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Estes materiais são © 2018 John Wiley & Sons, Inc.

Qualquer disseminação, distribuição ou uso não autorizado é estritamente proibido.


Hyperconverged
Infrastructure

Edição especial da HPE SimpliVity

de Scott D. Lowe

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Hyperconverged Infrastructure For Dummies®, Edição especial da HPE SimpliVity
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Responsável sênior pelo projeto: Zoë Wykes
Responsável por aquisições: Katie Mohr
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Índice
Introdução. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 1
Sobre este livro......................................................................................1
Suposições insensatas..........................................................................2
Ícones usados neste livro....................................................................2
Informações além do livro...................................................................2
Para onde ir a partir de agora.............................................................2

Capítulo 1: Princípios básicos da estrutura


hiperconvergente. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 3
Definição da infraestrutura hiperconvergente................................3
Conceitos da hiperconvergência........................................................4

Capítulo 2: Desafios de virtualização. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 5


Inovação da infraestrutura..................................................................5
Recursos subutilizados........................................................................6
Interfaces múltiplas de gerenciamento ............................................7
Dificuldades e atrasos de implantação.............................................8
Armazenamento..................................................................................10
Misturador de entrada e saída..............................................10
Sobrecarga de inicialização da VDI.......................................12
Atenuação.............................................................................................12
Várias áreas de interação..................................................................13
Desalinhamento de políticas.............................................................16

Capítulo 3: Bem-vindo ao SDDC . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 17


Virtualização.........................................................................................17
Automação............................................................................................18
IT como um Serviço............................................................................19

Capítulo 4: O que as empresas esperam da TI. . . . . . . . . . . . 21


Maior eficiência....................................................................................22
Melhor aproveitamento do tempo........................................22
Adequação das habilidades às tarefas.................................22
Gerenciamento inteligente dos recursos.............................23
Adequação dos orçamentos..................................................24
Redução de risco.................................................................................24
Maior agilidade....................................................................................25

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iv Hyperconverged Infrastructure For Dummies

Capítulo 5: Como a nuvem está mudando a TI. . . . . . . . . . . . 27


Escalabilidade e compartilhamento de recursos..........................27
Design centrado no software.................................................28
Economias de escala...............................................................28
Flexibilidade de recursos........................................................29
Capacidade de automação................................................................29
Separando política de infraestrutura...................................30
Uma abordagem centrada em VM........................................30
Entendendo a economia em nuvem................................................31

Capítulo 6: Compreensão da infraestrutura convergente. . 33


A evolução da convergência.............................................................34
Sistemas integrados.................................................................34
Infraestrutura convergente....................................................34
Infraestrutura hiperconvergente...........................................35
Características da convergência......................................................36

Capítulo 7: Dez coisas que a hiperconvergência


pode fazer por você. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
Foco no software.................................................................................38
Uso de hardware de commodity x86...............................................38
Sistemas e gerenciamento centralizados........................................38
Maior agilidade....................................................................................39
Escalabilidade e eficiência.................................................................39
Infraestrutura eficaz em termos de custos.....................................40
Automação fácil...................................................................................40
Foco em VMs........................................................................................40
Recursos compartilhados..................................................................41
Proteção de dados..............................................................................42

Capítulo 8: Sete maneiras de aplicar


a hiperconvergência. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 43

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Introdução
A o longo dos últimos anos, muito aconteceu com a TI e com o
setor de tecnologia. Primeiramente, os líderes de empresas
continuam a exigir mais de suas equipes de TI, incluindo um serviço
melhor e mais rápido, com expectativas aparentemente infinitas
para aumentar a eficiência.
Além disso, várias tendências do setor tiveram efeitos significativos
sobre a TI empresarial:

✓✓ A proliferação de dispositivos construídos para um propósito


específico
✓✓ O surgimento do data center definido por software (Software-
Defined Data Center, SDDC)
✓✓ O advento da computação em nuvem ou, pelo menos, princí-
pios e economia em nuvem, como um dos principais impulsio-
nadores da TI empresarial
✓✓ O surgimento da infraestrutura convergente
✓✓ O uso do armazenamento flash em determinados aplicativos
corporativos
No centro de todas essas tendências está a hiperconvergência, que é
a terceira geração de uma série de oportunidades convergentes que
atingiram o mercado. A infraestrutura hiperconvergente (também
conhecida como hiperconvergência) é uma arquitetura de data cen-
ter que engloba os princípios e a economia em nuvem. Baseada em
software, a infraestrutura hiperconvergente consolida computação
de servidor, armazenamento, switch de rede, hipervisor, proteção
de dados, eficiência de dados, gerenciamento global e outras
funcionalidades empresariais em blocos de construção x86 padrão
para simplificar a TI, aumentar a eficiência, permitir a escalabilidade
contínua, melhorar a agilidade e reduzir os custos.

Sobre este livro


A história da hiperconvergência pode ser escrita em muitos capítu-
los. Neste pequeno livro, são discutidas as tendências que guiam a
TI moderna rumo à infraestrutura hiperconvergente, bem como os
benefícios técnicos e empresariais decorrentes da implementação
de um data center baseado em infraestrutura hiperconvergente.

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2 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

Suposições insensatas
Neste livro, suponho que você tenha um pouco de conhecimento
sobre as tendências e os modelos de virtualização e computação em
nuvem. Assim, este livro foi escrito principalmente para executivos
e gerentes de TI, como Diretores Executivos de Informação (CIOs),
Diretores Executivos de Tecnologia (CTOs), diretores de TI e geren-
tes técnicos.

Ícones usados neste livro


Ao longo do livro, você encontrará vários ícones nas margens. Aqui
está um resumo do significado desses ícones.

Qualquer tópico indicado pelo ícone “Lembre-se” deve ser guardado


na memória.

O ícone “Material técnico” indica uma leitura suplementar. Você


pode pular se quiser (mas espero que não).

O ícone “Dica” destaca informações úteis.

O ícone “Atenção” alerta para riscos de vários tipos.

Informações além do livro


Há um limite do que pode ser abordado em tão pouco espaço. Se
você quiser saber mais sobre a infraestrutura hiperconvergente
depois de ler este livro, visite o site www.hpe.com/info/hc.

Para onde ir a partir de agora


Como todos os livros For Dummies, este volume foi projetado para
ser lido em qualquer ordem que você escolher. Comece com o capí-
tulo que mais lhe interessar ou faça a leitura em sequência. O livro é
seu, então a escolha é sua.

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Capítulo 1

Princípios básicos da
estrutura hiperconvergente
Neste capítulo
▶▶Compreensão do que é a infraestrutura hiperconvergente
▶▶Discussão das muitas formas de hiperconvergência

A tecnologia corporativa sofre mudanças drásticas sempre que


surgem novos modelos para atender às necessidades empresa-
rias em evolução. Este capítulo trata sobre a infraestrutura hipercon-
vergente, considerada o auge e a conglomeração de várias tendências
que fornecem valor específico para o empreendedorismo moderno.

Definição da infraestrutura
hiperconvergente
Então, o que é hiperconvergência? No nível mais alto, é uma maneira
de capacitar a economia e a escalabilidade em nuvem sem compro-
meter o desempenho, a resiliência e a disponibilidade esperados em
seu próprio data center. A infraestrutura hiperconvergente oferece
vantagens significativas:
✓✓ Eficiência de dados: A infraestrutura hiperconvergente reduz
os requisitos de armazenamento, largura de banda e IOPS
(Operações de Entrada e Saída Por Segundo, Input/Output
Operations Per Second).
✓✓ Elasticidade: A infraestrutura hiperconvergente facilita a esca-
labilidade vertical e horizontal dos recursos, conforme exigido
pelas demandas da empresa.
✓✓ Centralização das máquinas Virtuais: Um foco nas Máquinas
Virtuais (VMs) ou na carga de trabalho como a base da TI cor-
porativa, com todas as construções de apoio focadas nas VMs
individuais.

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4 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

✓✓ Proteção de dados: Garantir a restauração de dados em caso


de perda ou corrupção é um requisito de TI fundamental, e fica
muito mais fácil com a infraestrutura hiperconvergente.
✓✓ Mobilidade de VM: A infraestrutura hiperconvergente permite
uma maior mobilidade de aplicativos e cargas de trabalho.
✓✓ Alta disponibilidade: A infraestrutura hiperconvergente per-
mite níveis mais elevados de disponibilidade de dados do que
em sistemas legados.
✓✓ Economia com a redução de custos: A infraestrutura hipercon-
vergente traz à TI um modelo econômico sustentável baseado
em etapas, capaz de eliminar o desperdício.

Conceitos da hiperconvergência
A convergência se apresenta de muitas formas. Na mais básica, a
convergência simplesmente reúne produtos individuais de armaze-
namento, computação e rede existentes em soluções previamente
testadas e validadas que são vendidas como uma solução única.
No entanto, esse nível de convergência apenas simplifica o ciclo de
compra e atualização. Ela não se volta para desafios operacionais
atuais, muitas vezes introduzidos com o advento da virtualização.
Ainda há LUNs (Números de Unidade Lógica, Logical Unit Numbers)
para serem criados, otimizadores de WAN (Rede de Longa Distância,
Wide Area Network) para adquirir e configurar, e produtos externos
de backup e replicação para comprar e manter.
A infraestrutura hiperconvergente reúne perfeitamente todos os
serviços que compõem um data center. Com o foco nas máquinas
virtuais ou nas cargas de trabalho, todos os elementos da infraestru-
tura hiperconvergente oferecem suporte às máquinas virtuais, como
a formação básica do data center.
Os resultados são significativos e incluem CAPEX menor como
resultado de custos menores de infraestrutura iniciais, OPEX menor
através de reduções em custos operacionais e pessoal, e um tempo
de valoração mais rápido para novas necessidades empresariais.
No lado técnico, os novos generalistas de TI – equipes de TI com
um amplo conhecimento das necessidades empresariais e de
infraestrutura – podem facilmente fornecer suporte para sistemas
hiperconvergentes. As organizações já não precisam manter ilhas de
engenheiros de recursos para gerenciar cada aspecto do data center.
Para entender completamente a hiperconvergência, é importante
entender as tendências que levaram o setor a esse ponto. Isso inclui
dores de cabeça com a pós-virtualização, o aumento de data centers
definidos por software e a computação em nuvem.

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Capítulo 2

Desafios de virtualização
Neste capítulo
▶▶Inovação contínua
▶▶Uso de recursos de forma eficiente
▶▶Interfaces de gerenciamento
▶▶Discussão sobre áreas de interação
▶▶Definição de políticas eficientes

F ato: A virtualização mudou a TI e os data centers de forma


fundamental e permanente. Hoje, a maioria dos serviços é exe-
cutada dentro de ambientes virtuais, e a TI geralmente assume uma
abordagem “inicialmente virtualizada” para a implantação de novos
aplicativos e serviços. Ou seja, os administradores consideram o
ambiente virtual para executar novos aplicativos em vez de apenas
criar um novo ambiente físico.
Embora a virtualização ofereça benefícios significativos, ela também
impõe desafios que a TI deve superar para ajudar a impulsionar os
negócios. Este capítulo descreve esses desafios.

Inovação da infraestrutura
Toda vez que uma empresa startup lança um ótimo produto novo,
as empresas esforçam-se para implementar essa solução. A proli-
feração de dispositivos construídos para um propósito específico
criou uma complexidade desnecessária, e o resultado tem sido uma
condição de caos nos data centers.
A inovação é excelente, e todos queremos sua continuidade, mas a
tendência é uma sobrecarga dos data centers, que ficarão impossí-
veis de gerenciar. É hora de arrumar o armário, por assim dizer.

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6 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

Ao longo da última década, os departamentos de TI concentraram-


-se em solucionar o problema da capacidade de armazenamento,
implementando todos os tipos de tecnologias para dominar a fera
da capacidade como, por exemplo, a otimização de WAN e os dispo-
sitivos de desduplicação de backup. Como resultado, as tecnologias
de eficiência de dados tornaram-se recursos padrão de muitos
produtos diferentes.
Mas o que acontece quando você coloca esses produtos juntos
no data center? Você acaba tendo que desduplicar e hidratar
dados constantemente à medida que eles se movem entre vários
dispositivos. O armazenamento desduplica os dados, então você
precisa lê-los para fazer o backup, momento em que eles precisam
de hidratação (para devolvê-los a um estado que o aplicativo de
backup entenda) e muitas vezes desduplicá-los novamente no
caminho dos dados de backup. O custo de CPU para reprocessar os
mesmos dados é enorme, para não mencionar o custo de largura de
banda para todos os dados hidratados.
Desduplicação é o processo no qual os dados são examinados
quanto à presença de blocos comuns. Quando identificados, esses
blocos comuns são substituídos por um minúsculo indicador que
aponta para a cópia única dos dados já armazenados no disco. Isso
exige significativamente menor capacidade quando gravados para
armazenamento. A desduplicação traz uma enorme economia de
capacidade de armazenamento e, principalmente, nas operações de
entrada e saída por segundo (Input/Output Operations per Second,
IOPS), visto que ocorrem menos gravações no disco. Hidratação é
reverter o processo de desduplicação, como quando se move os
dados para um novo sistema que não suporta dados desduplicados.
Eu discuto esse desafio em maiores detalhes mais adiante neste
capítulo.

Recursos subutilizados
A virtualização ajudou as organizações a consolidarem muitos
dos seus servidores para serem executados em uma plataforma
comum: a camada de software do hipervisor. Essa mudança ajudou
os departamentos de TI a fazer melhor uso de seus recursos de
servidor. Antes da virtualização, era comum a utilização do servidor
se manter em uma média de apenas 15%. A virtualização tornou
essa média muito mais alta. Como resultado, as organizações agora
desfrutam de um retorno muito maior dos seus investimentos em

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Capítulo 2: Desafios de virtualização 7
servidores. Além disso, não precisam comprar tantos servidores
físicos como compravam no passado.
A virtualização mudou o jogo quando se trata de recursos de
servidor. Infelizmente, os departamentos de TI geralmente precisam
manter grupos de pessoas separados para gerenciar recursos de
hardware distintos. Por exemplo, um grupo gerencia o armazena-
mento, outro grupo gerencia a parte do servidor, um terceiro grupo
lida com a rede. Quando surge um problema, é comum que a sua
origem seja sempre atribuída a outros grupos.
Além disso, as novas cargas de trabalho estão criando desafios
de recursos que forçam os departamentos de TI a desenvolverem
ambientes de infraestrutura por serviço. Os ambientes de infraes-
trutura de desktop virtual (Virtual Desktop Infrastructure, VDI), por
exemplo, possuem padrões de uso de recursos muito diferentes de
projetos de virtualização de servidores. Para atender às expectati-
vas dos usuários com a VDI, os profissionais de TI geralmente imple-
mentam ambientes completamente separados, desde servidores até
armazenamento.
As ilhas de recursos não são os próprios problemas que a virtualiza-
ção deve resolver? Essas ilhas estão entre os maiores culpados pela
subutilização. A virtualização deve resultar em um conjunto único
de recursos a partir do qual os recursos são extraídos para atender
às necessidades do aplicativo, maximizando assim o uso desses
recursos.

Interfaces múltiplas de
gerenciamento
Dispositivos de armazenamento. Otimizadores. Hipervisores. Balan-
ceadores de carga. O que eles têm em comum? Cada um desses
componentes diferentes possui sua própria interface de gerencia-
mento. Se você usar vários componentes, cada um com consoles de
gerenciamento separados (e mecanismos de políticas) em vez de
um sistema administrativo único, centralizado e fácil de usar, você
poderá enfrentar os seguintes desafios:
✓✓ Fornecedores culpando uns aos outros quando algo dá errado.
✓✓ Incapacidade de dimensionar seu ambiente de data center de
maneira fácil e linear.
✓✓ Maior complexidade devido a políticas e gerenciamento vincu-
lados aos componentes de TI versus cargas de trabalho.

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8 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

Dificuldades e atrasos de implantação


Os desafios de recursos representam a razão número um por que
as organizações continuam tendo problemas ao implantar novos
aplicativos e serviços. Logo em segundo lugar estão as despesas
administrativas. Permita-me explicar.

Conversão para uma TI estável


O data center legado é muito deli- conhecimento suficientemente amplo
cado de muitas maneiras. Qualquer para atender às necessidades empre-
mudança em qualquer nível tem o sariais e gerenciar todo o ambiente
potencial de afetar a estrutura inteira. através de uma única interface admi-
Com lições e estratégias aprendidas nistrativa. De muitas maneiras, essas
com os grandes fornecedores de pessoas são muito mais focadas em
nuvem, os fornecedores de hiper- aplicativos do que seus antecessores,
convergência estão substituindo data concentrados em ilhas. Elas só preci-
centers divididos em camadas e com sam saber como aplicar os recursos da
recursos em silo por uma estrutura de infraestrutura para atender às necessi-
TI muito mais estável. Como pratica- dades de aplicativos individuais.
mente todo o hardware do data center
Esse desenvolvimento oferece várias
separado anteriormente é envolvido no
novidades muito boas para os depar-
ambiente hiperconvergente, o departa-
tamentos de TI que tentam alinhar as
mento de TI precisa ter um outro foco,
operações de TI com as necessidades
mudando suas estruturas de recursos
empresariais:
e conjuntos de habilidades. Em vez de
ter funcionários com conhecimento ✓✓ Esta nova estrutura prepara o
aprofundado em cada área de recur- caminho para eliminar as ilhas
sos, a hiperconvergência pode dar ori- ineficientes de gerenciamento de
gem a generalistas de infraestrutura. recursos que emergiram na TI.
Os generalistas das novas infraestru- ✓✓ Um data center estável gerenciado
turas não têm um conhecimento apro- por uma equipe de engenharia de
fundado sobre recursos isolados, mas infraestrutura fornece melhores
possuem um conhecimento amplo de economias de escala em com-
todas as áreas de recursos. Eles não paração com as antigas ilhas de
precisam ter um conhecimento apro- recursos.
fundado. Em um mundo hiperconver-
✓✓ Os generalistas de infraestrutura
gente, as coisas mais complexas são
estão muito mais perto dos aplica-
tratadas por dentro. Os generalistas
tivos do que os especialistas das
de infraestrutura precisam ter um
antigas infraestruturas.

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Capítulo 2: Desafios de virtualização 9

Matrizes flash corrigem problemas específicos


À medida que o armazenamento base- podem fornecer uma abordagem mais
ado em flash (que é muito rápido) ofe- equilibrada e razoável para atender às
rece preços relativamente acessíveis, necessidades da carga de trabalho.
surgem também novas divisões no Além disso, o custo por gigabyte do
mercado de armazenamento. Uma armazenamento flash é bastante caro
dessas divisões fornece matrizes de em comparação com outras opções
armazenamento baseadas apenas em de armazenamento. Apesar disso, para
armazenamento flash. aplicativos que precisam atingir cente-
nas de milhares ou mesmo milhões de
Embora os fornecedores desse espaço
IOPS em uma pequena quantidade de
all-flash ofereçam produtos irresis-
espaço no rack, as matrizes all-flash
tíveis, muitos desses produtos são
são imbatíveis. Para todo o resto,
projetados para resolver problemas
considere opções de armazenamento
de um único aplicativo – pense em
mais equilibradas. Lembre-se, uma
VDI e análise de grandes dados. Para
matriz flash é realmente uma matriz de
muitas cargas de trabalho das empre-
armazenamento com maior desempe-
sas, porém, as matrizes all-flash são
nho. Ela não trata dos problemas de
a própria definição de um problema
ilhas de recursos, de gerenciamento
de desempenho para o hardware.
de infraestrutura, dos desafios de inte-
Soluções de armazenamento base-
roperabilidade ou de escalabilidade do
adas em uma combinação de arma-
data center moderno.
zenamento flash e discos giratórios

Existem vários desafios no que diz respeito aos recursos, incluindo:


✓✓ Misturador de entrada e saída: A consolidação de máquinas
virtuais (Virtual Machines, VMs) contribui para uma carga
de trabalho de entrada e saída aleatória, cada uma com seu
próprio padrão de leitura e gravação de dados para armazena-
mento. Eu discuto o Misturador de entrada e saída em detalhes
mais adiante neste capítulo.
✓✓ Capacidade: Outro desafio é garantir a capacidade adequada
à medida que a organização cresce. Com os recursos divididos
e as ilhas de recursos espalhadas pelo data center, gerenciar a
capacidade atual para que haja o suficiente torna-se cada vez
mais difícil.
✓✓ Despesas gerais: Mesmo se você tiver recursos suficientes
para implantar um novo aplicativo (veja o item anterior), as
despesas administrativas envolvidas no processo apresentam
seus próprios desafios:

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10 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

•• Um novo número de unidade lógica (Logical Unit Number,


LUN) deve ser provisionado para suportar o novo aplica-
tivo. Se níveis de armazenamento estiverem envolvidos,
esse processo pode exigir várias etapas.
•• Uma ou mais VMs novas devem ser provisionadas.
•• A rede para as VMs novas deve ser configurada.
•• Os balanceadores de carga e os dispositivos de otimiza-
ção de rede de longa distância (Wide-Area Network, WAN)
precisam ser gerenciados para suportar as novas VMs.
•• Os mecanismos de proteção de dados devem ser imple-
mentados para os novos serviços.
Ufa! Há muito para ser feito. E isso tudo envolve tempo e diferentes
equipes de TI. Boa sorte!

Armazenamento
A virtualização depende muito do armazenamento, mas esse recurso
tem causado um verdadeiro caos nas empresas que estão traba-
lhando duro para atingir um estado de virtualização de 100%. Eis o
porquê.
Considere suas cargas de trabalho em servidor físico à moda antiga.
Ao construir esses ambientes de aplicativos, você personalizou
cuidadosamente cada servidor para atender aos requisitos exclusi-
vos de cada aplicativo específico. Os servidores de banco de dados
receberam dois conjuntos de discos – um para arquivos de banco
de dados e um para arquivos de registro – com diferentes estruturas
de matriz redundante de discos independentes (Redundant Array of
Independent Disks, RAID). Os servidores de arquivos usaram o RAID
5 para maximizar a capacidade, enquanto ainda fornecem proteção
de dados.
Agora considere o seu ambiente virtualizado. Você pegou todos
esses ambientes de aplicativos cuidadosamente construídos e colo-
cou tudo em um único ambiente de armazenamento compartilhado.
Cada aplicativo ainda possui necessidades de armazenamento
específicas, mas você basicamente pediu que o armazenamento
resolvesse tudo para você, e ele nem sempre fez um bom trabalho.

Misturador de entrada e saída


Antigamente, os sistemas de armazenamento eram otimizados em
torno de gerenciamento por LUNs. Os LUNs eram replicados a partir
de um controlador em uma matriz de armazenamento para um LUN
vinculado a um controlador em uma segunda matriz. Os sistemas

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Capítulo 2: Desafios de virtualização 11
de armazenamento produziam cópias dos LUNs, que podiam ser
movidos de um host para outro host.
Hoje, os servidores foram substituídos por VMs, e muitas VMs são
executadas em um único host. Muitos hosts estão usando um único
LUN para armazenar VMs. Isso significa que o sistema de armazena-
mento possui dezenas (ou centenas) de servidores lógicos (VMs),
todos armazenados no mesmo LUN. Um único aplicativo ou host ou
VM não pode mais ser gerenciado a partir da perspectiva do sistema
de armazenamento.
Uma plataforma centrada em VM evita esse misturador de entrada
e saída – um termo que foi inventado para descrever ambientes nos
quais os padrões de entrada e saída mistos disputam recursos de
armazenamento limitados – e permite que você otimize VMs individu-
ais. As políticas podem ser aplicadas a VMs individuais. O desempe-
nho pode ser otimizado para VMs individuais. Os backups podem ser
gerenciados por VM e a replicação é configurada por VM.
Você vê um padrão surgindo aqui?
Quando todos os seus aplicativos tentam trabalhar juntos no mesmo
LUN, o misturador de entrada e saída é criado. Aqui estão algumas
maneiras pelas quais os serviços comuns contribuem para o mistura-
dor de entrada e saída:
✓✓ Bancos de dados: Os bancos de dados apresentam padrões alea-
tórios de entrada e saída. O sistema deve percorrer todo o disco
para encontrar o que você está procurando.
✓✓ Arquivos de registro do banco de dados: Os arquivos de
registro são sequenciais por natureza. Normalmente, você
simplesmente grava nos arquivos de registro, mais uma vez,
sequencialmente.
✓✓ Armazenamento aleatório de arquivos: Os servidores de arqui-
vos são muito aleatórios quando se trata de entrada e saída.
Você nunca sabe quando um usuário salvará um novo arquivo
ou abrirá um antigo.
✓✓ Aplicativos de nível empresarial: Aplicativos como o Microsoft
Exchange e o SharePoint são sensíveis em termos de configura-
ção de armazenamento e cada aplicativo geralmente inclui uma
combinação de entrada e saída aleatórias e sequenciais.
✓✓ VDI: A VDI está causando uma das principais revoluções no mer-
cado de armazenamento. As necessidades de armazenamento
de VDI são variadas. Às vezes, você precisa apenas de 10 a 20
IOPS por usuário. Em outras ocasiões, como quando você está
lidando com sobrecargas de inicialização e sobrecargas de login,
as necessidades de IOPS podem disparar.

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12 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

O que o setor fez ao longo dos anos foi combinar todas essas cargas
de trabalho variadas. Em outras palavras, os esforços para conso-
lidar ambientes criaram um monstro de armazenamento. Muitos
ambientes de armazenamento baseados em rede de área de arma-
zenamento (Storage Area Network, SAN) sofrem grandes problemas
devido a esse misturador de entrada e saída:
✓✓ A consolidação contínua das VMs contribui para cargas de tra-
balho de entrada e saída aleatórias, cada uma com seu próprio
padrão para ler e gravar dados no armazenamento subjacente.
✓✓ Fluxos de entrada e saída altamente aleatórios afetam negati-
vamente o desempenho geral, à medida que as VMs disputam
por recursos no disco.

Sobrecarga de inicialização da VDI


Uma situação que demonstra perfeitamente um fenômeno relati-
vamente novo no armazenamento é a sobrecarga de inicialização
da VDI, que ocorre quando muitos usuários tentam inicializar suas
áreas de trabalho virtuais ao mesmo tempo. O resultado: Os dispo-
sitivos de armazenamento não conseguem acompanhar o grande
número de solicitações.
Mas é o início do dia que realmente afeta o armazenamento. À
medida que o computador é inicializado, o sistema operacional deve
ler uma tonelada de dados e movê-los para a memória para que o
sistema possa ser usado. Agora imagine o que acontece quando
centenas ou milhares de usuários inicializam suas áreas de trabalho
virtuais ao mesmo tempo. Os sistemas de armazenamento legados
desmoronam com a sobrecarga de entradas e saídas, e pode acabar
levando muito tempo para que os usuários inicializem completa-
mente seus sistemas.
A situação é amplamente atenuada pelo uso de armazenamento
em estado sólido como uma camada de cache. Adicionar esse tipo
de serviço sem considerar as ineficiências administrativas que ele
introduz tem sido um procedimento operacional padrão por um
bom tempo e é uma das principais razões pelas quais as pessoas
implementam ilhas de recursos quando querem usar uma VDI.

Atenuação
Os administradores podem trabalhar em seus ambientes legados de
várias maneiras para tentar resolver os sérios problemas de entrada
e saída que surgem com as cargas de trabalho compartilhadas.
Algumas dessas maneiras incluem:

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Capítulo 2: Desafios de virtualização 13

Entrada e saída de leitura e gravação


Nos ambientes tradicionais de data introduziram mais despesas ao arma-
center com armazenamento compar- zenamento. Uma operação de grava-
tilhado, a diferença de desempenho ção de RAID 6 precisa de seis entradas
entre os dados de leitura e gravação é e saídas para ser concluída. O motivo:
incrível. A leitura geralmente é rápida Não são apenas os dados que devem
e pode ser realizada com apenas uma ser gravados, mas também as infor-
única operação de entrada e saída. A mações de paridade que devem ser
gravação dos dados é outra história. gravadas várias vezes no RAID 6. Os
Ela pode levar até seis operações de cálculos de RAID também tendem
entrada e saída para ser concluída. a exigir uma grande quantidade de
despesas com CPU para executar os
À medida que os administradores
cálculos de paridade real necessários
mudaram de RAID 5 para RAID 6 para
para a proteção de dados.
uma melhor proteção de dados, eles

✓✓ Comprar um ambiente separado para suportar cada aplicativo.


✓✓ Comprar dispositivos de armazenamento isolados sofisticados
que incluem recursos automáticos de camadas.
✓✓ Comprar várias camadas de armazenamento e gerenciá-las
separadamente.
O que essas técnicas de atenuação têm em comum? Elas exigem
que os administradores provisionem um armazenamento excessivo,
o que exige mais investimentos em hardware de armazenamento.
Elas também exigem mais tempo do administrador para configurar
e gerenciar. Eventualmente, esses modelos podem tornar-se
insustentáveis.

Várias áreas de interação


Abordar os dados muitas vezes em um ambiente virtualizado não é
algo tão formidável. Considere a seguinte situação: Um data center
legado, mas muito virtualizado, possui muitos servidores VMware
vSphere conectados a uma SAN. A rede SAN possui mecanismos
de desduplicação de dados. A empresa faz backup de seus dados
usando uma sequência local de disco-disco-fita. Ela também copia
certas VMs em um data center remoto todos os dias. Desta forma, a
empresa mantém backups locais e ganha recursos de recuperação
de desastres (Disaster Recovery, DR).

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14 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

Um pouco de redundância está presente neste cenário. A Figura 2-1


examina o caminho que os dados fazem ao passarem por vários
processos associados à esta situação.

Produtos separados por necessidade: Enormes despesas com CPU e ineficiência de rede
Entrada de dados

Entrada de dados

Entrada de dados
Saída de dados

Saída de dados

Saída de dados
Despesas com CPU

Despesas com CPU

Despesas com CPU


de desduplicação

de desduplicação

de desduplicação
CPU hidratação

CPU hidratação

CPU hidratação
Despesas com

Despesas com

Despesas com
Hidratados Hidratados

Servidor e Backup Replicação


armazenamento

Ambiente hiperconvergente: Desduplicando de uma vez por todas


Entrada de dados

Saída de dados
CPU overhead

CPU overhead
Desduplicação Desduplicação

Hydrate
Dedupe

Servidor e armazenamento Backup Replicação

Figura 2-1: A infraestrutura hiperconvergente exige muito menos energia da


CPU e menos largura de banda da rede do que os sistemas não
convergentes.

Toda vez que os dados precisam ser hidratados e depois desduplica-


dos novamente, à medida que passam por diferentes componentes,
a CPU deve ser envolvida. A desduplicação pode ser uma operação
cara, e processar constantemente os dados em diferentes locais
apresenta várias desvantagens:
✓✓ O uso constante da CPU para processar dados várias vezes
limita o número de VMs que pode ser executado no ambiente.
✓✓ Os dados levam mais tempo para percorrer a rede porque não
estão em sua forma reduzida à medida que se movem entre os
serviços.
✓✓ Os custos da largura de banda da WAN são significativos à
medida que os dados viajam através de conexões de área
ampla de forma não reduzida.
E fica ainda pior. Muitos sistemas de armazenamento, incluindo
aqueles relacionados à proteção de dados, usam um método de
desduplicação pós-processamento, ao contrário do que é conhecido
como um processo de desduplicação em linha. A desduplicação pós-
-processamento significa que os dados só são desduplicados depois
de serem gravados no disco. Aqui estão as etapas:
1. Gravar os dados no disco de forma desduplicada.
Requer capacidade de disponibilidade e usa IOPS.
2. Ler os dados que retornam do disco posteriormente.
Os dados então precisam ser processados novamente
pelo mecanismo de desduplicação pós-processamento,
consumindo ainda mais recursos de CPU e IOPS.

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Capítulo 2: Desafios de virtualização 15
3. Acionar a CPU para desduplicar ou comprimir.
Depois de lidos, os dados precisam ser processados
novamente, usando mais CPU.

Isso significa que os dados serão replicados antes da desduplicação


e, em seguida, todo o trabalho de desduplicação para economizar
recursos deve acontecer tanto no local principal quanto no local de
recuperação de desastres. Este processo consome mais recursos,
incluindo CPU, IOPS, capacidade e largura de banda da rede. A
desduplicação pós-processamento emprega todos esses recursos
para obter uma redução na capacidade de armazenamento. A troca
não é positiva.
Resultado: maiores custos e menor eficiência. A melhor situação em
qualquer ambiente é eliminar as gravações no disco antes mesmo
de acontecerem. Em um ambiente hiperconvergente, devido ao
armazenamento em cache na RAM, muitas operações não precisam
envolver o armazenamento.
No data center moderno, a eficiência de dados envolve IOPS e a
largura de banda da WAN, e não a capacidade de armazenamento.
A capacidade tornou-se abundante à medida que os fornecedores
passaram a lançar unidades maiores (6 TB e acima!). No início, as
tecnologias de eficiência de dados estavam focadas no mercado de
backup. O objetivo era fornecer uma alternativa para a tecnologia
baseada em fita. Para que a economia funcionasse, o principal
objetivo era alocar mais dados no disco e ao mesmo tempo fornecer
a taxa de transferência necessária para backups. Em suma, guardar
9 quilos de dados em uma bolsa de 2 quilos. Essa era a solução certa
na época.
Enquanto os discos ficaram maiores, as unidades de desempenho
mal melhoraram. As organizações não têm um problema de capa-
cidade; elas têm um problema de IOPS, que se manifesta como um
desempenho fraco. Com a adição de DR na maioria dos ambientes
dos clientes, a demanda por banda larga de WAN aumentou e
também temos um desafio de largura de banda. As tecnologias de
redução de dados, como a desduplicação, destinam-se a enfrentar
os novos desafios dos recursos, incluindo as necessidades de banda
larga de WAN.
Dada essa realidade, em um ambiente de armazenamento principal,
a infraestrutura precisa otimizar o desempenho e a latência, não a
capacidade e a taxa de transferência. Isso requer uma tecnologia
nova e uma abordagem da eficiência de dados que seja sistêmica
– uma das características da infraestrutura hiperconvergente.

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16 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

A desduplicação em linha fornece o nível de eficiência necessário e


consiste apenas em duas etapas: processar dados e gravar dados.
A desduplicação em linha emprega a CPU apenas uma vez e obtém
uma redução em IOPS, largura de banda de WAN e capacidade de
armazenamento. Eles são recursos essenciais, mas esses recursos só
são conservados quando a eficiência de dados é fornecida em linha.
No data center moderno, a eficiência de dados também envolve
mobilidade e proteção de dados, especialmente quando se fala em
backup e restauração on-line. A eficiência de dados poupa todas as
entradas e saídas tradicionalmente necessárias para fazer operações
de backup e restauração.

Desalinhamento de políticas
Além de enfrentar os desafios de desempenho do mundo pós-virtua-
lização, as organizações virtualizadas enfrentam desafios de política
nos mundos físico e virtual.
✓✓ Físico: Os servidores físicos possuem um mapeamento direto
do aplicativo para o servidor, para a matriz de armazenamento,
para o LUN e para a política de armazenamento. Isso resulta
em um ambiente em que uma política de aplicativo está dire-
tamente vinculada a um conceito interno da matriz de armaze-
namento. Não há abstração. Essa abordagem é o que torna as
atualizações de armazenamento tão complexas. Por exemplo,
uma política de replicação é aplicada a um LUN na matriz de
armazenamento X, no endereço IP Y, e diz que o LUN seja repli-
cado para a matriz de armazenamento A, no endereço IP B.
Imagine a complexidade de uma substituição de matriz quando
há um par de matrizes em um par de locais, e as políticas de
replicação estão emaranhadas. Não é de admirar que haja tan-
tos administradores de armazenamento em TI.
✓✓ Virtual: No mundo virtualizado, há muitos aplicativos em um
host e muitos hosts em um único LUN. Não é eficiente aplicar
uma política a um único LUN se esse LUN representa os dados
para vários aplicativos (e hosts). Em um ambiente hiperconver-
gente, as políticas de backup e replicação são aplicadas dire-
tamente a aplicativos (ou VMs) individualmente. Não há LUNs
ou conjuntos de RAID para gerenciar. As políticas de replicação
especificam um destino, neste caso, um data center, que é
separado da infraestrutura. Isso permite que um administrador
execute uma atualização de plataforma sem qualquer reconfi-
guração das políticas ou migração de dados, o que aumenta a
eficiência e diminui o risco.

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Capítulo 3

Bem-vindo ao SDDC
Neste capítulo
▶▶Virtualizando todos os elementos
▶▶Introdução à automação
▶▶Usando a TI como um Serviço

Q ue conceito! Software para o data center moderno.

Considere a situação até cinco anos atrás. Os data centers legados


eram centrados em hardware. As empresas de armazenamento
criavam seus próprios chips e caixas para enviar aos clientes. Os
fornecedores de rede usavam uma abordagem semelhante, criando
circuitos e matrizes individuais para seus produtos. Embora essa
abordagem não tenha sido necessariamente ruim, os produtos de
hardware resultantes tornaram-se relativamente inflexíveis, e a
camada de software flexível desempenhou um papel de apoio.

Neste capítulo, eu apresento o novo padrão de data center: o data


center definido por software (Software-Defined Data Center, SDDC),
no qual o software torna-se o foco acima do hardware. Como os
SDDCs possuem vários recursos determinantes, incluindo virtua-
lização, automação e uso de TI como um Serviço (IT as a Service,
ITaaS), eu abordo detalhadamente esses recursos.

Virtualização
Cada SDDC emprega um alto grau de virtualização, que vai além de
virtualizar servidores. Tudo é sugado pelo aspirador da virtualiza-
ção: armazenamento, servidores e até mesmo serviços de suporte,
como balanceadores de carga, dispositivos de otimização de rede

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18 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

de área ampla (WAN) e mecanismos de desduplicação. Nada é


poupado. Isso elimina as ilhas dos recursos de CPU, memória, arma-
zenamento e rede que tradicionalmente ficavam bloqueados dentro
de um dispositivo de um único propósito, como um dispositivo
de transferência de backup para o disco, e cria um único conjunto
de recursos compartilhados para aplicativos empresariais e de
infraestrutura.

A virtualização extrai os componentes de hardware do data center


e os sobrepõe com uma camada de software comum: a camada de
virtualização, que gerencia o hardware subjacente. O hardware pode
ser uma bagunça de misturas e combinações, mas isso não importa
mais, graças à camada de virtualização. Tudo que o administrador
do data center tem para se preocupar é garantir que os aplicativos
sejam executados conforme o esperado. A camada de virtualização
lida com o trabalho pesado.

Automação
Hoje muitas diretorias estão solicitando que as empresas produzam
mais com menos. Uma das formas mais rápidas de melhorar a
eficiência (e reduzir os custos) é automatizar as operações de rotina
o máximo possível.

Até agora, muitas arquiteturas de TI legadas tem sido tão variadas e


complexas que a automação era apenas um sonho inalcançável. O
SDDC aproxima esse sonho da realidade.

A padronização imposta por software na arquitetura do data center


permite níveis mais altos de automação. Além disso, a própria
camada de software é muitas vezes repleta de assistentes de auto-
mação, como as interfaces de programação de aplicativos (Applica-
tion Programming Interfaces, APIs). Com esse tipo de assistência, a
automação torna-se muito mais fácil.

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Capítulo 3: Bem-vindo ao SDDC 19

IT como um Serviço
Quando os recursos são extraídos do hardware e muitas técnicas
de automação estão em vigor, as empresas geralmente descobrem
que podem lidar com muitos serviços de TI exatamente como eles
são – serviços.

Assim como fazem com todos os outros serviços, as empresas que


usam ITaaS têm certas expectativas:
✓✓ Previsibilidade: O serviço deve funcionar de forma pre-
visível a um custo previsível. O SDDC pode fornecer essa
conformidade.
✓✓ Escalabilidade: Hoje as necessidades empresariais podem
ser muito diferentes das futuras, e o data center não pode ser
um fator limitante quando a expansão torna-se necessária. Na
verdade, um data center deve ser um facilitador da expansão
do negócio.
✓✓ Melhor utilização: As empresas esperam obter o máximo
benefício dos serviços que compram. Depois que um SDDC,
impulsionado pela hiperconvergência, é construído sobre com-
ponentes comuns que eliminam as ilhas de recursos, tradicio-
nalmente presos dentro dos dispositivos da infraestrutura, a
obtenção de altas taxas de utilização é extremamente fácil.
✓✓ Menos funcionários: Com o SDDC, uma empresa pode operar
um data center com um quadro menor de funcionários. A
razão é simples: O SDDC elimina as ilhas de recursos tradicio-
nais em favor da nova matriz operada por software.
Menos funcionários traduz-se diretamente em custos mais
baixos. Na verdade, a pesquisa da Avaya sugere que um SDDC
eficiente pode reduzir os custos com funcionários de 40% do
custo total de propriedade para apenas 20%.
✓✓ Tempo de aprovisionamento reduzido: Uma empresa que
investe em SDDC espera receber benefícios comerciais. O
SDDC oferece agilidade e flexibilidade, o que reduz os tempos
de aprovisionamento para os novos serviços que as unidades
empresariais exigem.

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20 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

Hardware em um mundo de software


Quando as pessoas ouvem a frase empresa para gerenciar diversos
data center definido por software, dispositivos, um SDDC usa principal-
a primeira pergunta geralmente diz mente hardware de commodity.
respeito ao local onde o software
Se um SDDC contiver qualquer har-
do SDDC deve ser executado. A res-
dware de propriedade da empresa,
posta é simples: A camada de sof-
o software tirará proveito dele para
tware é executada no hardware.
desempenhar funções importantes.
Mas se o SDDC é centrado no sof- No mundo da hiperconvergência,
tware, por que o hardware ainda é este tipo de hardware torna-se parte
necessário? Mais uma vez, a res- essencial das operações padrão do
posta é simples: Você não pode exe- data center. Por ser um hardware
cutar um SDDC sem hardware. idêntico (e não exclusivo para cada
dispositivo), ele realiza um bom esca-
A maioria dos hardwares em SDDCs
lonamento conforme novos dispositi-
parece bastante diferente dos har-
vos são adicionados ao data center.
dwares em ambientes tradicionais.
O software ainda é o chefe em um
Enquanto os data centers legados
ambiente desse tipo, mas sem o har-
possuem uma grande quantidade
dware, nada aconteceria
de hardware de propriedade da

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Capítulo 4

O que as empresas
esperam da TI
Neste capítulo
▶▶Aumento de eficiência
▶▶Redução de risco
▶▶Atingir e manter a agilidade

V ocê sabia que o departamento de TI não existe apenas para


brincar com a tecnologia? Quem sabia? Aparentemente, é
muito importante que este departamento, cada vez mais essencial,
concentre-se menos nos equipamentos e aproxime-se mais dos
negócios.
Essa mudança de atenção não é apenas uma boa ideia; é uma
tendência intensamente incitada pelos CEOs e líderes das unidades
empresariais que têm necessidades valiosas para atender. Os profis-
sionais de tecnologia que anseiam por se manter à frente precisam
aprimorar suas empresas.

As expectativas de altos retornos dos grandes investimentos em


data centers estão aumentando cada vez mais, e as empresas estão
muito menos dispostas a assumir riscos. Elas querem um data
center que tenha essas três características:

✓✓ Aumento da eficiência operacional


✓✓ Redução dos riscos nos negócios
✓✓ Ser flexível e ágil o suficiente para suportar as necessidades
empresariais inconstantes
Este capítulo examina essas características.

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22 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

Maior eficiência
Seu chefe já entrou em seu escritório e disse algo assim:

“João, precisamos conversar sobre o seu desempenho. Você


é muito eficiente, e precisamos que você diminua um pouco o
ritmo. Se você puder fazer isso no sábado, seria óóóóóótimo.”

Acho que não. Ao contrário, os departamentos de TI estão sob


pressão cada vez maior para aumentar a eficiência. Melhorar a
eficiência geralmente significa mudar a forma como a TI funciona
– mudanças que envolvem qualquer coisa, desde pequenas
correções até grandes iniciativas.

Um dos maiores benefícios da arquitetura hiperconvergente é que


ela gera benefícios de eficiência e ao mesmo tempo simplifica as
operações.

Melhor aproveitamento do tempo


Como disse o poeta Delmore Schwartz: “O tempo é o fogo no qual
queimamos”. Para aqueles que trabalham arduamente em tarefas
repetitivas e banais todos os dias, não existem palavras tão verda-
deiras. Quando se trata de negócios, qualquer tempo desperdiçado
em trabalhos banais é tempo perdido, tempo que poderia ter sido
gasto trabalhando nos objetivos da empresa.

A gerência quer que o departamento de TI use seu tempo sabia-


mente. As operações de TI tradicionais simplesmente não são mais
suficientes. O mesmo se aplica aos longos processos de avaliação e
integração de produtos, ou extensos índices de retorno do investi-
mento. A TI precisa ser mais rápida e mais enxuta do que nunca.

Adequação das habilidades


às tarefas
Pare um instante para pensar com o que a equipe de TI precisa
lidar no dia a dia: servidores, hipervisores, dispositivos de armaze-
namento, aceleradores de rede, software de backup, dispositivos
de backup, tecnologia de replicação e muito mais. Esqueça por
um momento os efeitos físicos dessa infinidade de equipamentos
no data center. Em vez disso, considere o custo humano. Cada um
desses dispositivos possui um console administrativo separado
que os operadores têm que aprender. Além disso, vamos encarar

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Capítulo 4: O que as empresas esperam da TI 23
a realidade, nem todos os dispositivos lidam bem com todos os
outros dispositivos.

Quando cada dispositivo requer conjuntos de habilidades muito


específicas para funcionar, cada habilidade requer um treinamento
contínuo. Mesmo quando você pode treinar alguns funcionários
de TI em todos os elementos do data center, em algum momento
esses profissionais poderão ir embora, e você ter problemas para
encontrar novos funcionários que tenham o mesmo conjunto de
habilidades.

Além disso, toda vez que você traz um recurso único para o
ambiente, é necessária uma equipe para gerenciá-lo. À medida
que esse recurso cresce, você pode precisar de mais pessoal para
acompanhar a carga de trabalho. No fundo, você está criando ilhas
de recursos conforme avança.

As ilhas de recursos são inerentemente ineficientes. Quanto mais


amplo você puder tornar o ambiente de TI, mais fácil será alcançar
economias de escala operacionais.

Resultado: As equipes de TI estão sendo esmagadas pelo peso da


infraestrutura legada. Cada recurso único requer habilidades únicas,
e as empresas não estão recrutando funcionários de TI a um ritmo
que acompanhe as necessidades técnicas.

Gerenciamento inteligente
dos recursos
As leis da física são forças imutáveis ​​na TI, e essas leis naturais
tornam-se evidentes quando você observa um data center com
atenção:

✓✓ Você descobre que dois objetos não podem ocupar o mesmo


espaço ao mesmo tempo, e é por isso que equipamentos ocu-
pam racks separados.
✓✓ Você descobre as leis da termodinâmica quando se posiciona
atrás de um rack e recebe o sopro de ar quente, e depois se
debruça sob o equipamento de resfriamento e sente frio.
✓✓ E por fim, você se depara com o eletromagnetismo quando
observa o hardware consumindo eletricidade e zunindo. (No
lado positivo, todos os LEDs intermitentes criam um show de
luzes bem impressionante.)

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24 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

Todos esses recursos físicos, espaço, energia e resfriamento,


precisam de dinheiro para continuarem a funcionar. Cada peça de
equipamento adicionada a um data center requer o uso de todos
esses recursos.

Continuar a adicionar equipamentos sem considerar o uso de recur-


sos não ajudará nada para aumentar sua eficiência geral.

Adequação dos orçamentos


Pense em seu primeiro projeto de virtualização. Por que você o
realizou? Estou disposto a apostar que você queria fazer um melhor
uso de seus recursos e melhorar o que costumava ser uma taxa de
utilização média de 15% dos servidores.

Se você não estiver usando todo seu equipamento em um nível


razoável, não está aproveitando o dinheiro que poderia ser usado
para financiar novos projetos e inovações. Você pode não estar rece-
bendo o retorno máximo de um investimento extremamente caro.

Você pode tornar seu orçamento de TI mais eficiente e servir melhor


a empresa, repensando a maneira como fornece serviços de data
center. Não pense em cada recurso separadamente como uma ilha.
Em vez disso, pense em um nível mais alto. Em vez de se concentrar
em recursos separadamente, concentre-se na escala global de todos
os recursos como seu procedimento operacional padrão.

Redução de risco
O risco pode ser transformado e resultar em um sistema de TI
impecável em vários pontos:

✓✓ Aquisições: Com tanto hardware para cuidar no data center,


atentar para todos os pequenos detalhes pode ser difícil. Antes
de comprar um equipamento novo, faça-se perguntas como
estas:
•• Você tem certeza que a rede de área de armazenamento
(Storage-Area Network, SAN) que escolheu tem a capaci-
dade suficiente em termos de terabytes e desempenho
em termos de operações de entrada e saída por segundo
(Input/Output Operations per Second, IOPS)?
•• Se você estiver expandindo um sistema existente, a
expansão criará um risco de inatividade ou perda de
dados?

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Capítulo 4: O que as empresas esperam da TI 25
•• Se você está atualizando uma matriz de armazenamento
existente, todas as revisões de firmware dos compo-
nentes são as mesmas ou são suportadas pelo novo
hardware?
✓✓ Operações: Geralmente, você precisará de um par de todas as
opções em um data center para manter os níveis de disponi-
bilidade que a empresa espera. Se isso não acontece, corre-se
o risco de interrupções prolongadas, e a gerência tende a não
gostar.
✓✓ Redundância é a regra em TI, mas é um padrão caro. Além
disso, ela requer funcionários com habilidades especializadas
para manter os diferentes recursos de alta disponibilidade que
são fornecidos com cada produto.
✓✓ Proteção de dados: Muitas empresas não planejam cuidadosa-
mente seus mecanismos de proteção de dados ou dependem
de muitos serviços prestados por muitas empresas. Como
resultado, geralmente ocorre o jogo da culpa quando acontece
algo inesperado. Quando a recuperação é prioridade, ninguém
quer que os fornecedores discutam sobre de quem é a culpa.
Tenha em mente: A proteção de dados não é uma questão de
backup, é uma questão de recuperação.
Os Diretores Executivos de Informação (CIOs) e a equipe de TI que-
rem, e precisam, reduzir o risco em suas organizações. Os sistemas
e aplicativos devem permanecer altamente disponíveis, e os dados
devem estar seguros. Infelizmente, à medida que um hardware mais
diversificado é instalado, a obtenção desses objetivos essenciais
torna-se mais difícil.

As empresas podem reduzir o risco adotando uma arquitetura


hiperconvergente. Os sistemas hiperconvergentes incluem todos os
componentes necessários para fazer funcionar um data center sem
a complexidade das soluções legadas.

Maior agilidade
Promover um novo produto ou serviço mais rápido geralmente
resulta em vantagens comerciais a longo prazo. Os mercados de
hoje travam disputas mortais, e as questões de TI não podem dar-se
o luxo de ficar no meio das operações essenciais da empresa. É
uma das razões pelas quais a nuvem pública é uma loteria para os
usuários de empresas.

Qualquer atraso para fornecer o que a empresa necessita poderia


resultar em ela resolver os problemas de TI com as próprias mãos

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26 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

– conhecido como problema de “Shadow IT” (TI fantasma), e isso


acontece com mais frequência do que você pensa. Se um funcioná-
rio da empresa solicita uma função ou serviço que a TI não fornece
adequadamente, então o funcionário, usando um cartão de crédito,
pode adquirir um serviço baseado em nuvem sem o envolvimento
da TI, ou o conhecimento da TI sobre a existência do fato. As práti-
cas de Shadow IT têm o potencial de introduzir riscos.

Para atender às demandas das unidades empresariais e ter maior


rapidez e agilidade, muitos departamentos de TI simplesmente
criam infraestruturas cada vez maiores que são inflexíveis e difíceis
de gerenciar. Eventualmente, esse sistema transforma-se em um
castelo de areia, e o menor problema pode derrubá-lo. Essa situação
não é um atributo distintivo de uma infraestrutura de TI ágil.

Agilidade e velocidade são dois mantras que cada profissional de TI


deve adotar. É fundamental garantir que a infraestrutura seja ágil
para que a TI possa implantar, de forma rápida e fácil, novos aplicati-
vos e serviços em resposta às demandas da empresa.

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Capítulo 5

Como a nuvem está


mudando a TI
Neste capítulo
▶▶Emprego de recursos compartilhados e escaláveis
▶▶Ênfase na automação
▶▶Gerenciamento de aquisições com inteligência

A virtualização é apenas uma das principais tendências que


influenciam a TI. É difícil negar que a nuvem também influen-
ciou a TI. Considere isto:
✓✓ As unidades empresariais e os departamentos de TI podem
adquirir serviços simplesmente usando um cartão de crédito.
✓✓ Os principais provedores de serviços de nuvem, como o Goo-
gle e o Facebook, estão mudando as expectativas de como um
data center deve funcionar porque seus ambientes gigantescos
não são nada parecidos com os data centers legados. Embora
a maioria das organizações não precise de uma estrutura nessa
dimensão, os melhores elementos de design arquitetônico des-
sas nuvens foram trazidos para o mundo hiperconvergente e
reunidos para acessibilidade.
Para a infraestrutura hiperconvergente, apenas a segunda tendência
é pertinente e é disso que trata este capítulo.

Escalabilidade e compartilhamento
de recursos
As características dos ambientes do Google e do Facebook são,
entre outras coisas, uma escalabilidade extrema e uma economia
razoável. Muitos desses princípios de nuvem foram adaptados para

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28 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

uso em ambientes menores e reunidos em produtos hiperconvergen-


tes que qualquer empresa pode comprar.

Design centrado no software


Como eu mencionei no Capítulo 3, a prevalência do software em rela-
ção ao hardware no data center tem o potencial de produzir coisas
muito boas. Empresas como o Google descobriram esse potencial
anos atrás e domesticaram as feras do seu hardware, envolvendo-o
em camadas de software. Um arquivo de dados dentro do Google
é gerenciado pelo sistema global de arquivos enormemente
distribuído e baseado em software. Esse sistema de arquivos não
se preocupa com o hardware subjacente. Ele simplesmente cumpre
as regras incorporadas na camada de software que garantem que o
arquivo seja salvo e com os níveis de proteção de dados corretos.
Mesmo com a expansão da infraestrutura do Google, o administra-
dor não está preocupado com a localização desse arquivo.

Economias de escala
Em um ambiente de data center legado, aumentar o ambiente pode
ser caro devido à natureza patenteada de cada hardware. Quanto
mais diversificado o ambiente, mais difícil mantê-lo.
Hardware de commodity
Empresas como o Google e o Facebook ampliam seus ambientes
sem depender de componentes caros. Em vez disso, tiram proveito
do hardware de commodity. Para algumas pessoas, a palavra com-
modity, quando associada ao ambiente de data center, é sinônimo
de barato ou não confiável. Sabe de uma coisa? Até certo ponto, elas
têm razão.
Quando você considera o papel do hardware de commodity em
um ambiente hiperconvergente, no entanto, tenha em mente que
o hardware é secundário em relação ao software. Neste ambiente,
a camada de software é construída com o entendimento de que o
hardware pode e, em última instância, irá falhar. Você ainda deseja
implantar o melhor hardware que puder encontrar para otimizar o
desempenho e reduzir a chance de falha, mas a arquitetura baseada
em software é projetada para se antecipar e lidar com qualquer falha
de hardware que ocorra.
O hardware de commodity não é propriamente barato, mas tem
custo muito menor do que o hardware proprietário. Além disso,
é intercambiável com outros componentes. Um fornecedor de
hiperconvergência pode alterar sua plataforma de hardware sem
recodificar todo o sistema. Ao aproveitar o hardware de commodity,

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Capítulo 5: Como a nuvem está mudando a TI 29
os fornecedores de hiperconvergência garantem aos seus clientes
hardware acessível e sem interrupção, em função da rapidez e facili-
dade na transição.
Escalabilidade em pequenos incrementos
Agora pense em como você compra sua tecnologia de data center,
particularmente quando se trata de armazenamento e outros equi-
pamentos que não sejam do servidor. Para o ciclo de vida esperado
para esse equipamento, você provavelmente compra o máximo de
potência e capacidade necessárias, com um pouco de capacidade
extra “por segurança”.
Quanto tempo levará para você usar toda essa capacidade comprada
previamente? Pode ser que você nunca a use. Que desperdício! Mas,
por outro lado, você pode achar necessário expandir seu ambiente
antes do previsto. As empresas que utilizam nuvem não criam planos
complexos de atualização de infraestrutura a cada necessidade de
expansão. Elas simplesmente adicionam mais unidades padronizadas
de infraestrutura ao ambiente. Esse é o seu modelo de escala, que
consiste em poder avançar para o próximo nível de infraestrutura em
pequenos incrementos, conforme necessário.

Flexibilidade de recursos
A infraestrutura hiperconvergente leva uma abordagem de
pequenos incrementos à escalabilidade do data center. Os clientes
não precisam mais expandir apenas um componente ou rack de
hardware por vez, eles simplesmente adicionam outro nó baseado
no aplicativo para manter um ambiente homogêneo. Todo o
ambiente é um enorme conjunto de recursos virtualizados. À medida
que as necessidades se impõem, os clientes podem expandir esse
conjunto de forma rápida e fácil, e de uma maneira que faça sentido
economicamente.

Capacidade de automação
Você acha que um provedor de nuvem típico gasta uma quantidade
exorbitante de tempo reconstruindo políticas e processos individu-
almente, cada vez que faz mudanças ou adiciona equipamentos em
seu data center? Claro que não. Na nuvem, a mudança é constante,
portanto, garantir que as mudanças sejam feitas sem interrupção
é fundamental. No mundo da TI empresarial, as coisas deveriam
funcionar do mesmo jeito. Uma mudança no hardware do data
center não deve exigir a reconfiguração de todas as suas máquinas e
políticas virtuais.

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30 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

Separando política de infraestrutura


Considerando que o hardware não é o foco no data center definido
por software (Software-Defined Data Center, SDDC, veja o Capítulo 3),
por que você criaria políticas que visam dispositivos de hardware
específicos? Além disso, visto que as cargas de trabalho empresariais
otimizam as máquinas virtuais (Virtual Machines, VMs) como suas
construções básicas, por que uma VM deve ser controlada por
políticas vinculadas a componentes de infraestrutura subjacentes?
Considere uma situação em que você define políticas que transferem
cargas de trabalho entre números de unidades lógicas (Logical Unit
Numbers, LUNs) específicas para fins de replicação. Agora, multipli-
que essa política por 1.000. Quando chega a hora de trocar um LUN
afetado, você acaba com uma mistura de políticas de LUN para LUN.
Você precisa encontrar cada política individualmente e reconfigurá-la
para apontá-la para o novo hardware.
As políticas devem ser muito mais generalistas, permitindo que a
infraestrutura faça decisões granulares. Em vez de uma abordagem
específica em uma política de LUN, por exemplo, as políticas devem
ser simples como “Replicar VM para Curitiba”.
Por que isso é bom? Com uma política tão generalizada, você pode
executar uma atualização de tecnologia completa em Curitiba sem
migrar dados ou reconfigurar qualquer política. Uma vez que a
política é definida a nível de data center, todas as políticas de entrada
e saída permanecem em vigor. Maravilha.

Uma abordagem centrada em VM


A carga de trabalho ocupa um lugar central na nuvem. No caso da TI
empresarial, essas cargas de trabalho são VMs individuais. Quando
se trata de políticas em ambientes baseados em nuvem, a VM é o
centro do mundo. Trata-se de aplicar políticas às VMs – não aos
LUNs, compartilhamentos, armazenamento de dados ou qualquer
outra construção. Tenha em mente a situação do administrador
da VM, que é centrado na VM. Por que o administrador não atribui
políticas de backup, qualidade de serviço e replicação a uma VM?
A necessidade de aplicar políticas em domínios de recursos indivi-
duais cria problemas operacionais fundamentais na TI. Na nuvem e
na hiperconvergência, as políticas são simplesmente chamadas de
políticas. Não há políticas de LUN, políticas de cache, políticas de
replicação, e assim por diante – apenas políticas.

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Capítulo 5: Como a nuvem está mudando a TI 31

Entendendo a economia em nuvem


Os provedores de nuvem e as organizações de TI empresarial geren-
ciam seus ambientes usando modelos econômicos muito diferentes.
Os Diretores Executivos de Informação (CIOs) esperam que a infra-
estrutura de TI empresarial dure muitos anos; por isso compram
capacidade e desempenho suficientes para durar todo esse tempo.
Em muitos casos, no entanto, o potencial completo da compra para
a infraestrutura nunca é alcançado. Os CIOs geralmente compram a
mais para garantir que a capacidade dure o ciclo de vida completo.
Por outro lado, por design ou por engano, os CIOs geralmente com-
pram infraestrutura a menos. A organização então precisa comprar
recursos individualmente quando estes começam a ficar escassos.
Isso resulta em ter que observar recursos individuais constante-
mente, reagindo quando necessário, e esperando que seu produto
existente não chegue ao fim da vida útil.
Agora, pense nos provedores de nuvem, que não fazem uma compra
enorme a cada cinco anos. Fazer isso seria loucura de algumas
maneiras:
✓✓ Muitos componentes de hardware teriam que ser comprados
antecipadamente.
✓✓ Planejar com precisão as necessidades de recursos para três a
cinco anos, nesses tipos de ambientes, pode ser impossível.
Em vez disso, as organizações que funcionam em nuvem gastam à
medida que crescem. A escalabilidade operacional e a homogenei-
dade são partes fundamentais do DNA dos provedores de nuvem,
assim eles simplesmente adicionam mais recursos padronizados
conforme a necessidade.
A nuvem pública é altamente convidativa para a empresa. O serviço
instantâneo é elástico e custa apenas alguns centavos por hora. O
que poderia ser melhor? Isso não serve para todos os aplicativos,
e apresenta grandes desafios para muitos deles, especialmente
quando se trata da previsibilidade de custos. O custo real da nuvem
pública aumenta dramaticamente quando comparado com o custo
do desempenho de armazenamento previsível, alta disponibilidade,
backup, recuperação de desastres, redes privadas e muito mais. A
TI acaba pagando por um servidor que funciona com uma utilização
de 15%, e o provedor de nuvem está se beneficiando ao reunir essas
VMs em um único host.
Os aplicativos de TI são projetados com a expectativa de infraes-
trutura de alta disponibilidade, recuperação de desastres, backup e

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32 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

recuperação e outros serviços necessários (é por isso que a TI interna


não é como o Facebook e o Google). Os aplicativos de TI criam um
conjunto diferente de demandas sobre a infraestrutura. Portanto, qual-
quer infraestrutura hiperconvergente deve cumprir esses requisitos.
As unidades empresariais podem não entender essas sutilezas e
serem compelidas a comprar serviços em nuvem sem uma compre-
ensão do panorama global. Este surgimento da TI invisível – onde
unidades não relacionadas à TI criam seus próprios sistemas (veja o
Capítulo 4) – é real, e a nuvem é cúmplice ao permitir essa tendência.
A TI invisível existe, no entanto, porque a TI não é capaz de fornecer
os tipos de serviços que as unidades empresariais exigem, ou porque
não são capazes de responder à altura. Assim, essas unidades recor-
rem à nuvem para atender a necessidades individuais, dando origem a
serviços fragmentados, possíveis violações de segurança e problemas
gerais na qualidade dos dados.
A hiperconvergência traz a economia e a flexibilidade de uma infraes-
trutura em nuvem baseada em consumo para a TI empresarial sem
comprometer o desempenho, a confiabilidade e a disponibilidade. Em
vez de fazer compras enormes a cada poucos anos, a TI simplesmente
adiciona blocos de construção de infraestrutura ao data center con-
forme necessário. Esta abordagem proporciona à empresa um tempo
de valoração muito mais rápido para o ambiente expandido.
A Figura 5-1 mostra os sistemas integrados (que aplicam a escalabi-
lidade através de grandes etapas; veja o Capítulo 6) e a hiperconver-
gência (que aplica a escalabilidade através de pequenos incrementos;
veja os Capítulos 6 e 7), com recursos desperdiçados acima da linha
ondulada.

Sistemas integrados Hiperconvergência

Degrau de Necessidades de Degrau de Necessidades de


infraestrutura carga de trabalho infraestrutura carga de trabalho
Degrau grande = muito desperdício Degrau pequeno = mais flexibilidade, menos desperdício,
(qualquer coisa acima da linha é um desperdício) capacidade de dimensionar corretamente o ambiente

Figura 5-1: A unidade de escala tem um impacto significativo na economia.

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Capítulo 6

Compreensão da
infraestrutura convergente
Neste capítulo
▶▶Como a convergência evoluiu
▶▶Introdução à infraestrutura hiperconvergente
▶▶Aproveitamento máximo das diferenças

O mercado de infraestrutura de TI está passando por uma


transformação sem precedentes. A transformação mais
significativa é refletida em duas grandes tendências: convergência e
data centers definidos por software (Software-Defined Data Centers,
SDDCs). Ambas as tendências são respostas às realidades da TI com
a desordem de infraestrutura, a complexidade e o alto custo; elas
representam tentativas de simplificar a TI e reduzir o custo total
de propriedade da infraestrutura. Os ambientes de infraestrutura
atuais geralmente são compostos por 8 a 12 produtos de hardware
e software de fornecedores diferentes, e cada produto oferece uma
interface de gerenciamento única e exige treinamento específico.
No entanto, cada produto nesse tipo de pilha legada recebe um
aprovisionamento excessivo, usando seus próprios recursos
(CPU, DRAM, armazenamento e assim por diante) para tratar das
cargas de trabalho de picos intermitentes dos aplicativos residen-
tes. O valor de um único conjunto de recursos compartilhados,
oferecido pela virtualização do servidor, ainda está limitado à
camada do servidor. Todos os outros produtos são ilhas de recur-
sos com aprovisionamento excessivo que não são compartilhados.
Portanto, a baixa utilização da pilha, de um modo geral, resulta em
efeitos de oscilação de alta aquisição, espaço e custos de energia.
Simplificando, muitos recursos são desperdiçados nos ambientes
legados atuais.

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34 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

Este capítulo investiga uma solução de ponta: a convergência, que,


em última instância, leva à hiperconvergência.

A evolução da convergência
As seções a seguir descrevem a evolução da convergência nos
últimos anos.

Sistemas integrados
As primeiras soluções de convergência de infraestrutura possuem
capacidades completas de rede, computação, armazenamento e
virtualização, mas em muitos casos são apenas conglomerados de
hardware e software existentes, com pouca ou nenhuma inovação
real em recursos de produtos a serem aproveitados. Muitos
consideram as soluções oferecidas pelos principais fabricantes de
equipamentos originais como formas de bloquear os clientes em
suas pilhas de tecnologia.

Os sistemas integrados oferecem alguns benefícios. Mais nota-


velmente, os clientes ganham um único ponto de contato para
sua infraestrutura, desde a compra até o final da vida útil. Esses
sistemas são constantemente testados e quase sempre chegam ao
local do cliente completamente montados nos racks e com os cabos
conectados, estando assim prontos para uso.

A desvantagem é que esses sistemas geralmente têm um grande


degrau. Ao requerer mais potência, você precisa adquirir uma
grande parte de infraestrutura. Além disso, esses produtos nem
sempre resolvem os sérios desafios que muitas organizações enfren-
tam (veja o Capítulo 2).

Infraestrutura convergente
Os produtos de infraestrutura convergente reúnem os componentes
de servidor e armazenamento em um único dispositivo, eliminando
de fato a necessidade de um armazenamento exclusivo baseado em
rede de área de armazenamento (Storage Area Network, SAN).

Esses sistemas fornecem uma solução de conjunto único de recur-


sos em um local, oferecendo gerenciamento simplificado e tempo
de implantação mais rápido. Eles realmente virtualizaram a camada
de armazenamento e permitiram sua execução na plataforma de
virtualização. O custo total de aquisição é menor e o gerenciamento
(pelo menos para os recursos de servidor e armazenamento)

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Capítulo 6: Compreensão da infraestrutura convergente 35
é simplificado. Com esses sistemas, a utilização geral de recursos é
maior do que com uma infraestrutura legada em ilha.

No entanto, a infraestrutura convergente tem algumas limitações:

✓✓ Os sistemas geralmente incluem apenas os componentes de


recursos de servidor e armazenamento.
✓✓ Muitos dos desafios fundamentais de gerenciamento de dados
não foram resolvidos. É a funcionalidade de uma matriz de
armazenamento tradicional migrada para a plataforma de
virtualização.
✓✓ As proporções entre os recursos (como CPU:armazenamen-
to:rede) são fixas, tornando-os menos flexíveis do que algumas
organizações precisam.
✓✓ Os produtos nem sempre podem ser utilizados pela infraes-
trutura existente. Em outras palavras, talvez você não consiga
usar o armazenamento de um dispositivo de infraestrutura
convergente a partir de sistemas legados existentes. No fundo,
você é obrigado a criar uma ilha de recursos separada.
Por estas razões, os sistemas de infraestrutura convergente não
abordam de forma suficiente os problemas de desempenho em
todas as infraestruturas legadas.

Da mesma forma, no que diz respeito aos dados, os sistemas não


abordam todos os problemas a eles relacionados, porque nem
todos os dispositivos de eficiência de dados são convergentes. O
gerenciamento pode ser melhorado, mas não é um gerenciamento
global unificado.

Infraestrutura hiperconvergente
A hiperconvergência, também conhecida como infraestrutura
hiperconvergente, representa o próximo passo lógico na evolução
da convergência de infraestruturas. A hiperconvergência oferece
simplificação e economia ao consolidar todas as funcionalidades
necessárias em uma única pilha de infraestrutura executada em
um conjunto elástico e eficiente de recursos x86. A arquitetura de
dados subjacentes foi completamente reinventada, permitindo que
o gerenciamento de dados fosse radicalmente simplificado. Como
resultado, a infraestrutura hiperconvergente cumpre a promessa do
SDDC no nível tecnológico. Ela também traz os benefícios da conver-
gência, incluindo um único conjunto de recursos compartilhados.

A hiperconvergência vai muito além dos servidores e do armazena-


mento, trazendo para o grupo da convergência muitos recursos que

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36 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

tornam os serviços legados obsoletos em alguns ambientes de TI,


incluindo os seguintes serviços:

✓✓ Produtos de proteção de dados (backup, replicação)


✓✓ Ferramentas de desduplicação
✓✓ Dispositivos de otimização de rede de área ampla (Wide-Area
Network, WAN)
✓✓ Matrizes de unidade de estado sólido (Solid-State Drive, SSD)
✓✓ Matrizes de cache SSD
✓✓ Gateways de nuvem pública
✓✓ Dispositivos ou softwares de replicação
No Capítulo 7, é abordada em maior profundidade como a hipercon-
vergência leva a convergência para o próximo nível no data center e
fornece uma infinidade de benefícios para a TI e para a empresa.

Características da convergência
As opções de convergência precedentes são construídas uma
sobre a outra, com cada uma tendo diferenças vitais. A Figura 6-1
descreve as características de alto nível que definem cada tipo de
convergência.

Atributos técnicos Benefícios organizacionais


Eficiência Um único conjunto Gerenciamento Melhorias de
de recursos custo total de Simplificação
de dados compartilhados global propriedade
Sistemas
Conjunto de recursos Demora para implantar
integrados limitado à camada e obter ganhos
do servidor administrativos

Convergência
Limitada ao servidor Reduz o custo total de Menos produtos
principal e aos recursos propriedade, principalmente para gerenciar
de armazenamento; devido à redução de
outros recursos equipamentos legados;
não incluídos não aborda backup, replicação
e recuperação de desastres

Hiperconvergência
A arquitetura de dados Gerenciamento completo Redução significativa do Reduz o hardware
começa com uma Todos os recursos do de todos os recursos de custo total de propriedade, em data centers,
única desduplicação, data center são trazidos infraestrutura e máquinas através da redução de facilita o
compressão e para a pilha de recursos virtuais; um único ponto recursos de hardware, gerenciamento,
otimização de dados de administração operações simplificadas e centralização em VM
automação
Não suportado Parcialmente suportado Totalmente
suportado
Figura 6-1: Compara as melhorias à medida que a convergência evoluiu.

Cada característica é fundamental para o cumprimento de todos


os atributos que a empresa exige da TI na era moderna: simples,
excelente e sustentável.

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Capítulo 7

Dez coisas que a


hiperconvergência
pode fazer por você
Neste capítulo
▶▶Foco no software
▶▶Centralização do gerenciamento
▶▶Melhoria da proteção de dados

D e que maneira uma infraestrutura hiperconvergente reúne


todas as tendências importantes que a TI empresarial se
esforça em atender? Vejamos:
✓✓ Hiperconvergência é a incorporação do data center definido
por software (Software-Defined Data Center, SDDC, veja o Capí-
tulo 3). Baseada em software, ela fornece flexibilidade e agili-
dade que a empresa exige da TI.
✓✓ Os operadores de nuvem compreendem seu modelo econô-
mico. A hiperconvergência traz à TI empresarial um modelo
econômico de nuvem que proporciona um tempo de valoração
mais rápido para os gastos do data center e reduz o custo total
de propriedade para toda a solução. Uma infraestrutura hiper-
convergente oferece os benefícios econômicos da nuvem, ao
mesmo tempo em que oferece o desempenho, a alta disponibi-
lidade e a confiabilidade que a empresa exige.
✓✓ A tecnologia flash resolve problemas de desempenho, mas
não é a resposta para todos os problemas de desempenho.
As opções hiperconvergentes incluem sistemas totalmente
flash ou sistemas que reúnem flash e discos giratórios, per-
mitindo que a TI iguale a capacidade e o desempenho com as

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38 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

exigências da empresa, eliminando ilhas de recursos (consulte


o Capítulo 2).
✓✓ O mercado de infraestrutura convergente fornece uma aborda-
gem de um único fornecedor para aquisição, implementação e
operação. Não há mais fornecedores culpando uns aos outros,
e há apenas um número para ligar quando surge um problema
no data center.
Neste capítulo, eu me aprofundo um pouco mais na hiperconver-
gência, mostrando dez maneiras em que ela soluciona os desafios
inerentes aos data centers virtualizados (veja o Capítulo 2).

Foco no software
A hiperconvergência é o exemplo típico do data center definido
por software (Software-Defined Data Center, SDDC), discutido no
Capítulo 3. A natureza baseada em software da hiperconvergência
fornece a flexibilidade necessária para atender às necessidades
empresariais atuais e futuras sem ter que substituir componentes
da infraestrutura. Melhor ainda, à medida que os fornecedores
adicionam novos recursos nas versões de software atualizadas, os
clientes ganham os benefícios desses recursos imediatamente, sem
a necessidade de substituir o hardware.

Uso de hardware de commodity x86


Hardware de commodity significa menor custo. A camada de sof-
tware foi projetada para acomodar o fato de que o hardware eventu-
almente falhará. Os clientes recebem o benefício dessas opções de
prevenção de falhas/disponibilidade sem ter que ir à falência com os
custos do hardware.

Os gestores financeiros realmente gostam da oportunidade de


economizar alguns trocados. A empresa consegue desfrutar de
melhores resultados do que os sistemas de data centers legados
oferecem, muitas vezes a um custo muito menor.

Sistemas e gerenciamento
centralizados
Em uma infraestrutura hiperconvergente, todos os componentes
– computação, armazenamento, backup para o disco, recurso de
gateway em nuvem, e assim por diante – são reunidos em um único

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Capítulo 7: Dez coisas que a hiperconvergência pode fazer por você 39
conjunto de recursos compartilhados com tecnologia de hipervisor.
Esse design simples e eficiente permite que a TI gerencie recursos
agregados individualmente em nós como um único sistema federado.

A centralização e a integração coletivas também ocorrem no nível de


gerenciamento. Independentemente de quão abrangentes sejam os
recursos físicos, os sistemas hiperconvergentes lidam como se todos
estivessem um ao lado do outro. Os recursos distribuídos em vários
data centers físicos são gerenciados a partir de uma única interface
centralizada. Todas as funções de gerenciamento de dados e do
sistema também são controladas nessa interface.

Maior agilidade
Agilidade é um grande problema na TI moderna. A empresa espera
que a TI responda rapidamente à medida que surgem novas neces-
sidades, mas ambientes legados forçam a TI a empregar inúmeros
recursos para atender a essas necessidades. A infraestrutura hiper-
convergente permite que a TI obtenha resultados positivos muito
mais rapidamente.

Parte da agilidade está na capacidade de transferir cargas de traba-


lho conforme a necessidade. Em um mundo hiperconvergente, todos
os recursos, em todos os data centers físicos, residem sob uma única
cobertura administrativa (veja a seção anterior). A migração de carga
de trabalho nesses ambientes é fácil, especialmente em uma solução
hiperconvergente que permite a desduplicação uniforme como parte
essencial do que ela oferece. Os dados reduzidos são muito mais
fáceis de trabalhar do que dados totalmente expandidos e ajudam a
TI a executar suas ações mais rapidamente.

Escalabilidade e eficiência
A hiperconvergência é uma abordagem escalável que permite que a
TI cresça adicionando unidades, como em um conjunto de LEGO. A
escalabilidade granular é uma das características dessa infraestru-
tura. Ao contrário dos produtos de sistemas integrados, que muitas
vezes exigem grandes investimentos, as soluções hiperconvergentes
têm um degrau menor. Degrau é a quantidade de infraestrutura que
uma empresa precisa comprar para chegar ao próximo nível de
infraestrutura. Quanto maior o degrau, maior o custo inicial.

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40 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

Quanto maior o degrau, mais tempo leva para utilizar comple-


tamente novos recursos adicionados através da expansão. Um
degrau menor resulta em um uso muito mais eficiente de recursos.
Conforme novos recursos forem necessários, será fácil adicionar
nós a uma infraestrutura hiperconvergente.

Faz lembrar os Borg de Star Trek, não é? (No bom sentido!)

Infraestrutura eficaz em termos


de custos
Os sistemas hiperconvergentes têm um baixo custo de entrada em
comparação com suas contrapartidas de sistemas integrados e
infraestrutura legada. (Para obter mais informações sobre sistemas
integrados, veja o Capítulo 6.)

Automação fácil
A automação é um componente essencial do SDDC (veja o
Capítulo 3) e é semelhante à hiperconvergência. Quando todos
os recursos são verdadeiramente combinados e as ferramentas
de gerenciamento centralizadas estão em vigor, a funcionalidade
administrativa inclui oportunidades de agendamento, bem como
opções de script.

Além disso, a TI não precisa preocupar-se em tentar criar estruturas


automatizadas com hardwares de diferentes fabricantes ou linhas
de produtos. Tudo está encapsulado em um ambiente correto e
organizado.

Foco em VMs
A virtualização é a base do SDDC (veja o Capítulo 3). As opções de
infraestrutura hiperconvergente usam máquinas virtuais (Virtual
Machines, VMs) como os conceitos mais básicos do ambiente.
Todos os outros recursos, armazenamento, backup, replicação,
balanceamento de carga e assim por diante, suportam VMs
individuais.

Como resultado, a política no ambiente hiperconvergente também


gira em torno de VMs, assim como todas as opções de gerencia-
mento disponíveis no sistema, como políticas de proteção de dados,
que geralmente são definidas em ferramentas externas em ambien-
tes legados. Com a hiperconvergência, as políticas integradas de

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Capítulo 7: Dez coisas que a hiperconvergência pode fazer por você 41
proteção de dados e o controle ocorrem ao nível de VM. (Eu discuti-
rei a proteção de dados posteriormente neste capítulo.)

A centralização em VM também é clara, pois as cargas de trabalho


precisam ser transferidas para diferentes data centers e entre ser-
viços, como backup e replicação. O administrador sempre trabalha
com a máquina virtual como o foco, não o data center e nem os
serviços subjacentes como, por exemplo, o armazenamento.

Recursos compartilhados
A hiperconvergência permite que as organizações implementem
vários tipos de aplicativos em um único conjunto de recursos
compartilhados, sem se preocupar com o temido efeito do mistu-
rador de entrada e saída (consulte o Capítulo 2), que prejudica o
desempenho da VM.

Como a hiperconvergência torna possível esse tipo de implantação?


Os sistemas hiperconvergentes incluem vários tipos de armazena-
mento – tanto armazenamento em estado sólido como discos gira-
tórios – em cada dispositivo. Um único dispositivo pode ter vários
terabytes de cada tipo de armazenamento instalado. Como vários
dispositivos são necessários para obter redundância completa do
ambiente e proteção de dados, há muito volume de ambos os tipos
de armazenamento para serem usados. O foco na VM em sistemas
hiperconvergentes também permite que o sistema veja através
do misturador de entrada e saída e otimize com base no perfil de
entrada e saída da VM específica.

O mix de armazenamento da infraestrutura hiperconvergente


permite que sistemas lidem tanto com cargas de trabalho aleatórias
como sequenciais habilmente. Melhor ainda, com vários dispositi-
vos de armazenamento de estado sólido em um cluster hiperconver-
gente, que garantem capacidade de operações de entrada e saída
por segundo (Input/Output Operations per Second, IOPS) mais do
que suficiente para suportar até mesmo as cargas de trabalho mais
intensas, incluindo inicialização de infraestrutura de desktop virtual
(Virtual Desktop Infrastructure, VDI) e sobrecargas de login (veja o
Capítulo 2).

O conjunto de recursos compartilhados também permite o uso


eficiente de recursos para melhorar o desempenho e a capacidade,
assim como as primeiras iniciativas de consolidação de servidores
que você empreendeu em sua jornada inicial rumo à virtualização.
No entanto, ao longo do caminho, você pode ter criado novas ilhas

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42 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

graças aos desafios pós-virtualização discutidos anteriormente. As


ilhas de recursos trazem consigo os mesmos desafios de utilização
que seus antigos ambientes físicos. Com a hiperconvergência, você
se afasta da necessidade de criar ilhas de recursos apenas para aten-
der às necessidades de entrada e saída de aplicativos específicos. O
próprio ambiente lida com todas as atribuições de CPU, RAM, capa-
cidade e IOPS para que os administradores possam concentrar-se
no aplicativo e não nas necessidades específicas de recursos.

A empresa é beneficiada pois a TI gasta menos enquanto propor-


ciona um melhor serviço na totalidade. Em relação ao desempenho,
o ambiente lida com cargas de trabalho muito mais variadas do que
a infraestrutura legada. A TI também funciona melhor, com mais
foco na empresa e menos na tecnologia.

Proteção de dados
Embora nem sempre seja a tarefa mais agradável do mundo, a
proteção dos dados é essencial. O fato triste é que muitas organiza-
ções fazem apenas o mínimo necessário para proteger seus dados
essenciais. Existem dois motivos principais: A proteção integral de
dados pode ser muito cara e muito complexa.

Para fornecer proteção de dados em um sistema legado, você deve


tomar muitas decisões e comprar uma ampla seleção de produtos.
No entanto, em um ambiente hiperconvergente, backup, recupera-
ção e recuperação de desastres são integrados. Eles fazem parte
da infraestrutura e não são considerações tardias externas a serem
integradas.

Os benefícios da hiperconvergência são óbvios:

✓✓ Backup e recuperação abrangentes e recuperação de desastres


a preços acessíveis.
✓✓ Proteção eficiente sem reidratação de dados e desduplicação
repetida – e o uso ineficiente de recursos como consequência.
✓✓ Um único console centralizado que permite que a TI responda
rapidamente.

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Capítulo 8

Sete maneiras de aplicar


a hiperconvergência
Neste capítulo
▶▶Consolidação e modernização
▶▶Preparando-se para o pior

O interessante sobre a hiperconvergência é que ela não exige


necessariamente que você substitua a infraestrutura existente
para obter valor imediato. Apresentamos aqui sete maneiras de
obter os benefícios de uma infraestrutura hiperconvergente come-
çando agora:

✓ Consolidação de servidores e data center. Você está abordando
um novo projeto de consolidação ou criando um novo data cen-
ter? Os principais fornecedores de hiperconvergência fornecem
produtos que se integram perfeitamente ao seu ambiente exis-
tente. A solução hiperconvergente correta pode solucionar seus
desafios imediatos e produzir grandes benefícios.

✓ Modernização da tecnologia sem problemas. A beleza da
hiperconvergência está na sua implementação sem percalços.
O ambiente hiperconvergente faz parte do seu ambiente global,
de modo que você pode implementar gradualmente a nova
arquitetura enquanto vai eliminando a antiga, implementando e
expandindo conforme a verba assim o permita. Se os aplicativos
no ambiente legado precisarem do desempenho de armazena-
mento fornecido pelo ambiente hiperconvergente, eles poderão
otimizar esses recursos.

✓ Implantação de novos aplicativos de camada 1. Seu ambiente
existente é adequado para novas cargas de trabalho de camada
1? Em vez de simplesmente lançar mais recursos em um
ambiente desatualizado, implante a nova carga de trabalho em
um ambiente hiperconvergente para obter os benefícios ope-
racionais inerentes. À medida que o tempo passa, você pode
começar a trazer o resto de sua infraestrutura para a mesma

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44 Hyperconverged Infrastructure For Dummies

arquitetura, adicionando-a facilmente como na montagem de um


LEGO.

✓ Implementação de VDI. As ilhas de recursos são estabelecidas
em grande parte devido às necessidades de infraestrutura de
desktop virtual (Virtual Desktop Infrastructure, VDI). No entanto,
a forma como a TI implementa essas ilhas de recursos faz com
elas fiquem sempre isoladas. Ao implementar seu projeto de
VDI em uma infraestrutura hiperconvergente, você não enfrenta
desafios de recursos que exigem a criação dessas ilhas. Quando
se elimina a preocupação com o projeto de VDI e o resto do seu
ambiente torna-se elegível para a renovação, você pode passar
tudo para o ambiente hiperconvergente com facilidade. Para
mais informações sobre VDI, consulte o Capítulo 2.

✓ Gerenciamento de locais remotamente. Em um ambiente
hiperconvergente, toda a infraestrutura é controlada por um
único sistema de gerenciamento. Os recursos remotos podem
ser gerenciados como se fossem recursos locais. Não é neces-
sário que os funcionários remotos realizem operações manuais,
como executar tarefas de backup ou criar números de unidades
lógicas (Logical Unit Numbers, LUNs), ou políticas de qualidade
de serviço. A tecnologia de eficiência de dados permite que
os backups sejam simplificados no escritório remoto e cópias
externas sejam enviadas automaticamente para a sede, para
outro escritório remoto ou mesmo para a nuvem. Isso permite a
centralização de recursos administrativos, proporcionando eco-
nomia de escala de funcionários.

✓ Realização de testes e desenvolvimento. Muitas organizações
operam ambientes de teste e desenvolvimento para que o
código incorreto não seja lançado na produção. A hiperconver-
gência suporta necessidades de teste, desenvolvimento e produ-
ção, com ferramentas de gerenciamento que podem ajudá-lo a
criar separações lógicas entre essas funções.
Infelizmente, muitas organizações dão pouca atenção para testes
e desenvolvimento e os executam em hardware de categoria
inferior, o que não faz sentido. Essa maior agilidade de TI man-
terá os desenvolvedores internamente, em vez de construir sua
própria TI invisível na nuvem pública.

✓ Modernização do backup e implementação da recuperação de
desastres. Se você não está executando um bom trabalho com
o backup ou a recuperação de desastres, corra – não caminhe –
para a hiperconvergência como sua arquitetura de infraestru-
tura. A infraestrutura hiperconvergente elimina a complexidade
que pode ser inerente a essas operações. Em TI, a simplicidade é
o novo mantra, e a hiperconvergência é uma das maneiras mais
simples de alcançar seus objetivos de backup e recuperação de
desastres.

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