O documento resume um texto de Bomfim sobre as desigualdades sociais na América Latina. Bomfim vê as sociedades como organismos sujeitos a leis e influenciados pelo meio ambiente. Ele argumenta que as sociedades sul-americanas não se adaptaram bem ao meio, o que causou atraso social. No entanto, o documento critica Bomfim por ignorar que a exploração histórica forçou a adaptação de indígenas e negros, em vez de ser uma adaptação natural. Embora tenha ideias preconceit
O documento resume um texto de Bomfim sobre as desigualdades sociais na América Latina. Bomfim vê as sociedades como organismos sujeitos a leis e influenciados pelo meio ambiente. Ele argumenta que as sociedades sul-americanas não se adaptaram bem ao meio, o que causou atraso social. No entanto, o documento critica Bomfim por ignorar que a exploração histórica forçou a adaptação de indígenas e negros, em vez de ser uma adaptação natural. Embora tenha ideias preconceit
O documento resume um texto de Bomfim sobre as desigualdades sociais na América Latina. Bomfim vê as sociedades como organismos sujeitos a leis e influenciados pelo meio ambiente. Ele argumenta que as sociedades sul-americanas não se adaptaram bem ao meio, o que causou atraso social. No entanto, o documento critica Bomfim por ignorar que a exploração histórica forçou a adaptação de indígenas e negros, em vez de ser uma adaptação natural. Embora tenha ideias preconceit
Resenha do Texto Bomfim - América Latina: Males de Origem
Bomfim entende as sociedades como organismos que estão sujeitos a leis
categóricas, dependendo dos meios, condições de tempo e lugar para se "desenvolverem". O autor baseia-se alguns argumentos na teoria evolucionista de Darwin, ignorando várias reflexões históricas e, embora aponte outros contrapontos a essa teoria deliberando com autores como Oliveira Martins, ainda traz a sua obra o significado de organismo como uma doença que deriva de uma falta de adaptação ao meio. O autor aborda as sociedades sul-americanas como exemplo de meio que, de certo modo, não estaria proprício para o desenvolvimento, fazendo uma analogia ao atraso devido as condições de formação das nacionalidades que padecem dos mesmos males que as nações da América Latina. Seu objetivo é diagnosticar o mal nos "organismos sociais" para propor um remédio que cure a exploração, escravidão, a divisão desigual de terras e os privilégios coloniais. Bomfim segue muio a risca a ideia de organismo parasitado, chegando a apontar que existem modificações orgânicas gerais que ocorrem devido o organismo estar parasitado e que acaba por enfraquecer. É certo que ele entende a sociedade e não o ator social como organismo parasitado, entretanto os males sociais possuem um adendo muito mais profundo do que apenas a adaptação ao meio. O que ocorreu com diversas aldeias indígenas, além dos mexicanos e dos tapuios como comenta Bonfim, não seria uma adaptação ao meio e sim uma colonização que retirou o meio que eles já viviam e impregnou os males. O mesmo com os negros que foram retirados do seu meio e trazidos parao sofrimento que foi a escravidão. Tantos os indígenas, quanto os negros não se adaptaram o melhor que puderam para viver, houve uma exploração histórica que forçou uma adaptação por sobrevivência. Não existe uma inferioridade aos organismos parasitados pelo extermínio dos brancos, existe apenas o extermínio dos brancos e isso não configura inferioridade de uma outra população. Porém, Bomfim consegue dar um passo em sua época ao comentar que o meio e a "educação" que pode resultar em efeitos de indisciplina, indiferenças, instabilidades e não é a "raça" e a mestiçagem que constrói "populações inferiores". Outro ponto, é que o autor observa que as lutas e revoltas são decorrentes do histórico social que permaneceu na América Latina.