Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
PERÍODO DE CARÊNCIA
Art. 25. A concessão das prestações pecuniárias do Regime Geral de Previdência Social depende dos seguintes
períodos de carência, ressalvado o disposto no art. 26:
II - aposentadoria por idade, aposentadoria por tempo de serviço e aposentadoria especial: 180 contribuições
mensais. (Redação dada pela Lei nº 8.870, de 1994)
III - salário-maternidade para as seguradas de que tratam os incisos V e VII do caput do art. 11 e o art. 13
desta Lei: 10 (dez) contribuições mensais, respeitado o disposto no parágrafo único do art. 39 desta Lei; e (Redação
dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
IV - auxílio-reclusão: 24 (vinte e quatro) contribuições mensais. (Incluído pela Lei nº 13.846, de 2019)
Parágrafo único. Em caso de parto antecipado, o período de carência a que se refere o inciso III será reduzido
em número de contribuições equivalente ao número de meses em que o parto foi antecipado. (Incluído pela Lei
nº 9.876, de 26.11.99)
Art. 27. Para cômputo do período de carência, serão consideradas as contribuições: (Redação dada pela
Lei Complementar nº 150, de 2015)
I - referentes ao período a partir da data de filiação ao Regime Geral de Previdência Social (RGPS), no caso
dos segurados empregados, inclusive os domésticos, e dos trabalhadores avulsos; (Redação dada pela Lei
Complementar nº 150, de 2015)
II - realizadas a contar da data de efetivo pagamento da primeira contribuição sem atraso, não sendo
consideradas para este fim as contribuições recolhidas com atraso referentes a competências anteriores, no caso dos
segurados contribuinte individual, especial e facultativo, referidos, respectivamente, nos incisos V e VII do art. 11 e no
art. 13. (Redação dada pela Lei Complementar nº 150, de 2015)
Art. 27-A Na hipótese de perda da qualidade de segurado, para fins da concessão dos benefícios de auxílio-
doença, de aposentadoria por invalidez, de salário-maternidade e de auxílio-reclusão, o segurado deverá contar, a
partir da data da nova filiação à Previdência Social, com metade dos períodos previstos nos incisos I, III e IV do
caput do art. 25 desta Lei. (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
A carência tem definição legal (art. 24 da Lei 8213 e art. 26 do Decreto 3048/99): é
o número mínimo de contribuições mensais indispensáveis para que o beneficiário
faça jus ao benefício, consideradas a partir do transcurso do primeiro dia dos
meses de suas competências.
É o período durante o qual o segurado contribui, mas ainda não tem direito a certas
prestações. Conta-se o período de carência a partir do transcurso do primeiro dia
dos meses de competência das contribuições pagas.
Porém, por muito tempo ainda, as regras antigas serão aplicadas porque a Reforma
da Previdência de 2019 garantiu o respeito ao direito adquirido, de modo que
aquelas regras devem ser estudadas para possibilitar o correto enquadramento do
caso concreto. Há regras de transição para as aposentadorias por idade e por
tempo de contribuição.
A segurada especial, a que se refere o inc. III, é aquela que contribui como
contribuinte individual, na forma do art. 39, II, do PBPS. Se o parto for antecipado, a
carência de 10 contribuições mensais será reduzida no mesmo número de meses
em que o parto se antecipou.
Exemplo: se o parto se antecipou em 2 meses, reduzem-se duas
contribuições mensais do período de carência, passando a ser, então,
de 8 contribuições mensais.
Não se trata, então, de carência propriamente dita, cujo conceito está ligado ao de
contribuições previdenciárias que, no caso, não são pagas pelo segurado especial
que faz jus aos benefícios previstos no parágrafo único do art. 39 do PBPS(Plano
de Benefícios da Previdência Social – Lei 8213/91).
Vinte e quatro contribuições mensais (art. 25, IV, do Lei 8213/91): auxílio-
reclusão, benefício que NÃO DEPENDIA de carência até a edição da MP n.
871/2019, convertida na Lei n. 13.846/2019. Assim, a carência de 24 meses deverá
ser cumprida nas hipóteses em que o recolhimento do segurado à prisão ocorra a
partir de 18.01.2019.
Para o segurado especial, que não esteja inscrito no sistema como contribuinte
individual, insistimos, não há comprovação de carência, mas, sim, de efetiva
atividade rural. Para o RPS (art. 28, § 1º), esse período é comprovado na forma do
seu art. 62, que traz extenso rol de documentos hábeis à comprovação da atividade
rural. Porém, a partir de 1º.01.2023, a comprovação será feita, exclusivamente,
pelas informações constantes do CNIS (art. 38-A e 38-B da Lei n. 8213/91).
I - pensão por morte, salário-família e auxílio-acidente; (Redação dada pela Lei nº 13.846, de 2019)
II - auxílio-doença e aposentadoria por invalidez nos casos de acidente de qualquer natureza ou causa e de
doença profissional ou do trabalho, bem como nos casos de segurado que, após filiar-se ao RGPS, for acometido de
alguma das doenças e afecções especificadas em lista elaborada pelos Ministérios da Saúde e da Previdência
Social, atualizada a cada 3 (três) anos, de acordo com os critérios de estigma, deformação, mutilação, deficiência ou
outro fator que lhe confira especificidade e gravidade que mereçam tratamento particularizado; (Redação dada
pela Lei nº 13.135, de 2015)
III - os benefícios concedidos na forma do inciso I do art. 39, aos segurados especiais referidos no inciso VII do
art. 11 desta Lei;
IV - serviço social;
V - reabilitação profissional.
MEMORIZE
Na redação original do inc. I do art. 26, estavam incluídos a pensão por morte, o
auxílio-reclusão e os pecúlios. Estes últimos foram excluídos do inc. I pela Lei n.
9.876/99. A pensão por morte e o auxílio-reclusão foram excluídos pela MP n.
664/2014 a partir de 1º.03.2015. Porém, nessa parte, a MP n. 664 não foi
convertida em lei, de modo que a pensão por morte e o auxílio-reclusão
continuaram sendo benefícios que independiam de carência. Porém, o dispositivo
foi modificado pela MP n. 871/2019, que passou a exigir carência também para o
auxílio-reclusão. O salário-família e o auxílio-acidente são benefícios pagos ao
segurado.