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Curso: Ensino de Historia

Modulo: Praticas Pedagógicas I

Regime a Distância
Nome do Estudante: Carlitos Carlos Mucorre

Análise das componentes físicas e funcionais de uma escola


Iº Ano
I° Semestre
Código do Estudante: 708212688

IED - Gurué
Instituto de Educação a Distância delegação de Gurué

Mocuba, Novembro de 2021


Curso: Ensino de Historia
Modulo: Praticas Pedagógicas I

Regime a Distância
Nome do Estudante: Carlitos Carlos Mucorre

Análise das componentes físicas e funcionais de uma escola

Trabalho de campo a ser submetido


em coordenação do curso de
Licenciatura em ensino de História,
sub orientação da tutora Olinda E.
Estroleo

Iº Ano
Código do Estudante: 708212688
I° semestre

IED - Gurué
Instituto de Educação a Distância Delegação de Gurué

Mocuba, Novembro de 2021


Índice

1.Introdução ................................................................................................................................ 5

2.Objectivo ................................................................................................................................. 6

2.1.Objectivo geral .................................................................................................................. 6

2.2.Objectivos específicos ...................................................................................................... 6

3.Metodologia ............................................................................................................................. 6

4.Conceito de Práticas Pedagógicas ........................................................................................... 7

5.Relação entre o ensino e a supervisão pedagógica .................................................................. 7

6.Papel do Sistema Nacional de Educação ................................................................................ 8

7.Objectivos do Sistema Nacional de Educação ....................................................................... 9

7.1.Inovações .......................................................................................................................... 9

7.2.Ciclos de Aprendizagem ................................................................................................. 10

7.3.Objectivos da Educação Actualmente (1992-2015) ....................................................... 10

8.A actualização da organização do ensino primário por ciclos de formação, conforme o Plano
Curricular vigente em Moçambique. ........................................................................................ 10

8.1.Introdução ....................................................................................................................... 10

8.2.Política Geral .................................................................................................................. 11

8.3.Estrutura do Ensino Primário em Moçambique .............................................................. 11

8.3.1.Idade para a frequência do Ensino Primário ............................................................ 12

2.1.1.Modalidades de ensino ............................................................................................ 12

2.1.2.Ensino Primário Integrado ....................................................................................... 12

2.1.3.Currículo Local ........................................................................................................ 13

2.2.Objectivos do Ensino Primário ....................................................................................... 14

2.3.Perfil do Graduado do Ensino Primário .......................................................................... 14

2.3.1.No âmbito do desenvolvimento pessoal .................................................................. 14

2.3.2.No âmbito do Desenvolvimento Sociocultural ........................................................ 14

2.4.Estrutura e organização do currículo .............................................................................. 15


2.5.Área de Comunicação e Ciências Sociais ....................................................................... 15

2.5.1.Língua portuguesa ................................................................................................... 15

2.5.2.Línguas moçambicanas ........................................................................................... 16

2.5.3.Língua de Sinais de Moçambique ........................................................................... 16

2.6.Área de Ciências Naturais e Matemática ........................................................................ 17

2.7.Actividades Práticas e Tecnológicas ............................................................................... 17

2.7.2.Educação Física ....................................................................................................... 18

3.Identificação de uma escola para realização de um trabalho de campo ................................ 18

3.1.Ambiente físico da escola ............................................................................................... 18

3.2 Descrição da escola .................................................................................................... 19

3.3.Localização geográfica ................................................................................................... 19

3.4.Dimensão da escola (salas de aula) ................................................................................. 19

3.5.Subsistema de ensino vigente ......................................................................................... 19

3.5.1.Objectivos do Subsistema de Ensino Primário ........................................................ 19

3.6.Ciclo de formação em vigor ............................................................................................ 20

3.7Estrutura funcional da escola ........................................................................................... 20

3.7.1.Organograma da Escola Primaria Completa de Marmaneto ................................... 21

3.7.2.Conselho de escola .................................................................................................. 21

3.7.3.Direcção ................................................................................................................... 22

3.7.4.Sector técnico-administrativo .................................................................................. 22

3.7.5.Sector Pedagógico ................................................................................................... 22

3.7.6.Corpo Docente ......................................................................................................... 23

4.Conclusão .............................................................................................................................. 24

5.Referências Bibliográficas ..................................................................................................... 25


1. Introdução

O presente trabalho prático, em cumprimento com o programa da cadeira de práticas


Pedagógicas 1, do curso de Licenciatura de em ensino de Historia, no Instituto de Educação a
Distancia – IED, Delegação de Gurué, ministrado pela Universidade Católica de Moçambique
que teve lugar no Distrito de Mocuba, visa fazer prevalecer um bom senso do processo de ensino
e aprendizagem. As práticas Pedagógicas são uma cadeira que permite o aperfeiçoamento da
arte de leccionar, visto que esta apresenta elementos adequados para o efeito. O trabalho tem
como objectivo, colocar ao leitor ou estudantes dotados de ferramentas relacionados com o
professorado. Sendo uma pesquisa, um dos métodos que proporciona um conhecimento mais
aproximado da realidade, a técnica usada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica é a
observação. O trabalho, foi realizado em duas partes, a primeira que compreende uma discussão
sobre o conceito das Práticas Pedagógicas e segunda parte envolve a localização de uma Escola
onde foram observados os seguintes pontos:

 Ambiente físico da escola


 Localização
 Dimensão da escola (salas de aula)
 Subsistema de ensino vigente
 Ciclo de formação em vigor
 Estrutura funcional da escola

E para observação dos pontos acima foi identificada a Escola Primaria e Completa de
Marmanelo, que esta localiza — se no centro do Distrito de Mocuba. Como As práticas
pedagógicas constituem um processo na promoção dos indivíduos em habilita-los de
conhecimentos e experiências culturais que os tornam hábitos a actuar no meio sócio e a
transforma-los em função das necessidades económicas, sociais e políticas das colectividades
servindo desta feita de elo ligação aparte teórica e conciliada a prática.

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2. Objectivo
2.1.Objectivo geral
 O presente trabalho de pesquisa tem como objetivo principal compreender a importância
das práticas Pedagógicas e suas contribuições no processo de formação dos professores;

2.2.Objectivos específicos
 Analisar o conceito de Práticas Pedagógicas;
 Entender a relação existente entre o ensino e a supervisão pedagógica
 Identificar os objetivos do Sistema Nacional de Educação;

3. Metodologia
Em relação aos procedimentos técnicos adoptados neste trabalho, usamos a metodologia da
Pesquisa Bibliográfica e Documental, devido à utilização de material já elaborado; bem como
a utilização de leis, normas, decretos, resoluções, para a obtenção de conceitos e conhecimento
da área pesquisada. De acordo com Marconi e Lakatos (2001, p.43 – 44), pesquisa bibliográfica
Trata-se de levantamento de toda a bibliografia já publicada, em forma de livros, revistas,
publicações avulsas e imprensa. Sua finalidade é colocar o pesquisador em contacto directo
com tudo aquilo que foi escrito sobre determinado assunto.
De acordo com Souza, Fialho e Otani (2007, p. 41) a pesquisa documental “assemelha-se à
pesquisa bibliográfica, diferenciando-se apenas na natureza das fontes”.

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4. Conceito de Práticas Pedagógicas

Falar de Práticas Pedagógicas é falar de uma orientação pedagógica assente numa visão de
educação que defendemos e/ou perfilhamos. Genericamente, as Práticas Pedagógicas afiguram-
se como um suporte de experimentação do ensino.
Como afirma Veiga (1992, p. 16) a prática pedagógica é “... uma prática social orientada por
objetivos, finalidades e conhecimentos, e inserida no contexto da prática social. A prática
pedagógica é uma dimensão da prática social ...”. É sabido que a prática social está imbuída de
contradições e de características sócio-culturais predominantes na sociedade. Neste contexto,
desenvolver o exercício da participação é um desafio para os próprios professores e
pesquisadores envolvidos no projecto. A participação ocorre quando há disponibilidade
individual para superar as deficiências e quando há liberdade e respeito entre os envolvidos.
É um exercício de aprendizagem constante, do saber falar, ouvir, propor, contrariar e
complementar. Neste contexto, a informação e o desenvolvimento de conhecimentos científicos
são factores impulsionadores da participação nas actividades escolares — no campo da prática
pedagógica e da gestão da escola.

Com isso, a intenção é afirmar que a prática pedagógica é influenciada pelos aspectos
conjunturais e estruturais da sociedade brasileira. A conjuntura pode ser visualizada nos
aspectos da gestão educacional, do desenvolvimento das propostas curriculares, dos programas
sociais — a exemplo da Bolsa Escola, políticas de cotas etc. A estrutura é marcada pelas
relações sociais de classe, de desigualdades e de concentração de renda, além das dimensões da
dominação do campo da política internacional e dos processos decisórios que geram impactos
na esfera escolar.

Diante do exposto, nas pesquisas desenvolvidas foi possível perceber dois grandes grupos de
práticas pedagógicas, a saber: práticas eminentemente reprodutivas em relação às propostas
municipais de educação e práticas que geram inquietações, inovações e projectos escolares
originais.

5. Relação entre o ensino e a supervisão pedagógica


A Supervisão Pedagógica ou Supervisão de professores é o processo em que um professor,
em princípio mais experiente e mais informado, orienta outro professor ou candidato a professor
no seu desenvolvimento humano e profissional (ALARCAO e TAVARES, 2003: 16). A
definição acima apresentada está na perspectiva do nosso tema ao abordar a supervisão

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pedagógica como uma actividade em que um professor experiente acompanha um professor
principiante no processo de ensino – aprendizagem. Ao pro-pormo-nos a analisar a supervisão
pedagógica dos professores formados no currículo de 10.ª classe + 2 anos, pressupomos os
problemas que enfrentam e a importância que os professores mais experientes têm no
acompanhamento dos primeiros passos dos novos professores na escola e na sala de aulas em
particular.
A supervisão Pedagógica se relaciona com o ensino quando a Prática Pedagógica é assumida
como um instrumento com o qual os futuros professores apreendem, na prática, a ensinar e
ajudados pelos supervisores e/ou tutores a experimentar a função docente.

6. Papel do Sistema Nacional de Educação


O Sistema Nacional de Educação foi introduzido em 1983 através da lei 4/83, de 23 de Março
e revista pela lei 6/92, de 6 de Maio. A criação deste instrumento regulador das actividades e
acções do Ministério de tutela vincula a ideia de uma melhor articulação das actividades
educativas nas instituições escolares moçambicanas.
Desde a sua implementação até aos nossos dias, o ensino geral moçambicano foi-se
caracterizando por situações, por vezes positivas, por vezes, menos claras e até confusas quanto
às estratégias curriculares e de ensino adequadas para a sociedade moçambicana.

Segundo o PLANO CURRICULAR BÁSICO (op.cit, 17), citado pelo Araújo, (2021, pag. 47 -
48) o Sistema Nacional de Educação, conheceu uma apreciação pouco positiva quanto aos
resultados obtidos após a sua avaliação:
Os programas de ensino e os livros concebidos para os alunos, bem como os manuais dos
professores tratam de matérias de modo compartimentado, não respeitando o princípio de
interdisciplinaridade;
 O Ensino Primário não destaca as etapas intermédias fundamentais do processo de
ensino/aprendizagem e, consequentemente, não atende ao princípio pedagógico de
diferenciação que reconhece os diferentes ritmos e interesses de aprendizagem dos
alunos;
 O currículo do Ensino Primário, em vigor, não abre, de uma forma explícita, a
possibilidade de integração do currículo local, o que faz com que os conteúdos temáticos
sejam abordados de modo uniforme e homogéneo em todo o País.

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 A avaliação pedagógica é predominantemente sumativa, desempenhando
exclusivamente a função selectiva: não há, praticamente, harmonização e integração do
carácter formativo e sumativo da avaliação pedagógica, um dos princípios fundamentais
da prática do ensino — aprendizagem:
 A formação de professores ainda não responde às reais exigências do ensino;
 Os programas de formação são predominantemente teóricos, não permitindo ao
formando a aquisição de capacidades para uma melhor gestão do processo de
ensino/aprendizagem e a subsequente utilização correcta dos materiais e meios de
ensino:

7. Objectivos do Sistema Nacional de Educação

Em harmonia com a Lei n 6/92, os objectivos gerais são do sistema nacional de educação
traduzem-se em:

 Era-ditar o analfabetismo de modo a proporcionar a todo o povo o acesso ao


conhecimento cientifico e o desenvolvimento pleno das suas capacidades;
 Garantir o ensino básico a todos os cidadãos de acordo com o desenvolvimento do
país através da introdução progressiva da escolaridade obrigatória;
 Assegurar a todos os moçambicanos o acesso à formação profissional;
 Formar cidadãos com uma sólida preparação cientifica, técnica, cultural e física, e uma
elevada educação moral cívica e patriótica;
 Formar o professor como educador e profissional consciente com a profunda
preparação científica e pedagógica, capaz de educar os jovens e adultos;
 Formar cientistas e especialistas definitivamente qualificados que permitem o
desenvolvimento da produção e da investigação cientifica;
 Desenvolver a sensibilidade estética a capacidade artística das crianças, jovens e
adultos, educando — os, no amor pelas artes e no gosto pelo belo.

7.1.Inovações

Constituem inovações propostas para o PCEB, os ciclos de aprendizagem; o ensino básico


integrado; currículo local; a distribuição de professores; a promoção semiautomática e a
introdução de línguas moçambicanas, do inglês, de ofícios e de educação moral e cívica.

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7.2.Ciclos de Aprendizagem

Os ciclos são unidades de aprendizagem com o objecto de desenvolver habilidades e


competências especiais. Assim:

 O 1º ciclo vai desenvolver habilidades e competências de leitura e escrita, contagem de


números e realizações das operações básicas.
 O 2º ciclo aprofunda os conhecimentos e as habilidades desenvolvidas no primeiro ciclo
e introduz novas aprendizagens relativas às ciências sociais e naturais.
 O 3º ciclo, corresponde ao segundo grau, para além de consolidar e ampliar os
conhecimentos, habilidades adquiridas nos ciclos anteriores, vai preparar o aluno para
a continuação dos estudos ou para a vida.

7.3.Objectivos da Educação Actualmente (1992-2015)

Em Moçambique, actualmente a educação tem como objectivos principais desenvolver no


aluno o pensamento lógico e a capacidade de crítica, aplicação, analise, síntese, e a avaliação
visa também capacitar os alunos para valorizarem a invenção, a expressão e a criação cultural,
orienta o aluno para uma profissão que corresponde a sua aptidão e as necessidades pelo
desenvolvimento social económico, consolida o desenvolvimento biopsicológico e o equilíbrio
físico mental do aluno. Consolida a aquisição dos valores morais e sociais do cidadão
moçambicano.

8. A actualização da organização do ensino primário por ciclos de formação, conforme

o Plano Curricular vigente em Moçambique.

8.1.Introdução

A educação é um meio pelo qual a sociedade prepara os cidadãos para garantir a sua continuidade
e o seu desenvolvimento. Trata-se de um processo dinâmico que busca as melhores estratégias para
responder aos desafios que a sociedade impõe. No caso concreto da sociedade moçambicana, a
educação deve estar preparada para formar cidadãos capazes de viver com as mudanças, motivadas
por factores naturais, político-económicos e socioculturais que ocorrem no país.
O Plano Curricular do Ensino Primário (PCEP), constitui o pilar do Currículo do Ensino Primário
em Moçambique. Este surge como resultado da reformulação do currículo introduzido em 2004, à
luz da Lei 6/92, de 6 de Maio e está alicerçado na nova Lei do Sistema Nacional da Educação, a Lei
nº 18/2018 de 28 de Dezembro.

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8.2.Política Geral

A educação é um instrumento fundamental para o crescimento económico e desenvolvimento


social e visa promover o bem-estar dos cidadãos.
A Lei nº 6/92, de 6 de Maio, preconizava o Ensino Primário de sete classes e a Alfabetização
de Adultos como prioritários e correspondiam à Educação Básica que o Governo procurava dar
a cada cidadão, à luz da Constituição da República de Moçambique.
A Lei nº 18/2018, de 28 de Dezembro, estende a Educação Básica para nove (9) classes e esta
“confere competências fundamentais à criança, jovens e adultos para o exercício da cidadania,
fornecendo-lhes conhecimento geral sobre o mundo que os rodeia e os meios para progredir
no trabalho e aprendizagem ao longo da vida”. De acordo com esta Lei, a Educação Básica
compreende o Ensino Primário (da 1.ª a 6.ª classe) e o 1.º Ciclo do Ensino Secundário (da 7.ª a
9.ª classe).
O Ensino Primário desempenha um papel importante no processo de socialização das crianças,
jovens e adultos e na transmissão de conhecimentos fundamentais como a leitura, a escrita e o
cálculo. Assim, torna-se importante que o currículo responda às necessidades da sociedade
moçambicana, tendo como principal objectivo formar um cidadão capaz de se integrar na
sociedade e aplicar os conhecimentos adquiridos em benefício próprio, da família e da sua
comunidade.

8.3.Estrutura do Ensino Primário em Moçambique

A Lei n.º 18/2018, de 28 de Dezembro, preconiza um Ensino Primário de seis (6) classes,
organizadas em dois ciclos de aprendizagem:
a) I ciclo, de 1.ª a 3.ª classe, e
b) II ciclo, de 4.ª a 6.ª classe.

Os ciclos são unidades de aprendizagem em que o aluno desenvolve competências específicas.


O professor deve criar condições para que o ensino esteja centrado no aluno e nas
aprendizagens, providenciando a recuperação daqueles que tenham dificuldades de
aprendizagem e garantir que todos atinjam as competências previstas no ciclo, através de uma
avaliação predominantemente formativa.
O sistema de avaliação recomenda a progressão por ciclos de aprendizagem em que dentro de
cada ciclo os alunos progridem, normalmente, de uma classe para outra. Transitam, de um ciclo

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para o outro, os alunos que tiverem desenvolvido as competências previstas no ciclo.
Excepcionalmente, poderá haver retenção, no final do ciclo de aprendizagem, nos casos em que
o professor, a direcção da escola e os pais e/ou encarregados de educação cheguem a um
consenso de que o aluno não desenvolveu as competências previstas por isso, não beneficiará
de transição para o ciclo seguinte.

8.3.1. Idade para a frequência do Ensino Primário

Ao abrigo do artigo 7 da Lei supracitada, a criança que completa seis (6) anos de idade até 30 de
Junho, desse ano, matricula-se na primeira classe, para mais detalhes “vide” a tabela a seguir:

Grafico 1: Idade para a frequência do Ensino Primário


Ciclos 1 2
Classes 1 2 3 4 5 6
Idade 6 7 8 9 10 11
Fonte: Adaptado pelo Autor

2.1.1. Modalidades de ensino

O Ensino Primário é leccionado em regime de mono docência e é ministrado em duas


modalidades, a saber:
 Monolingue, em Língua portuguesa, e

 Bilingue, em Línguas moçambicanas, incluindo a língua de sinais, e em Língua


portuguesa.

Para o atendimento de alunos com deficiência visual, as duas modalidades de ensino poderão
incluir o uso do Sistema Braile.

2.1.2. Ensino Primário Integrado

O Ensino Primário Integrado caracteriza-se por permitir que o aluno desenvolva competências
de forma articulada e integrada, em todas as áreas de aprendizagem que compõem o currículo.
Esta abordagem é complementada por actividades co-curriculares e suportada por um sistema
de avaliação que integra as componentes diagnóstica, sumativa e formativa.
A integração resultou na redução do número de disciplinas pela incorporação de competências
e conteúdos de umas disciplinas para outras, assim sendo:

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a) Ensino Monolingue

 Na 1.ª e 2.ª classes — de seis (6) para três (3) disciplinas;

 Na 3.ª classe — de oito (8) para três (3) disciplinas;

 Na 4.ª e 5.ª classes — de nove (9) para seis (6) e sete (7) disciplinas, respectivamente;

 Na 6.ª classe — de onze (11) para sete (7) disciplinas.

b) Ensino Bilingue

 Na 1.ª e 2.ª classes — de sete (7) para quatro (4) disciplinas;

 Na 3.ª classe — de nove (9) para quatro (4) disciplinas;

 Na 4.ª e 5.ª classes — de dez (10) para sete (7) e oito (8) disciplinas, respectivamente;

 Na 6.ª classe — de doze (12) para sete (7) disciplinas.


A integração disciplinar permitiu o aumento da carga horária na leccionação das disciplinas do
currículo.

2.1.3. Currículo Local

No contexto da flexibilidade curricular, o currículo do ensino primário insere uma parte


correspondente a uma percentagem de 20% de conteúdos identificados e planificados ao nível
local (escola, distrito ou província). Essa parte é denominada “currículo local” e incorpora
matéria diversa relevante para a comunidade local.

2.1.3.1.Os objectivos do currículo local são:

 Desenvolver, nos alunos, saberes locais, dotando-os de conhecimentos, habilidades,


valores e atitudes que lhes permitam ter uma participação plena no desenvolvimento
social, cultural e económico na sua comunidade.
 Formar cidadãos capazes de contribuir para a melhoria da sua vida, da sua família e da
comunidade, com base na valorização dos saberes locais da comunidade onde a escola
se situa.

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2.2.Objectivos do Ensino Primário

Conforme a Lei n.º 18/2018, de 28 de Dezembro, o Ensino Primário tem os seguintes


objectivos:
a) Proporcionar uma formação inicial nas áreas da (i) Comunicação e Ciências Sociais, (ii)
Ciências Naturais e Matemática e (iii) Actividades Práticas e Tecnológicas; e
b) Desenvolver conhecimentos socialmente relevantes, técnicas básicas e aptidões de
trabalho manual, atitudes e convicções que proporcionem maior participação social para
o ingresso na vida produtiva.

2.3.Perfil do Graduado do Ensino Primário

O principal desafio deste currículo é tornar o ensino mais relevante e, assim, pretende-se que
o graduado do Ensino Primário desenvolva competências que lhe permitam uma inserção
efectiva na sua comunidade e na sociedade, em geral.
Assim, o graduado deve:

2.3.1. No âmbito do desenvolvimento pessoal

 Ter amor pela vida;


 Proteger a sua saúde;
 Ter amor à pátria;
 Conhecer os seus direitos e deveres;
 Comportar-se de forma responsável, face às questões de sexualidade e saúde
reprodutiva;
 Conciliar os seus deveres sociais com os seus interesses pessoais;
 Enfrentar situações novas de aprendizagem de forma independente; e
 Respeitar os outros, particularmente os mais velhos e pessoas com deficiência.

2.3.2. No âmbito do Desenvolvimento Sociocultural

 Valorizar os bens públicos e privados;


 Respeitar as particularidades individuais;
 Participar em actividades de interesse colectivo;
 Valorizar o seu trabalho e o dos outros;

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 Promover acções para a protecção do ambiente;
 Assumir atitudes responsáveis perante os desastres naturais;
 Respeitar a diversidade cultural e política do país;
 Valorizar a sua língua e a dos outros; e
 Usar, de forma racional, os recursos da natureza.

2.3.3. No âmbito do Desenvolvimento Técnico-Científico


 Comunicar oral, gestualmente e por escrito, de forma clara, na língua de ensino;
 Utilizar diversas estratégias de raciocínio e de cálculo elementar para resolver
problemas do quotidiano;
 Recorrer à informação científica para explicar fenómenos naturais e sociais do seu meio;
 Utilizar os recursos tecnológicos para melhorar a qualidade da sua vida, da sua família
e da comunidade.

2.4.Estrutura e organização do currículo

O currículo do Ensino Primário organiza-se em três áreas de estudo, nomeadamente:


 Comunicação e Ciências Sociais;

 Ciências Naturais e Matemática; e

 Actividades Práticas e Tecnológicas.

2.5.Área de Comunicação e Ciências Sociais

Esta área é constituída pelas disciplinas de Língua portuguesa, línguas moçambicanas, Língua
de Sinais de Moçambique e Ciências Sociais.

2.5.1. Língua portuguesa

É a língua oficial, de unidade nacional em Moçambique, falada em quase toda a extensão do


país, na Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) e em outras partes do mundo.
Ela constitui um instrumento de comunicação, de acesso à ciência e de intercâmbio social e
cultural.

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O ensino da Língua portuguesa tem como objectivo, permitir que os alunos desenvolvam
competências de comunicação oral e escrita, por forma a participarem na vida social, cultural,
económica e política do país e do mundo.

2.5.2. Línguas moçambicanas

São as línguas faladas pela maior parte dos alunos, quando ingressa na escola. Estas são
maioritariamente de origem Bantu e a sua utilização na escola tem por objectivo permitir que
os alunos desenvolvam as competências linguísticas que já possuem para a iniciação à leitura
e escrita, desenvolver outras habilidades e assegurar a valorização dos conhecimentos e da
cultura que estas línguas veiculam. As Línguas moçambicanas são utilizadas nas escolas, no
contexto do ensino bilingue que, conforme a Lei 18/2018 de 28 de Dezembro, é ministrado
“… em uma língua moçambicana, incluindo a língua de sinais e em Língua portuguesa”.
Nas classes iniciais do ensino primário, as línguas moçambicanas são um meio de ensino e
disciplina curricular.

2.5.3. Língua de Sinais de Moçambique

A Língua de Sinais de Moçambique é um meio de ensino-aprendizagem e surge no contexto


da inclusão educativa para permitir que pessoas com Necessidades Educativas Especiais
tenham acesso à escola. Ela visa desenvolver a competência comunicativa e linguístico-
gestual dos alunos com deficiência auditiva.

2.5.4. Ciências Sociais


As Ciências Sociais permitem que o aluno desenvolva competências para compreender o
processo histórico, situar os acontecimentos no espaço e no tempo; conhecer e localizar os
aspectos físico-geográficos e económicos do país, do continente e do mundo. Permite, ainda,
estudar noções elementares da crosta terrestre, a matéria que a compõe, seu mecanismo de
formação e alterações que nela ocorrem.
Esta disciplina contribui para que o aluno conheça os seus direitos e deveres, respeite os
direitos e crenças dos outros e manifeste atitudes de solidariedade de tolerância e cultura de
paz. Possibilita ainda que o aluno desenvolva competências elementares da literacia social e
financeira e de cidadania responsável.

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2.6.Área de Ciências Naturais e Matemática

Esta área é constituída por duas disciplinas, nomeadamente, Ciências Naturais e Matemática.

2.6.1. Matemática
Esta disciplina permite que o aluno desenvolva competências de contar, calcular e aplicar as
quatro operações básicas na resolução de problemas. Permite, também, desenvolver
competências de situar e orientar, observar, identificar, relacionar, classificar, estimar e medir
grandezas, interpretar mensagens na linguagem simbólica e gráfica assim como recolher,
organizar e interpretar dados em tabelas e gráficos simples. A Matemática permite, ainda,
calcular perímetros, superfícies e volumes e realizar construções geométricas simples com
régua, esquadro, compasso e transferidor. Desenvolve, ainda, competências elementares da
literacia financeira e de cidadania responsável.

2.6.2. Ciências Naturais


A disciplina de Ciências Naturais tem como finalidade permitir que o aluno desenvolva
competências de literacia científica para compreender a si, como humano e ao mundo que o
rodeia, através da observação crítica, procurando explicações lógicas para interpretar o que
observa. Esta disciplina visa, ainda, habilitar o aluno a identificar e usar os recursos naturais,
tendo em conta a preservação do ambiente.
Os conceitos e procedimentos ligados às Ciências Naturais, ampliam os conhecimentos do
aluno sobre o mundo, levando-o à aquisição de novos valores sobre os fenómenos da natureza,
contribuindo, deste modo, para uma reconstrução da relação Homem-Natureza.

2.7.Actividades Práticas e Tecnológicas

Esta área é constituída por Educação Visual e Ofícios, Tecnologias de Informação,


Comunicação e Educação Física:

2.7.1. Educação Visual e Ofícios


Esta disciplina surge da necessidade de dotar o aluno de habilidades úteis à sua vida, fazendo
uma ligação entre a educação e as actividades laborais da comunidade onde a escola está
inserida.
A Educação Visual e Ofícios permite que o aluno desenvolva competências em actividades tais
como, artesanato, culinária, costura, jardinagem, agricultura, criação de animais de pequena

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espécie, caça e pesca, marcenaria, bem como observar, descobrir, imaginar e expressar-se
através da imagem (criando, desenhando, pintando, modelando, picotando, recortando,
colando, estruturando elementos, traçando e fazendo construções geométricas).

2.7.2. Educação Física

Esta disciplina visa desenvolver competências psicomotoras de base e promover actividades


físicas e desportivas conducentes à manutenção da saúde, integração social e promoção do bem-
estar.

2.7.3. Tecnologias de Informação e Comunicação


As Tecnologias de Informação e Comunicação são um meio para a aquisição de conhecimentos
em diferentes disciplinas, devendo ser exploradas nos diferentes formatos (rádio, televisão,
telefone celular, computador). Sempre que for possível, a escola deve criar condições para que
o aluno possa desenvolver habilidades no uso das tecnologias de informação e comunicação.

3. Identificação de uma escola para realização de um trabalho de campo

Para este tema o autor optou em escolher a escola Primaria e Completa de Marmanelo de
Mocuba, para e realização do Estudo

3.1.Ambiente físico da escola


A Escola Primaria e Completa de Marmanelo, foi construída por seguintes, material, pedra,
cimento, ferro, vidro e madeira, e coberta de chapas de zinco, cercada por um meio muro de
vedação e sem rede, é uma escola com todos os edifícios pintados de cores, o quintalpossui
duas entradas e sem portões, as entradas dão acesso à saída e entrada ao pátio da escola e de
todo pessoal, porem a escola não fornece espaço de armazenamento de viaturas, mas estas são
estacionadas e armazenadas na maioria das vezes fora do pátio escolar.
Para MONTAGNER (1990:217) “A Escola deve utilizar vários e certos arranjos de espaço
para conduzir as crianças mal estruturadas corporalmente”
Constatou-se também que a escola acima mencionada não possui um local de recreação, para
distrair os alunos durante os momentos livres.
Visto que este momento não deve ser considerado como tempo perdido pelo contráriocomo
parte integrante das actividades curriculares.

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3.2.Descrição da escola

Segundo observação feita pelo autor a escola Primária Completa de Marmanelo é composta
por 6 blocos dos quais:
O 1.º composto por 6 salas, 2.º constituído de 4 salas de aulas, 3.º é onde funciona a direcção
da escola encontra-se também gabinete da Directora da escola, o 4.º bloco composto por uma
sala de aulas e uma casa-de-banho que não funciona por carecer de uma reabilitação,
O 5.º bloco de material convencional funciona com 3 salas de aulas o 6.º e último bloco funciona
o gabinete do director adjunto Pedagógico, segundo informações colhidas no local a escola
funciona com 5 casas de banhos doas quais duas para alunos, duas para professores e uma
particular para a Directora da mesma instituição.

3.3.Localização geográfica

A actual Escola Primaria e Completa de Marmanelo, situa-se a 2,5km do Centro do Distrito de


Mocuba, no bairro de Marmanelo.

3.4.Dimensão da escola (salas de aula)

Segundo observação feita pelo autor a escola Primária Completa de Marmanelo é composta
por 14 salas de aula medem cerca de 7 m 2 de largura contra 5 m2 de comprimento.

3.5.Subsistema de ensino vigente

O Subsistema de Educação Vigente na Escola Primaria de Marmanelo é o subsistema de Ensino


Primário, segundo o no.1, artigo 11 do Sistema Nacional de Educação vigente em Moçambique,
O ensino primário compreende as sete primeiras classes e frequentado em princípios por
crianças dos 7 aos 14 anos e compreende dois graus.

 1º Grau, da 1.ª à 5.ª classes;


 2º Grau, da 6.ª à 7.ª classes.

Este ensino prepara os alunos para acesso ao nível secundário dos diferentes níveis.

3.5.1. Objectivos do Subsistema de Ensino Primário

São objectivos deste nível:

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 Dar aos alunos uma formação básica nas áreas da comunicação, das ciências naturais,
sociais, político-ideológica, histórico-cultural, matemática e da educação física;
 Dar conhecimento de técnicas básicas e desenvolver aptidões de trabalho manual,
atitudes e convicções que proporcionem o ingresso na vida produtiva;
 Assegurar uma formação básica da personalidade socialista integrando os alunos, na
prática, revolucionaria, dotando-os de capacidade de compreensão dos factos sociais e
económicos do país;

3.6.Ciclo de formação em vigor

Os ciclos de formação do Sistema Nacional de Educação em Moçambique justificam a


necessidade de uma maior flexibilidade curricular dos conteúdos programáticos para o processo
de ensino/aprendizagem.

Assim sendo para o caso da Escola Primaria e Completa de Marmanelo, lecciona ate 3 ciclos
de formação, O primeiro ciclo compreende de 1.ª a 3.ª Classe, e o segundo Ciclo de 4.ª a 6.ª
Classe e o Terceiro compreende o 1.º. Ciclo do ensino secundário, que corresponde a 7.ª a 9.ª
Classe.

Segundo a Lei n.º 18/2018, de 28 de Dezembro, o seu número 3, artigo 13, estende que o ensino
secundário compreende em dois ciclos de ensino: 1.º Ciclo da 7.ª a 9.ª Classe e 2.º. Ciclo da
10.ª a 12.ª Classe.

3.7.Estrutura funcional da escola

Toda a instituição escolar necessita de uma estrutura de organização interna, geralmente


prevista no Regulamento Escolar ou em legislação específica. O termo estrutura tem aqui o
sentido de ordenamento e disposição das funções que asseguram o funcionamento de um todo,
no caso a escola. Essa estrutura é comumente representada graficamente num organograma-um
tipo de gráfico que mostra a inter-relações entre os vários sectores e funções de uma organização
ou serviço. Evidentemente a forma do organograma reflete a concepção de organização e
gestão. A estrutura organizacional de escolas se diferencia conforme a legislação dos Estados e
Municípios e, obviamente, conforme as concepções de organização e gestão adotada, LIBÂNIO
(2001).

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Segundo (LIBÂNEO, 2004, p.127.), o organograma mostra as inter-relações entre os vários
sectores e funções de uma organização ou serviço. Evidentemente, a forma do organograma
reflete a concepção de organização e gestão.

3.7.1. Organograma da Escola Primaria Completa de Marmaneto

3.7.2. Conselho de escola

O Conselho de Escola tem atribuições consultivas, deliberativas e fiscais em questões definidas


na legislação do estado e no Regulamento Escolar. Essas questões, geralmente, envolvem
aspectos pedagógicos, administrativos e financeiros. Em vários Estados o Conselho é eleito no
início do ano lectivo. Sua composição tem uma certa proporcionalidade de participação dos
docentes, dos especialistas em educação, dos funcionários, dos pais e alunos, observando-se,
em princípio, a paridade dos integrantes da escola (50%) e usuários (50%). Em alguns lugares
o Conselho de Escola é chamado “colegiado” e sua função básica é democratizar as relações de
poder (PARO, 1998).

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3.7.3. Direcção

O Director coordena, organiza e gerência todas as actividades da escola, auxiliado pelos


demais componentes do corpo de especialistas e de técnico-administrativo, atendendo às leis,
regulamentos e determinações dos órgãos superiores do sistema de ensino e às decisões no
âmbito da escola e pela comunidade.
O assistente de Director desempenha as mesmas funções na condição de substituto eventual
do Director.

3.7.4. Sector técnico-administrativo

O sector técnico-administrativo responde pelas atividades-meio que asseguram o atendimento


dos objectivos e funções da escola.

3.7.5. Sector Pedagógico

O sector pedagógico compreende as actividades de coordenação pedagógica e orientação


educacional.
 O coordenador pedagógico ou professor coordenador supervisiona, acompanha,
assessora, avalia as actividades pedagógico-curriculares. Sua atribuição prioritária é
prestar assistência pedagógico-didáctica aos professores em suas respectivas
disciplinas, no que diz respeito ao trabalho interactivo com os alunos. Há lugares em
que a coordenação restringe-se à disciplina em que o coordenador é especialista; em
outros, a coordenação se faz em relação a todas as disciplinas. Outra atribuição que cabe
ao coordenador pedagógico é o relacionamento com os pais e a comunidade,
especialmente no que se refere ao funcionamento pedagógico-curriculares e didáctico
da escola e comunicação e interpretação da avaliação dos alunos.
 O orientador educacional, onde essa função existe, cuida do atendimento e do
acompanhamento escolar dos alunos e também do relacionamento escola-pais-
comunidade.
 O Conselho de Classe é um órgão de natureza deliberativa quanto à avaliação escolar
dos alunos, decidindo sobre acções preventivas e correctivas em relação ao rendimento
dos alunos, ao comportamento discente, às promoções e reprovações e a outras medidas
concernentes à melhoria da qualidade da oferta dos serviços educacionais e ao melhor
desempenho escolar dos alunos.

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3.7.6. Corpo Docente

O Corpo docente é constituído pelo conjunto dos professores em exercício na escola, que tem
como função básica realizar o objectivo prioritário da escola, o ensino. Os professores de todas
as disciplinas formam, junto com a direcção e os especialistas, a equipe escolar. Além do seu
papel específico de docência das disciplinas, os professores também têm responsabilidades de
participar na elaboração do plano escolar ou projecto pedagógico-curriculares, na realização
das actividades da escola e nas decisões dos Conselhos de Escola e de classe ou série, das
reuniões com os pais (especialmente na comunicação e interpretação da avaliação) e das demais
actividades cívicas, culturais e recreativas da comunidade.

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4. Conclusão

Feita a analise do trabalho, chegou – se a conclusão de que o programa de praticas pedagógicas,


permite o relacionamento da teoria e da pratica, na medida em que os conhecimentos teóricos
não são suficientes para o desenvolvimento da actividade de ensino aprendizagem necessitando
deste modo a associação com a pratica.
De acordo com MORGAN (1996) a escola deve funcionar como um sistema vivo que existe
num ambiente mais amplo do qual depende em termos de satisfação das suas várias
necessidades e os seus profissionais devem funcionar como os órgãos que, em conjunto,
trabalham para que a organização cumpra com os seus objectivos.
Tanbem, conclui –se que, uma organização que educa deve assentar nos seguintes pilares: a
racionalidade, como a disposição lógica dos elementos da organização; a flexibilidade, como a
capacidade de adaptar-se às necessidades; a permeabilidade ou abertura em relação ao espaço
exterior e a colegialidade para fazer frente ao individualismo, criado pela fragmentação de
espaços, horários e mecanismos de colaboração. (SANTOS, 1995 in GAIRIN, 2000).

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5. Referências Bibliográficas

 ALARCÃO, I. e TAVARES, J. (2003). Supervisão da Prática Pedagógica.


Uma Perspectiva de Desenvolvimento e Aprendizagem. Coimbra: Livraria
Almedina (2ª ed.)
 GOMEZ, Miguel Buendia (1999). Educação moçambicana Historia de um processo:
1992-1984.Maputo:Livraria Universitária.
 LAKATOS, E. M.; MARCONI, M. A. Fundamentos metodologia científica. 4.ed. São
Paulo: Atlas, 2001;
 LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola - Teoria e Prática. 4ª ed.
Goiânia: Disponível em:http://www.arturmotta.com/wp-content/uploads/2011/09/o-
sistema-de-organizacao-e-gestao-da-escola.pdf, acesso no dia 25 de novembro de
2021.
 PARO, Vitor H., Por Dentro da Escola Pública, (1996).
 PILETTI, C. Didática geral. 24. ed. São Paulo: Ática, 2010.
 SANTOS, (1995), Organizaciones que Educan. Em GAIRÍN, joaquín, (2000),
Cambio de cultura y organizaciones que aprenden apresentada no III Congreso
internacional sobre dirección de centros educativos: liderazgo y organizaciones que
aprenden, Universidad de Deusto, Bilbao. Disponivel em:
http://www.netprof.pt/servlet/getDocumento?TemaID=Resultset%20Esgotado&id_ver
sao=2553 acesso no dia 25 de novembro de 2021.
 SOUZA, António Carlos de; FIALHO, Francisco António Pereira; OTANI, Nilo.
 VEIGA, Ilma Passos Alencastro. A prática pedagógica do professor de Didática.
2. Ed. Campinas, Papirus, 1992.

Legislacao consultada
 Sistema Nacional de Educação, Linhas Gerais e lei no 6/92.
 Sistema Nacional de Educação, Linhas Gerais e lei no 4/83.
 A Lei nº 18/2018, de 28 de Dezembro, que estabelece o Regime Jurídico do Sistema
Nacional de Educação em Moçambique.

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