Fevereiro 2021

SUSTENTABILIDADE
DANDO CONTA DOS DESAFIOS
 Médico de família
Inovar sempre foi importante e estamos vivendo uma época de
surpreendente produção criativa e de realização nessa
questão.

Os provedores da logística, historicamente, foram pioneiros

em inovar. Agora, mais do que nunca. Entender o como e
quanto isso afeta a cada um tornou-se crucial para a
sobrevivência de países e empresas em geral. Não há mais
como o agronegócio, a indústria, o comércio, o terceiro setor e
países planejarem o seu futuro e deixar para pensar na
logística depois.

O transportador, o armazenador e operador logístico precisam

estar sentados à mesa do planejamento. A pandemia veio
ressaltar essa realidade.

Enfrentar os crescentes desafios exige, cada vez mais, acesso

e atenção à informação. E o assunto é multidisciplinar,
interligado e complexo. Apenas 12% do setor produtivo está
concentrado na ação de sua digitalização para a integração
dos processos de informação. A inclusão digital de todos,
pessoas, empresas e governos, é urgente e primordial para
que a logística possa ajudar na competitividade de forma
sustentável.

Muitos, também, ainda não perceberam quanto a digital

ambiental do seu produto está dependente do bom trabalho do
seu provedor logístico. Como com a volta da especialidade de
médico de família, que conhece o histórico de seu paciente, as
inovações e sabe quando encaminhar o diagnóstico para um
especialista, o Guia Marítimo, inova sempre debatendo a
logística, multidisciplinarmente, com os líderes do mercado e
dos usuários do sistema. Tanto é que foi o pioneiro na
discussão da Intermodalidade num Brasil de matriz rodoviária.
Nada contra o caminhão. Me viciei em logística na fundação de
uma empresa pioneira em transporte rodoviário de produtos
perigosos. Fazia sentido tirar esses produtos de nossas
precárias rodovias.

Nessa edição de fevereiro, focamos na inovação dos

armadores e operadores na sustentabilidade e na causa
humana, uma meta que abraçam sempre que necessário.

Boa leitura
 Índice Fevereiro 2021
1 - CMA CGM AIR CARGO, a nova divisão dedicada de frete
aéreo do Grupo

2 - A.P. Moller - Maersk irá operar em 2023, sete anos antes

do previsto, o primeiro navio de linha do mundo neutro em
carbono

3 - Híbridos - Grupo Grimaldi faz entrega do Eco Livorno

5 - ZIM e Seaspan anunciam acordo estratégico de

fretamento para navios movidos a GNL

6 - Armadores e a contribuição ao meio ambiente

8 - Parceria na digitalização de portos Brasileiros

9 - Porto de Antuérpia e Zeebrugge unem forças

11 - Scallog firma parceria com Cubicc

13 - <CATCH ON>

15 - Cooperação na distribuição da vacina

21 - Protesto de embarcadores em todo o mundo na atual crise
de navegação

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GUIACORPORATIVO
 CMA CGM AIR CARGO, a nova divisão dedicada de
frete aéreo do Grupo
O Grupo CMA CGM, líder mundial em transporte marítimo e logística, está intensificando seu desenvolvimento estratégico
em logística ao criar uma divisão especializada em frete aéreo: CMA CGM AIR CARGO.

Esta mudança para o frete aéreo fortalece os negócios de transporte e logística do grupo, permitindo-lhe oferecer aos seus
clientes uma nova gama de soluções completas, ágeis e customizadas.

Quatro modernos cargueiros de longo alcance

Para apoiar sua expansão em frete aéreo, o Grupo CMA CGM está comprando quatro Airbus A330-200F de 60 toneladas de
carga útil, que entraram em serviço entre 2014 e 2016. Com alcance de 4.000 milhas náuticas, eles vão conectar a Europa
com o resto do mundo. O Grupo CMA CGM confiará a operação de sua frota de cargueiros a uma Companhia aérea
europeia. CMA CGM AIR CARGO representa um novo componente importante do grupo tanto operacional quanto comercial.

Esta expansão para o frete aéreo é um novo marco no desenvolvimento estratégico do grupo, com o objetivo de fornecer aos
clientes do grupo com uma gama complementar de serviços cobrindo transporte e logística.

Rodolphe Saadé, Presidente e CEO do Grupo CMA CGM, afirma: “Em resposta à crescente demanda de nossos clientes
para soluções de logística ágeis, estamos criando uma nova divisão dentro do Grupo CMA CGM dedicada ao ar transporte:
CMA CGM Air Cargo. Esta divisão será lançada com quatro aeronaves Airbus A330-200F e alavancará parcerias comerciais
com companhias aéreas para oferecer cobertura global. Este é um marco importante no desenvolvimento de nossos
serviços de logística.”

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 A.P. Moller - Maersk irá operar em 2023, sete anos antes do
previsto, o primeiro navio de linha do mundo neutro em carbono
Seus futuros navios construídos serão capazes de
operar com combustíveis neutros em carbono.
Impulsionada pelos avanços da tecnologia e pela elevação da
demanda dos consumidores por cadeias de suprimento
sustentáveis, a A.P. Moller - Maersk acelera seus esforços para
descarbonizar suas operações marinhas com o lançamento do
primeiro navio de linha do mundo neutro em carbono em 2023 -
sete anos antes da ambição inicial, em 2030. Todos os futuros
navios construídos de propriedade da Maersk terão tecnologia
dupla de combustíveis instalada, permitindo operações neutras
em carbono ou em óleo combustível padrão com baixíssimo teor
de enxofre (VLSFO).
"A ambição da A.P. Moller - Maersk é liderar o caminho para a
descarbonização da logística global. Nossos clientes esperam
que nós os auxiliemos a descarbonizar suas cadeias de
suprimento globais, e estamos aceitando a tarefa, trabalhando
para resolver os desafios práticos, técnicos e de segurança
inerentes aos combustíveis neutros em carbono que precisamos
para o futuro. Nossa ambição de ter uma frota de carbono neutro
era um ‘voo para a lua’ quando anunciada em 2018. Hoje, a
vemos como uma meta desafiadora, porém possível de ser
atingida", afirma Søren Skou, CEO da A.P. Moller - Maersk.
Cerca de metade dos 200 maiores clientes da Maersk
estabeleceram - ou estão no processo de implementar - metas
ambiciosas, com base científica ou carbono zero, para suas
redes de suprimento, e a projeção está crescendo.
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Os navios coletores a metanol da Maersk terão capacidade de
aproximadamente 2000 TEU, e serão implantados em uma das
redes intra-regionais da corporação. Ainda que a embarcação
possa funcionar com VLSFO padrão, o plano é operar o navio
com e-metanol neutro em carbono ou bio-metanol sustentável
desde seu primeiro dia de operação.
"Será um desafio significativo ser fonte, dentro do nosso
cronograma, de um adequado fornecimento de metanol neutro
em carbono para sermos pioneiros nessa tecnologia. Nosso
sucesso depende do acolhimento desse produto inovador pelos
consumidores, e da colaboração reforçada com produtores de
combustíveis, parceiros tecnológicos e desenvolvedores, para
impulsionar a produção com a velocidade adequada.
Acreditamos que nossa aspiração de colocar em operação, em
2023, o primeiro navio de linha neutro em carbono é a melhor
forma de iniciar uma escalada dos combustíveis carbono neutro
que vamos precisar", analisa Henriette Hallberg Thygesen, CEO
de Fleet & Strategic Brands, A.P. Moller - Maersk.
Tanto o navio coletor movido a metanol quanto a decisão de
instalar motores de combustível duplo em novas embarcações
integram o processo de substituição de frota da Maersk em
andamento. As implicações com o CAPEX serão gerenciáveis e
estão incluídas nas orientações atuais.
Colaboração reforçada para vencer os desafios
Um futuro neutro em carbono para a navegação requer inovação,
testagem e colaboração entre múltiplos parceiros da indústria. A
Maersk continua explorando diversos caminhos em direção ao
combustível neutro em carbono, e espera que existam múltiplas
soluções no futuro. O Metanol (e-metanol e bio-metanol), as
misturas de álcool lignina e a amônia continuam sendo os
principais candidatos a combustível para o futuro.
Parceiro-chave nesta colaboração é o Centro de Transporte de
Carbono Zero Maersk Mc-Kinney Møller, um núcleo de pesquisa
e desenvolvimento independente e sem fins lucrativos, que
trabalha entre setores, organizações, áreas de pesquisa e entes
reguladores para acelerar o desenvolvimento e a implementação
de novos sistemas de energia e tecnologias.
 Híbridos - Grupo Grimaldi faz entrega do Eco Livorno
Outra nova entrada na frota grimaldi. Desta vez é o Eco Livorno,
o terceiro dos doze navios híbridos da inovadora classe Grimaldi
Green 5th Generation (GG5G), entregue no dia 29 de Janeiro
pelo estaleiro chinês Jinling localizado em Nanjing. Graças ao
seu design único, as unidades da classe GG5G não são apenas
os maiores navios ro-ro marítimos curtos do mundo, mas
também os mais ecológicos.
O Eco Livorno, que hasteia a bandeira italiana, tem um
comprimento de 238 metros, um feixe de 34 metros, uma
tonelagem bruta de 67.311 toneladas e uma velocidade de
serviço de 20,8 nós.
A capacidade de carga de seus sete decks – dois dos quais são
içáveis – é o dobro da classe anterior de navios ro-ro marítimos
curtos implantados pelo Grupo Grimaldi: na verdade, a
embarcação pode transportar 7.800 metros lineares de carga, o
equivalente a cerca de 500 reboques e 180 carros. A rampa de
popa do trimestre permite o carregamento de unidades de carga
pesando até 150 toneladas.
Na mesma velocidade, o Eco Livorno consome a mesma
quantidade de combustível em relação aos navios de geração
anterior e, portanto, é capaz de reduzir pela metade as emissões
de CO2 por unidade transportada: isso foi possível através da
adoção de várias soluções tecnológicas altamente inovadoras
que otimizam o consumo de combustível e o desempenho do
navio.
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Durante as estadias no porto, o Eco Livorno é capaz até de
reduzir as emissões a zero usando a eletricidade armazenada
em mega baterias de lítio com uma potência total de 5 MWh, que
são recarregadas durante a navegação graças a geradores de
eixo e 350 m2 de painéis solares.
Além disso, a embarcação é equipada com motores de última
geração, controlados eletronicamente e com um sistema de
limpeza de gases de escape para a redução das emissões de
enxofre e partículas.
"Estamos no meio de uma revolução verde que nosso Grupo
promoveu fortemente e na qual vem investindo há anos, e
estamos avançando rapidamente nessa direção", afirmou a
diretora-gerente da empresa napolitana, Emanuele Grimaldi.
"Com a entrega do Eco Livorno, melhoramos nossa frota com
uma nova unidade preciosa, que implantaremos nas próximas
semanas para atender nossos clientes e continuar atendendo
suas expectativas em termos de qualidade e eco-
sustentabilidade".
Assim que chegar à Itália, no final de fevereiro, a Eco Livorno se
juntará aos navios eco valência e Eco Barcelona no serviço
regular ro-ro que liga os portos de Livorno, Savona, Barcelona e
Valência.
+55 (11) 9 8203-0265
 ZIM e Seaspan anunciam acordo estratégico de fretamento
para navios movidos a GNL
A ZIM Integrated Shipping Services Ltd. (NYSE: ZIM) ("ZIM"), e a Seaspan Corporation, uma subsidiária integral da Atlas
Corp. ("Atlas") (NYSE: ATCO), anunciaram um acordo estratégico de longo prazo afretamento de dez navios porta-
contêineres de gás natural liquefeito (GNL) de 15.000 TEU, para atender ao comércio da ZIM entre a Ásia e a Costa Leste
dos EUA.

A ZIM é uma empresa líder neste comércio crescente, com uma participação de mercado estimada em 9%, de acordo com o
provedor de inteligência de mercado, PIERS. Os navios porta-contêineres têm previsão de início das entregas no primeiro
semestre de 2023, iniciando posteriormente os afretamentos de 12 anos.

“Nosso compromisso com os princípios ESG, redução de carbono e desenvolvimento de nossa frota por meio de tecnologias
cada vez mais amigáveis ao meio ambiente é representado por nosso primeiro investimento movido a GNL”, comentou Bing
Chen, presidente do conselho, presidente e diretor executivo da Seaspan.

“Estamos expandindo o escopo de nossas soluções para os clientes, elevando nosso foco na redução do impacto das
emissões, que resultarão da adoção e adição de navios movidos a GNL à nossa frota. Como executamos financiamentos
vinculados à sustentabilidade paralelos a esta expansão da frota, estamos decididos a contribuir para uma comunidade
empresarial mais verde no futuro.”

“Este é um acordo importante para a ZIM, avaliado em mais de um bilhão de dólares, que nos permite atingir dois objetivos
estratégicos importantes. Em primeiro lugar, essas embarcações avançadas de primeira linha nos permitirão atender à
crescente demanda do mercado no comércio da Ásia - Costa Leste dos Estados Unidos e fornecer serviços confiáveis e de
alto nível aos nossos clientes nesta importante rota comercial. Em segundo lugar, em linha com nossos valores fundamentais
de sustentabilidade, investir em embarcações "verdes" movidas a GNL demonstra nosso compromisso e liderança contínuos
em abordar questões ambientais relacionadas à nossa indústria, atendendo à demanda dos clientes para reduzir as
emissões de CO2, ajudando a preservar o ar limpo e reduzindo nossa pegada de carbono. Estamos muito satisfeitos com a
parceria com líderes da indústria, como Seaspan e Samsung Heavy Industries nesta transação." declarou Eli Glickman,
presidente e CEO da ZIM.

"Estamos muito satisfeitos em fazer parceria com a ZIM, líder do setor de nossos clientes para facilitar a iniciativa ambiental.
Esta transação significa o compromisso da ZIM e da Seaspan com os princípios ESG, redução de carbono e determinação
em contribuir para uma comunidade empresarial mais verde no futuro." disse Bing Chen, presidente do conselho, presidente
e CEO da Seaspan,

A Samsung Heavy Industries, com sede na Coréia e encomendada pela Seaspan para construir essas embarcações, é um
dos maiores estaleiros do mundo e líder em construção naval de alta tecnologia, com vasta experiência em embarcações
movidas a GNL.

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 Armadores e a contribuição ao meio ambiente
Nos últimos 30 anos uma das mudanças na navegação, foi a
transparência com o mercado por conta da evolução na
tecnologia da informação. A relação dos armadores de
containers com clientes, terminais portuários, operadores
logísticos e o meio ambiente nunca foram tão claras como nos
dias de hoje.
A evolução em TI e a inovações em navios, terminais e
operações exigem investimentos e esforços que pequenas
empresas não conseguiriam suportar, isoladamente. Mesmo
em alguns casos, grandes empresas começaram a inovar em
conjunto, como no caso da criação da DSCA - Digital Standard
Container Association, que conta hoje com 9 dos principais
armadores de containers, como comentamos na edição de
janeiro.
O Guia Marítimo vem acompanhando de perto as frentes de
inovação, que são multidisciplinares e dinâmicas. Lembrando
que a pegada de carbono no produto final é a somatória de
emissões em todo o processo, inclusive de todas as fases da
logística, vamos nos ater ao tema dos investimentos em
combustíveis alternativos na navegação de containers, seus
desafios e avanços.
A primeira aposta para redução de custo e emissões foi o
conceito de Slow Steaming, ou seja, a redução da velocidade
dos navios e o uso de combustível com baixo teor de enxofre.
Essa prática foi adotada por todos faz anos. Nem na atual crise
de abastecimento, as empresas de navegação voltaram a
aumentar a velocidade dos navios, apesar da urgência no
reposicionamento de containers e a necessidade de
reabastecimento do mercado.
Optar por comprometer as suas metas ambientais de médio e
longo prazo não parece ser uma opção. O respeito ao meio
ambiente continuou prioritário.
A nova aposta é no Gás Natural de Petróleo, conhecido pela
sigla internacional de LNG. Como sub produto da exploração
de petróleo bruto, normalmente, é queimado nas plataformas
em alto mar, desperdiçando bilhões de metros cúbicos de gás
natural, além de emitir importante quantidade de CO2 na
atmosfera.
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Essa é a grande aposta de energia mais limpa que será
aproveitada pela indústria naval, a julgar pelas encomendas de
navios a serem entregues até 2025. O LNG é produto derivado
dos poços de petróleo e o biogás vem da produção a partir de
biomassa orgânica.
Ambos, têm um grande poder de redução de emissões de até
70% de Monóxido de Carbono, 99% de Dióxido de Enxofre e
partículas, 85% de Óxido de Nitrogênio e 20% de Dióxido de
Carbono no caso do LNG ou 80% no caso de biogás. As
vantagens do seu uso são significativas para o meio ambiente,
porém, a adaptação dos navios a gás ou bi combustível é o
menor dos problemas.
O maior desfio é a dificuldade e custo da logística do gás para
o pleno aproveitamento e abastecimento mundial dessa nova
matriz energética. Novamente, importante investimento em
tecnologia é necessária para que possamos aproveitar o gás
natural como combustível para navios, caminhões, trens, termo
elétricas e indústrias. Para o aproveitamento como
combustível, o LNG é transportado em estado liquefeito,
através da redução da temperatura.
Para transformá-lo em estado gasoso novamente, é
necessário sofisticado equipamento de conversão nas
plataformas offshore, nos portos ou nas instalações em terra.
Um terminal portuário poderá ser uma unidade fixa, com
enorme investimento e demora em concretização. Ou, como
será na maioria dos casos no Brasil, através de terminais, fruto
de fundeio ou atracação fixa de navios de gás a granel.
Para isso o uso de FSRUs, Floating Storage Regasification
Units ou Unidades Flutuantes de Gaseificação são necessários
para a transferência do produto de plataformas para navios e
desses para outros navios estanque, fundeados ou atracados
nos portos. Esses FSRUs, permitem a transferência do gás
natural entre plataformas, navios e terminais ou para
abastecimento de outras embarcações.
Em muitos casos e projetos, pela costa brasileira e em outros
lugares do mundo, serão usados navios estacionários para
armazenagem. Acoplados a FSRUs recebem e entregam o
gás para bunker de navios, pipelines ligados a armazenagens
em terra ou sistemas produtivos. Muitos projetos estão em
andamento no Brasil para o aproveitamento do Gás Natural
como matriz energética. Dessa forma, a solução foi encontrada
e depende de investimentos maciços que estão sendo feitos
ou previstos.

Daí, estamos vendo um grande número de encomendas de

navios movidos a LNG, ou bicombustível com óleo tradicional e
LNG ou, ainda, estudos para uso de Hidrogênio e outros
combustíveis renováveis.

A Hyundai, já em 2015, encomendou o Isla Bela à Daewoo, o

primeiro navio porta container movido a LNG. A Hapag-Lloyd,
por sua vez, foi a pioneira na encomenda de navios
bicombustível com o uso de LNG e óleos de baixo teor de
enxofre.
Com investimento de um bilhão de dólares, a Hapag-Lloyd
encomendou 6 navios com capacidade para 23.000 TEUS
cada, da Daewoo, na Coreia do Sul, a serem entregues entre
abril e dezembro de 2023.
A CMA CGM, por sua vez, encomendou 26 navios com
capacidade para até 23.000 TEUs movidos a LNG. Para isso,
iniciou também uma operação pioneira de um Hub, estado da
arte, para bunkering de LNG no Porto de Rotterdam. Também
já tem planos para um próximo Hub em Marselha.
A Zim e Seaspan anunciaram um acordo estratégico para 10
navios para 15.000 TEUs, para aumentar a sua presença no
trade Asia e Costa Oeste dos EUA, movidos a LNG, para
entrega entre 2023 e 2024.
A MSC, que já opera alguns navios bi combustível com o uso
alternativo de biogás, está estudando o uso de outros
combustíveis alternativos como o Hidrogênio, que é
considerado por muitos como a próxima onda.
Alternativamente, a Wallenious acaba de anunciar um navio
Ro Ro, para 7 mil veículos movido vento com um sistema de
velas eletronicamente comandadas, como a sua contribuição
ambiental.
Já a Maersk anunciou, no mês passado, uma parceria entre
empresas da Suécia e Dinamarca, que inclui a Alfa Laval, a
DTU Energy, a Haldor Topsoe, a Svitzer e a Maersk Mc-Kinney
Møller Center por uma Navegação Zero Carbono.
A Joint Venture visa acelerar o desenvolvimento da tecnologia
de Solid Oxide Fuel Cell (SOFC), um equipamento de
conversão eletroquímica. Acreditam que essa tecnologia pode
produzir energia com maior eficiência do que motores de
combustão interna movidos a combustíveis produzidos por
outras tecnologias, sem criar a emissão poluidora de
partículas.
A sua base é a amônia, que por sua vez pode ser produzida
em larga escala usando eletricidade renovável e recursos de
biomassa.
Assim, como está acontecendo com o uso múltiplo de
combustíveis alternativos nos carros, o LNG, o Hidrogênio são
as apostas da vez para mover navios, caminhões e ônibus.
Isso demandará uma logística reinventada.
Navios fundeados nos portos, armazéns com tanques
estacionários, novos gasodutos, uma enorme frota de
caminhões e sofisticados containers tanque, para a distribuição
em larga e pequena escala de gás, exigirão investimentos
público privados colossais.
Novos motores estão sendo oferecidos pela indústria de
caminhões já prevendo essa troca da matriz energética no
Brasil. Uma vez implantada, essa estrutura de distribuição do
LNG e do Biogás, poderá trazer economias de até 43% e
importantes reduções na digital ambiental por parte dos
transportadores de todos os modais.
Tanto os operadores de cabotagem como os de ferrovias
então se preparando para fazer a parte deles nessa logística.
Mais uma vez coube ao setor de transporte e logística o
desafio de investir em inovação para que todos possam
desbravar o uso comercial do LNG desperdiçado, até então, no
processo de exploração de petróleo em terra e offshore. Sem
esquecermos de acompanhar a evolução dos demais
combustíveis que virão nos próximos 5 anos.
Com os efeitos da pandemia, a revolução 4.0 e a onda de
sustentabilidade, nada será como antes. O futuro da logística
é multidisciplinar e a sensibilização de todos é para ontem, se
quisermos ser competitivos.
*Martin von Simson Editor Guia Marítimo e Diretor de conteúdo
da Logitech.

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 Parceria na digitalização de portos Brasileiros

Uma nova parceria visa acelerar a digitalização dos portos brasileiros e desenvolver uma abordagem para escalas mais
sustentáveis e eficientes no país.

A parceria da PortXchange com a especialista em digitalização marítima no Brasil, Albatroz Energia, torna o país o segundo
país da América Latina a se beneficiar da plataforma para otimização de escalas portuárias e redução de CO2. Com um
litoral de 8.500 km de extensão e mais de 200 portos, o Brasil tem um potencial vasto e inexplorado.

“Atualmente o setor marítimo brasileiro está passando por uma grande transformação. Alguns portos estão em processo de
privatização, o que lhes permitirá reduzir a carga burocrática e dar início a projetos inovadores. Várias iniciativas positivas,
como “Porto sem papel” já ocorreram, e a PortXchange pode contribuir ainda mais para a digitalização dos portos.” disse
Alexandre C. Toussaint Pereira, proprietário da Albatroz Energia.

Fundada em 2019, PortXchange oferece uma plataforma digital que visa melhorar a colaboração entre todas as partes
envolvidas em uma escala no porto. Ele combina várias fontes de dados para que a escala de um navio possa ser planejada
com a maior precisão possível. Dessa forma, as atividades que devem ocorrer durante a escala no porto podem ser
perfeitamente coordenadas entre si.

A plataforma permite uma utilização mais eficaz da capacidade do porto e dos terminais, bem como o planejamento e
coordenação precisos de uma série de serviços de embarcações, incluindo abastecimento e abastecimento. Também
permite que os navios otimizem a velocidade de navegação e cheguem ao porto quando a disponibilidade de berço,
rebocadores e pilotos estiver garantida.

Isso é conhecido como navegação Just in Time, que reduz a marcha lenta e contribui significativamente para a redução de
combustível e emissões. O PortXchange está sendo usado atualmente nos portos de Rotterdam, Felixstowe, Moerdijk,
Algeciras e Houston.

“A PortXchange fará parceria com a empresa local Albatroz Energia para desenvolver uma abordagem para escalas
portuárias mais sustentáveis e eficientes no Brasil, a Albatroz Energia traz para esta parceria décadas de experiência em
digitalização marítima e amplo conhecimento do mercado local”. disse a PortXchange.

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 Porto de Antuérpia e Zeebrugge unem forças
A cidade de Antuérpia e a de Bruges chegaram a um acordo Os portos de Antuérpia e Zeebrugge são amplamente
para fundir seus respectivos portos. O acordo de duas cidades complementares.
marca o início de um processo de unificação que deve levar um
ano para ser finalizado. Depois de concluídos, os portos irão Por exemplo, Antuérpia é especializada no manuseio e
operar com o nome de ‘Porto de Antuérpia-Bruges’ armazenamento de contêineres, cargas fracionadas e produtos
químicos, enquanto Zeebrugge é um importante porto para o
Como resultado da fusão, os portos poderão fortalecer sua tráfego Ro Ro, manuseio de contêineres e transbordo de gás
posição na cadeia de abastecimento global e continuar seu natural líquido. O trabalho mais estreito permitirá consolidar o
caminho em direção ao crescimento sustentável. Além disso, o crescimento sustentável, não só da participação de mercado
porto unificado será mais resistente aos desafios do futuro e individual de cada porto, mas também da participação conjunta
assumirá a liderança na transição para uma economia de baixo de ambos os portos.
carbono. A ambição é que o Porto de Antuérpia-Bruges se torne
o primeiro porto do mundo a reconciliar economia, pessoas e A fim de maximizar o valor agregado de um porto unificado, o
clima. Porto de Antuérpia-Bruges buscará desenvolver e otimizar o uso
da interconectividade entre os dois portos. O transporte
A posição compartilhada dos portos de Antuérpia e Zeebrugge ferroviário de mercadorias entre os dois locais será agrupado, o
na cadeia de abastecimento global receberá um impulso tráfego estuarino (por navios fluviais no Mar do Norte) será
significativo. O porto resultante da fusão se tornará o mais otimizado e as conexões de dutos também estarão na lista de
importante porto de contêineres (157 milhões de toneladas / prioridades.
ano), um dos maiores portos de carga fracionada e o maior
porto de movimentação de veículos da Europa. Os investimentos estratégicos comprometidos, como a nova
eclusa marítima em Zeebrugge e a capacidade adicional de
Além disso, o porto representará mais de 15% do gás natural contêineres em Antuérpia, continuarão. Os investimentos
liquefeito transitado na Europa e, naturalmente, continuará a ser futuros serão avaliados de uma perspectiva operacional
o centro químico mais importante da Europa. Por fim, será o unificada, de forma que ambas as plataformas portuárias sejam
maior porto de cruzeiros do Benelux. Com uma movimentação beneficiadas, e o porto continue atendendo às expectativas de
total de 278 milhões de toneladas por ano, o porto unificado seus clientes.
poderá consolidar sua posição de liderança no mundo.
Ao unir forças, os portos de Antuérpia e Zeebrugge serão mais
Unificar um porto é mais do que uma história de toneladas e resistentes aos desafios do futuro. Essa resiliência é essencial
volumes. A ambição é ser o primeiro porto do mundo a conciliar para garantir a prosperidade e o bem-estar de nossa sociedade
economia, gente e clima. O projeto de unificação visa a criação e o futuro de nossa economia.
de valor acrescentado para as zonas circundantes de Antuérpia
e Zeebrugge, para clientes e partes interessadas, bem como O Porto de Antuérpia-Bruges utilizará os recursos, experiência e
para o resto da Flandres. talento de suas equipes em Zeebrugge e Antuérpia. Em um
futuro próximo, uma estrutura organizacional e uma forma de
Como parte de um plano conjunto, os dois portos definiram três trabalhar unificadas serão desenvolvidas, respeitando o DNA e
prioridades estratégicas - crescimento sustentável, resiliência e a cultura corporativa de cada um. Acordos transparentes e de
liderança em energia e transição digital. O porto de Antuérpia- longo prazo serão feitos com relação à liderança e gestão do
Bruges combinará o melhor dos dois mundos e se concentrará Porto de Antuérpia-Bruges.
nos pontos fortes de cada local.

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O porto pretende identificar o maior número de sinergias
possível, continuar a desenvolver o amplo apoio da sociedade
a este motor da economia da Flandres e reforçar a sua posição
como centro logístico, marítimo e industrial. Não apenas na
Flandres e na Bélgica, mas a nível europeu e mundial.
O porto unificado será capaz de responder com mais rapidez e
eficácia aos desenvolvimentos sociais e tecnológicos, como a
transição energética, a inovação e a digitalização.
A sustentabilidade já formou uma parte central da direção
estratégica em Antuérpia e em Zeebrugge, mas o Porto de
Antuérpia-Bruges irá definir o padrão mais alto. Combinar o
cluster industrial em Antuérpia e a localização de Zeebrugge na
costa criará uma oportunidade única para enfrentar os desafios
de energia do futuro em Flandres e em toda a região.
Nossa ambição de aproximar os dois portos é muito mais do
que simplesmente tonelagem e TEUs. Isso nos permitirá focar
ainda mais firmemente na transição para uma economia de
baixo carbono e continuar nossos esforços em relação à
digitalização da cadeia de abastecimento. Os portos de
Zeebrugge e Antuérpia são em grande medida
complementares e trabalhar juntos nos tornará mais resilientes
aos desafios externos.” disse Annick De Ridder, presidente do
conselho de administração da Autoridade Portuária de
Antuérpia.
"Esperamos unir forças com o porto de Antuérpia e, assim,
fortalecer a nossa posição como a mais importante porta de
entrada para a Europa. Zeebrugge é o maior centro automotivo
do mundo, um porto RoRo líder e um centro de gás natural
experiente e de última geração.

Como tal, o Porto de Antuérpia-Bruges assumirá uma posição
de liderança como um centro de importação de hidrogênio
verde e desempenhará um papel ativo e pioneiro na economia
do hidrogênio.
Além disso, o porto, em colaboração com seus clientes
industriais e marítimos, continuará seus esforços para reduzir
sua pegada de carbono e examinará métodos de aplicação de
CCUS (Captura, Utilização e Armazenamento de Carbono) a
fim de contribuir para a transição para uma baixa porto de
carbono.
Combinando nossos próprios pontos fortes com as qualidades
oferecidas pela Antuérpia, seremos capazes de fazer mais e
melhor. Faremos isso no interesse e levando em consideração
nossas operações portuárias compartilhadas, nossa cidade e
nossa região.
Fortaleceremos nossa posição conjunta econômica e
internacional, criando simultaneamente valor agregado para a
sociedade em geral.” afirmou Dirk De fauw, prefeito de Bruges
e presidente da Autoridade Portuária de Zeebrugge.

Por fim, o Porto de Antuérpia-Bruges oferecerá uma série de

vantagens significativas em termos de inovação e digitalização,
tornando possível tornar a cadeia de abastecimento não só
mais eficiente, mas também mais segura e confiável.

A transação está sujeita a uma série de condições suspensivas

habituais, incluindo a aprovação das autoridades de
concorrência belgas. Ambas as partes pretendem finalizar a
transação no curso de 2021.

“Estamos orgulhosos deste acordo histórico, que sela uma

unificação há muito esperada. Ao unir forças, caminhamos para
nos tornarmos o porto global da Europa, ao mesmo tempo em
que reforçamos nossa posição como o porto de contêineres
mais importante em termos de tonelagem, um porto RoRo
sólido e um dos maiores portos de granel fracionado da
Europa. Isso nos tornará ainda mais atraentes para nossos
clientes existentes, para novos investidores e para todas as
outras partes interessadas em potencial, e seremos, sem
dúvida, o principal motor da economia de Flandres.

Ao longo de mais de 33 anos de experiência a AEROPORTUÁRIA esta preparada para oferecer mais completas soluções em
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- 10
 Scallog firma parceria com Cubicc
Como um pilar importante para seu desenvolvimento internacional, a Scallog, um dos principais fornecedores de robôs de
logística da França, firmou uma parceria comercial com a empresa brasileira Cubicc, integradora líder em soluções de
separação e embalagem. A Cubicc comercializará as soluções robóticas Scallog Goods-to-Person no Brasil e mais
amplamente na América do Sul, incluindo Argentina e Chile.

“Como resultado do boom sem precedentes no e-commerce após a crise da Covid-19, o Brasil mostra um grande potencial
para crescimento futuro, visto que a demanda por separação automatizada de pedidos em depósitos está aumentando
significativamente. A natureza pioneira de nossa solução em que unidades móveis de prateleira são levadas aos operadores
por robôs irá - juntamente com a experiência da Cubicc - nos ajudar a construir uma posição forte no mercado de automação
na América do Sul, particularmente no Brasil. ” disse Oliver Rochet, CEO da Scallog.

Brasil, um país com grande potencial de desenvolvimento em automação - o Brasil oferece uma gama perfeita de
oportunidades para impulsionar o desenvolvimento do Scallog. Além de seu tamanho e posição como a maior economia da
América do Sul, o Brasil está atualmente vendo a expansão da GAFAM e de 850 subsidiárias francesas e está passando por
um boom sem precedentes no comércio eletrônico. Isso foi desencadeado principalmente pela crise da Covid-19 e milhares
de grandes empresas brasileiras estão migrando para o e-commerce na esteira de bloqueios e medidas de distanciamento
social.

O resultado? Um grande aumento na demanda por logística de e-commerce. Os armazéns brasileiros estão tendo que inovar
e adquirir soluções de automação ágeis, flexíveis e com rápido ROI para atender a essa demanda. Soluções de separação
de pedidos como o sistema Scallog são mais relevantes do que nunca neste país, com mais de 139 milhões de usuários da
Internet.

Cubicc, um parceiro especialista na otimização de separação e embalagem - Para maximizar o potencial de

crescimento no Brasil e na América do Sul, a Scallog optou por unir forças com o integrador especialista Cubicc, que já
possui vasta experiência na otimização de processos de separação e embalagem parceiros uma série de empresas
europeias. Localizada em São Paulo, a Cubicc opera no Brasil, Argentina e Chile, e é um colaborador de longa data para a
automação dos processos logísticos nesses países.

“Na Scallog, encontramos um parceiro inovador com grande experiência em tecnologia AMR, uma empresa substancial e
motivada que torna cada projeto uma experiência única e sob medida. Cada cliente é tratado com a mesma excelência e o
mesmo respeito, independentemente da dimensão do seu projecto, porque é apaixonado pelo que faz, tal como nós. Mais do
que apenas um fornecedor de tecnologia, encontramos um parceiro de longo prazo.” disse Laercio Sant’Anna, Presidente da
Cubicc.

“Neste país complexo, geográfica e culturalmente distante da Europa, é essencial trabalhar com um especialista local. Um
com excelente histórico na otimização da logística nesta região. Com a Cubicc, aumentaremos o perfil de nossa solução
inovadora de logística entre os profissionais do setor de comércio eletrônico e seremos capazes de levar nossa oferta
conjunta aos clientes que fornecem logística orientada para comércio eletrônico.” afirmou Rémi Badaroux, gerente de rede
de parceiros de Scallog.

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- 11
 <CATCH ON>
Embraer (EMBR3) registra vendas de oito aviões
agrícolas Ipanema no mês de janeiro
A divisão de aviação agrícola da fabricante brasileira de aviões Embraer (B3: EMBR3 | NYSE:
ERJ) – considerada a terceiram maior fabricantes de aviões em todo o mundo – encerrou o
mês de janeiro de 2021 com a venda de oito aviões EMB-203 Ipanema (foto), o equivalente a
um terço do total negociado durante todo o ano de 2020. O bom resultado está sendo
impulsionado pelo desempenho favorável do agronegócio brasileiro e as inovações
tecnológicas incorporadas na nova versão da aeronave.

DHL assume gestão logística do aftermarket de

peças da Volvo Cars no Brasil
A DHL Supply Chain, líder em armazenagem e distribuição, foi escolhida pela Volvo Cars
Brasil para assumir a gestão da logística do aftermarket de peças de reposição da fabricante
sueca de carros premium no Brasil. A DHL realiza a coleta das peças - a grande maioria
importadas da Europa - e o transporte até 36 concessionárias em todo o País. São
gerenciadas mais de 7,5 mil SKUs e 26 mil linhas anuais. Apesar da pandemia, o mercado
automotivo vem se recuperando gradualmente e com uma velocidade ainda maior no
segmento de seminovos - o que demanda peças de reposição.

Para aliviar a escassez de contêineres, GEODIS

freta navio exclusivo para reposicionar containers
na China
O primeiro navio com capacidade de 1.000 TEU [1], operado exclusivamente pela GEODIS,
está programado para chegar a Hamburgo em 28 de fevereiro. Este navio está transportando
um total de 435 contêineres de quarenta pés para clientes que têm cada vez mais dificuldade
em garantir espaço com transportadoras regulares a um preço viável. A próxima partida do
navio está programada para deixar Xangai por volta de 10 de fevereiro. Dependendo da
demanda, a GEODIS planejará viagens adicionais nas próximas semanas.

Missão 5G chega ao fim após intensa agenda de visita

a fabricantes da tecnologia na Europa e Ásia
Comitiva brasileira chefiada pelo ministro das Comunicações, Fábio Faria, assistiu a
demonstrações de uso do 5G e até da tecnologia 6G, ainda em desenvolvimento. Depois
de conhecer as tecnologias 5G de empresas na Suécia, Finlândia, Japão e China, a
missão brasileira chegou ao fim. As visitas às principais fabricantes de tecnologias que
utilizam o 5G tiveram o objetivo de colher as melhores experiências da nova geração de
conectividade, que promete revolucionar as telecomunicações e a maneira como as
pessoas se relacionam com a infinidade de dispositivos que estão por vir. O Brasil se
prepara para implementar o 5G este ano.

- 13
 <CATCH ON>
A.P. Moller - Maersk apresenta resultados de 2020
com forte progresso e transformação
O ano de 2020 foi mais um período de sólidos progressos para A.P. Moller - Maersk, tanto em
termos de desempenho financeiro como na transformação da empresa. Apesar dos baixos
volumes durante a maior parte de 2020, a rentabilidade cresceu durante os primeiros nove
meses e terminou o ano com resultados recorde no 4º trimestre em Logística e Terminais,
enquanto a Ocean entregou um trimestre excepcional, impulsionada pelo aumento dos
volumes e pelas interrupções temporárias da cadeia de abastecimento.

BTP protagoniza novo recorde de movimentação anual

A Brasil Terminal Portuário (BTP) encerrou o ano de 2020 protagonizando mais um novo
recorde de movimentação no Porto de Santos. O terminal foi responsável pela operação de
1.160.418 contêineres somente em 2020, sendo a maior movimentação de unidades de
contêineres já realizada em um único ano no Porto de Santos. O novo índice supera em 2% a
última melhor marca já registrada por um terminal. De acordo o CEO, Ricardo Arten, a marca
histórica é motivo de orgulho pois reflete o desempenho dos colaboradores e todos os
investimentos já realizados no terminal. “Mesmo em meio a tantos desafios que 2020 nos
trouxe, nossos colaboradores seguiram firmes, e em segurança, no propósito de não deixar o
Porto parar.

RGLOG migra para TOTVS e prevê ganho em produtividade com

projeto de digitalização
A RGLOG, empresa que oferece serviços personalizados de inteligência logística, reestruturou
sua estratégia de digitalização com soluções da TOTVS. O novo contrato prevê a combinação
de sistemas de gestão unificados aos serviços de Cloud, o que garante economia na operação
e deve contribuir para o aumento da produtividade da empresa. O projeto entrega alta
velocidade operacional, com melhor rastreabilidade e precisão no controle de estoque, além
de soluções modernas para melhorar a gestão das áreas administrativas e de recursos
humanos, deixando de vez as planilhas de lado e usando a capacidade do software.

Log-In Logística Intermodal lança plataforma digital para

gestão da operação logística
A Log-In Logística Intermodal , empresa 100% brasileira de soluções logísticas,
movimentação portuária e navegação de cabotagem, inicia 2021 dando um passo
importante em direção a transformação digital e no aprimoramento da experiência de seu
cliente. A companhia está lançando a Log-Aí, plataforma digital desenvolvida com o
objetivo de simplificar a operação logística do cliente, trazendo autonomia, agilidade e
facilidade na gestão do dia a dia. Em duas versões - uma para clientes da navegação e
outra para o Terminal Portuário de Vila Velha (ES) - trata-se de um projeto de inovação
que quebra paradigmas e que coloca o cliente totalmente no centro da estratégia da
empresa.

- 14
 Cooperação

na distribuição
da
Vacina
 Emirates SkyCargo se une à UNICEF para
acelerar a distribuição de vacinas da COVID-19
A Emirates SkyCargo assinou um acordo com a UNICEF para priorizar o transporte de vacinas da COVID-19, medicamentos
essenciais, equipamentos médicos e outros suprimentos essenciais para ajudar a combater a pandemia da COVID-19. O
anúncio faz parte de uma série de medidas tomadas pela divisão de transporte aéreo de carga da Emirates para ajudar a
recuperação das comunidades globais após o impacto devastador da COVID-19.

A Iniciativa da UNICEF para o Transporte Aéreo de Carga Humanitária reúne parceiros com capacidade de distribuir
coletivamente suprimentos essenciais para mais de 100 mercados com a ajuda da COVAX Facility, um esforço global que
promove o acesso equitativo às vacinas da COVID-19. A iniciativa da UNICEF também servirá de modelo para a parceria
coletiva global em futuras crises humanitárias e de saúde.

"Cada dia conta na luta contra a COVID-19 e quanto antes as comunidades tiverem acesso às vacinas da COVID-19, mais
cedo elas podem conter a propagação do vírus e retomar suas atividades. Como uma transportadora aérea global com voos
para mais de 130 destinos, a Emirates SkyCargo está comprometida com a luta contra a pandemia desde os seus estágios
iniciais, adotando uma série de iniciativas para agilizar o transporte e distribuição das vacinas da COVID-19 passando por
Dubai, que incluem o nosso hub no aeroporto dedicado às vacinas e certificado segundo as boas práticas de distribuição e
armazenagem (BPDA). A nossa parceria com a UNICEF nos permite um passo à frente no processo que prioriza e facilita o
transporte rápido e seguro das vacinas da COVID-19, principalmente para as comunidades mais atingidas pela doença",
disse Nabil Sultan, vice-presidente sênior da divisão de carga da Emirates.

A Emirates SkyCargo é líder no setor de transporte aéreo de carga como os produtos farmacêuticos que exigem controle de
temperatura, incluindo vacinas. A transportadora de carga possui uma rede global que abrange seis continentes, uma frota
moderna de aeronaves de fuselagem larga, além de infraestrutura de ponta com certificação de BPDA da União Europeia em
seu hub em Dubai para o transporte seguro de produtos farmacêuticos e vacinas.

Em outubro de 2020, a Emirates SkyCargo anunciou que estava criando o maior centro de distribuição no aeroporto, com
certificação de BPDA da União Europeia, dedicado ao armazenamento e à distribuição de vacinas da COVID-19. Com mais
de 15 mil m2 para armazenamento de vacinas, a Emirates SkyCargo pode armazenar grandes quantidades da vacina da
COVID-19 em Dubai e transportar quantidades menores regularmente para os mercados com infraestrutura limitada de
controle de temperatura, reduzindo a necessidade de armazenamento em grande escala nos destinos.

Em janeiro de 2021, sob as diretrizes de Sua Alteza Xeique Mohammed bin Rashid Al Maktoum, vice-presidente e primeiro-
ministro dos Emirados Árabes Unidos e governante de Dubai, a Emirates SkyCargo juntou-se a três outras organizações
sediadas em Dubai - DP World, International Humanitarian City e Dubai Airports - para formar uma aliança de vacinas da
COVID-19 e promover o transporte rápido de vacinas da COVID-19 passando por Dubai e distribuídas ao países em
desenvolvimento.

- 16
 Polar, empresa do grupo DHL, reforça operações para distribuir
medicamentos, vacinas experimentais e insumos para testes no
combate à COVID-19
Mais do que nunca entregar com segurança e agilidade
medicamentos e insumos médicos e hospitalares foi vital
para sistemas de saúde e pacientes. Como transportadora
especializada em carga com controle de temperatura, a
Polar, uma empresa do Grupo DHL, se engajou fortemente
neste processo, tendo participado de ao menos 100
operações de transporte de itens associados ao combate e
tratamento da COVID-19 no Brasil.
Desde abril, a transportadora, que integra a área de Life
Sciences & Healthcare da DHL Supply Chain desde 2017,
realizou o transporte de medicamentos, insumos para testes,
peças para respiradores e até vacinas experimentais para
diferentes regiões do País.
"A cadeia fria já é bastante complexa por seus elevados
padrões de qualidade e segurança sanitária, mas realizar
tudo isso com rapidez e em meio a restrições como políticas
de isolamento social e diminuição de malhas de transportes
foi um desafio ainda maior", explica Miquele Lioi, diretor da
Polar.
A DHL publicou recentemente um estudo em parceria com a
McKinsey & Company,que revela que as vacinas contra a
Covid-19 gerarão um desafio maior na logística da cadeia de
suprimentos hospitalares. Uma vez que as vacinas da
Covid-19 estiverem prontas para o uso da população,
especificações mais rígidas serão impostas para garantir
que sua eficácia seja mantida durante seu transporte e
armazenamento.
Em um segundo momento, para que a vacina chegue a nível
global, serão necessários até 200 mil embarques de paletes
e até 15 milhões de entregas em caixas de refrigeração,
bem como 15 mil voos, aproximadamente, o que exigirá um
grande planejamento entre governo e empresas.
Para se adaptar a este cenário, a Polar reforçou sua equipe
e frota dedicada - atualmente cerca de 500 pessoas e mais
de 300 equipamentos de perfil variado -, instalou um comitê
multidisciplinar para acompanhamento diário das operações
e revisou de maneira ampla o BCP (Plano de Continuidade
do Negócio).
Nesta revisão, foram identificadas e desenvolvidas
alternativas em caso de indisponibilidade de equipe,
principalmente motoristas, e insumos, além de ações para
aumento da capacidade operacional com a aquisição, em
2020, cerca de 35 novos veículos. A companhia adotou
ainda protocolos de segurança de aferição de temperatura
em todas as unidades, disponibilizou máscaras e álcool em
gel para toda a equipe e está acompanhando a saúde dos
colaboradores.
- 17
Essa estrutura atuou em projetos como o transporte a partir
da Guarulhos com destino ao Centro-Oeste de
medicamentos que são usados em pacientes com COVID-
19; embarques a partir de Viracopos e do Aeroporto de
Brasília de produtos e equipamentos para tratamento da
doença em Santa Catarina e Goiânia; e fretes semanais de
Viracopos para Betim (MG) de insumos para testes.
"Em todos esses projetos tivemos que assegurar o controle
da temperatura durante todo o trajeto, de acordo com as
especificações, e garantir o monitoramento e gerenciamento
de risco dado o valor e criticidade dos produtos.
A Polar dispõe de equipamentos de ponta, além de um
processo robusto de qualificação de seus veículos. Nossa
frota tem os itens de segurança requeridos, o que minimiza
a exposição ao risco e permite o monitoramento adequado
de acordo com o valor da carga", explica o diretor da Polar.
Destaque também para a grande atuação da Polar no
segmento de transporte de vacinas. Há anos a Polar
participa de campanhas nacionais de vacinação, tanto para
farmacêuticas (nacionais e multinacionais) e autoridades e
órgãos de saúde. Para isso, utiliza veículos refrigerados com
sistemas de monitoramento de temperatura e conta com
equipes especializadas e até farmacêuticos. Não por acaso,
a Polar já está envolvida no esforço de vacinação contra a
COVID-19, tendo realizado o trecho local de dois embarques
internacionais de vacinas experimentais vindas da China.
Em relação aos planos de expansão, o diretor afirma que
"identificamos grande potencial de expansão ainda no ramo
farmacêutico, ainda mais com uma mudança regulatória que
irá entrar em vigor em breve determinando maior rigor nas
condições de transporte de algumas classes de
medicamentos. Nossa infraestrutura já está pronta para essa
mudança e podemos auxiliar as indústrias e distribuidores a
fazerem os ajustes necessários em seus planos de
transporte", completa Miquele Lioi.
 Kuehne + Nagel finaliza acordo com Moderna
para distribuição da vacina Covid-19

Moderna, Inc. (NASDAQ: MRNA), uma empresa de biotecnologia pioneira em terapias e vacinas de RNA mensageiro
(mRNA), e Kuehne + Nagel, uma empresa de logística líder mundial, anunciaram hoje que firmaram acordo de cadeia de
fornecimento internacional para distribuição e armazenamento da Vacid-19 Vaccine Moderna. Este anúncio segue a
concessão de autorização de comercialização condicional pela Agência Europeia de Medicamentos (EMA) para Covid-19
Vaccine Moderna.

A Kuehne + Nagel apoiará a distribuição mundial de doses de vacinas da cadeia de fornecimento internacional da Moderna,
com sede na Europa. Isso inclui a distribuição para mercados na Europa, Ásia, Oriente Médio e África, e partes das
Américas.

“Estamos orgulhosos de fazer parceria com a Kuehne + Nagel da Europa para apoiar a distribuição de vacinas para cidadãos
globais. Após as recentes aprovações, este é mais um passo mais perto de resolver a pandemia e um momento
emocionante para nossas empresas e todos os envolvidos ”, disse Dan Staner, vice-presidente chefe da região EMEA,
Moderna Inc.

O acordo inclui a distribuição e armazenamento da vacina do centro farmacêutico de Kuehne + Nagel na Europa. A Kuehne
+ Nagel usará sua rede de mais de 230 operações em todo o mundo para distribuir a vacina por via rodoviária e aérea.
Somente na Europa, a empresa opera sua própria frota de mais de 200 veículos de transporte farmacêutico dedicados. Em
todas as etapas de transporte e armazenamento, a integridade do produto na temperatura exigida de -20 ° C será mantida.

Robert Coyle, vice-presidente sênior, Pharma & Healthcare, Kuehne + Nagel Management AG, comenta: “Com o anúncio de
hoje, assumimos a responsabilidade de distribuir Covid-19 Vaccine Moderna em todo o mundo. Temos investido em nossa
rede farmacêutica e de saúde e em nossa equipe global de especialistas por décadas - estamos prontos agora, para quando
mais importa.”

A subsidiária de logística de ensaios clínicos da Kuehne + Nagel, QuickSTAT, tem sido parte integrante da cadeia de
suprimentos de vacinas da Moderna também, tendo apoiado a logística de suprimentos de ensaios clínicos de Fase II e Fase
III nos EUA.

A Kuehne + Nagel também assinou parcerias com autoridades em vários países para armazenamento local e distribuição de
última milha, como no estado mais populoso da Alemanha, Renânia do Norte-Vestfália.

- 18
 DMS Logistics atua em operação contra a
COVID-19
Uma das mais relevantes operadoras de logística do Brasil participa da operação supervisionada pela ANVISA e que trouxe
2 milhões de doses da vacina contra a covid-19, produzida pelo laboratório AstraZeneca em parceria com a Universidade de
Oxford. Para a DMS, a atuação nessa etapa da luta contra a pandemia reforça os valores da empresa e demonstra sua
importância no mercado internacional.

Para Lucy Maia, gerente de indústria healthcare na DMS, “O embarque das vacinas foi um marco para o país na luta contra a
pandemia. Uma operação delicada e prioritária, que tornou nossa responsabilidade ainda maior”. A atuação nessa etapa do
processo e o transporte das 2 milhões de doses da vacina reforça os valores da empresa e demonstra sua importância, com
mais de 30 anos de atuação internacional. Lucy confirma a relevância da empresa para o mercado farmacêutico: “temos
grandes clientes nos segmentos público e privado e proporcionamos um serviço de excelência, de ponta a ponta”.

A vacina, produzida na Índia pelo laboratório Serum, demandou uma operação delicada e que teve total orientação e
validação da ANVISA. A DMS foi responsável não apenas pelo transporte, mas a organização de toda a operação, incluindo
as embalagens térmicas ativas, dispositivos de monitoramento de temperatura com redundância e profissionais dedicados 24
horas ao acompanhamento de todo o processo.

Para atuar de forma eficaz, a DMS contou com uma equipe focada, que cuidou de todos os detalhes do processo logístico,
promovendo fluidez na comunicação e alinhando muito bem as expectativas de todos os envolvidos, especialmente na
elaboração de um roteiro operacional robusto, que garantiu a integridade das vacinas de ponta a ponta.

- 19
 Asia Shipping transporta dois aviões inteiros
com vacinas contra a COVID-19

A pandemia do novo Corona vírus fez com que se fizesse em menos de um ano aquilo que normalmente leva anos, quiçá
décadas. Neste momento, mais de 66 vacinas estão em desenvolvimento no mundo, sendo que duas foram aprovadas para
uso geral e oito para uso emergencial em várias nações, de acordo com o boletim em tempo real do site The New York
Times.

Na mesma velocidade, diversas empresas de logística pelo mundo iniciaram um plano de contingência para conseguir
transportar as diversas temperaturas e embalagens, de um ponto a outro do mundo, já que China e Índia lideram a produção
do imunizante e suas matérias primas.

Indo na contramão da maioria dos operadores logísticos do mundo, a Asia Shipping, que é a maior integradora logística da
América Latina e única brasileira no ranking das maiores do mundo, já tinha todo o seu sistema de gestão de qualidade
pronto e montado para transportar qualquer tipo de medicamento - incluindo biológicos - que é a classe de medicamentos
onde se encontram as vacinas.

Além de deter o conhecimento na área, a empresa é associada ao Sindusfarma desde 2019 e também certificada GDP
(Good Distribution Practices), OEA, ISO 9001, Trace, o que a tornou vencedora na disputa com outras empresas globais
para o transporte de dois aviões completos com vacinas saindo da China, para o governo chileno.

A empresa coletou os Envirotainers e os levou para serem estufados na Sinovac, na China. Um especialista local
inspecionou os equipamentos para checagem de acordo com os mais altos padrões exigidos pela indústria, além de
completar o checklist operacional, com verificação de bateria e temperatura.

Após estufados e verificados, os equipamentos foram enviados para o aeroporto, mantidos em ambiente controlado
cumprindo com a exigência do produto e partiu para embarque para o Chile em voo da LATAM.

- 20
 Protesto de embarcadores em todo o mundo na
atual crise de navegação
Embarcadores de todo o mundo estão furiosos com o caótico mercado marítimo e a falta de mecanismos para uma
solução
A Global Shippers ’Alliance (GSA) e seus membros individuais
disseram que as consequentes perdas foram imensas, e as
economias globais e o publico sofreram tremendamente,
como resultado. “As atividades de produção, marketing e
distribuição estão todas desordenadas”, disse Denis
Choumert, Presidente da GSA e do European Shippers
’Council, “ e os custos econômicos estão desproporcionais”.
Godfried Smit, Secretário-Geral do Conselho de
embarcadores Europeus, disse: "muitos dos principais portos
europeus estão congestionados, enquanto navios de
contêineres estão esperando por um berço, enquanto
contêineres de exportação estão parados nos terminais
aguardando liberação, as companhias marítimas estão
recusando reservas de saída porque querem agilizar o retorno
dos contêineres ao Extremo Oriente”.
Godfried continuou, "as taxas de frete de saída têm
aumentado de 5-6 vezes e os exportadores podem não
conseguir uma reserva mesmo assim.” O mesmo acontece no
Extremo Oriente. Toto Dirgantoro, Presidente da Asian
Shippers ’Alliance e do Conselho Nacional de embarcadores
da Indonésia disse, "as taxas de frete do Extremo Oriente
para a Europa aumentaram 10 a 15 vezes em algumas
ocasiões e 3 a 4 vezes para a América do Norte, mesmo para
taxas de contrato, e as taxas spot seriam muito mais altas.
As companhias marítimas estão aceitando reservas com base
na lucratividade ou importância estratégica de longo prazo e,
portanto, pequenos e médios embarcadores são sacrificados.”
Pior ainda, a indústria está sofrendo de rápida deterioração de
confiabilidade e visibilidade. “Os navios estão pulando ou
mesmo cancelando escalas e até mesmo o cancelamento de
toda o string é comum”, Denis Choumert continuou,
“chamamos essa pratica de viagens em branco e seu numero
em algumas rotas aumentou tanto quanto 30% recentemente.”
Denis disse, “e tão pouco quanto 50% dos navios chegam no
prazo - isso afeta toda a cadeia de abastecimento.”
Marianne Rowden, ex-presidente e CEO da American
Association of Exporters e os importadores expressaram que
“o número de navios na fila dos principais portos americanos
está aumentando.
Enquanto COVID-19 perdura e o bloqueio de cidades
continua, a pressão sobre o sistema de transporte e o toda a
cadeia de abastecimento é pesada.” Ela disse: "A Comissão
Marítima Federal foi solicitada a examinar a situação da oferta
e demanda, e esperamos um aumento de capacidade em
breve.” Embarcadores asiáticos também reclamam que as
companhias marítimas aproveitaram a situação e vem
cobrando um grande número de novas taxas ridículas como
de Confirmação de Reserva, No Show, Cancelamento Tardio,
- 21
Retenção de Containers, Taxa de Reserva Expressa, etc.
Essas taxas são absurdas e elevadas a níveis ridiculamente
altos, segundo eles.
A solução da situação atual pode estar muito além da
jurisdição das autoridades de concorrência. O ESC reuniu- se
com a DG Concorrência da União Europeia em janeiro de
2021. “As linhas de navegação precisam liberar mais
informações essenciais sobre planejamento de capacidade,
mudanças de capacidade, mudanças de serviço, previsão de
demanda, etc. para se livrar das reivindicações de conluio.
Os embarcadores têm pouco acesso a esse tipo de
informação e devem contar com as autoridades relevantes
para salvaguardar os seus interesses. Os embarcadores
nunca estão no mesmo campo de jogo com os armadores”,
afirmou Godfried.
O GSA gostaria de destacar a responsabilidade específica
que as transportadoras têm de endossar em troca da proteção
que eles têm das leis concorrenciais padrão. Essa proteção foi
concedida às operadoras globalmente: as alianças das
operadoras são agora os "guardiões do comércio
internacional", pois desempenham um papel crucial na
competitividade de muitas empresas. Eles não devem abusar
desses privilégios como parece ser o caso hoje.
Para nós, embarcadores, é preocupante que a Comissão
Europeia tenha permitido recentemente a renovação da
isenção por categoria para consórcios de transporte marítimo
regular, sem adicionar qualquer ferramenta ou ajuste para
verificar os transportadores marítimos e considerar melhor os
interesses dos embarcadores, o que poderia ter sido
fundamental para prevenir ou mitigar alguns dos danos que os
remetentes estão sofrendo atualmente.
A GSA tem como objetivo estabelecer um diálogo entre todos
os participantes do mercado, a fim de encontrar uma
abordagem comum aos problemas atuais do mercado e o
estabelecimento de um plano de ação em relação ao
ecossistema geral.
GSA considera que a crise do transporte marítimo reflete
insuficiência nos atuais mecanismos regulatórios na proteção
do bem-estar de toda a cadeia de abastecimento global e,
particularmente, o bem-estar da indústria naval - a força vital
do comércio global. Esses mecanismos precisam ser
revisados imediatamente.
Próxima edição

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