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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO

ESCOLA POLITÉCNICA

Disciplina: Introdução à Economia


Tema: Emprego
Professor: Octavio Thomé

DÉBORA NASCIMENTO EIRIZ


JOÃO PEDRO ASSUNÇÃO FLORIANO
LUCAS MANOEL MENDES CARVALHO
LUIS MIGUEL MOURA CARMONA
NATHALIA GONÇALVES FERREIRA
THARSILA CHAVES MAURICIO

Rio de Janeiro
Fevereiro/2020
Sumário

INTRODUÇÃO 3
DESCRIÇÃO DA SÉRIE HISTÓRICA E ANÁLISES 3
REFERÊNCIAS 6
1.INTRODUÇÃO
A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua; visa
acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução, no curto, médio e longo prazos, da força
de trabalho, e outras informações necessárias para o estudo do desenvolvimento
socioeconômico do País.
Os indicadores mensais utilizam as informações dos últimos três meses
consecutivos da pesquisa, existindo, entre um trimestre móvel e o seguinte, repetição das
informações de dois meses. Assim, os indicadores da PNAD Contínua produzidos
mensalmente não refletem a situação de cada mês, mas, sim, a situação do trimestre móvel
que finaliza a cada mês.

2.DESCRIÇÃO DA SÉRIE HISTÓRICA E ANÁLISES


2.1. DESCRIÇÃO DA SÉRIE HISTÓRICA
Ao longo da recessão iniciada no segundo trimestre de 2014 e que durou até o
quarto trimestre de 2016 houve uma forte redução do emprego no Brasil, principalmente no
final de 2016.
No ano de 2020, devido à crise causada pela covid-19, além do forte recuo no
emprego, elevou-se drasticamente o número de pessoas que se encontravam fora da força
de trabalho, como mostra no Gráfico 1.

Gráfico 1 - Evolução da taxa de desemprego no Brasil


Gráfico 2 - Taxa de crescimento da população ocupada no Brasi

2.2. ANÁLISE E CORRELAÇÕES


Gráfico 3 - Evolução do PIB

É possível ver uma relação entre a queda do PIB e o aumento da taxa de


desemprego.
Vimos em sala que o PIB é o valor de mercado de todos os bens e serviços finais
produzidos dentro de um país em um determinado período de tempo. A relação entre eles
também fica evidente quando analisamos o cenário de forma um pouco mais cuidadosa, e
faremos aqui, a nível de exemplificação, uma análise do período onde o PIB cai e a taxa de
desemprego sobe (2016, por exemplo). A queda do PIB indica, entre muitas coisas, uma
queda na demanda de produtos e serviços. Com isso, as empresas são obrigadas a se
adequar à uma nova realidade de mercado, ajustando assim seu quadro de funcionários.
Vale mencionar também que, o aumento do desemprego não se dá somente pela
queda de demanda já constatada, mas também, pela projeção de queda em um futuro
próximo. De maneira contrária, o aumento do PIB (e/ou projeções de melhora).

Gráfico 4 - Índice de Gini (Brasil)

O índice Gini varia de 0 a 1 (ou de 0% a 100%), sendo o 0 a igualdade absoluta e o


1 a desigualdade absoluta, que são casos extremos impossíveis de acontecer na prática.
Assim, quanto mais próximo de 0, menos desigual é a distribuição de renda no país e, em
contrapartida, quanto mais próximo de 1 (ou 100%), mais desigual é a distribuição, o que
significa que as riquezas do país estão mais concentradas nas mãos de poucos indivíduos.
Aqui, podemos notar como a recessão atravessada pelo país entre 2014 e 2016
influenciou no aumento da desigualdade e na distribuição de renda: enquanto antes desse
período o índice melhorava, o reflexo dessa recessão pôde ser notado nos anos seguintes,
como podemos ver nos anos de 2016, 2017 e 2018.
Vemos que há uma correlação positiva entre o desemprego e o índice Gini, visto que
o desemprego no Brasil afeta a distribuição de renda do país. De acordo com diversos
papers como Jantti, 1994 e Mocan, 1999 (MIT Press) há evidências empíricas de que o
aumento do desemprego tem um impacto enorme no aumento da desigualdade. Com os
nossos dados podemos confirmar essa afirmação, já que durante o período de aumento do
desemprego, o índice Gini piorou bastante.
Em outro paper, Eliana Cardoso, Ricardo Paes de Barros e André Urani discorrem
sobre o mesmo fenômeno no Brasil durante a década de 80. Eles concluem que inflação
promove o aumento da desigualdade e que o desemprego promove a desigualdade. Como
queremos focar nessa segunda parte, podemos usar os mesmos argumentos apresentados.
A partir de regressões e algumas análises macroeconômicas eles puderam afirmar a alta
correlação.
Outro fator a se considerar é que apesar de levar em conta o emprego no país
analisado, o índice Gini não leva em conta o emprego informal, o que leva a algumas
limitações.
3.REFERÊNCIAS

Análise da evolução recente do emprego. Disponível em:


<setorial​https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/conjuntura/201208_cc_49_nota_27_evolucao_do_e
mprego.pdf​>. Acesso em 01 fev. 2021

Mercado de trabalho no Brasil ainda continua muito fragilizado: Uma análise a partir dos dados mensalizados da
Pnad Contínua. Disponível em:
<​https://blogdoibre.fgv.br/posts/mercado-de-trabalho-no-brasil-ainda-continua-muito-fragilizado-uma-analise-parti
r-dos-dados​>. Acesso em 01 fev. 2021

SGS. Sistema Gerenciador de Séries Temporais. Disponível em:


<​https://www3.bcb.gov.br/sgspub/localizarseries/localizarSeries.do?method=prepararTelaLocalizarSeries​>.
Acesso em 01 fev. 2021

PNAD. Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - PNAD Contínua. Disponível em:
<​https://www.ibge.gov.br/estatisticas/sociais/populacao/17270-pnad-continua.html?edicao=28549&t=o-que-e >.
Acesso em 01 fev. 2021

A More Efficient Estimate of the Effects of Macroeconomic Activity on the Distribution of Income - ​Jantti, Markus
by MIT Press

Inflation and Unemployment as Determinants of Inequality in Brazil: The 1980s - Cardoso Barros and Urani
< ​https://www.nber.org/system/files/chapters/c7655/c7655.pdf​ >

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