Você está na página 1de 28

REGRAS GERAIS E DE BIOSSEGURANÇA

» Chegar, impreterivelmente, no horário marcado para o início da aula.

» Somente é permitida a entrada dos alunos das disciplinas práticas da Parasitologia e professores e técnicos
autorizados;

» O uso de jaleco comprido é obrigatório, deve ser colocado antes de entrar no laboratório;
» Nas aulas práticas é obrigatório o uso de luvas;
» Não é permitido alimentar e/ou fumar no laboratório.

» Não é permitido em hipótese alguma a utilização de celulares e notebook.

» Após usar o microscópio, retirar a lâmina e colocar em local próprio, limpar as objetivas usadas com papel
absorvente, desligar o microscópio, desconectar o fio da tomada e cobrir com sua capa;

» Nenhum material ou equipamento pode ser retirado do laboratório;


» Em caso de dúvidas, ou se algo anormal tiver acontecido, chame o técnico, professor ou monitor imediatamente;
» Em caso de acidentes, avise imediatamente o técnico, professor ou monitor responsável;
» Se houver quebra ou dano de materiais ou aparelhos, comunique imediatamente ao técnico, professor ou ao
monitor responsável;

MANUSEIO DO MICROSCÓPIO

DESCRIÇÃO DO MICROSCÓPIO

1) Parte mecânica

PÉ/ BASE: é o suporte do microscópio, peça que sustenta todas as outras.


BRAÇO/ COLUNA: peça que liga o pé à parte superior do microscópio, sustentando o tubo do microscópio onde se
encontram as lentes.
PLATINA: peça de apoio da lâmina contendo o objeto de estudo.
PARAFUSO MACROMÉTRICO: localiza-se em ambos os lados da coluna. Utilizado para ajustar o foco promovendo
grandes avanços ou recuos da platina em relação à objetiva.
PARAFUSO MICROMÉTRICO: localiza-se em ambos os lados da coluna encaixados sobre o parafuso macrométrico.
Utilizado para ajustar o foco finamente, por meio de pequenos avanços ou recuos da platina em relação à objetiva.
CANHÃO: parte superior do microscópio constituída por uma peça semiesférica ligada a um tubo oco. Internamente
abriga um prisma e sustenta as lentes objetivas e oculares.
REVÓLVER: peça em que se encaixam as lentes objetivas. Nela existe um disco com ranhuras por onde se faz o giro
do revólver para a mudança das objetivas.
CHARRIOT: peça ligada à platina para movimentar a lâmina no plano horizontal. Possui uma presilha que prende a
lâmina sobre a platina. O charriot permite o deslizamento da lâmina da esquerda para a direita e vice-versa e, de trás
para frente.

2) Parte Óptica

SISTEMA DE ILUMINAÇÃO: todos os seus elementos estão abaixo da platina.

FONTE DE LUZ: acoplada ao pé do microscópio (embutida). Opcionalmente pode receber filtros.


CONDENSADOR: conjunto de lentes. Concentra a luz e fornece iluminação uniforme ao material. O condensador
permite maior, ou menor, incidência de raios luminosos no material a ser observado. Fornece também possibilidades de
contraste da imagem, principalmente no caso de observação de preparação a fresco. O parafuso localizado
lateralmente permite a movimentação do condensador.
DIAFRAGMA: dispositivo que regula a intensidade de luz que atinge a preparação. A sua regulagem adequada evita os
raios luminosos marginais, obtendo-se uma imagem mais nítida. Alguns microscópios são dotados ainda de um outro
tipo de diafragma, chamado diafragma de campo, constituído de um anel giratório sobre a fonte de luz no pé do
microscópio.
FILTROS: em geral são de vidro, os quais absorvem parte das radiações luminosas permitindo usar faixas estreitas de
luz de comprimento de onda selecionados de acordo com a coloração destes filtros.

SISTEMA ÓPTICO DE OBSERVAÇÃO

LENTE OCULAR: é formada por um sistema de lentes cuja posição está sempre próxima ao olho do observador. Sua
função é recolher a imagem aumentada, vertical e direta. Como a imagem que a objetiva oferece é invertida, a imagem
final do microscópio será também invertida. As oculares são formadas por duas lentes convergentes que ampliam e
corrigem defeitos da imagem dada pela objetiva. Traz gravado o aumento que proporciona. Pode ter um (mono-ocular)
ou dois (binocular).
LENTE OBJETIVA: cada objetiva é um conjunto de quatro ou mais lentes superpostas. O microscópio possui,
geralmente, quatro objetivas, proporcionando aumentos diferentes. O valor do aumento está gravado na própria
objetiva. O segundo número gravado corresponde à abertura numérica da lente. Na objetiva de imersão utiliza-se um
óleo transparente entre a lâmina e o material a ser examinado com a finalidade de tornar mais claro o campo do
microscópio, o que acontece quando o óleo homogeneíza o meio óptico entre esses dois elementos. Deve ser utilizado
o óleo de cedro (ou sintético).

Objetivas de imersão
Denomina-se de imersão a técnica pela qual coloca-se um fluido entre a objetiva e o preparado, melhorando o poder de
resolução do microscópio e a qualidade da imagem. As objetivas de 100x são sempre de imersão.

MANUSEIO CORRETO PARA OBERVAÇÃO AO MICROSCÓPIO ÓPTICO

Gire o revólver encaixando a objetiva de menor aumento ( objetiva panorâmica).


Abra a presilha do charriot e coloque a lâmina sobre a platina, sempre com o material voltado para cima.
Levante a platina movimentando o parafuso macrométrico, VAGAROSAMENTE, com as duas mãos até o
final.
Coloque o condensador em sua posição mais elevada.
Acenda a luz do microscópio.
Certifique-se de que o diafragma está aberto, olhando se há passagem de luz através da lâmina.
Centralize o material no orifício da platina, utilizando os parafusos do charriot.
Olhando através das oculares, com os DOIS OLHOS ABERTOS, abaixe lentamente a platina, utilizando o
parafuso macrométrico, até que o material possa ser visto.
Observando o material, corrija a distância entre as duas oculares, de tal forma que passe a enxergar um só
campo de imagem. Essa distância varia entre as pessoas, pois depende da distância inter-pupilar de cada
um.
Neste momento, refine o ajuste de foco utilizando o parafuso micrométrico.
Explore o material da lâmina utilizando os parafusos do charriot.
A preparação pode ser obsevada com as demais objetivas, RESPEITANDO SEMPRE A ORDEM
CRESCENTE DE SEUS AUMENTOS, e ajustando o foco somente com o parafuso micrométrico. Antes de
passar para a objetiva de aumento superior, coloque sempre a parte do material a ser observada no centro
do campo de observação.

OBS.: A postura correta, além dos dois olhos abertos, inclui o fato de a mão direita ficar nos parafusos do charriot a
a mão esquerda no parafuso do micrométrico.
Uso da objetiva de 100x (IMERSÃO)
Após focalizar com a objetiva de 40x, coloque o revólver em posição inicial intermediária, entre as objetivas
de 40x e de 100x.
Coloque uma gota de óleo de imersão sobre a estrutura a ser observada.
Abaixe a objetiva de 100x ( esta lente deve mergulhar na gota de óleo) e focalize o material mexendo
SOMENTE O MICROMÉTRICO.
Para retirar a lâmina do microscópio, gire o revólver até a objetiva panorâmica (menos tamanho). Abaixe a
platina, girando o parafuso macrométrico. Em adição, limpe a objetiva de imersão com algodão. Pode-se
fazer o uso de uma solução de éter/clorofórmio (1:1), para melhor limpeza.

Ao término do uso do microscópio


Não esquecer a lâmina na platina.
Para retirar a lâmina do microscópio, gire o revólver até a objetiva panorâmica (menos tamanho). Abaixe a
platina, girando o parafuso macrométrico.
Diminua a intensidade da luz até seu valor mínimo.
Desligue o microscópio, retire o fio da tomada enrolando-o no pé do mesmo e cubra-o com a capa.
Caso tenha molhado a platina, enxugue-a muito bem! Não utilize substâncias químicas corrosivas para não
danificar o aparelho.
Guarde a lâmina na caixa de lâminas ou entregue à pessoa responsável.

Cuidados Especiais
» Não arraste o microscópio sobre a mesa e nem faça movimentos bruscos com o equipamento. Muitas peças são
de plástico e podem quebrar quando forçadas, é o caso do controle de abertura do diafragma. Caso necessite mudar
o microscópio de lugar, chame o(a) professor(a) ou monitor(a).

» Não use força ao movimentar os diferentes controles (macrométrico, micrométrico, etc.). Quando perceber que
algum controle não se movimenta por algum motivo, não force!

» Não limpe as lentes oculares com pano, papel higiênico ou papel toalha.
Ascaridíase | Ascaris lumbricoides
A ascaridíase é uma verminose causada pelo nematódeo Ascaris lumbricoide,, popularmente conhecida como
lombriga ou bicha. É presente em quase todos os países do mundo, de frequência variada com as condições
climáticas, ambientais e principalmente com o grau de desenvolvimento socioeconômico da população. Os vermes
adultos são encontrados no intestino delgado.
do.

Verme Adulto

Formas adultas alongadas, robustas,


cilíndricas e apresentam as extremidades
afiladas. Machos: medem cerca de 20 a
30cm de comprimento e apresentam cor
leitosa. A extremidade posterior fortemente
encurvada para a face ventral é o caráter
sexual externo que o diferencia facilmente da
fêmea. Fêmeas: Medem cerca de 30 a 40cm.
A extremidade posterior da fêmea é retilínea.

Ovo

São brancos e adquirem cor castanha


devido ao contato com as fezes. São
grandes, ovais e com cápsula espessa.
Possui 3 membranas, sendo a mais
externa mamilonada. A última camada
confere ao ovo grande resistência às
condições adversas do ambiente.
Frequentemente podemos encontrar nas
fezes ovos inférteis. São mais alongados,
possuem membrana mamilo-nada mais
delgada e o citoplasma granuloso.
Tricuríase | Trichuris trichiura
A tricuríase é causada pelo parasito Trichuris trichiura,
trichiura, que habita o intestino grosso dos indivíduos infectados.
A tricuríase é mais prevalente em regiões de clima quente e úmido e condições sanitárias precárias.

Verme Adulto

T. trichiura medem de 3 a 5cm de


comprimento, sendo os machos meno-
res que as fêmeas; tem cor branca ou
rósea. A extremidade anterior ocupa
2/3 do comprimento total do verme,
compreende a porção afilada, onde se
localiza a boca. O macho apresenta a
extremidade posterior enrolada vem-
tralmente em espiral. Tais caracteres-
ticas confere aos vermes adultos o
aspecto de chicote.

Ovo

Medem de 50-55 μm de comprimento por


22 μm de largura, apresentam um formato
elíptico (forma de barril) característico com
poros salientes e transparentes em ambas
extremidades. A casca do ovo de Trichuris
é formada por três camadas: externa,
intermediária e uma camada interna, que
favorece a resistência destes ovos a
fatores ambientais.
Enterobiose | Enterobius vermiculares
A enterobiose é uma infecção parasitária intestinal, causada pelo Enterobius vermicularis.. Habita o intestino grosso e
também é conhecido como “oxiúros”. Possui distribuição distribuição geográfica mundial, mas tem incidência maior
nas regiões de clima temperado.

Verme Adulto

Apresenta cor branca e são filiformes. Na


extremidade anterior, lateralmente
ralmente à boca,
notam-se expansões vesiculosas
Macho: Mede cerca de 5mm de comprimento..
Cauda fortemente recurvada em sentido
ventral, com um espículo presente; apresenta
um único testículo.
Fêmea: Mede cerca de 1cm de comprimento..
Cauda pontiaguda e longa. A vulva abre-se
se na
porção média anterior, a qual é seguida por
uma curta vagina que se comunica com dois
úteros.

Ovo

Medem cerca de 50 μm de comprimento por


20 μm de largura. Apresenta o aspecto de
um D, pois um dos lados é sensivelmente
achatado e o outro é convexo. Possui
membrana dupla, lisa e transparente. No
momento em que sai da fêmea, já apresenta
no seu interior uma larva.
Ancilostomídeos | Ancylostoma duodenale / Necator americanus
Ancylostomidae é uma das mais importantes famílias de Nematoda cujos estágios parasitários ocorrem em ma-
ma
míferos, inclusive em humanos, causando ancilostomose.
ancilostomose. Esta parasitose é popularmente conhecida como amarelão,
doença do Jeca Tatu, opilação, etc. É predominante em regiões temperadas, embora ocorra também em regiões
tropicais, onde o clima é mais temperado.

Verme Adulto

Os machos e fêmeas são cilindriformes, com


a extremidade anterior curvada dorsalmente e
cápsula bucal profunda, com dois pares de
lancetas ou dentes. Quando a fresco,
apresentam cor róseo-avermelhada. Machos:
Medem de 8 a 11 mm de comprimento; na
extremidade posterior apresenta bolsa
copuladora bem desenvolvida. Fêmeas:
Medem de 10 a 18mm de comprimento.
Possui extremidade posterior afilada.

Ovo

São ovais / elípticos, com 40 μm x 60 μm


de comprimento. Apresentam casca fina e
transparente. No seu interior, pode-se
notar a presença de blastômeros.
Desenvolve-se no meio externo em
presença de alta umidade, boa
oxigenação e temperatura elevada, para
que ocorra a embrionia e possa dar
origem a larva de primeiro estádio (L1).
Estrongiloidíase | Strongyloides stercoralis
Estrongiloidiase é uma doença causada pelo parasita Strongyloides stercoralis.. Por possui elevada prevalência em
países tropicais e subtropicais e ser de fácil transmissão, tomam a estrongiloidíase um importante problema médico e
social. O Strongyloides stercoralis apresenta várias formas evolutivas: fêmea partenogenética, fêmea de vida livre ou
estercoral, macho de vida livre, ovos, larvas rabditóides e larvas filarióides.

Formas evolutivas

Ovos

São elípticos, de parede fina e transparente,


praticamente idênticos aos dos ancilosto-
mídeos. Os ovos são encontrados nas fezes
de indivíduos com diarreia grave. Os ovos
originários da fêmea parasita medem 0,05mm
de comprimento por 0,03mm de largura e os
da fêmea de vida livre são maiores, medindo
0,07mm de comprimento por 0,04rnrn de
largura.
Filariose Linfática | Wuchereria bancrofti
A filariose linfática é uma doença parasitária causada por vermes nematoides. Devido a sua manifestação na fase
crônica é conhecida popularmente como elefantíase. A W. bancrofti infecta exclusivamente seres humanos que são
as únicas fontes de infecção para os mosquitos vetores

Verme Adulto

Microfilária:: Também é conhecida como


embrião.
ião. Possui uma membrana extremamente
delicada e que funciona como uma bainha
flexível. Medem de 250 a 300 μm de
comprimento e se movimenta na corrente
sanguínea do hospedeiro. Alguns filarídeos
encontrados no sangue não possuem a bainha.
Larvas: São encontradas
tradas no inseto vetor. A
larva de primeiro estádio (L1) mede em torno de
300 μm de comprimento. A de segundo estádio ádio
(L2) é de duas a três vezes maior que a L1. A
larva infectante (L3) tem entre 1,5 e 2,0 μm de
comprimento.
Esquistossomose | Schistosoma mansoni
Esquistossomose é uma doença parasitária causada pelo Schistosoma mansoni, que tem o homem como seu hospedeiro
definitivo, mas que necessita de caramujos de água doce (gênero Biomphalaria) como hospedeiros intermediários para
desenvolver seu ciclo evolutivo. No Brasil, a doença é popularmente conhecida como "xistose", "barriga
"barriga-d'água" ou "mal-do-
caramujo".

Verme Adulto

Machos: Medem cerca de 1cm. Tem cor


esbranquiçada, com tegumento recoberto de
minúsculas projeções (tubérculos). Apresenta
o corpo dividido em duas porções: anterior e a
posterior. Fêmeas: Medem cerca de 1,5cm.
Tem cor mais escura devido ao ceco com
sangue semidigerido, com tegumento liso.
Cercárias: Possuem comprimento total de
500 μm, cauda bifurcada medindo 230 por 50
μm e corpo cercariano com 190 por 70 μm.
Apresentam duas ventosas. É principalmente
através desta ventosa que a cercaria fixa-se
na pele do hospedeiro no processo de
penetração.

Ovo
Medem cerca de 150 μm de comprimento
por 60 de largura, sem opérculo. Possui
formato oval e na parte mais larga
apresenta um espículo voltado para trás.
O ovo maduro possui um miracídio
maduro e é usualmente encontrado nas
fezes.
Teníase | Taenia solium / Taenia saginata
A teníase é uma doença parasitária popularmente conhecida como solitária. É causada pela presença das formas
adultas de T. solium e/ou T. saginata,, no intestino delgado humano.

Verme Adulto (Taenia solium)

Apresenta corpo achatado,


dorsoventralmente em forma de fita,
dividido em escólex ou cabeça, colo ou
pescoço e estróbilo ou corpo. São de
cor branca leitosa com a extremidade
anterior afilada. T. solium: Mede de 2 a
8 metros, podendo apresentar cerca de
800 a 1000 proglotes. A sua cabeça ou
escólex possui 25 a 50 ganchos.

Verme Adulto (Taenia solium)

Mede de 4 a 12 metros, apresentando


mais de 1000 proglotes. O escólex é do
tamanho da cabeça de um alfinete,
com porção superior aplanada, sem
ganchos, provida de 4 ventosas.
Apresenta corpo achatado, em forma
de fita, dividido em escólex ou cabeça,
colo ou pescoço e estróbilo ou corpo.
São de cor branca leitosa com a
extremidade anterior afilada.
Ovo (Taenia sp.)

São esféricos e pequenos, medindo cerca de


30mm de diâmetro. Possui uma casca
protetora, embrióforo, que confere resistência.
Internamente, encontra-se o embrião
hexacanto ou oncosfera, com 3 pares de
acúleos e dupla membrana.
Doença de Chagas | Trypanosoma cruzi
Trypanosoma cruzi é um protozoário agente etiológico da doença de Chagas. O ciclo biológico do T. cruzi é do tipo
heteroxênico, passando o parasito por uma fase de multiplicação intracelular no hospedeiro vertebrado (homem e
mamíferos pertencentes a sete ordens diferentes) e extracelular no inseto vetor (triatomíneos). As formas evolutivas
do T. cruzi são: Amastigotas, epimastigotas e tripomastigotas.

Forma Tripomastigota

É a forma infectante para os


vertebrados. Fase extracelular, que
circula no sangue. Fusiforme,
geralmente é encontrado contorcido.
Apresenta flagelo e membrana
ondulante em toda a extensão lateral
do parasito. O cinetoplasto se localiza
na extremidade posterior do parasito
(lado oposto ao flagelo).

Forma Epimastigota

Encontrada no tubo digestivo do


inseto vetor, não é infectante para
os vertebrados. Tem forma fusiforme
e apresenta o cinetoplasto junto ao
núcleo. Possui flagelo e membrana
ondulante. Multiplicam por divisão
binária.
Forma Amastigota

Encontrada no interior de células do


sistema mononuclear fagocitário do
hospedeiro vertebrado e no espaço
extracelular. Apresentam-se
tipicamente, ovóides ou esféricas.
Possui um único núcleo que apresenta-
se esférico ou ovóide disposto em geral
em um dos lados da célula; o
cinetoplasto encontra em forma de
bastão pequeno, situado na maioria
das vezes próximo do núcleo; não há
flagelo livre.

A B C D E F G
Panstrongylus megistus

A - ovos
B - ninfa de primeiro estádio
C - ninfa de segundo estádio
D - ninfa de terceiro estádio
E - ninfa de quarto estádio
F - ninfa de quinto estádio
G - fêmea adulta
Diferenciação dos hemípteros conforme o hábito alimentar

Fitófago Predador Hematófago


aparelho bucal reto e que aparelho bucal aparelho bucal reto e que não
ultrapassa o primeiro par de curto e curvo ultrapassa o primeiro par de
patas patas

PRINCIPAIS GÊNEROS DE IMPORTÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

TRIATOMA PANSTRONGYLUS RHODNIUS


Leishmaniose | Leishmania sp.
A leishmaniose é uma doença de manifestação cutânea ou visceral causada por protozoários flagelados do gênero
Leishmania. É uma zoonose comum ao cão e ao homem. É transmitida ao homem pela picada de mosquitos
flebotomíneos. Suas formas evolutivas são: amastigotas, promastigotas e paramastigotas.

Forma Promastigota

Vivem no aparelho digestivo de fêmeas


dos insetos flebotomíneos, onde as
formas promastigotas procíclicas se
transformam em promastigotas
metacíclicas, que são as formas
infectantes de Leishmania sp. para os
hospedeiros vertebrados. São
alongadas, com flagelo livre; núcleo
arredondado no centro e cinetoplasto
corado de forma intensa próximo ao
flagelo, na extremidade anterior.

Forma Amastigota

Encontrada no interior de células do


sistema mononuclear fagocitário do
hospedeiro vertebrado e no espaço
extracelular. Apresentam-se
tipicamente, ovóides ou esféricas.
Possui um único núcleo que apresenta-
se esférico ou ovóide disposto em geral
em um dos lados da célula; o
cinetoplasto encontra em forma de
bastão pequeno, situado na maioria
Giardíase | Giardia duodenalis
Giardia duodenalis ou Giardia lamblia é o agente causador da giardíase. Sua transmissão ocorre por meio da
ingestão de cistos maduros. Possui ciclo monoxênico. É um protozoário flagelado que habita o intestino delgado,
onde as formas trofozoítas aderem à mucosa. Apresenta reprodução por divisão binária e locomoção por meio de
flagelos. Suas formas evolutivas são: trofozoíto e cisto.

Forma Cística

Oval ou elipsóide. Quando corado,


pode mostrar uma delicada membrana
destacada do citoplasma. No seu
interior encontram- se dois ou quatro
núcleos, um número variável de fibrilas
(axonemas de flagelos) e os corpos
escuros com forma de meia-lua e
situados no pólo oposto aos núcleos.

Forma Trofozoíta

Apresenta forma de pera (piriforme)


ou de gota, com citoplasma corado
em cinza, com pólo anterior (largo)
mais claro pela presença do "disco
suctorial" ou "disco ventral". O pólo
mais largo também possui 2 núcleos
ovais com cromatina condensada no
centro, formando um grande
cariossomo.
Tricomoníase | Trichomonas vaginalis
A tricomoníase é uma doença causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis. O T. vaginalis apresenta-se às vezes
elipsóides ou ovais e algumas vezes esféricos. Este parasito não possui a forma cística, somente a trofozoítica, e
possui um ciclo monoxênico. T vaginalis habita o trato genitourinário do homem e da mulher, onde produz a infecção
e não sobrevive fora do sistema urogenital.

Forma Trofozoita

Apresenta um formato piriforme; possui


cinco flagelos, uma membrana
ondulada e contém um núcleo oval,
com cromatina.
Amebíase | Entamoeba histolytica
A amebíase continua definida como infecção sintomática ou assintomática causada pela E. histolytica. Quase todas
as espécies do gênero Entamoeba vivem no intestino grosso de humanos ou de animais. Esse gênero se caracteriza
por possuir núcleo esférico ou arredondado e vesiculoso. O cariossoma é relativamente pequeno, central ou
excêntrico.

Forma Trofozoíta (E. histolytica)

Geralmente tem um só núcleo, bem


nítido nas formas coradas e pouco
visível nas formas vivas. Se locomove
pela emissão de pseudópodes. Em
casos de disenteria, é comum
encontrar eritrócitos no citoplasma. O
trozofoíto, quando fixado e corado
apresenta diferenças entre ecto e
endoplasma; o núcleo é bem visível e
destacado, geralmente esférico.

Forma Cística (E. histolytica)

São esféricos ou ovais, medindo 8 a 20


µm de diâmetro. Podem apresentar até
4 núcleos. O cariossoma é pequeno,
situado no centro do núcleo, se cora
também de marrom-escuro ou negro.
Os corpos cromatóides, quando
presentes nos cistos,têm a forma de
bastonetes,com pontas arredondadas.
Forma Cística (E. coli)

O cisto apresenta-se como uma


pequena esfera medindo 15-20µm,
contendo até oito núcleos, com
corpos cromatóides finos,
semelhantes a feixes ou agulhas.

Comparando: E. histolytica X E. coli


Toxoplasmose | Toxoplasma gondii
A toxoplasmose é uma doença infecciosa, congênita ou adquirida, causada pelo protozoário Toxoplasma gondii gondii. O
gato e alguns outros felídeos são os hospedeiros definitivos e o homem e os outros animais são os hospedeiros
intermediários. As formas infectantes que o parasito apresenta durante o ciclo biológico são: taquizoítos, bradizoítos
e esporozoítos.

Forma Taquizoíta

Apresenta aspecto morfológico em


forma de arco, com uma das
extremidades mais afilada e a outra
arredondada, medindo cerca de 2 x 6
µm, com o núcleo em posição mais ou
menos central. É uma forma móvel, de
multiplicação rápida. Os taquizoítos são
pouco resistentes à ação do suco
gástrico no qual são destruídos em
pouco tempo.

Forma Bradizoíta
Os bradizoítos são encontrados dentro
do vacúolo parasitóforo de uma célula.
Multiplicam-se dentro do cisto, por
endodiogenia ou endopoligenia. A
parede do cisto é resistente e elástica,
que isola os bradizoítos da ação dos
mecanismos imunológicos do
hospedeiro. O tamanho do cisto é
variável dependendo da célula
parasitada e do número de bradizoitos
no seu interior, podendo atingir até
200 µm.

Oocisto

É a forma de resistência que possui


uma parede dupla bastante resistente
às condições do meio ambiente. Os
oocistos são produzidos nas células
intestinais de felídeos não-imunes e
eliminados imaturos junto com as
fezes. São esféricos, medindo cerca de
12,5 x 11,0 µm e após esporulação no
meio ambiente contêm dois
esporocistos, com quatro esporozoítos
cada.
Malária | Plasmodium sp.
Malária é uma doença infecciosa transmitida principalmente por mosquitos e provocada por protozoários do
género Plasmodium.. O agente etiológico é geralmente transmitido pela picada da fêmea infectada do
mosquito Anopheles. As espécies de Plasmodium mais comumente encontradas parasitando os seres humanos
são P. falciparum, P. vivax, P. ovale e P. malariae.
malariae

Plasmodium falciparum (trofozoíto)

Pequeno e delicado. Citoplasma


delgado e núcleo com cromatina
pequena e saliente (forma em anel)
ou dupla.

Plasmodium falciparum (gametócitos)


Forma de banana, crescente é
considerado típico dessa espécie.

Plasmodium falciparum (esquizonte)

Forma ameboide. Geralmente


arredondado; citoplasma pouco
deformado; cromatina separada
segmentada em grânulos grossos.
Plasmodium vivax (trofozoíto)

Pequeno e delicado. Citoplasma


delgado e núcleo com cromatina
pequena e saliente (forma em anel)
ou dupla.

Plasmodium vivax (esquizonte)

Observe os merozoítos
individualizados no interior do
esquizonte. Ocupam quase todo o
interior do volume da célula
hospedeira.
Plasmodium vivax (gametócito)

Forma arredondada ou oval,


citoplasma abundante. Cora-se
mais fortemente azul pelo Giemsa.
Núcleo situado mais próximo à
periferia.

Você também pode gostar