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RELATÓRIO OCB

2013
RELATÓRIO OCB

2013

Brasília, abril de 2014


OCB – Organização das Cooperativas Brasileiras

Presidente
Márcio Lopes de Freitas

Superintendente
Renato Nobile

Gerente geral
Tânia Zanella

Setor de Autarquias Sul, Quadra 4, Bloco “I”


70.070-936 – Brasília-DF
Tel.: (61) 3217-2119
Fax.: (61) 3217-2121

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www.brasilcooperativo.coop.br

E-mail
ocb@ocb.coop.br

RELATÓRIO OCB 2013


Realização
OCB
RELATÓRIO OCB
2013
Coordenação
Gerência de Comunicação

Equipe Técnica
Gerência de Relações Institucionais
Gerência de Finanças
Gerência de Pessoas
Gerência de Planejamento
Gerência Técnica e Econômica

Produção
Grupo Informe Comunicação Integrada

Redação e Revisão
Beth Nardelli e Nita Queiroz

Projeto Gráfico
Chica Magalhães

Ilustrações
Cícero Lopes
SUMÁRIO
.6
APRESENTAÇÃO
Mensagem do Presidente ..................................................................................................8

.10
QUEM SOMOS
Perfil institucional........................................................................................................... 12
Visão Panorâmica .............................................................................................................17
Governança Corporativa.................................................................................................. 22

.24
RESULTADOS ESTRATÉGICOS
Premissas de atuação...................................................................................................... 27
Foco de atuação...............................................................................................................29
Eixo 1: Representação .................................................................................................... 30
Eixo 2: Fortalecimento Institucional............................................................................... 57
Eixo 3: Serviços ...............................................................................................................69
Eixo 4: Organização e Gestão .......................................................................................... 75

.84
RESULTADOS FINANCEIROS

.98
ANEXOS
APRESENTAÇÃO
MENSAGEM DO PRESIDENTE

NOVO MODELO DE GOVERNANÇA


FORTALECE O COOPERATIVISMO

O
ano de 2013 certamente vai ficar na his-
tória do cooperativismo brasileiro como
um período de fortalecimento do modelo
sistêmico e integrado de governança adotado
pelo Sistema OCB. Isso significa que as entida-
des nacionais de representação (OCB), atuação
sindical (CNCoop) e formação das cooperativas
(Sescoop) estão mais sintonizadas com os inte-
resses e particularidades dos diferentes ramos
do movimento, em cada uma das regiões.

A gestão compartilhada, cada vez mais presen-


te no Sistema OCB, já começa no planejamento
estratégico para definir os objetivos e metas que
vão nortear todo o trabalho a ser desenvolvido.
MÁRCIO LOPES DE FREITAS Os planos de trabalho são elaborados com parti-
Presidente do Sistema OCB cipação ativa das unidades estaduais e de repre-
sentantes dos ramos cooperativos.

Para bem representar o sistema cooperativista


com legitimidade, a Organização das Coope-
rativas Brasileiras (OCB) precisa se comunicar
com as bases e acompanhar de perto a evolu-
ção das cooperativas, as dificuldades de cada
ramo, as políticas públicas e as leis que podem
interferir no cooperativismo.

.8 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


É necessário que cada gerente, cada funcionário

APRESENTAÇÃO
da equipe técnica esteja atento às transformações,
mesmo as mais sutis, fazendo análises do cenário
atual e pensando em alternativas para enfrentar os
desafios. Em busca de mais eficiência, a Casa do
Cooperativismo definiu em 2012 sete valores es-
tratégicos que passaram a pautar cotidianamente
a atuação de todo o time de colaboradores: austeri-
dade, objetividade, tempestividade, comunicação,
transparência, foco em resultados e mensuração.

Se 2009 foi um marco em termos de atuação es-


tratégica da OCB – com a elaboração do primeiro
planejamento clássico da Casa do Cooperativismo
–, 2013 será lembrado como o ano da maturação
dessa postura focada no olhar estratégico e em
ações estruturantes. Isso tudo sem interromper,
processo vibrante. Com o planejamento você esco-
em nenhum momento, o atendimento às neces- lhe aonde quer chegar e traça uma rota, como um
sidades emergenciais das cooperativas. velejador. Mas os ventos das mudanças conjuntu-
rais muitas vezes interferem na navegação. É pre-
As mudanças no modelo de governança vieram jus- ciso ajustar as velas e até fazer alguns desvios para
tamente ao encontro desse alinhamento estratégi- fugir das tempestades e seguir em frente.
co, para evoluir em busca de atender o novo momen-
to do cooperativismo. A integração mais firme das O momento agora é propício à revisão dos planos
três casas, com a unificação da diretoria executiva, para atualizá-los conforme a nova conjuntura do
por exemplo, facilitou o compartilhamento de ideias, cooperativismo. Por isso, estamos redesenhando
reforçando a sinergia do Sistema OCB. as metas, absorvendo ao máximo as informações
da base nas reuniões regionais, ouvindo os presi-
Evoluir do antigo Conselho de Administração para dentes, as diretorias das unidades estaduais e os
uma Diretoria Colegiada, comprometida com obje- representantes das cooperativas.
tivos e posições estratégicas muito claras, também
foi uma quebra de paradigma. A tomada de deci- Neste Relatório de Gestão, apresentamos uma breve
sões se tornou muito mais objetiva e prática. Isso síntese do trabalho desempenhado pela OCB duran-
porque o compromisso primeiro de cada diretor é te o ano de 2013 e os principais resultados alcan-
com o sistema como um todo e não apenas com a çados. Foram muitos os avanços, mas sabemos que
região que representa. A intenção é aumentar a fo- ainda há um longo caminho a percorrer para mos-
gueira do cooperativismo para aquecer todas as co- trar ao Brasil e ao mundo o poder de transformação
operativas brasileiras, onde quer que se localizem. econômico e social do cooperativismo.

Ao contrário do que se possa interpretar numa pri-


meira leitura, o ciclo de planejamento 2009-2013
não se encerrou. Isso porque planejar estratégias
de ação não se trata de algo estanque, mas de um

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 .9


QUEM
SOMOS
PERFIL INSTITUCIONAL

QUATRO DÉCADAS DE
LUTA PELO AVANÇO DO
COOPERATIVISMO NO BRASIL

H
á 44 anos, a Organização das Cooperativas Brasileiras MISSÃO
(OCB) representa nacionalmente os interesses das 7
milhares de cooperativas que contribuem para o de-
Representar o sistema
senvolvimento sustentável do país e também desempenham cooperativista nacional,
papel decisivo na superação de momentos de crises econômi- respeitando sua
cas. Conhecida como Casa do Cooperativismo, a OCB atua na
diversidade e promovendo
promoção e no fomento do sistema cooperativista em todas
as instâncias políticas e institucionais. A entidade investe em a eficiência e a eficácia
produtos e serviços estratégicos que vão desde o cadastro de econômica e social das
cooperativas até as articulações políticas em defesa do setor. cooperativas.
Ao lado da Confederação Nacional das Cooperativas
(CNCoop) – órgão de representação sindical – e do Serviço VISÃO
Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) – Ser reconhecida como
voltado a atividades de educação, monitoramento e promo- entidade de excelência,
ção social –, a Organização das Cooperativas Brasileiras for-
ma o tripé que sustenta o sistema cooperativista nacional, responsável pela
conhecido como Sistema OCB. sustentabilidade do
cooperativismo nacional
Como integrante da Aliança Cooperativa Internacional
e pela promoção
(ACI), a experiência da OCB, em quatro décadas de trabalho,
tem contribuído também para incentivar o modelo coopera- socioeconômica das
tivista em outras partes do mundo. pessoas que o integram.

. 12 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


QUEM SOMOS
RAMOS
Para dar mais visibilidade a cada tipo de negócio, as
cooperativas se dividem em 13 ramos econômicos:

Agropecuário Consumo Crédito

Reúne produtores Destina-se à Atua na área rural e


rurais, agropastoris compra em comum urbana, promovendo
e de pesca que de artigos para a poupança e
detêm os próprios consumo dos financiando as
meios de produção. cooperados. necessidades e
empreendimentos
dos cooperados.

Educacional Especial Habitacional Infraestrutura Mineral

Agrupa professores, Favorece a integração Visa à construção, Oferece aos Dedica-se


alunos, pais e social de pessoas manutenção e cooperados serviços à pesquisa,
empreendedores do que precisam ser administração essenciais, como extração, lavra,
setor e de atividades tuteladas ou que de conjuntos energia elétrica e industrialização e
afins. estejam em situação habitacionais para telefonia. comercialização de
de desvantagem no os cooperados. produtos minerais.
mercado econômico.

Produção Saúde Trabalho Transporte Turismo e lazer

Agrupa profissionais Destina-se à Organiza e administra Presta serviços Oferece aos


que fabricam, com promoção e ao os interesses de deslocamento cooperados
meios próprios, um cuidado da saúde inerentes à atividade de cargas e serviços turísticos
ou mais tipos de humana. profissional dos passageiros. de viagens,
bens. associados para entretenimento,
prestação de serviços hospedagem, entre
não identificados com outros.
outros ramos.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 13


PERFIL INSTITUCIONAL

ESSÊNCIA DIRETORIA
O cooperativismo é um
modelo socioeconômico TITULARES
fundamentado na
Região Sul: João Paulo Koslovski – secretário geral (Ocepar)
participação democrática,
na solidariedade, na Região Sudeste: Edivaldo Del Grande (Ocesp)
independência e na Região Nordeste: João Nicédio Alves Nogueira (OCB-CE)
autonomia dos que se unem Região Norte: Petrucio Pereira de Magalhães Junior (OCB-AM)
de forma voluntária em prol Região Centro-Oeste: Celso Ramos Regis (OCB-MS)
de um objetivo econômico e
social comum. Sendo assim,
no mundo cooperativo, a meta SUPLENTES
é atender às necessidades do
Região Sudeste: Esthério Sebastião Colnago (OCB-ES)
grupo e garantir o bem-estar
Região Nordeste: André Pacelli Bezerra Viana (OCB-PB)
de cada integrante.
Região Norte: Ricardo Benedito Khouri (OCB-TO)
As pessoas que se reúnem Região Centro-Oeste: Haroldo Max de Sousa (OCB-GO)
em cooperativas acreditam Região Sul: Marcos Antônio Zordan (Ocesc)
em um modelo econômico
diferenciado, no qual as
CONSELHO FISCAL
decisões são coletivas e
os resultados distribuídos Raimundo Sérgio Campos (Conselheiro da Ocemg)
com equidade, conforme a
Malaquias Ancelmo de Oliveira – (presidente OCB-PE)
participação de cada um.
Silvio Silvestre Carvalho (presidente OCB-RR)
Honestidade, transparência,
responsabilidade social e João Carlos Spenthof – Suplente (presidente do Sicredi PA, MT, RO)
preocupação com o meio
ambiente são valores essenciais CONSELHO DE ÉTICA
das cooperativas. A regra
de ouro é buscar resultados Ruiter Luiz Andrade Pádua (ex-presidente da OCB-TO)
economicamente viáveis, Evaristo Câmara Machado Netto (ex-presidente da Ocesp)
ecologicamente corretos e Márcio Antonio Portocarrero (ex-presidente da OCB-MS)
socialmente justos. Dick Carlos de Geus – Suplente (ex-presidente da Ocepar)

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QUADRO EXECUTIVO

QUEM SOMOS
Márcio Lopes de Freitas
Presidente do Sistema OCB

Renato Nobile
Superintendente do Sistema OCB

Tânia Regina Zanella


Gerente-geral

Fabíola da Silva Nader Motta


Gerente de Relações Institucionais

Clara Pedroso Maffia


Gerente Técnica e Econômica

Ana Paula Andrade Ramos Rodrigues


Assessora Jurídica

Ana Cláudia d’Arce Oliveira


Gerente de Pessoas

Mozart Gomes de Souza Júnior


Gerente de Tecnologia da Informação

Daniela Lemke
Gerente de Comunicação

Antônio Luiz Feitosa


Gerente de Controladoria

Fábio Luís Trinca


Gerente de Finanças

Emanuel Malta Falcão Caloete


Gerente de Planejamento e Controle

Belmira Neves de Oliveira


Gerente de Logística

ASSEMBLEIA GERAL
Composta pelos presidentes das 27 organizações cooperativas estaduais (OCE) localizadas em todas as
unidades federadas.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 15


PERFIL INSTITUCIONAL

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL OCB

Assembleia Geral

Conselho de Ética Diretoria Conselho Fiscal

Presidência
PRESID

Conselhos Consultivos

Superintendência
SUPER

Assessoria Jurídica
ASJUR

Gerência Geral
GGER

Gerência de Controladoria
Subordinação hierárquica GECONT
Relação funcional

Gerência Gerência de Gerência de


Gerência de Gerência de Gerência de Gerência de Gerência de
Técnica e Relações Tecnologia da
Planejamento Pessoas Logística Finanças Comunicação
Econômica Institucionais Informação
GEPLAN GEPES GELOG GEFIN GECOM
GETEC GERIN GETIN

. 16 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


VISÃO

QUEM SOMOS
PANORÂMICA

MUNDO COOPERATIVO
Estudos da Aliança Cooperativa Atualmente, o modelo
Internacional mostram que o cooperativismo econômico focado na partilha de
vem ganhando força no mundo inteiro. As decisões e resultados alcança
cooperativas estão presentes em
1 bilhão
100 países de pessoas. O número de
e geram mais de cooperados já ultrapassou, por
exemplo, a população de todo o
100 milhões continente americano (em torno
de empregos. de 980 milhões de habitantes).

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 17


VISÃO PANORÂMICA

BRASIL COOPERATIVO
Mais de

11 milhões
de brasileiros participam de algum ramo do
cooperativismo. O número de cooperados mais que
dobrou na última década – em 2002, eram

5,2 milhões
de brasileiros agrupados em cooperativas.

O movimento cooperativista atua em

13 ramos
de atividades diferentes que juntos somam

6.603
cooperativas. Interessante observar que Sudeste: 2.357 cooperativas

83% Sul: 1.011 cooperativas


Nordeste: 1.755 cooperativas
delas pertencem a cinco setores: agropecuário
(1.561), transporte (1.095), crédito (1.042), Norte: 814 cooperativas
trabalho (946) e saúde (848). Centro-Oeste: 666 cooperativas

O Sudeste é a região que concentra o maior número de sociedades cooperativas (2.357), sendo
que 949 se localizam no estado de São Paulo. Em seguida, aparece o Nordeste, com 1.755
– 788 somente na Bahia. Juntas, as duas regiões detêm 62% das cooperativas existentes no
país. Confira, a seguir, a distribuição em todo o Brasil e os estados que mais se destacam.

. 18 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


QUEM SOMOS
MAIS BRASILEIROS COOPERATIVISTAS
O ramo crédito lidera o ranking
de cooperados, com 5,4 milhões
de pessoas. Quase metade dos
associados no país (49%) faz
parte de alguma cooperativa de
crédito. Em seguida, aparecem
as cooperativas de consumo
(2,8 milhões de associados), Distribuição dos cooperados no Brasil
agropecuárias (pouco mais de
1 milhão) e de infraestrutura
(cerca de 900 mil) Juntas, Sudeste
possuem 92% dos cooperados.
5,1 milhões
Dos 11 milhões de brasileiros de cooperados
engajados em alguma
cooperativa, mais de 80% vivem
Sul
no Sudeste (5,1 milhões) e
no Sul (4,4 milhões). Alguns
estudiosos acreditam que a boa
4,4 milhões
aceitação do cooperativismo de cooperados
entre a população dessas duas
regiões tenha raízes na herança Nordeste
cultural dos imigrantes europeus,
no século XIX, marcada pela
tradição associativista.
551 mil
cooperados
Os cinco estados que somam o
maior número de cooperados são, Norte
respectivamente: São Paulo
(3,4 milhões); Rio Grande 199,8 mil
do Sul (2,1 milhões); Santa cooperados
Catarina (1,4 milhão); Minas
Gerais (1,2 milhão); e Paraná
(850 mil). Confira, no infográfico
Centro-Oeste
a seguir, a distribuição dos
cooperados e os estados que mais 746,1 mil
se destacam em cada região. cooperados

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 19


VISÃO PANORÂMICA

RAMOS DO COOPERATIVISMO QUE LIDERAM EM NÚMERO DE COOPERADOS POR UF

RR AP

AM
PA MA CE
RN
PB
PI PE
AC AL
RO
TO SE
BA
MT

DF
GO
Agropecuário MG
Consumo MS ES
Crédito
SP
Educacional RJ
Especial
PR
Habitacional
Infraestrutura
SC
Mineral
Produção RS
Saúde
Trabalho
Transporte
Turismo e Lazer

. 20 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


MAIS EMPREGOS

QUEM SOMOS
O sistema cooperativista tem contribuído de forma significativa para a redução
dos índices de desemprego. A força de trabalho das cooperativas, desde 2002,
quase dobrou, passando de 171,3 mil empregados para os atuais 321,4 mil. O
ramo agropecuário é o que mais gera empregos diretos: 164,2 mil (51%). Em
seguida, aparecem as cooperativas de saúde (78,2 mil) e crédito (38,1 mil).

ALÉM DAS FRONTEIRAS DO PAÍS


As exportações de cooperativas chegaram a US$ 6 bilhões em 2013. Historicamente, a balança
comercial das cooperativas apresenta saldo positivo, tendo alcançado US$ 5,6 bilhões no acumulado
de janeiro a dezembro. Mais de 90% das exportações são de produtos agropecuários, entre eles:
açúcar, soja, café, carnes bovina, suína e de frango.

PRINCIPAIS DESTINOS
Em 2013, as vendas das cooperativas
alcançaram 143 países. 15,4% 10,9% 7,8% 6,5%

China Estados Unidos Emirados Árabes Países Baixos


(US$ 933,9 milhões) (US$ 663,6 milhões) (US$ 472,5 milhões) (US$ 394,7 milhões)

PRINCIPAIS EXPORTADORES
Das 27 unidades da Federação,
21 realizaram exportações por 31,4% 30,9% 10,1% 7,8%
meio de cooperativas em 2013.
Paraná São Paulo Minas Gerais Santa Catarina
(US$ 1,9 bilhão) (US$ 1,8 bilhão) (US$ 613,6 milhões) (US$ 471,4 milhões)

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 21


GOVERNANÇA CORPORATIVA

SISTEMA OCB FORTALECE


GESTÃO COMPARTILHADA E
PLANEJAMENTO UNIFICADO

P
O movimento cooperativista ara facilitar a gestão do setor, levando
em conta a diversidade cultural, eco-
tem avançado em todas as
nômica e social que coexiste no terri-
regiões do país. Ano após ano, tório brasileiro, o Sistema OCB conta
aumenta o número de pessoas com 27 organizações cooperativas estaduais.
que apostam nesse modelo Cabe às OCEs disseminar a doutrina coopera-
solidário de fazer negócios. tivista, levando em conta as particularidades
dos estados e do Distrito Federal.

O modelo de governança adotado pelo Sistema


OCB visa assegurar que a atuação da entidade
nacional esteja sempre alinhada aos interesses
dos estados. É a chamada gestão sistêmica e
participativa, que tem como principal diretriz o
trabalho sintonizado entre as entidades nacio-
nais, as unidades estaduais e as cooperativas.

A gestão compartilhada já se inicia no pla-


nejamento estratégico do sistema, com me-
tas e ações definidas em um amplo processo
participativo, que contempla a realização de
fóruns regionais e nacionais.

. 22 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


QUEM SOMOS
O objetivo é dar mais robustez ao sistema,
investindo em um planejamento estratégico
unificado, com foco em resultados e metas mais
audaciosas, que levam em conta a expertise
acumulada pelas três entidades

Direcionamento único – A partir de aplicação, efetivação e consolidação


2013, a estrutura nacional do Sistema dos sete valores que regem a gestão do
OCB passou a contar com uma direto- sistema: austeridade, objetividade, foco
ria executiva única, constituída por um em resultados, tempestividade, comuni-
presidente e um superintendente. O ob- cação, transparência e mensuração.
jetivo é dar mais robustez ao sistema,
investindo em um planejamento estra- Cabe às gerências gerais receber e direcio-
tégico unificado, com foco em resultados nar para as áreas técnicas as demandas
e metas mais audaciosas, que levam em das unidades estaduais, monitorar o an-
conta a expertise acumulada pelas três damento e apresentar propostas de enca-
entidades: OCB, na área da representa- minhamento para validação da superin-
ção político-institucional; Sescoop, na tendência e, se for o caso, da presidência.
formação profissional, monitoramento
e promoção social; e CNCoop, na repre- A reestruturação organizacional também
sentação sindical. provocou mudanças nas competências e
nos processos de trabalho visando aumen-
Em busca de fortalecer ainda mais o tar a sinergia entre as áreas técnicas das
modo sistêmico de trabalhar, foram três instituições. Essa reorganização dos
criadas duas gerências gerais (OCB e fluxos de trabalho imprimiu mais agilidade
Sescoop), responsáveis por articular à atuação do Sistema OCB como um todo
os processos em todo o Sistema OCB. no atendimento às demandas das coopera-
tivas de todas as regiões do país.
As gerências gerais são as guardiãs da

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 23


RESULTADOS
ESTRATÉGICOS
PALAVRA DA DIRETORIA

MODERNIZAÇÃO DOS MECANISMOS


DE GESTÃO E GOVERNANÇA

O
novo modelo de governança ado-
tado pelo Sistema OCB trouxe
inúmeros avanços em 2013, des-
tacando-se a integração operacional sis-
têmica da Casa. A organização de áreas
fundamentais e a efetiva participação de
profissionais das unidades estaduais no
planejamento estratégico tornaram mais
ágeis o atendimento às demandas do coo-
perativismo e facilitaram a defesa de inte-
resses dos diferentes ramos.

Outro fator que contribuiu de forma efe-


tiva foi a sinergia entre diretoria e área
executiva. A capacitação por meio do
Programa de Desenvolvimento da Gestão
JOÃO PAULO KOSLOVSKI das Cooperativas, em âmbito estadual ou
Presidente do Sistema Ocepar regional, trará, no médio prazo, inúmeros
Secretário geral da Diretoria
benefícios para o fortalecimento do coo-
Diretor representante da Região Sul
perativismo brasileiro.

Não podemos deixar de destacar tam-


bém o importante investimento na
profissionalização dos colaboradores
das três instituições que integram o Sis-
tema OCB e que começa a ganhar um
ritmo mais consistente.

. 26 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
PREMISSAS

RESULTADOS
DE ATUAÇÃO
E PILARES DO
m 2013, o novo modelo de gestão e governança
adotado pelo Sistema OCB provocou uma reflexão
COOPERATIVISMO
sobre a importância de planejar e decidir a partir de
proposições surgidas do diálogo e do compartilhamen-
to de experiências. Debates e avaliações demonstraram, AUSTERIDADE
ao longo do ano, que a gestão sistêmica e participativa, Como gerir o controle de
uma iniciativa desta diretoria, chegou para ficar. gastos, com foco no alcance
dos objetivos estratégicos
Trata-se de um modelo contemporâneo de administração
no qual são ouvidas pessoas que desenvolvem atividades TEMPESTIVIDADE
nas diversas instâncias de uma organização, o que resulta Como definir prazos e
em satisfação pessoal e gera comprometimento com os realizar tarefas no tempo
resultados. Todos querem que o trabalho atenda aos que- oportuno
sitos eficiência, eficácia e qualidade e, dessa forma, o apri-
moramento dos processos de gestão torna-se contínuo.
COMUNICAÇÃO
Mas o Sistema OCB quis ir além. Para que suas ações e de- Como fortalecer a imagem
cisões tivessem um impacto positivo ainda maior na vida e preservar a reputação do
dos associados, a diretoria da OCB definiu sete premissas cooperativismo brasileiro
de atuação que se tornaram os pilares de sustentação do
cooperativismo, com o objetivo de fortalecer a visão sis- TRANSPARÊNCIA
têmica: austeridade, objetividade, tempestividade, comu- Como dar publicidade e
nicação, transparência, foco em resultados e mensuração. realizar tarefas no tempo
oportuno
Com sua atuação pautada nessas premissas, o Sistema
OCB marcou presença nos três poderes da República.
FOCO EM RESULTADOS
No Legislativo, trabalhou para adequar a legislação aos
Como focar as ações em
anseios do segmento; no Executivo, discutiu subsídios
para medidas provisórias em benefício desse modelo objetivos estratégicos
socioeconômico e participou de reuniões em ministérios
para subsidiar importantes deliberações; no Judiciário, MENSURAÇÃO
acompanhou processos para garantir decisões favoráveis Como medir e avaliar a
ao cooperativismo. eficiência dos processos

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 27


PALAVRA DA DIRETORIA

TRANSPARÊNCIA QUE DÁ
CREDIBILIDADE AO COOPERATIVISMO

A
transparência faz parte da essência
do cooperativismo, por ser este um
modelo econômico de propriedade
coletiva, em que as decisões são tomadas
de forma compartilhada. É ela também que
imprime a credibilidade necessária para
que o empreendimento cooperativo se fir-
me no mercado.

Primar pela transparência significa muito


mais do que divulgar os resultados contá-
beis, o que é obrigatório por lei. É preciso
que a cooperativa mostre abertamente o
que faz e como faz, por exemplo: os pro-
cedimentos internos, o modelo de produ-
ção e comercialização, os valores agrega-
CELSO RAMOS RÉGIS
Presidente do Sistema OCB/MS dos àquele produto ou serviço oferecido,
Diretor representante da Região Centro-Oeste as preocupações socioambientais.

Quanto mais bem informados sobre as


atividades econômicas, financeiras e de
gestão, mais os cooperados se engajam.
Além disso, as cooperativas que se deixam
conhecer de fato aproximam-se não ape-
nas dos associados, mas de suas famílias e
da comunidade, expandindo sua atuação.

. 28 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
FOCOS DE ATUAÇÃO
A
s transformações econômicas, políticas e das necessidades do setor, é prioridade para o
sociais do país trazem, a cada ano, novos Sistema OCB. Após avaliar as conquistas e difi-
desafios para o cooperativismo. Exata- culdades do ano anterior, são estabelecidas as
mente por isso, a elaboração de planejamentos metas de atuação para o próximo ano, abordan-
estratégicos, a partir de um diagnóstico atento do quatro eixos principais:

Eixo 2
FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL
Estratégias para consolidar
o trabalho da entidade como
referência nacional e internacional Eixo 4
no assunto cooperativismo, ORGANIZAÇÃO
incluindo a participação em E GESTÃO
conselhos, fóruns e Incentivo à formação
outros espaços gerencial e profissional
Eixo 1 públicos de debate. Eixo 3 das unidades nacional e
REPRESENTAÇÃO SERVIÇOS estaduais, cooperativas e
Ações para fortalecimento do Apoio ao desenvolvimento cooperados.
movimento cooperativista perante da comunidade
os poderes Executivo, Legislativo cooperativista brasileira,
e Judiciário – nas esferas a partir da produção
federal, estadual e municipal –, e divulgação de
a opinião pública, as lideranças conhecimentos e boas
cooperativistas e os organismos práticas.
internacionais.

Sempre com foco na atuação compartilhada – característica essencial do associativismo –,


os eixos estratégicos definidos em 2009 pela OCB foram referendados no ano seguinte pelos
dirigentes de todas as unidades estaduais e representantes dos ramos cooperativistas, no XIII
Congresso Brasileiro do Cooperativismo. Todas as ações da OCB foram desenvolvidas com base
nesses quatro eixos, fechando o ciclo do planejamento estratégico em 2013.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 29


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS: Enquanto os cooperados estão na base, desenvolven-
do suas atividades, as equipes da OCB acompanham
diariamente as pautas do Executivo, Legislativo e
◗ Inserir o tema cooperativismo na agenda
Judiciário para ver como estão sendo encaminhados
estratégica do desenvolvimento do país;
temas de interesse do cooperativismo. A partir des-
◗ Contribuir para o aperfeiçoamento do marco sa análise criteriosa, a entidade estuda as melhores
regulatório de interesse do cooperativismo; estratégias de atuação para garantir que as peculiari-
dades das cooperativas sejam levadas em considera-
◗ Propor e induzir a implementação de políticas
ção no arcabouço legal e nas políticas públicas.
públicas voltadas para o fortalecimento do
cooperativismo;
A OCB também propõe, acompanha e participa de de-
◗ Apoiar, acompanhar e reconhecer as ações bates e projetos internacionais que possam trazer des-
dos parlamentares da Frente Parlamentar do dobramentos ao movimento cooperativista brasileiro.
Cooperativismo (Frencoop) e de representantes
dos poderes Executivo e Judiciário. A grande maioria dos técnicos do governo federal,
parlamentares e magistrados não conhece a fundo
Para que uma organização tenha visibilidade e seja o funcionamento das cooperativas. Exatamente por
respeitada é preciso, antes de tudo, dizer a que veio. isso, a Casa do Cooperativismo busca estabelecer uma
Mostrar, com transparência e comprometimento, o aproximação maior com os três poderes, por meio de
que faz, como faz, para quem faz. A partir daí, lutar reuniões, audiências, grupos de trabalho. Nesse con-
em todas as instâncias para tornar mais digna a vida tato permanente, a OCB atua para costurar alianças e
de quem representa. construir consensos em prol das cooperativas.

A Organização das Cooperativas Brasileiras tem Munidas de dados estatísticos, documentos e pa-
consciência da sua importância como entidade re- receres técnicos, as equipes da OCB vão ao encon-
presentativa de mais de 11 milhões de pessoas. Por tro das autoridades constituídas e demonstram
isso, não poupa esforços para fazer ecoar, nas instân- que as necessidades do cooperativismo são dife-
cias de poder público, as vozes dos seus associados rentes das empresariais e, por isso, precisam ser
distribuídos pelo país. analisadas com um olhar específico.

. 30 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
A Organização das Cooperativas Brasileiras
tem consciência da sua importância como
entidade representativa de mais de

11 milhões de pessoas

Ato Cooperativo viabilizando, assim, a segurança jurídica e


tributária necessária ao desenvolvimento do
cooperativismo no país.
O Brasil obteve uma conquista significativa
em 2013 em relação à tributação do setor
Empenhada em buscar consenso
cooperativista. Em maio, 363 deputados
internamente, com os parlamentares e com
federais – de um total de 367 presentes o Poder Executivo quanto ao conceito do
em plenário – votaram favoravelmente ao ato cooperativo, bem como quanto à sua
requerimento de regime de urgência para a abrangência, a OCB trabalha ativamente para
apreciação do Projeto de Lei Complementar estimular as discussões sobre o tema. Ao
(PLP) nº 271/2005. A aprovação é uma longo de 2013, participou de 15 reuniões com
conquista significativa para o cooperativismo, parlamentares e representantes do Ministério
pois reflete o reconhecimento, pelo Congresso da Fazenda, da Receita Federal do Brasil,
Nacional e Poder Executivo, da importância de da Secretaria de Relações Institucionais da
se votar o projeto, de modo a definir o adequado Presidência da República e da Casa Civil,
tratamento tributário ao ato cooperativo. debatendo possíveis redações e exemplos de
aplicação prática.
O tema é alvo de debates há muitos anos.
A Constituição de 1988 garantiu no artigo Além de atuar nos poderes Legislativo e
146, inciso II, um tratamento diferenciado Executivo, a OCB monitora, no Judiciário,
ao ato cooperativo, mas as cooperativas processos relacionados ao ato cooperativo. Há
permanecem oneradas. Ocorre, em muitas decisões favoráveis às cooperativas, tomadas
operações, a bitributação, ou seja, cobram-se pelo Superior Tribunal de Justiça, que estão
impostos tanto da cooperativa, quanto do no Supremo Tribunal Federal para decisão em
cooperado, que é então onerado duas vezes. última instância e o acompanhamento da OCB
Algumas atividades têm, em lei ordinária, é fundamental. No STF, embora o tema não
exclusão da base de cálculo do PIS e da tenha sido enfrentado em 2013, a OCB esteve
Confins. No entanto, a OCB trabalha para com dez dos 11 ministros, fundamentando
garantir o adequado tratamento tributário pessoalmente os argumentos em defesa da
ao ato cooperativo para todos os segmentos, intributabilidade do ato cooperativo.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 31


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO

Introduzir e manter o cooperativismo na


agenda de prioridades do poder público é
uma tarefa que demanda, além de habilida-
de técnica, bastante persistência.

Graças à atuação firme e incansável da OCB,


as cooperativas brasileiras conquistaram im-
portantes vitórias em 2013. As intervenções
da entidade em relação às medidas provi-
sórias, por exemplo, representam economia
anual de R$ 1 bilhão. Foram dedicados 130
dias de trabalho durante o ano – o equivalen- Agenda Legislativa
te a 1.040 horas – em defesa da causa coope-
rativista em MPVs.
do Cooperativismo
Em fevereiro, a Organização das Cooperativas
Brasileiras lançou a sétima edição da Agenda
PODER LEGISLATIVO Legislativa do Cooperativismo, que reúne as
principais propostas de interesse do setor, em
A expansão do cooperativismo passa, necessa- tramitação no Congresso Nacional. A solenidade
riamente, pela definição de marcos regulatórios de lançamento foi prestigiada por 400 pessoas,
que sejam positivos para o movimento. Não dentre as quais autoridades federais, cerca de 70
basta determinação dos cooperados; para ter parlamentares e líderes cooperativistas.
êxito, é fundamental que a legislação em vigor
incentive as práticas cooperativistas. Os projetos de lei que constam da Agenda, hoje
disponível também em versão digital para tablets,
Em nome das mais de seis mil cooperativas atu- são voltados ao desenvolvimento do cooperativismo
antes no Brasil, a OCB acompanha de perto, no no país e incluem prioridades de todos os ramos. A
Congresso Nacional, as matérias em tramitação, agenda é ferramenta fundamental para o trabalho
as audiências públicas e os pronunciamentos de representação no Poder Legislativo e já se tornou
parlamentares. A articulação direta com os de- referência entre os integrantes da Frencoop. É, sem
putados e senadores visa tanto incluir disposi- dúvida, determinante na atuação do cooperativismo
tivos legais que tragam benefícios para o coope- – como movimento organizado – pela conquista de
rativismo quanto impedir que sejam aprovadas marcos regulatórios que contribuam para um am-
leis prejudiciais ao movimento. biente cada vez mais favorável as suas atividades.

. 32 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
A Agenda Legislativa do Cooperativismo – 2013 pode ser Desoneração da Soja
acessada gratuitamente no seu dispositivo móvel. Para acessar
o documento, siga os seguintes passos:
Com a aprovação da MPV nº 615/2013, estima-se
1. Entre na loja virtual do seu dispositivo – Android (Play que o incremento de créditos a serem aproveitados
Store) e Iphone (Apple Store). anualmente pelas cooperativas produtoras de soja
2. Procure pelo termo “Agenda Legislativa do
Cooperativismo”. ultrapasse a casa dos R$ 300 milhões, mediante a
3. Baixe o aplicativo e tenha acesso a todas as edições da desoneração dos impostos PIS/Cofins. A conquista
Agenda Legislativa do Cooperativismo, de 2007 a 2013. foi possível graças à atuação persistente da OCB
em reuniões com o governo federal, para aprimorar
o texto da proposta, e com parlamentares, para sen-
sibilizá-los sobre a importância da desoneração do
Medidas Provisórias grão comercializado no mercado interno.

Economia para as A medida tem impacto imediato na renda de coope-


cooperativas de transporte rativas rurais, visto que possibilita o aproveitamento
total dos créditos presumidos na comercialização
Uma economia de R$ 700 milhões por ano foi o re- dos produtos derivados de sua industrialização. Isso,
sultado da redução da base de cálculo do Imposto de sem limitações, mesmo que vendidos com alíquota
Renda para os transportadores rodoviários de cargas zero. Melhora, ainda, a renda do produtor rural (co-
autônomos – de 40% para 10% do valor do frete. Gran- operado/cooperativa), já que haverá igualdade de
de vitória do movimento cooperativista, que original- condições tributárias na disputa pela produção do
mente apresentou a demanda por meio de um projeto setor. Resultado: os preços se equilibrarão com a
de lei, a matéria foi incluída na Medida Provisória nº neutralização de eventuais atravessadores entre a
582/2012, o que acelerou a conquista da demanda do cooperativa e o mercado (industrialização e exporta-
ramo, sancionada como a Lei nº 12.794/2013. ções), assim como ocorreu com o setor de café.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 33


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO

Pesquisa de Opinião Parlamentar


Os dados da pesquisa de opinião parlamentar, aplicada em agosto pela OCB, em parceria com o Instituto FSB,
revelam que o trabalho desenvolvido na Câmara e no Senado tem sido efetivo, gerando bons resultados. Foram
ouvidos 223 deputados federais e 25 senadores.

44% 68% 90%


2011 2013
Conhecimento sobre a atuação da OCB O cooperativismo é visto de forma positiva pela
no Congresso Nacional subiu 24 pontos grande maioria dos deputados federais (90%).
percentuais, passando de 44% para 68%.

De maneira espontânea, os
parlamentares associam o
cooperativismo com conceitos
relacionados a: união, associativismo,
Um a cada quatro deputados é associado solidariedade e cooperação.
a pelo menos uma cooperativa.

. 34 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


500

ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
proposições que afetam o cooperativismo
são acompanhadas pela OCB. Destas,

57
integram a Agenda
Legislativa do Cooperativismo.

67
A aprovação da MPV nº 615/2013 atendeu também à
demanda das cooperativas de taxistas. Pela proposta,
a permissão para realizar transporte de passageiros
propostas legislativas com resultado poderá ser repassada, como herança, aos sucessores di-
favorável ao Sistema OCB. retos, caso o condutor venha a falecer. Isso proporciona
o direito à exploração do serviço do titular, durante o

20
período de validade da concessão. Tal medida propor-
ciona às famílias um tempo de recuperação e reorga-
nização patrimonial. Uma medida justa, visto que elas
medidas provisórias de interesse do também herdam as dívidas relativas aos veículos.
cooperativismo acompanhadas pelo
Sistema OCB. Em 12 delas foram feitas Desoneração da Folha de Pagamento
inclusões favoráveis ao setor. Mais de
Atenta às diferentes realidades dos 13 ramos do coo-

240
perativismo, a OCB lutou no Congresso Nacional pela
adequação das medidas de desoneração da folha de
pagamentos propostas pelo Poder Executivo ao lon-
discursos sobre temas relacionados ao go de todo o ano de 2013. Graças à sua atuação – em
cooperativismo, na Câmara e no Senado. reuniões e audiências com representantes do gover-
no e parlamentares –, a questão foi resolvida na Me-

130
dida Provisória nº 610/2013 (Lei nº 12.844/2013),
respeitando as especificidades do setor.

dias, o equivalente a 1.040 horas, A forma apresentada inicialmente pelo governo fe-
dedicados pelo Sistema OCB à defesa dos deral – de contribuição das sociedades empresariais
interesses do cooperativismo em MPVs. e cooperativas para o Instituto Nacional do Seguro
Social (INSS) – que tinha como objetivo desonerar

153
a economia brasileira, acabaria por onerar grande
parte das cooperativas. A proposta do Executivo era
alterar a cobrança: a alíquota sairia, então, dos atu-
audiências públicas no Congresso Nacional ais 20% sobre a folha de pagamento para 1% sobre
foram acompanhadas pelo Sistema OCB. o faturamento total de cada instituição.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 35


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO

Por ano, uma das cooperativas tribuição para o PIS/Pasep, Cofins, PIS/Pasep Im-
contempladas pela medida economizará portação e Cofins Importação incidentes sobre a
receita decorrente da venda no mercado interno

R$ 4 milhões
e sobre a importação de produtos que compõem
a cesta básica.

Por solicitação das cooperativas do Sistema, a OCB


Para uma das cooperativas de transporte, atuou na inclusão do açúcar cristal como um dos
o prejuízo anual chegaria a itens indispensáveis à cesta básica. A conquista
foi aprovada na Lei nº 12.839/2013. Além disso,

R$ 24 milhões pleitos do cooperativismo de infraestrutura foram


contemplados na MPV: diminuição das distorções
entre as tarifas das sociedades cooperativas e dos
demais entes do setor elétrico.

Por terem um quadro reduzido de funcionários, a O objetivo é garantir que os consumidores finais
mudança no cálculo provocaria exatamente o re- das cooperativas de energia elétrica obtenham os
sultado contrário nas cooperativas: aumento do mesmos benefícios dos que são atendidos pelas
valor pago à Previdência Social. Com a atuação concessionárias.
da OCB no Ministério da Fazenda, Receita Fede-
ral e Congresso Nacional, o texto legislativo foi Renegociação de dívidas
ajustado e as mudanças no cálculo da contribui-
ção para o INSS passaram a valer apenas para as A aprovação da MPV nº 619/2013 (Lei nº
cooperativas agroindustriais que, por possuírem 12.873/2013) facilitou a renegociação das dívidas
uma extensa folha de pagamentos em decorrên- das cooperativas armazenadoras com a Companhia
cia dos serviços agregados, são beneficiadas pela Nacional de Abastecimento (Conab). Em negocia-
proposta do governo. ções com representantes do governo federal e par-
lamentares, a OCB e as entidades de representação
Desoneração da Cesta Básica do setor agropecuário viabilizaram a inclusão de
e Energia Elétrica pontos importantes no texto legal – a ampliação
dos prazos de reembolso de cinco para 15 anos; a
A Organização das Cooperativas Brasileiras redução dos encargos de 6% para 3,5%; e, depen-
teve contribuição decisiva no texto da MPV nº dendo dos prazos de parcelamento, o desconto dos
609/2013, que reduz a zero as alíquotas de con- juros em 60%, 80% e até 100%.

. 36 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
Frente Parlamentar
Levantar a bandeira do cooperativismo
junto aos atores políticos e à opinião
pública, inserindo os interesses do
Sistema OCB na deliberação de
proposições no Congresso Nacional e no
processo de formulação de normativos
e de políticas públicas do governo.
Estes são os principais objetivos da
Frente Parlamentar do Cooperativismo Conta de Desenvolvimento Energético
(Frencoop), bancada formada por
deputados federais e senadores da Uma importante vitória para o cooperativismo de
República, independentemente do seu eletrificação foi alcançada, em maio, com a aprova-
estado de origem ou filiação partidária. ção da Medida Provisória nº 605/2013, que permi-
te às cooperativas utilizar os recursos da Conta de
Desde 1986, a Frente Parlamentar Desenvolvimento Energético (CDE) para redução do
do Cooperativismo (Frencoop) é uma valor da tarifa de energia elétrica.
importante parceira da OCB nas
negociações com o Congresso Nacional. Com o apoio do Sistema OCB, em articulação com
Formada por 205 deputados federais a Frente Parlamentar do Cooperativismo, foi inclu-
e 30 senadores, a bancada participa ída no texto aprovado emenda que reduz as dis-
ativamente das discussões e deliberações torções entre as tarifas das cooperativas e as dos
legislativas referentes ao segmento. demais entes do setor elétrico.

Mensalmente, a presidência da OCB


se reúne com a diretoria da Frencoop Projetos de Lei
para alinhar as prioridades. Em quase
três décadas de atuação, a Frente tem Lei do Motorista
contribuído para aproximar os líderes
cooperativistas do processo político- De extrema relevância para o cooperativismo
decisório. Seus integrantes são acionados de transporte, a Lei dos Caminhoneiros, Lei nº
pela OCB em momentos-chave, quando 12.619/2012, representa, de fato, um importante
são discutidas ações pontuais, mas de avanço para o setor. Entretanto, em seu formato
impacto macro. O objetivo é potencializar original, diversos dispositivos se mostraram impra-
a atuação da OCB nas comissões e nos ticáveis no contexto do transporte brasileiro. Por
plenários da Câmara dos Deputados e esse motivo, atendendo aos pleitos dos segmentos
do Senado Federal, bem como inserir o afetados, inclusive as cooperativas de transporte, a
cooperativismo entre as prioridades da Câmara dos Deputados instalou uma comissão es-
agenda de decisões governamentais. pecial para discutir a fundo soluções para o aperfei-
çoamento e a aplicabilidade da legislação.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 37


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO

Em 2013, a Comissão promoveu audiências públicas Ao todo, foram realizadas


e debates. Representantes da OCB estiveram pre-

8
sentes, defendendo as demandas das cooperativas.
Como resultado, foi apresentado para tramitação
no Congresso Nacional o PL 4.246/12. O projeto já
contempla, em seu texto original, 85% das sugestões reuniões com representantes
do Sistema OCB à Lei nº 12.619/2012 – resultado do do setor nos estados;
trabalho da OCB – tanto na Comissão quanto com o

7
relator da matéria. Dentre elas, está a necessidade
de melhoria na estrutura de pontos de parada nas
estradas brasileiras e a revisão dos intervalos entre
as jornadas e do período de descanso obrigatório.  com o governo federal e

2
Fundo de Amparo ao Trabalhador

Uma importante conquista para o ramo crédito em


2013 foi a aprovação do PL 3.067/2011 na Comis- com o relator da matéria, deputado
são de Trabalho, Administração e Serviço Público Leonardo Quintão. Foram
(CTASP) da Câmara dos Deputados. O projeto auto-
acompanhadas também
riza o acesso direto aos recursos do Fundo de Ampa-
ro ao Trabalhador (FAT) pelos bancos cooperativos,
confederações e centrais de cooperativas de crédito.

A proposta, redigida a partir das sugestões do Con-


28
audiências públicas realizadas no
selho Consultivo de Crédito da OCB, será um passo
Congresso sobre o tema
importante para facilitar o acesso ao crédito de for-
ma dinâmica e menos burocrática. A matéria segue
agora para análise da Comissão de Finanças e Tri-
butação (CFT) da Câmara. PL nº 5.807/2013, ao substituir a legislação em vi-
gor desde 1967, afeta diretamente a atividade das
Novo Código de Mineração 75 cooperativas de mineração.

De autoria do Poder Executivo e em tramitação no Preocupada com isso, em 2013 a OCB mobilizou
Congresso Nacional, o Novo Código de Mineração, suas unidades estaduais e, por meio do Conselho

. 38 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
Nacional do Ramo Mineral, definiu as demandas e
prioridades das cooperativas para serem tratadas
no texto legal. Ao todo, foram realizadas oito reuni-
ões com representantes do setor nos estados; sete
com o governo federal e duas com o relator da ma-
téria, deputado Leonardo Quintão. Foram acompa-
nhadas também 28 audiências públicas realizadas
no Congresso sobre o tema.

Após análise técnica do projeto de lei e das 372


emendas apresentadas pelos deputados, foram
identificados e priorizados os pleitos que poderiam PODER EXECUTIVO
impactar na atuação e no desenvolvimento das co-
operativas. Foram sugeridas, então, emendas que Atenta às particularidades de cada segmento, a Or-
trouxessem para o texto a importância do papel ganização das Cooperativas Brasileiras age estrategi-
exercido pelas cooperativas minerais. camente para influenciar na formulação de políticas
públicas e normativos que atendam às demandas do
cooperativismo. Com esse objetivo, a OCB investe
Com a atuação da OCB, mais de 80%
em uma articulação política direcionada e se esforça
das demandas do cooperativismo foram para manter uma rede de relacionamento consolida-
contempladas no projeto, no texto da com os órgãos de decisão governamental.
preliminar do relator.
Ao longo de 2013, a Casa do Cooperativismo expan-
O PL nº 5.807/2013 prevê, entre outras, a cria- diu o diálogo com o Poder Executivo, em reuniões
ção do Conselho Nacional de Política Mineral e com gestores e técnicos dos ministérios, agências
da Agência Nacional da Mineração; estabelece o reguladoras, institutos e demais órgãos do governo
contrato de concessão para pesquisa e lavra; e re- federal. Em vários documentos encaminhados às
gulamenta a licitação de áreas para exploração de autoridades públicas, a OCB apresentou sugestões
recursos minerais. para aprimorar os programas governamentais, en-
fatizando a importância de um olhar especial para
Sugestões do Sistema OCB inseridas no Novo Códi- as necessidades do cooperativismo.
go da Mineração:

◗ Regulamentação de linha de financiamento Investimentos para


específica para o setor; a Agropecuária
◗ Adequação dos prazos para o desenvolvimento
em relação ao investimento; Hoje, praticamente 50% da safra
◗ Fomento das cooperativas de forma nacional dos principais produtos
organizada e alinhada com o Sistema OCB; agrícolas, como soja e milho, passam
◗ Otimização dos custos, principalmente os de alguma maneira por um cidadão
tributários, para implementação da atividade. cooperativado.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 39


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO

Exatamente por isso, a Organização das Coope- cada produtor rural saltou de R$ 800 mil para
rativas Brasileiras acompanha de perto a elabo- R$ 1 milhão.
ração e execução das políticas públicas voltadas
◗ Inovação – O Programa de Incentivo à
para o desenvolvimento do setor agropecuário.
Inovação Tecnológica na Produção Agropecuária
(Inovagro) passou a permitir financiamento de
Em 2013, graças à atuação da OCB, muitas conquis-
custeio associado ao projeto de investimento e à
tas foram alcançadas para fortalecimento das 1.561
aquisição de matrizes e reprodutores.
cooperativas agropecuárias, que reúnem mais de 1
milhão de cooperados no país. Historicamente, o
Plano Safra da Agricultura Familiar
Sistema OCB tem sido um importante parceiro na
construção de políticas públicas para o desenvolvi-
Lançado em junho, o Plano Safra da Agricultura
mento de suas cooperativas, com foco em programas
Familiar 2013/2014, ao incorporar as sugestões da
de investimento e de capital de giro.
OCB, garantiu mais R$ 21 bilhões para o Programa
de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf),
Plano Agrícola e Pecuário
principal fonte de crédito das cooperativas agrope-
cuárias. A seguir, algumas das principais conquistas:
Com orçamento de R$ 136 bilhões, o Plano Agrícola
e Pecuário (PAP) para o biênio 2013/2014 é o mais
◗ DAP Jurídica – Cooperativas com 60% de
abrangente já lançado no Brasil. As medidas do gover-
agricultores familiares já podem solicitar a
no federal refletem as contribuições do Sistema OCB e
Declaração de Aptidão ao Pronaf, instrumento
trazem ganhos importantes para as cooperativas.
que permite a contratação do crédito. Antes era
necessário um mínimo de 70% de agricultores
◗ Capital de giro – Aumento de
familiares para a obtenção da declaração.
R$ 3 bilhões para R$ 3,24 bilhões da verba
destinada ao Programa de Capitalização das ◗ Renda familiar – A renda bruta máxima
Cooperativas Agropecuárias (Procap-Agro), que para enquadramento da família no programa
contribui para a recuperação patrimonial das aumentou de R$ 160 mil para R$ 360 mil
cooperativas; redução das taxas de juros de 9% por ano. Isso possibilita que mais agricultores
para 6,5% ao ano, gerando uma economia de tenham acesso às linhas de crédito para
R$ 172,4 milhões; e possibilidade de abertura custeio e financiamento.
de margem de contratação frente à liquidação
◗ Pronaf agroindústria – O limite de contratação
das operações vencidas.
de financiamentos para cooperativas aumentou
◗ Custeio – Ampliação do limite de captação de para R$ 35 milhões, acréscimo de 17% em
recursos para custeio. O valor disponível para comparação à safra anterior.

. 40 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
◗ Custeio para a aquisição de insumos – A
concessão de crédito especial permitiu à
cooperativa familiar adquirir insumos para
fornecimento a cooperados.

Armazenagem

Em 2013, o governo federal, atendendo aos plei-


tos da OCB, aprovou uma série de medidas para
ampliar e modernizar a capacidade estática de
armazenagem no país. Esta é uma importante
conquista para o cooperativismo, que detém 22%
da estrutura brasileira para guarda e manutenção
tornou sem efeito as notificações às unidades
de produtos agrícolas.
armazenadoras de Goiás e Mato Grosso do
Sul, que representariam elevado custo às
◗ Construção e ampliação – Aporte de
cooperativas.
R$ 25 bilhões, em cinco anos, para apoiar
a ampliação e construção de armazéns.
A nova linha de financiamentos oferece
Regulamentação do Código Florestal
juros reduzidos de 3,5% ao ano e permite o
Desde o início dos debates sobre a reforma da legis-
reembolso em até 15 anos.
lação ambiental brasileira, a Organização das Coo-
◗ Reajuste de tarifas – Os valores pagos para perativas Brasileiras posicionou-se favoravelmente
armazenagem dos produtos vinculados à ao seu aprimoramento, atuando para a aprovação
Política de Garantia de Preços Mínimos da Lei nº 12.651/2012. De lá para cá, a OCB tem
(PGPM) e aos estoques estratégicos do participado ativamente do processo de regulamen-
governo federal foram reajustados. O aumento tação dos instrumentos previstos no Novo Código
médio, garantido pelo Plano Nacional de Florestal para garantir a sua efetiva aplicação.
Armazenagem (PNA), ficou em 34,7% para
armazenamento convencional (ensacados) e A sólida atuação da entidade durante todo o pro-
29,5% para os produtos a granel. cesso de construção da nova legislação possibi-
litou a elaboração de um Acordo de Cooperação
◗ Arqueamento de tanques – Após reuniões com o Ministério do Meio Ambiente, visando ao
com a OCB, o Instituto Nacional de pleno entendimento e à divulgação dos concei-
Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) tos estabelecidos na lei. Além disso, em 2013, a
retirou o caráter compulsório da Portaria nº OCB atuou junto ao Grupo de Acompanhamento
648/2012 que estabelecia o arqueamento da Implantação do novo Código Florestal, coorde-
obrigatório dos tanques fixos utilizados para nado pelo MMA para aprimorar a ferramenta do
distribuição de produtos a granel. Tendo em Cadastro Ambiental Rural (CAR).
vista os argumentos apresentados pela OCB,
o Inmetro entendeu que a interpretação da Um dos principais ganhos da legislação atual é
portaria havia sido equivocada. A medida conciliar preservação ambiental e produção agríco-

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 41


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO

la. Ao mesmo tempo em que garante seguran- Exportação de Lácteos


ça jurídica e estabilidade às áreas já utilizadas
para fins agropecuários, o novo Código Flores- A Organização das Cooperativas Brasileiras in-
tal amplia a eficácia dos mecanismos de pro- centiva as exportações de produtos lácteos bra-
teção ambiental. Dentre as inovações, está o sileiros, em parceria com o Ministério do Desen-
tratamento especial às chamadas áreas rurais volvimento Agrário e com a Agência Brasileira
consolidadas, seja por assegurar a manutenção de Promoção de Exportações e Investimentos
das atividades agropecuárias e florestais exis- (Apex-Brasil). Dentre as ações desenvolvidas
tentes até a elaboração dos programas de re- em 2013 no Projeto Setorial de Promoção de
gularização, seja por viabilizar a regularização Exportações de Produtos Lácteos (PS-Lácteos),
definitiva de tais atividades. destacam-se:

◗ Divulgação – Para disseminar o novo ◗ Participação nas feiras Gulfood, em Dubai


Código Florestal no meio cooperativista, (Emirados Árabes Unidos), e Anuga, em
o Sistema OCB elaborou cartilhas, Colônia (Alemanha).
lançou um blog e promoveu oficinas nos
◗ Realização dos projetos Imagem-Comprador,
estados sobre a implantação do Cadastro
durante a Minas Láctea, em Juiz de Fora (MG),
Ambiental Rural (Leia mais em Código
e Harmonização Queijos e Vinhos, Vinum
Florestal na página 71).
Brasilis, em Brasília (DF).
Acordo do Leite em Pó ◗ Desenvolvimento de pesquisa de imagem e
branding.
A Organização das Cooperativas Brasileiras
conduziu as negociações que impediram o
aumento da cota de exportação do leite em Fortalecimento do
pó argentino para o Brasil. O acordo firmado Crédito Cooperativo
pelo Centro da Indústria Leiteira da Argenti-
na (CIL) e pela Confederação da Agricultura Com 1.042 cooperativas, o ramo
e Pecuária do Brasil (CNA) manteve as atu- crédito é o que agrega o maior
ais 3,6 toneladas por mês. A medida estabe-
número de cooperados no país.  São
lece um preço mínimo e impede surtos de
importação que tanto prejudicam o mercado
mais de 5,4 milhões associados
nacional, em especial nos meses de pico de distribuídos pelas 27 unidades da
produção leiteira. Federação.

. 42 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
Em 2013, o Sistema OCB atuou em várias frentes
para melhorar a gestão financeira das coopera-
tivas de crédito e tornar o serviço oferecido por
elas ainda mais adequado. Os resultados alcan-
çados no ano contribuíram para reforçar o coo-
perativismo como um sistema que impulsiona a
inclusão financeira e ajuda a reduzir as desigual-
dades sociais.

Fundo Garantidor do A criação do FGCoop é resultado do empenho


Cooperativismo de Crédito compartilhado das equipes da OCB, Conselho
Consultivo de Crédito (Ceco), Casa Civil e Banco
O V Fórum sobre Inclusão Financeira, promovido Central. Além disso, com o trabalho desenvolvi-
pelo Banco Central do Brasil com apoio do Siste- do pela OCB na tramitação da Medida Provisória
ma OCB, em Fortaleza (CE), entrou para a história nº 619/2013 (Lei nº 12.873/2013), o FGCoop re-
do cooperativismo de crédito do país. Durante o cebeu paridade de tratamento com outros fun-
evento, foi lançado o Fundo Garantidor do Coo- dos, sendo isento da incidência de dois tributos:
perativismo de Crédito (FGCoop), instituição que Imposto de Renda, inclusive sobre aplicações de
promete fortalecer ainda mais as cooperativas e renda fixa e variável; e Contribuição Social sobre
auxiliar no processo de inclusão financeira de mi- o Lucro Líquido (CSLL).
lhares de brasileiros.
OtimizaBC
Instituído pela Resolução nº 4.284/2013, do Con-
selho Monetário Nacional, o FGCoop tem como Representantes da OCB, Conselho Consultivo de Cré-
missão reforçar a  credibilidade dos sistemas coo- dito (Ceco) e Banco Central formaram um grupo para
perativos de crédito, atestando a solidez dessas discutir periodicamente as pautas do projeto Otimi-
instituições. Os recursos do Fundo serão aplicados zaBC. O objetivo da ação é melhorar processos e flu-
nos casos de decretação de intervenção ou de liqui- xos de informação para reduzir custos e evitar a du-
dação extrajudicial de instituições associadas, bem plicidade de informações. Em 2013, a OCB enviou ao
como na contratação de operações de assistência, Banco Central 13 sugestões de melhorias e redução
de suporte financeiro e de liquidez. de custos para as cooperativas de crédito brasileiras.

A partir de negociações entre a OCB


e o Banco Central, foram destinados Foco na Saúde
ao FGCoop R$ 127 milhões do
Experiência pioneira no Brasil, o cooperativismo que
Fundo Garantidor de Créditos (FGC).
se dedica à preservação e promoção da saúde huma-
O recurso corresponde aos valores na cresceu muito nos últimos anos e está se expan-
repassados pelas cooperativas de dindo até para outros países.
crédito ao FGC.  

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 43


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO

As 848 cooperativas de saúde dos e colaboradores das cooperativas de todos os


existentes hoje no país reúnem ramos do cooperativismo, de forma a garantir sua
participação qualificada nas relações do mercado
263 mil cooperados que levam
de planos privados de assistência à saúde.
assistência médica, odontológica e
psicológica a mais de 22 milhões
de pessoas. Infraestrutura para
o Desenvolvimento
O grande desafio do ramo é investir em uma ges-
tão cada vez mais profissionalizada e inovadora Eletrificação, telefonia e desenvolvimento rural
que possibilite zelar pela saúde e bem-estar dos são os serviços prestados pelo cooperativismo de
clientes e, ao mesmo tempo, ser fonte de trabalho e infraestrutura.
renda para os cooperados.
Atualmente, as 129 cooperativas
Parceria com ANS
do ramo agregam quase 900 mil
A Agência Nacional de Saúde Suplementar e a Or- cooperados, em 15 estados e no
ganização das Cooperativas Brasileiras avançaram Distrito Federal. A maioria delas atua
em 2013 nas negociações para promover mais in- na distribuição de energia elétrica,
tegração entre as duas instituições. O acordo de
predominantemente na zona rural. As 66
cooperação, já aprovado pela diretoria da agência
reguladora, deve entrar em vigor em 2014. cooperativas de eletrificação que existem
hoje levam energia elétrica a mais de
A parceria prevê a adoção de medidas para capacitar 600 mil consumidores.
o corpo técnico das duas casas; o intercâmbio de su-
gestões para aperfeiçoar o marco regulatório do setor
e os programas governamentais de saúde suplemen- Regulação para Cooperativas de Energia
tar; além da realização de estudos, eventos e ações
conjuntas para otimizar os processos de governança Para despertar a atenção do governo federal sobre a
das cooperativas operadoras de planos de saúde. necessidade de uma regulação voltada especificamen-
te às cooperativas de eletrificação, em 2013 a OCB so-
Essa aproximação entre as duas instituições tam- licitou apoio da Casa Civil para iniciar um ciclo de reu-
bém vai agilizar a disseminação de informações niões entre a entidade, a Agência Nacional de Energia
sobre a regulação dos planos de saúde aos associa- Elétrica (Aneel) e o Ministério de Minas Energia.

. 44 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
A intenção é mostrar as dificuldades enfrentadas pe-
las cooperativas e pensar em soluções que garantam
a continuidade dos serviços prestados hoje a quatro
milhões de brasileiros, especialmente na área rural.

O direcionamento unificado tanto para empresas


quanto para cooperativas, atualmente em vigor
no país, compromete a viabilidade operacional do
cooperativismo no setor elétrico, por não levar em
conta as peculiaridades do modelo.

Nesse diálogo com o Executivo sobre a regulação


do setor elétrico, três temas mereceram atenção
especial da OCB em 2013 por colocarem em risco
as atividades das cooperativas de eletrificação: o A falta do repasse, que soma R$ 25 milhões, atin-
repasse de recursos da CDE (leia mais em Conta ge 38 cooperativas de eletrificação, colocando em
de Desenvolvimento Energético na página 37); o risco o atendimento a 400 mil unidades consumi-
ciclo de revisão tarifária; e a redação do Decreto doras e 1,6 mil pessoas, em 100 municípios do Rio
nº 7.891/2013 no que diz respeito à limitação do Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.
desconto às cooperativas.
Revisão Tarifária
Repasses da CDE
A metodologia adotada pela Aneel para as coope-
Os repasses da CDE são de suma importância rativas baseia-se em uma adaptação da utilizada
para a manutenção da qualidade dos serviços para as empresas concessionárias. Para exemplifi-
prestados pelas cooperativas de eletrificação ru- car os impactos negativos da revisão, das 38 coope-
ral. Gerida pela Eletrobrás, a CDE foi criada em rativas já enquadradas na metodologia, 28 teriam
abril de 2002 para promover o desenvolvimen- que reduzir seu custo operacional em taxas maiores
to energético dos estados, fomentar projetos de que 30%, podendo chegar a 80%.
universalização dos serviços de energia elétrica
e oferecer subvenção aos consumidores de bai- Além disso, em alguns casos, as metas limitam os
xa renda e à expansão da malha de gás natural custos operacionais a R$ 800 mil por ano. Segundo
onde há necessidade. dados da Confederação Nacional das Cooperativas
de Infraestrutura (Infracoop), o gasto mínimo anu-
Com a aprovação do Novo Marco do Setor Elé- al necessário para uma cooperativa de eletrificação
trico Nacional, o governo federal interrompeu o prestar o serviço supera R$ 1,6 milhão.
envio de recursos da CDE para as cooperativas
permissionárias. Desde a interrupção, em outu- Para sensibilizar a Aneel sobre a inviabilidade de
bro de 2013, a OCB tem dialogado com repre- utilização dessa metodologia tarifária, a OCB re-
sentantes do governo federal, em reuniões e por alizou diversas reuniões com a Agência, que ga-
meio do envio de ofícios, sobre a urgência da li- rantiu alguns ajustes para amenizar os impactos
beração dos recursos. negativos às cooperativas.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 45


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO

Decreto nº 7.891/2013 Diante da necessidade de modernizar a legis-


lação atual que rege o setor, a Organização
A limitação em 30% do desconto que as coo- das Cooperativas Brasileiras tem reforçado o
perativas autorizadas recebem no ato da com- diálogo com os poderes Executivo e Legislati-
pra de energia elétrica, estabelecida no decre- vo para garantir que o novo Marco Regulatório
to regulamentador das concessões – também da Mineração contemple as especificidades
foi foco da atuação da OCB. Tal desconto com- do cooperativismo. Dentre as preocupações,
promete a qualidade do serviço prestado pelas destaca-se a elevação dos custos e a falta de
cooperativas aos consumidores, Por lidarem linhas de financiamento e incentivos especí-
com um público majoritariamente rural, elas ficos para o setor. (Leia mais em Novo Código
têm custos mais elevados de manutenção e de Mineração na página 38).
prestação de serviço do que as concessionárias
empresariais. Para garantir a continuidade da mineração
cooperativa, é necessário modernizar e des-
burocratizar a legislação em vários aspectos,
Organização das tais como: organização da atividade; monito-
cooperativas de mineração ramento e controle da extração; liberação das
autorizações e concessões; comercialização;
A prática sustentável e legalizada da mine- concorrência; transporte da matéria-prima; e
ração é de extrema relevância para o cresci- tributação.
mento do país. E o cooperativismo exerce um
papel importante na organização e gestão Transporte de Ouro
dessa atividade. Para muitos garimpeiros,
pertencer a uma cooperativa é condição es- A Organização das Cooperativas Brasileiras es-
sencial para permanecer na mineração, ten- teve reunida, ao longo de 2013, com represen-
do em vista que a prática individualizada tor- tantes do governo federal e da Associação Na-
na-se muito onerosa. cional do Ouro para contribuir com o processo
de regulamentação da Lei nº 12.844/2013,
Atualmente, o cooperativismo que trata do transporte do ouro.
mineral contabiliza 76
Um das preocupações do cooperativismo
cooperativas, 84,8 mil associados está justamente na operacionalização desse
e 216 empregados, com transporte. O Sistema OCB defende que as
representatividade em 17 estados. cooperativas assumam a coordenação e o

. 46 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
monitoramento da produção, dando mais credi-
bilidade a essa atividade.

Organização das
cooperativas de trabalho
O cooperativismo de trabalho é um modelo de
negócios que tem se firmado como uma alter-
nativa diferenciada de inserção econômica e
social. A proposta se baseia em uma relação de
Em 2013, foi a vez de atuar na construção do de-
trabalho e renda decente, sustentada pelo es-
creto regulamentador da lei, que define como serão
forço conjunto de pessoas que escolheram ser
as relações entre cooperativas de trabalho e toma-
cooperativistas.
dores de serviços. O marco regulatório é de grande
importância para garantir aos cooperados alguns
Mais de 178 mil brasileiros fazem direitos sociais dos trabalhadores, previstos na
parte das 946 cooperativas de Constituição Federal de 1988, e acabar com a ideia
trabalho, que geram 2,3 mil de que cooperativas são instrumentos de interme-
empregos diretos em diversas áreas. diação de mão de obra.

Essa legião de trabalhadores tem crescido gra- A OCB participou de cinco reuniões presenciais
dativamente e já exerce um papel importante na Secretaria Nacional de Economia Solidária
na economia nacional, ao contribuir diretamen- (Senaes), do Ministério do Trabalho e Empre-
te para a redução da pobreza e das desigualda- go, para discussão e apontamento dos pleitos
des sociais. das cooperativas quanto à regulamentação, de-
monstrando empenho em adequar as normas
Regulamentação das ao segmento. Foram apresentadas à Senaes,
Relações Trabalhistas ao longo do processo de discussão, nove ma-
nifestações formalizadas por meio de ofícios,
Durante os oito anos de tramitação no Congresso contendo considerações sobre as diversas e su-
Nacional da Lei nº 12.690/2012 – que dispõe so- cessivas versões do decreto.
bre a organização e o funcionamento das coope-
rativas de trabalho e institui o Programa Nacional Dentre as considerações, reitera-se a importância
de Fomento às Cooperativas de Trabalho (Prona- de se preservar, na composição do Comitê Gestor
coop) – a OCB trabalhou fortemente na defesa dos do Pronacoop, a participação da Organização das
interesses dos cooperados. Uma grande conquista Cooperativas Brasileiras como única entidade de
foi a inserção de um parágrafo que assegura às co- representação do sistema cooperativista nacio-
operativas de trabalho o direito de participar de nal. Outra sugestão é estender os critérios para
licitações públicas para a prestação dos serviços definição da cooperativa de trabalho de produção
previstos em seu estatuto social. às cooperativas de trabalho de serviço.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 47


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO

Manual das Cooperativas brasileiro: a 4ª Conferência Nacional de Meio Am-


biente, de 24 a 27 de outubro; e a 5ª Conferência
Nacional das Cidades, de 20 a 24 de novembro.
O Sistema OCB teve expressiva
participação na elaboração da Meio Ambiente
Instrução Normativa nº 10, do
Departamento de Registro Empresarial A OCB teve uma atuação marcante na 4ª Confe-
e Integração (DREI), que estabeleceu rência Nacional de Meio Ambiente, que reuniu
mais de 200 mil pessoas em suas três etapas
o novo Manual das Cooperativas. Das
(municipais, regionais e nacional).
sugestões apresentadas pela OCB, 80%
foram acatadas. Das 160 propostas estruturantes à
implantação da Política Nacional
A nova IN, datada de dezembro de 2013, resultou
da decisão da Secretaria da Micro e Pequena Em- de Resíduos Sólidos aprovadas na
presa, da Presidência da República, de promover etapa nacional, 32 foram em apoio e
uma reforma nos normativos que, de modo esparso, fomento ao cooperativismo, sendo 23
regulamentavam os processos e procedimentos de delas sobre emprego e renda.
registro dos atos societários das pessoas jurídicas
nas Juntas Comerciais nos estados. Como integrante da Comissão Organizadora, a Casa
do Cooperativismo esteve presente em todo o pro-
cesso de estruturação da conferência, mobilizando
Conferências Nacionais o Sistema OCB a participar das etapas municipais.
Um dos grandes temas em debate com repercus-
As conferências, instituídas pela Constituição Fede- sões para o cooperativismo era o desafio da gera-
ral de 1988, são instâncias de participação social. ção do emprego e renda na implantação da Política
Várias políticas públicas são inspiradas em propos- Nacional de Resíduos Sólidos. O principal objetivo
tas apresentadas pela sociedade civil nesses fóruns. atual é trabalhar na construção de um posiciona-
Atenta a isso, a OCB monitora as conferências para mento do Sistema sobre o tema.
identificar aquelas que interessam ao setor.
Cidades
Em 2013, a equipe da Casa do Cooperativismo
participou de duas conferências nacionais levando Na 5ª Conferência Nacional das Cidades, a OCB
propostas em defesa da atuação do cooperativismo atuou com determinação para defender a partici-

. 48 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
pação da Casa do Cooperativismo como membro
do Conselho das Cidades (Concidades).

Com temas como transporte e


habitação na pauta, a OCB mobilizou
representantes de 100 cooperativas,
que votaram a favor da permanência da
instituição no Concidades.

PODER JUDICIÁRIO
A Organização das Cooperativas Brasileiras
(OCB), como entidade máxima do cooperativis- aproximação se desenvolve de diversas formas,
mo, é responsável pela aproximação do setor com seja por meio da participação em eventos jurí-
o Poder Judiciário. Uma aproximação necessária dicos, com palestras e mesas de debates sobre
em função de peculiaridades que devem ser con- cooperativismo e Direito Cooperativo, seja pela
sideradas no momento de decisões judiciais. atuação direta nos Tribunais Superiores.

Modelo de negócio que alia o desenvolvimen- Um exemplo dessa atuação é o monitoramento das
to econômico ao bem-estar social e respeita o ações referentes ao ato cooperativo no Superior Tri-
meio ambiente, o cooperativismo apresenta-se bunal de Justiça (STJ) e Supremo Tribunal Federal
como o caminho a ser seguido por todos que (STF). Em 2013, a OCB esteve em audiência com
defendem a sustentabilidade e uma qualidade dez dos 11 ministros do STF para fundamentar a
de vida melhor. intributabilidade do ato cooperativo, assunto que já
mereceu decisão favorável do STJ.
As cooperativas não visam ao lucro, mas às neces-
sidades do grupo. Com uma gestão democrática e
uma atuação baseada em valores como igualdade,
equidade e solidariedade, têm um perfil singular ATUAÇÃO
e, portanto, não devem ser reconhecidas como
empresas comerciais. Os aspectos legais e doutri- INTERNACIONAL
nários do cooperativismo diferem bastante dos de
outras sociedades. O cooperativismo não tem fronteiras físicas. Essa
prática econômica voltada ao desenvolvimento
O trabalho desenvolvido com o Judiciário tem social, que se difunde pelo mundo, descobriu logo
por objetivo apresentar as características desse no seu surgimento que as divisas dos países não
modelo socioeconômico, levando aos juristas restringem o anseio de contínuo desenvolvimento
o conhecimento da realidade cooperativista, das pessoas mediante uma atividade econômica
de modo a subsidiá-los em suas decisões. Esta ética e sustentável.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 49


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO

A OCB, ao longo de mais de quatro décadas produtos. Uma das estratégicas é participar, em
à frente da representação do cooperativismo outros países, de feiras internacionais articuladas
brasileiro, acumulou respeito e prestígio in- pelo governo federal. Para isso, mantém parce-
ternacionais e, em 2013, manteve contato ria com os ministérios da Agricultura, Pecuária
com organizações representativas da África do e Abastecimento (Mapa) e do Desenvolvimento
Sul, Argentina, Alemanha, Austrália, Botsuana, Agrário (MDA).
Canadá, China, Colômbia, Espanha, Estados
Unidos, Etiópia, Índia, Itália, Japão, Paraguai, Em 2013, aproximadamente 40
Rússia, Uruguai e Venezuela.
cooperativas fecharam negócios nessas
feiras. Outra estratégia é participar de
Missões Internacionais eventos cooperativistas pelo mundo.

Para identificar boas práticas e


O Catálogo Brasileiro de Cooperativas Exportadoras
aprimorar o cooperativismo brasileiro, também é uma importante ferramenta para a pro-
lideranças e técnicos do Sistema OCB moção das cooperativas. Com dados do Ministério
estiveram no exterior representando as do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior
6.603 cooperativas em 14 missões. (MDIC) e das unidades estaduais, a publicação, em
inglês e espanhol, divulga as cooperativas brasi-
Um dos eventos mais marcantes foi a Assem- leiras atuantes no mercado internacional. O docu-
bleia Geral da Aliança Cooperativa Internacio- mento é disponibilizado para embaixadas, organis-
nal (ACI), realizada em novembro, na Cidade do mos internacionais, entidades de representação do
Cabo (África do Sul). Na ocasião, além de deba- cooperativismo no exterior e utilizado durante as
tes estratégicos sobre o Plano para a Década do feiras internacionais.
Cooperativismo, foi eleita a nova diretoria da
ACI e lançada a nova marca do cooperativismo.
Representação Internacional
Promoção Internacional Brics Coop

Como organização de representação, a OCB A OCB participou este ano do III Encontro de
está engajada na visibilidade internacional Lideranças Cooperativistas do BRICS, na África
das cooperativas brasileiras, seus serviços e do Sul. O grupo internacional de cooperativas

. 50 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul foi
uma iniciativa da OCB em 2010 e se reúne anu-
almente desde então.

Os cooperados desses países somam 460


milhões de pessoas, praticamente metade
do número de cooperados hoje no planeta.

Em 2013, foram debatidas ações de intercoope-


ração comercial e técnica e missões de prospec-
ção de boas práticas.

RECM

A OCB faz a representação das cooperativas brasilei-


ras em dez fóruns internacionais. A Reunião Espe-
cializada de Cooperativas do Mercosul (RECM) é um
grande foco da articulação internacional da Casa.
Em duas reuniões, a OCB esteve presente discutindo
a criação de mecanismos de integração da produção,
escoamento e comercialização dos produtos e servi-
ços cooperativistas dos cinco integrantes do bloco.

OCPLP
Aliança Cooperativa Internacional
A Organização das Cooperativas dos Povos de Lín-
Membro da Aliança Cooperativa Internacional
gua Portuguesa (OCPLP) é outro exemplo da força
há mais de 20 anos, a OCB se consolidou como
da atuação da OCB em prol da intercooperação
internacional. Reeleito presidente da OCPLP em líder nas negociações do grupo que concentra re-
2013, o presidente do Sistema OCB está à frente presentantes de 96 países. A aproximação com a
das ações de aproximação que visam unir os movi- ACI e com o escritório regional da ACI-Américas
mentos cooperativistas nos oito países lusófonos. rendeu, em 2013, convites para participação em
comitês especializados para o capital cooperati-
A organização está focada no fortalecimento de bases vo e para discussão de medidas financeiras in-
legais eficientes nos países do grupo. Com esse obje- ternacionais.
tivo, foi organizado em Dili, capital do Timor Leste, um
seminário internacional que buscou dar visibilidade Pesquisa WCM
ao movimento junto aos governos. O resultado para
o país-sede foi imediato. Durante o seminário, anun- Pelo terceiro ano, a OCB apoiou a realização do
ciou-se a criação da confederação de cooperativas do Monitor Global de Cooperativas, pesquisa in-
Timor-Leste, reconhecida e apoiada pelo governo. ternacional da ACI que visa dimensionar os nú-

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 51


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO

4
meros mundiais do cooperativismo, listar as
maiores cooperativas e identificar os ramos de
atuação mais fortes.
cooperativas brasileiras
O trabalho, realizado em parceria com o insti- no ranking das
tuto de pesquisa europeu Euricse, mostra que o

30
Brasil começa a se destacar no cenário do coo-
perativismo global. Das 30 maiores cooperati-
vas agrícolas do mundo, quatro são brasileiras.
No ramo saúde, entre as 10 maiores cooperati- maiores cooperativas
vas estão sete brasileiras. agrícolas do mundo

7
Cicopa

O Cicopa, braço setorial da ACI para as coope-


rativas de trabalho, é dividido em comitês re- cooperativas brasileiras
gionais e sub-regionais, como o Cicopa-Amé- entre as
ricas e o Cicopa-Mercosul. O representante da

10
OCB é vice-presidente deste último subgrupo. A
OCB tem se mantido aliada da organização na
geração de conhecimento. Em 2013, apoiou a
maiores cooperativas de
realização de pesquisas em âmbito regional e
saúde do mundo.
global, oferecendo os dados do cooperativismo
brasileiro e se beneficiando das informações so-
bre o panorama global.

Icao
ACI-Américas
O Icao é o órgão setorial da ACI para o coope-
rativismo agropecuário. A OCB é membro-funda- As pesquisas e levantamentos organizados pela
dor do bloco e seu presidente é o vice-presidente ACI-Américas têm participação da OCB, que vê
do Icao para as Américas. A OCB acompanhou a nesses mecanismos subsídios tanto para de-
assembleia geral do grupo em 2013 e colaborou mandas conjuntas de cooperativas do continen-
com as pesquisas realizadas pela organização. te quanto para o trabalho interno.

. 52 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
Conferência
Regional ACI-Américas
Em 2013, o Sistema apoiou a realização da XVIII
Conferência Regional ACI – Américas, que ocorreu no
Guarujá (SP), de 6 a 11 de outubro. A importância de
conquistar mais espaço para o cooperativismo, valo-
rizando a força socioeconômica que tem em todo o
mundo, foi destaque do evento. Com o tema “A dé-
cada das cooperativas – cenários e perspectivas”, a
conferência foi promovida pela Aliança Cooperativa
Internacional das Américas e pela Unimed do Brasil,
com amplo apoio da OCB.

Traçaram panoramas futuros e fundamentaram


as discussões em pontos considerados essenciais
pela ACI ao desenvolvimento e consolidação do
setor: participação, sustentabilidade, identida-
de, arcabouço legal e capital. Em pauta, variados
temas, como infraestrutura, regulamentação das
cooperativas de trabalho, capacitação dos coo-
perados, consumo sustentável, intercooperação,
gestão e governança, novas lideranças, sistema
financeiro, igualdade de gênero.

22
países participantes
Importante passo foi dado durante o encontro de
parlamentares sul-americanos, no quinto dia da
conferência. O Brasil, que até então não integra-
va a comissão de parlamentares das Américas,

800
passou a ser representado por um deputado fe-
deral que é da diretoria da Frente Parlamentar
do Cooperativismo (Frencoop), aliada do setor no
visitantes ao estande da Congresso Nacional.

OCB na Conferência A OCB tem investido bastante na representação


institucional e no trabalho com o Legislativo.

20
mesas de debates.
Sempre voltada ao atendimento das deman-
das das cooperativas, essa atuação é essencial
para a conquista de marcos regulatórios que
impulsionem o cooperativismo no país. Duran-
A OCB participou de 15. te o encontro de parlamentares, além da troca

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 53


EIXO 1 – REPRESENTAÇÃO

de experiências e divulgação de boas práticas, cooperativismo em Moçambique, além do desen-


foi reforçado o conceito da intercooperação e volvimento de cooperativas de pequenos agricul-
analisados cenários de atuação conjunta. Os tores em Angola e Botsuana.
debates do grupo tiveram como foco a busca
pelo aperfeiçoamento dos marcos jurídicos das Missão da Colômbia
legislações dos países membros.
O modelo de cooperativismo foi reconhecido re-
Rede Interamericana de centemente pelo governo da Colômbia como o
Cooperativas Agropecuárias melhor para o desenvolvimento e a reestrutura-
ção econômica de suas comunidades rurais. Com
Em março, a OCB participou do lançamento da o objetivo de conhecer um modelo já sólido e
Rede Interamericana de Cooperativas Agrope- bem estruturado, como o do Brasil, um represen-
cuárias e acompanhou as reuniões do grupo du- tante da Associação Colombiana de Cooperativas
rante o ano. Iniciativa da ACI-Américas, a Rede (Ascoop) esteve no país, em junho.
busca uma coalizão de mercado para as coope-
rativas agropecuárias no continente. Na sede da OCB, em Brasília, o dirigente da Asso-
ciação identificou as boas práticas aqui aplicadas
com o intuito de replicá-las na Colômbia. Tendo
Cooperação internacional a OCB como referência, o cooperativismo colom-
biano pretende iniciar o processo de promoção e
Em 2013, comitivas de seis países fomento desse modelo no meio rural colombia-
estiveram na OCB para conhecer a no. Depois de visitar duas cooperativas agrícolas
no Distrito Federal, o aprendizado continuou no
atuação da Casa na representação
Rio de Janeiro, na unidade estadual da OCB.
cooperativista e, ainda, os
programas de desenvolvimento Missão da Argentina
socioeconômico e a promoção dos
ideais do movimento. Em outubro, líderes cooperativistas argentinos,
capitaneados pela Confederação Intercooperativa
Ao mesmo tempo em que as cooperativas brasi- Agropecuária (Coninagro), estiveram na sede do
leiras são beneficiadas pelas parcerias com orga- Sistema OCB, em Brasília. Na ocasião, conheceram
nizações da Alemanha, Canadá, Espanha e Itália, o trabalho realizado com os poderes Executivo, Le-
a OCB coopera com o governo federal para o es- gislativo e Judiciário para fortalecer o setor, por
tabelecimento de bases jurídicas sólidas para o meio de legislação e políticas públicas adequadas.

. 54 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
Outro ponto apresentado pelos dirigentes da OCB Missão da Uganda e do Quênia
foi o novo modelo de gestão sistêmica e partici-
pativa. A Argentina, que considera o Brasil uma A OCB organizou e recebeu, em março de 2013,
das principais referências do cooperativismo na missão internacional de representantes do Ban-
América Latina, demonstrou interesse em reali- co Central da Uganda e do Quênia. Os africanos
zar a integração dos entes cooperativos e, com vieram ao país para conhecer o sistema de re-
isso, obter melhores resultados em termos de presentação cooperativista brasileiro e a forma
contribuição e representação política. Pretende, de atuação sistêmica do cooperativismo de cré-
ainda, estreitar as relações binacionais quanto à dito do país. Na ocasião, fizeram visitas técnicas
produção agropecuária e cooperativa. à OCB, ao Banco Central e ao Bancoob, o Banco
Cooperativo do Brasil.
Missão da Etiópia

A Embaixada da Etiópia em Brasília visitou a OCB


e demonstrou interesse pela força do movimento
cooperativista no Brasil, trazendo a ideia de um
provável projeto de cooperação bilateral, possi-
velmente na área turística.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 55


PALAVRA DA DIRETORIA

COMUNICAÇÃO ESTRATÉGICA PARA


EXPANDIR O DIÁLOGO COM A SOCIEDADE

O
aumento da profissionalização e os
bons resultados alcançados ano após
ano demonstram a evolução do coo-
perativismo brasileiro. E para que este ins-
trumento de desenvolvimento econômico e
inclusão social se torne mais conhecido é ne-
cessário expandir o diálogo com a sociedade.

O Sistema OCB tem investido, cada vez mais,


em uma proposta de comunicação estratégi-
ca em cadeia: da entidade nacional para as
unidades estaduais; destas para as coopera-
tivas e, a partir daí, para os cooperados, fami-
liares e comunidade.
EDIVALDO DEL GRANDE
Presidente do Sistema Ocesp As novas tecnologias, especialmente a in-
Diretor representante da Região Sudeste ternet, são grandes aliadas, ao oferecer um
leque imenso de possibilidades para tornar
mais ágil e versátil essa interlocução. So-
mente com uma comunicação permanente e
de qualidade será possível disseminar os be-
nefícios deste modelo econômico de sucesso
que reúne mais de 1 bilhão de pessoas em
todo o mundo.

. 56 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
EIXO 2 – FORTALECIMENTO
INSTITUCIONAL
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS: de promotor do desenvolvimento do cooperativis-
mo de forma integrada e sustentável, respeitando
a diversidade das regiões brasileiras e dos ramos
◗ Preservar e aprimorar a identidade, a imagem
e a integridade do sistema cooperativo; de atuação das cooperativas.

◗ Ampliar e fortalecer a representatividade


Alicerçada nos pilares da ética, transparência
e a capacidade de agregação de interesses
e equidade, a OCB, em mais de quatro décadas,
cooperativos
vem construindo uma reputação que se tornou
◗ Aprimorar a governança e a gestão do sistema sinônimo de credibilidade. O cenário é oportuno
cooperativista. para busca de novas frentes de interlocução com
o poder público e com formadores de opinião, que
O cooperativismo no Brasil já reúne mais de 6,6 mil contribuam para tornar o modelo cooperativista
cooperativas e 11 milhões de cooperados. Para bem ainda mais conhecido.
defender os interesses dessa força solidária que
tem movimentado a economia do país, a OCB bus- Durante todo o ano de 2013, a equipe da Organiza-
ca constantemente novos meios para se fortalecer ção das Cooperativas Brasileiras levantou a bandeira
como instituição representativa, capaz de agregar do cooperativismo em várias arenas de debate. Em
os diversos interesses do setor. As recentes mudan- fóruns, conselhos e câmaras técnicas, encontros, pa-
ças internas, na gestão e governança da Casa, são lestras, simpósios, workshops e audiências, o modelo
uma demonstração do amadurecimento da organi- foi apresentado como uma alternativa socioeconô-
zação como entidade do cooperativismo brasileiro. mica sustentável que pode transformar o país.

Ao imprimir um modelo de governança sistêmico Com o objetivo de divulgar ainda mais o papel do
e participativo, o Sistema OCB reforça sua missão cooperativismo no crescimento nacional, o Sistema

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 57


EIXO 2 - FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

OCB trabalha com ações de comunicação voltadas dessas ferramentas de comunicação institucional é
para os públicos interno e externo. alto. A leitura já faz parte do dia a dia da grande
maioria. Dos entrevistados, 93,9% leem frequen-
temente o Informativo Sistema OCB, 91,5% espe-

COMUNICAÇÃO ram semanalmente pelo boletim interno Vitrine e


82,9% têm a Revista Saber Cooperar como fonte de
informação.
A visibilidade do cooperativismo vem aumentando
a partir de uma política de comunicação estraté-
Os resultados desse diagnóstico também têm con-
gica, desenvolvida pelo Sistema OCB, que abrange
tribuído para a reformulação de algumas dessas
desde a divulgação de conquistas obtidas pela Or-
ferramentas, como o Portal Brasil Cooperativo. A
ganização em suas ações de representação políti-
ideia é torná-lo mais atraente e interativo, acom-
co-institucional em Brasília, até experiências bem-
panhando constantemente as inovações do mundo
-sucedidas em cooperativas de todo o país.
virtual. O novo portal, que está em construção, de-
verá também refletir a postura sistêmica para se
Para ampliar o conhecimento sobre as caracterís-
firmar como fonte de referência sobre o cooperati-
ticas, demandas e conquistas do setor, a OCB não
vismo no Brasil.
mede esforços no investimento em comunicação.
A disseminação das informações é potencializada
pelo uso de diferentes ferramentas – informativo
eletrônico diário de notícias; revista impressa, por- Revista Saber Cooperar
tal e blogs temáticos, contato com formadores de
opinião, infomails para colaboradores da unidade Publicação bimestral que circula há três anos, a Re-
nacional e unidades estaduais; e boletim interno vista Saber Cooperar é um instrumento que dá voz
para funcionários da instituição. e visibilidade às cooperativas, associados, empre-
gados e seus familiares, além de divulgar a doutrina
A Casa do Cooperativismo tem investido constante- cooperativista e mostrar, ainda, os benefícios que
mente na modernização desses canais de interlocu- pode gerar para uma comunidade. Essa divulgação
ção. E para saber o nível de satisfação dos públicos é feita em entrevistas, artigos, reportagens e notas
com esses veículos, pensando sempre em inovar no sobre temas ligados direta e, também, indireta-
contato com seus stakeholders, a OCB realizou em mente ao cooperativismo.
2013 um diagnóstico de comunicação interna.
Para se tornar mais atraente e reforçar a ideia da
A pesquisa, feita inicialmente com seus próprios co- gestão participativa, em 2013 o projeto gráfico da
laboradores, revelou que o índice de conhecimento publicação foi modernizado. A partir da edição nú-

. 58 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
MÍDIA ESPONTÂNEA

Os diferenciais do cooperativismo
Saber Cooperar, em 2013: também são pauta em importantes
veículos de comunicação do país.
Publicadas 5 edições e 61

1.242
reportagens sobre 22 estados
brasileiros
Quantidade de matérias
Iniciada produção de edição especial sobre cooperativismo
sobre Prêmio Excelência em Gestão

Cada edição distribuída a 7 mil


cooperativas e 4 mil parceiros
R$ 12,81
milhões
Valor que representa,
mero 12, a marca sistêmica – com as três institui- em mídia espontânea
ções que compõem o Sistema OCB (CNCoop, OCB e
Sescoop) – foi aplicada na capa e a palavra “Coope-

1,07
rar” ganhou ainda mais destaque.

A revista Saber Cooperar já se tornou referência en- R$


tre os cooperativistas e para outros públicos, como
as universidades, que têm demonstrado, constan- milhão
temente, interesse em ter em seu acervo uma das Média mensal do valor,
mais importantes publicações do setor. em mídia espontânea.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 59


EIXO 2 - FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

525
nacional das Cooperativas, instituído pela Organi-
zação das Nações Unidas e comemorado em 2012.
Com tiragem de 2 mil exemplares, o livro foi dis-
Quantidade de matérias tribuído para as unidades estaduais, para as co-
elaboradas pela unidade nacional operativas que tiveram sua história retratada e
também para parceiros do cooperativismo e for-

713
madores de opinião.

Quantidade de matérias Boletim interno


produzidas por unidades
estaduais e cooperativas Um novo canal de comunicação interna foi lançado
em 2013. É o Megafone, um boletim que traz de-

1.238
talhes, depoimentos e fotos dos principais eventos
promovidos pelo Sistema OCB. É uma forma de po-
tencializar a divulgação de ações importantes para
o movimento cooperativista brasileiro.
Número total de notícias
veiculadas  
Informativo Sistema OCB
Histórias de cooperação Boletim que divulga as ações do Sistema OCB pelo
crescimento do setor cooperativista. Ele também
É papel do Sistema OCB identificar e disseminar traz notícias sobre as experiências das cooperativas.  
boas práticas desenvolvidas pelo cooperativismo
brasileiro (Leia mais em Serviços na página 69). Foi
pensando nisso que a Casa do Cooperativismo edi- Hino Nacional no ritmo
tou uma publicação especial, bilíngue, que apresenta do cooperativismo
relatos exitosos de cooperativas de todos os ramos,
localizadas nos 26 estados e no Distrito Federal. Em 2013, o Sistema OCB inovou ao produzir uma
nova versão do Hino Nacional Brasileiro. Com ar-
“Histórias de cooperação – 366 cooperativas brasi- ranjo diferenciado – perpassando ritmos das cinco
leiras que constroem um mundo melhor” é o nome regiões do país – o vídeo com a execução do hino
do livro que também faz referência ao Ano Inter- foi composto por imagens que representam todas

. 60 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
as unidades da Federação, bem como os 13 ramos
de atuação do cooperativismo.

A trilha sonora, produzida especialmente para o


Sistema OCB, contou com a participação de músi-
cos renomados do cenário brasileiro. A proposta é
que o vídeo seja reproduzido nos eventos organiza-
dos pela unidade nacional e também pelas estadu-
ais e cooperativas. É mais uma forma de mostrar à
sociedade a forte ligação do cooperativismo brasi-
leiro com o país. empresariais e organizações não governamentais.
O objetivo comum é identificar oportunidades,
definindo ações prioritárias que visem à atuação
PARTICIPAÇÃO integrada dos diferentes segmentos produtivos.
Dentre os vários temas trabalhados nas câmaras
EM FÓRUNS técnicas estão infraestrutura, abastecimento e lo-

ESTRATÉGICOS gística, cooperativismo e associativismo, financia-


mento, seguro e crédito rural.

A Organização das Cooperativas Brasileiras inte- Atualmente, a Câmara Temática de Cooperativismo


gra vários fóruns e câmaras temáticas sobre polí- Agropecuário é presidida por Márcio Lopes de Frei-
ticas públicas. Nesses espaços de debate, a Casa tas, também presidente do Sistema OCB. Esse reco-
do Cooperativismo representa a voz de todos os nhecimento demonstra a relevância do cooperati-
cooperados do país, mostrando o potencial deste vismo para a expansão da atividade agropecuária.
movimento para o crescimento econômico e a
inclusão social. Durante o ano de 2013, a OCB também participou
das reuniões do Conselho de Desenvolvimento
Econômico e Social (CDES) e de fóruns ligados aos
Em 2013, a OCB participou de 28 ministérios da Fazenda; do Desenvolvimento, In-
câmaras setoriais e 8 temáticas do dústria e Comércio Exterior; e do Trabalho.
Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento, levando propostas,
apoiando ações e acompanhando o CONSELHOS
desenvolvimento das cadeias produtivas CONSULTIVOS
do agronegócio.
Uma das marcas do ano foi o fortalecimento dos
conselhos consultivos, aproximando ainda mais a
De caráter consultivo, as câmaras temáticas re- representação nacional dos ramos do cooperati-
únem órgãos públicos, representantes de produ- vismo. A Diretoria da OCB passou a acompanhar
tores, consumidores, trabalhadores, entidades mais de perto esses colegiados. Todas as reuniões

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 61


EIXO 2 - FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

agora contam com a presença de um dos direto- definição de um posicionamento único quanto à
res, que participam ativamente das discussões so- interpretação da legislação cooperativista e de
bre as demandas e estratégias de ação. outros normativos, auxiliando as cooperativas na
tomada de decisões.
Formados por representantes estaduais de cada se-
tor, os conselhos consultivos são o principal canal Participação de Pessoas Jurídicas
de interlocução com os ramos. Cabe a eles ouvir as
bases e trazer os pontos que precisam ser trabalha- Formado por técnicos e assessores jurídicos da OCB
dos para o crescimento do negócio da cooperativa. e de seis unidades estaduais, o GT de Transporte
debateu a participação de pessoas jurídicas nas
Também foram designados técnicos para aten- cooperativas do ramo. Após três reuniões presen-
dimento prioritário a cada ramo de atividade. ciais e várias trocas de e-mails para compartilhar
A atuação dos conselhos consultivos está ainda informações, foi elaborada uma recomendação que
mais estruturada. Cada conselho possui um re- concilia a interpretação do texto legal à realidade
gimento interno próprio que define, entre outras do cooperativismo.
questões, sua composição e periodicidade das
reuniões. Após um mapeamento das demandas, As conclusões do grupo de trabalho
são traçados planos de ação com foco nas priori- subsidiaram uma nota técnica da OCB
dades das diferentes realidades cooperativistas.
para orientar e alertar sobre os riscos
dessa prática.

GRUPOS DE TRABALHO O normativo aponta, por exemplo, critérios para


admissão de pessoas jurídicas e sugere a inclu-
Sempre que se faz necessário aprofundar mais o de- são de cláusulas específicas no estatuto social
bate sobre um tema específico, a Casa do Coopera- da cooperativa para reger a participação desses
tivismo instala grupos de trabalho. Os GTs reúnem associados.
os técnicos e assessores das unidades nacional e
estaduais que têm conhecimento mais aprofunda- INSS do Tomador de Serviços
do do assunto em questão. A ideia é analisar a situ-
ação em diferentes ângulos e, a partir daí, apontar Outro GT reuniu representantes de cooperativas
os melhores caminhos para o cooperativismo. dos ramos trabalho, transporte e saúde para de-
bater e construir um posicionamento institucional
Em 2013, foram criados dois importantes grupos relativo ao percentual de 15% de INSS incidente no
de trabalho que subsidiaram o Sistema OCB na valor da nota de serviços das cooperativas.

. 62 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
DIA INTERNACIONAL
DO COOPERATIVISMO
O movimento cooperativista brasileiro foi home-
nageado pelo Plenário da Câmara dos Deputa-
dos, no dia 11 de julho, em uma Sessão Solene.
A iniciativa comemorou o Dia Internacional do
Cooperativismo.

Instituída pela Aliança Cooperativa Interna-


cional em 1923, a data é celebrada no mundo
inteiro sempre no primeiro sábado de julho. Em
2013, o tema escolhido foi “Cooperativas se
mantêm fortes em tempos de crise”.

Durante a Sessão Solene, parlamentares inte-


grantes da Frente Parlamentar do Cooperativis-
mo (Frencoop) fizeram questão de prestigiar o
Sistema OCB, ressaltando em seus pronuncia-
mentos a força transformadora do movimento
cooperativista para a economia do país.

Exercendo o seu papel de representar nacional-


mente o movimento cooperativista, o Sistema OCB
busca sempre aproximar-se das bases. Afinal, são
os cooperados os responsáveis pelas vitórias alcan-
çadas pelo movimento. E o projeto Portas Abertas,
lançado em 2013, é a prova de que essa aproxima-
ção vem trazendo excelentes resultados.

Já no primeiro ano, o programa


demonstrou que chegou para ser
PORTAS ABERTAS um sucesso. Alcançou cerca de
150 cooperativistas de 17 estados
Falar em cooperativismo é falar em diversidade. brasileiros. Reforçando o princípio da
É característica marcante do setor a sua multipli-
cidade, reunindo homens e mulheres de idades e
intercooperação, 10 ramos tiveram a
culturas diversas, independentemente da nacio- chance de ficar mais próximos da Casa do
nalidade ou condição social. Cooperativismo, em Brasília (DF).

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 63


EIXO 2 - FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

As cooperativas selecionadas para as sete


turmas-piloto foram as que se classificaram
EVENTOS
entre as 150 mais bem colocadas no Prêmio
Sescoop Excelência de Gestão. Durante todo o ano de 2013,
a Casa do Cooperativismo
O Portas Abertas tem como objetivo estreitar participou e apoiou a realização
o relacionamento entre o Sistema OCB, uni- de mais de 50 eventos no
dades estaduais e cooperativas brasileiras. A
Brasil e em outros países. A
intenção é mostrar que, enquanto elas estão
desenvolvendo suas atividades nas bases, as OCB também destinou R$ 389
três instituições que formam o sistema (CN- mil para patrocinar 21 ações,
Coop, OCB e Sescoop) trabalham constante- que reuniram 507 mil pessoas.
mente em prol do desenvolvimento do setor
cooperativista. Além de proporcionar o intercâmbio de
conhecimentos, esses eventos contribu-
Para tornar cada encontro um momento úni- íram para reforçar a imagem do Sistema
co, as atividades são pensadas de acordo com OCB e construir alianças em prol do mo-
o perfil de cada ramo. Por isso, as entidades delo cooperativista.
parceiras são escolhidas a dedo. As coopera-
tivas de crédito, por exemplo, vão ao Banco Um dos destaques do ano
Central e ao Centro Corporativo Sicoob. En- foi a realização do Fórum
quanto as do setor agropecuário têm visita
de Representação Política,
agendada no Ministério da Agricultura, Pe-
cuária e Abastecimento e na Empresa Bra-
que reuniu em Brasília (DF)
sileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), presidentes e superintendentes
as cooperativas do ramo trabalho assistem a das unidades estaduais do
uma palestra do Serviço Brasileiro de Apoio Sistema OCB.
às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).
Durante o evento, os participantes pu-
Sem esquecer o importante papel de repre- deram refletir sobre as tendências do
sentação política da Organização das Coo- cenário político para o cooperativismo
perativas Brasileiras, o que todas as turmas e os desafios do movimento no pro-
têm em comum é uma visita guiada ao cesso legislativo e na formulação de
Congresso Nacional. políticas públicas.

. 64 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
CONFIRA A SEGUIR OS EVENTOS QUE TIVERAM A PRESENÇA DA OCB EM 2013:

Agropecuário
Encerramento do Rally da Safra 2013, em São Paulo (SP)
Workshop de Capacitação do Programa Mais Gestão, em São Paulo (SP)
Palestra sobre Mercado de Leite – Expozebu, em Uberaba (MG)
Seminário Ameaças Fitossanitárias: Novas pragas que colocam em risco a produção de alimentos no
Brasil, em São Paulo (SP)
Workshop BMF&Bovespa – Perspectivas
para o Agribusiness 2013 e 2014, em São Paulo (SP)
Seminário do Observatório do Clima – REDD, em Brasília (DF)
II Encontro de Pecuária Leiteira da Scot Consultoria, em Ribeirão Preto (SP)
12º Congresso da Associação Brasileira do Agronegócio (Abag), em São Paulo (SP)
III Congresso Iberoamericano de Suinocultura, em Gramado (RS)
Workshop de Classificação de Grão de Descontos de Soja, em Brasília (DF)
13º Simpósio Internacional sobre Produção Competitiva de Leite (Interleite), em Uberlândia (MG)
I Encontro Panamericano de Jovens Produtores de Leite, em Colônia del Sacramento, no Uruguai
Desafio 2015 – Inovação, agricultura e alimentos para o futuro sustentável, em São Paulo (SP)
Workshop -  Formas de Integração das Cooperativas Paulistas, em São Paulo (SP)
1° Workshop Brasil de Educação e Segurança no Campo, em Brasília (DF)
2º Seminário Internacional de Seguro Rural, em Piracicaba (SP)
Seminário Gestão dos Gases de Efeito Estufa: um novo mercado para as empresas, em Brasília (DF)
Workshop Embrapa – Agropensa, em Brasília (DF)
Exchange Meio Ambiente – O novo Código Florestal: instrumentos econômicos, em São Paulo (SP)

Consumo
Seminário dos Presidentes e Dirigentes do Ramo Consumo do Estado de São Paulo, em São Paulo (SP)

Crédito
I Fórum Mato-grossense de Cooperativas de Crédito, em Cuiabá (MT)
Seminário Internacional Regulación y Supervisión de Cooperativas de Ahorro y Crédito en América Latina y el
Caribe, em São Paulo (SP)
XII Fórum de Aspectos Legais do Cooperativismo, com ênfase no Ramo Crédito, em São Paulo (SP)
World Credit Union Conference 2013, em Otawa, Canadá.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 65


EIXO 2 - FORTALECIMENTO INSTITUCIONAL

Crédito
XVIII Fórum Ibero-Americano de
Sistemas de Garantias e Financiamento para Micro e Pequenas Empresas, no Rio de Janeiro (RJ)
II Encontro Paraibano de Cooperativas de Crédito, em Campina Grande (PB)
V Fórum sobre Inclusão Financeira do Banco Central do Brasil, em Fortaleza (CE)

Educacional
Fórum das Cooperativas Educacionais, no Rio de Janeiro (RJ)

Infraestrutura
XXXIII Encontro Nacional da Infracoop, em Florianópolis (SC)
Seminário Fecoergs, em Porto Alegre (RS)
Seminário Resolução 414 da Aneel, em Porto Alegre (RS)

Mineral
II Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável, em Brasília (DF)
II Seminário sobre Inovação em Geologia, Mineração e Transformação Mineral, em Brasília (DF)
Fórum do Ramo Mineral do Sistema OCB/MT, em Cuiabá (MT)
X Seminário e VII Encontro da Rede APL Mineral, em Vitória (ES)
Seminário sobre Minerais Estratégicos e Terras Raras, em Brasília (DF)

Saúde
Fórum Político do Sistema Unimed, em Brasília (DF)
V Fórum Nacional sobre Inovação Tecnológica na Área de Saúde no Brasil, em Brasília (DF)
Fórum Jurídico, Contábil e Tributário da Unimed Paraíba, em João Pessoa (PB)
22º Seminário Nacional Jurídico, Contábil, Atuarial e Financeiro do Sistema Unimed, em São Paulo (SP)
Workshop Uniodonto do Brasil, em São Paulo (SP)
VI Fórum de Cooperativismo Médico do CFM, em Brasília (DF)
V Fórum Nacional sobre Políticas de Saúde no Brasil, em Brasília (DF) 
I Seminário das Cooperativas de Especialidades Médica do Espírito Santo, em Vitória
Seminário ANS – As Mudanças Demográficas e seus Impactos sobre a Saúde Suplementar, no Rio de
Janeiro (RJ)
43ª Convenção Nacional Unimed, em Belo Horizonte (MG)
23ª Convenção Nacional Uniodonto, em Manaus (AM)

. 66 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
Saúde
II Simpósio Unimed ES, MG e RJ, em Vitória (ES)
V Fórum Nacional de Políticas sobre Medicamentos no Brasil, em Brasília (DF)
Seminário de Cooperativas de Saúde das Américas

Trabalho
Fórum Mato-grossense de Cooperativas de Trabalho, em Cuiabá (MT)
Seminário IDP – Mesa sobre Cooperativismo e Trabalho, em Brasília (DF)
Seminário Alusivo ao Primeiro Aniversário da Lei nº 12.690/2012, no Rio de Janeiro (RJ)

Transporte
5º Seminário Estadual das Cooperativas de Transporte do Espírito Santo, em Vitória
2º Encontro Setorial das Cooperativas de Transporte de Goiás
IV Seminário de Transporte Cooperativo do Rio Grande do Sul, em Arroio do Meio
Fórum das Cooperativas do Ramo Transporte do Paraná, em Curitiba
Fórum do Ramo Transporte do Mato Grosso, em Cuiabá

Todos os Ramos
I Seminário de Direito Cooperativo, em Manaus (AM)

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 67


PALAVRA DA DIRETORIA

ENSINAR A COOPERAR É SEMEAR


O PROGRESSO RESPONSÁVEL

F
alar em desenvolvimento sustentável
é falar do cooperativismo, da força de
um movimento que, ao unir pessoas,
conjuga crescimento econômico, justiça so-
cial e uso consciente de recursos naturais e
humanos. Cooperar é encontrar forças para
transformar a realidade, atuar em parceria,
subverter uma ordem dominante injusta.
Cooperar é oportunizar, desenvolver, susten-
tar as bases de um mundo melhor.

A Organização das Cooperativas Brasileiras


(OCB) representa, defende e promove o sis-
tema cooperativista, em todas as instâncias
políticas e institucionais. Defende, acima
de tudo, as verdadeiras cooperativas que in-
JOÃO NICÉDIO ALVES NOGUEIRA tegram esse sistema, por meio de educação,
Presidente do Sistema OCB/CE
Diretor representante da Região Nordeste orientação e assessoramento.

Trabalhar no cooperativismo trata-se de


uma nobre missão porque ensinar um
homem a cooperar é depositar a semen-
te do progresso responsável. Os frutos
nunca tardam e sempre trazem consigo
a esperança de dias mais justos e de uma
sociedade mais sustentável.

. 68 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
EIXO 3 – SERVIÇOS

OBJETIVOS ESTRATÉGICOS: atender, cada vez melhor, às demandas do setor.


Os olhares estão sempre atentos às experiências
bem-sucedidas. A ideia é divulgar para todo o
◗ Produzir e disseminar conhecimentos de alta país o que tem dado certo em uma região, de
relevância para o cooperativismo brasileiro modo a disseminar conhecimento e incentivar
◗ Identificar e disseminar soluções as boas práticas.
compartilhadas e boas práticas
Em temas que suscitam debates, seguindo uma
◗ Preparar e desenvolver lideranças do sistema linha de construção participativa dentro dessa
cooperativo visão sistêmica, o Comitê Jurídico do Sistema de-
◗ Assegurar a oferta adequada de formação sempenha um importante papel. Ao estudar ques-
gerencial e profissional às OCEs, cooperativas tões legais, busca, por meio do diálogo franco, a
e seus cooperados unificação do discurso.

Outro serviço de destaque é o Mapa de Decisão,


Para atender cada vez melhor às demandas do Sis- ferramenta que apresenta, aos dirigentes, estudos
tema, a Organização das Cooperativas Brasileiras sobre o cenário político nacional, apontando os
(OCB) empenha-se em gerar e divulgar conheci- reflexos de situações no cooperativismo brasileiro.
mento às unidades estaduais e também às coo-
perativas. Tendo como foco as premissas que nor- Essas e outras ações, como o diagnóstico do ramo
teiam as ações desta gestão sistêmica e inovadora, educacional e o relatório mensal de atividades,
a OCB promove visitas técnicas a cooperativas dos comprovam a responsabilidade da OCB frente a
diversos ramos, nas mais variadas localidades. todo o Sistema. Transmitir conhecimentos, apre-
sentar resultados e propor melhoria de gestão é
O objetivo é fazer uma imersão no universo co- manter o compromisso com o desenvolvimento do
operativista e se utilizar dessa bagagem para cooperativismo.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 69


EIXO 3 – SERVIÇOS

COMITÊ JURÍDICO RELATÓRIO


DO SISTEMA OCB MENSAL
Uma ação marcante de 2013 foi a instalação do

117
Comitê Jurídico do Sistema OCB, com o propó-
sito de ampliar e fortalecer a representativida-
de e a capacidade de agregação dos interesses Média de
cooperativos. Composto por 47 advogados, den- ações estratégicas por mês
tre os quais os gerentes e analistas dos jurídicos
indicados pela OCB, CNCoop, Sescoop e por 21
unidades estaduais, o Comitê pretende alinhar Um instrumento de prestação de contas
o entendimento a respeito de questões sistêmi- que reafirma uma gestão pautada pela
cas, unificando discursos em busca de consenso. transparência, pelo foco em resultados e
pela mensuração. Assim pode ser defi-
Em sua primeira reunião, os participantes defi- nido o relatório mensal elaborado pela
niram os temas prioritários para debate. Foram OCB e distribuído aos diretores, repre-
criados Subcomitês Temáticos, coordenados sentantes dos ramos e dirigentes das
pela Assessoria Jurídica da OCB e integrados unidades estaduais. Nele, é possível
pelas demais unidades estaduais que se candi- encontrar todas as ações desenvolvidas
dataram ao debate de cada assunto. ao longo do mês, o que possibilita às
lideranças acompanhar a evolução dos
Ao longo do segundo semestre, foram debati- projetos. A partir dessa análise, é pos-
dos os seguintes Subcomitês Temáticos: Lei nº sível propor novas estratégias para o
12.690/2012, reforma da Instrução Normati- cumprimento das metas, o que fortalece
va 101 do Departamento Nacional de Registro o relacionamento com a base.
Comercial, reformulação do convênio da contri-
buição cooperativista e as novas resoluções do Com o relatório mensal, a OCB envia o
Ministério Público sobre Termos de Ajustamento plano de ação dos ramos, com as respec-
de Conduta (TAC). Em novembro de 2013, as tivas atualizações mensais. O objetivo
discussões do Comitê Jurídico, antes coordena- é conferir maior efetividade ao planeja-
das por e-mail, passaram a contar com um fó- mento dos conselhos consultivos – que
rum virtual, uma ferramenta desenvolvida pela são um importante canal de interlocu-
OCB para facilitar os debates via web. ção com as cooperativas.

. 70 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
CÓDIGO
FLORESTAL
Com esse olhar atento às necessidades
da base, para disseminar o novo Código
Florestal no meio cooperativista, o Sis-
tema OCB elaborou uma cartilha sobre
o tema que foi distribuída em oficinas
estaduais. A Cartilha Cooperação Am-
biental – o desafio de preservar e pro-
duzir apresenta o balanço do primeiro
ano do Código Florestal, destacando as
principais inovações que ele trouxe.

Outra fonte importante


de divulgação é o
blog Cooperação Ambiental.
No endereço 
www.cooperacaoambiental.
coop.br, as cooperativas
descobrem as vantagens de
aderir ao novo código e podem
tirar dúvidas sobre como se
adequar à legislação. Além de
todo o arcabouço legal, o blog
traz vídeos e notícias sobre o
processo de implantação do
Código Florestal.

Oficinas – Em parceria com o Ministé-


rio do Meio Ambiente, a OCB promoveu
oficinas cooperativas para divulgar e
facilitar a implantação do Cadastro
Ambiental Rural (CAR) nos estados. O
instrumento é obrigatório para a regu-
larização das áreas rurais com passivo
ambiental.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 71


EIXO 3 – SERVIÇOS

MAPA DE DECISÃO Ao todo,

Acompanhar os movimentos políticos no país faz


parte do trabalho da OCB. Uma ferramenta de
grande importância estratégica é o Mapa de Deci-
são, que indica oportunidades e desafios do cenário
142
cooperativas
político nacional para o setor cooperativista. Apre- educacionais, de
sentado de forma simples e direta a presidentes e

18
superintendentes das unidades estaduais, parla-
mentares e assessores legislativos, o Mapa de De-
cisão obedece a critérios metodológicos da ciência
política, mostrando também as tendências de mer- unidades da Federação,
cado e a conjuntura econômica. participaram da pesquisa. O
percentual de participação –
Em 2013, foram elaboradas três edições do mapa:
a primeira abordou as manifestações realizadas que corresponde a
em todo o país durante o mês de junho; a segun-
da tratou da reforma política; e a terceira debateu
a aliança entre Eduardo Campos e Marina Silva.
47%
do total de cooperativas
DIAGNÓSTICO educacionais – é bastante
significativo para pesquisas
DO RAMO feitas pela internet.
EDUCACIONAL 
A ideia partiu do
Em parceria com as organizações estaduais, a OCB Conselho Consultivo do
promoveu a 1ª Rodada do Diagnóstico do Ramo
Educacional. O objetivo é contar com dados que au-
Ramo Educacional e foi
xiliem o trabalho de representação, resultando em abraçada pela Casa do
mais ganhos para o segmento. Cooperativismo.

. 72 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
Os dados preliminares Dividido em duas fases, o Diagnóstico do Ramo Educa-
apontam que mais da metade cional quer fazer uma espécie de radiografia do coope-
rativismo voltado à educação, entender a composição,
das cooperativas de os tipos de cooperativas existentes (ex.: de alunos, pais,
educação têm entre 10 e professores, funcionários), os desafios e prioridades. Es-
24 anos de existência. A ses dados atualizados vão subsidiar a OCB nas ações de
movimentação financeira de defesa dos interesses do cooperativismo educacional.

79%
A segunda etapa do diagnóstico, que será realizada em
2014, vai focar em questões mais específicas referen-
tes à tributação e demandas judiciais, por exemplo. O
objetivo da OCB é estender essa metodologia de pes-
delas, em 2012, chegou a
quisa aos outros ramos, começando pelo consumo.

R$ 2,4 VISITAS TÉCNICAS


milhões. Nesse contexto, conhecer mais de perto as diferentes fa-
cetas do cooperativismo brasileiro é fundamental para
Destaque para o entender melhor as necessidades do setor. Com apoio
das unidades estaduais, a Organização das Cooperativas
envolvimento da direção das Brasileiras tem feito um verdadeiro trabalho de imersão
cooperativas na pesquisa. Em nas cooperativas dos diversos ramos, por meio de visitas
técnicas. Essa experiência permite colher informações

80%
para afinar a sintonia entre a atuação da entidade na-
cional e a realidade vivenciada pelas cooperativas.

dos questionários, as respostas Em visitas técnicas, as equipes da OCB podem conferir


as várias formas de gestão e operacionalização das co-
foram dadas pelo presidente,
operativas, se aprofundar nas particularidades de cada
diretores ou representantes do ramo e até nas especificidades que existem dentro de
conselho administrativo. um mesmo ramo.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 73


PALAVRA DA DIRETORIA

PROFISSIONALIZAÇÃO EM BUSCA DE
MAIS AGILIDADE E EFICIÊNCIA

A
transformação do modelo
de governança adotado
pelo Sistema OCB, com
foco na profissionalização, trou-
xe mais agilidade e eficiência às
ações de defesa e promoção do
sistema cooperativista.

Desde a diretoria até as equipes


técnicas e de apoio de cada ge-
rência, a motivação que envolve a
Casa do Cooperativismo é uma só:
contribuir para que as organiza-
ções estaduais, cooperativas e coo-
perados superem as dificuldades e
alcancem resultados mais expres-
sivos a cada dia.

PETRUCIO MAGALHÃES JÚNIOR O olhar está sempre voltado para as


Presidente do Sistema OCB/AM metas e os desafios cotidianos do
Diretor representante da Região Norte
movimento cooperativista, acom-
panhando de perto os trabalhos
desenvolvidos pelas organizações
estaduais e apontando os melhores
caminhos e soluções para fortalecer
as cooperativas brasileiras.

. 74 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
EIXO 4 – ORGANIZAÇÃO
E GESTÃO
OBJETIVOS ESTRATÉGICOS: O baixo índice de desligamentos de
funcionários é um forte indicativo de
◗ Ampliar a atuação em redes (internas e que a entidade está no rumo certo. A
externas). movimentação média anual de 2013
◗ Atrair, desenvolver e reter profissionais nas ficou em 1,96%, ou seja, dentro dos
competências críticas para os objetivos e parâmetros das organizações para
desafios estratégicos da organização. renovar a sua força de trabalho.
◗ Ampliar e diversificar as fontes de recursos.

◗ Modernizar, profissionalizar e agilizar a gestão. Em 2013, a Casa do Cooperativismo buscou inovar nas
estratégias de seleção de pessoal, capacitação, educa-
De nada adianta planejar estrategicamente e es- ção corporativa, reconhecimento profissional, atenção
tabelecer metas ambiciosas se não houver uma à saúde, qualidade de vida, gestão do conhecimento
equipe qualificada e disposta a encarar os desafios. e clima organizacional. Algumas dessas ações se es-
O sucesso de qualquer plano de trabalho é direta- tenderam, inclusive, às famílias dos funcionários. Com
mente proporcional ao empenho daqueles que vão essa política interna, a OCB quer criar um ambiente
executá-lo. Por essa razão, o investimento contínuo institucional cada vez mais positivo e atraente, no qual
no chamado capital humano é uma das prioridades as pessoas possam expandir seus talentos e aplicá-los
da Organização das Cooperativas Brasileiras. com desenvoltura em prol da causa cooperativista.

Na área da gestão de pessoal, a OCB atua em três fren- Mas também de nada adianta planejar se não
tes principais: atração, desenvolvimento e retenção de houver um monitoramento eficaz das metas dos
profissionais com as competências necessárias para indicadores relacionados à execução do plano de
ajudar a organização a alcançar seus objetivos. trabalho, bem como o desenvolvimento de me-

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 75


EIXO 4 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

todologia capaz de mensurar resultados, sempre Os bons resultados alcançados no ano refletem
sob a ótica sistêmica. o desempenho de todos os colaboradores, inde-
pendentemente da função que ocupam. Cada
Isso tem sido feito pela OCB com maestria. O plano jogador, em sua respectiva posição, contribuiu
de trabalho é desenvolvido a partir de entrevistas com com belos passes para os vários gols marcados
gestores e coordenadores da unidade nacional e apro- pela organização.
vado em Assembleia Geral Ordinária; os fóruns de
presidentes, superintendentes e dirigentes garantem
uma atuação integrada e subsidiam o monitoramento Revisão da Estrutura
de indicadores; cada ramo tem suas ações acompa-
Organizacional
nhadas de perto. É a garantia de uma atuação parti-
cipativa e alinhada com os princípios cooperativistas.
Com a implantação de um novo modelo de go-
vernança na unidade nacional onde a superin-
tendência passou a ser unificada, a exemplo da
ESTRUTURA presidência, a estrutura organizacional da Casa
do Cooperativismo precisou ser revisada para se
ORGANIZACIONAL adequar à nova proposta de atuação sistêmica e
integrada. Essa mudança se refletiu nas compe-
Capital Humano tências das áreas técnicas e, consequentemente,
nas atribuições das funções do plano de cargos,
A OCB encerrou 2013 com uma força de carreiras e salários que foram adaptadas aos no-
vos processos de trabalho.
trabalho formada por 65 colaboradores,
sendo 46 efetivos, 2 estagiários e 17 A Gerência de Relações Institucionais da OCB, por
terceirizados, que atuam em projetos e exemplo, passou a atuar também pelo Sescoop de
atividades de apoio. forma compartilhada. Já a Gerência de Planeja-
mento incorporou a Assessoria de Planejamento
De modo semelhante aos esportes coletivos, a re- e a Assessoria em Gestão Estratégica do Sescoop
gra de ouro da Casa do Cooperativismo é o traba- para atender as três instituições do Sistema OCB.
lho em equipe. E o Time OCB entrou em campo Nessa nova estrutura também foi criada a Gerên-
com muita vontade de vencer. cia de Controladoria.

. 76 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
Processos Seletivos

O Sistema OCB constantemente


promove atividades para atrair novos
talentos. Em 2013, foram realizados
TIME OCB EM CAMPO 11 processos seletivos em busca de
profissionais com diferentes perfis. Ao
Colaboradores todo, foram contratadas 13 pessoas.
efetivos:
Esses profissionais mostraram que agregam
dois executivos
conhecimento, habilidades e atitudes necessá-
(presidente e rias para atuar nas áreas de apoio, representa-
superintendente), uma ção e defesa do cooperativismo brasileiro.
gerente-geral, quatro
gestores/assessores, As pratas da casa também são
três coordenadores, 25 valorizadas com a perspectiva
analistas, 10 técnicos e de ascensão na carreira. Três
um auxiliar. colaboradores foram promovidos em
2013 para cargos de confiança: uma
Colaboradores para o cargo de gerente e outros dois
terceirizados: para coordenações.

12 nos serviços gerais, Os profissionais recém-contratados partici-


dois jovens aprendizes, param do Programa de Integração de Novos
um na área de Colaboradores. Além de conhecer o ambien-
te de trabalho, eles tiveram a oportunidade
contabilidade e dois de aprender mais sobre a atuação da OCB,
no projeto da Apex os benefícios oferecidos aos funcionários e
Brasil. as perspectivas de crescimento na carreira.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 77


EIXO 4 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

83
Os colaboradores fizeram ainda um curso bá-
sico sobre cooperativismo e, ao final, puderam
conferir de perto a estrutura e o funcionamen-
to de uma cooperativa. capacitações, totalizando

Desenvolvimento Profissional
1.455
horas de cursos e

1.368 participações.

Uma das maiores conquistas do ano foi o


lançamento do Programa Cooptências, que
reúne todo um leque de ações para avalia-
ção profissional e desenvolvimento de com-
19
bolsas de estudos, sendo
petências técnicas e gerenciais. O slogan
quatro de graduação, seis
“Investindo em um time de primeira” mos-
tra bem o objetivo do programa: formar uma de pós-graduação e nove de
equipe de profissionais cada vez mais capa- idiomas.
citados, motivados e comprometidos.

O alto investimento em capacitações refle-


te no perfil acadêmico dos colaboradores da
OCB. Atualmente, metade do quadro funcio-
nal da entidade é composto por profissionais
10
sessões de coaching com dois
com formação superior completa, 21% conclu-
gestores e perspectiva de
íram o ensino médio, 19% têm especialização
e 6% possuem mestrado. extensão para os demais.

. 78 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
Gestão por Competências

Com a finalidade de identificar as contribuições


de cada colaborador para o alcance dos resultados
institucionais, assim como as oportunidades de
melhoria no desempenho funcional, a OCB realizou
o Ciclo de Avaliação de Competências e Desempe-
nho, referente ao período 2012/2013.

O processo teve início com a sensibilização dos


colaboradores sobre a importância da metodo- Encontros de
logia para direcionar as ações de capacitação, a Alinhamento
movimentação na carreira e até a remuneração.
A avaliação levou em conta as análises do ges- Com a perspectiva de desenvolver os
tor imediato e também do próprio colaborador colaboradores alocados nas unidades
(autoavaliação). Ao final, os resultados consoli- estaduais, foram realizados 15
dados subsidiaram a elaboração dos planos de encontros de alinhamento envolvendo
desenvolvimento de competências individuais e 467 executivos e técnicos. As 219 horas
de educação corporativa. de atividades incluíram momentos de
capacitação, orientação, apresentação
Nos estados – Dentro da visão sistêmica, a mes-
de trabalhos e estudos sobre temas
ma metodologia de avaliação por competências e
como gestão e liderança, tecnologia da
desempenho aplicada aos colaboradores da OCB
informação, avaliação de desempenho
nacional foi levada para os estados.
e competências e organização do
quadro social.
Ao todo, 21 OCEs aderiram ao Projeto
Gestão por Competências nas unidades Os encontros de alinhamento, que
estaduais. também são uma oportunidade
para trocas de experiências,
Além de receber instruções sobre como aplicar ajudam a aumentar a sinergia
a metodologia e treinar os avaliadores, a Casa do entre as unidades, respeitando
Cooperativismo ajudou as organizações estaduais as particularidades de cada uma
a fazer um diagnóstico do modelo vigente de ges- delas. Dentre os vários encontros de
tão de pessoas. A partir da definição das cadeias alinhamento realizados em 2013,
de valor foram estabelecidas as estruturas organi- destaque para o Fórum de Presidentes,
zacionais e o dimensionamento da força ideal de Superintendentes e Dirigentes do
trabalho, assim como o planejamento das carreiras Sistema OCB e o Programa Nacional
e perfis de competências e a definição de cargos, de Desenvolvimento de Líderes e
funções, salários e diretrizes para enquadramento e Executivos.
desenvolvimento profissional.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 79


EIXO 4 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

FÓRUNS DE E para consolidar todas as reflexões dos


Fóruns Regionais sobre os rumos do Siste-
PRESIDENTES, ma OCB e pactuar uma agenda de compro-
missos, foi realizada, em julho, a primeira
SUPERINTENDENTES edição do Fórum Nacional de Presidentes,
E DIRIGENTES Superintendentes e Dirigentes do Sistema
OCB, em Brasília.
Com o objetivo de discutir com as bases as
questões mais importantes para o cooperati-
vismo brasileiro, com vistas à elaboração dos Painel de Indicadores
planos de trabalho do Sistema OCB, foram re- Sistêmico
alizadas duas rodadas regionais do Fórum de
Presidentes, Superintendentes e Dirigentes. Os fóruns, verdadeiros espaços de construção
com as bases, representam um avanço na
Em janeiro de 2013, os eventos foram realiza- gestão e organização do cooperativismo. En-
dos em São Paulo, Curitiba e Campo Grande, tretanto, faltava uma ferramenta para moni-
complementando as reuniões promovidas em torar não apenas essas demandas, como os
dezembro do ano anterior, em Manaus e em processos, os produtos e os resultados. E foi
Fortaleza. pensando nisso que se estruturou o Painel de
Indicadores Sistêmico, com o detalhamento
Da segunda rodada, no final de 2013, parti- dos atributos de cada indicador, com as suas
ciparam 171 presidentes, superintendentes, respectivas metas e responsáveis, tanto na
dirigentes, representantes dos ramos e téc- unidade nacional quanto nas estaduais, para
nicos do Sistema OCB, oportunidade em que o biênio 2013-2014.
foi possível avaliar a execução das demandas
apresentadas no início do ano, bem como for- Com esse instrumento, principal inovação e
mular as iniciativas prioritárias para 2014, um dos destaques do planejamento da OCB
informações que subsidiaram a elaboração do em 2013 e que foi construído com presiden-
Plano Estratégico Sistêmico 2015-2020. tes e superintendentes regionais indicados
nos fóruns, viabilizou-se aos gestores – em
O conteúdo dos fóruns foi consolidado qualquer instância – monitorar e avaliar as
em cinco relatórios regionais, por edição. ações realizadas.

. 80 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
DESENVOLVIMENTO
DE LÍDERES E
EXECUTIVOS
Em parceria com o Sebrae Nacional, o Sistema
OCB lançou, em 2013, o Programa Nacional
de Desenvolvimento de Líderes e Executivos.
O primeiro módulo da etapa nacional, realiza-
do em Brasília (DF) no mês de novembro, con-
tou com a participação de superintendentes prática. Com o sistema, vários procedimen-
de 24 unidades estaduais. tos foram automatizados – recrutamento,
seleção, treinamento, avaliação de desempe-
A iniciativa ofereceu aos participantes a opor- nho, medicina e segurança do trabalho, além
tunidade de vivenciar experiências de aperfei- da disponibilização de serviços aos colabo-
çoamento técnico, de gestão e de governança, radores, entre eles contracheques, informe
por meio de encontros, seminários e visitas a de rendimentos e programação de férias, por
órgãos do poder público e entidades parceiras. meio do Portal Gestão de Pessoas.

Os superintendentes inscritos no primeiro mó- Business Intelligence – Outra ação importante


dulo puderam conhecer de perto o trabalho adotada pela OCB na área gerencial foi a aplica-
ção da metodologia Business Intelligence (BI).
de instituições de excelência nacional, como o
Trata-se de uma ferramenta que facilita o reco-
Sebrae, a Embrapa, a Confederação Sicoob, o
lhimento e a análise de dados armazenados em
Bancoob e o Banco Central.
diferentes sistemas de informação das empresas
para subsidiar a tomada de decisões. A adoção do
BI na área administrativa permitiu analisar, entre
NOVAS outras questões, o índice de horas trabalhadas, o

TECNOLOGIAS perfil do quadro efetivo e o impacto das despesas


com pessoal no orçamento da entidade.
DE GESTÃO
A OCB constantemente está em busca Mapeamento de Processos
de novas tecnologias de gestão que
Em 2013, a OCB executou um trabalho de ma-
tragam mais agilidade e segurança peamento e modelagem de alguns processos
aos processos de trabalho. que envolvem a atuação da entidade. Em li-
nhas gerais, o objetivo foi identificar o pas-
O sistema operacional RM Totvs de Gestão so a passo da execução desses processos de
de Pessoas, adotado em 2013, é um exemplo trabalho, as interfaces com outras áreas e as
das inovações que têm sido colocadas em ferramentas utilizadas.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 81


EIXO 4 – ORGANIZAÇÃO E GESTÃO

Essa análise cuidadosa embasou a elaboração Painel de Entregas. Nele, estão consolidados os
de planos de trabalho para implantação de produtos e entregas pactuados para o exercício de
melhorias visando à padronização de proces- 2013, o que possibilitou acompanhar a execução
sos e ao compartilhamento de conhecimento das metas e avaliar a execução das prioridades.
entre as áreas técnicas.

Execução Orçamentária
PLANEJAMENTO A OCB desenvolveu uma metodologia que faci-
litou o monitoramento da execução orçamentá-
ria, para tomada de decisão, bem como acelerou
Plano de Trabalho esse processo. A ferramenta, utilizada nas reuni-
ões mensais da diretoria, possibilitou o acompa-
O Plano de Trabalho da OCB de 2013 resultou
nhamento e a análise mensal das decisões to-
de amplo processo de articulação de parcerias
madas pelos dirigentes e demais interessados.
internas e externas, tendo como premissa a
simplicidade.

A partir de entrevistas com gestores e coordena- Projeções das Receitas


dores da unidade nacional, chegou-se a 51 ini- e Despesas 2013-2020
ciativas, vinculadas a 11 objetivos do Plano Es-
tratégico 2009-2013. Depois de validado pela Trata-se de um estudo que forneceu à diretoria
diretoria, o Plano foi aprovado em Assembleia executiva da Unidade Nacional uma visão pros-
Geral Ordinária. pectiva do panorama econômico-financeiro da
OCB para o período 2013-2020.

Painel de Entregas
Fluxo de Aquisição e Compras
Outra ferramenta que facilitou o monitoramento
dos indicadores vinculados aos planos de traba- A especificação do fluxo de aquisição e compras
lho das gerências e coordenações da OCB foi o da Organização das Cooperativas Brasileiras é

. 82 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ESTRATÉGICOS
RESULTADOS
mais uma ferramenta que integra processos e da equipe repercute diretamente na qualida-
sistemas corporativos, dentro do propósito de de do trabalho executado. Preocupada com a
modernizar, profissionalizar e agilizar a gestão. qualidade de vida dos colaboradores, a enti-
dade oferece uma série de benefícios (auxí-
O fluxo, criado com a participação de diversas áre- lio-creche, seguro de vida, planos de saúde e
as da OCB, busca aprimorar o monitoramento da odontológico) e incentiva a adoção de práti-
tramitação de todas as compras de bens e serviços. cas saudáveis.

Por meio dele, é possível monitorar a execução O Programa de Qualidade de Vida foi remode-
do orçamento da instituição e otimizar o acom- lado em 2013 e agora tem um enfoque mais
panhamento de todas as compras e aquisições. abrangente. As estratégias envolvem não
apenas a prevenção de doenças, mas o estí-
Plano de Ação dos Ramos mulo a atividades físicas e mudanças de hábi-
tos prejudiciais à saúde do corpo e da mente.
Para conferir maior efetividade ao planejamen-
to dos conselhos consultivos dos ramos, que são Dentre as ações realizadas no ano estão a
o maior canal de interlocução com as coopera- Campanha de Vacinação contra Gripe, a ofer-
tivas, e uniformizar sua atuação em níveis esta- ta de exames médicos preventivos e o apoio à
dual, regional e nacional, a OCB estruturou uma 13ª edição dos Jogos de Integração Coopera-
metodologia capaz de definir responsabilidades tivista (Cooperjogos), realizados em novem-
e prazos, monitorar as ações planejadas e divul- bro pela OCDF.
gar resultados. É mais um instrumento utilizado
para ampliar a representatividade e a capacida- Para promover uma integração maior dos
de de agregação de interesses corporativos. colaboradores, a OCB realizou em 2013 vá-
rios eventos para celebrar datas especiais:
Aniversariantes do Mês, Dia Internacional da
Mulher, Páscoa, Dia das Mães, Dia dos Pais,
QUALIDADE DE VIDA Dia da Criança; Arraiá Cooperativo; e confra-
ternização de fim de ano, seguida de visita a
A experiência acumulada pela OCB em mais uma instituição de apoio aos idosos para en-
de quatro décadas comprova que o bem-estar trega de doações.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 83


RESULTADOS
FINANCEIROS
. 86 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013
O cooperativismo, por ser um modelo

FINANCEIROS
socioeconômico que prevê atuação baseada em

RESULTADOS
valores como igualdade, equidade e solidariedade,
tem o compromisso de melhorar a qualidade de
vida não só dos cooperados e funcionários, mas da
comunidade na qual está inserido.

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 87


. 88 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013
FINANCEIROS
RESULTADOS

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 89


. 90 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013
FINANCEIROS
RESULTADOS

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 91


. 92 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013
FINANCEIROS
RESULTADOS

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 93


. 94 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013
FINANCEIROS
RESULTADOS

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 95


. 96 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013
FINANCEIROS
RESULTADOS

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 97


ANEXOS
CONTATOS DO Goiás – OCB/GO

SISTEMA OCB Sindicato e Organização das Cooperativas


Brasileiras no Estado de Goiás
Av. H com Rua 14, n° 550 - Jardim Goiás
74810-070 - Goiânia - GO
Unidade Nacional Tel: (62) 3240-2600
Fax: (62) 3240-2602
Organização das Cooperativas Brasileiras - OCB Home Page: www.ocbgo.org.br
Setor de Autarquias Sul, Quadra 04, Bloco “I” E-mail: ocbgo@ocbgo.org.br
70070-936 – Brasília-DF
Tel.: (61) 3217-2119 Mato Grosso – OCB/MT
Fax: (61) 3217-2121
Home Page: www.brasilcooperativo.coop.br Sindicato e Organização das Cooperativas
E-mail: ocb@ocb.coop.br Brasileiras no Mato Grosso
Rua 2, Quadra 4, Lote 3, Setor A, Centro Político
Região Centro-Oeste Administrativo (CPA)
78049-050 – Cuiabá-MT
Distrito Federal – OCDF Tel.: (65) 3648-2400
Fax: (65) 3644-2306
Sindicato e Organização das Home Page: www.ocbmt.coop.br
Cooperativas do Distrito Federal E-mail: secretaria@ocbmt.coop.br
Setor Comercial Sul Quadra 4, Bloco “A”,
Sala 218/222, Ed. Embaixador Mato Grosso do Sul – OCB/MS
70300-907 – Brasília - DF
Tel: (61) 3345-3036 Sindicato e Organização das Cooperativas
Fax: (61) 3245-3121 Brasileiras no Mato Grosso do Sul
Home Page: www.dfcooperativo.coop.br Rua Ceará, 2245 – Vila Célia
E-mail: ocdf@ocdf.org.br 79022-390 – Campo Grande-MS
Tel.: (67) 3389-0200
Fax: (67) 3389-0221
Home Page: www.ocbms.org.br
E-mail: ocbms@ocbms.org.br

. 100 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ANEXOS
Região Norte Pará – OCB/PA

Acre – OCB/AC Sindicato e Organização das Cooperativas


Brasileiras do Estado do Pará
Organização das Cooperativas do Estado do Acre Tv. Humaitá nº 2778, próximo à
Rua Coronel Alexandrino, 580, salas 05 a 08 Av. João Paulo II - Bairro do Marco
Bairro Bosque 66093-040– Belém-PA
69909-730 - Rio Branco-AC Tel.: (91) 3226-5280/3226-4140
Tel.: (68) 3224-9151 / 3223-8189 / 3223-7697 Fax: (91) 3226-5014
Fax: (68) 3223-8189 Home Page: www.paracooperativo.coop.br
E-mail: sescoop.ac@globo.com E-mail: secretaria@paracooperativo.coop.br

Amapá – OCB/AP Rondônia – OCB/RO

Sindicato e Organização das Cooperativas Sindicato e Organização das Cooperativas


do Estado do Amapá Brasileiras no Estado de Rondônia
Rua Jovino Dinoá, 1770, 3º andar - Centro Rua Quintino Bocaiúva, n° 1671, Bairro São Cristovão
68900-075 – Macapá-AP 76804-076 – Porto Velho-RO
Tel.: (96) 3223-0110 Tel: (69) 3229-2866 / 3224-6116 / 3229-2866
Fax: (96) 3223-0110 Fax: (69) 3229-4475
Home Page: www.sescoop-ap.coop.br Home Page: www.ocb-ro.org.br
E-mail: ocb-ap@uol.com.br E-mail: ocb-ro@uol.com.br

Amazonas – OCB/AM Roraima – OCB/RR

Sindicato e Organização das Cooperativas Sindicato e Organização das Cooperativas


do Estado do Amazonas Brasileiras no Estado de Roraima
Avenida Japurá, 241 – Centro Avenida Major Williams, 1018 – São Francisco
69025-020– Manaus-AM 69305-110 – Boa Vista-RR
Tel: (92) 3611-2226 Tel.: (95) 3623-2912 / 3623-2312
Fax: (92) 3631-8518 Fax: (95) 3623-0978
Home Page: www.ocbam.coop.br Home Page: www.ocbrr.coop.br
E-mail: secretariaam@ocbam.coop.br E-mail: sescooprr@yahoo.com.br

RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 101


Tocantins – OCB/TO Ceará – OCB/CE

Sindicato e Organização das Cooperativas Sindicato e Organização das Cooperativas


no Estado do Tocantins Brasileiras no Estado do Ceará
Avenida JK, 110 Norte, Lote 11 - Centro Rua Ildefonso Albano, 1585 - Salas 02/04 Aldeota
77006-130 – Palmas-TO 60115-000 – Fortaleza-CE
Tel.: (63) 3215-3291 Tel: (85) 3535-3650
Fax: (63) 3215-3291 Fax: (85) 3535-3666
Home Page: www.ocbto.coop.br Home Page: www.ocbce.coop.br
E-mail: secretaria@ocbto.coop.br E-mail: ocbce@ocbce.coop.br

Região Nordeste Maranhão – OCEMA

Alagoas – OCB/AL Sindicato e Organização das Cooperativas


do Estado do Maranhão
Sindicato e Organização das Cooperativas Rua do Alecrim, 415 Ed. Palácio dos Esportes
do Estado de Alagoas – 3º andar – sala 310 - Centro
Avenida Governador Lamenha Filho, 1880 – Feitosa 65010-040 – São Luís – MA
57043-000 – Maceió-AL Tel: (98) 3221-3292
Tel: (82) 2122-9494 Home Page: www.ocema.com.br
Fax: (82) 2122-9464 E-mail: ocema@terra.com.br
Home Page: www.ocb-al.coop.br
E-mail: secretaria@ocb-al.coop.br Paraíba – OCB/PB

Bahia – OCEB Sindicato e Organização das Cooperativas


do Estado da Paraíba
Sindicato e Organização das Avenida Coremas, 498 – Centro
Cooperativas do Estado da Bahia 58013-430 – João Pessoa-PB
Rua Boulevard Suísso, 129, Nazaré. Tel.: (83) 3222-3660
40050-330 - Salvador - BA Fax: (83) 3222-3660
Tel.: (71) 3421-5800 Home Page: www.paraibacooperativo.coop.br
Fax: (71) 3322-0145 E-mail: ocbpb@ocbpb.coop.br
Home Page: www.bahiacooperativo.coop.br
E-mail: oceb@svn.com.br

. 102 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013


ANEXOS
Pernambuco – OCB/PE Sergipe – OCESE

Sindicato e Organização das Cooperativas Sindicato e Organização das Cooperativas


Brasileiras em Pernambuco do Estado de Sergipe
Rua Manuel Joaquim de Almeida, 165 – Iputinga Rua Dr. Leonardo Leite, nº 368 - Bairro São José
50670-370 – Recife-PE 49.015-000 – Aracaju/SE
Tel.: (81) 3032-8300 Tel.: (79) 3259-1134
Fax: (81) 3271-4142 Fax: (79) 3259-2752
Home Page: www.pecooperativo.coop.br E-mail: ocese@sescoopse.org.br
E-mail: sescoop@sescoop-pe.org.br
Região Sudeste
Piauí – OCEPI
Espírito Santo – OCB/ES
Sindicato e Organização das
Cooperativas do Estado do Piauí Sindicato e Organização das Cooperativas
Rua Alta Longar, S/Nº, Ed. Cidapi, Salas Brasileiras do Estado do Espírito Santo
3 e 4 – Bairro Água Mineral Avenida Marechal Mascarenhas de
CEP: 64.006-140 – Teresina – PI Moraes, 2501 – Bento Ferreira
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Rio Grande do Norte – OCB/RN E-mail: ocbes@ocbes.coop.br

Sindicato e Organização das Cooperativas Minas Gerais – OCEMG


do Estado do Rio Grande do Norte
Rua Jerônimo Câmara, 2994 – Sindicato e Organização das Cooperativas
Nossa Senhora de Nazaré do Estado de Minas Gerais
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RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013 . 103


Rio de Janeiro – OCB/RJ Rio Grande do Sul – OCERGS

Federação e Organização das Cooperativas Sindicato e Organização das Cooperativas


Brasileiras do Estado do Rio de Janeiro do Estado do Rio Grande do Sul
Avenida Presidente Vargas, 583, Sala 1202 a 1205 Rua Félix da Cunha, 12 - Bairro Floresta
20071-003 – Rio de Janeiro-RJ 90570-000 – Porto Alegre-RS
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São Paulo – OCESP Santa Catarina – OCESC


Sindicato e Organização das Cooperativas
Organização das Cooperativas do Estado de São do Estado de Santa Catarina
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Região Sul

Paraná – OCEPAR

Sindicato e Organização das Cooperativas


do Estado do Paraná
Avenida Cândido de Abreu, 501 – Centro Cívico
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. 104 RELATÓRIO DE GESTÃO OCB 2013

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