ESCOLHA DE AJUSTES

 
 É FUNÇÃO DO PROJETISTA CONHECER:
 
           NORMAS RELACIONADAS
           NECESSIDADES E EXIGÊNCIAS DO PROJETO
           PROCESSOS DE FABRICAÇÃO E DISPONIBILIDADE DE
EQUIPAMENTOS
 
 TRÊS TIPOS DE AJUSTE:
 
           AJUSTES RECOMENDADOS
           AJUSTES COM PECAS NORMALIZADAS
           AJUSTES DETERMINADOS
 
 
 ALGUNS CONCEITOS IMPORTANTES NA ESCOLHA DE AJUSTES
 

         UMA TOLERÂNCIA MUITO APERTADA PERDE SIGNIFICADO SE A

SUPERFICIE APRESENTA-SE MUTO IRREGULAR

         OS MATERIAIS COMPORTAM-SE DIFERENTEMENTE QUANTO AO

ATRITO E A DEFORMACÕES ELÁSTICAS

         MOVIMENTO RELATIVO DAS PEÇAS E A VELOCIDADE DE

FUNCIONAMENTO INFLUEM DECISIVAMENTE NO TIPO DE AJUSTE

         A ELEVAÇÃO DA TEMPERATURA DURANTE O FUNCIONAMENTO

PROVOCA DILATAÇÃO DAS PEÇAS E MODIFICA AS FOLGAS

         A VISCOSIDADE E A PRESSÃO NUM LUBRIFICANTE MODIFICAM AS

CONDIÇÕES DE AJUSTE

         PRECISÃO DIMENSIONAL ESTÁ DIRETAMENTE RELACIONADA A

ELEVADOS CUSTOS DE FABRICAÇÃO

         AS TOLERÂNCIAS DO FURO E DO EIXO DEVEM SER PRÓXIMAS, NA

MEDIDA DO POSSÍVEL, COM O EIXO SEMPRE MAIS PRECISO QUE O
FURO

         DEFINIR O SISTEMA DE AJUSTE

 
 MÉTODO PARA DETERMINACAO DE UM NOVO AJUSTE:
 
         POR ENSAIOS DEFINE-SE A FOLGA LIMITE,
          CALCULA-SE A TOLERÂNCIA DE AJUSTE TP

         DIVIDE-SE TP ENTRE OS DOIS ELEMENTOS

         PROCURA-SE O AJUSTE NORMALIZADO

         DEFINE-SE O SISTEMA DE AJUSTE

 
  EXEMPLO:
 
          DETERMINAR O AJUSTE ISO-ABNT NO SISTEMA FURO-BASE COM
DIMENSÃO NOMINAL IGUAL A 100 mm, FMAX > 70 m E FMIN < 170 m
 
 

 
 

CLASSES DE AJUSTES
 
EXEMPLOS DE APLICAÇÃO:
 
                MOTOSERRA E CAIXA DE TRANSFERÊNCIA
                DIFERENCIAL
 
 
AJUSTES COM FOLGA
 
 DIMENSAO MÁXIMA DO EIXO < DIMENSAO MÍNIMA DO FURO
 
 FOLGA É SEMPRE POSITIVA
 
  CRITÉRIOS PARA ESCOLHA DE UM AJUSTE COM FOLGA:
 
 EXATIDÃO NO POSICIONAMENTO DO EIXO
 
 BOA RESISTENCIA ÀS CARGAS ATUANTES
 
 TEMPERATURAS DE FABRICAÇÃO E FUNCIONAMENTO
 
 PERDAS MÍNIMAS POR ATRITO
 
 LUBRIFICAÇÃO E VELOCIDADE DE DESLIZAMENTO
 
  CLASSIFICAÇÃO DOS AJUSTES COM FOLGA
 
 QUALIDADE                                        AJUSTE
                      
                   EIXO             FURO
                      5                   6                                       NOBRE
                      6                   7                                         FINO
                   8 e 9             8 e 9                                      LISO
                     11                 11                                     GROSSO
                     13                 13                              GRANDE JOGO
 
 
  SUB-CLASSES
 
A)    AJUSTES COM GUIAS PRECISAS - Hg OU Gh
 
  LOCALIZAÇÃO PRECISA DO EIXO NO FURO
 
  FOLGAS MÍNIMAS CRESCEM LENTAMENTE COM A DIMENSÃO
 
  MONTAGEM DE ENGRENAGENS E POLIAS COM TRANSMISSÃO DO
MOMENTO TORÇOR POR CHAVETA OU ESTRIA
 
  PINOS TRANSMISSORES DE MOMENTO TORÇOR
 
  PINOS-GUIAS DE REFERÊNCIA
 
 
B)    AJUSTES PARA MÁXIMA CAPACIDADE DE CARGA B PERDAS
       MÍNIMAS POR ATRITO - Hf, He, Hd OU Fh, Eh, Dh
 
  FOLGAS MÍNIMAS CRESCEM MAIS RAPIDAMENTE QUE NO CASO ANTERIOR
 
  PRESSUPÕE -SE QUE AS VARIAÇÕES DE TEMPERATURAS SEJAM MÍNIMAS
 
  ENGRENAGENS OU POLIAS DESLIZANTES
 
  ENGRENAGENS E EIXOS EM TRANSMISSÕES DE AUTOMÓVEIS
 
 
C)   AJUSTES COM GRANDES JOGOS - Hc, Hb, Ha OU Ch, Bh, Ah
 
  ROTAÇÃO SEM VIBRAÇÃO (PARA MÁQUINAS DE ALTAS VELOCIDADES)
 
  MINIMIZAÇÃO DO ATRITO  COMO EM ROTORES DE TURBINAS
 
  GRANDES MOTORES ELÉTRICOS
 
  REDUTORES EM FUNDIÇÃO E LAMINAÇÃO (TEMPERATURAS DE
FUNCIONAMENTO BEM MAIORES QUE AS DE FABRICAÇÃO)
 
  MÁQUINAS E IMPLEMENTOS AGRÍCOLAS
 
 

AJUSTES INCERTOS
 
 DIMENSÃO REAL DO FURO MAIOR OU MENOR QUE A DIMENSÃO
REAL DO EIXO
 
   AJUSTES INCERTOS: SOMENTE DE IT4 A IT8
 
   j A zc (FURO-BASE) E J A ZC (EIXO-BASE): INCERTOS E
INTERFERÊNCIA
 
 GRANDE PRECISÃO DE GIRO
 
- ASSENTOS DE ROLAMENTO PARA ALTAS VELOCIDADES
         

 
- VENTILADORES MONTADOS COM CHAVETA
         

 
- PINHÕES EM PONTAS DE EIXO-ARVORE DE MÁQUINAS-
         

FERRAMENTAS
 
 
 MOMENTO TORÇOR TRANSMITIDO ATRAVÉS DE ELEMENTOS
MECÂNICOS AUXILIARES: CHAVETAS, PINOS, ESTRIAS
 
 FREQÜÊNCIA DE DESMONTAGEM
 
 

 
 AJUSTES COM INTERFERÊNCIA
 
 A DIMENSÃO MÍNIMA DO EIXO É MAIOR QUE A DIMENSÃO MÁXIMA
DO FURO
 
     SÃO EMPREGADOS PARA TRANSMISSÃO DE FORÇAS E TORQUES
 
     PARA O CÁLCULO DA INTERFERÊNCIA DEVE-SE CONSIDERAR:
- RUGOSIDADE DAS SUPERFÍCIES       (NORMA DIN 7190)
- PLASTICIDADE DOS MATERIAIS E ADERÊNCIA
 
OS AJUSTES SÃO CONSEGUIDOS POR:
 
- PRENSAGEM DE UMA PEÇA CONTRA A OUTRA
- POR AQUECIMENTO DA PEÇA EXTERIOR
- POR RESFRIAMENTO DA PEÇA INTERIOR
 
 

 
APLICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS EM
ACOPLAMENTOS POR ESTRIAS
 
  CASO A - AJUSTE PELOS FLANCOS:
               AJUSTE EM b COM GRANDE FOLGA EM D, D1, d E d1
 
  CASO B - AJUSTE PELO FUNDO:
               AJUSTE EM D OU d COM GRANDE FOLGA EM b E b1
 
 

 
       b d D
cubo
cubo
cubo sem cubo temperado e
      temperado e
temperar temperado sem temperar
sem temperar
()
Cubo D9 F10 H7 (H13) H11
f9 d9 e8
Eixo
h8 e8 f7
móvel no
j7
cubo f7 g6
k7
Centagem
p6 h6 j6
interior
s6 j6 k6
Eixo fixo
s6 j6
no cubo m6
u6 k6
Eixo a11
u6 m6 n6
h8 e8
Eixo
j7 f7
móvel no b13
Centagem k7 g6
cubo
pelos n6 -
flancos u6 k6
Eixo fixo
- m6 b13
no cubo
  n6

APLICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS EM
MONTAGENS COM CHAVETAS E BUCHAS
 
 CHAVETAS DE FACES PARALELAS:
        

 
EIXO                      t – C11          b1 – R8           d  - h6
FURO                     t1 – h11        b2 – H9            D – H7  
CHAVETA               b – h8           h – h11
 
 

 
  BUCHAS
        

 
EIXO                       d1 – h8         
BUCHA                   D1 – H9         d2 – r6
CUBO                     D2 – H7
 

 
 

APLICAÇÃO DE TOLERÂNCIAS EM
ASSENTOS DE MANCAIS DE ROLAMENTOS
 
  AS TOLERÂNCIAS PARA OS DIÂMETROS INTERNO E
   EXTERNO DE ROLAMENTOS SÃO PADRONIZADOS
   INTERNACIONALMENTE
 
  O AJUSTE DESEJADO É CONSEGUIDO ESCOLHENDO-SE
   TOLERÂNCIAS ADEQUADAS PARA O EIXO E A CAIXA,
   USANDO O SISTEMA ISO-ABNT
 
 A ESCOLHA DO AJUSTE INFLUENCIA O FUNCIONAMENTO
 
 FATORES INFLUENTES:
 
 ROLAMENTO
 
  QUANTO À CARGA APLICADA:
 
 CARGA FIXA, AJUSTE DESLIZANTE, POIS NAO HÁ POSSIBILIDADE DE
          

DESLOCAMENTO AXIAL
 
 CARGA ROTATIVA, AJUSTE TENDENDO A INTERFERÊNCIA PELA
          

POSSIBILIDADE DE QUE A DEFORMAÇÃO DO ANEL DO ROLAMENTO

AFETE 0 AJUSTE
 
 CARGAS ELEVADAS E/OU TEMPERATURAS ELEVADAS PROVOCAM
          

VARIAÇÕES NOS AJUSTES IMPLICANDO NO USO DE UM AJUSTE

FORÇADO
 
  FURO DO ROLAMENTO (ANEL INTERNO) E DIÂMETRO
   EXTERNO (ANEL EXTERNO) SÃO PADRONIZADOS, POREM
   INDEPENDEM DO SISTEMA ISO
 
EXEMPLO: (CATÁLOGO DA SKF)
 
        ROLAMENTO COM FURO DL 120 mm DE DIÂMETRO:
 
             Dmáx= 120,000 mm       Dmín= 119,980 mm
 
JÁ PELA ISO, SE FOSSE UM FURO CLASSE H6:
 
120 H6 = 120,022/120,000
 
O MAIS PRÓXIMO NORMALIZADO SERIA UM FURO 120 M7
 
 
  OS ROLAMENTOS APRESENTAM QUALIDADE IT5 E IT6
 
  PARA O EIXO NO QUAL SERÁ ASSENTADO O ROLAMENTO
    INDICA-SE QUALIDADE IT5, PARA A CAIXA IT6.
    TOLERANCIAS MAIORES (IT6 PARA LIXO E IT7 PARA CAIXA)
    SÃO ADMISSÍVEIS PARA USOS MENOS PRECISOS
 
  HÁ TABELAS EM CATÁLOGOS DE FABRICANTES DE
   ROLAMENTOS QUE  APRESENTAM TOLERÂNCIAS PARA
   MANCAIS DE ROLAMENTOS EM FUNÇÃO DESSES FATORES
 
QUEM DESEJAR, PODE OBTER O CATÁLOGO GERAL DA SKF FABRICANTE DE
MANCAIS DE ROLAMENTOS