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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS
BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ARTUR SILVA GOMES


FRANCISCO LUCIAN SANTOS BARBOSA
RODRIGO EMERSON DE LIMA FIGUEIREDO

MODAIS DE TRANSPORTE: FERROVIÁRIO

ANGICOS
2021
UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO
PRÓ-REITORIA DE GRADUAÇÃO
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIAS
BACHARELADO EM ENGENHARIA DE PRODUÇÃO

ARTUR SILVA GOMES


FRANCISCO LUCIAN SANTOS BARBOSA
RODRIGO EMERSON DE LIMA FIGUEIREDO

TERCEIRA UNIDADE

Trabalho realizado com o intuito de obter


a nota da terceira unidade da disciplina de
LOGISTICA E GESTAO DE REDES
DE SUPRIMENTOS I, ministrada pelo
docente ADRIANA GEORGIA
BORGES SOARES.

ANGICOS
2021
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Introdução

A partir da necessidade de transportar pessoas e mercadorias por longas distancias, surgiu


durante a fase da primeira revolução industrial, o escocês Richard Trevithick (1771 –
1883) criou o primeiro trem a vapor da história, transportando pessoas e uma carga de 18
toneladas, reduzindo assim os custos e tempo de deslocamento da época. Apesar da
construção ferroviária ter se originado na Inglaterra, muitos países adotaram esse tipo de
transporte, hoje a maior malha ferroviária do mundo é pertencente ao Estados Unidos da
América, no qual, o mesmo possui cerca de 300.000 KM de linhas férreas. No Brasil,
durante o final do século XIX, deu início à grande expansão dos centros ferroviários do
país, e por volta da metade do século XX o Brasil já possuía mais de 10.000 KM de
estradas de ferro, localizadas principalmente na região sudeste do país, hoje no país tem
cercar de 30.000 KM de linhas férreas (Oliveira, 2015). A primeira linha ferroviária
construída foi 1854, que a estrada de ferro de Mauá. O modal ferroviário é mais
aconselhado para transporta pessoas e mercadorias pesadas por longas distancias, e em
um país como Brasil, onde possui uma vasta área territorial, ele é bastante recomendado.
O Plano Nacional de Logística e Transportes (PNLT), fala que o desejável para Brasil era
que 32% de seus modais de transporte fossem de modais ferroviários.

Objetivo da logística

O objetivo da logística é fazer o consumidor receber o produto no melhor tempo possível


e da maneira mais adequada. Portanto, a utilização adequada dos modais de transportes
se tornaram cada vez mais importante para melhorar toda a cadeia de produção.

Modal ferroviário

O modal ferroviário é responsável pelo transporte de cargas e pessoas através de ferrovias,


utilizando como meio de transporte o trem. Esse tipo de transporte é caracterizado por
operação de pontos fixos, por estações e pátios de cargas e descargas. Esse modal é pouco
explorado no Brasil e muitas dessas linhas ferroviárias foram “abandonadas”, apesar de
que esse tipo de transporte se encaixar muito bem para o nosso país, sendo recomendado
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para transportar grandes volumes por uma longa distância e com um custo
baixo, sendo utilizado quase que totalmente para transporte de minérios e grãos.

Vantagens modal ferroviário

Maior competitividade – possibilita uma carga muito superior aos do modal rodoviário

Um melhor escoamento logístico - Preço, velocidade e quantidade de carga transportada.

Proteção de carga – o modal ferroviário apresenta uma taxa de acidentes e roubos muito
menor do que o modal rodoviário.

Economia e agilidade – Possui um baixo custo de transporte se comparar com quantidades


de carga transportada e como não possuem gargalhos como más condições das estradas e
congestionamento acaba agilizando o transporte.

Menor impacto ambiental - é bem menos poluente em relação aos outros modais de
transporte.

Desvantagens do modal ferroviário

Rotas fixas – os trens não podem pegar nenhum tipo de desvio caso aconteça algum
acidente nas suas linhas, pois possuem rotas fixas e sempre acontecem o processo de
embarque e desembarque nos mesmos locais.

Auxilio de outros modais – muitas vezes o processo de transporte é finalizado por outro
modal, devido as linhas férreas não chegarem em todas as localidades.

Falta de investimento – Como foi mencionado no texto, as linhas ferroviárias foram


deixadas de lado pelo o governo do Brasil, não recebendo investimentos para sua
expansão.

Calculo do frete

Como toda atividade que envolve o transporte de carga, o transporte ferroviário também
possui um sistema de frete, essa cobrança de frete é de extrema importância, porque
através dessa taxa que são custeados os gastos da viagem. Normalmente o cálculo do frete
ferroviário é feito pelo setor logístico da empresa responsável pela linha.
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No Brasil, existe vários tipos de trilho, no qual, são divididos de acordo


com pesagem do metro de trilho, para melhor entendimento segue uma tabela para melhor
ilustração:

Como é mostrado, cada sigla representa um tipo de trilho, essa divisão é de extrema
importância, principalmente para o cálculo do frete e para conservar melhor as linhas de
trem. A pesagem da carga dos vagões do trem é realizada pela balança ferroviária que
ficam sobre as linhas, após essa pesagem as informações são repassadas para o sistema
da empresa e em seguida as informações são compartilhadas com a central de comando,
que com os resultados e a distância que será percorrida realizam o cálculo do frete.

A Agência Nacional de Transportes Terrestre (ANTT), determinou que os valores


cobrados pelos fretes não podem exceder os valores tabelados por eles, entretanto, muitas
vezes esses valores tabelados não funcionam, devido o controle das linhas ferroviárias
estarem nas mãos do setor privado.

Agronegócio e siderúrgicas

Tanto o agronegócio e as siderúrgicas tem uma participação expressiva no PIB brasileiro,


tanto que de acordo com confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) em
2019, o agronegócio no Brasil representava 21% do PIB brasileiro e foi exportado cerca
8,6 milhões de tonelada de aço outros países. Apesar dos números, tanto o agronegócio e
as siderúrgicas ainda possuem potencial de crescimento. Entretanto, pela falta de vias
férreas os setores acabam tendo que utilizar do modal rodoviário, que por sua vez, acabam
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danificando carga transporta devido as condições das vias, e pela falta de


investimento no modal ferroviário impossibilita que tal crescimento aconteça.

Impacto da pandemia de Covid-19

Destacamos um artigo que aborda o modal ferroviário e as consequências da pandemia,


nele, segundo os autores os impactos gerados pela Covid-19 no transporte de cargas foi
menor em relação a outros modais, aéreo, rodoviário por exemplo, destaca-se por
exemplo a Vale:

“No entanto, durante a pandemia, a Vale S.A. conduz de modo desenfreado a produção
do minério de ferro em terras brasileiras.”
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“A esta questão nos dedicamos a seguir, apresentando evidências de que a pandemia


não constitui um freio no sistema, como à princípio pode parecer. Tendo como base a
análise das políticas priorizadas e debatidas pelo Estado brasileiro na atualidade,
especificamente aquelas que têm relação com o setor ferroviário, observamos o seu papel
fundamental na garantia da ordem neoliberal, dos processos privados de planejamento
territorial, de controle da terra e da infraestrutura ferroviária.”

Conclusão

A partir desse trabalho, podemos concluir que país desenvolvidos investem fortemente
no modal ferroviário, por causa dos benefícios que ela oferece, já no Brasil, que apesar
das inúmeras vantagens oferecidas deixaram de lado a expansão desse setor, priorizou o
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rodoviário. Entretanto, como foi visto no trabalho, para um


desenvolvimento do setor industrial do país se faz necessário a expansão das linhas férreas
do Brasil.

Referências

AUTOR DESCONHECIDO. Modal ferroviário e sua importância para o escoamento


logístico. Disponível em: < https://massa.ind.br/modal-ferroviario/ >. Acesso em: 2 de
janeiro de 2022.

AUTOR DESCONHECIDO. Descubra o panorama do transporte ferroviário no


mundo. Disponível em: <https://massa.ind.br/transporte-ferroviario-no-mundo/>.
Acesso em: 2 de janeiro de 2022.

AUTOR DESCONHECIDO. Frete ferroviário: Entenda como funciona. Disponível


em: < https://massa.ind.br/frete-ferroviario/ >. Acesso em: 2 de janeiro de 2022.

AUTOR DESCONHECIDO. Transporte ferroviário no Brasil: vantagens e


desvantagens. Disponível em: < https://massa.ind.br/transporte-ferroviario-no-brasil-
vantagens-e-desvantagens/>. Acesso em: 2 de janeiro de 2022.

LEMOS, Rogerio. AQUI TEMOS UMA PÁGINA DEDICADA AO MODAL


FERROVIÁRIO. Disponível em:
<https://logisticaeomundo.wordpress.com/2017/07/19/modal-ferroviario/ >. Acesso em:
29 de janeiro de 2022.
Oliveira G. C. T. G. de. A logística e a defesa da Amazônia Ocidental. (2015). In: Da
Silva, Osiris M. Araújo; Homma, Alfredo Kingo Oyama (Org.). PAN-AMAZÔNIA
Visão Histórica, Perspectivas de Integração e Crescimento. Manaus: FIEAM.
Disponível em:
<https://www.academia.edu/20077548/PAN_AMAZ%C3%94NIA_Vis%C3%A3o_Hist

%C3%B3rica_Perspectivas_de_Integra%C3%A7%C3%A3o_e_Crescimento>. Acesso
em: 29 de dezembro de 2021.

ROSSONE, Jessica de A; HIRT, Carla. Trens de carga como serviços essenciais: as


ferrovias brasileiras e a pandemia. Disponível em: <
https://journals.openedition.org/geografares/2925#tocto1n4> . Acesso em: 1 de janeiro
de 2022.
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