Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Formacanonica
Formacanonica
‡
Rodrigo Carlos Silva de Lima
rodrigo.uff.math@gmail.com
‡
1
Sumário
2
Capı́tulo 1
X
r
Uk .
k=1
X
r
b Propriedade 1. Dados (Uk )r1 subespaços de V = Uk , são equivalentes:
k=1
1.
r
M
V= Uk .
k=1
3
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 4
X
r
2. Se uk = 0 com uk ∈ Uk então cada uk = 0.
k=1
X
r
v= uk , uk ∈ Uk .
k=1
4.
X
k−1
Uk ∩ ( Uk ) = {0}∀ k
k=1
ê Demonstração.
X
r
• 1) ⇒ 2). Suponha uk = 0 logo temos
k=1
X
r
−uj = uk
k=1,k6=j
X
r
logo uj ∈ Uj e ao conjunto Uk , então uj = 0, como j é um ı́ndice arbitrário
k=1,k6=j
segue que todos são nulos.
X
r X
r
• 2) ⇒ 3). Suponha v = uk = uk0 , vamos mostrar que a escrita é única
k=1 k=1
X
r
(uk − uk0 ) = 0
k=1
X
k−1
• 3) ⇒ 4) . Seja uk ∈ Uk ∩ ( Uk ) = {0} k arbitrário então
k=1
X
k−1 X
k−1 X
k
uk = us ⇒ us − uk = 0 = 0
s=1 s=1 s=1
como a escrita é única segue que (us = 0)ks=1 , que mostra o desejado.
• 4) ⇒ 5). Basta mostrar que (Uk )r1 são independentes , isto é,
X
r
Uk ∩ ( Us ) = {0}∀ k.
s=1,s6=k
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 5
X
r
Ur ∩ ( Us ) = {0}.
s=1,s6=r
X
r
Se uj ∈ Uj ∩ ( Us ) então
s=1,s6=j
X
r X
r
uj = us ⇒ −ur = −uj + us
s=1,s6=j s=1,s6=j,s6=r
X
n
P(A) = ak A k
k=0
X
n
logo fica provado. Agora sendo f(x) = ak xk temos
k=0
X
n X
n
k
f(T )(v) = ak T (v) = ak λk (v) = f(λ)(v).
k=0 k=0
ê Demonstração.
ê Demonstração.
um dos operadores Ps (A) não é invertı́vel, logo existe um vetor não nulo v ∈ E tal que
Ps (A)(v) = 0. Isso com fatoração em R[x], se fosse em C[x], o grau dos polinômios
seria 1, o que garante um polinômio de grau 1 que se anula num vetor não nulo.
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 8
ê Demonstração.
$ Corolário 2. Dado f ∈ K[x], f(T ) = 0 ⇔ PT |f. A parte ⇒) já foi provada, agora
provamos a volta , nesse caso f = PT .g, aplicando em T , f se anula.
f = PT .g
como ambos possuem mesmo grau, pois são ambos mı́nimos, g é constante, como os
polinômios são mônicos g = 1, portanto f = PT .
⇐). Seja λ ∈ K tal que FT (λ) = 0, logo λ é autovalor de T , existe v não nulo tal
que T (v) = λv, logo
ê Demonstração.
Y
n
vamos provar que FT (A) = 0. Vale pois FT (x) = (x − λk ) logo
k=1
0 ··· 0 λ1 − λn · · · 0
Yn
. .. .. ..
.
=0
. ··· . . .
FT (A) = (A − λk I) = ··· ···
k=1
0 ··· λn − λ1 0 ··· 0
FT (T ) = 0.
Vejamos outra demonstração que não depende dessa conta. Sejam (λk0 )m 1 os
Y
m
autovalores distintos de T então nesse caso PT (x) = (x − λk0 ) é o polinômio
k=1
mı́nimo de T , pois se v é um autovalor de T , então algum dos operadores (T −λk0 )
anula v portanto
Y
m
PT (T )(v) = (T − λk0 )(v) = 0
k=1
para todo autovetor v, como V possui base formada por autovetores temos que
PT (T ) = 0 pois PT (T )(v) = 0 ∀ v ∈ V . Sabemos também que (λk0 )m 1 são as
Y
m
raı́zes do polinômio mı́nimo, logo PT (x) = (x − λk0 ) é o polinômio mı́nimo do
k=1
operador diagonalizável T . Em especial
Y
n
FT (x) = (x − λk )
k=1
Y
n
vamos provar que FT (A) = 0, sendo FT (x) = (x − λk )
k=1
Y
n
FT (A) = (A − λk ).
k=1
logo os operadores comutam. Para mostrar que o operador é nulo basta mostrar
que é nulo em cada elemento da base
Y
n Y
n
(A − λk )e1 = [ (A − λk )](A − λ1 )e1 = 0
k=1 k=2
2. Passo II. Suponha que K seja algebricamente fechado. Como todo operador
linear sobre um corpo algebricamente fechado é triangularizável, o resultado
segue do passo I.
como P é invertı́vel é não nula então FA (A) = 0. E com isso fica terminada a
demonstração.
Y
m
PT = (x − λk )ck
k=1
1. Cada Vk é T -invariante.
m
M
2. V = Vk .
k=1
X
m
hk (T ) = I
k=1
os polinômios (fk )m
1 são primos entre si (ver teoria), assim existem polinômios
1 tais que
(gk )m
X
m
fk (x)gk (x) = 1.
k=1
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 14
Se k 6= j então P|fk fj pois o produto contém cada Pkck como fator, vamos tomar
hk = fk gk e Ek = hk (T ) = fk (T )gk (T ) como
X
m
hk (x) = 1
k=1
X
m
Ek = I, Ej Ek = 0 se k 6= j
k=1
fi (T )gi (T )(v) = 0,
X
m
isto é, Ei (v) = 0 para i 6= j daı́ aplicamos Ek = I em v, restando apenas Ej (v) = v
k=1
portanto completamos a demonstração de que Ej (V) = Vj .
Cada espaço Vk é T -invariante, dado vk ∈ Vk então T (vk ) ∈ Vk , pois para isso é
necessário que Pkck (T )T (vk ) = 0 porém os operadores comutam por serem polinomiais
em T , então
Pkck (T )T (vk ) = TPkck (T )(vk ) = 0
se Ti = T |vi então Pi (Ti )ci = 0 pois Pi (T )ci se anula em Vi logo o polinõmio mı́nimo
de Ti divide Pici . Seja g um polinômio tal que
g(Ti ) = 0
então g(T )fi (T ) = 0 por construção de fi , logo PT |gfi e Pici fi |gfi , Pici |g pois g(Ti ) = 0
logo o polinômio mı́nimo de Ti é Pici . Assim terminamos a demonstração.
ê Demonstração.(rever demonstração)
Prova para T diagonalizável.
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 15
m
M X
m X
m
V= Wλk ⊂ Vk ⇒ V = Vk .
k=1 k=1 k=1
m
M
Vamos mostrar que na verdade cada ck = 1, assim vai valer V = Vk pois teremos
k=1
Vk = Wλk . De fato (T − λk )|wk = 0 é o operador nulo. Se v ∈ V ,
X
m
v= wk , wk ∈ Wλk
k=1
logo
Y
m Y
m X
m
(T − λk I)(v) = (T − λk I)( wk ) = 0
k=1 k=1 k=1
Y
m
pois os operadores comutam e (T − λk I) anula wk . Logo o polinômio (x − λk I) é
k=1
nulo sobre T o que implica ser PT , isto é, ck = 1 ∀ k., Disso temos que Vk = Wλk
sendo T -invariante, T |vk = T |wk = λk I e daı́ Qk = (x − λk ) = Pkck .
Vamos provar o teorema da decomposição primária por indução sobre m.
m = 1, neste caso, Pt = P1c1 , V1 = N(P1c1 (T )) = N(PT (T )) = N(0) = V e com isso as
três condições valem.
Suponha o teorema verdadeiro para m − 1. Para completar o teorema é suficiente
mostrar a afirmação : se PT = fg, com f, g ∈ K[x] ∂f ≥ 1 e ∂ ≥ 1 e mdc(f, g) = 1, logo
se U = N(f(T )) e W = N(g(T )), temos que
1. U e W são T invariantes .
2. V = U ⊕ W.
Y
m Y
m−1
PT = Pkck = Pkck Pmcm
|{z}
k=1
|k=1{z } g
f
m−1
M
V= Uk ⊕ W.
k=1
portanto
T (u) = TB(T )g(T )(u) = B(T )g(T )T (u)
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 17
f(T )T (u) = f(T )B(T )g(T )T (u) = B(T ) f(T )g(T ) T (u) = 0 ⇒ f(T )Tu = 0
| {z }
PT (T )=0
logo A(T )f(T )v ∈ W = N(g(T )). De modo similar B(T )g(T )v ∈ N(f(T )) = U , logo
temos
v = A(T )f(T )v + B(T )g(T )v ⇒ V = U + W.
| {z } | {z }
W U
Falta mostrar que a soma é direta, suponha u ∈ U ∩ W então
Z Exemplo 1. Seja A : R 3
→ R3 com
1 0 0
A= 1 1 0
0 0 2
x−1 0 0
x−1 0
FA (x) = det(xI−A) = det −1 x − 1
0 = (x−1)det
= (x−1)2 (x−2)
0 x−2
0 0 x−2
−1 0 o
V2 = N(P2c2 ) = N(A − 2I) = N 1 −1 0
0 0 0
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 19
−1 0 o x 0
1 −1 0 y = 0 ⇒
0 0 0 z 0
x = y = 0, z livre. Logo V2 = {z(0, 0, 1), z ∈ R}. Com esses dados temos V1 ∩V2 = {0}
e V1 + V2 = R3 logo V1 V 2 = R3 .
M
1 0 o x x
A(v1 ) = 1 1 0 y = x + y ∈ V1 .
0 0 2 z 0
1 0 o 0 0
A(v2 ) = 1 1 0 0 0 ∈ V2 .
=
0 0 2 z 2z
A|v2 = [2].
A|V1 0
A= .
0 A|V1
Z Exemplo 2.
Y
m
b Propriedade 14. Seja T : V → V , dimV = n sobre F. Se Pt = (x −
k=1
λk )ck , λk 6= λj , k 6= j então existe um operador diagonalizável D e um operador
nilpotente N tais que
T =D+N
DN = ND
X
m X
m X
m
N= TEk − λk Ek = (T − λk )Ek
k=1 k=1 k=1
temos
X
m
Ns = (T − λk )s Ek
k=1
unicidade).
· · · ≥ km ≥ 1
N ··· 0
k1
.
[T ]B = .. · · · 0 ,
0 ··· Nkm
(possui zero fora dos blocos da diagonal? ) (Refazemos parte da demonstração da
forma canônica)
Tome T : V → V nilpotente de ı́ndice k, tome F = Im(T ) e T |F : F → F., T |F é
nilpotente de ı́ndice k − 1. Por indução existe uma base w = (wk )s1 de F e inteiros
h1 ≥ h2 ≥ · · · ≥ hn tais que
N ··· 0
h1
.
[T |F ]w = .. · · · 0
0 ··· Nhn
Sendo (wk )s1 base de ImT e (vk )s1 ∈ V tais que T (vk ) = wk e (uk )t1 base de N(T )
então
(vk )s1 , (uk )t1 é base de v.
w1 , Tw1 , T 2 w1 , · · · , T h1 −1 w1
..
.
wn , Twn , T hn wn , · · · , T hn −1 wn
v1 , Tv1 , T 2 v1 , · · · , T h1 −1 v1 , T h1 v1
| {z } | {z }
parte da base de F ∈N(T )
..
.
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 22
2
, · · · , T h1 −1 vn}, T| h{z
|vn , Tvn , T vn{z
1
vn}
parte da base de F ∈N(T )
onde temos que eventualmente completar a base de N(T ) com os vetores (xk )r1 .
Daı́ temos as constantes
k1 = h 1 + 1
k2 = h 2 + 1
..
.
kn+1 = 1
m = n + r.
Voltando ao problema, sabemos que T possui ı́ndice 5 pois dimT 5 (v) = 0 logo
T 5 (v) = 0∀ v ∈ V e como dimT 4 (v) = 1 existe v com T 4 (v) 6= 0, disso segue o
resultado sobre o ı́ndice. Temos que T |T 4 (v) = 0 pois T (T 4 (v)) = T 5 (v) = 0. Portanto
[T ]T 4 (v) = [0]
h100 = 2 + 1 = 3
h200 = 1 + 1 = 2
h1000 = 3 + 1 = 4
h2000 = 2 + 1 = 3
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 23
que não completa base de T (v) pois dimT (v) = 8 e a soma resultou em 7, então
completamos com
h3000 = 1.
k1 = 4 + 1 = 5
k2 = 3 + 1 = 4
k3 = 1 + 1 = 2.
k4 = 1.
Temos que N|N5 (V) = 0 pois N(N5 (v)) = 0 logo temos h1 = 1, completamos a
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 24
base com elementos não nulos e daı́ ficamos com o sistema de invariantes
h1 = 1, h2 = 1, h3 = 1, h4 = 1
h51 = 6, h52 = 6, h53 = 6, h54 = 6, h55 = 4, h56 = 3, h67 = 1, h68 = 1, h69 = 1, h610 = 1
ê Demonstração.
⇒). (revisar)
A é nilpotente ⇒ J(A) não possui zero na diagonal principal ⇒ J(A)k não possui
zero na diagonal principal (porque?) ⇒ TrJ(A)k = 0 = Tr(Ak ). (Argumentar com
detalhes)
⇐).
Seja A tal que TrAk = 0 ∀ k ∈ In , podemos supor que A é triangular superior
(porque?), daı́
Y
m
FA = (x − λk )dk ,
k=1
λ1 · · · 0
.
.
. ···
A= 0
a ··· λn
segue que
λ21 · · · 0
.
A2 = .
. ··· 0
2
a2 · · · λn
em geral
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 26
X
n
TrA = k
λkj = 0.
j=1
X
n−1
0 = FA (A), = An + ak A k
k=0
onde a0 = (−1) Det(A), por linearidade do traço, aplicando a relação acima temos
n
X
n−1
0 = Tr(A ) + n
ak Tr(Ak )
k=0
X
n−1
n
− a0 Tr(I) = Tr(A ) + ak Tr(Ak )
|{z} | {z }
Det(A)6=0 6=0 k=1
e daı́ A é nilpotente.
Nessas condições as formas canônicas são da forma
NK · · ·
.1
.. · · ·
··· Nkn
Onde Nk é matriz nilpotente elementar.
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 27
J(λ1 ) · · · 0
.
J = [T ]B = .. ··· 0
0 ··· J(λm )
onde (λk )m
1 são autovalores de T e J(λk ) é um bloco de Jordan relativo a λk do
tipo
NK(k,1) + λk Ick ×ck · · · 0
..
J(λk ) =
. ··· 0
0 ··· NK(k,nk ) + λk Ick(K,m ×ck(K,m
k) k)
onde
0 ··· 0
1. · · · 0.
Ns =
.. ..
0 ···1 0
s×s
autovalores de T ,
Y
m Y
m
FT (x) = (x − λk ) dk
e PT (x) = (x − λk )ck
k=1 k=1
X
m
onde 1 ≤ ck ≤ dk , dk = n. Pelo teorema da decomposição primária, temos
k=1
m
M
V= Vk
k=1
então
NK(k,1) + λk Ick ×ck · · · 0
..
J(λk ) =
. ··· 0
0 ··· NK(k,nk ) + λk Ick(K,m ×ck(K,m
k) k)
1. Tamanho do bloco J(λk ). J(λk ) é uma matriz de tamanho dimVk = ∂FTk = FT |Vk
como cada Vk é invariante temos
Y
m
FT = FTk ,
k=1
Y
m
FT = (x − λk )dk
k=1
J(λ1 )d1 ×d1 · · · 0
..
. ··· 0
0 ··· J(λm )dm ×dm
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 30
Uk = N(T − λk I)dimV
T − λk IdimV |Uk = 0
(T − λk I)|Uj = Jj0 − λk I
pode ter um núcleo não nulo?. Não, pois se uj ∈ Uj e uj ∈ N(T − λk I)|Uj ) implica
T (uj ) = λk uj ⇒ uj ∈ Wλk = N(T − λk I) ⊂ Uk o que é absurdo pela soma direta.
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 31
é invertı́vel.
logo (T − λk I)|Uj não é nilpotente, isto é, Uj ∩ N(T − λk I)dimV = {0}, sendo invertı́vel
M m
sobre Uj . Como V = Uk e Uk é invariante por T logo N(T − λk I)dimV = Uk
k=1
(porque?). Agora a matriz Jk0 é a matriz de
(T − λk I)|Uk + λk I|Uk
e (T −λk I)|Uk é nilpotente, logo a sua matriz é unicamente determinada pela decomposição
cı́clica dos operadores nilpotentes. (rever demonstração ).
Z Exemplo 6. Seja
2 0 0
A= a 2 0
0 b 1
2 0 0
J= 0 2 0
0 0 1
se k = 2 o primeiro bloco de Jordan possui tamanho 2
2 0 0
J= 1 2 0
0 0 1
b Propriedade 17. Vale que s(v, W) < K[x] é subespaço vetorial do espaço dos
polinômios.
ê Demonstração.
1
Repetimos para você fixar.
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 33
pois W é T -invariante.
v = C(T, v).
PT,v (T )v = 0.
PT,v | PT | FT .
ê Demonstração.
ê Demonstração.
1. v ∈
/ W.
ê Demonstração. Sejam w ∈
/ W (que existe por hipótese de termos w contido
propriamente em V ), g o T -condutor de w em W , então g|PT o polinômio mı́nimo de
T , como w não está em W , g não é constante, portanto
Y
m
g(x) = (x − λk )ck
k=1
onde pelo um dos ck é positivo (não podem ser todos nulos, se não g seria constante),
tomamos j tal que cj > 0, então (x − λj ) divide g(x) e tem-se
g(x) = (x − λj )h(x)
então tomamos nosso λ = λj e temos os itens (1) e (2) como querı́amos demonstrar.
a1,1 a1,2 · · · a1,n
0 a2,2 · · · a2,n
[T ]B = .. ..
. ··· ··· .
0 0 ··· an,n
tal relação matricial diz que
X
j
T (vj ) = ak,j vk ,
k=1
isto é, T (vj ) está no espaço gerado por (vk )j1 . Para determinar (vk )n1 , começamos
aplicando o lema ao subespaço W = {0}, obtemos v1 ∈
/ W tal que T (v1 ) = a1,1 v1 ,
tomamos W1 = S(v1 ) ⊂ V se W1 = V paramos , se não continuamos o processo, logo
obtemos v2 tal que v2 ∈
/ W1 e T (v2 ) − a1,2 v2 ∈ W , T (v2 ) = a1,2 v1 + a2,2 v2 , continuamos
o processo até chegarmos em Wn = V. Neste procedimento temos também que Wj é
T -invariante.
ê Demonstração.
⇒).
Se T é diagonalizável possui base (vk )m
1 de autovetores, v ∈ V é da forma v =
X
m Y
m
ck vk , PT = (x − λk ) anula v e possui grau mı́nimo, pois PT deve possui todas
k=1
as raı́zes de FT que são autovalores.
⇒).
Seja W o subespaço gerador por todos os vetores caracterı́sticos de T e suponha
que W 6= V , pelo lema usado no resultado anterior, existe v ∈ W e λj autovalor de T
tal que
w = (T − λj I)(v) ∈ W
como w ∈ W então
X
p
w= wk
k=1
X
p
h(T )(w) = h(λk )wk .
k=1
q(T )(v) − q(λj )(v) = (T − λj )h(T )(v) = h(T )(T − λj )(v) = h(T )(w) ∈ W
e como
0 = PT (v) = (T − λj I)q(T )(v)
então Tq(T )(v) = λj q(T )v então q(T )(v) ∈ W pois é nulo ou autovetor como q(T )(v)−
q(λj )(v) ∈ W por relação que conseguimos acima e q(T )(v) ∈ W , segue que q(λj )(v) ∈
W , com v ∈
/ W temos que ter o escalar q(λj ) = 0 daı́ x − λj divide q(x) e PT (x) =
(x−λj )q(x) possui raiz pelo menos dupla o que contraria a hipótese, então o operador
é diagonalizável.
W = S(w, Tw, T 2 w, · · · , )
1
(T s w)k−
0
ê Demonstração.
1
A matriz de T |W com respeito a base (T s w)k−
0 é
0 0 ··· 0 −a0
.. ..
1 0 ··· . .
.. ..
0 1 ··· . .
.. .. .. .. ..
. . . . .
0 0 ··· 1 −ak−1
k×k
X
k−1
que é chamada matriz companheira do polinômio mônico xk + as x s .
s=0
X
k−1
Sendo PT,w = xk + as xs , as ∈ K temos PT,w (T )w = 0, substituindo tem-se
s=0
X
k−1
T k (w) = − as T s w
s=0
X
n−1
onde PT,v = x + n
as xs , as ∈ K. Nesses casos existe uma base de V com respeito
s=0
a qual a matriz de T é a matriz companheira de FT = PT = PT,v .
r
M
1. V = Ws .
s=1
M ··· 0
1
0. (M2 )
.. · · · 0
.
. .
0 ··· Mr
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 40
0 0 ··· 0 −a0
.. ..
1 0 ··· . .
.. ..
Mj =
0 1 ··· . .
.. .. .. .. ..
. . . . .
0 0 ··· 1 −an−1
X
n−1
n
Qj = x + as xs , as ∈ K.
s=0
Y
r Y
r
FT = FKs = Qs
s=1 s=1
ê Demonstração.
Quais são os operadores T tais que JT = RT ?
Nk1 · · · 0
.. ..
J(T ) =
··· . .
0 ··· Nkr
0 ··· 0
NKj = 1.. · · · 0
.
0 ···1 0
existindo únicos inteiros k1 = k ≥ k2 ≥ · · · kr ≥ 1 tal que JT assume a forma
colocada acima. Podemos notar Nkj é a matriz companheira de xkj que divide xk = Q1 ,
temos xkj = Qj e JT = RT pois a forma racional é única.
NKj = [λ]
RA = J A ⇔
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 43
(MPA ) . 0 (J(λ1 )) . 0
RA = .. = .. = JA
0 MPM 0 J(λm )
MPA é submatriz de JA
0 ··· −a0
..
M PA =
1. ··· .
..
0 · · · 1 −an−1
temos uma fileira de 1 na diagonal abaixo da diagonal principal, isto implica que
MPA deve estar contida em J(λ1 ) da passagem dos blocos J(λ1 ) para J(λ2 ) temos um
elemento nulo abaixo da diagonal principal
(λ ) ··· 0
1 ...
···1 λ1 · · · 0
0 · · · 0 λ2
temos que λ1 = 0 por comparação com a diagonal principal de MPA , disso segue
também que an−1 = 0 e ainda −a0 = · · · = −an−2 seguindo da igualdade JA = RA ,
pois MPA ⊂ J(0) e no bloco de jordan todos elementos acima da diagonal são nulos .
Disso segue que PA = xn , A é nilpotente (n aqui não simboliza a dimensão do espaço
.)
Nk · · · 0
.1 . ..
A∼B∼ . ..
. .
0 ··· Nkn
onde k1 = I(A) = I(B) logo possuem mesmo polinômio mı́nimo PA = xk1 = PB .
⇐). Por outro lado temos também PA = PB = xk , temos
Nk ··· 0
. .. ..
A∼ . .
. .
0 · · · Nkn
Nk ··· 0
. .. ..
B∼ . .
. .
0 · · · Nkn
temos as seguintes possibilidades para k, se K = 3 A ∼ B ∼ [N3 ]. Se k = 2 então
" #
N2 0
A∼ ∼B
0 N1
para matrizes 4 × 4 podemos ter
" # N2 0 0
N2 0
A= 0
6= N1 0 =B
0 N2
0 0 N1
formas canônicas distintas dai implica A 6∼ B.
X
n X
n
c1 ek + ck (ak − ak−1 ) = 0
k=1 k=1
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 45
X
n X
n X
n X
n
A(w1 ) = Aek = es = n es = nw1
k=1 k=1 s=1 s=1
X
n X
n
temos também A(wk ) = A(ek ) − A(ek−1 ) = ek − ek = 0 para k > 1, logo a
k=1 k=1
matriz fica na forma de B.
P − 1 A −1 P = J −
A
1
1 −1
então JA−1 é a forma de Jordan de J−
A (porque?), isto é, JA−1 = JA
J(λ1 ) . . . 0
JA =
0 J(λm )
(λk ) . . . 0
J(λk ) = + Nk
0 λk
−1
J(λ1 ) . 0
J− 1
=
..
A
−1
0 J(λm )
precisamos calcular a inversa dos blocos, podemos observar analisando alguns
casos que
CAPÍTULO 1. FORMA CANÔNICA DE JORDAN 46
−1
λ 0 λ−1 0
=
−2 −1
1 λ −λ λ
−1
λ 0 0 λ−1 0 0 λ −1 0 0 0 0 0
1 λ 0 = −λ−2 λ−1 0 = 0 −1
0 + −λ−2 0 0
λ
0 1 λ λ−3 −λ−2 λ−1 0 0 λ −1
λ−3
−λ −2
0
| {z } | {z }
λ−1 I
nilpotente de ı́ndice 3
então generalizando
1
λ−
1 I + N1 0 0
.. ..
1
J− = ··· . . = JA−1 .
A
1
0 ··· λ−
m I + Nm
Qm+1 | · · · |Q1 , a matriz acima sendo formada por bloco das matrizes companheiras
de Q
0 −1
MQ1 =
1 0
0 −I
então para mostrar que é semelhante a matriz , basta trocar os
I 0
elementos da base de posição e multiplicar por −1 se necessário. Por exemplo
0 −1 0 0
1 0 0 0
0 0 0 −1
0 0 1 0
pode ser colocado da forma
0 0 −1 0
0 0 0 −1
1 0 0 0
0 1 0 0
Y
r
P= (x − λk )dk
k=1
Vamos mostrar agora que os blocos JA (λk ) e JB (λk ) são os mesmos, não dependem
da matriz.
Suponha que dk = 3, podemos ter ck = 1, 2 ou 3, suponha que seja ck = 1, então o
sistema de invariantes é ck = 1 ≥ |{z}
1 ≥ |{z}
1 ≥ 1 (λ = λk por simplicidade), então
k2 k3
λ 0 0
J(λ) = 0 λ 0
0 0 λ
2 0 0
J(2) = 1 2 0
0 0 2
−7 0
J(7) = .
0 −7
1), que não possui todos autovalores reais, logo os autovetores não pertencem
a espaço sobre R. Porém é diagonalizável sobre C pois todos autovalores são
distintos 1, −1, i, −i.