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INSPEÇÃO DE INCÊNDIO

CHS – 2020
CAP BM IGOR OLÍMPIO PAZINI DA CUNHA
INSPEÇÃO EM LOCAL DE
INCÊNDIOS ESPECÍFICOS

 Aula: 08 h/a
 Duração: 400 min
 Instrutor: CAP IGOR OLÍMPIO PAZINI DA CUNHA
 Incêndio em vegetação

 Incêndio em veículo

 Explosão
INCÊNDIO EM
VEGETAÇÃO
OBJETIVOS
Após a conclusão deste módulo o aluno será capaz de:

• Compreender a dinâmica e as características de um incêndio em


vegetação;

• Identificar os vestígios a serem registrados em um relatório de inspeção


de incêndio que auxiliarão o perito na elucidação da perícia;

• Entender a metodologia para realização de uma inspeção;


• Determinar quais informações são importantes para registrar
no relatório de inspeção de incêndio;

• Determinar, em um cenário de incêndio em vegetação, a


zona de origem, o foco inicial, o grau de dano, a classe de
incêndio predominante e o processo causador do incêndio.
SUMÁRIO
I – INTRODUÇÃO

II – DESENVOLVIMENTO
2.1 Fases da combustão da madeira
2.2 Propagação de incêndios florestais
REVISÃO

2.3 Formas de transmissão de calor


2.4 Classificação de incêndios
2.5 Fatores que influenciam a propagação em incêndios florestais
2.6 Partes de um incêndio
2.7 Indicadores de queima
2.8 Metodologia da inspeção
2.9 Itens do formulário de inspeção de incêndio

III – CONCLUSÃO
3.1 Exercícios
• Natural: raios;
• Acidental: linha de transmissão de energia elétrica de alta tensão,
emissões de partes incandescentes dos freios de locomotivas,
combustão espontânea, carga de carvão em transporte rodoviário.
• Antrópica por negligência: queima agrícola e de pastos, queima de
lixos, fogueiras de acampamentos, fogos de artifício e balões de
festa junina, projéteis luminosos e munições incendiárias.
• Antrópica de origem intencional: insatisfações, vingança ou
desavença, piromaníacos, intenção de promover estado de
calamidade pública, aumentando a incidência de incêndios em
época de seca, queima de pastagens nativas.
NOMENCLATURA DO INCÊNDIO FLORESTAL

“Para conhecer o que provocou um incêndio florestal é necessário localizar a origem do incêndio, pois
na origem está a causa, o dispositivo de ignição. A investigação que permite chegar até esse dispositivo
baseia-se na reconstrução da evolução do incêndio através da análise de sua dinâmica no ambiente
natural, relacionando-a ao relevo e ao sentido dos ventos, e da observação das marcas deixadas pelo
fogo nos combustíveis e materiais não-combustíveis na área em que avançou a favor do vento, em seus
flancos e na área que avançou contra o vento.”
FASES DA COMBUSTÃO DA MADEIRA
PROPAGAÇÃO DOS INCÊNDIOS FLORESTAIS
(TRANSMISSÃO DE CALOR)
FORMAS DE TRANSMISSÃO DE CALOR

Irradiação Convecção
Deslocamento de corpos
CLASSIFICAÇÃO DOS INCÊNDIOS
COMBUSTÍVEL DISPONÍVEL EM UMA VEGETAÇÃO
FATORES QUE INFLUENCIAM NA PROPAGAÇÃO EM INCÊNDIOS FLORESTAIS
FATORES QUE INFLUENCIAM NA PROPAGAÇÃO EM INCÊNDIOS FLORESTAIS
COMBUSTÍVEL CONDIÇÕES METEREOLÓGICAS TOPOGRAFIA
•Umidade •Velocidade e direção do vento •Inclinação
•Arranjo vertical •Umidade relativa do ar •Exposição
•Carga do combustível •Precipitação •Elevação
•Compactação •Temperatura
•Continuidade •Estabilidade atmosférica
•Propriedades químicas
•Tamanho e forma
PARTES DE UM INCÊNDIO
INDICADORES DE QUEIMA

1- Prolongamento de carbonização
2 - Grau de danos;
4- Cor das cinzas;
5 - Combustível protegido;
6 - Carbonização superficial;
7 - Carbonização profunda;
8 - Congelamento de folhas e galhos finos;
9 - Mancha de fuligem;
10 - Caule de gramínea.
PROLONGAMENTO DE CARBONIZAÇÃO
• No lado que o vento está soprando no caule, sob a influência do
turbilhonamento, há maior suprimento de oxigênio e o ar movimenta-se no
sentido ascendente. Em decorrência, as chamas deste lado do caule têm maior
intensidade e altura.
GRAU DE DANOS
• Grau de danos é o volume de matéria vegetal afetada pelo
incêndio.
• Em geral, o grau de danos indicará o sentido da propagação e o
comportamento do incêndio, mas não a localização da origem
do incêndio.
Leitura complementar:
O dano nos vegetais é pequeno nas proximidades da origem do
incêndio, porém, assim que ele inicia a sua dinâmica, adquirindo as
características definitivas de incêndio, propagando-se sob o efeito do
vento superficial dominante, relevo e combustíveis, intensificando-se
em interação com a radiação e convecção, aumentam rapidamente os
danos causados pela queima.

Na proximidade de sua origem o fogo produz temperaturas


relativamente baixas, porém ao se afastar de sua origem, intensificam-
se os efeitos que aquecem, desidratam e queimam os combustíveis
em diferentes alturas, atingindo as copas das árvores.
COR DAS CINZAS
• Em geral, um incêndio tem a característica de produzir
cinzas mais claras na frente do que na retaguarda do
incêndio.
Leitura complementar:
Em geral, um incêndio tem a característica de produzir cinzas mais claras na
frente do que na retaguarda do incêndio. Quando isso ocorre é devido à
ação conjunta da radiação e da convecção, atuando como agentes
dessecadores dos combustíveis adiante do incêndio. As chamas, ao
alcançarem o combustível dessecado, realizam as etapas de combustão
subsequentes, transformando-o em cinzas claras por se suceder a
combustão completa em todas as suas fases, preaquecimento, combustão
de gases e combustão do material lenhoso.
COMBUSTÍVEL PROTEGIDO
• Esse indicador fica mais evidente ao ser formado por
chamas de baixa a média intensidades em
combustíveis com um mínimo de vigor vegetativo que
possam ter uma resistência inicial à queima total. É
um indicador importante.
Leitura complementar:
Portanto, nas proximidades da zona de confusão os combustíveis protegidos
podem ser localizados com mais facilidade, mas não somente nessa área eles
serão visíveis, pois detrás de um material não-combustível, ou de combustão
lenta, tal como um tronco de árvore, ao longo do percurso do incêndio, eles
também poderão ser encontrados apesar de, nessas circunstâncias, sofrerem a
ação das chamas sob o efeito do turbilhonamento a sotavento do material
protetor.

O material protetor apresentará uma queima homogênea com cinzas mais


claras, na parte em frente ao sentido do fogo (parte a barlavento), e uma
queima heterogênea, incompleta, com cinzas mais escuras na parte a
sotavento. Após observar e identificar o conjunto que compõe esse indicador,
removendo cuidadosamente o material protetor, no caso de tronco, podem ser
vistas com maior clareza essas duas faces distintas no solo.
CARBONIZAÇÃO SUPERFICIAL
• Esse indicador de queima é uma evidência costumeira
em troncos de árvores e arbustos e permanece aí por
muitos anos. Pode ocorrer também em cupinzeiros e
materiais que se oponham ao sentido de progressão
das chamas. Ao passarmos o dorso do dedo na face a
sotavento perceberemos uma sensação de maciez e, a
barlavento, uma sensação de aspereza. Essas
sensações indicarão que a carbonização é recente.
Outro indicativo, de menor resistência ao tempo, são
pequenos pontos de cinza branca ao longo da
carbonização.
(1)

(2)
(3)

(4)
Leitura complementar:
(1) Quando o incêndio se propagar com o vento a favor em relevo plano
ou em relevo ascendente, a linha de carbonização incidirá em ângulo em
relação ao solo.
(2) Quando o incêndio se propagar contra o vento em relevo plano ou em
relevo descendente, a linha de carbonização será paralela ao solo.
(3) Quando o incêndio se propagar contra o vento, em relevo ascendente,
a linha de carbonização será paralela ao solo. Porém, a carbonização terá
intensidade menos acentuada, em sentido vertical, na face a barlavento do
caule.
(4) Quando o incêndio se propagar a favor do vento, em relevo
descendente, a carbonização será paralela ao solo na face de barlavento e
em ângulo com o solo na face de sotavento.
CARBONIZAÇÃO PROFUNDA
• A incidência contínua das chamas em um combustível
pesado, que pode ser mais enérgica sob influência de
forte fluxo de ar, causa carbonização profunda na face a
barlavento, formando placas negras e brilhantes,
semelhantes a escamas, que permanecem por muitos
anos.
CONGELAMENTO DE FOLHAS E GALHOS FINOS
• A convecção e radiação transmitem calor às folhas e aos galhos finos causando o amolecimento
dos tecidos vegetais, submetendo-os à flexão induzida pelo vento. Após a passagem da frente do
incêndio, ainda sob ininterrupta atuação do vento, galhos e folhas perdem o calor transmitido
pela convecção, esfriando-se, tornam-se rijos mantendo-se curvados para o sentido que o vento
sopra, que é o sentido de progressão do incêndio.

• As chamas de pouca intensidade de transmissão de calor, típicas da origem do incêndio ou da


área próxima, farão com que as folhas e os ramos finos dos vegetais mais próximos se curvem e
fiquem congelados no sentido do solo no sentido das chamas.
Leitura complementar:

REGRA: o sentido do congelamento indica a DIREÇÃO DO


VENTO (SENTIDO DE PROGRESSÃO DO INCÊNDIO)

EXCEÇÃO: próximo a área de origem, congelados no sentido do


solo apontando para as chamas
MANCHA DE FULIGEM
• A fumaça é constituída de partículas de carbono, aerossóis, compostos orgânicos voláteis,
vapor d’água, fuligem e outras dezenas de componentes. A fuligem compõe-se de
diminutas partículas de carbono agregadas a outros componentes e é resultante da
combustão incompleta, principalmente em áreas com grandes volumes de combustíveis,
compactados sob chamas de rápida propagação. A fuligem propaga-se na fumaça sob a
força do vento e do movimento convectivo e se deposita de maneira mais visível nas
superfícies dos materiais não combustíveis. Ao entrar em contato com obstáculos de
menor temperatura adere neles, manchando-os de cor preta ou de aspecto queimado.
CAULE DE GRAMÍNEA
• Uma fonte de calor afeta os caules de gramíneas
causando a perda do vigor vegetativo,
queimando-os e fazendo com que se verguem
voltados para as chamas. Esse indicador permite
identificar a intensidade das chamas e o sentido
de propagação do incêndio.
Leitura complementar:

1) Na origem do incêndio os caules sob a ação da radiação perdem o vigor


vegetativo e tombam ou vergam voltados para a origem do incêndio
2) As partes das folhas e dos caules que, por eventualidade, não foram
queimadas, tombam voltadas à origem das chamas. Caules de gramíneas
secionados por chamas de propagação contra o sentido do vento terão suas
extremidades com o aspecto arredondado ou reto, não formando ângulo em
relação ao solo. Ao passarmos o dorso do dedo suavemente a sotavento nas
extremidades de um caule, ou, para mais fácil percepção, num feixe de caules
queimados, perceberemos uma sensação de maciez e, a barlavento, uma
sensação de aspereza;
Ideias Gerais:
- Na cabeça do incêndio as chamas estão à favor do vento em direção aos
combustíveis, é onde o dano é maior, o fogo é mais forte pois os meios de
propagação do fogo (radiação, convecção e condutibilidade) são mais
intensos;

- Na traseira do fogo as chamas propagam-se contra o vento portanto, a


velocidade de alastramento é menor;

- Os incêndios florestais começam pequenos e aumentam de intensidade ao


evoluir.

- Os danos na origem do fogo são geralmente bastantes menores que na


cabeça do incêndio.
• -Maior volume de combustíveis de queima rápida
• -Predomínio dos combustíveis uniformes
• -Menor teor de umidade nos combustíveis
• -Aclives à frente do fogo
• -Ventos fortes
• -Baixa umidade relativa do ar
• -Temperatura atmosférica elevada
• _______________________________________
• -Menor volume de combustíveis de queima rápida
• -Predomínio dos combustíveis desuniformes
• -Maior teor de umidade nos combustíveis
• -Declives à frente do fogo
• -Ventos fracos
• -Elevada umidade do ar
• -Temperatura baixa
METODOLOGIA DA INSPEÇÃO
A preocupação do inspetor sempre deve se efetivar com as seguintes
medidas:

1) Percorrer a área (perímetro);


2) Delimitar a área a ser inspecionada;
3) Proteger a cena para a investigação;
4) Preservar vestígios;
5) Coletar informações que podem auxiliar a elucidação do
incêndio;
6) Documentação do incêndio;
7) Fotografar (preservados x destruído).
ITENS PARA PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO DE INSPEÇÃO

 Tipo de Área Florestal;


 Área total / Área queimada;
 Danos causados pelo incêndio;
Seguradora
Zona de origem
Foco Inicial
Processo ou objeto causador do incêndio
TIPO DE ÁREA FLORESTAL

1) Área Particular;
2) Área de Preservação Permanente;
3) Unidade de Conservação;
4) Reserva Legal.
As Áreas de Preservação Permanente são áreas reconhecidas como de utilidade pública, de
interesse comum a todos e localizadas, em geral, dentro do imóvel rural, público ou particular,
em que a lei restringe qualquer tipo de ação, no sentido de supressão total ou parcial da
vegetação existente, para que se preservem com as plantas em geral, nativas e próprias, que
cobrem a região.
Reserva legal é a área localizada no interior de uma propriedade ou posse
rural, excetuada a de preservação permanente, necessária ao uso
sustentável dos recursos naturais, à conservação e reabilitação dos
processos ecológicos, à conservação da biodiversidade e ao abrigo e
proteção da fauna e flora nativas.

Conforme Art. 12 da Lei Nº 12.651 (Código Florestal), todo imóvel rural deve manter
área com cobertura de vegetação nativa, a título de Reserva Legal, sem prejuízo da
aplicação das normas sobre as Áreas de Preservação Permanente, observados os
seguintes percentuais mínimos em relação à área do imóvel, excetuados os casos
previstos no art. 68 desta Lei:

Área essa que corresponde a 20% (vinte por cento), conforme exposto no inciso
segundo do artigo citado.
Enquanto as Áreas de Proteção Permanente se restringem as florestas e demais formas
de vegetação, as Unidades de Conservação possuem uma abrangência maior, com
proteção de diversos bens naturais, além disso, não são áreas previamente delimitadas,
dependem de estudos técnicos e consulta popular, para que sejam definidas suas
dimensões, limites, quais atributos naturais serão protegidos, e principalmente em qual
grupo serão enquadradas, seja de Proteção Integral ou Uso Sustentável.

Após definida a localidade, as UC´s são instituídas por um ato do Poder Público,
geralmente um decreto do Poder Executivo Federal, Estadual ou Municipal, e havendo
necessidade de criá-las em áreas particulares, estas serão desapropriadas, com as
respectivas indenizações.

Ex: (FEDERAIS) Reserva Biológica Augusto Ruschi, Reserva Biológica de Sooretama, Reserva
Biológica de Córrego do Veado .
(ESTADUAIS) APA Setiba, APA Pedra Elefante, APA Praia Mole, Reserva Biológica Duas Bocas,
Parque Estadual Cachoeira da Fumaça, Parque Estadual de Forno Grande, Parque Estadual de
Itaúnas etc.
ÁREA TOTAL / ÁREA QUEIMADA
DANOS CAUSADOS PELO INCÊNDIO
SEGURADORA
ZONA DE ORIGEM / FOCO INICIAL
PROCESSO OU OBJETO CAUSADOR DO INCÊNDIO

Combustão espontânea
 Balões e fogos de artifício
 Linha de transmissão de alta tensão
 Descargas atmosféricas
 Veículos pesados
 Fogueiras
 Estradas de ferro
 Incendiários
 Queimas para limpeza
EXERCÍCIOS
1) Quais são os indicadores de queima em um incêndio florestal que um inspetor
deve se atentar durante o serviço de inspeção?

2) Quais as principais formas de propagação de um incêndio florestal? Descreva


como ocorre cada forma.

3) Enumere e explique os fatores que afetam um incêndio florestal.

4) Qual a sistemática que um inspetor deve seguir em um cenário de incêndio


florestal.

5) Quais as principais informações que se deve buscar em um cenário de incêndio


florestal para auxiliar o perito e preencher o relatório de inspeção.
6) Descreva quais informações poderiam ser retiradas das imagens a seguir que auxiliam o perito
para a construção do laudo pericial.
Sistemática de atuação em um cenário de Incêndio Florestal
INTERVALO!
INCÊNDIO EM
VEÍCULO
OBJETIVOS
Após a conclusão deste módulo o aluno será capaz de:

• Compreender as características de um incêndio veicular;

• Identificar as principais fontes de ignição em um veículo


automotor;

• Entender a metodologia para realização de uma inspeção em


veículo incendiado;
• Determinar quais informações são importantes para registrar
no relatório de inspeção de incêndio;

• Determinar, em um cenário de incêndio em veículo, a zona de


origem, o foco inicial, o grau de dano, a classe de incêndio
predominante e o processo causador do incêndio.
SUMÁRIO
I – INTRODUÇÃO

II – DESENVOLVIMENTO
2.1 Característica do incêndio veicular
2.2 Fontes de ignição
2.3 Metodologia da inspeção de veículo
2.4 Padrões de queima
2.5 Itens para preenchimento do formulário de inspeção

III – CONCLUSÃO
3.1 Exercícios
SEGURANÇA NA INSPEÇÃO EM VEÍCULOS

-Impedir a movimentação do veículo;


-Cuidado com o acionamento de airbags;
-Vazamento do combustíveis;
-Ferragem e vidros;
-Vazamento de lubrificantes;
-Armazenamento de energia pela bateria.
ESTRUTURAS DO VEÍCULO

- Compartimento do motor;
- Compartimento de passageiros;
- Porta-malas/bagageiro.
CARACTERÍSTICAS DO INCÊNDIO VEICULAR

- Não apresenta padrões de queima tradicionais;

- Combustível enclausurado em uma pequena área;

- Mais de 400 Kg de materiais combustíveis dentro do carro;

- Diferentes sistema elétricos;

- Diferentes fontes de ignição e combustíveis;


-Queimam mais rapidamente que estruturas típicas;

-Propagação do fogo rápida e risco de explosão;

-Designs automotivos mudam a cada ano enquanto que


as estruturas não;
-São frequentemente movidos da cena após o incêndio;
- Falta de manutenção pode aumentar o risco de incêndio;

- Pode estar operando em vários tipos de ambiente;


- Podem ocorrer após um impacto;

-A força do impacto pode afetar as evidências.


FONTES DE IGNICÃO

Contato de chama;
Fontes elétricas;
Sobrecarga;
Curto-circuito;
Filamentos de lâmpadas quebradas;
Superfícies aquecidas;
Faíscas mecânicas.
- Alternador

- Bateria
METODOLOGIA DE INSPEÇÃO EM VEÍCULOS

 Verificação da integridade da Cena;


 Reconhecimento do Cenário;
 Inspeção do veículo;
 Inspeção no exterior do veículo;
 Inspeção no interior do veículo.
MBEIRO
BO S
E

C O RP O D

MI
LITAR
SP
T

O
E
ÍRI
TO SAN
DADOS A SEREM COLETADOS

 DO VEÍCULO

- Identificação: modelo, ano, cor, número do chassi


CENÁRIO E HISTÓRICO DO VEÍCULO

 operação do veículo antes da ocorrência de incêndio do


motorista ou proprietário para determinar o seguinte:

 quando o veículo foi dirigido por último e qual foi a


distância percorrida;
 a quilometragem total do veículo;
 se o veículo estava funcionando normalmente
(ruídos, mau funcionamento elétrico);
quando foi a última manutenção: troca de óleo ou reparos;
quando o veículo foi abastecido e a quantidade de combustível;
quando e onde o veículo foi estacionado;
com quais equipamentos que o veículo foi equipado: rádio, CD,
DVD,telefone móvel, janelas elétricas, assentos elétricos, rodas
feito sob encomenda, e assim por diante;
que artigos pessoais estavam no veículo: roupas, ferramentas, e
assim por diante.
 se o veículo estava sendo dirigido na ocasião do incêndio:

 qual a distância percorrida pelo veículo;

qual era o percurso;

 se estava carregado, rebocando outro veículo, sendo


dirigido em alta velocidade;

 se o veículo estava trafegando normalmente;


 quando e onde foi o sentido o cheiro da fumaça, ou
percebido a chama;
como o veículo se comportava: barulhos, trafegando
com dificuldade, ou indicações de mau funcionamento
elétrico;
o que o motorista fez;
o que foi observado;
se tentou apagar o incêndio e de que forma;
quanto tempo durou o incêndio antes que a ajuda
chegasse;
quanto tempo durou o incêndio até que fosse extinto.
REGISTRO DA CENA

Registrar os pontos de referência e distâncias relativas ao


veículo suficientemente para definir o local do veículo antes
de sua remoção;

 A cena global dever ser fotografada, mostrando edifícios


circunvizinhos, rodovias pavimentadas, vegetação, outros
veículos, e impressões deixadas por pneus ou pegadas;

Todo o dano do incêndio causado nos elementos acima


ou sinais de derramamento de combustível deve ser
fotografado e dever ser documentado para ajudar na análise
da propagação do incêndio.
REGISTRO DA CENA

Fotografar todo o veículo;

 Registrar materiais no chão;

Inspecionar bagageiro.
A cena global dever ser fotografada, mostrando edifícios
circunvizinhos, rodovias pavimentadas, vegetação, vento,
outros veículos e impressões deixadas por pneus ou pegadas;

Todo o dano do incêndio causado nos elementos acima ou


sinais de derramamento de combustível deve ser fotografado e
dever ser documentado para ajudar na análise da propagação
do incêndio.
PADRÕES DE QUEIMA
PADRÕES DE QUEIMA
ITENS PARA PREENCHIMENTO DO FORMULÁRIO DE
INSPEÇÃO

 Dados básicos do veículo (Placa, cor, ano de


fabricação, Chassi, Renavam, Modelo);
 Última manutenção;
 Danos provocados pelo incêndio;
Seguradora
Zona de origem
Classe de incêndio predominante na zona de origem
Grau de Dano
Foco Inicial
Processo ou objeto causador do incêndio
DADOS BÁSICOS DO VEÍCULO
ÚLTIMAS MANUTENÇÕES

1) Realizar uma entrevista com proprietário;

2) Buscar informações sobre quando foi a última


manutenção: troca de óleo, ou reparos;

3) Identificar quanto a presença de notas fiscais


dentro do veículo com algum tipo de manutenção
discriminada.
DANOS PROVOCADOS PELO INCÊNDIO
SEGURO
ZONA DE ORIGEM / FOCO INICIAL

FOCO INICIAL

ZONA DE ORIGEM
ZONA DE ORIGEM

FOCO INICIAL
?
GRAU DE DANO

Até 30% De 30% a 60% De 60% a 100%


PROCESSO OU OBJETO CAUSADOR DO INCÊNDIO
ATENÇÃO ESPECIAL DURANTE A INSPEÇÃO
- Regiões na carroceria sujeitas a ação de chama:
Direta: consumo total da pintura (chapa viva);
Indireta: formação de casca de fácil remoção
INDICATIVOS DE INCÊNDIO DE ORÍGEM CRIMINOSA

- Queima total;
- Em área remota;
- Múltiplos focos;
- Veículo não possui histórico de defeitos mecânicos e/ou
elétricos
- Atraso de pagamento no financiamento do veículo;
- O veículo possui danos significantes não relatados.
CUIDADO: Em um veículo, a elevada intensidade da
queima e a alta velocidade de propagação não indicam
que o incêndio foi intencional;
EXERCÍCIOS
1) Quais são os indicadores de queima em um incêndio em veículo que um inspetor
deve se atentar durante o serviço de inspeção?

2) Cite as principais fontes de ignição que podem dar início a um incêndio veicular.

3) Enumere e explique os fatores que afetam um incêndio florestal.

4) Qual a sistemática que um inspetor deve seguir em um cenário de incêndio em


veículo.

5) Quais as principais informações que se deve buscar em um cenário de incêndio


veículo para auxiliar o perito e preencher o relatório de inspeção.
6) Descreva quais informações poderiam ser retiradas das imagens a seguir que auxiliam o perito
para a construção do laudo pericial.
 CAP CUNHA

 Cel: 27 99854-1811
 E-mail:
igor.cunha@bombeiros.es.gov.br

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