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Abnt 12019
Abnt 12019
Método de ensaio
Origem: Projeto 01:601.03-006/89
CB-01 " Comitê Brasileiro de Mineração e Metalurgia
CE-01:601.03 " Comissão de Estudo de Amostragem em chaminés
NBR 12019 – Determination of particulate matter in ducts and stacks of
stationary sources – Method of test
Descriptors: Sampling. Particulate matter. Ducts and stacks. Stationary sources
Esta Norma é uma transcrição da MB-3355:1990, sem alteração do conteúdo
técnico
Palavras-chave: Amostragem. Material particulado. Dutos e 12 páginas
© ABNT 1990
Todos os direitos reservados
chaminés. Fontes estacionárias
Sumário
1 Objetivo
2 Documentos complementares
3 Definições
4 Aparelhagem
5 Execução do ensaio
6 Resultados
ANEXO A – Figuras
ANEXO B – Seleção de boquilha
ANEXO C – Correlação entre !P e !H
1 Objetivo
1.1 Esta Norma prescreve o método de determinação de material particulado de efluentes gasosos em dutos e chaminés
de fontes estacionárias.
1.2 O material particulado é coletado isocineticamente e sua massa é determinada gravimetricamente, após a eliminação
da água não combinada
2 Documentos complementares
Na aplicação desta Norma é necessário consultar:
NBR 10700 – Planejamento de amostragem em dutos e chaminés de fontes estacionárias – Procedimento
NBR 10701 – Determinação de pontos de amostragem em dutos e chaminés de fontes estacionárias –
Procedimento
NBR 10702 – Efluentes gasosos em dutos e chaminés de fontes estacionárias – Determinação da massa molecular
– Base seca – Método de ensaio
NBR 11966 – Efluentes gasosos em dutos e chaminés de fontes estacionárias – Determinação da velocidade e
vazão – Método de ensaio
NBR 11967 - Efluentes gasosos em dutos e chaminés de fontes estacionárias – Determinação da umidade –
Método de ensaio
NBR 12020 - Efluentes gasosos em dutos e chaminés de fontes estacionárias – Calibração dos equipamentos
utilizados em amostragem – Método de ensaio
2 NBR 12019:1990
3 Definições
Para os efeitos desta Norma são adotadas as definições de 3.1 e 3.2
Coleta realiza em condições tais que fluxo de gás na entrada do equipamento de amostragem tenha a mesma velocidade
que o fluxo de gás que se pretende analisar.
Qualquer partícula sólida ou líquida que permaneça neste estado, nas condições de operação da câmara aquecida
(120 ± 10)°C.
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4 Aparelhagem
4.1 Equipamento para amostragem
b) sonda, de material compatível com a corrosividade e temperatura do meio, provida de Pitot S, de termopar e de
sistema de aquecimento que evite condensação de vapor durante a amostragem;
c) extensão flexível da sonda (para uso somente em casos de necessidade) de material compatível com a
corrosividade e temperatura do meio, com paredes internas lisas e providas de sistema de aquecimento que
evite condensação de vapor durante a amostragem;
f) sistema de aquecimento capaz de manter a temperatura de (120 ± 10)°C no porta-filtro durante todo o período
de coleta;
g) condensador, composto de quatro borbulhadores do tipo Greenburg Smith, ligados em série com conexões de
vidro ou de outro material não contaminante, provido de termômetro na saída do quarto borbulhador, com menor
divisão de 1°C. Os dois primeiros borbulhadores devem conter volumes conhecidos de água, o terceiro deve
estar vazio e o quarto deve conter sílica-gel;
Nota: O segundo borbulhador deve ser com ponta normal e os outros três com ponta modificada. Como referência, ver Figuras 4, 5
e 6, do Anexo.
" vacuômetro;
" gasômetro seco, provido de termômetros na entrada e saída com menor divisão de 1°C ;
" dois manômetros diferenciais com fundo de escala de 2452 Pa (250 mm H2O);
Nota: Os casos de pressões de velocidade inferiores a 12,75 Pa (1,3 mm H2O) requerem o uso de manômetros de alta
sensibilidade.
" termômetro com menor divisão de 1°C, e cujo elemento sensível ou termopar é aquele acoplado à sonda
(ver 4.1.2);
" cronômetro.
c) frascos de vidro borossilicato ou de polietileno, com capacidade de 500 mL a 1000 mL, com tampa de vidro ou
polietileno;
d) placas de Petri;
g) vidro de relógio;
h) dessecador;
5 Execução do ensaio
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O material particulado é coletado isocineticamente ponto a ponto e sua massa é determinada gravimetricamente.
Simultaneamente, é determinado o volume do gás amostrado. A concentração do material particulado é obtida pela relação
entre ambos.
5.2.1 Filtros apresentando pelo menos 99,95% de eficiência para retenção de partículas de até 0,3 #m, de material não
reativo com o meio e compatível com a temperatura.
5.2.2 Sílica-gel, com indicador de umidade, com granulometria de 1,0 mm a 3,4 mm (aproximadamente 16 mesh a 6 mesh).
5.2.5 Cloreto de cálcio anidro ou outro dessecante equivalente com indicador de umidade.
5.3 Procedimento
Antes de iniciar a amostragem, certificar-se de que a aparelhagem esteja calibrada de acordo com a NBR 12020
5.3.1 Preparação preliminar
5.3.1.1 Pesar aproximadamente 200 g a 300 g de sílica-gel no borbulhador que é utilizado na amostragem.
Nota: A sílica-gel previamente utilizada deve ser secada durante 2 h a 175°C para poder ser reutilizada.
5.3.1.2 Certificar-se visualmente de que os filtros não apresentam qualquer irregularidade, numerá-los e dessecá-los a
(20 ± 5)°C à pressão ambiente, pelo menos durante 24 h. Como alternativa, o filtro deve ser mantido em estufa a 105°C
por 2 h a 3 h e dessecado a (20 ± 5)°C à pressão ambiente por 2 h.
5.3.1.3 A seguir, pesá-lo, com precisão de 0,1 mg, a cada intervalo de 6h, até que a diferença entre duas pesagens
consecutivas seja igual ou inferior a 0,5 mg.
Nota: Durante cada pesagem, o filtro não deve ficar exposto por mais de 2 min ao ambiente do laboratório, cuja umidade relativa não deve
ser superior a 50%.
5.3.2.1 Selecionar o local de amostragem e o número de pontos na seção transversal, de acordo com as NBR 10700 e
NBR 10701.
5.3.2.6 Determinar o tempo de coleta em cada ponto de acordo com a fonte a ser amostrada, não devendo este ser menor
que 2 min.
5.3.2.7 Selecionar a boquilha da sonda para uma faixa de pressão de velocidade, de modo que não ocorra troca durante a
amostragem (ver Anexo B).
5.3.3 Preparo dos equipamentos para coleta da amostra
5.3.3.2 Colocar 100 mL de água destilada em cada um dos dois primeiros borbulhadores, deixando o terceiro vazio e o
quarto com a sílica-gel (ver 5.3.1.1).
Fechar a entrada da boquilha e ligar o sistema de aquecimento da sonda e do porta-filtro. Aguardar até que a câmara do
porta-filtro atinja a temperatura de (120 ± 10)°C. Abrir completamente a válvula de ajuste fino, fechar a válvula de ajuste
grosso e ligar a bomba de vácuo. Abrir parcialmente a válvula de ajuste grosso e, vagarosamente, fechar a válvula de
ajuste fino até que se atinja uma depressão de 50,663 kPa (380 mm Hg). Um vazamento de até 0,60 L/min é tolerável.
Para eliminar a depressão no sistema, abrir vagarosamente a entrada da boquilha e desligar imediatamente a bomba.
5.3.5 Coleta da amostra
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5.3.5.2 Durante a amostragem, a temperatura do filtro deve permanecer na faixa de (120 ± 10)°C.
5.3.5.3 Anotar a leitura inicial do gasômetro e a pressão barométrica, e zerar os manômetros antes de iniciar a amostragem.
5.3.5.4 Colocar a sonda no interior da chaminé ou duto, no primeiro ponto de coleta, tendo o cuidado de verificar se a
válvula do ajuste grosso está completamente fechada e a do ajuste fino completamente aberta.
5.3.5.5 Ligar a bomba e ajustar o fluxo, abrindo a válvula de ajuste grosso e, em seguida, ajustar a vazão com a válvula do
ajuste fino para uma amostragem isocinética e, simultaneamente, acionar o cronômetro.
Nota: Para o cálculo de vazão, para a coleta isocinética, pode-se utilizar ábacos, nomôgrafos ou calculadoras. No caso de calculadoras,
recomenda-se a expressão contida no Anexo C.
5.3.5.6 Certificar-se de que a depressão no vacuômetro não exceda 50,663 kPa (380 mm Hg). Se isto ocorrer, repetir o
ensaio de vazamento, como indicado em 5.3.4, e trocar o filtro. Anotar a taxa de vazamento, caso este ocorra.
Nota: Em qualquer interrupção ocorrida durante a coleta (ensaio de vazamento, checagem etc.) deve ser anotado o volume registrado no
gasômetro seco no início desta e no reinício da coleta, e deduzido do volume total.
5.3.5.7 Manter a temperatura dos gases que saem do último borbulhador (sílica-gel) abaixo de 20°C.
5.3.5.8 O tempo de coleta em cada ponto não deve ser inferior a 2 min e o tempo total da coleta não deve ser inferior a
3
60 min. O volume total coletado não deve ser inferior a 0,85 m (condições-padrão).
5.3.5.9 Anotar os dados de campo necessário para os cálculos num formulário como o da Figura 2, em Anexo.
5.3.5.10 Coletar amostra do gás para determinação da sua massa molecular seca conforme NBR 10702.
5.3.5.11 No final da amostragem, desligar simultaneamente a bomba de vácuo e o cronômetro. Retirar a sonda do interior
da chaminé ou duto e registrar a leitura final do gasômetro.
5.3.5.12 Fazer ensaio de vazamento (como indicado em 5.3.4) na depressão máxima registrada durante a amostragem e
anotar a taxa de vazamento, caso este ocorra.
5.3.5.13 Calcular o valor da isocinética de acordo com 6.1.10-a. Considerar válida a amostragem, somente se o valor
calculado, segundo 6.1.10-b, estiver na faixa de 90% a 110%.
5.4.1 Remover a sonda e fechar com rolha todas as aberturas existentes na sonda, porta-filtro e borbulhadores.
5.4.2 Remover para um recipiente adequado o filtro com a amostra coletada de material particulado.
5.4.3 Remover para um recipiente adequado, previamente pesado, todo o material particulado depositado no interior da
boquilha, sonda, ciclone, frasco de Erlenmeyer e porta-filtro.
Nota: Para remover o material particulado de boquilha, sonda ciclone e frasco de Erlenmeyer, utilizar uma escova e uma mistura de
acetona e água destilada (usualmente 1:1). Lavar até que nenhum material seja percebido visualmente.
5.4.4 Registrar o volume total da mistura utilizada para determinação da prova em branco.
5.5 Análise
5.5.1 Colocar o vidro de relógio que contém o filtro em um dessecador, contendo cloreto de cálcio anidro ou um dessecante
equivalente por 24h. Caso tenha siso usado o método alternativo na preparação do filtro, seguir o mesmo procedimento
(5.3.1.2).
5.5.1.2 Pesá-los com precisão de 0,1 mg, a cada intervalo de 6 h até que a diferença entre duas pesagens consecutivas
seja igual ou inferior a 0,5 mg.
5.5.3 Colocar o recipiente com o material obtido em 5.4.3 em um sistema de aquecimento e evaporar até quase a secura,
efetuando a secagem final em estufa a 105°C.
NBR 12019:1990 5
5.5.4 Dessecar por 24 h e pesar com aproximação de 0,1 mg, anotando a massa somente quando a diferença entre duas
pesagens consecutivas for menor ou igual que 0,5 mg.
Nota: Durante cada pesagem, o filtro deve ficar exposto por mais de 2 min ao ambiente de laboratório, cuja umidade relativa não deve ser
superior a 50%.
5.5.6 Efetuar a prova em branco da mistura, colocando 200 mL da mistura acetona/água destilada em recipiente adequado,
previamente pesado, e proceder conforme 5.5.3 e 5.5.4. Calcular a massa da prova em branco, extrapolando para o
volume registrado em 5.4.4.
É necessário que a amostragem seja representativa das condições de operação da fonte de emissão. Devem-se então
efetuar pelo menos duas determinações de material particulado por fonte. A amostragem deve ser considerada
representativa se os resultados obtidos em cada coleta não forem discrepantes entre si.
6 Resultados
6.1 Cálculos
P = Patm + PE
!H
Pg = Patm +
13,6
6.1.3 Volume de água nas condições da chaminé ou duto nos casos de fluxo não saturado e sem gotículas;
0,00346 T Mag
Vag =
P
YVg TPg
V=
PTg
sendo que:
Vg = Vgf – Vgi
6.1.4.1 No caso de constatar-se, durante e/ou final da amostragem, vazamento até 0,6 L/min, o valor de Vg deve ser
calculado como abaixo indicado:
Vag
Bag =
Vag + V
PVS
Bag =
Patm + Pe
6.1.7 Volume de água nas condições da chaminé ou duto nos casos de fluxo saturado ou com gotículas:
Bag V
Vag =
1 - Bag
T
v = 34,97Cp
P MMU
% !P & m
6.1.10 Isocinética:
0,0477 Y V' g Pg
a) l’ =
P
Cp "' T' g (1 - Bag)
( !P)' T' MMu
b) l =
v" Ab
Q = 3600 vA
0,3592 Q P (1 - Bag)
Qnbs =
T
6.1.13 Volume do gás medido nas condições normais (0°C e 1 atm), base seca:
0,3592 Vg Pg Y
Vgn =
Tg
Mmp
C=
Vgn
Te = 10-6 C Qnbs
NBR 12019:1990 7
6.2 Nomenclatura
Símbolo Unidade Significado
2
Ab m Área da boquilha.
2
A m Área da chaminé.
Bag adimens. Umidade dos gases expressa em termos de proporção em volume do vapor de água dos gases da
chaminé ou duto.
3
C mg/Nm Concentração de material particulado na condição normal, base seca
Cp adimens. Coeficiente do Pitot S.
I % Isocinética.
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8
ANEXO – Figuras
Figura 1
NBR 12019:1990
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NBR 12019:1990
9
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10
Figura 3
____________________________
NBR 12019:1990
NBR 12019:1990 11
B-1 A fim de manter a condição isocinética durante toda a amostragem em troca de boquilha é de fundamental importância
a boa escolha do diâmetro.
B-2 Existem vários caminhos a seguir para a seleção do diâmetro mais adequado de boquilha para cada conjunto de
condições de uma amostragem.
B-3 O cálculo direto do diâmetro da boquilha baseado nas condições fluidodinâmicas no conjunto chaminé – trem de
amostragem é o mais recomendado.
608QmPg T MMu
dB =
TmCp(1 " Bagp) P !P
Onde:
Db = diâmetro da boquilha, em mm
Tm = temperatura do medidor, em K
Bagp = umidade dos gases avaliada previamente, expressa em termos de proporção em volume do vapor de água
nos gases da chaminé ou duto
B-5 Escolhe-se a boquilha de diâmetro )b que mais se aproxima do diâmetro calculado, Db.
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/ANEXO C
12 NBR 12019:1990
C-1 Quando do uso de calculadora, nas coletas isocinéticas, utiliza-se a seguinte relação fundamental:
!H = K !P
Onde:
K = fator de proporcionalidade
!H = pressão diferencial na placa de orifício para coleta isocinética deste ponto, mm H2O
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Onde:
!H@ = Pressão diferencial da placa de orifício em mm H2O, quando por ela está passando ar numa vazão de
0,021 m3/min na condição-padrão (20°C, 1atm)
Bagp = umidade dos gases avaliada previamente, expressa em termos de proporção em volume do vapor de água
nos gases da chaminé ou duto
Cp, )b, MMa, MMu, Tg, T, P e Pg têm o significado e unidades indicadas em 6.2.
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