Você está na página 1de 19

UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE

FACULDADE DE LETRAS E ARTES


DEPARTAMENTO DE ARTES
LICENCIATURA EM MÚSICA

Relatório de estágio: O ensino remoto de bateria na Escola


de Música D’alva Stella Nogueira Freire durante a
Pandemia.

Glêberton Freire Medeiros

Mossoró/RN
Dezembro/2020
UNIVERSIDADE DO ESTADO DO RIO GRANDE DO NORTE
FACULDADE DE LETRAS E ARTES
DEPARTAMENTO DE ARTES
LICENCIATURA EM MÚSICA

Relatório de estágio: O ensino remoto de bateria na Escola


de Música D’alva Stella Nogueira Freire durante a
Pandemia.

Relatório de estágio apresentado ao Curso de


Licenciatura em Música da Universidade do Estado
do Rio Grande do Norte – UERN – como requisito
para a disciplina Estágio Supervisionado II: Escola
Especializada.

Glêberton Freire Medeiros

Orientador: Alexandre Milne-Jones Náder

Supervisor: Fernando Bueno Menino

Mossoró/RN
Dezembro/2020
RESUMO

Neste trabalho, pretende-se relatar a minha prática oportunizada pela disciplina de estágio
enquanto docente em formação, bem como as reflexões acerca da experiência vivida no ensino
remoto do instrumento bateria na Escola de Música D’alva Stella Nogueira Freire durante a
pandemia, prática essa que aconteceu entre os dias 20 de Novembro e 18 de Dezembro de 2020,
sendo 12 encontros num total de 16 horas aula. Para isso, será inicialmente levantada a
fundamentação teórica que justificou o formato da regência, elencando entre outros, teóricos
como Corrêa e Mill, que são aporte para o formato online em que esse trabalho se deu, e uma
revisão da construção histórica desses locais de ensino especializado. Em seguida, serão
explorados os objetivos inicialmente pretendidos, assim como uma breve reflexão quanto aos
motivos em que se contextualizam bem como as dificuldades encontradas no percurso sobre as
atividades propostas e demais dificuldades para a realização do trabalho. Será discutida ainda, a
prática docente resultante, destacando sobre a perspectiva pessoal enquanto docente em
formação, os pontos negativos e positivos, recorrendo aos teóricos sempre que necessário,
assim também se dará na parte avaliativa do processo como um todo. Ao final, uma breve
reflexão sobre todo o trajeto vivenciado, desde os estudos teóricos, o planejamento inicial e a
elaboração deste relato.

Palavras-chave: Ensino remoto; Escola especializada; Ensino de Bateria; Estágio.


3

SUMÁRIO

1 – Introdução ..................................................................................................................... 04
2 – Objetivos ....................................................................................................................... 07
2.1 – Objetivo geral ..................................................................................................... 07
2.2 – Objetivos específicos .......................................................................................... 07
3 – O Contexto de Ensino .................................................................................................... 09
3.1 – Caracterização da Escola .................................................................................... 09
3.2 – Caracterização das Turmas ................................................................................. 09
4 – A Observação das aulas ................................................................................................ 11
5 – A Experiência Docente .................................................................................................. 11
6 – Avaliação ....................................................................................................................... 14
7 – Conclusão ...................................................................................................................... 16
Referências .......................................................................................................................... 18
4

1. Introdução

 Apresentação do tema

A modificação de vários aspectos no Brasil está diretamente relacionada com a


chegada da Família Real, que vinda de Portugal, junto com muitos outros portugueses,
desejavam manter o mesmo nível econômico, arquitetônico e, sobretudo cultural qu e
tinham na Europa, então surge a necessidade de se fazerem muitas mudanças no país,
inclusive de formação de novas profissões, entre elas, o músico profissional.

A partir daí surge na primeira metade do século XIX a criação dos conservatórios de
música, para capacitar e melhorar o nível técnico dos músicos que já atuavam bastante nas
igrejas e outros eventos realizados por e para a Família Real.

Durante muito tempo esses espaços, os conservatórios, foram voltados para o ensino
técnico e performático de instrumentos e de canto, e assim se fez a formação de muitos
músicos oriundos desses espaços, e o ciclo estaria fadado a repetição, daquilo que os
ingressantes do conservatório aprendiam, era repassado praticamente do mesmo modo as
futuras gerações, exigindo sempre mais da técnica e menos de outras questões que não
envolvessem a performance musical.

Os professores atuantes nos conservatórios, eram reconhecidos com equivalência ao


diploma de nível superior, estavam aptos a atuarem em quaisquer espaços formais ou não
para dar aulas, com o passar do tempo, algumas mudanças foram surgindo, principalmente
no que se diz respeito à entrada de novos alunos quanto à grade de formação de novos
professores.

Anteriormente, eram solicitados, testes para a entrada de alunos e, aqueles que não
apresentassem a aptidão mínima para o aprendizado eram removidos do corpo de
estudantes, diferente de hoje em dia, pois novas formas de aprendizado e de ensino foram
sendo observadas e atribuídas ao processo de formação.

Os conservatórios foram inicialmente independentes e tinham o poder de decisão


sobre o que seria ali ensinado e, sobretudo na forma como o conhecimento seria passado,
mas ao passar do tempo, e com as mudanças nas leis, os governos passaram a influenciar e
ter o controle sobre a grade curricular dos espaços, aqui no Brasil, é a LDB que regula a
grade curricular destes e de muitos outros espaços de ensino.
5

Uma vez observado que não há apenas um modo de aprender e, por conseguinte não
há uma só maneira de ensinar, passou a ser mais fácil a interação entre aluno e professor, e
também entre os conservatórios e a sociedade, se tornando mais popular se assim podemos
dizer, embora a realidade ainda vista em muitos destes, é uma forte resistência, mantendo
assim a conservação de sua própria história.

Um ponto ligado a isto seria a resistência às novas pedagogias musicais e


instrumentais, pois como é uma receita já conhecida em tais ciclos de repetição, os alunos
preferem muitas vezes reproduzir a forma como aprenderam, visando atestar de alguma
forma, a eficácia do seu modo de aprendizado.

Hoje em dia é mais notável que esses espaços tenham se adequado bastante aos
novos modelos de ensino, diferente dos primeiros, alguns processos atuais buscam o fazer
musical antes do conhecimento técnico e de suas aplicações, percebemos que novas ideias
estão aos poucos e, ainda com muita dificuldade entrando nos espaços mais formais e mais
conservadores da área, embora não deixem a formação e importância técnica de lado em
nenhum momento, podemos ver um caminho onde este ensino seja mais voltado ao ser
humano como um todo. Assim como muitos cursos superiores da área, os conservatórios
estão aos poucos se adequando a essas novas metodologias de ensino.

O Conservatório de Música D’Alva Stella Nogueira Freire iniciou suas atividades


em 1989 após sua criação em 22 de dezembro de 1988, através da portaria nº
484/88-GR e resolução nº 12189 - CONSUNI, tendo seu primeiro regimento
aprovado pela resolução 05/94-CONSUNI em 22/11/1994. Posteriormente, em
2017, a Resolução 39/2017 CONSEPE transforma o Conservatório em Escola de
Extensão, permanecendo o nome da homenageada. (SITE DA UERN, PÁGINA
OFICIAL DO CONSERVATÓRIO).

A Escola de Música D’Alva Stella Nogueira Freire é uma Escola de Extensão vinculada
ao Departamento de Artes, da Faculdade de Letras e Artes, e desenvolve diversas atividades
envolvendo ensino, produções artísticas e de incentivo ao desenvolvimento musical de seus
alunos.

É neste espaço supracitado que ocorre a ação que é o objeto de estudo desse relato, a
minha prática docente em decorrente da disciplina estágio supervisionado II, prática
especifica para a área de escolas especializadas.
6

Contudo, há outro fator que contribui principalmente para a maneira como teve que
ocorrer essa prática, pois no ano de 2020, a partir de Março, houve a necessidade do
distanciamento corporal, como meio principal de frear a propagação do novo Corona vírus, o
COVID-19, com isso, as práticas educacionais precisaram ser repensadas mediante a nova
realidade, assim como praticamente todas as áreas que realizassem trabalhos em grupos seja
qual for a natureza.

Como parte do processo de formação docente, destaco os processos que ocorrem dentro
e fora dos horários da vivência musical, sendo estes, preparar as práticas, identificar os gostos
musicais dos alunos, identificar dificuldades ou facilidades dos mesmos, observar as reações
durante as práticas entre outros aspectos.

Este relato irá então discorrer, sobre a experiência vivida no processo de estágio,
abordando a metodologia aplicada, processo de evolução dos alunos e do docente em
formação, as estruturas físicas dos locais, dificuldades e facilidades encontradas no caminho
enquanto docente e concluir com uma auto avaliação, que é fruto das reflexões sobre as
práticas realizadas durante do percurso do estágio.

 Fundamentação teórica

A maior caracterização desta prática foi a forma de como ela pôde ocorrer, mediante
a necessidade do distanciamento corporal, as práticas de ensino tiveram que se adaptar as
novas ferramentas e recursos disponíveis nas plataformas online, ou seja, caracterizada pelo
Ambiente Virtual de Ensino e Aprendizagem AVEA.

Existem outras especificidades da EaD, como o planejamento prévio da disciplina e


dos conteúdos em múltiplas mídias... ...frente aos dilemas das novas situações
pedagógicas típicas da educação virtual, os docentes promovem adequações na sua
prática de ensino quando experimentam trabalhar na EaD. (CORRÊA; MILL. 2016,
p.634)

Temos então uma forte mudança no comportamento de ensino e aprendizagem em


que tanto os alunos como o professor tiveram que se adaptarem as novas mudanças,
recorrendo a plataformas online como Google Meet para os encontros ditos síncronos,
7

também o Google Classroom para postagem de material didático e por ultimo, uma
ferramenta já conhecida, o whatsapp, para tirar dúvidas e comunicação rápida entre as partes.

A impossibilidade de realização de atividades musicais presenciais e a dificuldade


de adequação de praticas e instrumentos musicais convencionais ao ambiente on-line
fazem com que o professor de musica se volte às possibilidades e ferramentas de
criação, difusão e desempenho musicais no meio digital. (BARROS, 2020, p.295)

Ainda sobre como pensar as práticas educacionais nesse contexto de ensino remoto,
tive que entender além do funcionamento das ferramentas, plataformas e dispositivos usados,
sobre como o aluno se colocava e estava diante daquele contexto de aprendizado, e para isso
não basta apenas saber a diferença entre estar online ou não, é preciso entender e reconhecer
que o outro pode ter dificuldades maiores ainda que lhe pareçam simples de resolver.

Ainda que tenhamos certa afinidade com as tecnologias digitais, temos que pensar
no processo humano de ensinar e aprender, pois esse não pode ser transmitido
virtualmente em sua essência, ou seja, ainda temos que planejar e dedicar certo
tempo às práticas docentes tais como se fossem presenciais. (FÉLIX; NÁDER;
MEDEIROS; MELO. 2020, p.5)

A escolha do local também pode ser facilmente compreendida como uma atuação
profissional Docente de grande riqueza, pois possibilita um contato direto com uma das
muitas áreas de atuação, entre outras palavras, “As escolas de música são espaços relevantes
para a formação musical. Ao mesmo tempo, elas consistem em um dos espaços reconhecidos
de atuação profissional do campo da educação musical” (CUNHA, 2011.)

2. Objetivos
2.1. Objetivo Geral

 Relatar a experiência obtida na disciplina Estágio Supervisionado II: Ocorrido na


Escola de Música D’alva Stella Nogueira Freire durante a Pandemia.

2.2. Objetivos Específicos


8

 Expor qual a metodologia utilizada nas aulas, assim como a sua fundamentação
teórica;
 Destacar algumas dificuldades que surgiram no decorrer do estágio bem como as
soluções encontradas e aplicadas;
 Apresentar com se deram as propostas pedagógicas realizadas, identificando os
principais fatores importantes para a prática de ensino na escola de música;
 Elencar pontos positivos e negativos encontrados durante a prática de ensino e;
 Discutir os aspectos específicos a esse tipo de contexto de ensino.
9

3. O Contexto de Ensino

3.1. Caracterização da Escola

 Identificação e Estrutura Física da Escola:

A Escola de Música D’alva Stella Nogueira Freire fica localizada na Universidade


Estadual do Rio Grande do Norte, na Av. Prof. Antônio Campos, no bairro Pres. Costa e
Silva.

 Recursos humanos:

A escola dispõe de 3 coordenadores, sendo dividido em Coordenação


Administrativa, Coordenação Pedagógica e Coordenação Artística.
Conta também com um grupo de 15 professores para diferentes turmas e
instrumentos dos níveis básicos ao avançado.

 Estrutura de funcionamento:

A escola oferece em sua estrutura, cursos em três turnos que vão desde a
musicalização, passando pelos níveis básico, médio e cursos especiais. São oferecidos cursos
de teoria musical e instrumentos específicos referentes às habilidades dos professores
atuantes.
A escola mantém funcionamento de segunda a sexta, como falado anteriormente, nos
três turnos, dispondo as aulas dos instrumentos e turmas gerais como teoria musical, ao longo
da semana, de modo que ocorra tudo com muita fluidez.
A escola oferece em sua grade os seguintes cursos, Musicalização infantil, Formação
Musical Básica, Formação Musical Média, Cursos especiais, onde é realizado anualmente,
editais de ingresso para novos alunos e alunas.

3.2. Caracterização das Turmas

A turma escolhida foi a do instrumento especifico bateria, contendo alunos de vários


níveis de aprendizado.

 Quanto aos alunos(as):


10

A turma escolhida conta com 11 alunos, pela característica principal do ensino do


instrumento e pelo contexto de distanciamento corporal, preferiu-se fazer aulas individuais e
remotas.

 Quanto à atuação de alunos(as):

Os alunos que acompanhei nas aulas especificas da turma de bateria, eram todos
muito interessados, sempre chegaram no horário marcado das aulas, raro eram as vezes que se
atrasavam ou faltavam os encontros virtuais e, mesmo quando acontecia, avisam com
antecedência. Tiveram uma participação nas aulas bastante expressiva, perguntando sobre o
conteúdo, trazendo as dúvidas do material que haviam sido estudadas na aula anterior e nada
atividades práticas para casa. É importante ressaltar que não houve por nenhuma das partes,
alunos e professores desrespeito por qualquer natureza.

 Quanto à aprendizagem de alunos(as):

Apesar do pouco tempo de regência, podemos notar um crescimento individual em


seus respectivos níveis, se compararmos o momento final do período final em relação ao
período inicial das atividades.
Alguns alunos demonstraram dificuldades maiores com relação a parte teórica,
enquanto outros na parte prática. Essa relação pode ser facilmente entendida da seguinte
forma, aqueles que demonstraram dificuldades no que diz respeito a teoria musical, já
tocavam bateria, alguns deles até profissionalmente, e tal vivencia teórica ainda não tinham
vivido, e os que tiveram dificuldades mais práticas foram aqueles que estavam iniciando
totalmente no instrumento.
Alguns alunos tinham mais tempo para praticar, enquanto outros por demandas
pessoais como trabalho, não dispuseram da mesma forma de tempo para prática, mas ressalto
que mesmo esses que tiveram pouco tempo livre para os estudos não deixaram a desejar no
rendimento técnico e ou teórico.

 Desafios:

O maior desafio nesse contexto de ensino remoto é a falta de tocar junto com o
aprendiz, para que o mesmo sinta segurança no exercício que esta fazendo, ficou de certa
forma, fácil de explicar as atividades e exercícios propostos.
11

A internet, fator que era impreciso muitas vezes, não dificultou o decorrer das aulas,
embora tivéssemos pequenos problemas com conexão, mas a medida do possível foi muito
boa na maioria das aulas.

4. A Observação das Aulas

Foram observados 12 encontros virtuais referentes às aulas remotas, no período de 20


de Novembro e 18 de Dezembro, sendo que um desses encontros ocorreu de forma coletiva,
para tratar de assunto especifico as dificuldades do estudo sem o instrumento.

 Quanto ao professor supervisor:

O professor Fernando, demonstrou muita segurança e uma grande experiência no


ensino do instrumento, trazendo consigo já uma enorme bagagem teórica e prática, e não
demostrou nenhuma dificuldade técnica com relação às tecnologias e plataformas utilizadas
para o suporte às aulas.
Tem uma boa comunicação com os diferentes níveis de aprendizado dos alunos, faz
uso da linguagem técnica musical e sempre explica com maio atenção para aqueles que são
iniciantes.

 Quanto aos alunos:

Os alunos que tive a oportunidade de acompanhar ou conduzir a aula demonstraram


bastante domínio em seus respectivos níveis de aprendizado. Mesmo alguns ainda iniciantes
no instrumento, pôde-se perceber uma grande evolução mesmo durante a aula, e uma
evolução maior ainda nos encontros seguintes, pois tiveram bastante tempo para estudar os
materiais e exercícios propostos nos encontros.

5. A Experiência Docente

 Fundamentos teóricos:

Para a elaboração deste trabalho bem como o plano de aulas, procurei abordar
teóricos que tivessem pesquisas recentes quanto ao fator principal para como se deu a
12

regência das aulas, ou seja, aqueles trabalhos que justificassem a forma de ensino remoto para
as aulas de música.
Temos então dois trabalhos principais que são eles, Cunha 2011, que busca ressaltar
a importância das escolas de música como uma forte área de atuação profissional em Música e
Barros 2020 que aborda o contexto epidêmico em que as necessidades de mudanças
emergenciais ocorrem no ensino musical.
Outros trabalhos complementares como Corrêa e Mill 2016 abordam de diferentes
pontos de vistas os mesmos objetos de estudos. E Félix, Náder, Medeiros e Melo 2020,
abordam as questões das ferramentas utilizadas para a realização das atividades.

 Proposta pedagógica:

1º momento
A aula inicia com a avaliação diagnostica do professor, um conversa com o aluno
sobre o conteúdo que será abordado naquele dia, questões sobre conhecimento prévio
teórico e técnico.
2º momento
Explicação de exercícios a serem propostos, exibição através de vídeo conferencia ou
plataforma de streaming YouTube.
3º momento
Recapitulação dos exercícios e tira dúvidas, repassar o que foi visto na aula e finalizar
a aula.

Foram utilizados como recursos didáticos, bem como materiais e ferramentas


necessários para a execução da aula partituras em PDF; Celular; Computador; Plataformas de
video (YouTube); Baquetas; Pad; Metronomo; Bateria e; Whatsapp;

Aspectos que foram avaliados:


 A compreensão do aluno quanto às leituras de partitura;
 Presença nos encontros síncronos;
 Realização das atividades propostas;
 Avaliação contínua quanto ao desenvolvimento técnico;

Como Instrumentos de avaliação:


13

 Observação durante as aulas;


 Vídeos da execução dos exercícios propostos;

Cronograma das aulas:

Tabela 01. Disposição das datas, alunos e assuntos abordados.

Aluno Data  Assunto

Bruno 26/11/2020  Aula diagnóstica, nome


das peças;
 Exercício de coordenação
motora, pés e mãos
alternadas;
 Música: We Will Rock
You

Lucas 26/11/2020  Up-Down;


 Tap;
 Paradiddle;
 Obs: Problemas com
conexão:

Wellington 26/11/2020  Exercícios de leitura,


ritmos básicos;
 Obs: Dificuldade na
leitura, já sabe da prática.

Darlan 26/11/2020  Paradiddles;


 Notas fantasmas.

Andrew (Estágiário) 01/12/2020  Aula geral sobre estudos


sem a bateria.

Fabio Jr. 03/12/2020  Postura das mãos;


 Paradiddle simples.

Francisco 03/12/2020  Toque simples;


 Pegada.

Vinicius 03/12/2020  Analise música –


Grennday.

Darlan 03/12/2020  Exercícios de


independência e
coordenação.
14

Vinicius 10/12/2020  Pratica para o Recital.

Wellington 10/12/2020  Prática do Recital.

Darlan 10/12/2020  Poliritmia;


 Coordenação motora.

6. Avaliação

 Das aulas:

Não obtive inicialmente nenhuma dificuldade em relação ao plano de ensino


previamente pensado, por já ter certo domínio no instrumento da turma escolhida, pude pensar
em quais pontos poderiam ser trabalhados independentes dos níveis dos alunos que viesse
encontrar. É claro que não poderia prever toda e qualquer característica individual, bem como
suas dificuldades especificas e suas limitações enquanto aprendizes.
As aulas aconteciam uma vez por semana, sempre com horários previamente
marcados e estabelecidos entre o professor e os alunos, havendo assim aulas durante a quinta
feira pela manhã, tarde e noite, com um aluno por hora disponível. Em algumas semanas pude
acompanhar aulas na quarta e também na sexta, mas o mais comum a todos era a quinta feira.
Não havia atrasos nas aulas por nenhuma das partes, tanto o professor quanto os
alunos eram extremamente pontuais, salvo algumas ocasiões em que não puderam ocorrer
aulas por motivos variados de algum aluno.
As aulas iniciavam com uma conversa simples, para estabelecer certo vinculo entre
professor e aluno, era perguntado coisas do cotidiano, como havia sido a semana, sobre os
trabalhos e tempo que havia dedicado aos estudos do instrumento. Em seguida, questões
diagnósticas para melhor compreender em que nível prévio de conhecimento o aluno estava
em relação ao material previsto para ser abordado naquele dia, e após isto, o professor
iniciava a explicação teórica e prática dos novos assuntos.
Após as explicações era dado certo tempo para a assimilação prática do exercício
pelo aluno, onde o mesmo poderia neste momento ter as dúvidas inicias sobre o novo assunto,
e assim poderiam sanar as mesmas em contato direto com o professor.
Após as práticas e variações dos exercícios técnicos, o professor abria um tempo para
maiores questões e para que os estagiários pudessem dar suas contribuições para a aula, os
alunos e o professor, momento esse em que poderíamos colocar nosso ponto de vista e nossa
15

experiência técnica para solucionar possíveis questões reais de dificuldades de aprendizado


que pudessem ser percebidas em nossa perspectiva.
A aula encerrava com mais algumas considerações e agradecimentos do professor
sobre as falas dos estagiários, deixando então o ultimo momento para marcar a próxima aula.

 Dos alunos:

Cada um dos alunos que pude acompanhar e dar sugestões ou até mesmo conduzir a
aula se demonstrou muito interessado em aprender, todos recebiam o exercício novo com
muito ânimo para realizar o mesmo.

Apesar das dificuldades encontradas inicialmente por eles mesmos enquanto faziam
os exercícios, compreendiam na mesma medida de que era possível a realização se houvesse
certa prática, isso lhes dava ainda mais ânimo para estudar em casa e mostrar o exercício
realizado na aula seguinte, e assim faziam.

Foi possível notar também, um equilíbrio entre os alunos que tinha um instrumento e
os que não tinham, mas o aprendizado era quase igualmente da mesma forma entre eles,
respeitando seus respectivos níveis de conhecimento musical.

Na turma que escolhi para acompanhar, havia entre os estudantes, uma única mulher,
chamo atenção para o pequeno numero de mulheres no instrumento, mas infelizmente por
choque de horários não pude acompanhar nenhuma aula com ela.

Não houve até a conclusão deste relatório, nenhuma evasão com os alunos que pude
acompanhar.

 Autoavaliação:

Acredito que pude contribuir da melhor forma possível para todas as aulas que
participei palavras de incentivo e mostrando sempre que apesar da dificuldade encontrada, era
possível evoluir mesmo que lentamente.

Pude através da minha experiência com o aprendizado no instrumento, compartilhar


historias que pudessem servir de exemplo para os alunos, buscando sempre um paralelo com a
16

vida do estudante em questão, para que este pudesse compreender de uma ou mais formas o
seu aprendizado através da experiência do outro.

Pude me identificar com todos os alunos, primeiramente pelo instrumento escolhido,


pois isso possibilita um gosto em comum, fazendo com que as conversas iniciais e assuntos
abordados durante as aulas sejam prazerosos tanto para o aluno como para o professor.

Senti dificuldade diante de um aluno especifico que havia um diagnóstico relatado


pela mãe do mesmo, mas não especificou qual era, e isso dificultou para mim, pensar em
como poderia proceder numa possível intervenção e ou condução da aula. Neste caso
especifico, apenas pude acompanhar uma aula, e nesta, ele se demonstrou muito interessado
em aprender e muito esforçado para a realização das atividades propostas pelo professor.

Nas duas aulas que pude ministrar, tive a oportunidade e o consenso do professor, de
que eu poderia escolher o aluno para ministrar a aula, senti total confiança nos assuntos
escolhidos para serem aplicados na aula, técnicas e conceitos que já vinha estudando há
bastante tempo, e reforçando as práticas no período de regência para poder me preparar para
possíveis dificuldades que o aluno pudesse ter.

No geral, acredito que pude contribuir bastante com todos os alunos que pude
acompanhar, e sem dúvida nenhuma, foi um aprendizado tão significativo pra mim quanto pra
eles.

7. Conclusão

As disciplinas de estágio tem esta característica de ser um processo muito rápido, no


que diz respeito à regência, não é possível até certo ponto estar totalmente preparado para
iniciar, mas também é de grande valor ao término dos encontros, ainda que poucos, as
contribuições para o docente em formação são inquestionáveis.
Observar como ocorre o ensino real em uma escola com uma turma em que existe
iniciantes e profissionais, contribui bastante para nosso olhar mais amplo da turma, e nos da a
possibilidade de trabalhar de forma individual, em dupla e ou em grupo, dependendo do
assunto.
17

O professor deve estar preparado para ter em seu plano, os assuntos mais básicos e
saber passar esses conteúdos, tanto quanto os assuntos mais profundos em termos de teoria e
técnica.
Concluo aqui mais um passo, na caminhada docente, que sei um pouco mais que
esta, nunca acaba.
18

REFERÊNCIAS

BARROS, Matheus Henrique da Fonseca. Educação musical, tecnologias e


pandemia. Ouvirouver, [S.L.], v. 16, n. 1, p. 292-304, 24 jul. 2020. EDUFU - Editora da
Universidade Federal de Uberlandia. http://dx.doi.org/10.14393/ouv-v16n1a2020-55878.
CORRÊA, André Garcia; MILL, Daniel. Docência virtual em Educação Musical: um estudo
sobre adequações pedagógicas para o ensino de música a distância. Perspectiva, [S.L.], v. 34,
n. 2, p. 629-653, 25 out. 2016. Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).
CUNHA, Elisa da Silva e. Compreender a escola de música:: uma contribuição para a
sociologia da educação musical. Abem, Londrina, v. 26, n. 19, p. 70-78, Não é um mês
valido! 2011.
NÁDER, Alexandre Milne-Jones; MELO, Antonio Joelson da Silva; MEDEIROS, Glêberton
Freire; FÉLIX, Weid Sandro de Souza. Música Brasileira Popular: reflexões e diálogos acerca
de movimentos na segunda metade do século XX. Encontros regionais unificados da Abem
09 a 20 de novembro de 2020, p11.

UERN.BR. PROEX: Conservatório de Música. Disponível em:


<http://proex.uern.br/conservatoriodemusica/default.asp?item=conservatorio-historia>.
Acesso em: 12 dez. 2020.

Você também pode gostar