Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Vias de Comunicação I
Capitulo I
3 Roberto White 1
Universidade Eduardo Mondlane – Faculdade de Engenharia
Estes sã o alguns exemplos interessantes que ilustram a importâ ncia que desde sempre as
vias de comunicaçã o possuíram, como forma de assegurar contactos com povos vizinhos e
simultaneamente facilitar o comércio. Desde a Antiguidade, as estradas foram também
encaradas como forma de expansã o e de preparaçã o para a guerra.
O objectivo dos construtores de estradas, quer em tempo de guerra, quer em tempo de paz,
era essencialmente a realizaçã o de pavimentos resistentes sujeitos a poucas deformaçõ es, a
procura do mais curto traçado e a limitaçã o do valor da inclinaçã o das rampas.
Com a invençã o do veículo automó vel, foram introduzidas novas exigências no que respeita
à manutençã o e construçã o de estradas, bem como nas características a adoptar nos seus
projectos, em funçã o das velocidades praticadas. Essas exigências que se traduzem hoje em
dia numa procura constante de aperfeiçoamento das características a adoptar para
velocidades cada vez mais elevadas, tendo em conta a comodidade e segurança dos utentes
da estrada.
Por mais dificeis que estes problemas sejam, deverã o ser abordados e resolvidos, pois a
utilizaçã o do veículo automó vel deverá ser considerada uma necessidade.
Por isso, os engenheiros rodoviá rios deverã o apresentar propostas de resoluçã o e
debruçar-se cada vez mais nos aspectos só cio-econó micos das medidas a adoptar a nível de
planeamento, de projecto, de construçã o e de manutençã o ou conservaçã o da infra-
estrutura rodoviá ria.
3 Roberto White 2
Universidade Eduardo Mondlane – Faculdade de Engenharia
Council Board
General
Directorate
Engineering Operation
Dept Dept
Engineering
Dept Operation Dept
Bridge
Sector
Subdivision of
Subdivision Subdivision Subdivion of
Subdivision Materials and Subdivision of
of Projects of Current Contract
of Planning Constructions Procurement
and works Programming Management
Process
Moçambique tem actualmente uma rede rodoviá ria classificada de 25,051 km, com
4.300 km de estradas primá rias, 7.621 km de estradas secundá rias e terciá rias 13.130 km
de estradas. Ao lado das estradas classificadas, há estradas distritais nã o classificadas com
uma extensã o total estimada em 9,281 km. O comprimento total da rede rodoviá ria
compreende cerca de 34,332 km [75]. Fig. 3.3 apresenta a rede de estradas em
Moçambique.
3 Roberto White 3
Universidade Eduardo Mondlane – Faculdade de Engenharia
2,000
1,500
Lenght (km)
1,000
500
0
o a ne a la te a la a do
ut az ic fa Te zi pu ss
ap G ba an So be ia ga
M m M m am N el
ha Za N o
D
In ab
C
Province
Primary Roads Secondary Roads Tertiary Roads
Fig. 3.3 Road Network of Mozambique
O comprimento real da rede total de estradas é de 34 332 km, sendo 5 324 km de estradas
pavimentadas, 6 878 km de estradas de cascalho e os demais podem ser classificados como
estradas de terra. Cerca de 1 187 km (28%) de estradas primá rias nã o sã o asfaltadas.
Dessas estradas, é necessá rio enfatizar que o EN 11, entre Malei e Milange, e a EN 13, entre
Nampula e Lichinga, sã o estradas nã o pavimentadas, embora eles constituam vias
primá rias de grande importâ ncia. Os tipos de superfície de estrada reais da rede sã o, como
mostrado na Fig. 3-4 e Fig. 3.5 abaixo.
4,000 Paved
Lenght of Roads (km)
3,000
2,000 Gravel
1,000 earth
0
ut
o a e a la ete zia ul a sa do
az ban nic ofa e a s l ga
ap G
m a S
T b m
p
N
i
e
M M m a
ha Za N o
D
In b
a
C
Province
15,000
12,500
7,500 Unpaved
5,000
2,500
0
Primary Secondary Tertiary
Road Category
Em geral, as condiçõ es das estradas em Moçambique pode ser descrita como fraca.
Cerca de 38% das estradas pavimentadas estã o em bom estado, e 22% estã o em má s
condiçõ es. Apenas 21% das estradas nã o pavimentadas estã o em boas condiçõ es [76]. A
partir destas estatísticas, conclui-se que a rede viá ria de Moçambique está em uma
condiçã o mal conservada. A condiçã o de manutençã o corrente estrada é apresentado na fig.
3,6 abaixo.
Road Condition
100%
22% 25%
80%
49%
% of Network
3 Roberto White 5
Universidade Eduardo Mondlane – Faculdade de Engenharia
A extensã o da rede urbana de Maputo é actualmente de 1001 km, sendo 359 km (36%) de
estradas asfaltadas e 642km (64%) de estradas em terra.
1
Dados de levantamento produzidos pela DMEP e DMET. Para esta classificaçã o referir-se mais adiante.
3 Roberto White 6
Universidade Eduardo Mondlane – Faculdade de Engenharia
A rede viá ria urbana carece de uma classificaçã o que ajude a clarificar os objectivos e
importâ ncia de cada via, assim como os padrõ es de acabamento e sinalizaçã o a que deve
obedecer.
As ligaçõ es e interdependências da rede urbana com a rede nacional devem também ser
definidas, cuidando de prever a sua evoluçã o no futuro, a fim de se conjugarem as
intervençõ es do Município com as do Governo, quer no â mbito da reabilitaçã o e
manutençã o, quer na regulaçã o dos trá fegos induzidos.
Citando TRH1, 1988; devido a diversidade histó rica, legal e requesitos administrativos, há
diferenças entre a classificaçã o adoptada pelas diferentes autoridades.
4. Perspectivas e conclusão
As políticas de reais para o sector rodoviá rio adoptada pelo Governo de Moçambique sã o
indicados em "Estratégia do Governo" (Governo de Moçambique, 1998) [76] e apontou
para a adoçã o da estratégia "A estratégia integrada do governo para o sector rodoviá rio". O
objetivo principal da estratégia inicial do governo era, a médio prazo, aumentar a
2
As travessas e largos incluem-se nesta categoria.
3 Roberto White 7
Universidade Eduardo Mondlane – Faculdade de Engenharia
percentagem de estradas em bom estado e / ou razoá vel de 39% para 70%. Isso implica
que a extensã o das estradas em bom estado e / ou razoá vel passaria de 10,600 km de
19,030 km. Numa estratégia paralela a qualidade da manutençã o perió dica e ⁄ ou de rotina
deve ser aumentada.
3 Roberto White 8