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Por Eldon Dos Santos Tinga

O Bulying

Muitas vezes, no campo da nossa personalidade partimos do pressuposto de que as


experiências de quem somos são constituídas por meio de nossas vivências em
sociedade. Falamos confortavelmente sobre “processos de subjectivação” e, a despeito
de possíveis diferenças na escolha de vários conceitos como amor, morte, emoção,
ciúme, inveja, atenção e violência. Por este último entendemos que há distintos
posicionamentos nesses processos: somos alguém para outros significativos; somos
alguém para instâncias que disciplinam a vida social; somos alguém para nós mesmos.
Enfim, somos; temos a experiência de termos (ou sermos) um “eu”; somos porque
pensamos. Porém, temos certa dificuldade de nomear esse ser que somos quando
teorizamos a respeito da vida em sociedade e, nesse âmbito, nem sempre tomamos
alguns cuidados no uso de nossas categorias Para falar dessa experiência dificílima e
singular de processos de subjectivação, chamamos aqui um termo comum nas
sociedades contemporâneas; o Bulying.

A violência nas escolas não é assunto recente. Nos últimos anos ganhou um novo
termo: bullying. A prática do bullying tornou-se algo comum nos espaços educacionais.
A escola deixou de ser um local protegido e seguro e tornou-se um lugar onde a
violência faz parte da vida do educando. O bullying é uma violência mascarada na
forma de brincadeira, onde o agressor comete actos de forma intencional, repetitiva,
intimidando a vítima e levando-a a sérios problemas que influenciam directa, ou
indirectamente, no processo de aprendizagem.
Nesta reportagem, temos o acompanhamento do Psicólogo Tony Macequece que nos
explica as consequências e causa deste fenómeno. Encontramo-nos no interior da Escola
Secundária Quisse Mavota a ponto de reflectir sobre o bullying e cyberbullying que é o
“bullying virtual”, relatando seus actores e suas consequências no processo de
aprendizagem que afectam todos os envolvidos, principalmente a vítima que é a mais
prejudicada.
A violência nas escolas é um problema mundial, sendo encontrada em qualquer tipo de
escola (rural ou urbana, pública ou privada) atingindo alunos de diferentes níveis de
ensino, desde a Educação Infantil ao Ensino Superior. Nos últimos anos essa violência
recebeu uma nova denominação, ganhou um novo termo: bullying.
Questionando ao Psicólogo sobre a ocorrência do bullying, ele respondeu a nossa
reportagem que o bullying ocorre quando um aluno, ou um grupo de alunos, têm
atitudes agressivas, repetitivas e sem motivação por outro aluno, causando o sofrimento
e isolamento das vítimas. O bullying é uma violência mascarada na forma de
brincadeira, mas essas brincadeiras podem acarretar sérios problemas para o processo de
aprendizagem e no desenvolvimento do mesmo; tais consequências vão desde o
fracasso escolar até casos mais graves como tentativas de suicídio.
Questionamos ao Psicólogo sobre a etimologia do termo bullying, e em resposta
obtivemos que a palavra bullying é de origem inglesa e sem tradução ainda aqui na
língua portuguesa. Este termo é utilizado para qualificar comportamentos violentos
principalmente no ambiente escolar. Bullying é uma palavra que vem do adjectivo
bully, que, em inglês significa valentão. Quem é mais forte tiraniza, ameaça, oprime,
amedronta e intimida os mais fracos.
Diante do triste cenário, perguntamos a uma estudante se já tinha vivenciado cenários de
bulying na Escola Secundária Quisse Mavota e quem eram os agressores, "certa vez tive
a triste oportunidade de presenciar esta triste realidade, e os agressores do bullying
foram alunos da mesma escola que agiam impiedosamente, expunham o agredido às
piores humilhações, dos apelidos perversos às atitudes covardes. Os agressores eram de
ambos os sexos e possuíam em sua personalidade traços de desrespeito e maldade,
agiram em grupo, e não aceitam serem contrariados ou frustrados durante o cenário
triste". Disse Tinita Cossa, aluna da escola Secundária Quisse Mavota.

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