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COMO
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RESTAURAR
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A PAZ NAS
ESCOLAS UM GUIA
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Antonio Ozório Nunes
COMO
RESTAURAR
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A PAZ NAS
ESCOLAS
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um GUIA ?AKA
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“ian.
o: Em nzrrados,
,
rªr- i-úos emitidos.
Em
editoracontexto
APRESENTAÇÃO
lO ll
COMO RESTAURAR A PAZ NAS ESCOLAS
97
................
Etapas do procedimento restaurarivo. 98
........................................
nes-monções 107 .
............................................................................................ Multas são as definições para a palavra conflito, e ela sempre está ligada à ideia de
.
BIBLIOGRAFIA 109 nndimento, choque, enfrentamento, crise, batalha, guerra, disputa e violência;
............................................................................................. A
'
APÉNDICES 113 algo sempre indesejável e prejudicial. Pouco se fala do conflito como algo
........... l
Apêndice A . 15
........... 121 :: à condição humana e como oportunidade para a construção do diálogo e
Apêndice B . . ““ºperação.
Apêndice C ........ *Blfpode significar perigo se o impasse permanece e a situação conditiva conti—
123
*
Apêndice D
..................................... 124 pnle retira
as energias individuais e potencializa-se, a ponto de transformar-se em
Apêndice E
Apêndice F. ..................................
.................................
. .
.....
125
126
de violência; ou pode significar oportunidade, se forem criadas novas opções e
llldades para que os indivíduos solucionem problemas cotidianos.
,
Apêndice G 128 O conflito faz parte das relações humanas e ocorre em nível intrapessoal e inter-
'
...................................
'
. Como anota Chrispino (2007: 29), todos os que vivem em sociedade têm
Apêndice H 134 —'
.........................................................................................
cias de conflito e, desde a infância até a maturidade, convivem com o conflito
o AUTOR 139
.................................................................................................... - «_. . al (ir/não ir, fazer/nâo fazer, falar/não falar, comprar/não
«
comprar, vender/
_
vender, casar/não casar etc.) ou interpessoal (brigas entre vizinhos, separação
“
.
Desde a sua origem, o homem tem vivido pequenos, médios e grandes conflitos,
.
Mrgírem, se forem gerenciados com eficiência, poderão levar à restauração das relaçoes
[5
eà colaborado: ao contrário, poderão levar no tleuniul relações interpessoais e Entretanto. até mermo quando ou muiiito: tomam rumou indenellveir. ele:
nn refletir npectol poritlvot do excelente: oportunidade: de aprendizagem e
até mesmo à violência. :
A escola é palco de uma diversidade de conflitos, entre ou quais os de relaciona- mento lndlvidual e coletivo; desde que devidamente bem compreendidos,
pois nela convivem pessoas de variadas idades, origens, sexos, etnias e condi— redor e resolvidos, possibilitam uma melhoria na qualidade dos relacionamen-
mento,
ções socioeconômicas e culturais. Assim, todos na escola devem estar preparados para pulonis e sociais. Como ressalta Andrade (2007: 41), é possível reconhecer uma
potencialidade do conflito, pois ele pode acentuar desacordos e soluções não
o enfrentamento da heterogeneidade, das diferenças e das tensões próprias do
relacio-
namento escolar, que muitas vezes podem gerar dissenso, desarmonia e até
desordem. unuuais — como a violência —, como pode também ser um momento para o for-
A escola deve dispor de instrumentos e recursos para dirimir os conflitos que lmento dos vínculos sociais, caso existam meios garantidores de uma resolução
escola (fica, entre os quais se inclui a recusa da violência.
surgem na convivência diária. Como ressalta Andrade (2007: 42), a
Por isso, sugerimos a implementação das práticas restam-ativas na escola. Precisa-
é encarregada de formar valores e habilidades pró-sociais que motivem para a
convivência, valendo-se, inclusive, dos conliitos gerados pelo encontro de dife- ensinar às nossas crianças e aos nossos jovens, desde cedo, que é normal enfren»
renças, assim como, particularmente, de situações mais graves que ameaçam os os conflitos, pequenos ou grandes, ao longo da vida, e que isso não é negativo,
conflitos são inerentes à pessoa humana. Negativo é não saber administra-los
vínculos grupais, como e' o caso da violência. ||forma
os
a manter o equilibrio nas relações humanas e sociais, permitindo que
eles
Na escola, os conflitos surgem e se manifestam de diversas formas. Muitos deles
em consequências indesejáveis, como desmotivação para os estudos e prejuízo
'
outras. econômicas, politicas e sociais. ilçlo adequados à realidade onde em inserida; necessita ter atividades pedagógicas
É
certo, entretanto, que essa violencia social acaba refletindo diretamente "donas: precisa ensinar principios e valores morais para
familia e na escola. Além disso, escola na uma boa convivência; deve
a também possui causas internas, pedagógicas lnltrumentos eficazes de combate à evasão escolar; precisa estimular cooperação
administrativas que podem e a e
ser geradoras de violência. Para se ter uma ideia, uma ampla clabiiização de crianças e jovens através de atividades, informais
pesquisa sobre bullying realizada pelo Centro de Empreendedorismo ou não, dentro do
Social e Admi- espaço, como brincadeiras e jogos; necessita ter canais que estimulem a participação
nistração em Terceiro Setor (CEATS) demonstrou todos; e deve levar a
que a violência no ambiente escolar uma constante reflexão, pois os atores escolares devem conhecer
está muito presente em nossa realidade. Segundo fatores externos e internos
a pesquisa há um “clima generalime que são geradores de violência.
de violência no ambiente escolar, considerando-se Além de todos esses enfrentamentos, os educadores,
que 70% da amostra de estudantes os gestores e as lideranças
responderam ter presenciado cenas de agressões lares devem possuir competências habilidades
entre colegas durante o ano letivo de e para prevenir e gerenciar conflitos
2009, enquanto 30% deles declararam graves através de práticas construtivas e restaurativas, privilegiando os princí—
ter vivenciado ao menos uma situação violenta
no mesmo período” (UMTS/FIA, 2010: 20). Entender e trabalhar que norteiam as formas pacíficas de prevenção e resolução de conflitos, como:
essas causas externas e
internas da violência pode ajudar
'
na busca de alternativas e caminhos para o enfrenta- . rizontalidade nas relações, o respeito mútuo, a opção pelo diálogo
e, sobretudo, a
mento do problema, pois a escola tem um relevante papel transformador sociedade. das reuniões restaurativas em suas escolas.
O ambiente escolar reflete, de certa forma, o ambiente social, violência
ea
na
escolar
a
se manifesta das mais diversas formas, tais A necessidade do uso das práticas restaurativas
como agressões (física, psicológica e sexual);
ameaças de grupos e de gangues; ataques contra o patrimônio público privado, A violência e' uma resposta a um conflito. Quando
destacando—se e uma pessoa não lida com
as pichações, as bombas, os arrombarnentos e as depredações; furtos e
'
-nflito ou reage a ele com violência, ela não está solucionando problema;
o ao
roubos contra o patrimônio alheio; - ' 'o, apelar violência significa piorar a situação. Quando motivo
uso e tráfico de drogas, entre outras. para a o que
Como a escola pode enfrentar o problema da violência
'
vu ao conflito é
não visto ou enfrentado e, portanto, não é solucionado, as relações
no ambiente escolar? A
violência nas escolas é caso de polícia comprometidas, e as pessoas ficam desconectadas.
ou questão pedagógica?
O medo e a insegurança têm levado as escolas buscar
a maior rigor nas penalidades Segundo Zenaide (2003: 91), um conflito mal gerenciado pode resultar
e apoio da polícia. Entretanto, embora muitas em violên-
vezes necessárias, essas respostas não cia quando leva a:
surtem efeitos a médio e a longo prazo porque enfrentam o problema superficialmente, - produçao de preconceitos, discriminação exclusão do outro:
não levando em conta de onde a violência e
surge. Além disso, as formas repressivas de - agressões fisicas contra outro;
enfrentar a violência nas escolas há
muito têm fracassado. - produçao de danos morais no outro;
Se
por um lado, para combater ou prevenir a violência social, necessitamos de '-uso da força de modo ilegal;
diversas políticas públicas e de mudanças sociais destruição do outro como pessoa, como cidadão;
que não pertencem ao âmbito es-
colar, . negação dos direitos de cidadania do outro;
por outro, para combater a violência escolar, a própria escola pode e deve dar
as respostas possíveis. Em primeiro lugar, é preciso - intenção de destruição, de coação negação do outro;
o educador reflita se a escola e
também produz violência que - processos de exclusão.
ou se ele permite que a escola seja um local gerador de atos
violentos; depois, é preciso saber enfrentar violência
a e os conflitos através de ações Por isso, dentro de uma cultura de práticas restaurativas de
diversas, principalmente de práticas e paz, é preciso, em
restaurativas, que há muito têm sido incentivadas
por varios paises e por organismos internacionais. m: eiro lugar, reconhecer o conflito, pois esse é o primeiro passo para que possamos
Com efeito, para obter uma cultura de
paz, de prevenção e de enfrentamento à
' o outro lado e começar um diálogo com respeito e igualdade. O enfrentamento do
violência, a escola precisa se autoavaliar buscar to pela forma repressiva é substituído por forma não violenta de resolução através
e um perfil ideal,
pelo preenchimento dos seguintes requisitos: que a nosso ver passa práticas restaurativas, que acabam se transformando
em ações pedagógicas, como
necessita ser democrática, inclusiva e . ente deve
acolhedora para todos: pobres, ser feito na escola, que é um local de socialização e de aprendizado de
negros, minorias, portadores de necessidades especiais; . cultura da
precisa criar vínculos entre os alunos e fortalecer paz. Toda escola precisa dar condições para a discussão dos valores
os sentimentos de conexão e perten- à conscientização e à autorreflexão crítica. A busca da
que
cimento; deve adotar medidas que combamm estigmatizaçio paz constante não quer
a e a discriminação entre que não teremos conflitos na escola. Eles continuarão a existir, porque fazem parte
os alunos; precisa ter regulamentos democráticos, feitos coletivamente,
com a partici- condição humana, mas coexistirão dentro de
uma perspectiva de paz.
20 .
. Zi
Assim, a escola pode aludiu promovendo uma educação que vnlorlu u relações hu- ('
elum. luces-sl under bemlru que noe'lmpedem de charger Mueda em os pro-
busca da nollrlurleduic. dn amirade, Diem» commons vlu crl-r um ollme de otimismo no grupo. morrendo que podem
manas e sociais e tenha como exercício cºtidiano a
“
em os. problemas.
'
mw solueou
eolloller nel llunoe que Imeem um miga ou notlcll cruel. de [om-| ou revi-h.
pessoa humana, como procuraremos abordar nos próximos capítulos. O processo
é “Mn-l:
quelquer lipo de vlolencle (flelee. uxuul, mbelóglce ele.) e em quelquer nlvel
.
abre
desafiador, mas ao mesmo tempo é gratificante. Não podemos esquecer que a escola
,
Flu |
1: com os enlgoe em mãos. sentar-se em clroulo com os alunos, num cume des-
'
contreldo de eeporllvldede e espontaneidade. Em seguida, se houver tempo suficiente,
americano Archibald McLeisl'i, cuja citação se encontra no Preâmbulo do Tratado
r
pedir e onde um que, rapidamenle. oomenle sobre o material que "puxe e identiiique e
Constitutivo da Unesco (1945): “Nascendo as guerras no espírito dos homens, é no
_
"
violenci- lil spreeenlada; se nlo houver lernpo, escolher alguns alunos para que relatam
muro ol melerlels que trouxeram.
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quel poena concentrar se suas alenoúea, podendo ser aquele mais signiúcetivo ou mais
Atividade 1:
_
. ,,
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O Termômetro da vlolencla (Ednir, 2007: 54)
Pelqulee
',,i'ltull. O educador deve ler ou oomenlar o artigo com a classe, Depois, deve escrever no
.'
(“ultimo umd frase que dellnirà & violencia apresentada (por exemplo. “o fato apresentado
'
,Mere—ee a uma vIoléncia doméstica" ou “o feto apresenrado refere—se à agressão de um
Trata—se
-
de um questionário e ser preenchido pelos alunos e pela equipe escolar
'
ª'eluno contra o profs.-sor).
para se medir quais as formas de violência existentes na escola. O questionário deve .*
Peu 2: Dlvlde & classe em grupos de maispreveni-lo.
ou menos seis alunos para que encontrem
ser apllcado em uma ou mais classes. com tabulação dos resultados, que poderão ser »: solução do problema ou uma forma de Cada grupo deverà escolher um
utilizados para svallaçeo e elaboração de programas preventivos. Deve ser repelido pe- llr logo para anulação das sugestões em uma cartolina ou “flip chart" (quadro). Peça—
a
riodicamente pare verificação de melhorlas ou não do ambienle escolar. , pura que se empenhem na atividade de brainstorm (tempesrsde cerebral) buscando
,
como voce se sentiu no escola e na comunidade este mês? uoluçoes ousadas. criativas. devendo escolher uma ou duas soluções (ou talvez a com-
,
Eu me eerrtl:
,
breves e simples.
Nos andares de escola: w'LfDlo-z
Seguro ( ) Não muito seguro () lneeguro ( ) Muito inseguro () e Interessante que se de entre cinco e dez minutos. delimitando um número mim-
,no de sugestões. Em seguida, o educador deverá pedlr aos llderes de cada grupo para
Entre e escola e e casa e vice versa:
Seguro () Não muito seguro () Inseguro ( ) Muito inseguro () *._
“em lpreeenlem e solução encontrado e comentem como o processo de solução de
“problemas foi discutido.
Esse mes: 3: O educador deverá escrever no quadro a solucao apresentada por cada grupo e
Mexerem comigo e ou me inlimideram:
_
'
. de unos deverão votar naquela solução que será considerada e, se for o caso, adotada
Nunes )Algumas vezes Muitas vezes ( ) O tempo todo ()
( ( )
“. lpela classe.
Me xingamm e ou ameaçaram: ;
lª" Em seguida, o educador deverá mostrar para a classe que as ideias dos alunos são
Nunes ( ) Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) O lempo todo ( ) muito lmponanles e que eles podem ter resposlas para vários problemas envolvendo
Fiquei com medo de certos alunos: violência.
Nunca ( )Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( ) O tempo todo () .
Algo meu foi roubado:
Nunes ( )Algumes vezes ( ) Muitas vezes ( ) O tempo todo () A indisciplina escolar
Eu estive envolvido em briga e ou violência física:
Nunca ( )Algumas vezes ( ) Muitas vezes ( O tempo todo )
) ( A indisciplina é aqui abordada no sentido de desrespeito ao outro, portanto, como
Eu conversei sobre essas coisas oem & seguinte pessoa na escola: uma questão moral. Nesse sentido, ela reflete um comportamento inadequado, violador
de princípios e regras de boa convivência oriundas da família, da escola ou da sociedade.
E isso: Como lidar com as crianças e adolescentes indisciplinados, que dcscumprem o
Aludou ( ) Não ajudou () regulamento, brigam com os colegas, tumultuam as aulas e atrapalham a ordem escolar?
Essa pergunta é recorrente em quase todas as unidades escolares e, se perguntarmos para
Atlvldedo 2: Vlolenclu gerando noticlae (adaptado de Drew, 1990)
ºbjetivo: fazer urn- 'lempestade cerebral“ visando produzir ideias e discussão de so- os professores, as primeiras respostas que possivelmente virão serão as seguintes: a) a
luçºes pera se dlverue formas de violencia. apresentadas nos artigos trazidos pelos culpa é da família e dos pais, que não educam e nem corrigem os seus filhos; b) a culpa
22. 13
! da leglnlndo escolar. que é muito liberal; bom
mermo antigamente. quando rr
m
dilcipllnn se resolvia com bue em uma leglnlaçlo forte e. preciso. através da força: c)
rr culpa é do Estatuto da Criança
n
e do Adolescente. que é uma legislação muito liberal,
m º. «do dividiu
Mr.dam em grupo- do cinco ou ui- pouou. Em
Depois da resposta inicial, numa reflexão mais contida sobre a indisciplina .
,O
escolar, outras respostas poderiam ser dadas pelos educadores: a) questão da indis.
a “Mormon u-
indiedpiina. no ”nªdo do dosmspoito
Ir que oilbonm um vocabulário nobre
ciplina é complexa porque ela é o reflexo da família, da sociedade e da própria escola;
b) muitas vezes a escola possui estruturas e práticas pedagógicas
ll
. mm. |
Deveria nr utllizndn palavra ou exame“: que retratam o
não atendem
que
às perspectivas das crianças e jovens, dificultando aos educadores transmissão de
a
Moedor dev-ri relacionar num quadro as palavras e expressões levantadas
Bum, por exemplo: daninha, aguado. Ironia. provocação, bagunça, garga-
conhecimentos; c) atualmente a sociabilização das crianças e dos jovens depende jogar lixo no chlo, cruzar o sinal vemreiho, furar lilas. dirigir em
mais da escola ou de ambientes institucionais do que de espaços informais, como
m-r lvilozlnho. meia velhos, pier-rações ete,
Mundo. nio dar lugar pura ou
as brincadeiras nos quintais ou nas ruas, onde eles desenvolviam, por si sós, ótimas
»
. com
! lluda dos alunos. traçorá um significado para onde palavra ou expres-
'ndo ici/enm exemplos práticos conhecidos por eles.
relações de cooperação, aprendiam a resolver conHitos interpessoais
e a respeitar o Fmr o oonirário com os llunos: preparar com eles um vocabulário sobre disci-
próximo; d) frequentemente, a escola não tem importância para o aluno e por isso
'
,.
'dioounão alunos 6 sobre importância da escola
com os a vidas. Usar. em suas
a violência na escola? Marini do apoio. previamente escrito num cartaz, o abaixo, do educador
tem
Como o problema gerador de indisciplina também é multicausal e complexo, as miro. 80er & amis.
respostas também não são simples. Podemos começar com mudanças de atitudes na
rotina da escola, tentando melhorar a convivência no ambiente escolar. A criação de
Aneel-
Esooln é...
regras comuns com a participação de todos, sob a coordenação do educador ou o lugar onde so faz amigos,
de outros responsáveis pela escola, é um bom caminho, pois democratiza a convivência não se trata só de prédios, “las, quadras.
e confere princípios e significados às regras, tornando-as mais justas e, portanto, mais programas, horários, conceitos..
Escola 6, sobretudo, gente.
passíveis de serem cumpridas. gente que trabalha. que saindo,
Outro grande desafio dos educadores é trabalhar a motivação dos alunos, tarefa que se alegra, se conhece, se est/ma.
O diretor O gente,
bem dificil nos dias atuais, embora não impossível, que exige muita sensibilidade e O coordenador 6 gente, o professor é genio.
empenho. Além disso, é importante que o aluno seja o protagonista e participe das o aluno é gente.
atividades escolares mais intensamente. O estudante precisa saber cada funcionário é gente.
que o 'que ele faz Eaeaoolaseráceda vezmelhor
é valorizado pela escola e pelos professores, isso é necessário
para a melhoria de sua na medida em que cada um
autoestima e para o senso de pertencimento. Portanto, tirando os casos mais difíceis, se comporta como colega. amigo, irmão.
Nada de 'Ilha de gente por todos os lados”.
trabalhar com a autoestima da criança e do adolescente será
um grande passo para o md!
Nada de conviver com as pessoas e depois descobrir
sucesso no combate a indisciplina. que não tem amizade e ninguém,
Depois, sugerimos, como medida extremamente eficaz, a prática dos nada de ser como o tijolo que forma a parede,
encontros e indiferente, m'a, só.
trabalhos em círculos na escola, seja para as atividades pedagógicas, seja Importante na escola não é só estudar, não é só trªbalhar,
para restaurar
as relações. Os círculos, aliados às abordagens restaurativas em geral, como veremos ao é também criar laços de amizade,
longo deste livro, são meios simples e eâcientes para a melhoria do ambiente escolar. e criar emblema de camaradagem,
é conviver; e se ”animar nela”!
Ora, 6 lógico...
numa escola assim vai ser fácil
estudar, "ensinar, crescer,
fazer amigos, educar-se,
ser feliz.
24
2.5
Chama atençlo o crescente tuo de tecnologias da informado e da comunicaçao
Bullying: a violência entre os pares
|
prlticn dos maus-tratos. denominado cyberbullying. Hoje, é um Fenômeno
.
A expressão bullying (do verbo inglês “bully”, que significa maltratar, intimidar) o uso de mensagens difamatórias através de celulares, e—mails e sites de rela-
reflete “um comportamento cruel intrínseco nas relações interpessoais, em que os ento. Muitas vezes essas ofensas são feitas de forma anônima. As ofensas feitas
mais fortes convertem os mais frágeis em objetos de diversão e prazer, através de cyberbullying frequentemente são mais nefastas
para as vítimas do que aquelas
“brincadeiras, que disfarçam o propósito de maltratar e intimidar" (Fante, 2005: 29). pessoalmente, porque nem sempre o ofensor é conhecido.
O bullying é um problema mundial, existente em todas as sociedades, e ocorre .! Dentre os papéis representados pelos alunos, temos aqueles que só sofrem o
nos lugares onde existem relações interpessoais, tais como escolas, clubes, prisões, , ing (alvos), aqueles que ora sofrem e ora praticam bullying (alvos/autores), aqueles
Forças Armadas, entre outros. O problema é antigo, mas somente de umas décadas lomente praticam bullying (autores) e aqueles que não sofrem e nem praticam
para cá tem chamado a atenção dos estudiosos.
O fenômeno surge através de atitudes agressivas, intencionais e repetitivas, pratica- ro dado interessante coletado pela pesquisa feita sobre o bullying (BullyingEscolar
*
das contra outros alunos através de insultos, intimidações, apelidos ofensivos, acusações Brasil Sumário Executivo — São Paulo: CEATS/FIA, 2010: 22) concluiu
que as
——
,
injustas e gozações que geram dor, angústia e sofrimento. Manifestados sob a forma de : dessa prática são sempre pessoas que:
brincadeiras, os danos que o bullying causam às vítimas podem ser físicos, materiais e [...] apresentam alguma diferença
em relação aos demais colegas, como um traço
psicológicos, trazendo sérias consequências ao bom convívio escolar e social, Hsico marcante, algum tipo de necessidade especial,
o uso de vestimentas con-
sideradas diferentes, a posse de objetos ou o consumo de bens indicativos de
No dia a dia, observarmos que os xingamentos são as formas mais comuns
desse fenômeno. Depois, temos as agressões fisicas, os gestos ofensivos, a exclusão statur socioeconômico superior ao dos demais alunos. Elas são vistas pelo conjunto
de respondentes como pessoas tímidas, inseguras e passivas, o que faz com que
da criança e do adolescente do grupo de amizades e a disseminação de boatos, hoje
os agressores as considerem merecedoras das agressões dado seu comportamento
potencializadas com as redes de relacionamentos pela internet e com as mensagens frágil e inibido.
eletrônicas (cyberbullying).
Alguns sintomas são bastante indicativos de que a criança ou adolescente está
O bullying reflete um sistemático abuso de poder de umas pessoas sobre as outras
e tem como consequência uma vitimização repetida ao longo do tempo, sempre com frequência para mudar de sala ou de escola; apresenta desmotivação para os
muita dificuldade de defesa. Essas agressões geram um elevado nível de tensão nas
s, queda do rendimento escolar ou dificuldades de concentração e de apren-
'
colas. A pesquisa realizada pelo Centro de Empreendedorismo Social eAdministração nta dificuldades de relacionamento com os colegas; tem mudança repentina
myportamento, apresentando isolamento ou agressividade (Fante, 2005: 75-9).
em Terceiro Setor, já mencionada, concluiu que 70% dos alunos do país já viram ÍO bullying pode, ao longo do tempo, causar graves danos e levar a interferências
algum colega ser maltratado pelo menos uma'vez na escola. Na região Sudeste, o índice
. 'ciais no processo de desenvolvimento cognitivo, emocional, sensorial, social e
chega a 81%. A pesquisa revelou também que há um despreparo das instituições de w. onal das vítimas. Muitas vezes, quando os ataques são crônicos, como forma de
,“
expressar o fenômeno: agredir, ameaçar, apelidar, bater, agarrar, beijar a força, brigar na ,
início a um massacre que entrou para a História do país. Durante cinco horas,
escola, praticar racismo, dar em cima do namorado do outro como forma de agredir, Harris ( 17) e Dylan IGebold (18) aterrorizaram a escola situada em Littleton, um
.
desrespeitar, difamar (falar mal da vítima, escrever fofocas, espalhar boatos), moles- rbio classe média de Denver. Munidos de Carabinas, rifles, pistolas automáticas
. -rnbas caseiras, eles feriram gravemente 23 pessoas e mataram outras 13. Logo
tar e difamar pela internet (cyberbullying), discriminar, empurrar, esnobar, excluir,
magoar emocionalmente, ferir fisicamente, furtar, gozar, humilhar, implicar, isolar
-
is, ambos cometeram suicídio.
(não querer ficar perto da vítima, evitar fazer trabalho em grupo com a vítima, não Estudos mostram que tanto autores como vítimas podem levar as consequências
bullying para o resto de suas vidas: estas carregando os traumas pela violência so—
querer falar com a vítima, rejeitar a vítima, não permitir que a vítima faça ou tenha
; aquelas perpetuando as ações
amizades), magoar, maltratar, manifestar preconceito, ofender, oprimir, perseguir, em outros contextos, como nas relações familiares
quebrar pertences, rir, sacanear, xingar, zombar ou caçoar, entre outras. em locais de trabalho.
lb [|
A mesma pelqulla Ji referida concluiu que professores
. "atom du
reconhecem deficiencias do sistema escolar como punivel! determinante: da vio-
escolas
_ a vitima precisara é que o ofensor pare com as ofensas. chegando a um acordo
sentido. A reunião ajudará a todos os envolvidos.
lência entre alunos (CEATS/FIA, 2010: 3). Na opinião desses profissionais, os Fatores
_
Observamos que existem alguns profissionais que não recomendam reunir ofensor
intrínsecos à estrutura escolar/educacional que podem ter relação com o surgimento de bullying. Recomendam mante-los isolados e orientam os pais da vítima
de comportamentos violentos são:
tem na Justiça contra o ofensor. Essa orientação é isolada e vai de encontro a
as recomendações dos estudiosos e dos organismos internacionais sobre o as-
1)
número excessivo de alunos em sala de aula, 11) dificuldades da escola em
lidar com problemas da familia do aluno, ur) falta de preparação e habilidade . além de refletir um pensamento estritamente punitivo. A não reunião entre
de professores para educar sem uso de coerção e agressão, lv) estrutura física volvidos somente seria recomendavel em casos extremos, quando falharem os
inadequada e v) falta de espaços para que os alunos expressem suas emoções e
dificuldades pessoais.
restaurativos de resolução do problema. Ademais, não se trata de uma simples
-
com o ofensor e a vítima. As reuniões restaurativas exigem critérios próprios,
Embora o desafio seja muito grande, a escola e a sociedade precisam agir com
urgência para enfrentar o problema. Como a escola pode realizar ações para prevenir
o bullying? A escola deverá desenvolver programas preventivos que envolvam todos
os atores escolares e a comunidade. Esses programas preventivos, realizados através de 1: Mantendo o vocabulário do bullylng:
encontros, palestras, semana de prevenção, entre outros, devem focar a conscientização '
.«proporeionar uma melhor compreensão entre os alunos sobre as mais varia-
de todos sobre os malefícios do bullying.
ologiaa. expressões e consequências relacionadas ao bullying. Enea atividade
Num segundo momento, a escola deve realizar atividades internas antibullying, ' :r com os verbos e expresso“ relacionadas a pratica. Ela e adequada por-
tais como combater estereótipos; ensinar os alunos a conviver com as diferenças e rios alunos, com o apoio do educador, serão os protagonistas das sugestões
e serem escolhida.
*
«
em valores humanos, trabalhando, sobretudo, os conceitos de alteridade, amizade, mento: os alunos irmão encarregados de montar um dicionário de verbos e
civilidade, diálogo e solidariedade. relacionadas ao bully/ng. A atividade e extrerriamente envolvente e deman—
trabalho de toda a turma; alem disso, ela propicia o trabalho cooperativo entre
As criançase os adolescentes precisam aprender que a violência não pode
pautar
as relações humanas e não deve ser usada para solucionar conflitos. Devem aprender 1: Inicialmente, o educador deverá repassar aos alunos noções gerais sobre quais
que as brincadeiras e as “zoadas” fazem parte da vida escolar e social, mas elas não , mentos eeo ligados ao bullying. Divida em gmpos circulares de cinco ou
& cole
tivas previnem porque permitem o senso de comunidade na escola, com ênfase nos se aquela expressão nova relate—ee ou não a pratica do bullying.
ºiª-ee 1: Após
o ievantamento o educador poderá fazer um grupo geral, no qual cada
trabalhos em duplas ou em grupos, em quaisquer disciplinas, visando desenvolver
eubgrupo através de um relator, eseiereoerá as expressões que foram levantadas por
o senso de pertencimento e conexão, de respeito ao próximo, entre outros valores. ' feios e quantas foram ou não escolhidas. Deverá haver uma reflexão do educador com
Além disso, as atividades restaurativas respondem ao fenômeno através das reuniões turma para saber por que aquelas expressões são ou não comportamentos ligados ao
'
Fue 3: Após a elaboração do dicionário, pedir a algum aluno ou grupo para que escreve
num cartaz todas as expressões levantadas, o qual deverá ficar exposto na classe e
desconfortável ao ouvir os relatos da vítima e de seus pais sobre os seus atos, passando
,
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um
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'
.e sociais, mais condições tem para solucionar problemas comuns apresentados
vmplexidade da vida social, gerando melhoria na qualidade de vida de todos.
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'
(voltado
pªrª 5, mesmº) . Au'ºmnnªnçª taremos essas a 11 a es, am a que e passagem, , .
neste nos proxrmos
e
"'
-Autonomia
-s. Neste capítulo, para fins didáticos, trataremos do seguinte conjunto de
' em '
1
ª
'
_ _
. .
para uma boa
g—
»
do cuidado
;
Desenvolvimento das
ncia social, abordando as questões do respeito ao outro.
»
Trabalhabilidade:
Competêncras circunstâncias
autogestão
!
'
produtivas -,
económica., .
ambiental, ' heterogestào
_
der a ser
ª_ºç'ªl' Pºnhª“ º" cªnºlª” 7"
;
“aprender a ser”, na concepção do “Relatório Delors”, significa
que “a edu-
, ,
..
, . , . . .
:
“ >
autodidatismo espiritualidade”
- -
conhecer : . ,
cognitivas (voltado para a gestão do .
conhecimento)
- didatismo 2004: 99).
' construtivismo
,
da segundo o relatório da Unesco, todo ser humano deve ser preparado,
palmente graças à educação que recebe na juventude, “para elaborar pensa-
Ao contemplar os pilares do “aprender a ser e a conviver” ao lado dos aprendi- -s autônomos e críticos e para formular os seus próprios juízos de valor, de
zados do “aprender a conhecer e a fazer”, o relatório busca , a poder decidir, por si mesmo, como agir nas diferentes circunstâncias da vida"
'
mostrar a importância de
uma educação também voltada para os princípios, valores e virtudes que devem ser
,l
rs, 2004: 99).
semeados em cada criança e jovem, Na relação consigo mesmo, como essência das competências pessoais,
temos o
A construção desses objetivos preconizados pela Unesco visa à mudança de ati- . senvolvimento
que gera o desenvolvimento de habilidades como o autoconhe-
tudes e comportamentos, entre outros, direcionados na busca de
uma educação para , 4. to, 0 autoconceito, a autoestima, a autonomia,
entre outras.
a paz e a superação pacífica dos conflitos. Ao se preparar para prevenir e enfrentar a violência
entre os alunos. a escola com-
O ponto de partida de Delors é a constatação de que a educação se constitui, & capacidade de estimular
íª
Flugain
Dem «mmc-
de bem-estar do aluno. o sentimento de inclusão, de pertencimento :* ',
€*
1) voltou-mim abªlam.»
.WWaWuuuummo-z
mulher e atividade?
2) Vee. preeiu mulouma coin pare nieltiom o relacionamento com oo eeu: cole-
Como observa John Braithwaite (apud
Holtham, 2009: 08), de perguntar
'
?
%.;ue
o que faz as pessoas praticarem crimes, nós deveríamos em vez
:) voo. mate tnportente para um bom convivio com ou seus cabeca?
das pessoas tem
comportamento adequado
perguntar por que a maioria
a maior parte do tempo? A resposta é
mm
4) Ouala ee virtude- wl voce acha mais imponente a pessoa poeeuir para se relacio—
simples, diz ele, a conexão
e' nar bem com oa Mill?
com a comunidade, que permite, 5) A partir deu-a mfexóee, voce sabe qual e a sua responsabilidade
.
denim da dma-
.
senso de pertencimento. entre outras coisas, o mlce e do funcionamentº
A observação de Braithwaite
"ºº'!"
nos mostra o quão importante é propiciar ,
(aquela na qual todos envolvidos hceees crianças ejovens. Quanto mais elevada a autoestima, mais paz interior e melhor
conflito acabam ganhando) os no
solução dos conflitos escolares contribui sobrema- relacionamento da com os demais.
para a umª
neira para desenvolver o autoconhecimento,
o pensamento crítico e a capacidade de
ouvtr, pors nesse tipo de solução é preciso atender às
exigências do eu (assertivi-
ªmu: linhas de trabalho. lápis preto, lápis de cor e borracha.
l'Durlçlo: 50 minutos, aproximadamente.
dade) e do 'Procedimentoa: o educador orienta os alunos a posicionaram a vontade, espalhados
outro (compreensão). Em cada conflito discutido solucionado se
ganha«ga.nha , ha e através do la sala de aula.
uma reflexao do mdivrduo sobre a
mesmo) e sobre a conduta do sua conduta (em relação a si Cada um recebe uma folha de sulite, e o educador explica que cada um devera
outro. construir a sua bandeira a partir das sele perguntas, identificadas adiante. Para que os
Iunoe compreendem tarefa. o educador pode fazer alusão ao fato de que uma bandei-
a
ra, geralmente, representa um pais, trazendo algo significativo de sua história. Na folha
aumte, que poderá ser dividida em cela pam, o aluno deverá fazer aquela que será a
Ativld do1:Autoconhecimentc
ana bandeira.
A partir de então, o educador solicitará aos alunos que respondem às perguntas
, Atençlc: o educador deverá explicar que esta atividade proferenciaimente por meio de um deeenho ou de um sin-iboic em cada uma das áreas
sera confidencial. As respostas
«
l
Então, o educador faz as seguintes perguntas aos alunos: Qual e sua melhor que—
?
ªfã-vigiª ' de mudar
ªçãº;:wnsidera em voce? Qual a pessoa que você mais admire? Em
muito bom? O que mais você valoriza na vida? Que
dlhculdades ou facilidades você encontra para trabalhar em grupo?
As perguntas podem ser feitas após cada uma das respostas. Terminada a tarefa,
o educador facultara aos alunos que quiserem. que compartilham as suas bandeiras,
,
examinando-ae e comnrando as respostas dadas (esse compartilhamento de respomas
deve ser opcional para evitªr eventuais constrangimentos).
., Na etapa seguinte, o professor incentivará aqueles que quiserem.
(portanto, também
'"
de forma opcional), que façam comentarios possuia e indivrdluaia sobre o que mais lhe
chamou atençao em suas bandeiras e o que cada um descobriu score si mesmo e sobre
o grupo. Na oportunidade, todos se manifestarao sobre a experienciade ter compartilha-
do com o grupo o seu fazer pessoal, os seus sonhos. as suas descobertas, o seu pensar
folha de papel , elee sobre al a sobre os outros.
escrevam dez caracteristicas próprias . Na outra
cancteríeticaa penoais que facilitam cinco . peçª
mlaãonamenio
ue escrevam
torpe-coal de cada um na escola. a que dificultam o in- Atividade 3: Exercicio de autoavailaçlo (adaptação da atividade disponivel em <httpzll
,, www.ritaaionso.com.br>. Acesso em abril de 2010)
U
Bªl
35
'
Amou este
eiuno. tambemmas «mmao. demanda e um miha comuniquem—rio render a viver juntos, aprender a viver
deve ser feito munir—rito Governor querendo num “um de com os outros
escola ou com o merecem. . Outro pilar da educação, previsto
no “Relatório Delors” para a Unesco, e o de
——-————____________
ºbjetivo: promover o autoconhecimento e cep-cidade de reconhecer
| .
valores em si e nos outros. queimou «
der a “conviver", através do qual a escola deve ensinar aluno
.-
o a se relacionar melhor
leu meio, de forma participativa, solidária e cooperativa. Essa perspectiva transdis—
Mandel: uma folha e ser distribuído e cada participante músicos hermonizentu.
Dureçlo: a critério de cada educador.
e _:
nar é um novo desafio para a escola do século XXI. Aprender a conviver significa
llitar-se para
Procedimento: texto de sensibilização e ser lido pelo educador: um maior e melhor exercício das relações humanas, tais como exercer
boa comunicação, ter maior participação social, realizar trabalhos
"Reconhecer os valores e o potencial das cooperativos,
partida para o estabelecimento de mníença pessoas
e nossa volta é o ponto de uir habilidades em negociação e gerenciamento dos conflitos. Significa também
nas relações interpessoais. Todos nós
gostamos de nos sentir queime-ados e é mais fácil ver nder a ter uma maior consciência e responsabilidade social, desenvolvendo
as qualidades nos outros empatia,
iação pela diversidade, respeito pelos
outros e espírito de solidariedade.
Esse pilar vai além do objeto
a ser conhecido e do resultado a ser alcançado,
Em seguida, o educador distribui jetando-se na ideia de um aprendizado compartilhado
cicio de autoavaiiaçio. as telhas e solicita que cada um preencha o exer- e construtivo, em cuja
pectiva há uma situação de reciprocidade, respeito mútuo
Exercicio de autosveiiaoào: marque pontos de 1 e cooperação entre
a 4, de acordo com a escola: o—professor e aluno-aluno.
*
1
Raramente 2 -Algumas vezes 3 — Frequentemente 4 — Sempre
—-
( ) inovação
Total: . , prescreve a autoridade” (Parrat-Dayan, 2008: 53).
verme“; ............................................................................................................................
() Peixão ' A importância da cooperação
() Emoção para a construção da autonomia
Totel:.....,... É clássica a formulação de Jean Piaget (1994)
desdobrando as etapas da formação
Amarelo da criança. Ele estudou a concepção
'
( ) Energia
num jogo de bolas de gude, muito comum à época dos seus estudos. Conforme
'
( ) Radianoie
()) Esponlaneidade ( ) Explosão ( ) Calor conclusões, as crianças
( Criatividade ( ) Afetividade ( ) Positividade pequenas não percebem as regras sociais (anomia),
( ) Flexibilidade ( ) Sensibilidade (
)Animeçào o, por exemplo, devolver o brinquedo do amigo. A partir do
() Ludicidade ( ) Carinho ( Entusiasmo
) momento em que
'. ças crescem, depois dos 3 ou 4 anos, elas
Total: ,
'
e',"aos
começam a entrar no mundo das
Azul
, poucos, por volta dos 5 aos 6 anos, passam a reconhece-las e a cumpri-las
( ) Organização "respeito aos pais e à sociedade, que as impõem
para protege—las e para permitir
.
»"
() Minúoia '
unvívio com as demais pessoas;
( )
Boa memória por esse motivo, a coação e' o tipo de relação
() Realização da que foi planejado a dominante na infância (heteronomia),
()
De forma gradual, a partir dos 7 anos
Capacidade de sintase dade, essa relação de coação
Total:
,
( ) Tranquilidade
e a compreender o sentido das
() Paz
, nascidas do consenso mútuo, em razão do respeito
ao outro ou ao mundo, e
.
() Imparcialidade ,
“identifica
8 %?âíãíº como próprias, assumindo os valores nela contidos como os seus próprios
I
: social e
Dentro da concepção piagetiana, constroem uma melhor relação de convivência. Ademais, a motivaçao
para o desenvolvimento de seres moralmente ntada para atividades ligadas à cooperação e a fraternidade despertara aluno
autônomos em ambiente escolar, é necessário no
que as relações humanas se fundamentem oria das habilidades relacionadas às mais diversas disciplinas.
em princípios de cooperação e reciprocidade. Um ambiente
cooperativo visando manter
a disciplina surtirá efeitos muito mais positivos do
que com regras repiessoras e coercitivas
profícuo para a solução pacífica de
conflitos e para as práticas
Conforme ensina LaTaille (2009: 12), citando restaurativas.
-: a parábola que tanque e um bomexempio de lºg. “mnhaganho' (ou
'
que impe-
do a abordagem dos problemas permitin- ço umasfalto,ooiumiandoeoomeçouaohorar.
com base em pontos de vista diferentes e Os outros oito ouviram o chow. Diminulmm o passo olharem
complementares. e para trás
Então eles viraram e voltaram. 'lbdos eles.
3?
ZH
UmmnInaJammmnDomMmmmuummedrm:
”Mia. Atividade 4: Jornada oaga
mm valnnr'.
junM-Malnhadechegmmº'm" ! “"'ªºflººmmoabnmundmm
O ntldlo Info/ro levantou.
o os aplausos duraram Inu/toa ln
numha/uem
com: "abolir-r a confiança. eetlmular oooperaçlo entender a importam: de
. .
uma comum-ola clara. Serve para mostrar o quanto dependemos um dos outros e o
! “ ”“º“
.
sagas/l naquele dla cont/nuam repetindo quº
,
Morana quanto podem- contribuir para o crescimento de cada um. Serve também para 'quebrar
em
de atletas fossem deficientes mente/s Mas
:
tes da sensibilidade. Por que? Porque, lá fundo,
.
, com um; , nlo eram deIlíriª/;*:
o gelo”, antes de alguma outra atividade
no todos nós sabemos que o que «'
Duraçlo: a critério de cada educador.
e nesta Vida e mais do que ganhar sozinho. O
que importa nesta vida é ajudar os outros Procedimento: o educador prepara a sala com as cadeiras. mesas e objetos dispostos
a vencer: mesmo que isso Signilique dim/nu/ro
passo e mudar de sumo. de toma a tomarem-se obstáculos a locomoção. Os participantes são divididos em du-
Fase 2: Desenvolve com os alunos ,
em um oi rculo, as se urntes
'
plas para as quais deve ser entregue uma venda. Um dos componentes da dupla e van-
;; gor que o titulo do texto e “Dando sentido à vida"? ª ““mal '
'
dado e ao outro cabe a tarefa de guia—lo pela sala, através dos obstáculos. orientando-o
que significava “terminar a corrida e ganhar
para uele '
competidtqzres?
a s ] ovens?
para que este não caia. Após o percurso ter sido feito. invertem-se os papeis.
ª; gor que as pessoas aplaudiram :: gesto dos 5»
gan er sozinho. O que importa nesta vida é ajudar do que ', 5) O que falta em voos para que as pessoas confiem mais no seu auxilio?
para rsso signiiique diminuir o passo mudar os outros a vencer, mesmo que
7) Qual a melhor e de curso”? " 6) Qual a maior ajuda que voce pode prestar neste momento de sua vida para pes- as
aprendizado que você tirou do texto? soas a para o grupo?
cabem quanto tempo ficarão na ilha, pois nao há qualquer meio de transporte ou da
cessivamente até que se forme uma "teia" . «
comunicação. 0 que fazer?
' que prºpluªrá uma v'suªl'zªçªº das
.
.
,.
escolares e comunitárias. 'ª'ªçºªª Em seguida, o educador deixa a discussão tomar conta de todos. aproveitando a
Dlsoueelo gl
ideia que cada um apresentar Todas as ideias são válidas, e o educador somente neto-
,
1)Reflexão sobre Impedância de me a palavra quando o grupo chegar, consensualmente, a uma conclusão.
e sobre : cada um no contexto familiar,
a necessidade de clareza do bom dôsempenho
“ escolar e cad-:uurl'irtiánº
co '
'
"7
2) Reflexão sobre os relacionamentose dos papéis de
que funcionam como numa engrenagem. duo
mover uma cultura de respeito
ca e membro e parte Integrante do processo. innuenciando em
sendo influenciado.
e
Atividade 3: Jogo da solidariedade (Diskin, Para o aprendizado da “convivência”, preconizado pelo “Relatório Delors", além
2008)
Duração: a critério de cada educador. desenvolver o espírito de solidariedade e cooperação, a escola deverá incutir nos
Procedimento. antes de iniciar a atividade
par) formando um circulo. Debaixo do
o educador coloca
,
as cadeiras
papeldesªllerczx
em ' unos o respeito pela diversidade humana, em todos os sentidos.
assento de algumas, coloca um Vivemos numa sociedade multicultural e pluriétnica. No Brasil, em particular,
de alguma atividade que deve
, ser assumida pelo ocupante da cadeira:
'
cuidar de '
diversidade é muito rica e é muito bom que seja assim. Entretanto, nosso sis-
alimentar
_
[ ba
sendo reprodutor de estereótipos e disseminador de preconceitos que levam
discriminação.
como se sentiram? Em ocasiões
Devemos trabalhar com os alunos o respeito pelas diferenças e a necessidade de
udusão de todos num convívio harmônico. O educador deve refletir com os alunos
e os preconceitos podem surgir de várias maneiras e ter como foco questões de
'
raça", aparência, gênero, opção sexual, renda, classe social, proHssão, local de moradia,
lii
oduccçlo. nligllo. idade. nlcionclldnde. nlrunlldnde. deãoiónoin
filiou ou mentais. ivlduulllmo ganha um espaço cada vez mior. Est-mol vlvcndo numa sociedade
enm: lnúmem outros. Um materill muito útil para niiexlo sobre formas mais
.
de
comuns preconceito em nossa sociedade pode ser encontrado . ru
livro 12
- viduallm. que desenvolve o egocentrismo. o egoísmo e que, consequentemente.
precºnceito . (] Pinsky, 201 1).
no fm: do ento :; autojustiiiação e a rejeição ao próximo”.
O desafio é construir uma pedagogia multicultural
que respeite as diferenças e
não reproduza estereótipos, exclusões e padrões sociais
incompatíveis com o respeito "«Obhllvoo.
à diversidade. A escola deve incluir
,
mªrªwªm
em sua pauta uma educação criativa e inclusiva, ;; do rªiana-moema
"| m
que estimule constantemente o contato, o diálogo e a interação existentes e compreender que eles
com as diferenças. podem iovnr ! julgamentos injusto! sobre pessoa ou grupos;
Nenhuma pessoa na face da Terra é igual
a outra. Entretanto, quando certos compreender o que o discriminação ogum são as formas de combale—| a,.
grupos ou pessoas estabelecem padrões de beleza, de sdereepelroaop
gªleªda 32909 x ;
educador mostrar que as diferenças, nossas vidas, slo potencialmente perigosos e podem contribuir para o con gª
r
em vez de serem tratadas com desrespeito e usadas O educador pode também promover o Incentivar na ”mls atrvrdodel extra sse
como justificativa para a discriminação, devem ser compreendidas fenômeno ”acolhem & compreensão pela diversidade, raro como vieiras & feiras, ”WWW::
inerente ao ser humano. A humanidade fica mais bela valorosa como um atividades de cultura popular, em exposições de artesanatos. em diversas formas
e com as diferenças, no. entro outras.
O educador deve se comprometer
com uma educação que desmistifique ideias
como a hegemonia masculina, a supremacia branca e a inferioridade social,
ção que substitua a discriminação pela conscientização. É preciso
que
uma educa-
a escola incorpore
[dado 1: Vocabulirio do
Wipe,
-: o critério de cada educador.
do preconceito 0 do dlocrlmlnoçlo:
e divulgue, de uma vez por todas, a constatação científica de dor vai incentivar os alunos a fazer uma pmulsa (osd a a | uno "em Nº
1 :dºolzlelifmpios)
que com relação às pessoas
não existem raças distintas. Quando sobre expressões, ditados. piadas orc. utilizadas pelos páscoª:
trata de gente, a raça é uma só: a raça humana. , cotidiano, que podem estar carregadas de catoroótipos. de preconceito. “Mwm"
É lógico
que o trabalho do educador e' limitado, e para ser mais eficiente depende .» o ou até mesmo de racismo. tais como: “os homens são mals'fones e não volº'zro a.
também de outras políticas públicas sociais. Porem, trabalhar ': meninas são mais organizadas”, “os meninas são beyonce/ros , mulher no a
e a conscientização e o respei—
pelas diferenças
to já é um grande avanço, e o trabalho deve
ser constante e continuo. Não ' - constante", "Isto é coisa do "com”, “coisa do pobre e outras.
«verá pedir aos alunos para pesqursarem
.
deve trabalhar No
menu ooesllo, o educador sobre a s
se e discutir, por exemplo, o tema relativo à igualdade da mulher lavras “suposição”, “estoreótipo', 'preoonoomo" e “discriminsçàorà.
somente
no Dia da Mulher ou ao “negro” somente no Dia da Consciência Negra. A discussão deve timão' ªir-5132133336“
—
miga da compreensão é a falta de com jovens que pretendem ter uma convivencla escolar e socral pacifica.
preocupação em ensina-la”. Ainda segundo ele, “o
%
nun—r
mm.
"
Mui—Mum rmma- , lizniN'ªª'XiUi
lniolerlnde o
reúne
mmm. ou nlo admitir
.
mame que nlo
Mahum
noelter
em quem.. nodule. ouimnie. polme-l opinion divenu
ou religious. A oleole. dll euu.
por local
ligado-menu
de toda. origens, e o ambiente Ideal ser um que
idlvereldlde.
A presente atividade leva
» para se trabalhar conceito.
aossooieãa'ºdzcÍIZr-
e grupos de peesoasoue, em regra, —
são discriminadas na
e necessidades especraie. minorias étnicas,
homossexuais, grupos de baixa
AS PRÁTICAS RESTAURATIVAS
NO CONTEXTO ESCOLAR
.
ualmente cada ser humano e cultive uma boa convivência escolar, permitindo o
-
Depois, forme um grupo
geral, em círculo,
ento de inclusão, de pertencimento e de conexão de cada um e que, sobretudo,
-'
os alunos sobre as questões seguintes: e promove uma discussão livre com todos -
1) Como é
que ele: se sentem perante estereótipos w ' os alunos para a solução positiva dos conflitos.
2) os encontrados?
podem ser considerados bone?
Como ja' abordamos, a violência e a indisciplina são realidades presentes na maio-
'
escolas, levando a situações de desequilíbrio e desarmonia
3)
Éííieflªãã'ããªã: Simi-ªªª“ ºª'ª ªmººº “"“"“? no funcionamento
_
9)
, Moura!
e coletivamente, para diminuir os preconceitos
"
,
u
rdagens genericamente de práticas restaurativas.
Pelos recursos tradicionais,
um aluno que pratica uma infração punido, mas essa
'
, &
atacar as causas do conflito. restabelecendo o diálogo e prevenindo comportamentos ipermltem uma melhoria nos relacionamentos, contribuindo para a construção
semelhantes no Futuro. O diálogo visando resolver problema
o passa a ser uma ação tura de paz nas escolas.
educativa, pois todos os envolvidos, sem julgamentos prévios
ou definições, passam
a se responsabilizar e a criar uma solução para o caso,
Essa filosofia de trabalho é baseada práticas restaurativas e as regras escolares
na “Justiça Restaurativa”, cujas práticas são
usadas no mundo todo como meios alternativos
para a resolução de confiitos de forma A introdução da pedagogia restaurativa nas escolas não quer dizer que se vá abrir
extrajudicial, com a participação dos envolvidos e de membros da comunidade. O das normas e regras disciplinares existentes. As práticas restaurativas muitas
modelo de “Justiça Restaurativa”, que e' incentivado pela Organização das Nações s não excluem a necessidade do estabelecimento de outros limites e controles.
Unidas (ONU), foi baseado e inspirado originalmente prática dos indígenas maoris,
na regras tradicionais da escola poderão ser mantidas em conjunto com as práticas
da Nova Zelândia, e de outros povos da Ásia e da América. Esses ; urativas. Estas, por sua vez, naturalmente
'
levarão os alunos ao melhor conhecr-
povos têm por hábito, '
para a solução dos conflitos interpessoais, fazer reuniões para um amplo debate entre to e a compreensão dos princípios e das razões que levam às regras ou normas
os envolvidos, destacando-se, principalmente, a discussão entre o agressor e a vitima, -lares de forma geral.
ideia da pedagogia restaurativa é que os próprios alunos e profes-
'
delas advindas.
diretas no campo das inter-relações. Elas levam .. uências
aos envolvidos uma abordagem inclu- Os educadores, ainda que se sintam despreparados no começo, deverão aos pou-
'
com o próximo, a comunicação Ms conviver e aplicar as práticas e as reuniões restaurativas, em razão das vantagens
entre os atores escolares, familiares, comunidades e redes de apoio. Elas nos levam Assxm, cada vez mais,
ue elas possuem se confrontadas com os meios tradicionais.
«.vv
a lidar com os conflitos de forma diferenciada: desafiando os tradicionais padrões os criando uma cultura para as práticas restaurativas, pois elas inequivocamente
punitivos, passamos a encarar os confiitos como oportunidades de mudança e de muito contribuem para a melhoria do ambiente de convivência na comunidade
aprendizagem, ressaltando os valores da inclusão, do pertencimento, da escolar e para a vida de todos os atores escolares.
escuta ativa
ªis 41
É previsível
que ou envolvido: no processo «colar relutam &: lubltltulçbel dn Ammenro mall comprometido e nada nl eleoll funciona para eles. nem a: formas
punições tradicionais para as práticas restauratlm
nos conliltor que envolvam alunos e ltlvu e nem restaurativu? Para esses casos, aldeia e que se busque o máximo
alunos, alunos e professores e outros. Como
anota Ednir (2007), “temos uma cultura ,
“ restauradvas, que funcionam bem até nos casos mais difíceis;
câclêncla das práticas
punitiva na nossa sociedade que está presente também Sistema Educacional, ainda to, falhando estas ou não sendo suficientes, restará oferecer apoio e cuidados
no
-
O quadro a seguir, adaptado de Ednir (2007: 69), faz - desenvolvem um ambiente cooperativo e o senso de comunidade na escola;
um comparativo das cul- - resolvem problemas que interferem no clima da escola e nos processos de edu-
turas punitivas e restaurativas: cação. ao mnrrário dos métodos punitivos que pouco fazem para reduzir a rom—
cidenoia ou os comportamentos negativos nas escolas;
A
- permitem mais tempo ao professor para cuidar dos afazeres para os quais foi
Foco de apuração
'
formado.
Identrficarquem errou Identificar necessidades não
; ;
,
'
atendida
'
,
;*
í.-
oco
deresposga “Reeducadelsclpllnar àforça Outro aspecto importante é que cada escola introduza as práticas restaurativas de
.
.
j
Restaurar hannonie d '
Aspectoeecolarr _.Nlanterorcontrole ,
,
idade. As mudanças devem ocorrer sem traumas e restaurativamente, como
A comunidade escolar, preocupada, poderá fazer as seguintes de Hopkins (2006: 43):
questões: mas
não haverá mais punição? O aluno pratica uma falta
grave e o que há é a enas uma [...] transformar
uma escola, ou qualquer instituição, em um lugar onde a
conversa? O que fazemos com as regras escolares? Como acreditar “Justiça Restaurativa” informa o modo como as pessoas interagem diariamente
em algo que nunca
vi funcionando? Este é mais
um daqueles projetos que começa e termina sem que umas com as outras, é algo que precisa ser feito restaurativamente. Todos que
saibamos direito o serão afetados pela mudança devem ser envolvidos e sentir que seus pontos de
que é? (Ednir, 2007: 42). Também surgirá o argumento da falta
de tempo na escola para trabalhar assuntos fora do currículo normal. vista são respeitados e levados em conta.
Entretanto, aos
poucos, os professores verificarão que é bem possível conciliar as práticas restaurativas O correto, segundo Hopkins (2006), é que professores, funcionários, alunos e
como uma nova filosofia na disciplina escolar. Com o tempo, os envolvidos na reali- retornem ou criem a Visão e a Missão da escola, a luz dos valores restaurativos,
:
vos, metas e valores, acordados por seus agentes e expressos de forma sintética,
Outra pergunta que poderá surgir e' a seguinte: tudo bem, as práticas funcionam que possam ser comunicados direta e rapidamente a todos os interessados.”
para a maioria dos alunos, mas e o que fazer com aqueles alunos que já têm ir, 2007: 49).
'
o com-
ªº 411
,
v--.... ......"— wcu pm : :molçlol A &Eimnum
.
polo sto ?) A pol-m
trinca ser ocorrido no pu mmm
um dlmsnllo social voltsds pm o Muro.
ele ocorre
2)
às
"
A penalidade tem foco principal no
3) ofensor para Intlmider e pun relações e ntre os envolvidos, para restaurar.
Possui penallzeçoes que levam ã " . ,
i
torna—se protagonista.
, ,
5)
Paz escolar com tensão; ;
12) Paz escolar com harmonia; autodiscipline.
7) necessidade de disciplinar os :
'mmportame t '
3)
,, time tem uma posição
secundànrl; ,
'
“ constituindo tal fato um grande obstáculo :::-533;ng , infomações detalhadas sobre o caso; tem e
sobre os fatos, oportunidade de colher respostas sobre os
,
i
, como o caso & afetou; tem a oportunidade
i de pedir a reparação pelo mal causado; tem
a oportunidade de receber um pedido de
desculpas.
ºrgasm e áá'eías mnààíáaííeíãi 15) O infrator é visto como alguém que errou e pode
,
,
a falta.
i
' '
i
1) A infração é deinida , : se redimir, responsabilizado-se pelos danos e
pela violação ao
,
'
regulamento
) A infração
é delinida pelo dano outro :
consequências do ato: a visão é holletica.
i
escolar, ao e ao
releclonernento (o dado relacionamento).
(':—Os
errose as falhas geram culpa no
)
16) Os erros
e as falhas gerem obrigações para o
1
i
2) Os danos de infração i
»
é ao
são definidos ! 2 Os danos de infração ºfensor e esta é indelével. ofensor(porexemplo.de pedlrdesculpas)eaculpa '
,
em abstrato. são deinidos '
e redimida pel
Í
i
.
.,, , ,, . '!
concretamen! e. dimentoe pela reparaçao.
li 1?)
3) Aesccla é a vitima de infração. I O ofensor responde pelos !
, . 3) Os atores escoleres os rel ." > seus 0 ofensor respcn e pelos seus atos assumindo :
:
:
as
.
vitimas d 'nfraçáo. punição; não tem responsabilidade É
problema.
4) Em regra
,..
,
, ,
- .
, a vitima
.
na discussão sobre o
_
5) As dimensões 1
.
““”-893332de relevantes conflito.
i
. ,“
:
mlaçpes. ao ter problema de connltos poderá participar do processo restaurativo que
º
,-
«É
com vítima.
:
a de desculpar-se
e senSIbillzar-se com o trauma e
6: ira—loresrda reciprocidade e da cooporsclo
, '
Prevalência do individualismo e de
:
Sl
Atividode 1:
Muscle com oo eluneo cobre um: vide mil m*omol:m*memmm.mummdoilw.quo
Dunolo: outono de sede eduoedor.
| mom-almuurmmn-MMn-mmm
1
edemumeboeperbdosuoodeierenlummbhubronouum.
Fere e
mim url 8: O seu trlbelho
plf'l reishr absorver o conflito depois
mnoiundo-s.
como
onde fill ego durem o indoor-te. gerindo uma miedo no conflito.
-
.
wwe . nos Moe pero limularem o que ocorreu depois, dando—lhes
Em "guide peço uns
"
1
rm minutos peru Interação. Pere as atividades e peço aos observadores para relata-
:
,
rem o que aconteceu nas simulações. tanto na linguagem falada, como na linguagem
'
“,oorponl, mantendo as escaladas dos ooniiitos.
Alguns passos que deverão ser comumente idenu'liados, como por exemplo:
'
1) Um wlpou o outro;
2) O responsável não pediu desculpas
e se retirou;
'
Dez maneiras per: viver
se
(adaptado de “Dez maneiras
em harmonia 3) O responsável pediu deswlpae e não foi deseulpado;
',“
4) Trªte todos com respeito, que os conflitos partem para a violencia? 0 que as escolas podem fazer para ajudar
mesmo aqueles que voce não a evitar a violência?
espera encontrar nova-
Como é possivel controlar as emoções? Que tipo de situações tornam as suas
ou ofendido voce ou outras
5) Envolve pessoas. emoções inoontrolàveis? Quais são as coisas que podemos fazer para controlar as
as em as afetadas por uma decisão, tanto quanto possivel,
p *
nossas emoções?
decisório. no processo
6) Veia os oontiltoe
e os prejuízos na sua Vidª
'
como oportunidades.
7) Ouça . profunda
e oompassivamente, as demais
Salerno que vºce não concorde com elas.
'
pessoas, buscando entende-las, ,
.ismos reguladores da convivência escolar
. .
F
esse nível de intervenção falhar, parta para um nivel de intervenção maior. Parti—
. : das ideias de John Braithwait, que concebe um modelo de pirâmide para tratar
«
gªt—:s?)
. que eles disseram
intermpçoesqzªgudlerirg questão: ao longo de três níveis, diferentes esforços preventivos formam uma
5211?st ªrtigos, choros,
.
linguagem de baixo calão,
, m que veem
etc.),( dedo apontado para o outro. .
'
tidade contínua de respostas, nos níveis primário, secundário e terciário (apud
,
ª
para a violência. Todos os membros da escola são treinados para desenvolver
. .
-
alunos e 2 simularáo o ooniiito o ' uma escalada de conflitos. .
1
seguintes instruçóes:
e numero 3 Irá observe-los. Em seguida
'
passe os mpetências emocionais e sociais para prevenir e solucionar diferenças de forma
.- nstrutiva e restaurativa.
Segundo Braithwait (apud Morrison, 2005: 304), o nível secundário foca o
divíduo de forma especíâca e os grupos dentro da comunidade escolar. Nesse nível
«
53
pneu. oriundo inumnçlo de um Facilitador para trabalhar
: medindo. ou dm
'
lar: aperfeiçoar a comunlccçlo e o (lillogo
circulo: de entre os atores: realizar negociações, me-
—
resoluçlo de conflitos.
, circulos restaumrlvou, entre outras. Para a condução das nossas
reHexões e a fim
Por lim. ainda conforme Braithwnit. nivel terciário exige
o uma maior participa- bom o entendimento, vamos abordar esses níveis de intervenção separadamente.
de
»
membros da
comunidade
. .
Fortalecimento e reafirmação dos relacionamentos
através do desenvolvimento de habilidades sociais emocionais.
.
2)
d' ., 'a'
(no.
escolar
e
Aprimoramento dos seguintes valores: respeito mútuo, º ""el primário buscará melhoria dº relacionamento esoola-farnllra-comumda-
ª
de, fortalecimento dº diªlºgº ª""º tºdºs' p'ºmººªº dª melhoria dº ambiente
º ª
empoderamento. colaboração, honestidade, integridade, participação, escolar, a comunicação não violenta e as atividades pedagógicas restaurativas.
penenmmento. responsabilidade, valorização do próximo, Será destinado a reatirrnar as relações,
transparencia. tolerância, humildade, interconexão, solidariedade. 3) o nivel secundário será usado para a restauração e reparação das relações
atraves da comunicação não violenta, com o uso do diálogo restaurativo e das
Todos os estudantes que recebem a intervenção reuniões restaurativas (mediações e circulos restauralivos). O foco do nivel se-
no nível terciário também cundário está em reconectar, consertar e reconstruir as relações.
recebem a do nível secundário
e a intervenção primária. As práticas da disciplina
restaurativa abrangem indistintamente todos alunos, com intervenções mais
individualizadas voltadas àqueles estudantes
os
com problemas de comportamentos,
visando conecta-los à comunidade escolar. Conforme
ensina Morrison (2005: 305),
o foco das intervenções primárias está em reafirmar as relações, () foco de intervenções
secundarias
, . ,
esta em reconectar relaçoes
. e o foco de intervenções
.
terciários está em
bletlvo: essa a uma dinâmica simples, destinada a "quebrar o gelo" no grupo e mos
consertar e reconstruir relações.
tur o quanto tem medo dos desafios. Pode ser feita no primeiro encontro do grupo
carregado de implementar o “Circulo Restaurativo' na escola Adlnâmlca serve para
A nossa proposta: partir desse continuam de intervenções percebemos o quanto temos "lodo de des-tios. pois observarem como en poucas
Mm pressa de passar a cobra para o outro. Além de "quebrar o gelo". e brincadeira.
e sugerir práticas restaurativas proativas plliica evidentemente, mostra que devemoe ter coragem de enfrentar os duelo.
de vida. por mais difíceis que selam, pois no Guel poderemos ter uma feliz surpreu o
As práticas restaurativas abrangem
um conjunto de processos que vão desde o esforço sempre oompensará. .
diálogo restauratívo até a formação dos círculos Maurilio: cabra de bombom, com bombons, dentro de uma cabra de apelo..
restaurativos e possuem uma gama de
respostas: melhorar o relacionamento entre os atores escolares; trabalhar unção: & critério de cada educador.
a cooperação
54
55
º
qulndo malic- perenApeuoe que vai dar
ver qUem . '
o dementia em
m Wº |
com
um no para mania.
|
"
'
os bombons com (:
Atividade 2: A mudança mude
PRÁTICAS RESTAURATIVAS INFORMAIS
Objetivo:
me
processo de mudança.
pessoas
a
exercicio quebra o gelo possibiiita
e ' '
aos partrcrpentee refletir sobre o
Dur-elo: & critério de cada educador.
Procedimentos'. e grupo será dividido
em pares. com um de frente ra 0 out
quzªse
aos participante. que deem uma boa olhada
amªrgª:
.
.
no companheiro
Em seguida solicita-se
, que fiquem viradoa de costas u
alguma coisa em si. Por exemplo: soltem
o cabelo, tiram ::
nalgum" º outro ª "'“de
Após alguns mundos , todos voltam ti
a os r de frente para os Partindo das ideias de Brathwait (apud Morrison, 2005: 303-4), no nível
adivmher
.
o que o outro mudou nele mesmo. seus pares e tentam
isso acontece diversas io de intervenção, o projeto inicial é que a escola aproveite ao máximo as
vezes. aumentando a velocidade. :
vida::
mediªno? vão discutir
c ao minuto
.
sobre seus sentimentos sensações
e durante a ati ticas restaurativas informais. Para tanto, a escola deve cercar-se de mecanismos
é”: , respondem
a pergunta num intervalo máximo de 10.
.
ç- prevenção e de defesa
para evitar os conflitos ou, uma vez surgidos, para que estes
'
minutos: “Para v ,mudar
Convidar o maior número f» se transformem em violência.
possivel de el uplae para compartilharem
'
num intervalo maximo de 10 minutos. suas respostªs "'
Nesse nível de intervenção, várias são as frentes de atuação e vários são os desafios
Possiveis temas para discussão:
superados. Há a necessidade do treinamento de todos os membros da escola
1) mudar não
e somente tirar coisas . me e também
ag :.tim
ar.
mdesenvolvimento de
2) ter que mudar o tempo todo
Inoomode, o. competências emocionais e sociais para evitar a indisciplina
nos pqis nos de nossa zona de conforto elnir conflitos escolares de
) ' . ,
os
»
forma construtiva e restaurativa. Sugerimos alguns
ntos imprescindíveis, como veremos nos próximos tópicos: melhoria e construção
.“
um ambiente escolar pacífico; uso de dinâmicas ou de atividades pedagógicas úteis
'
práticas restaurativas; a importância da comunicação construtiva e restauradora,
. o uso cotidiano da comunicação não violenta; e
o incentivo aos alunos para a per-
«&
pessoa. Por isso, o lugar adequado para se trabalhar com os valores, com as
e'
5"!
de vivência dol alunos e de
sua realidades sociais, permitindo qua a perspectiva do Cada educador deva planejar pelo menos uma atividade descontraída ou uma
aprendizado seja também do aluno e
nio nome.-nte do educador. dinamica de grupo circular para realizar periodicamente. Em ntividade pode ser
Se os educadores motivarem
os seus alunos para a sua (rea de conhecimento feita com os alunos e, ainda que dure poucos minutos, ela propiciará integração
e
conseguirem relacionar e entrosar os conteúdos de area pedagógica
dades para a prevenção e resolução pacifica de sua com habili- e relaxamento, melhorando a convivência escolar.
a conflitos, automaticamente estarão Nos intervalos escolares e nas atividades extraclasses, o educador deve Fazer uso
trabalhando para minimizar a indisciplina violência escolar.
ea Isso porque de atividades que permitam o relaxamento, o lazer e a diversão. Por isso, recursos
ambiente escolar é alcançado um bom
com motivação, respeito ao próximo e às diferenças. como músicas de boa qualidade, teatro, saraus poéticos, danças, entre outros,
valorização pessoal de cada aluno, melhorias
da autoestima, comportamentos de são muito úteis para uma boa harmonização do ambiente escolar.
trocas, de solidariedade e, sobretudo, através do diálogo
A seguir, algumas dicas aos educadores constante.
e agentes escolares para a melhoria e a . volver trabalhos contínuos sobre ações não violentas
construção de um ambiente escolar mais pacífico e restaurativo. educação para a paz
Fazer contínua Planeje com a direção da escola a realização de uma semana da paz e de preven-
Wio
pacífco e restaurativo
sobre a construção de
um ambiente escolar ção a violência, quando poderão ser realizadas atividades com filmes, mustcas e
a)
poesias; palestras; dinâmicas de grupo; elaboração de cartazes; gincanas da paz;
O educador deve mostrar aos alunos
que, assim como a sociedade, a escola deve jogos cooperativos; atividades de dança, de relaxamento, de musica etc.
ter as suas regras próprias. Aliás, para tudo existem
regras na vida. É importante Promova cursos e palestras frequentes. Com a ajuda de profissionaiscoriVidados
.
que o educador, os alunos e, se possível também os pais, criem (líderes comunitários, delegados, juízes, promotores, jornalistas, Sindicalistas,
as regras do
convívio escolar logo nas primeiras aulas, embora
essas possam ser estipuladas a médicos, sociólogos, psicólogos, assistentes sociais etc.), a escola deve realizar
qualquer tempo. A construção das
regras deverá ser feita com a participação de cursos e debates sobre temas como preconceito, Estatuto da Criança e do Ado-
todos. As regras devem ser claras deverão
e constar de um “regimento interno”, lescente, drogas, direitos humanos, paz, violência etc.
no qual os comportamentos inadequados deverão ser identificados, Mantenha o hábito diário entre os alunos de estabelecer doses rápidas de reflexao,
sejam evitados. para que ,
Quando o aluno ajuda a elaborar as próprias que podem ser feitas com pensamentos, frases, provérbios e máximas, colocadas
regras, às quais vai se submeter, no canto do quadro ou nas paredes da sala, todas elas retratando. otimismo e
ele passa a respeita-las mais, pois elas
tornam-se mais justas, ao contrario de regras positividade nas condutas. Igualmente, podem ser utilizados clipes, Videos,
impostas. O que se propõe é
que a discussão em grupo ajude na elaboração de músicas e leituras que estimulem a reflexão sobre valores.
soluções comportamentais
para o próprio grupo. Incentive as competições e gincanas esportivas, atividades queldevem ser exercrdas
.
Nessas discussões
acerca das regras, o educador precisa dialogar sobre fi— com frequência nas unidades escolares. A atividade esportiva tem um grande
nalidades da escola e sobre as limitações existentes as
na escola e na sociedade, para potencial positivo na formação das crianças e dos jovens. Manter calendarios
que os alunos possam refletir sobre o que a escola e a sociedade esperam deles. É de jogos, principalmente jogos cooperativos e gincanas, ajudara na socialização e
preciso fazer um pacto de convivência escolar
com todos para que o desempenho na construção de um ambiente pacífico. As atividades esportivas, principalmente
nas aulas possa melhorar.
em equipe, estimulam a cooperação, o convívio com as regras e a Vivência de
Qualquer trabalho nesse nível de intervenção
preventiva deve ter um plano sentimentos como a vitória e o fracasso, o ganho e a perda, cujos resultados sao
de ação bem definido,
com objetivos precisos e alcançáveis. Deve haver importantes para o desenvolvimento de várias competencias e valores nas crianças
planejamento e um pacto de boa convivência, um
cujas regras e comportamentos e nos jovens, e essenciais para as relações interpessoais e para a inserç㺠socral.
em sala de aula sejam definidas e seguidas pelo
b) É importante grupo.
que fique claro a todos içoar os espaços democráticºs no sistema escolar, fortalecer a
que naquele local deve sempre prevalecer
um relacionamento de respeito mútuo, de colaboração e de afeto m'a, protagonismo juvenil e a integração com :; comumdade
, , :
º
«
etc., como forma de aumentar o elo a capoeira, as danças folclóricas regionais, a música brasileira em geral (MPdB,
da escola com a comunidade. Esses .
cursos poderão ser promovidos com a aj uda samba, pagode, forró etc.), procurando demonstrar que a escola'é um centro e
de empresas
ou da própria comunidade. Vendo os seus pais envolvidos
escola, os alunos, cada com a eventos da comunidade. Nesse ponto, a música, em particular, e uma poderosa
vez mais, valorizarão a instituição escolar. ferramenta de integração entre todos da comunidade escolar.
d) Realização de ações de solidariedade
junto à comunidade: a unidade escolar Uso da linguagem construtiva. O educador deve elogiar o aluno que agiu .
deve incentivar as visitas agendadas de cor-
educadores e alunos locais diversos da
comunidade, tais como asilos, creches, instituições a retamente, ressaltando os aspectos positivos de conduta, mas deve também dar
necessidades especiais, que cuidem de portadores de atenção e comunicar—se em linguagem construtiva com aquele aluno mais dificrl,
centro de recuperação de químico—dependentes, residências mostrando vontade em dar—lhe apoio, atenção e ajuda. Pequenos gestos podem
e vilas etc. Nesses locais, os alunos podem
apresentar peças de teatro, conmr ler erar randes resultados.
íssirrigcomo
histórias, realizar atividades de ou
recreação, entre outras. Tais
programas permitem a escola, os educadores também deverão dar uma atençao- diferenCiada
. .
em círculos e de preferem].
a a asse, além de poderosas ferramentas cooperativos. testro, música. narrativas de histórias, leituras dirigidas,
pedagógicas são impo
tantes para prevenir os conflitos,
pois ajudam
. r- artes manuais. culinária, entre outras. Para a integração, a cooperação e o
« . .
agir criativo”.
.
Além disso na produção do diálogo e do diálogo entre os alunos essas atividades são simples e práticas e enriquecem
'
, permitem identificar
' '
ª ªnªlisªr
'
Pºte"ciais conflitos
entre as pessoas. o estudo e a reflexão dos temas relacionados aos valores, a não violência e ao
2) Brainstorming:
o brainstorm gerenciamento pacífico de conflitos, transformando os assuntos discutidos
pestade mental”. A dinâmica em situações simples e práticas do cotidiano.
ou tem"
,“
Comunicação positiva e restauradora no dia a dia da sala de aula: sugestões
]
para o educador
A comunicação é o processo pelo qual dois seres humanos trocam informações
entre si; pressupõe a existência de um “emissor", de um “receptor” e de uma
geraçao das ideias; todas as ideias são
aceitas e anotadas exercício e' “mensagem”. Todas as atividades humanas estão relacionadas às comunicações
nenhuma ideia tem don0' , o rápido;
um , ap ó a fase de
5
das ideias,
'
atrªsª;
:Il'rc em circulo. bem quietos e com os
:;de emm?
Pm
V
possuir caracteristicas
as
1) Ser cooperativo:
seguintes:
'
,,
ll
ao de cinema. Não tem nada lá. Voces estão oIhando para essa [ea I b
lance. Agore,
o ambiente em sala de aula deve voces devem Imaginar nessa tela o mar silencioso e co Im . N㺠tem ninguem lá. Nem
vem se sentir seguros e tranquilos; nele todos ser acolhedor, e os alunos do '
º ,
poderão participar. colaborar e ler «
mesmo voces estao/á. Sólem mor: comprometer: Observe uma garvo ta pessando .
o sentimento de pertencer àquele ambiente.
'A'
educador obterá dos alunos um maior espírito de e positiva o todos a se sentirem bem e estimula a reflexão. ajudando
cooperação.
3) Criar o respeito pela diversidade: aprendizado.
numa sala de aula pacifica, as diferenças
entre os alunos devem ser valorizadas
como um fenómeno de riqueza da dl— Cividade 2' Estabelecendo um ambiente pocitlco em sete de aula (atividade Inspi—
versidade do ser humano. Todos
os atores envolvidos no processo educacional
devem ser tratados com respeito, rede em Drew. 1990: 45)
sem preconceitos. e deve havera inclusão de
todos os alunos num convivio harmônico, um,-lo: critério de cada educador.
4) Ter responsabilidade social: o aluno :
1: Peça aos seus alunos para se sentarem em circulo. Fom1ado o círculo reiiite
deve ser levado a ter responsabilidade com
os demais colegas e com a sociedade. Atividades levem à cooperação, ao
ao az deve começar em sala de aula. Se nos en tendemos que a violencia
rTir'rªrlgzrarºslogiedade
altruísmo, &] força interior, ao respeito à cidadania, que
à natureza, às diferentes
à solidariedade,
ao respeito e que a busca de paz e de todos, temos de começar trabalhando
raças e culturas, dotarao o aluno de habilidades que em ªntiguªs d uia.
contribuirão para um mundo mais justo necessidade de cada aluno assumir a responsabilidade pela criação de
_
e paclnco.
5) Propiciar o aprendizado do gerenciamento “ecoªm" ecinco em sala de aula. Coloque em debate o que o aluno entende por
mbientereSponeabilidade'.
deverá ser trabalhado no dia a dia e da solução de conflitos: e aluno »
& Os alunos poderio expor para o grupo ou para outros
para que possa desenvolver habilidades que los. É Im rtante que todos leiam.
o levem a prevenir, gerenciar resolver conflitos " deergunte ª?»
'
e
trutiva. sobretudo participando dos circulos
de forma não violenta cons-
e '
alunos como gostariam que fosse o ambiente em classe durante o ano
.
deve aprender a tomar decisões com de repassar & todos a responsabilidade pelo propósito de paz.
o grupo — muitas vezes é importante
que o aluno aprenda a agir conforme ficar o eduwdor colocará numa folha de papel em b ronco. mm
decidido pela maioria, sabendo compartilhar
e aceitar o que a equipe decidiu. '
:: rªimundo. :::da '
le de discussão.
os requisitos discutidos para exrstenora de um arrblente par:]liico se";
_
e
de aula pacifica (por exemplo, respeito ao próximo.. não Falar aos gritos,. ser
.
um diálogo mais aberto, que possa le-
var ao consenso. coie a; não x|ngnreto.).
“nªzistªs,
.
'
o faze?
Manter o autocontrole do educador: um cartaz com dados de como serra uma saia de aula não paci _
. ..
por frm, e mais importante, ressaltamos que
o educador deve exercer tico“ e fazer um debate.
sempre o autocontrole. É sabido que o trabalho do
educador e cansativo. Por isso, ele deve utilizar-se alunos eles concordam fazer tudo esta
.
primeiro
para que possa suportar bem os momentos
de técnicas de autocontrole : Pe
::::ªpemrãue aos untar se em o que no
estressantes em sala de aula. O A
-
possam ter uma saia de aula pacgice, :Expltcar grgugnizzgãâãgg
aprendizado do autocontrole o habilitará o deixará
um uma a eerconsuitado durante o ano . indique os a unos se
“
blª
H
NÍVEL PRIMÁRIO DE INTERVENÇÃO:
UTRAS PRÁTICAS RESTAURATIVAS INFORMAIS
,“
Com esse conjunto de técnicas de comunlcsçlo. wltsmos
ullllnr julgamentos de A
'IZ Tá
Zequinha nlo marcou nenhum gol”.
que 6 uma oburvrçlo lnnn do svsllnçlo. do passado devem ser procurador e superados, para que a vida continue sem
Outro exemplo no mesmo sentido: devemos dizer
“: aparêncls de Carlos não problemas. Usar os ressentlmentos do passado como armas para o rp/lreseníe.
me atrai”, em vez de "Carlos é feio".
Evitar julgamentos moralindoresi utilização de julgar-nen quando houver um desentendimento com o colega, somente (agrava o re ;.
a tos momlizadorcs clonamento. Para tanto, é necessário que a pessoa de mais in rmaçao
. . .
contribui para estimular a violência. Por isso, . ª res _
o educador precisa incentivar os
alunos a evitar o uso de linguagem peito do que está sentindo ou pensando, utilizando—se de frases que comecem
que faz julgamentos e que leve à culpa, ao “ »
insulto, à depreciação, à rotulação com eu .
etc. Como anota Rosemberg (2006: 48), “uma
forma de comunicação alienante vida é As “mensagens—eu” são importantíssu'nas para restabelecer dialogos ” e supferar
na o uso de julgamentos moralizadores
que implicam que aqueles que não agem em consonância ressentimentos. Exemplos de “mensagens-eu” (Drew, 1990): ,.eu me sinto .
ourín _
com nossos valores estão
errados ou são maus”. Ainda segundo ele
(2006: 106), “a partir do
dido por causa disso”, ' “eu nao' gostei' daquilo ' ” “eu
, pensp (] ue esta e a me or
momento em opção , por causa disso”. Deve-se evitar “mensagens-voce , como “voce fez istº
A
”
outros, a possibilidade de encontrar maneiras de atender às ou me irrita etc.
necessidades de todos aumenta”. Ensinar os alunos aassumuamponsabilidade,
. . . . &1.1,
para quenao uemso mente
Devemos evitar atributos negativos na defensiva: os relacionamentos devem ser, na medida do poíswe
I b
, a ed
Ҽs e
para as pessoas, tais como “ela e' pregui- francos e, quando houver uma situaçao ' de conflito,
' o aluno eve ap ren er a
çosa”, “ela egoísta demais”, “ele está
e'
muito gordinho”, entre outros. '
Isso, entretanto, não assumir a sua parte de responsabilidade ' '
por alguma açao, ' em vez de ficªr agindo
nos impede de fazer juízos de valor sobre as qualida-
des que admiramos defensivamente, o que somente levará ao aumento do conflito, em vez e aju dªr
na vida, tais como fazer a valorização da honestidade, da
liberdade e da paz. lil-tºssir: rlz-alunos
h) Aprender não fazer
a comparações: comparações também são formas de fazer a formular questões mais abertas e sinceras: num relacio-
julgamentos e exercem poderes negativos sobre
nós. Comparar, classificar ejulgar namento, muitas vezes não sabemos se a nossa conduta afetou negªtivament:
outras pessoas também promove violência. Para ou não outra pessoa. Para que os alunos coordenem as suas açoes de orma mªin
uma comunicação eâciente e'
necessário observar sem julgar coerente e adequada, quando perceberem que algo esra errado com as pescªdo
ou avaliar, fugindo de expressões comparativas,
como por exemplo, “ele faz um trabalho melhor você” ou “ele e' mais
sua volta, precisam aprender a:uestioná—las, para saber o que estao pens ,
que o e lane'an
do que você para esta atividade”,
entre outras.
apto
Érªqrztrpíúmªer
' o.
eil'ipatia
&
Estabelecer a igualdade tentar imaginar e sentir-o que a outra pessª:
na comunicação: fale claramente as suas opiniões e está sentindo ou sofrendo; é, em suma, colocar-se na posiçao ou na;;tmçíºbm
os seus pensamentos, mas respeite o igual direito do
outro de falar. Depois de outra pessoa, num esforço para entende-la. No desenvolvimento um
escutar atentamente o que o outro tem a dizer,
promova uma comunicação em comunicação, devemos fugir dos preconceitos e estereótipos qiâe geiiagn an tigos a.
que ambos respeitem o direito do outro de
se expressar. Lembre-se de que a tia. Pessoas que aprendem a respeitar as diferenças sao capazes e se i ertaªe
comunicação deve ser uma via de mão dupla. '
Ser claro no que diz.— comunicação preconceitos e estereótipos. A empatia se estabelece entre pessoas grife se v m ,
construtiva não é fazer agrados ou bajular. Ser
claro é ser assertivo, e isso se aceitam e se respeitam como seres humanos, com todas as suas
1
Winehouse.
' ' '
'
para uma boa comunicação. Dar -
veu-mm. minh/tee que lembrem ume enuncia de pet e «e: que lembrem uma
sermão, julgar, precrprtar soluçoes e
.
ignorar as preocupações do interlocutor são mmo de conillto.
'
as barreiras mais comuns. Mesmo que o propósito seja bom Em naum. monte grupos de cinco e nele alunos e peça elee que elaborem uma
. , a solução oferecida :
lletl com de: palavras. não repetidas, de expreMee que lembrem a paz e dez que
muitas vezes demonstra superHcralidade, pouca importância fato problema
.
ou ressentimento. Vejamos alguns exemplos. educedor deve ajudar no esclarecimento de qualquer dúvida sobre a palavra.
Criticar:
e
. .
“Olha, fol. voce,
'
.
que criou esta confusão, azar seul”
Desqualiilcar a outra pessoa: “Você é estúpido mesmo"”
' Dar liç㺠. inar habilidades para a construção do consenso direto através
.
. de moral: ((
Você fez a bobagem,
' Ameaçar: “Agora vou punir você!”
agora peça desculpas” diálogo restaurativo: a negociação
' Aconselhar: a No lugar Além de treinar a comunicação não violenta e o uso do diálogo em situações
' eu faria isto...”;
.
seu .
“Acho
,
, . .
contrario, empatia, motivaçao, .
. clareza, firmeza, iniciativa, competência, uHitos, de restabelecimento de relações ou de troca de interesses. É a construção
apoio
e solidariedade são forças que impulsionam consenso direto.
uma boa comunicação As negociações são as discussões entre as partes em conflito para que, volunta—
, ente, solucionem os pontos em discussão ou em litígio. As discussões ocorrem
Atlvllxãde 1: Quadro. palavras escolhes nas entre os envolvidos. Se a comunicação for interrompida e o diálogo for per—
ele
*
me um quadro com negociação pode ser incrementada ou auxiliada por uma terceira pessoa. A
Sªcªnª: bem
ºs pares de expressoes &elogios
se uirl enllssllllepàrãst
m
22:52:12
a
o,-ciação é procedimento mais
comum e normal para a solução de conflitos e
.
Visível:; trabalhe dla
e no & dia com os ,
-,-
o
re as eeco ae de palavras que fazemos. M l
uso
«
Veja a melhor opção em cada um dos A arte da negociação nada mais é do que o bom exercício do diálogo restaurativo,
pares e seguir (Urban, 2007):
Reclamar . . Exprrer gratidão compreensão da pluralidade de opiniões e da discussão de propostas, de forma que
Xingar
Mentir
Usar ' _levree
F aler a ' verdade
decentes
' partes envolvidas cheguem a um acordo no qual todos saiam ganhando (lógica do
Arreear se passou. hat-ganha”). A negociação terá sucesso a partir de um diálogo franco e aberto.
Animar as
User palavras rudes pessoa
User palavras amáveis Na escola, devemos ter um comprometimento constante com incentivo à
ignorar as pessoas. Cumprimentar as
Fazer fofoca Não fazer fofoca
pessoas ociação como uma atividade cotidiana e eficiente para resolver as dificuldades
.........
Não reconhecer o esforço elhei Valorizar ': rpessoais, difundindo valores, como respeito ao próximo, convivência com a di-
Rir de alguem as pessoas
.. ir com alguem sidade de opiniões, compreensão, respeito às diferenças e solidariedade. O ato de
ªllªn; alquem. ceiiar a responsabilidade
. pessoa expressar as suas ideias e sentimentos através da palavra e ser ouvido por
e er mesmo emuntar sobre os outros
tro, em posição antagônica, permite a criação da cultura do diálogo. O interessante
M petter Ir
o que esta errad Celebrar o que está certo
Deeeetlmular as pessoas
Mandar fazer
. Estimular
as pessoas negociação e' que ela leva à tomada de decisões conjuntas, mesmo quando as partes
. Pedir para fazer
Usar palavras...............
e tem ralvosºs . Usar palavras
volvidos têm posições antagônicas.
e tons gentis
Ser sarcástico
.......... . Ser sincero A negociação e' um processo transformador através do qual os envolvidos poderão
Interromper e fale de pessoas
. . ' : car as suas convicções de forma positiva. A chave para qualquer negociação é
Ouvir enquanto alguém fala
Evitar olhar nos olhou
Fazer contato com os olhos
Fecher cera cada uma das partes deve tirar vantagens das concessões que se fazem e extrair
: ........... Sorrir
'. caso
uma experiência positiva.
"lb
Tl
Mit“ melhor» comun.
Fomrumdmlooumtodnchm
' '
[formar
s. nlo”mamado-“meninos
amt cada um de. itens «
M,m
'
.* '
.
do outro. Em seguida,
»
poderão ser usadas nas escolas, quando o conflito se intensificar ou virar violência,
_,
- cientes
para a solução pacífica dos conHitos escolares.
.
A mediação é uma reunião entre o mediador e as partes envolvidas visando
. restabelecimento do diálogo entre as partes, buscando a construção
de soluções
,
partir das necessidades dos envolvidos. Não há a participação de terceiros nessa
' união restaurativa simplificada. O mediador pode ser qualquer pessoa e até mes-
o um estudante (ou vários estudantes), do mesmo nível dos demais, que pode ser
capacitado para atuar como mediador (ou comediadores) nas disputas dos seus pares
“(“mediação de pares”).
Já o “Círculo Restaurativo” é uma reunião com as partes conflitantes, contando
escola, da família ou da
com a participação do facilitador e de outras pessoas da
comunidade. Conforme veremos, o encontro possui uma sequência integrada de
"
fases: 0 pré-círculo, o círculo e o pós-círculo. Com base no roteiro, as pessoas podem
ii
discutir o conflito e construir soluções
para o Futuro. O “Circulo Restnumivo" 6 Rec ser além de necessidade de reilexlo sobre
uma alternativa que confere o espaço-tempo para as
iclpelidu as euu nt itudel. o aluno. ao
efetivarem consensos pacificadores através partes envolvidas num conflito reuniões restaurativos, aprenderá que todos aii são iguais e devem ser
da comunicação não violenta.
A priori, não da
para dizer com tranquilidade que a mediação deveria ” cor com dignidade e respeito mutuo.
ser usada Pertenclmentor as reuniões restaurativas integram e permitem .
aos alunos [lim
somente nos casos mais simples, e os círculos restaurativos
Ambas as formas funcionam nos casos mais graves. senso comunitário e a percepção de pertencimento à comunidad; esco ar,
por si sós são também formas
nos diferentes tipos de casos, sem contar
de mediação de conflitos. que os circulo.» r
seja, a percepção de que eles fazem parte daquele grupo, que dao ' a de e as suas
Não há um critério objetivo sobre qual formato ntribuições possíveis e nele são reconhecidos, resgatadº a sensaçao e que sa'o
de reunião restaurativa escola
deve usar. A mediação e mediação de a àquele grupo comum . Se os alunos são ouvidos, eles
a pares possuem formas muito práticas de fun portantes porque pertencem
cionamento com o foco na satisfação das
partes diretamente afetadas e envolvidas sentem respeitados, valorizados e incluídos no meio escolar.
e têm procedimentos mais simplificados do Responsabilidade: o aluno aprenderá a relatar os seus prob emas ;: tecª:n
1
, de
que os círculos restaurativos. Estes, por
sua vez, contam com a participação das idi-los com o grupo, assumindo a responsabilização pelos seus atos e pe os .oºS
partes direta e indiretamente envolvidas no
conflito e, por envolver mais pessoas, demandam usados à outra pessoa. Além disso, e' fundamental que o aluno assuma um e (etlv
uma estrutura mais organizada e um
espaço mais adequado para sua aplicação, porém são mais completos promisso de manutenção dessa responsabilidade.
relações, pois, além da reparação dos danos, para restaurar Nesses anos em que trabalhamos na Promotoria da lnfâncra e ]uventu d e, vemo s
.
buscam atender a necessidade de todos
os envolvidos na questão. por-tância de os jovens assumirem a responsabilidade de seus atos.”?m regra, 30-
Caso prefira, a escola poderá
montar uma estrutura única de funcionamentos. os todos os evolvidos na sala e fazemos um “Círculo Restauratrvo improvisa 0.
somente de círculos restaurativos, para todos os jovens autores dos atos infracionais sempre chegam à Promotoria'e, de pronto,
casos. Ou então podera' montar
uma estrutura de mediações e/ou mediações de «r. . os fatos a eles imputados. Depois de uma boa conversa com as vitimas,
exemplo, de indisciplina escolar esporádica pares para os casos mais simples, por . íªm os
círculos restaurativos
e outras ocorrências mais corriqueiras; de
e ns infratores e com as famílias, vamos, através de perguntas restauratrvas E ;] olgo
para os casos mais graves, nos quais também seria importante a .. "vo, levando os praticantes dos atos infracionais à responsabdizaçao.
NÃo
ln ,
eª:
:
mais séria e duradoura, casos outros e para eles mesmos, daquelas escolhas que âzeram. Ao inv s e pu çi
graves de bullying, furtos e intimidações,
O importante é que a escola tenha esses meios à disposição, entre outros. muitas vezes também fazem parte, dependendo do tipo de infraçao pratica a: ;
pois eles são excelentes » 'oria das vezes conseguimos ótimos resultados com ansrmples responsabrdrmçao.
para restaurar relações, o que é importante
formação para a harmonia do ambiente escolar e 'tos deles voltam à Promotoria, anos depois, com convites de formaturas e e casa-
para a dos alunos.
Por razões didáticas, tos, como forma de agradecimento e para mostrar que aqueles simples mometãtos
usaremos as denominações “mediador”,
e “facilitador”, para os círculos restaurativos. Quando para as mediações, reflexão e de responsabilidade ajudaram na alteração dos rumos ge suas vr
a ambas as expressões, falaremos em coordenadores
nos referirmos indistintamente
ou facilitadores.
Não queremos dizer que uma única reunião possa mudar o futuro de lima ªss :;
:;
Reuniões restaurativas: trabªlhando valores «tretanto, uma simples reunião restaurativa pode permitir a compreensZo, , at megª:
essenciais . mais comprometido dos jovens, de que algo esta errado em sua con uta e qu
Antes da abordagem sobre as reuniões
restaurativas, vale ressaltar os valores erá mudar a sua postura e (re) pensar o seu projeto de vrda.
são nela trabalhados. Constata-se elas, que
que além de trabalhar com os valores inerentes Honestidade: as pessoas envolvidas nas reuniões restaurativasbprecrsanâíer
. .
à própria concepção da “Justiça Restaurativa” (cf.
Marshall e Bowen, 2005), trabalham sparentes e sinceras, pois será necessário que falem abertamente ªo
:
062311232,
diferentes valores essenciais à
.
pessoa. Vejamos, entre outros, alguns desses valores. despertando nos alunos o valor do diálogo aberto, da smcerrdadee a ou
Participação: os mais afetados pela hu.-
transgressão deverão ser os principais partí— Humildade: como as reuniões restaurativas tratam todos igualmente,?
cipes da reunião restaurativa. Quando
o aluno participa dessas reuniões, seja dade é trabalhada como valor, pois é através dela que as pessoas aprenderaoCque
autor, vítima ou terceiro interessado, ele como
passa a entender e melhor relação com os guém é mais do que ninguém e que a falibilidade é uma condiçao humana. om
colegas e
com as demais pessoas envolvrdas no processo, coordenador, professor ' ' para as pessoas adm itirem os seus erros e pedirem
e pessoas da comunidade.
como ..v—
e aprendizado,
' ' facrl
ficara' mais
perdão quando preciso for.
YZ
0
[numa-ile: o aluno aprenderá que rodou. nie na condlçlo de vi- Tambem poulblllte mom-lr e elel que quando pensou nlo
rima. então interligado: autor eu .
li conwguem
numa rede de relacionamento: e Ilo chegar e um acordo. nlo devem prolongar o conflito; ao contrário. devem
valorosas para a comunidade. peuou Importante: e
Empodernmento: tanto
| apoio a uma terceira pessoa para que lnteroeda visando ajudá-las clarificar e a
a
autor como vítima voltam a ter autodeterminação lona: a pendência. O mediador ajudará a mudar o nível e a intensidade do diálogo
auftonomiaiem suas vidas. as vmmas têm
um papel ativo no processo restaurador. e o | as partes envolvidas no comportamento prejudicial ou no conflito.
in rator é visto como alguém que errou e pode redimir,
danos e consequências do se responsabilizado-se pelur
ato. Fases do processo de mediação: abaixo faremos considerações sobre uma forma
Solidariedade: ao permitir simplificada de abordagem medietive (um modelo mais completo é apresentado
que os alunos reconheçam os seus erros, estabeleçam no
capitulo "Circulos restaurativos", quando trataremos do procedimento dos circulos,
gm acordo com a parte conHrtante e um final satisfatório cujos roteiros podem ser usados aqui).
para todos, haverá um
espertar para o diálogo e para o sentimento de respeito e
amor ao próximo. Introdução
a) Concordância com a mediação:
as partes devem concordar com a mediação.
Mediação escolar b) Iniciar o
processo com calma: o mediador reoebegentllmente as pessoas envol-
vidas num conflito e as convida a se sentarem, da preferência uma de frente
para a
outra. Deixando-asàvontade. eleseaproxima calmamente eexplica que está preo-
cupado com elas e está ali para ajudá-las, atraves de um processo de mediação.
O mediador deve mostrar às partes que está preparado para ouvi-lea.
para que
todos construam um acordo juntos; deve explicar que ele não escolhe os lados
(a negociação).
e
Enquanto na negociação não ha' nem conta como resolver o problema, pois ele somente instigera e ajudam as partes
a participação de um terceiro, na a conetnllrem as suas próprias soluções para o problema. Deve utilizar-se de ergu-
mediação este será necessário
para ajudar os envolvidos a encontrar a solução mentaçôes, mmo: “vocês têm um problema. Por que não lesa/vé-lojuntos, já que os
conflito. O mediador buscará restabelecimento parao dois lados poderão sair ganhando 7'
o do diálogo rompido Nessa fase, o mediador deve pedir às partes para que:
procurando a satisfação das pessoas envolvidas entre as parte
necessidadesl
e o atendimento de suas 1) restebeleçam o diálogo;
A mediação permite “ganha-ganha”,
o pois é uma técnica de resolução pacifica 2) tentem resolver o problema;
de conflitos, cuja metodologia 3)
compreende a promoção do diálogo usam a linguagem do “eu” (vide mais nos capitulos “vael primário de intervenção”
diretamente envolvidas conflito; entre as partes e “Circulos restaurativos") e não façam ataques;
num o diálogo é facilitado mediador im-
parcial e treinado, por um 4) não interrompam quando e outra parte estiver falando;
que coordena o processo, escuta as preocupações das partes 5) não culpem o outro ou façam xingamentos;
orienta na negociação. e as
6) sejam oonlidenciais sobre as coisas que forem discutidas durante a mediação.
A mediação é
uma ótima ferramenta para lidar com os conflitos interpessoais
ocorridos na escola, principalmente Desenvolvimento
quando eles envolverem Supereda a fase introdutória. o mediador vai indagar das partes:
por exemplo, autor e vítima, e se referirem a infrações escolarespoucas pessoas,embordcomo “Primeiro nos vamos falar sobre o que aconteceu? Quem gostaria de começar?"
mais simples, (normalmente começe-se com o relato da vitima).
possa também ser usada para conHitos
É simples com várias pessoas, com a mesma siâtemática O mediador pedirá que a parte relate objetivamente o fato ocorrido.
usar a mediação no dia a dia e, pela sua eficiência, e' introduzi-Ia Após a parte terminar. o mediador faz uma refonnulaçào do relato feito, num
preciso breve resumo, como por exemplo, "você relatou que ontem a noite foi agredido,.
como um valor e como uma filosofia de trabalho. Muitos
teóricos afirmam etc“. Depois. para assegurar que os fatos fiquem bem esclarecidos,
se necessário faz
necessários cursos com horária que são
carga mínima para a aplicação da mediação mais perguntas, tais como: "explique mais sobre essa situação", “o que você pensou
realidade, necessário aprendizado
de alguns passos e procedimentos e, mas na
e' quando isso ocorreu?”, “o que mais aconteceu?", "como voce se sentiu?", "alguém
o depois mais foi prejudicado?",
muita prática. É na prática Outro'detalhe',
que será possível o verdadeiro aprendizado. Depois. faz as mesmas perguntas para a(s) outra(s) parte(s).
quanto mais mediadores trabalharem juntos Após as exposições dos pontos de vista, peça a cada um dos envolvidos para
num caso, mas eHciente será sucesso que relate o que se sente com o problema e por que. Em seguida pergunte como o
da mediação. Por isso, é importante o
a utilização de comediadores. conflito será resolvido.
A mediação permite a solução de conflitos Depois. pergunte se há alguma coisa a mais e faça um resumo das declarações
rotineiros através do diálogo e da com— e dos sentimentos de cada um dos envolvidos.
preensão; possibilita formas criativas de transformação
dos conflitos
crescimento e de mudança em oportunidades de Focando o interesse das partes
em cada um dos envolvidos, trazendo-lhes lições duradouras A partir deste momento, o mediador também deverá identitioar qual o interesse
para o crescimento interior. Permite ensinar é
aos alunos que, diante de das partes, indagando delas o seguinte: que você quer e por que voce quer isso?".
“o
uma desavença ou de um conflito, as pessoas devem uma disputa, de Aqui o mediador descobre sobre o interesse de cada
uma das partes e se eles são
sentar-se e conversar, em beneficio compativeis ou não,
24
R$
“duram“
“::.:de00.1: ªrªntes—chave: "e que pode ser feito
outorgas comem um rop-m o ml eau.
gunm ,” ht . _
"indiªno.:
Nle
, havendo respeite. o medledor dove por- entre as partes. para dlvldlr a responsabilidade pelo trabalho e para chegar no
o problema?" o :::: 33.13: =." um
Dªmiªnª; psr- '(.) outra(s) DIM“).
oposta ... em em ajudar resolver
"º"“guide. tem . mama me. A experiencln pode ser testada em cada unidade escolar e no cotidiano. O
e ouverdmculdadnvãos pedofilgzli.zgiJ . nador pode entender que, para determinado caso, não seja necessária a atuação
dor deve perguntar: "o ! | a res º." .
construcao de acordo. mediu— a dupla de mediadores e para outros sim. Em regra, quanto mais comediadores
que
blema similar7': “como poderia º
trabalhad cada caso melhor.
voce pensarem alguma coisa serfeita?", “ pºde”. '
a ser '
Para o sucesso do programa de mediação de pares e das reuniões restaurativas de
Solucionando o problema através a geral, é importante que a escola toda esteja comprometida com a GlosoHa do
do “ g nha-ganha ,.
O mediador deve ajudar os envolvid ª a e que os alunos aprendam as habilidades básicas de comunicação sugeridas,
para eles e para as suas necessidades, o escuta ativa, pensamento crítico e assertividade.
especmca: quem fará o que, quando L
n
Ant» do Inlolor o mar-mn.
. mmm que em!-:
.
www
1) Promovl encontro. entre
ºwwmªmmamwolammnwo
W hmmm—emm.-
'
bem—sucedido.
precisa sernoelro nr '“
2) Prepare todo o corpo docente
e administrativo da escala para a 'mmm.Umnoxb-ldeom conhnoeMownaceeoa,
execução do Foloquoooomunmbngonhnm.
Fuel:Fºmrumclmulograndeedobmrcomatunna.
1) Porquoocuocmconfmnmo'l
3) Dellmite os 2) Oqueéum conflito?
casos que devem ser levados para
as mediações, principalmente o dada foi de “ganha-ganhe"?
:; 5331313323» corinhos. O certo dizer que uma das pinos tem de ceder?
5) 5002129335; tªdas
uma n egoci 1960. o bom é quando cheg- mos um ponto nee
doªqurdo :
as partes selam latlsfenes. ajuda que tenha: ademi-
4) Estabeleça regras &)
dixer ue partes não chegam a um mordo na negouaçlo& pum
::
para a mediação como: horários, dias
de funcionamento, nu- ' como este deve proceder para convencer as partes
.cheguem uma ”|".
mero de sessões. quais serão
de um local adequado os mediadores, quem será o coordenador,
além '
ººº (Wª "ªndª &
mºª 7 .
para se realizar a
»
mediação.
Observação: as fases do
processo de mediação de "
' '
aluno: que exemplmquem
ou 263113326“
Fmâemãªmaçõesr ' ou nos casos com coluçool
diação comum. pares são as mesmas da ªlªnª” nas quais algum familiar tenha pnrtldpndo. nono-
_
me- ?
Atlvldnde 2: Atlvldldo
table : lógica "cunha-ganha" fll solução do
Fue 1: Ler o seguinte
msn pªra os aluno: (ou coloca—lo num comum
Uma pequena história quadro):
sempre lembrada na literatura sobre
aquela em que duas mediação de conflitos e
pessoas brigam porque ambas
Uma soluçãojusle
serie dividira lazer)/'e meio. No queriam a única laranja existente.
ao caso, diante do conflito, o mediador
U
??
CÍRCULOS RESTAURATIVOS
outras pessoas que possam ter interesse ou colaborar com a solução do conflito
iares, professores, funcionários, pessoas da comunidade etc.) e o facilitador.
O nome “Círculo Restaurativo” se deve ao fato de que as pessoas envolvidas num
"to fazem uma reunião em círculo com a ajuda de um facilitador e de outras
«_ nas interessadas em ajudar na solução do caso. Nessa reunião, todos falam; os
rica de sentar e conversar após uma briga ou um ato de violência é muito comum
“ povos indígenas e nas comunidades orientais, como o caso dos maoris na Nova
e'
-
pendendo da estrutura, da organização e da filosofia de cada unidade escolar. Não
um modelo formal a ser seguido, pois tal qual a “Justiça Restaurativa", que é uma
—
Mandmocptoudlmenmpanuolldtaçlodeumpm remu-
ambiente escolar e que tenham
repercuulo apenas no local. devem devem
iatlvo claro: conhecidos de todos. local Em um previu-nente
somente na escola. Não da para dizer ler resolvidol '
um e mem
que toda infração escolar pode e deve ser .
Como a escola pode organizar reuniões nat, a direção poderá lhe oferecer a participação no Circulo como alternªtiva :
testamtivas? punição prevista nas regras disciplinares da escola. Caso ojaluno aceite;l eve;- á
Em primeiro lugar, é importante dizer ser feita a anotação do seu nome no caderno, e ele devera ser procura o pe (;
exclusivos para as reuniões que não existem rituais prontos e padrões
restaurativas. Entretanto, existem alguns coordenador do círculo para marcar o pré-círculo, já ciente de que irá participar
parâmetros de É::dmçaorlomienã:
' o círculo.
responsáveis: os pais ou responsáveis devem dar pmueli autEorsl;
zação para que os Filhos menores participem das'mediaçoes e dos Cii'cl os. 5
cada comunidade autorização pode ser dada no momento da matricula do filho na escoda.
nas quais as reuniões restaurativas serão aplicadas. Para
da aplicação das reuniões tanto, antes Comunicação e informação: para que todos os envolvrdos na realidíz:l e escoar |
restaurativas deverá haver
escolar e a orientação de todos envolvidos: uma preparação prévia do espaço
os professores, funcionários, (alunos, professores e funcionários em geral) possam procurar as formas ternativas
alunos e comunidade. Depois, gestores, pais.
as reuniões restaurativas deverão ser conduzidas de resolução de conflitos, dentre os quais os Cli'CulºsirestaurathZÃ, e nelcessarlo
coordenador apto a fazer a por um
dos resultados do
preparação, a condução e o posterior acompanhamento que haja uma grande campanha de divulgação Junto a comunid ule esgo ar.,
encontro. A divulgação do funcionamento das mediaçoes e dos cite osE evera s er
Pré-condições para o funcionamento dos ampla e geral, através de palestras, murais, cartazes e outros meios. sses meu:
círculos de divulgação deverão ser claros quanto às seguintes informaçoes. a)do gre sao
a) Equipe: formar a equipe
ou reunir os voluntários que serão os coordenadores 'mediações e os círculos e como eles funcionam; b) quais os. passos e neiona
dos círculos restaurativos
e montar uma escala de trabalho dessas dinâmicas; e) quais são os horários, dias e locais de funCionamento'
É preciso determinar com eles., mento
os facilitadores das práticas restaurativas. Esse(s) e ti) como uma pessoa pode solicitar uma mediação ou um Circulo.
facilitador(es) pode(m)
ser alunos com mais experiência e
com facilidade de
comunicação, professores da própria escola
ou ainda voluntários da comunidade. em pode ser coordenador das reuniões restam-ativas
A escola pode optar ediações e círculos restaurativos)
por ter facilitadores dentro da unidade escolar
mais simples, rotineiras, e para questões
contar com o apoio de líderes Facilitadores da comuni— Como vimos, qualquer pessoa que tiver disponibilidadelparatrabalhar
dade para questões mais complexas, lembrando ªmo vo-
tário pode ser coordenador das reuniões restaurativas (mediador pªiralas na açolelsnç
é desejável que a participação da comunidade
sempre para manter mais um elo entre escola—comunidade. 'tador para os círculos restaurativos). Pode ser uma criança, um a o acenízou
b) Arrumar
um local para o funcionamento dos círculos: o local deve privativo, ulto, e o trabalho dessa pessoa será o de coordenar uma mediação ou um Ecu lo
ser
pentes tenham tranquilidade e a necessária privacidade taurativo”. Se a unidade escolar possuir condições, podera haver alguns pro. ssio-
diálogos. Na escola, deve haver indicação para os
a dos dias e horários de funcionamento nais especialmente habilitados para exercer tais funções, como professor cªmâimtario,
dos círculos (é recomendável
que os círculos ocorram com a frequência de pelo rofessor-coordenador, funcionário, pai de aluno, membro da comum a e, aSSis
menos uma vez por semana, e durem de duas a horas. Se a escola dispuser itente social,
de mais tempo, melhor). quatro entre outros, contando com a preciosa ajuda de alunos voluntários para
«atuar como oofacilitadores.
ºil
É importante
que un pesam tenha dllponibilldade para oferecer pelo duas
horas semanais de trabalho voluntário à escola. Além menor O coordenador deve mostrar h partes que & pouivel solucionar um problema
disso, em razão de coordenar
utilizando-se de uma linguagem mais construtivae restaurativl. e que aulingungem
uma atividade com outras pessoas, é importante que o mediador facilitador
também: boa aceitação na escola; boa autoestima; tenha ou possua do “eu” permite que a pessoa se expresse melhor. A linguagem do eu deve levar
compromisso com o diálogo
desejo de a três momentos da fala: a) no primeiro, a pessoa expressa o seu s::ntunento. eu
:
passos básicos, na hora do encontro restaurativo, cada caso e' diferente do por que a vitima se sentiu ofendida, por que o ofensor tomou aquela atitude ªte.
exige um conjunto de habilidades outro e As perguntas esclarecem, não ofendem, e atraves delas o mediador passa acímten er
a serem aplicadas em cada situação. Muitas vezes.
o mediador ou facilitador trilhara múltiplos e imprevisíveis caminhos
“
melhor o problema e ajudar as partes a entenderem melhor o problema o outro.
que levarão as
partes conflitantes a continuar a cooperação até chegarem Usar e incentivar a escuta ativa: o coordenador (mediador ou ÍaCilitador) deve
ao consenso. A prática no
dia a dia será muito importante
para o aprendizado, e o facilitador verá que, além
mostrar às partes a importância de se ter reciprocidade na comunicaçao, ou seg,
das qualidades acima, será preciso
muito bom senso em cada situação. as pessoas que estão se comunicando estão comprometidas com o processoi e
ouvir atentamente a outra parte e trocar informações. Por isso, o coordena or,
Atitudes básicas do coordenador (mediador no primeiro passo da reunião, deve mostrar às pessoas que ele esta interessado
ou facilitador)
A seguir elencamos as atitudes básicas em ouvir os seus relatos e as suas opiniões e está prestando atençao ao que elas
a serem buscadas ou seguidas por um dizem. Deve escutar, sempre, com toda atenção, o que está sendo dito e sentido
mediador ou facilitador.
a) Ter pelo outro. Somente pessoas que se sentem verdadeiramente escutadas estarao
comprometimento: o mediador ou facilitador é
uma pessoa encarregada de dispostas também a escutar e aceitar um acordo,
restaurar relações rompidas. Por isso deve coordenar reunião
julgamentos. O seu trabalho é
a sem críticas ou Para uma boa escuta ativa, o coordenador deve proceder da seguinte .
for—
ser um facilitador, buscando fazer com que cada
uma das pessoas da reunião fale e seja ouvida, esclarecendo dúvidas trilhando ma: manter uma postura relaxada; evitar escutar e realizar outra'atividade ao
() caminho do diálogo, até chegar
a um bom termo.
e mesmo tempo; participar ativamente da conversa, com receptiVidade e com
b) Incentivar linguagem do “eu” Boa disposição; não interromper a pessoa no meio da fala; fazer perguntas e
a nas reuniões: ao promover o encontro das
partes, o mediador ou facilitador deve logo de início ser compreensivo.
mostrar a elas' a impor- Construir a empatia: a empatia nada mais e' do que () sentunentp de imaginar-Ze
. . .
tância da linguagem “eu” (Drew, 1990: 70). Na
primeira fase da reunião, as
“mensagens—eu” são formas simples de
dizer o que cada pessoa envolvida está no lugar da outra pessoa, principalmente numa situaçao de dichldadedou e
sentindo. Portanto, a parte deve—se utilizar da sofrimento, para tentar entender as suas razões. O coordenador (media or ou
primeira pessoa, por exemplo: facilitador), ao mostrar o seu interesse e empatia, está estimulando a outra parte
“eu estou chateado
por esse motivo”; “eu não gostei daquela atitude", “fiquei
ofendido porque você me xingou”, “estou triste a falar mais, permitindo uma maior profundidade na discussao e promovendo a
porque você pegou o meu horizontalidade. Além disso, visualizando as coisas do ponto de Vista do outro,
material”, “em minha opinião isso poderia
ser resolvido de outra forma, o que fica mais fácil perceber a situação de modo imparcial e completo. A empatia
você acha disso?”. As “mensagens-eu” ajudam
as pessoas a compreenderem “o facilita a descoberta do interesse comum a ser buscado.
outro lado”, tornam mais claro o ponto de vista da outra pessoa e a abrem
Estabelecer a igualdade na comunicação: o coordenador (mediadorlou faei-
. .
%
Orientar muuiuçlo sobre fam sentiu—mu o coordenador deve
e .
incentivaras partes . orienm
compartilharem ou seus sentimento: nobre problema
: da
', Mundão—r o eonilmu abrigo“. do [nh-son o coordenador deve deixar
u
bem claro. no final da reunido resteurativa, quais serão as obrigações do infrator
o
com as demais pessoas reunião, mostrar por
que estão se sentindo daquela para com a vítima e a comunidade. Essas obrigações devem ser assumidas de
maneira e o que pensam sobre o conflito. Também é |
importante que as panel forma livre, sem coaçbes. O processo para ser restauxativo precrsa que o infrator
compreendam o ponto de vista dos demais.
h) Enfomr necessidade das se responsabilize pelos seus atos e assuma voluntariamente as responsabilidades
a pessoas: o processo restaurativo deve levar à reflexão
e ao esclarecimento do dano emocional material sofrido e obrigações.
e com o problema. Por
isso, o coordenador deve levantar Os resultados das reuniões restaurativas devem ser transformativos, ou seja,
as consequências sofridas e as necessidades
as pessoas passaram a ter como resultado. Muitas que m atender às necessidades presentes e preparar para o futuro, sem 'se preocupar
vezes, por exemplo, uma vítinm
não quer reparação monetária pelo dano sofrido, punições em relação ao passado. Os resultados da reunião restaurativa devem ser
mas gostaria de um pedido
de desculpas e da
promessa de que tais fatos não mais vão ocorrer. Portanto, tes para ajudar a vítima a se curar das feridas e a reintegrar o infrator.
interesses devem ser levados os
em conta na hora do acordo, e não deve existir il
necessidade da imputação de culpa Em suma, um bom coordenador é uma pessoa que:
ou da vergonha nos envolvidos.
Orientar para a. clareza na comunicação: coordenador deve º tem capacidade de escuta e tolerância e sabe sentir o que o outro está sentindo;
.
ou do “Circulo Restaurativo” e não o processo reúne as pessoas mais afetadas pelo conHito ou problema para
pela solução do problema, cuja responsabilidade é e conversem a respeito do caso, com destaque sobre: a) o que aconteceu; b) como o in-
dos envolvidos. Dessa forma,
quando as partes colaboram, são dente os afetou e c) como consertar o dano feito. Os envolvidos podem canidar farm-
capazes de encontrar as suas próprias soluções.
A ideia é que a partir dos relatos,
o coordenador vá incentivando
um e ou pessoas da comunidade para o apoio, e um facilitador coordenar-a os trabalhos.
outro para encontrar as soluções. A melhor solução Embora possa ser realizado da maneira mais informal possivel, e adequado que o
satisfação para todos. para o caso devera trazer
“Círculo Restaurativo"
' ' constituido
seia ' '
por uma sequência de en co ntros interligados ,
'
% q—T
coordenado: por um facilitador.
que formam o procedimento reiteumlvo. Euu 13) ªt::zeplmmlçlo
tion: no momento do pie-círculo. escute nerve como
encontros são estruturados para :
do fºco na definição do ato cometido para o
apoiar seus participantes na transição de foco na: consequências do em para as pessoas" (Ednir, 2007: 77). A
uma experiência negativa de confllm.
para a experiência da possibilidade de mudança, aprendizado convlvéncla l'u- ideia é ouvir a parte de forma empatia, demonstrando a intenção de
tura. Passar por essa transição significa perceber-se : compreender respeitosamente a experiência atual do outro.
saindo do lugar de espectador das como coautor do processo.
suas próprias emoções e das demais PCSMMI 1.3) O consentimento: na terceira fase do pré-circulo, há três perguntas a
envolvidas (Ednir, 2007: 71).
norteou-em a atuação do facilitador (cf. Ednir, 2007: 79): a) Vooê'poge
Etapas do procedimento restaurativo me dizer o que compreendeu até agora sobre o “Círculo llestaurativo .
(que já foi explicado pelo Facilitador); b) “Quem mais precisa lÍstar
O procedimento restaurativo envolve três etapas:
0 pré—circulo (preparação pam presente para encerrar este conflito?", visando descolyrir mais so. re o
o encontro com os participantes); o círculo (realização do
encontro propriamente contexto que envolveu o ato e quais outras pessoas estao direta ou indi-
dito) e o pós-círculo (acompanhamento). retamente envolvidas no evento. Quanto mais pessoas evolvidas estive-
rem presentes no círculo, melhor, pois o acordo tenderá a ser mais eficaz
3) Pré—círculo: nessa Fase, facilitador Faz (o facilitador anotará os nomes para fazer contato com elas: informando
0 um encontro separadamente com cada
uma das partes envolvidas e escuta, de maneira empática, essas pessoas. O fªClv que não há certeza de que as demais pessoas aceitem o convite para pam-
litador explica como funciona o “Círculo Restauradvo”, cipar do círculo); c) “Consente, então, em participar ativamente no Pro—
define a questão a ser
abordada no círculo, os passos do procedimento oferecido, cesso Restaurativo?”; havendo a confirmação, encerra-se o
pré—círculo.
avaliação a sua meta, o acordo e
a sua pós-circulo. Havendo o consentimento das
indicarão os outros participantes partes envolvidas, elas
que desejam ver participando do encontro, como Depois: há o agendamento do círculo e a preparação do espaço.
familiares, colegas, outras
pessoas afetadas, vizinhos, funcionários da escola etc.
É importante
notar que a participação nas reuniões restaurativas (media- Resumo do pré—circulo (Ednir, 2007)
ções e círculos restaurativos) deve
ser voluntária. Ninguém pode ser coagido a Antes
participar. A escola deve incentivar a participação, pois -
,
Acesso ao Circulo: o solicitante registre seu pedido;
mesmo que os acordos
não saiam, - Preparaçãodofaciiltedor—momentoindividual-renexão:coletivo—apºiodospares.
.
һ?
qq
O momento do círculo pode ler delicado dll'lclli
: no inicio as pariu facilitador Indaial ou: pessoa. que chamaremos de "A": “Como você ml
provavelmente terão dificuldades
para a restauração e cura dos trnunm :
pulando atualmente depois do que aconteceu, e qual: a: eonrequenclu
oriundos do conflito. Por isso, nesse
momento, o facilitador buscará restaurar para você?". A pergunta pode ser também: "O que quer que o outro saiba
e conectar as relações que foram quebradas pelo conflito pela violência. sobre como você está neste momento? "
Ele deve ter sensibilidade suficiente ou
para conduzir a reunião, as propostau, Em seguida. o coordenador perguntará à pessoa “E", normalmente ()
e precisa usar as suas habilidades para permitir bom desenvolvimciim
um ofensor/autor do fato: “O que você compreendeu do que ele disse?" e pede
dos trabalhos no círculo.
O facilitador conduzirá os trabalhos, buscando para que ele se manifeste, resumidamente, por suas próprias palavras, de
um acordo, num espaw forma simples e breve, sobre o que foi dito por “A”. Como já vimos, essa
de poder que é compartilhado e cujas relações
se organizam horizontalmente, técnica de resumir o que o outro disse, chama—se “técnica da reformulação”
ou seja, todos têm voz ativa, participam e devem ser compreendidos. O lll
cilitador deverá estimular a e tem o objetivo clarificar ou confirmar a compreensão da mensagem. Além
segurança, a confiança das partes e o tratamento disso, a reformulação mostra um sinal de respeito e apreço pelo outro que
digno entre os participantes.
está falando, pois signiâca que estamos tendo cuidado na interpretação das
Passos a serem trilhados
no círculo suas palavras. A reformulação possibilita uma comunicação sem distorções
Abertura: As pessoas irão até a sala de reunião dos círculos acolhidan
e serão e leva à cooperação.
pelo facilitador. Este fará as saudações
para as pessoas, recebendo—as atenciosa— Depois, o coordenador pergunta para a pessoa “A”: “Você disse tudo e
mente. As partes serão organizadas em círculo e se posicionarão à vontade, se sente compreendido.”. Nesse ponto, o papel do coordenador ajudar a
&
ou com foco nos fatos. Todos deverão ter a oportunidade de “Você se sente compreendido?”. Outra pergunta pode ser feita: Corno
expressão dentro do círculo e deverão se sentir satisfeitos
escutados sobre as suas necessidades. No por terem sido vocês estão, neste momento, em relação ao fato e às suas consequênctas. .
desejos
momento em que todos declararem Por fim, a comunidade (pais, familiares, funcionários, pessoas da comu-
os seus e aspirações e terem sido compreendidos,
estabelecidas e as as conexões estão nidade etc.) é convidada a falar, ou seja, todos aqueles que foram'cllamados
partes já se encontram aptas a abordar a questão si,
em para participar do círculo terão a palavra e deverão fazer comentario—s (gerais
ou seja, a partir do momento em que as partes puderem
encarar os outros
no círculo, a discussão do problema central poderá feita livremente. ou específicos, com foco nos fatos, até que todos possam se dar por satis entos,
Se as desavenças ser expressando que foram compreendidos.
entre as partes forem muitas, com sucessivos eventos,
é recomendável
que a sessão trate apenas de um dos problemas,
meçar o diálogo, mantendo—se o foco no problema relatado para co-
no pré-círculo, Momento 3: fase do acordo: por fim passaremos ao terceiro momento
evitando que a reunião vire
um bate-boca com várias acusações recíprocas. que será o do acordo, quando se buscará atender às necessidades dos para-
Depois, à medida que a comunicação correr bem,
pode-se tratar das várias cipantes. Nesse momento, as pessoas que estão no Circulo serao solicrtadas
pendências e construir
um acordo único. a pedir e a sugerir alternativas. A pergyuntalgnorteadorahé: O que gerir:
fazer agora, para solucionar o conflito? ou O que voces queremjp ll'
Pensar em disciplina restaurativa e fazer uma
mudança completa na forma de olhar oferecer?” Abre-se o diálogo e aguardam-se as ofertas e as sohcrtaçoes para a
as infrações escolares e os oonnitos interpessoais. Em
fazer com o transgressor. como normalmente vez de pensar o que vamos
ocorre nas práticas tradicionais, temos solução do problema, firmando-se um acordo claro e ObjethO, com prazos e
uma série de perguntas a serem feitas sobre infração,
a
ma, do agressor e das demais pessoas envolvidas ou
contando com o apoio da viti- metas definidas. O coordenador deve atentar para que as necessrdades nao
tanto, temos as seguintes perguntas principais que dão suporte a ambos. Para atendidas e expressas nos momentos ] e 2 sejam resolvidas'e contempladas.
(que se recomenda sejam colocadas
em cartazes e expostas nas salas de reuniões restaurativas): Nos conflitos escolares, os principais compromissos serao de ordem pes-
1)
0 que aconteceu? soal, sob o encargo direto dos participantes, tais como: devolver um objeto
2) O que você estava
pensando e como você estava furtado; se responsabilizar em não mais provocar a Vitima; comprometer-se
3) Quem foi lesado ou prejudicado se sentindo?
e quais foram as lesões ou danos causados? a reparar o dano; praticar serviços na escola; fazer um curso etc. ªutres
4) Como estimular envolver
e todos os que foram lesados para seguirem um cami- poderão ser necessários, tais como compromisso de obter apºio psico gica,
nho ooncilietório e reparar o mal causado?
compromisso de tratamento contra a dependencra qmmrca etc.
iOZ
iºl»
Em regra. ! convenlenre
que o acordo sein escrito e contenha
“"M“
' wl
«
l ' —
"MMM
_(r. r
*
,“
' ,
facilitador do círculo. :
-
"
ontem—m
,
Em se guida
,.
' finallza
' ill-f
se o processo, com o agradecimento
—
' e se expressa; ' objetivo é traduzir o discurso dos connitos em uma oomuniceçlo trlnlpl-
Adinàmlca continua até rente e livre desses fatores que obstruem um bom acordo.
que todos digam: "sim, falei e fui ouvido",
Os ingredientes a serem usados são os da comunicaçao nio violent-,
Segundo momento: autorresponsabillzação através da qual são expostos os fatos de uma suuaçâo, sem interpret-çlo
-Todos falam escutam ou opinião; reconhecem—se os sentimentos implícitos; identificam—u quele
e como estav am e o que queriam '
necessidades humanas estão ou não sendo atendidas e apontem-u
. A B
e — um se expressa diante do outro; na hora dº ªtº,'
quais ações se gostaria de ver executadas para setisfaze-Ias.
- B eA— (: outro
resume a essência do que ouviu;
A e B — quem
' se expressou cor"ige O U confi rm a,
ªté cons | derar qu e fo I' o u VIdO,
'
' '
.
Essas são as considerações sobre as reuniões restaurativas! Esperamos que elas
. em ser usadas
Terceiro momento: acordo com frequência nas escolas. Procuramos traçar os procedimcnmn
- Diálogo entre todos; icos a serem seguidos, mas lembramos que elas podem ser usadas até de manelru
- Ofertas e solicitações visando informal, pois não podemos burocratizar ou tomar complexo algo que muito:!
à construção do acordo'
Os planos são redigidos num
' acordo pósAclrculo éiagendado
eo tros povos fazem com muita naturalidade: sentar em círculo para, olho no olho.
belecer diálogos, restaurar as relações e reparar o mal causado.
Pós-círculo: O pós—cuculo
e um encontro p ()StellOI ;
com ()S P aruc Par
_
"
teu
»llllâ
-
para verificação
do nível de satisfação
com o acordo proposto
p ri ndcrpalmente
. .
em relaçao à ,
, vitima, e para análrse do grau de restauratividadc
.
.
Auvldnde 1: Bordo do
e o o cumprimento do acordo feito
no círculo.
mu
Os casos ebeixo sao relatos de ocorrências escolares que pesar-m pela nossa Promo-
Nessa fase , ode s ferra toria de Infância e Juventude. Tei: ossos. exempllicauvamente. poderão ser discutido:
p er ' a avaliaçao
'
do “ Crrculo
'
dº preenchlmento de um questionário de avaliação.
.
,
Restaurarivo”,
.
através com todos os envolvidos no processo restauram/o, para fins de simulações, ou mesmo
para discussão com os alunos em salas de aula. sªo ossos de ocorrencia: mais graves:
outros exemplo:. com ooonenoils mais simples e corriqueiras, também são importantes.
Instrumento de lvalieçao (poe-"Círculo
Reeburetlvo" ) (of. M&ch Caso 1: Uma jovem numa escola lol humilhada porque teria preferencia sexual por
1) Vono sentiu ªdº, 2008)
que to! ouvido? pessoas do mesmo sexo. Os abusos verbal: foram incessantes, por longos periodos.
() sim ate que o caso foi parar na Delegacia. Havia um grupo de colegas de jovem que lm-
() em parte pingie ee humilhações. Na Promotoria. reunimos todas as pessoas envolvidas, Após
reunião restauratlve. na qual todos se manifestaram, a jovem vltime narrou o seu sofri-l
( ) não
2) lll”? considera que foi compreendido? mento e todos ou denrels falarem também. Houve pedidos de deswlpes e e pmmesu
sim de que tais fatos não mªls ooorreriam. Meses depols. & vítima foi chamada à Promotoria
()
em parte e oonfirmou que as agressões verbais havlam cessado e as relações com ele pese-mm
() nao a ser respeitosos.
3) Voce sabe
( ) sim
o que lhe foi oferecldo? Caso 2: Um jovem de 16 anos tentou suicidio e ficou vários dias internado por ter tomado
remedios em exoequmàe dolovem sabia que ele estava sofrendo bullyingna escale por
( ) em parte
parte de outros três colegas e levou o caso à polícia. Ojovem narrou que os seus coloque
( ) não
o apelidavam e o ameaçavam constantemente; chegarem & cuspir no seu meto por algu-
() mes vezes, diante dos demais colegas. que sempre sorriam ou gargalhevem. Ne Promo- :>
l04
iOS
Caso :: Tras joven: participaram do arrombamento da Secretaria
vam. Foram ldentifluadoa e o caso chegou até Promotoria Ingelumlggxmmmá
! da
zem uma reunllo com todos os jovens envolvidos, os seus pela
e
:::ola. Depois de todos» expressarem, os alunos Informamm que estavamos
representantes
da
, que gommmdo reparar
ampendi-
os danos. mas que não tinham dinheiro, Foi feito um acor—
d o “Grito no quela canola reparam danos.
os mas os jovens fariam o trabalho do apoio e
RESTAURAÇÓES
coordenação de um mutirão de limpeza
que a "cola tem dias depois. Além disso pedi—
rem dose—dm. Informaçºes posteriores da escola deram
conta que aquele acordo res—
llumivo ajudou truncformar aqueles 1“evans m alunos cooperativos,
: e contribuindo
' para
a
maº no ambidhh “ºu,“
[OG
lO'l
APÉNDICES
APÉNDICE A
.. . rdenador
(se tiver):
,.. ...............................................................................................................
'- e do ofensor:
me da vítima:
'u-
e de outros envolvidos (se for o caso):
“'
'
T
Nome do oonvidadoTCondiçãn'ª
Pn
01 —
Endereço“ Bairro
bª" da viela/contato
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r
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04 — J.e
|
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' |
W
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L
| 1
—
08
_ L L
_ dirão: uso de siglas ao lado de cada nome: o ofensor; v — vitima; Nº
- " ªPºlªdº' dº ofensor;
09 apoiador da vítima; RE referência escolar; nc referência comunitária.
,.
- -
— ,
'
,,Condiçao.
.
. uso de siglas
.
ao lado de cada nome: o — ofensor; v — vitima;
_
AV — apoiador da vitima; RE
— referência escolar; RC
ao — apoiador do ofensorl
referência comunitária;
sobre o propósito do círculo (por exemplo, "o que pretendemos
n endereço deve ser detalhado, com rua, numero,
etcO , -
complemento, telefone residencial, celular, e-mull rmar os participantes
envolvidos,
-: e círculo é que seja possível realizar uma compreensão mútua entre todos os
«
rtunizar que todos falem e sejam ouvidos, que se responsabilizam pelas suas escolhas e,
Convite aos participantes mente, fazer alguma combinação ou acordo. Este trabalho é baseado no diálogo e no
Realizar reuniões pré-círculo ”to, sem julgamentos ou perseguições").
' com o ofensor e a vítima.
-licar os procedimentos básicos que serão seguidos.
. Explicar os princípios das práticas
. . . -
. .
restaurauvas e os procedimentos: motivos, objetivos
par rcipantes, expectativas, como será o encontro , cond'l ÇO es , resultados ben65005 |. plicar o papel do facilitador (por exemplo, “Meu papel será manter as etapas do processo,
'
r
'
dos, data, horario, CSPE"!
as pessoas a falarem e a ouvirem umas às outras, e registrar o acordo"),
, .
local. , - '. 'udar
«
Conferir o resumo dos fatos.
' forçar a importância da participação ativa de todos em todas as etapas que vão se segurr.
Anºtªçºªs dª reuniao
-
.. pré-círculo com o ofenso -
r o"7 resumo dos fatos.
Duração do encontro:
Acolhimento: saudações aos participantes e
contatos inic Dedicar especial atenção à
recepção da vítima.
ªmª]? º! quando todos ““vem? em seus lugªresi declarar a abertura dos trabalhos, agra-
ecen o a presença de todos e convtdando<os a se
-' O ofensor fala sobre os seus sentimentos e as suas necessidades atuais decorrentes dos
fatos.
apresentarem ' ,
o que ouvru o
lll; w
- ll'l
O ofcncor confirma
' ..
falar |
virlml o compmndeu.
'A legulr. podem a respeito as pouou dl moh. dn comunldnda do apoio no oiii "º' m' " “l'" alluml ªº". qm ".
”ª.“ ª.“ ou
M Pºl : vliliru.
. me fale n mha.
Anotar manifestações mais relevantes: fazer para o o (cnsor.
im fala u exllre alguma coin que poderia dizer ou
mor fala se aceita.
munidadcs de apoio falam se há alguma forma de contribuir e apºiar no que fºi pro .
'
. . . .
Puddplntc respond ”
Momento 3: Foco nos fatos
O ofensor fala sobre as necessidades
' praticou fatos. que estava procurando atender no momento
em qu
os
A vítima diz o
' que ouviu o ofensor dizer. O ofensor confirma
se a vítimª o compreendeu.
'A seguir, podem falar a respeito as pessoas da escola e da comunidade.
Anotar manifestações mais relevantes:
: ,
todos Entregar cópia para o ofensor, para a vítima e ficar uma com o mardemdºr.
' ser introduzida fazendo-se um resumo das anteriores,
lação das necessidades
não atendidas manifestadas pelos participantes.
mediante a recapitu-
'
pós—circulo (ou informar que haverá uma reuniao, Vlslta
"
' '
car data para o ou contato
Anotar as necessidades não atendidas: ' v
a conferir o cumprimento do acordo).
.
01
02
—
J. * *
03
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+— 4 resultadºs—
mação dos seus
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pessoas, meiº dº Cºntªtº º dªtª dª verl ("Açª'o
”E
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dªs . :
— '
orar o nome º ª
Nome do participªnte ' de mnum
Melº D m
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ª
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à 0l
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L—
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1ir de um: interwnçlo
mucilon (pm on participante-)
Data:
04 me:
_ .
úmero de alunos / outros envolvido
os .
_
ª
_
-
]) Satisfação geral com o processo:
Ruim () Born () Muito Bom () Excelente ()
'.
2) Você se sentiu
a) Ouvido?
b) Que você teve oportunidade de falar?
..
c) Que vitima teve voz e foi ouvida?
a .............
d) Que o autor do fato teve voz e foi ouvido?
..
3) As outras pessoas presentes tiveram oportunidade de
falar?
'
a
4) Você sentiu que o autor do fato:
a) Assumiu responsabilidade?
a
b) Mostrou remorso?
..
c) Fez a reparação?
lll
6) O que poder!: nr Ildo folro
pm molhou: ou: inumado pen voe. pm os outro:?
7) Após a Intervenção.
em sua oplnllol o Mulan-mento entre |u pensou dl
vai melhorar?
....... . ...... .. .......
.........
8) Como você acha
que esta abordagem [rã beneficlar
a) O autor do fato
b) A vítima.
c) A escola.. FOCO
9) Você recomendaria ,.—
com abordagem para seus pares?
Observações / comentários: . pode me explicar o que aconteceu? pensamento (interpretação) :
comportamento
você estava pensando naquele momento? pensamento
e) Algumas perguntas ndequadns
para os país +
1-
11) Antes da reunião, você sentiu foram os seus pensamentos desde então? pensamento
que aquela era uma forma adequada de se lidar com
»
a situação?
' são os seus pensamentos agora? pensamento
12) Para você, o
que poderia ter sido feito para melhorar o processo?
a
4»
. Clarifiumln o mrdo
ͪ que você pensa sobre a sugestão de "fulano de tal”? pensamento e sentimentos
fazer?
que mais você necessita/ou precisa
'.
jQuando/como/onde isto irá ocorrer?
Gostaria que o acordo fosse escrito?
4) Rmnhedmmm, reabilitação e fechamento final
Como esm situação pode ser mudo de forma
'
'
pensamento
diferente numa outra vez?
«
[23
tel/vo de
APÉNDICE H mundo com poulbilldlde de se tornar um bandido. mha undo
DW
|
—
ou www.youtube.com). Vale a pena rzltnlnªm faz desafio sala de aula, no sentido de que todos criem algo que possa
8
Sse:-naisimportantes para reflexão e discussão sobre fessor que um em
“pay ítfbrwmd'. em que a cada
os temas aqui de alunos cria jogo chamado
Pªrª que possam periodicamente exibidos. -
o mundo. Um seus um
O educadºr p ºdcrá fazer recebe você o retribui a três outras pessoas.
uso de um filme todo ou de partes dele e t que
'
[ªs vªlºres;
'
Quais
. liderança, resistência a novas ideias e estratégias para transpor
.
as cenas mais marcantes? grupo,
O repertorio de filmes sobre 100 min.): 0 filme mostra a história
os temas aq ui tratados € realmente muito grande, de forma Nenhum a menos: (1999. Diretor: Zhang Yimou,
n'ao seria o caso de fazer referências detalhadas sobre eles
.
que de escola rural da China, que luta para evitar a
'
135
0 lol
&
por: todo.. (1962. Director Robert Mulligan, ele-conhecimento
ªlem
129 min.)|
pequena cldnde do rol do: Estados Unldol recebe tarefa
Injustamente acusado de a
um advogado de u
de defender
um homem na
& Mu
:::-moer minto;
A
mood»
outra.
A hluórle nmerlcem; Amistad: Chloe de Silva Dançando
ter estuprado uma lovem branca. Fllldélôn Hurricane o furlclm Lerunll mecânica; Malcolm X.' Neve ro !: re on
Comentário: 0 filme é muito bom neuro;
para trabalhar valores e levar à reflexão sobre racismo.
o
- Sklnhend — a força branca.
: O deltlno de uma vida; Pixote;
preconceito, a discriminação e igualdade.
a
abordadº“ upennçl. Hlddadle, dade
O xadrez das
com
história de Cida,
(2004. Direção: Marco Schiavon,
22 min.): 0 curta-metragem
retrnm .
“lm
vldaAéãcla;
taxªr: Zããgçâm Chºcº ªtºl ?㪪aªªêºmªºkª Forrest Gump:
uma mulher negra de quarenta anos vai trabalhar para Maria, tch
nhora idosa de 80 que uma mu mªl
anos, viúva e sem filhos e que é extremamente racista. relação
mulheres começa tumultuada, A entre as d nu
com Maria tripudiando Cida ela ser negra. Cida
a situação, precisar do dinheiro, até que decide por agucnu
por se vingar através de um jogo de xadrrl.
(Disponível em: http:/lwww.portacurtas.com.br/pop_160.asp?Cod=2932&exib=5937)
Comentário: e
um importante filme para pensar, refletir e entender raízes
em nosso pais. as do preconceito
.
Tiros em Columbine: (2002. Direção: Michael
Moore, 120 min.): o documentário inves-
tiga a fascinação dos americanos pelas
armas de fogo. Questiona a cultura bélica busca
respostas, visitando pequenas cidades dos Estados e
lorado, onde fica o colégio Columbine. Unidos, dentre as quais Littleton,
no Co-
Comentário: 0 filme faz
uma crítica à indústria armamentista e se
luta pela paz mundial. É ótimo tornou uma referência na
para discutir sobre o valor da vida humana,
desarmamento e sobre vítimas de bullying. a importância do
[% DT