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Victor Hugo Aparecido da Costa Prado – RA 15151000330

Tarefa 2 de Hidráulica 1:

Parte 1: Proponha uma situação, onde seja necessário aplicar os conceitos de condutos
equivalentes em série ou em paralelo, neste caso deve-se:
I. Apresentar um croqui da situação-problema, deve possuir no mínimo 2 tubulações;
II. A solução deve ser detalhada, serão considerados apenas valores devidamente
demostrados via cálculos e teoria;
III. Deve ser original, se for igual em estrutura e/ou valores numéricos, não será
considerado;
IV. Deve apresentar os resultados finais em número de barras comerciais por diâmetro;
V. Deve-se propor uma rotina para solução deste problema via Octave; VI. Deve
apresentar um print da solução via Octave, ao simular os dados do problema que foi
elaborado;
VII. Todo texto e equações deve ser digitado em Word, e ao final exportado em PDF.

Exercício 1:
Uma rua de um bairro residencial de 84 m de extensão e 5 m de declive entre suas
esquinas terá a instalação de sua rede de abastecimento de água. A vazão em seu
trecho será de 5,5 L/s. As tubulações de ferro (C = 90) disponíveis no mercado são as de
60 e 75 mm em tubos de 6 m cada.
De acordo com os dados do enunciado acima, calcular quantos tubos de cada diâmetro
serão utilizados na rede.
De acordo com o enunciado, temos os seguintes valores:
 L = 87 m;
 Dh = 5 m;

 Q = 5,5 L/s (0,0055 m³/s);


 C = 90.
Primeiramente, determinaremos o diâmetro teórico para distribuição das tubulações pela
equação de Hazen-Williams:
ℎ𝑓 −0,205
𝐷 = 1,625 ∗ 𝑄 0,38 ∗ 𝐶 −0,38 ∗ ( )
𝐿

Para substituirmos os valores na equação acima, utilizaremos a vazão (Q) em m³/s:


87 −0,205
𝐷 = 1,625 ∗ 0,00550,38 ∗ 90−0,38 ∗ ( )
5
𝐷 = 0,00731 m (73,1 mm)

Portanto, um breve rascunho da representação das tubulações e seu comprimento L


será:
Onde L1 e L2 que serão os comprimentos das tubulações de 60 e 75 mm
Para o cálculo do comprimento de cada trecho, usa-se de início a equação de perda de
carga para cada diâmetro disponível no mercado:
Equação da Perda de Carga:
𝐽 = 10,643 ∗ 𝑄1,85 ∗ 𝐶 −1,85 ∗ 𝐷(𝑚)−4,87
Substituiremos os dados da equação com seus respectivos diâmetros:
𝐽1 = 10,643 ∗ 0,00551,85 ∗ 90−1,85 ∗ 0,075−4,87
𝑚
𝐽1 = 0,051267
𝑚
Então, para a tubulação de 75 mm, teremos a perda de carga de 0,051267 m/m.
𝐽2 = 10,643 ∗ 0,00551,85 ∗ 90−1,85 ∗ 0,060−4,87
𝑚
𝐽2 = 0,151981
𝑚
Portanto, para a tubulação de 75 mm, teremos uma perda de carga de 0,151981 m/m.
Além da perda de carga para cada diâmetro, precisamos também calcular a perda de
carga equivalente, que é dada através da relação entre o comprimento total da tubulação
(no caso, 87 m) e a sua diferença final de cota (5 m):
ℎ𝑓
𝐽𝑒𝑞 =
𝑙
5
𝐽𝑒𝑞 =
87
𝑚
𝐽𝑒𝑞 = 0,0575
𝑚
Tendo calculado as perdas de carga de cada tubulação e a equivalente, podemos
encontrar os comprimentos a partir da fórmula a seguir:
(𝐽𝑒𝑞 + 𝐽1 )𝐿𝑒𝑞
𝐿2 =
𝐽2 − 𝐽1
Substituindo seus valores, teremos:
(0,0575 + 0,051267) ∗ 87
𝐿2 =
0,151981 − 0,051267
𝐿2 = 5,38 𝑚

Pelos tubos encontrados no mercado serem de 6 m cada, utilizaremos 1 tubo de 60 mm de


diâmetro e 6 m de extensão.

Para descobrirmos a extensão total, subtrairemos a extensão dos tubos de 60 mm do


comprimento total da rede:

𝐿1 = 𝐿𝑒𝑞 − 𝐿2

Substituindo os valores, teremos:

𝐿1 = 87 − 6

𝐿1 = 81 𝑚

Divide-se a extensão restante pela extensão unitária de cada tubo:

81
= 13,5 𝑡𝑢𝑏𝑜𝑠
6

Ou seja, serão utilizados 14 tubos de 75 mm de diâmetro.


Parte 2: Proponha uma situação, onde seja necessário aplicar os conceitos de cálculo de
perda de carga localizada, neste caso deve-se:

I. Apresentar um croqui da situação-problema, deve possuir no mínimo 5 peças (acessórios,


registro, curvas, etc.) e no mínimo 5 trechos com tubulações (entre uma peça e outra);

II. Apresentar o enunciado para o problema e a descrição da situação prática;

III. Deve-se ainda comparar os resultados entre o Método Direto e o Método do


Comprimento Equivalente (Virtual);

IV. Quando necessário, deve-se considerar um único método para o cálculo das perdas de
cargas distribuídas, pode ser usado equações de Hazen-Willian, Flamant ou Fórmula
Universal;

V. A solução deve ser detalhada, serão considerados apenas valores devidamente


demostrados via cálculos e teoria;

VI. Deve ser original, se for igual em estrutura e/ou valores numéricos, não será
considerado;

VII. Deve apresentar qual a diferença relativa entre as perdas de carga pelos dois métodos;

VIII. Deve-se propor uma rotina computacional para solução deste problema via Octave;

IX. Deve apresentar um print da solução via Octave, ao simular os dados do problema que
foi elaborado;

X. Todo o texto e equações devem ser digitados em Word, e ao final exportado em PDF.

Exercício 2:

Na parede do banheiro de uma edificação unifamiliar, uma das saídas de seu reservatório é
intermediada por um registro de gaveta, abaixo desse registro um tê de saída bilateral
ramifica a saída de água para o chuveiro e uma torneira. Para que o chuveiro de posicione
numa cota mais alta que a torneira, uma curva de 90º é instalada. Para a torneira e o
chuveiro, foram instaladas. A vazão (Q) no sistema é de 0,38 L/s (0,00038 m³/s). Mais
detalhes sobre a representação estarão demonstrados na imagem abaixo:

OBS: todas as tubulações são de PVC e têm 15 mm (0,015 m) de diâmetro.


Para que o método dos métodos equivalentes seja iniciado, precisamos tabelar a
quantidade de cada elemento, os coeficientes empíricos (K) e os comprimentos equivalentes
(Le):

Peça Quantidade K Le
Entrada Reentrante 1 1 1
Tê de saída bilateral 1 1,8 2,3
Registro de Gaveta 1 0,2 0,1
Curva de 90º 1 1,5 0,4
Saídas 2 0,9 0,8
Após o tabelamento, Dá-se por necessário calcular a soma dos comprimentos de toda a
tubulação:

𝐿 = 1 + 1 + 1,5 + 2 + 1 = 6,5 𝑚

Em sequência, somam-se os comprimentos equivalentes (Le):

𝐿𝑒 = 1 + 2,3 + 0,1 + 0,4 + (2 ∗ 0,8) = 5,4 𝑚

Após isso, a soma dos dois últimos nos resultará L’:

𝐿′ = 𝐿 + 𝐿𝑒

𝐿′ = 6,5 + 5,4 = 11,9 𝑚

Dados os resultados anteriores, calcula-se a perda de carga utilizando sua equação de


método direto;

𝐿
ℎ𝑓 = 6,107 ∗ 𝑏 ∗ 𝑄1,75 ∗
𝐷 4,75

Onde d é o coeficiente de rugosidade de Flamant (para o PVC b = 0,000135).

Substituindo seus valores, teremos:

11,9
ℎ𝑓 = 6,107 ∗ 0,000135 ∗ 0,00381,75 ∗
0,0154,75

ℎ𝑓 = 4,6762 𝑚𝑐𝑎

Portanto, pelo método dos comprimentos equivalentes temos 4,6762 mca.

Em seguida, é necessário que se calcule a perda de carga total pelo método direto. Para
isso, inicia-se com o uso da equação de perda de carga pelo método direto apenas para os
trechos de tubulação:

Para o método algébrico (K):

Primeiro calcula-se apenas a perda de carga na tubulação:

𝐿
ℎ𝑓 = 6,107 ∗ 𝑏 ∗ 𝑄1,75 ∗
𝐷 4,75

Substituindo os valores:

6,5
ℎ𝑓 = 6,107 ∗ 0,000135 ∗ 0,00381,75 ∗
0,0154,75

ℎ𝑓 = 2,55 𝑚𝑐𝑎

Após o cálculo da perda de carga nas tubulações, é necessário utilizar a equação geral da
perda de carga para o método direto, onde se utilizam os coeficientes empíricos (K) para
encontrar as perdas de carga em cada peça:
𝑉𝑖2
ℎ𝑓𝐿𝑖 = 𝐾𝑖 ∗
2∗𝐺

Onde:

 V = velocidade do fluido;
 G = Constante gravitacional;
 K = Coeficiente Empírico.

Das grandezas acima, a única que não consta nos dados do exercício é a da velocidade,
que é definida por:

4𝑄
𝑉=
𝜋𝐷 2
4 ∗ 0,00038
𝑉=
𝜋 ∗ 0,0152
𝑚
𝑉 = 2,15
𝑠

Agora atribuímos a equação geral da perda de carga para o método direto para cada
coeficiente empírico relacionado a cada peça:

Para a entrada reentrante:

2,152
ℎ𝑓𝐿𝑖 = 1 ∗
2 ∗ 9,81

ℎ𝑓𝐿𝑖 = 0,2356 𝑚𝑐𝑎

Portanto, a perda de carga na entrada reentrante é de 0,2356 mca.

Para o tê de saída bilateral:

2,152
ℎ𝑓𝐿𝑖 = 1,8 ∗
2 ∗ 9,81

ℎ𝑓𝐿𝑖 = 0,4241 𝑚𝑐𝑎

Portanto, a perda de carga na entrada reentrante é de 0,4241 mca.

Para o registro de gaveta:

2,152
ℎ𝑓𝐿𝑖 = 0,2 ∗
2 ∗ 9,81

ℎ𝑓𝐿𝑖 = 0,0471

Portanto, a perda de carga na entrada reentrante é de 0,0471 mca.

Para a curva de 90º:


2,152
ℎ𝑓𝐿𝑖 = 1,5 ∗
2 ∗ 9,81

ℎ𝑓𝐿𝑖 = 0,3534

Portanto, a perda de carga na entrada reentrante é de 0,3534 mca.

Para as saídas de água:

2,152
ℎ𝑓𝐿𝑖 = 0,9 ∗
2 ∗ 9,81

ℎ𝑓𝐿𝑖 = 0,2120

Já que temos 2 saídas de água, sua perda de carga total será de 0,4241 mca.

Após o cálculo da perda em cada membro, somam-se todos para que sejam adicionados à
perda da tubulação:

∑ = 0,2356 + 0,4241 + 0,0471 + 0,3534 + 0,4241


ℎ𝑓

∑ = 1,4843 𝑚𝑐𝑎
ℎ𝑓

Somando a perda de carga das peças com a da tubulação, teremos:

ℎ𝑓𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 2,55 + 1,4843

ℎ𝑓𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 = 4,0343 𝑚𝑐𝑎

Pelo método direto, temos que a perda de carga total será de 4,0343 mca.

Após o cálculo por ambos os métodos, houve uma discrepância entre os resultados finais,
sendo o resultado final pelos comprimentos equivalentes 4,6762 mca e pelo método direto
4,0343 mca. Sua diferença percentual é de:

4,676
( − 1) ∗ 100%
4,0343

𝐷𝑖𝑓𝑒𝑟𝑒𝑛ç𝑎 = 15,91%

Portanto, o método dos comprimentos equivalentes apresentou resultado 15,91% maior que
o método direto.

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