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PRODUÇÃO AGROECOLÓGICA
INTEGRADA E SUSTENTÁVEL
de Agroecologia
fundacao_fea@hotmail.com
www.fears.com.br
Rogério Dallo
Diretor Presidente
(51) 9639-1959
rogeriodallo@terra.com.br
MSN: rogeriodallo@hotmail.com
SKYPE: rogeriodallo
www.fundacaobancodobrasil.org.br
I
PAIS
Fundação de Educação
para o Associativismo
Na execução do PAIS, a FEA optou por uma estratégia de parcerias amplas com
organizações locais de cada município contemplado, que assumem a
coordenação do trabalho técnico, a indicação, seleção e possível substituição das
famílias beneficiarias e a coordenação das articulações políticas locais e regionais
para viabilizar o programa.
Para isso foi criada a Rede PAIS/SUL, que já envolve uma série de entidades, tais
como:
Desenvolvimento sustentável . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 01
CONCEITOS
Economia solidária . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 02
Agroecologia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 03
Holismo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 04
Trofobiose . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 05
Ecossistema solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 06
Plantas indicadoras do solo. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 07
Inimigos naturais indicadores do solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 08
Exemplos de problemas do solo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 09
Pequenos amigos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 12
Inimigos naturais. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 13
Controle biológico natural . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 16
Plantio no PAIS . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 18
Transição agroecológica. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 20
Composto orgânico. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 21
Adubação verde . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 24
Biofertilizantes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 25
Supermagro . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 27
Calda bordalesa . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 28
Repelentes . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 29
Plantas protetoras. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 30
Farmácia orgânica . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 31
Galinhas . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 34
Pomar agroecológico . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 37
IV
Desenvolvimento Sustentável PAIS
02
Agroecologia PAIS
Por outro lado, também sabemos que o mau uso da terra é a causa
do assoreamento dos rios, das enchentes e causa as mudanças
climáticas com prejuízos a todos. Então precisamos mudar a
maneira de viver e de plantar, entender a natureza e aprender a
produzir nossos alimentos respeitando a vida, principalmente das
minúsculas criaturas que habitam o solo.
04
Trofobiose PAIS
Um ser só sobrevive se houver alimento para ele, isto é, a praga só
sobrevive porque há seu alimento na seiva da planta.
05
Ecossistema solo PAIS
madeira em lesma
decompsição orelha-de-pau miriápode O solo é um sistema
caramujo
larva biológico vivo, capaz de se
centopéia
sustentar e se equilibrar. É
capaz de se auto-renovar.
A cobertura vegetal do
solo, os animais que
tatuzinho
pastoreiam sobre ele, os
ar insetos e os micro-
organismos que vivem
nele, os minerais e a água
formam um sistema
bactérias
ecológico, um ecossis-
formigas tema. Quanto maior a
diversidade de espécies
vivas, maior a capacidade
larva de de se auto-equilibrar e
fungos besouros minhoca argila
rochas água minerais m enor é o risco da
proliferação de uma
espécie de praga, pois a presença dos inimigos naturais vai impedir
que ela se multiplique muito.
1 2
3 4
5 6
1 - Cochonilha branca
2 - Cochonilha branca
3 - Joaninha comendo uma
cochonilha
4 - Tomate com deficiência
de boro
5 - Alface com “vira-cabeça”
09 6 - Mosca-branca
7 7 - Virus dourado
PAIS
8 9
10 11
12 13
8 - Erisiphe graminis
9 - Puccinia graminis tritici
10 - Erysiphe cichoracearum
11 - Botrytis
12 - Diploid zea
13 - Streptomyces scabiei
14 - Piricularia oryzae
10
14
PAIS
15 16
17 18
19 20
15 - Hemileia vastatrix
16 - Oncideres impluviata
17 - Platyedra gossypiella
18 - P. gossypiella parasitada
19 - Oídium hevea
20 - Phylophthora sp.
21 - Elasmopalpus lignosellus
11
21
Pequenos amigos PAIS
A presença de pequenos animais e insetos é indicativa da ausência
de produtos tóxicos. É um sinal de que o local pratica a
agroecologia. Quando é usado um agrotóxico, inseticida ou
desfolhante, infelizmente ele mata muito mais do que as pragas ou
plantas indesejadas, mata também quase toda a vida do solo, as
bactérias, vírus, fungos, insetos e pequenos animais que compõe a
ecologia do solo. Esses pequenos seres vivos formam uma cadeia
alimentar que consome larvas e lagartas que se alimentam das
plantas do PAIS.
2. Mineradores – Pequenas
lagartas ou larvas de moscas
(cerca de 1 cm de comprimento)
que abrem canais nas folhas,
que secam e caem.
13
PAIS
3 . Vaquinhas – São pequenos
besouros (pouco menos de 1
cm) que atacam as folhas,
perfurando-as, e cujas larvas
atacam as raízes das hortaliças.
As mais comuns em hortas
apresentam coloração verde e
amarela, fáceis de serem
reconhecidas.
15
Controle biológico natural PAIS
Existem predadores que matam ou parasitam os insetos inimigos
da horta. Aparecem naturalmente nas hortas agroecológicas e
promovem o equilíbrio ecológico sem custos para o agricultor,
realizam o “controle biológico natural”.
2 . Tesourinhas – Alimentam-
se de ovos e pequenas lagartas
que atacam as hortaliças.
Medem cerca de 1 cm de
comprimento. Nas épocas
quentes e chuvosas do ano as
tesourinhas são encontradas
em abundância no campo.
16
PAIS
4. Aranhas – São predadoras
de várias pragas. Algumas
fazem teias e outras caçam no
solo. São muito úteis nas hortas
e devem ser protegidas pelo
agricultor.
17
Plantio no PAIS PAIS
Preparo dos canteiros
Fita gotejadora
Plantio misturado
Quebra-vento
O uso de quebra-ventos é extremamente importante nos PAIS do
sul do Brasil, onde há ocorrência de ventos muito fortes. A mudança
de clima do outono para o inverno, principalmente, proporciona
temporais que podem destruir os canteiros. Recomenda-se bambu
e/ou cana-de-açúcar (que ainda se presta para o composto).
Certificação
2º) Estende-se sobre este local uma lona plástica (mais ou menos
1,5m x 2,5m está bom).
7º) Cobre-se tudo com outra lona plástica (ou folhas de coqueiro,
bananeira, etc.), deixando as pontas do composto a descoberto.
Regue de vez em quando e reaproveite o chorume por sobre o
composto.
LONA
PLÁSTICA
m
2,5
FEIXE DE BAMBU
(OU CANO FURADO)
PARA AREJAR
O COMPOSTO
CINZA OU CALCÁRIO
ESTERCO
1,0m
MATÉRIA VEGETAL
LONA
PLÁSTICA BALDE FEIXE DE BAMBU
(OU CANO FURADO)
BURACO PARA CONDUZIR
PARA O CHORUME
O BALDE PARA O BALDE
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SOLO
PAIS
23
Adubação verde PAIS
A adubação verde é feita plantando-se e incorporando a matéria
vegetal ao solo. É uma prática antiga e aumenta qualidade biológica
do solo, reduzindo sua compactação. No PAIS recomenda-se o uso
de adubação verde nos canteiros durante a entressafra dos
produtos, como forma de recuperar a fertilidade e estruturar o solo.
24
Girassol Nabo forregeiro
Biofertilizantes PAIS
Biofertilizante
Fórmula:
40 Kg de esterco de vaca
3 a 4 litros de leite
10 a 15 litros de melaço ou garapa
200 litros de água
4 Kg de fosfato natural
Abono fermentado
Fórmula:
20 litros de soro de
leite,
3 kg de cinza e
1 kg de açúcar
mascavo ou melado.
Modo de preparo:
Misturar 20 litros de soro de
leite, 3 kg de cinza e um pouco de melado ou açúcar mascavo em
uma vasilha e deixar fermentar por 15 dias, depois peneirar e
guardar.
Modo de usar:
Este biofertilizante pode ser usado em todas as culturas,
substituindo a uréia e também como adubo foliar. Diluir 400 ml de
biofertilizante em 20 litros de água.
Fórmula:
Urina de vaca
Modo de preparo:
Recolher a urina e deixar em, um recipiente fechado por 3 dias para
formar a amônia. A partir daí estará pronta para o uso, quanto mais
velha melhora os resultados.
Modo de usar:
Utilizar 200 ml para cada 20 litros de água e pulverizar.
OBS: A urina deverá ser recolhida de vacas ou cabras que estão
produzindo leite, pois neste período ocorre a produção de
hormônios e outras substâncias que agem sobre a nutrição e a
26 defesa da planta.
Supermagro PAIS
É um biofertilizante foliar usado com sucesso.
Fórmula:
Modo de preparar:
Modo de usar:
Beterraba: 2 a 4 aplicações a 4%
Tomate: 8 a 10 aplicações a 5%
Morango: 8 a 10 aplicações a 3%
27 Uva: 2 a 4 aplicações a 3%
Milho: pulverizar a sementes à 10%, deixar secar e plantar
Maçã: 10 a 15 aplicações a 35%
Calda Bordalesa PAIS
Fungicida e inseticida.
Fórmula:
200 gr de sulfato de cobre,
200 gr de cal virgem,
20 litros de água.
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cochonilhas requeima na batata
Repelentes PAIS
Extrato de alho
Nome Finalidade
Saboneteira Repelente de insetos
Cinamomo Inseticida de gafanhotos e pulgões
Crotalária Nematicida
Girassol Inseticida, repelente
Mamona Repele mosquitos, inseticida e nematicida
Arruda Controle de pulgões
Camomila Controla várias doenças de plantas
Coentro Controla pulgões e ácaros
Cravo-de-defunto Nematicida, repelente de insetos
Piretro Inseticida
Hortelã Repelente
Feijão-de-porco Inibe o crescimento da tiririca
Pimenta Repele percevejo
Alfafa Controla mosquitos
Manjericão Inseticida
Gerânio Repele pragas das hortaliças
Alho Acaricida e fungicida
Cavalinha Previne mildio, oídio e ferrugens
Giesta Repele lagarta da couve
Feto Controle de lesmas e caracóis
30 Patchuli Inseticida
Azalea-amarela Inseticida
Farmácia orgânica PAIS
Pomada milagrosa:
(para 350 g (1 xícara) de banha ou vaselina ou lanolina)
2 folhas de confrei
2 folhas de babosa
30 g de folhas de tansagem
30 g de folhas de cidró (usada como aromatizante)
50 g de cêra de abelha ralada
Xaropes
Sabão medicinal
Receita básica: ferva separadamente, durante 20 minutos, em
meio litro de água, as seguintes plantas: arruda, fumo (em
corda), boldo, carqueja, losna e babosa. A calda obtida das
ervas é misturada e guardada em frasco escuro. Rale o sabão
de coco ou glicerina, e aqueça em fogo baixo até derreter bem.
Misture até 1/3 do peso do sabão da calda obtida e bata em
fogo baixo até dar ponto de polenta. O sabão é indicado para
32 caspa, queda de cabelo, seborréia, piolho, sarna e problemas
de pele.
PAIS
Óleo medicinal
É um macerado da planta em óleo ou azeite vegetal, visando
extrair os princípios ativos. Método: lavar e socar 200 g da
planta em um litro de óleo. Após deixar em repouso por 21
dias, permanecendo no escuro. O produto obtido serve para
massagear ou tomar em gotas, conforme o caso.
33
Galinhas PAIS
As galinhas do PAIS são
próprias para a postura de
ovos, com objetivo de suprir
necessidades de proteína
animal para a família rural.
Coloque, dentro do
galinheiro, um ninho para
cada 4 galinhas. As
dimensões do ninho são
40cm x 40cm x 40cm. O teto
do ninho deve ser inclinado
para impedir que uma
galinha suba em cima. Para
10 galinhas faça 3 ninhos.
Ração de batata-doce
Modo de fazer:
Pique, seque e passe no triturador.
Armazene em local seco. Pode misturar
com rama de mandioca e até a própria
mandioca.
34 Se você tem rejeitos, aproveite tudo.
12 ninhos
PAIS
Áreas de pastoreio
O tempo que as
galinhas ficam em
cada área de
pastoreio deve ser
regulado pelo
criador e depende
da época do ano e
d e p a s t o s
complementares.
Pode-se plantar
aveia, milheto,
cornichão e outras plantas para aumentar a fonte de alimento
das aves. Frutíferas variadas para diversificar a alimentação
também são proteção contra o sol a chuva.
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Puleiro tipo convencional
Pomar agroecológico PAIS
Abacate: 8 x 8 ou 10 x 10 Jua: 8 x 8
Abio: 6 x 6 ou 8 x 8 Manga: 10 x 10
Abio Piloso: 6 x 6 ou 8 x 8 Maracujá Azedo: 5 a 6
Acerola: 3 x 3 ou 3 x 4 Maracujá Doce: 5 a 6
Ameixa do Governador: 5 x 5 Nectarina: 4 x 4 ou 5 x 5
Ameixa do Japão: 4 x 4 Palmito Doce: 2 x 2 ou 3 x 3
Amora: 6 x 6 ou 8 x 8 Pêssego: 3 x 3 ou 4 x 4
Araça Amarelo: 3 x 3 ou 4 x 4 Pimenta da Jamaica: 6 x 6
Araça Boi: 2 x 2 ou 3 x 3 Pitanga: 5 x 5 ou 6 x 6
Araça do Para: 6 x 6 ou 8 x 8 Pitomba da Bahia: 3 x 3
Araça Roxo: 3 x 3 ou 4 x 4 Pitomba do Norte: 8 x 8
Araça Vermelho: 3 x 3 ou 4 x 4 Pupunha: 2,5 x 3
Azeitona do Ceylão: 10 x 10 Romã: 3 x 3
Fruta do Conde: 6 x 6 ou 8 x 8 Sapota Branca: 8 x 8
Cabeludinha: 4 x 4 Sapota Preta: 6 x 6
Cainito: 8 x 8 Tâmara: 8 x 8
Cajá Manga: 8 x 8 Tamarindo: 8 x 8 ou 10 x 10
Cajá Mirim: 8 x 8 Uvas: 2 a 3 entre linhas
Calabura: 8 x 8 Uva do Japão: 6 x 6 ou 5 x 7 10
Cambuca: 8 x 8 x 10
Cambuci: 6 x 6 Uvaia: 6 x 6
Canistel: 8 x 8 Uvaia do Campo: 8 x 8
Carambola: 6 x 6 ou 8 x 8
Cereja do Rio Grande: 5 x 5
Ceriguela: 6 x 6
Coqueiro Anão: 8 x 8
Figo Roxo: 3 x 3
Framboeza: 2 x 2 1,5 a 3
Cítricas: 4 x 5 ou 5 x 6
Goiaba: 4 x 4 ou 6 x 6
Groselha do Ceylão: 5 x 5
Groselha da Índia: 6 x 6
Guabiju: 8 x 8
Guabiroba: 5 x 5
Ingá: 8 x 8
Jabuticaba: 6 x 6
Jaca: 10 x 10
38 Jambolão: 8 x 8 ou 10 x 10
Jatoba: 12 x 12
Jenipapo: 8 x 8
PAIS
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PAIS
40
PAIS
41
Anotações PAIS
42