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1.Introdução……………………………………….…...........

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2-Dupla tributação internacional Noção………….. 3
2.1- Identidade do objecto………………………………. 4
2.2- Identidade do sujeit………………………………. 4      
2.2.1- Dupla tributação jurídica………………………. 5
2.2.2- Dupla tributação económica…………………. 5
2.3- Identidade do period....…………………………… 5
2.4- Identidade do imposto …………………………... 6
3- Causas da dupla tributação……………………...... 6
4- Consequências da dupla tributação…………….. 6
4.1- Consequências económicas……..................... 6
4.2- Consequências financeiras ........................... 7
4.3- Consequências quanto à justiça.................... 7
4.4- Consequências culturais …………………………. 7
4.5- Consequências sócio-política………………….. .8
5- História  .………………………………………………… .9
6- Conclusão……………………………………………….. 10
7- Bibliografia ………………………………………………11
1- Introdução

O objecto de estudo do meu trabalho é a dupla tributação internacional, mais


propriamente, a noção, as causas, as consequências e a história(da dupla tributação
internacional). Quanto à história dadupla tributação internacional, neste ponto serão
analisados os Modelos de Convenções que visam a eliminação da dupla tributação
internacional.
Tomei a liberdade de fazer este tema porque é um tema que tem vindo a
despertarimenso a minha atenção e a minha curiosidade, e por isso decidi aprofundar
os meus conhecimentos nesta área do sistema tributário.
2-Dupla tributação internacional – Noção

Primeiramente, é importante ter em conta que a dupla tributação diz respeito


a aplicação da lei fiscal no espaço. E por isso, o fenómeno da dupla tributação
internacional se verifica ao nível dos impostos sobre o rendimento, o
património e a despesa, mas o trabalho em análise centraliza o seu estudo nos
impostos sobre o rendimento.
Desta forma, no âmbito dos impostos sobre o rendimento, os elementos de
conexão são: a nacionalidade, o princípio da residência e o princípio da fonte.
 O princípio da residência e o da fonte definem o poder tributário dos Estados. E
relativamente ao princípio da fonte, este principio estabelece que o Estado onde os
bens e os rendimentos são produzidos tem o direito de os tributar (o país da fonte é
por regra o menos desenvolvido). Segundo o princípio da residência, o Estado da
Residência/Sede tem o direito de tributar os rendimentos provenientes do exterior e
isso faz com surja a dupla tributação.
 A dupla tributação é um conceito usado no direito tributário para definir as soluções
em que se verifica concurso de normas, ou seja, a dupla tributação internacional
resulta de acumulação de duas cargas tributárias na mesma pessoa e relativa aos
mesmos rendimentos em dois países diferentes. Cada Estado detém a possibilidade de
exercer o poder tributário dentro dos limites do seu território, o que por vezes
conflitua com o poder de tributar dos outros Estados.
Relativamente a definição da dupla tributação internacional, é de salientar que
existem varias teorias acerca deste fenómeno.
O Prof. Alberto Xavier defende que a “ dupla tributação é um conceito com que no
Direito Tributário se designam os casos de concursos de normas”. Quer isto dizer que
“há concurso de normas quando o mesmo facto se integra na previsão de duas normas
diferentes.”
O Prof. Alberto Xavier defende ainda que “ há concurso de normas em Direito
Tributário quando o mesmo facto se integra na hipótese de incidência de duas normas
tributárias materiais, dando origem a constituição de mais do que uma obrigação de
imposto.
Por outro lado, o Prof. Manuel Henriques de Freitas Pereira defende que “ a dupla
tributação internacional surge pelo facto de uma dada situação estar conexa com mais
do que – o que é cada vez mais frequente dado o desenvolvimento das relações
económicas internacionais – integrar-se na previsão das respectivas normas fiscais por
não ser adoptado, nesses países, em exclusivo o mesmo elemento de conexão de
territorialidade (residência ou fonte) ou então por se conferido um conteúdo diferente
em cada um deles a um dado elemento de conexão ou se seguirem critérios diferentes
de quantificação ou avaliação da base tributável.”
Sendo assim, o fenómeno da dupla tributação jurídica internacional é também
definido no Modelo da OCDE, como resultante da aplicação de um imposto análogo
em dois ou mais estados relativamente ao mesmo rendimento do contribuinte.
O termo dupla tributação em si mesmo, tem uma conotação negativa, significa que a
soma dos impostos pagos separadamente conduz a um resultado acima do nível
considerado justo.
De uma certa forma, no que toca a dupla tributação, é preciso ter em conta dois
requisitos: a identidade do facto e pluralidade de normas1
Todavia, a doutrina que se tem ocupado da estruturação do conceito da dupla
tributação adoptou a regra das quatro identidades, ou seja, para que se possa falar em
identidade do facto seria necessário (i) a identidade do objecto, (ii) a identidade do
sujeito, (ii) a identidade do período e (iv) a identidade do imposto.

2.1- Identidade do objecto


Para que haja a dupla tributação é preciso que se verifique a identidade do objecto. O
objecto do imposto é um pressuposto de que nasce o dever de pagar o imposto.

2.2- Identidade do sujeito


Relativamente à identidade do sujeito, existem alguns autores que defendem que este
elemento é desnecessário para a definição do conceito da dupla tributação
internacional.
Mas por outro lado, a doutrina tem exigido a identidade do sujeito como umelemento
de extrema importância para a definição da dupla tributação, o que permite que haja a
distinção entre a dupla tributação jurídica e a dupla tributação económica.
 2.2.1- Dupla tributação jurídica
A dupla tributação internacional, que também é chamada de dupla tributação jurídica
surgequando há a identidade da pessoa sujeita a dupla tributação, isto é, na dupla
tributação jurídica exige-se a identidade do sujeito. Esta vertente da dupla tributação é
um conceito que tem se mostrado dependente do referido elemento subjectivo (a
identidade do sujeito). No âmbito da dupla tributaçãojurídica, o sujeito passivo é
tributado com referencia a um mesmo rendimento ou património, mais do que uma
vez (o contribuinte fica sujeito a imposto em dois Estados).

2.2.2- Dupla tributação económica


A dupla tributação económica é uma figura semelhante á dupla tributação
internacional. Porem, a identidade do sujeito encontra-se ausente nesta
vertente da dupla tributação. Isto é, não se exige a identidade dos sujeitos
passivos.Mediante o que foi dito, deduz-se que a dupla tributação económica
surge quando o mesmo rendimento está sujeito a uma dupla tributação,é o
que acontece na tributação dos dividendos sujeitos a IRC e a IRS.

2.3- Identidade do periodo


Todavia, a identidade do período é um elemento que normalmente é considerada
como sendo um aspecto fundamentalpara a descrição da dupla tributação. Porém, em
contrapartida existem alguns autores que não incluem a identidade do período5 como
um elemento necessário para a explicação da dupla tributação.

2.4- Identidade do imposto


Para que se identifique a incidência de impostos comparáveis, ou seja, semelhantes,
similares, sobre um mesmo facto, é preciso que haja a constatação de impostos com a
mesma natureza jurídica.

3- As causas da dupla tributação internacional


A causa prevalecente do problema da dupla tributação internacional deve-se às
relações entre dois ou mais sistemas tributárias de Estados soberanos, estimulada por
inevitáveis concursos de pretensões impositivas sobre um mesmo acto de produção
rendimentos, em base transnacional, pela incidência das normas do Estado de situação
da fonte efectiva dos rendimentos.
Relativamente à problemática da dupla tributação internacional, é de salientar que, o
grande enigma deste fenómeno deve-se ao facto dos países adoptarem variadas
estruturas no que toca à tributação de rendimentos: os Estados podem escolher o
princípio da universalidade ou então o princípio da territorialidade. E caso seja
aplicada o princípio da universalidade, estes podem optar pelo critério da Residência
e/ou o da nacionalidade, e se porventura for aplicada o princípio da territorialidade,
adopta-se o critério da fonte.

4- Consequências da dupla tributação internacional


É de conhecimento geral que a dupla tributação tem uma grande influência nas
actividades económicas internacionais, por interferir nos movimentos de capitais e de
pessoas, nas transferências de tecnologia e nos câmbios de bens e de serviços.
A dupla tributação internacional é vista como um obstáculo às relações económicas
internacionais. Por isso, é necessário ter em conta algumas das consequências da
dupla tributação internacional que serão abordadas detalhadamente.

4.1- Consequências económicas


Como já foi referido anteriormente, as principais consequências económicas causadas
pela dupla tributação são: o prejuízo nas actividades económicas internacionais, a
interferência nos movimentos de capitais e pessoas e a dificultação nas trocas de bens
e de serviços.
O que acontece é o seguinte, a partir do momento que os investidores tomam o
conhecimento da ocorrência da dupla tributação, isso faz com estes abandonem o país
para poderem investir noutro país em que o seu capital não seja duplamente tributado,
visando maiores lucros e menor carga tributária.

4.2- Consequências financeiras


A dupla tributação pode afectar os Estados financeiramente, isto é, este fenómeno
pode projectar os seus efeitos também no campo financeiro, fazendo com que os
Estados não obtenham por meio da dupla tributação, as receitas pretendidas.
4.3- Consequências quanto à justiça
Em relação as consequências da dupla tributação no âmbito da justiça, é importante
destacar que a dupla tributação internacional é injusta, ou seja, o fenómeno da dupla
tributação viola a justiça fiscal na medida em tributa os rendimentos globais do sujeito
passivo sem a observância do princípio da capacidade contributiva.
Contudo, as Constituições dos Estados prevêem o princípio da capacidade
contributiva. Mas no âmbito internacional este principio dificilmente é aplicado uma
vez que os Estados são todos soberanos e cada qual estabelece o seu próprio sistema
tributário, tendo em conta as necessidades de cada Estado e sem tomar conhecimento,
pelo menos da maioria das vezes, do sistema tributário dos outros Estados.

4.4- Consequências culturais


A dupla tributação internacional pode apresentar também consequências no âmbito da
relações culturais entre os Estados, ao dificultar a difusão da propriedade intelectual e
do direito ao autor, criando de facto barreiras à realização de espectáculos e
apresentações por artistas e desportistas estrangeiros, bem como à presença de
cientistas e estudantes.

5- Consequências sócio-políticas
Todavia, as possíveis complicações de natureza económica, financeira e cultural entre
os Estados, resultantes da dupla tributação internacional, e em conformidade com o
que foi dito anteriormente, tais implicações podem afectar ou apresentar
consequências no âmbito das relações sócio-politicas entre os Estados.
História
Contudo, para evitar estas situações de duas ou mais tributações (de injustiça fiscal),
existem mecanismos na lei que permitem atenuar ou mesmo eliminar os seus efeitos.
Por isso, para a eliminação da dupla tributação internacional, os países adoptam entre
si convenções que visam eliminar as duplas tributações. Porém, a eliminação ou a
prevenção da dupla tributação pode ter um carácter interno ou internacional, mas é o
segundo aspecto que merece maior destaque no presente estudo, que se desenvolverá
à luz do chamado Modelo da OCDE.
Neste ponto serão analisados os Modelos de Convenções para evitar a dupla
tributação. Estes Modelos foram elaborados desde o período da Sociedades das
Nações, pela Organização das Nações Unidas, a Organização para Cooperação e
Desenvolvimento Económico (OCDE).
Os Modelos de Convenções são relevantes porque facilitam imenso nas negociações
entre países e permitem que haja relações internacionais entre Estados.
Tendo em conta o que foi citado, neste ponto farei uma abordagem acerca de alguns
trabalhos que assumem uma maior importância no domínio da dupla tributação
internacional, ou seja, os Modelos de Convenção que visam a eliminação da dupla
tributação e da evasão fiscal.
6-Conclusão

 Assim, concluí-se que a dupla tributação internacional é um fenómeno que resulta da


aplicação de um imposto análogo em dois ou mais estados relativamente ao mesmo
contribuinte e face à mesma realidade. A dupla tributação tanto pode ser económica e
jurídica. E da dupla tributação internacional podem derivar causas e consequências
(económicas, financeiras, quanto à justiça, culturais e sócio-políticas).
As convenções para evitar a dupla tributação internacional e as evasões fiscais têm
contribuído imenso para o desenvolvimento das relações internacionais (no
intercâmbio de bens e capitais e na movimentação de pessoas).

7-Bibliografia
Campos, Diogo Leite de, Estudo de Direito Fiscal, Almedina, 2007.
Campos, Diogo Leite de; Campos, Mônica Horta Neves de, Direito Tributário, 2ª ed.,
Almedina, Coimbra, 2003.
Centro de Estudos Fiscais – Direcção Geral de Impostos – Ministério das
Finanças,Dupla Tributação Internacional, Câmara de Comércio Internacional,
Cadernos de Ciênciae Técnica Fiscal.
Pereira, Manuel Henrique de Freitas, Fiscalidade, 2ª ed., Almedina, 2009.
Pires, Manuel, Direito Fiscal, 3ª ed., Almedina, 2008.
Pires, Manuel, Centro de Estudos Fiscais – Direcção Geral das Contribuições e
Impostos – Ministério das Finanças, Da Dupla Tributação Jurídica Internacional
sobre o Rendimento.
Nabais, José Casalta, Direito Fiscal, 4ªed., Almedina, Coimbra, 2007.
Xavier, Alberto, Direito Tributário Internacional, 2ª ed., Almedina, 2008.

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