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CENTRO UNIVERSITÁRIO FMU|FIAM-FAAM

CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL


HABILITAÇÃO EM JORNALISMO

Clara Freitas - RA: 2044234; Gabriela Bone - RA: 2074295; Luana Martins - RA:
8879395; Maurício Ruan - RA: 2052460; Victoria Amaral - RA: 2330286

Atividade 1

São Paulo - SP
2020
Clara Freitas - RA: 2044234; Gabriela Bone - RA: 2074295; Luana Martins - RA:
8879395; Maurício Ruan - RA: 2052460; Victoria Amaral - RA: 2330286

Atividade 1

Trabalho realizado para a disciplina de GESTÃO DA


INFORMAÇÃO: POLÍTICA E ECONOMIA, do 5º
semestre do curso de Jornalismo, do Centro Educacional
FMU| FIAMFAAM, como requisito para obtenção de nota
para a Atividade 1.

Orientador: Prof. Kaluan Bernardo

São Paulo - SP
2020

A China planejou a pandemia do coronavírus?


Desde o início da pandemia de Covid-19, muitas nações estavam
preocupadas com as condições do surgimento desse vírus. Entre as
discussões que rondavam a internet tudo teria se iniciado após um
vídeo que mostrava uma cidadã chinesa tomando uma sopa de
morcego. Porém o vídeo não foi gravado na China e nem no ano de
2020, ele é de 2016 e pertence a blogueira Mengyun Wang, enquanto
ela estava em Palau, em um arquipélago do Oceano Pacífico.

Um dos boatos mais recorrentes, que circula nas redes sociais e


principalmente no WhatsApp, serviço de compartilhamento de
mensagens instantâneas, é uma publicação solidificando que o novo
coronavírus foi criado em um laboratório ligado ao Partido Comunista da
China. O suposto objetivo do governo chinês seria reduzir a população
mundial, provocando assim uma crise no mercado financeiro, para que
a China obtivesse uma vantagem econômica.

A informação, no entanto, não tem comprovação científica, de acordo


com um estudo publicado na Revista “Nature Medicine” por
pesquisadores de Universidades dos Estados Unidos, Reino Unido e
Austrália, o vírus surgiu a partir de um processo natural, ou seja, não foi
criado em laboratório biológico.

Na visão dos cientistas, há dois cenários possíveis. No primeiro, o vírus


passou por seleção natural dentro de um hospedeiro animal e, depois,
chegou aos seres humanos – já com sua capacidade infecciosa.

Já o segundo cenário, o vírus também passaria de animal para humano,


mas só chega a ser patogênico no corpo do humano. Sua capacidade
de transmissão entre humanos pode ter sido desenvolvida pouco antes
do início da epidemia, ainda no corpo dos primeiros infectados, já que
algumas pessoas ficam assintomáticas, elas carregam a doença porém
não reproduzem os sintomas mas ainda podem infectar outras pessoas.

Em entrevista à Rádio Band News o médico infectologista Dr. Alberto


Chebabo da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), deu mais
detalhes sobre o assunto: “Por ser um vírus novo, ninguém tem base
imunológica para combater ele, como não sabemos ao certo a origem,
ele se torna perigoso, já que não conseguimos classificar o seu grau de
crescimento”. Essa entrevista foi concedida no dia 28 de janeiro de
2020, os números de infectados não parou de subir, assim como o
número de mortes.
Desde então, medidas de segurança foram adotadas por diversos
países, como forma de achatar a curva do crescimento da doença, o
isolamento social virou a principal delas, muitos comércios estão
fechados e o uso recorrente de álcool em gel e máscaras de proteção
se tornaram indispensáveis ao dia a dia.

Não é possível prever quando e como o mundo vai voltar a ser o que
consideramos normal. No Brasil uma das maiores confusões é o
despreparo do Governo perante essa situação, as mudanças
recorrentes de decisões e os conflitos internos são cada vez maiores. A
incapacidade é gigantesca, já que a cada pronunciamento presidencial,
não é possível ver chances de melhora.

Nos últimos dias o país sofreu muitos impactos no âmbito político, o que
ocasionou diretamente na economia. Com a saída do ex-ministro da
saúde, Henrique Mandetta, em meio a uma pandemia, grande parte da
população começou a questionar a autoridade máxima do país, sendo
assim o Congresso Nacional se posicionou em relação a saída de
Mandetta: "lamentável e irresponsável". Além disso, uma semana
após a saída do ex- ministro, o então ministro da Justiça e da
Segurança Pública, Sérgio Moro, deixou o cargo, o que gerou uma
preocupação mundial sobre os impactos econômicos que afetam o país
nesse momento.

A saída de Moro impactou a economia mundial, fazendo com o que


dólar atingisse sua maior cotação na história, chegando a R$ 5,74 em
apenas alguns minutos. Além da iminente crise na área da saúde,
estamos presenciando também uma crise política. Enquanto os
desentendimentos políticos continuam, o Brasil ultrapassou a China nos
números de mortos, chegando a 5.511. Mais de 78 mil pessoas
testaram positivo, porém os especialistas afirmam que o número real
pode ser muito maior pela limitação de testes .

Nas palavras de Leandro Karnal, observamos uma reflexão do cenário


atual, “O vírus desnudou mais a desigualdade no Brasil”. A junção
perigosa de crises diversas em um mesmo governo, momento e lugar,
reflete automaticamente em uma combinação explosiva: escassez de
comida, empregos em risco, saúde pública em colapso. Todos os
fatores que tecnicamente já existiam no país, porém somados e
expostos de uma maneira escancarada, fazendo-se presente até para
aqueles que antes escolhiam não ver.

A economia está sendo mais afetada do que nunca, é nesse cenário


que se faz necessário o apoio do governo a sociedade. O auxílio
emergencial foi acionado como forma de amenizar o grande desespero
do brasileiro comum, o valor é de R$600,00 pagos em três parcelas,
para mulheres que têm filhos e são chefes de família esse valor pode
chegar a R$1.200,00.

Para realizar a solicitação é necessário baixar o aplicativo ou entrar


diretamente no site da Caixa Econômica Federal, núcleos familiares
contemplados com o programa “Bolsa Família”, podem pedir o auxílio,
entretanto só vão receber um ou outro, não é possível ter os dois
benefícios. Ainda é palpável a dificuldade na solicitação, seja pela
demora no prazo de ‘análise’, seja pelo acesso de internet que não
chega a todos ou pela falta de instrução do uso do sistema. O ministro
da economia Paulo Guedes disse que o decreto de calamidade, permite
ao governo afrouxar os recursos, já que existe um déficit de 124,1
bilhões na prestação de nota fiscal anual.

A expectativa para os próximos meses é que a curva do crescimento do


vírus diminua, isto posto é necessário a colaboração de todos os
cidadãos, uma vez que uma pessoa infectada com COVID-19, pode
chegar a infectar uma média de quatro pessoas, isso é muito menor do
que alguém com sarampo, que pode chegar a contagiar até dezoito
pessoas. Se todos colaborarem e seguirem no isolamento social é
possível ver uma melhora até o final de 2020.

COVID-19: 3° grupo de risco

A maioria dos casos graves e dos óbitos ocorreu em brasileiros acima


de 60 anos; 58% dos casos graves de acordo com informações
divulgadas pelo Ministério da Saúde no final de março.

O grupo de risco da COVID-19 (diabéticos, hipertensos, asmáticos e


idosos) estão presentes em muitas famílias brasileiras e por isso, no
caso de idosos, sabemos o quanto é difícil lidar com essas pessoas, por
terem vivido e passado por muita coisa a pandemia de Coronavírus
parece ser só mais um episódio "comum" na vida deles e talvez por isso
não seja levado tão a sério pela faixa etária.

Um dos grandes problemas de os idosos serem os mais infectados é


devido a sua vulnerabilidade, a imunidade de quem tem mais de 60
anos tende a ser baixa e muitos já adquiriram enfermidades crônicas
como diabetes, pressão alta ou doenças respiratórias. Fora a grande
parte da população idosa que vive sozinha e não tem celular ou não
sabe mexer.

Há ainda aqueles que possuem acesso à internet, mas não estão tão
familiarizados em procurar o que é verdade e o que é mentira e por isso
acabam caindo em muitas fake news, assim dando mais valor a
informações que podem não ser verdadeiras e outras realmente
importantes não são levadas a sério.

Isso faz com que eles saiam nas ruas e descumpram a ordem de
quarentena o que os coloca em risco.

Observando algumas atitudes e conversas em hospitais, ruas, postos de


saúde e até em casa podemos perceber que a informação é captada de
forma parcial ou incorreta. Por esse motivo, podemos observar muitas
notícias correndo através das redes sociais para assustar ou fazer
brincadeiras de mal gosto com esse público.

Dentre elas há “a operação cata-veio” - homem do saco para pessoas


idosas - registrado em algumas cidades do interior de estados como
São Paulo e Goiás um grupo de pessoas sai, de caminhonete, pelas
ruas recolhendo idosos que estão quebrando o isolamento social para
fazer alguma atividade considerada não essencial, há também a
circulação de uma falsa notícia afirmando que aqueles que estão pelas
ruas não receberam o auxílio do governo (Previdência Social).

Em uma mensagem que circulou pelo WhatsApp neste mês (abril),


mostrava um comunicado da Previdência Social falando que cidadãos
acima de 60 anos que estiver na rua, a partir do dia 20/03/2020, terá
sua aposentadoria suspensa por tempo indeterminado, e seus filhos e
netos acima de 18 anos serão os responsáveis por pagar uma multa de
R$ 1.045,00 visando assim, combater a pandemia da COVID-19.

O comunicado ainda citava a medida provisória 922/20, porém ela não


tem relação nenhuma com a pandemia, já que a medida 922/20 foi
editada no começo desse ano e fala sobre a contratação emergencial
de trabalhadores temporários e servidores aposentados. A medida foi
elaborada para reduzir a fila de espera de benefícios atrasados do
INSS.

O Ministério da Economia reforçou que a mensagem é falsa e pediu


para as pessoas buscarem suas fontes oficiais para se informar e
verificar a veracidade da informação antes de compartilhar o conteúdo,
eles recomendam o isolamento, principalmente de pessoas no grupo de
risco, mas que não existe nenhuma determinação ou multa para quem
não cumprir.

Fabiana Ribeiro das Neves, 72 anos, disse que é muito difícil ficar
sozinha em casa durante o isolamento social por sentir falta das amigas,
filhas e netos; ela contou que as pessoas que não morrerem de COVID-
19 vão acabar morrendo de solidão, ao mesmo tempo que dizia isso
também contou que tem certeza de que teve um princípio de
coronavírus, porque sentiu todos os sintomas descritos pelos jornais.

Essa última fala da senhora mostra como a informação chega a esse


receptor e sua interpretação, talvez fales como a do presidente de que o
vírus é "só uma gripezinha" interferindo na conclusão do público. O novo
coronavírus é considerado mais contagioso, ele se espalha por
gotículas de saliva ou muco de infectados, principalmente através de
espirros ou tosse. Ele leva até 14 dias para começar os sintomas, já a
gripe se manifesta quatro dias mais ou menos depois da infecção,
mesmo após a recuperação da COVID-19 pode haver sério
comprometimento da capacidade pulmonar, o órgão mais afetado pelo
vírus.

A maioria dos casos graves e dos óbitos ocorreu em brasileiros acima


de 60 anos; 58% dos casos graves e 68% das mortes foram de
pacientes do sexo masculino de acordo com informações divulgadas
pelo Ministério da Saúde no final de março. Por isso, a recomendação
do Ministério é que pessoas acima de 60 anos fiquem em isolamento,
cumprindo as orientações.

– Manter-se ativo;

– Alimentar-se bem, alimentos com alta qualidade nutricional;

– Não fumar;

– Lavar sempre as mãos por pelo menos 20 segundos;

– Não beber álcool em excesso.

Analisando a situação de que idosos estão considerando o coronavírus


como um vírus comum de gripe e concluindo que podem já ter pego e
se livrado sem perceber, eles estão ansiosos em voltar a sua rotina
normal antes do isolamento determinado pelo governo e assim muitas
vezes saindo de casa sem as devidas precauções ou atenção devida.

Não são todos que estão se arriscando e seguindo a vida normalmente,


muitos já estão familiarizados com a morte, já a viram buscar parentes e
amigos queridos e por isso estão tomando o cuidado necessário para
não se contaminarem; mas enquanto alguns possuem esse pensamento
outros já estão “acostumados” a viver situações difíceis e acreditam que
esse momento não é tudo o que noticiam ou tão perigoso quanto falam.

É fundamental lembrar da importância que a família vizinhos e amigos


têm na diminuição dos riscos de infecções graves para os idosos, se
mantendo em casa, com o mínimo contato social possível.

Atitudes como se oferecer para fazer compras de mercado, farmácia,


sacolão e outras ações como pagar contas, que são essenciais para o
cotidiano, é uma forma de demonstrar carinho e proteção ao mesmo
tempo colaborando para evitar a transmissão do vírus.
Se estiver com saudade ou se precisar se manter atualizado, use a
tecnologia a seu favor: faça chamadas telefônicas, chamadas de vídeo,
escreva e-mails e mensagens, compartilhe fotos e vídeos, eles precisam
disso e talvez você também.

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