ou crônicas.
Entre as complicações agudas estão hiperglicemia e hipoglicemia. As
complicações crônicas podem ser microvasculares e macrovasculares.

Microvasculares

● Neuropatia
● Nefropatia
● Retinopatia

Macrovasculares

● Doença coronariana
● Doença cerebrovascular

NEUROPATIA: A neuropatia diabética é uma complicação caracterizada pela


degeneração progressiva dos nervos, fazendo com que assim tenha a
diminuição da sensibilidade em várias partes do corpo como os pés, sendo
assim perdendo a sensibilidade indivíduo pode se machucar e não perceber e
criar uma lesão e infecção. As formas de apresentação mais comuns são a
polineuropatia sensitivo-motora e a neuropatia autonômica. Sintomas como
dormência, queimação, “pontadas ou choque” são comuns. (4)

Tratamentos: O tratamento da ND, tem como fator preventivo o controle


metabólico, o que inibe o surgimento de lesões e tratamento medicamentoso
conforme orientação médica. (1)
NEFROPATIA: A nefropatia diabética é uma alteração nos vasos sanguíneos
dos rins, que leva à perda de proteína por meio da urina, com isso existe o
risco dos rins irem parando lentamente, perdendo a função. A nefropatia é uma
das principais causas de insuficiência renal. Além da elevada prevalência a
nefropatia se associa com a alta mortalidade por doença cardiovascular,
conforme avançam os estágios da doença, que por definição possui 4 estágios;

● Estagio 1 - Hiperfiltração - Observam-se aumento do ritmo de filtração


glomerular (elevação do clearance da creatinina) e normoalbuminúria.
Rins aumentados de tamanho bilateralmente.
● Estágio 2: Microalbuminúria ou nefropatia incipiente
● Estágio 3: Proteinúria ou nefropatia clínica - A excreção urinária de
albumina atinge valores superiores a 200µg/min ou 300mg/24h.
● Estágio 4: Nefropatia terminal - Pacientes em IRC, em programas de
diálise e transplante renal. (6)

Tratamento: É realizado por meio do controle da glicemia, com utilização


medicamentosa dos inibidores da eca, controle da pressão arterial e dos
lipídios. (7)

RETINOPATIA: A retinopatia diabética é a principal causa de cegueira em


paciente com DM O grau de retinopatia está correlacionada com fatores dos
níveis de glicose, nível da pressão arterial e tempo de diagnóstico. Existem
duas.

● Retinopatia Diabética Exsudativa: ocorre quando as hemorragias e as


gorduras afetam a mácula, que é necessária para a visão central, usada
para a leitura.
● Retinopatia Diabética Proliferativa: surge quando a doença dos vasos
sanguíneos da retina progride, o que ocasiona a proliferação de novos
vasos anormais. formas de retinopatia diabética: exsudativa e
proliferativa. (8)
Tratamento: Controle da glicemia e da pressão arterial, pois o controle intensivo
da glicose no sangue retarda a progressão da retinopatia, existem tratamentos
a laser que podem ajudar em paciente com estágio avançado de retinopatia.
(10)

As complicações crônicas macrovasculares do DM,também chamadas de


doenças cardiovasculares, atingem o coração (infarto agudo do miocárdio), o
cérebro (acidente vascular cerebral) e os membros inferiores (doença vascular
periférica) ,e acomete tanto o paciente com DM2 como aquele com DM1. A
maior causa de óbito nesses casos é a doença cardiovascular. A
hipertensão,tabagismo está associada com essa complicação crônica.

ESTRATÉGIAS E CUIDADOS DE ENFERMAGEM

A atuação do enfermeiro com o paciente com diabetes deve ser vista de forma
integral, pois assim não delimita o paciente em sintomas o diagnóstico deve ser
lembrado que o paciente possui fatores culturais, emocionais e econômicos.
Sendo assim toda a família do paciente deve ser incluída no tratamento.
Deve-se orientar quando a ingestão de água, importância da reeducação
alimentar e o controle dos níveis glicêmicos e da pressão arterial. Deve ser
orientado ao paciente, os cuidados diários dos pés, áreas com hiperemia
devem ser notificadas e verificadas, não andar descalço, ter um cuidado
redobrado na hora de cortar as unhas. (3)

Orientar quanto a realização de exames periódicos, caso paciente seja fumante


orientar quanto ao risco no uso contínuo dessa substância. Orientar e monitorar
o paciente quanto ao tratamento farmacológico prescrito pela equipe médica,
usar mecanismos para que o paciente não esqueça os horários dos
medicamentos,Educar e monitorar o paciente em uso de insulinoterapia
promover autocuidado e boa higiene com o corpo.

REFERENCIAS:

1 - Freitas, William Ribeiro. Importância da assistência de enfermagem ao


paciente portador de diabetes mellitus tipo dois. Revista Científica
Multidisciplinar Núcleo do Conhecimento. Ano 03, Ed. 08, - 2018.
https://www.nucleodoconhecimento.com.br/saude/enfermagem-ao-paciente#61
-RETINOPATIA-DIABETICA

2 - PONTIERI, Flavia Melo and BACHION, Maria Márcia. Crenças de


pacientes diabéticos acerca da terapia nutricional e sua influência na adesão
ao tratamento.
https://www.scielo.br/scielo.php?pid=S1413-81232010000100021&script=sci_a
bstract&tlng=pt
3 - NURSING PRACTICE IN PATIENT CARE OF THE DIABETIC FOOT
Carolina de Oliveira Lima/ Eduarda Tamires Leão Alves (NIP)
http://nippromove.hospedagemdesites.ws/anais_simposio/arquivos_up/docume
ntos/artigos/dfcf54dd37144fce8cda4d2b98863f89.pdf
4 - Cuidados de enfermagem paciente com diabetes Melittus - (MANUAL DE
ENFERMAGEM)sp.2009. -
http://files.smscampestre.webnode.com/200002549-33ba234b45/manual_DIAB
ETESenfermagem.pdf

4 - Cuidados de enfermagem paciente com diabetes Melittus - (MANUAL DE


ENFERMAGEM-(Saudededireta). -
https://www.saudedireta.com.br/docsupload/13403686111118_1324_manual_en
fermagem.pdf
6 - Fisiopatologia da nefropatia diabética (Patrícia Paz Cabral de Almeida
Salgado) MG.2003
http://rmmg.org/artigo/detalhes/1490#:~:text=A%20nefropatia%20diab%C3%A9
tica%20%C3%A9%20classificada,pacientes%20nesse%20est%C3%A1gio%20
da%20doen%C3%A7a.
7- Diretrizes Sociedade Brasileira de Diabetes - (2017-2018)
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/2017/diretrizes/diretrizes-sbd-2
017-2018.pdf
8 - Retinopatia diabética (2014-2015) Diretrizes SBD.
https://www.diabetes.org.br/profissionais/images/pdf/diabetes-tipo-1/012-Diretriz
es-SBD-Retinopatia-Diabetica-pg149.pdf
9- Complicações crônicas do diabetes Balduino Tschiedel (JBM
SETEMBRO/OUTUBRO, 2014 VOL. 102 )
9 - http://files.bvs.br/upload/S/0047-2077/2014/v102n5/a4502.pdf

10- Detecção e tratamento das complicações crônicas do diabetes melito:


Consenso da Sociedade Brasileira de Diabetes e Conselho Brasileiro de
Oftalmologia - Rev. Assoc. Med. Bras. vol.45 n.3 São Paulo July/Sept.
https://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-4230199900030
0014

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