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SEMIOLOGIA DO APARELHO RESPIRATORIO

1- INSPEÇÃO ESTÁTICA

Forma do tórax:

1- Tórax chato
2- Tórax em tonel ou em barril, causa mais comum é em enfisema pulmonar
3- Tórax infundibulifrome (pectus excavatum)  tórax de sapateiro: depressão ao nível inferior do esterno
4- Tórax cariniforme (pectus carinatum)  peito de pomba
5- Tórax cifótico: encurvamento posterior da coluna torácica, pode ocorrer tuberculose
6- Tórax cifoescoliótico: alteração cifótica + escoliose (desvio lateral da coluna vertebral): pode produzir restrição grave
da expansão torácica, causando insuficiência respiratória
7- Tórax instável traumático: fraturas de costelas, ocorre movimentos torácicos paradoxais

Presença de abaulamentos e depressões


1 Marina Taveira - Unaerp
2- INSPEÇÃO DINAMICA

Tipo respiratório:

1- Torácico
2- Abdominal
3- Toracoabdominal (+ comum)
4- Costal superior + Toracoabdominal

Ritmo respiratório:

1- Respiração dispneica: desconforto respiratório, dificuldade de respiração; Ex. insuficiência cardíaca, enfisema
pulmonar, bronquite, pneumonias, atelectasia, pneumotórax, derrame pleural e anemias graves.
2- Platipneia: dificuldade para respirar em posição ereta, se alivia na posição deitada. Pode ocorrer após pneumectomia
3- Ortopneia: dificuldade de respirar na posição deitada
4- Trepopneia: o paciente fica confortável para respirar em decúbito lateral, pode ocorrer na insuficiência cardíaca
congestiva e no derrame pleura
5- Respiração de Cheyne-Stokes: modo cíclico, as respirações vão se tornando mais profundas ate atingirem uma
amplitude máxima, os mov. começam a diminuir gradativamente, podendo ocorrer apneia.
Ex. RN saudáveis, insuficiência cardíaca grave, AVC, traumatismo cranioencefálicos

6- Respiração Biot: períodos de apneia, observa-se arritmia respiratória. Ex meningite, neoplasias, hematoma
extradural,, estado comatoso
7- Respiração de kussmaul: amplas e rápidas inspirações interrompidas por curtos períodos de apneia, após as quais
ocorrem expirações profundas e ruidosas, dps voltam a ter apneia. Ex. cetoacidose diabética, insuficiência renal com
uremia

8- Respiração suspirosa: surge inspiração mais profunda seguidas de expirações mais demoradas. Ex tensão emocional

Amplitude da respiração:

1- Profunda
2- Superfivial

Frequência respiratória:

1- Taquipneia: >20 ipm  esforço físico, emoções, febre, lesões pleuropulmonares


2 Marina Taveira - Unaerp
2- Bradpneia: < 12 ipm  sono, atletas, hipertensão intracraniana
3- Dispneia: parada respiratória
4- Eupneia: sem dificuldade respiratória

Presença de Tiragem: se observa na asma brônquica e no enfisema pulmonar

Expansibilidade dos pulmões

Inspeção do pescoço e observar se há auxilio dos músculos acessórios

3- PALPAÇÃO

Estrutura da parede torácica

Expansibilidade ou mobilidade:

1- Unilateral: ocorre no derrame pleural, hepatomegalias, esplenomegalias, pneumotórax, atelectasia


2- Bilateral: gravidez, ascite, obesidade grave, derrame pleural bilateral, enfisema pumonar

Frêmito toracovocal
1- Aumento: consolidação  pneumonias, infarto do pulmão
2- Diminuição: derrame pleural, espessamento da pleura, pneumotórax, enfisema pulmonar

4-PERCURSSÃO

Normal: som claro pulmonar

Na face anterior e nas faces laterais a sonoridade é mais intensa do que na face posterior

No ápice direito, o som é um pouco mais claro do que o esquerdo; nas bases, é menos intenso do que no restante do tórax

Alterações na percussão:

1- Hipersonoridade pulmonar: mais clara e mais intensa  aumento de ar nos alvéolos pulmonares Ex enfisema pulmoar
2- Submacicez e macicez: diminuição ou desaparecimento do som  redução ou inexistência de ar no interior dos alvéolos
Ex. pneumonias, tuberculose, infarto pulmonar e neoplasias
3- Som timpânico: indica ar aprisionado no espaço pleura Ex. pneumotórax
3 Marina Taveira - Unaerp
5-AUSCULTA

Som normalmente auscultado por todo o pulmão: MURMURIO PULMONAR  turbulência do ar circulante ao se chocar
contra as bifurcações brônquicas.

Inspiração: mais intenso, mais duradouro, tom mais alto

Expiração: mais fraco, mais curto, tom mais baixo


Normalmente é mais forte na parte anterossuperior, nas axilas e nas regiões infraescapulares

Diminuição: pneumotórax, hidrotorax, espessamento pleural, enfisema pulmonar

Sons anormais

1. DESCONTINUOS (ESTERTORES)

FINOS:
 final da inspiração
 frequência alta = agudo
 duração curta
 NÃO se modifica com a TOSSE
 Semelhante ao som do atrito de cabelo
 Auscultado melhor nas bases pulmonares
 Presença de LIQUIDO e EXSUDATO
 Pneumonia e congestão pulmonar da insuficiência ventricular esquerda
GROSSOS:
 Início da inspiração e durante toda a expiração
 Frequência menor = grave
 Duração maior que os finos
 ALTERA com a TOSSE
 Presença de SECREÇÃO VISCOSA E ESPESSA
 Bronquite e bronquiectasias

2. CONTINUOS (RONCOS, SIBILOS E ESTRIDOR )

RONCOS:
 Baixa frequência = grave
4 Marina Taveira - Unaerp
 Ocorre na inspiração, predomina mais na expiração
 São fugazes, mutáveis, surgindo e desaparecendo em curto período
 Estreitamento dos ductos
 Asma brônquica, bronquites, bronquiectasias e obstruções localizadas

SIBILOS:
 Ocorre na insp e exp
 São múltiplos e dissiminados por todo o tórax
 Asma e bronquite
 Qdo localizado = obstrução por neoplasia ou corpo estranho

ESTRIDOR:
 Inspiratório
 Obstrução da laringe ou da traqueia
 Difteria, laringite aguda, câncer da laringe e estenose da traqueia

3. ORIGEM PLEURAL

ATRITO PLEURAL:
 Ruido irregular, descontinuo
 Mais intenso na insp
 Semelhante ao ranger de couro atritado
 Duração maior
 Frequência baixa = grave
 Região axilares inferiores o som é mais intenso, pois é onde os pulmões se movimentam mais amplamente
 Pleurite
6-AUSCULTA DA VOZ (RESSONANCIA VOCAL)

Ausculta voz falada e voz cochichada, o paciente pode falar 33, enquanto o examinador percorre o tórax com estetoscópio

O normal é não escutar claramente as silabas das palavras ditas.

SINDROMES BRONQUICAS PLEUROPULMONAIS

5 Marina Taveira - Unaerp

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