Você está na página 1de 44

Aldeídos & Cetonas

Prof. Hugo Braibante-UFSM

Prof. Hugo Braibante


UFSM
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Aldeídos e Cetonas

L. G. Wade, Jr., Organic Chemistry, 5th Ed., Prentice Hall, 2007


Bruice, Paula Y. Química Orgânica, Pearson. 4 ed., 2006
K. Peter, C. Volhardt, Química Orgânica, Bookman. 4 ed., 2004
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Sumário
Estrutura da Carbonila ...........................05
Nomenclatura........................................ 11
Propriedades
Ponto de Ebulição.............................18
Solubilidade .....................................19
Reações de Obtenção
Oxidação de Álcoois ....................... 22
Redução de Alcinos......................... 23
Uso de 1,3 ditianos ..........................25
Uso da reação Grignard + Nitrilas....28
Uso de Cloretos Ácidos....................29
Espectroscopia
I.V.......................................................30
RMN 1H .............................................31
RMN 13C ............................................32
Massa ...............................................33
U. V. ...............................................36

www.ufsm.br/quimica_organica 3
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Compostos Carbonílicos
Grupo Funcional Fórmula Grupo Funcional Fórmula
Cetona Aldeídos

Acido Carboxílico Cloretos Ácidos

Ester Amidas

www.ufsm.br/quimica_organica 4
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Estrutura da Carbonila
• Carbono tem hibridização sp2
• A ligação C=O é mais curta, mais forte e
mais polar que a C=C em alcenos.

Comprimento ligação Energia da ligação


Cetona C=O 1,23 A 178 Kcal/mol
(745 Kj/mol)
Alceno C=C 1,34 A 146 Kcal/mol
(611 Kj/mol)

www.ufsm.br/quimica_organica 5
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Estrutura da Carbonila
• Orbital Molecular
• A ligação C=O é mais curta, mais forte e mais polar que a C=C
em alcenos.
• Considerar a ligação p – da função C=O: no estado fundamental
a ligação pC=O é polarizada na direção de oxigênio.
Nota (regra 4) que o OM p* é polarizada na direção oposta.

p* (anti ligante)

p (ligante)

www.ufsm.br/quimica_organica 6
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Estrutura da Carbonila
• Orbital Molecular
• Hiperconjugação CH (sC-H)com orbital p do C+

www.ufsm.br/quimica_organica 7
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Hiperconjugação
Hiperconjugação via OM

Combinação linear do orbitais sC-R e orbital p do Csp2


“Após a interação o orbital ligante tem menor energia
Quando um efeito estabiliza um sistema dizemos que é um
efeito estabilizador”

www.ufsm.br/quimica_organica 8
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Hiperconjugação negativa
 Deslocalização de par de elétrons não ligantes “n” em orbitais
antiligantes vizinhos é também possível

A Deslocalização é denominada de Hiperconjugação negativa


OM Hiperconjugação

Desde que elétrons n (não ligantes) interagem


melhor com orbitais híbridos do que orbitais p, estes Par elétrons
orbitais podem adotar relação syn ou anti com não ligante
ligações vicinais C-R

Quando os orbitais
antiligantes C-R diminuem
Observe que sC-R é um pouco desestabilizada de energia o valor da
interação aumenta

www.ufsm.br/quimica_organica 9
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM
Reatividade dos Grupos C=O(N)
energia
HOMO 107° angulo de
Nu Burgi-Dunitz

O
LUMO

www.ufsm.br/quimica_organica 10
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Reatividade dos Grupos C=O(N)

www.ufsm.br/quimica_organica 11
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM
Reatividade dos Grupos C=(N)
energia

HOMO 107° angulo de


Nu Burgi-Dunitz

p* C=N
R R
N
R LUMO

www.ufsm.br/quimica_organica 12
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Reatividade dos Grupos C≡(N)

www.ufsm.br/quimica_organica 13
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Basicidade dos Grupos C=O, C-NHR e C≡(N)

www.ufsm.br/quimica_organica 14
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Acidez Ha do Grupo C=O (N)

www.ufsm.br/quimica_organica 15
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

www.ufsm.br/quimica_organica 16
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Nomenclatura Cetonas - IUPAC

• Trocar a terminação -o por -ona. Indicar a posição


do grupo Carbonila com número.
• Numerar a cadeia de modo a carbonila ter
numeração mais baixa.
• Para cetonas cíclicas o grupo carbonila á atribuído
o numero 1.

www.ufsm.br/quimica_organica 17
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Exemplos
O O

CH3 C CH CH3
CH3
3-metil-2-butanone Br
3-bromociclohexanona

O
CH3 C CH CH2OH
CH3
4-hidroxi-3-metil-2-butanone

www.ufsm.br/quimica_organica 18
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Nomenclatura Aldeídos - IUPAC

• IUPAC: Trocar a terminação -o por -al.


• O Carbono carbonílico é o nº 1.
• Se -CHO está ligado ao anel, usar sufixo -
carbaldeído.

www.ufsm.br/quimica_organica 19
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Exemplos
CH3 O
CH3 CH2 CH CH2 C H

3-metilpentanal

CHO

2-ciclopenteno-carbaldeído

www.ufsm.br/quimica_organica 20
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Nomenclatura como substituinte


• Aldeído tem maior prioridade que cetona.
• Em uma molécula contendo grupo funcional com maior
prioridade que o grupo C=O, este será oxo- e o -CHO será
formil.
COOH
O CH3 O
CH3 C CH CH2 C H
CHO
3-metil-4-oxopentanal Ácido 3-formilbenzoico

www.ufsm.br/quimica_organica 21
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Nomenclatura Comum
• Nomear substituintes alquila como ligados ao grupo -C=O.
• Usar letras Gregas ao invés de números.
O O
CH3 C CH CH3 CH3CH C CH CH3
CH3 Br CH3
Metil isopropil cetona a-bromoetil isopropil cetona
O
O
O C
C
CH3 C CH3 CH3

Acetona
Acetofenona Benzofenona

www.ufsm.br/quimica_organica 22
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Nomes Comuns - Aldeídos


• Usar o nome do ácido correspondente.
• Substituir -ico do acido por -aldeído.
– 1 C: ácido fórmico, - formaldeído
– 2 C’s: ácido acético – acetaldeído
– 3 C’s: ácido propiônico - propionaldeído
– 4 C’s: ácido butírico - butiraldeído.

www.ufsm.br/quimica_organica 23
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Ponto de Ebulição
• Mais polar, maior o ponto de ebulição que o alcano
ou éter correspondente.
• Não havendo Ligação (ponte) de H com outro, então
diminui o PE comparado ao álcool.

º º

º º
www.ufsm.br/quimica_organica 24
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Solubilidade

• Bom solvente para álcoois.


• Par de elétrons no oxigênio da carbonila pode
efetuar uma ligação Hidrogênio -H ou N-H.
• A Acetona e o Acetaldeído são miscíveis em água.

www.ufsm.br/quimica_organica 25
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Formaldeído
• Gás à temperatura ambiente.
• Formol é uma solução aquosa a 40%.

H H
C O HO
O O D
heat H2O OH
H H C H H C
C C H H
O
H H Formaldeído, Formol ou
PE = -21C formalina
trioxano, PE 62C

www.ufsm.br/quimica_organica 26
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Importância Industrial

• Acetona e metil-etil-cetona são solventes


importantes.
• Formaldeído usado em polímeros como
Bakelite.
• Flavorizantes e aditivos como vanilina, canela,
manteiga artificial.

www.ufsm.br/quimica_organica 27
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Obtenção - Revisão

• Oxidação
– Álcool 2 + Na2Cr2O7  Cetona
– Álcool 1 + PCC  Aldeído
• Ozonólise de alcenos.

H R' H R'
1) O3
C C C O + O C
2) (CH3)2S
R R'' R R''

www.ufsm.br/quimica_organica 28
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Obtenção - Revisão
• Acilação de Friedel-Crafts
– Cloreto de Acido /AlCl3 + benzeno  Cetona aromática
– CO + HCl + AlCl3/CuCl + benzeno  benzaldeído
(Gatterman - Koch)
• Hidratação de Alcino terminal
– Usar HgSO4, H2SO4, H2O obtém metil cetona
– Usar Sia2BH seguido de H2O2 / NaOH obtém aldeído. (Di-
sec-isoamilborano - (sia)2BH).

www.ufsm.br/quimica_organica 29
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Obtenção - Revisão
Ou 1. BH3-THF (excesso)
2. H2O2, NaOH

(Sia)2BH

www.ufsm.br/quimica_organica 30
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Obtenção usando 1,3-Ditiano


• Remover H+ com n-butil-lítio.
BuLi
S S S S
_
H H H

• Alquilar com haletos de alquila, depois hidrolisar.


+
O
CH3CH2Br H , HgCl2
C
S S S S H2O H CH2CH3
_
H CH2CH3
H

www.ufsm.br/quimica_organica 31
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Cetonas a partir de 1,3-Ditiano


• Após a primeira alquilação, remover o segundo
H+, reagir com outro haleto de alquila primário, e
após, hidrolisar.
+ O
BuLi CH3Br H , HgCl2
S S S S C
S S _ H2O
CH3 CH2CH3
CH3 CH2CH3
H CH2CH3 CH2CH3

www.ufsm.br/quimica_organica 32
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Cetonas a partir de Carboxilatos


• Compostos organolítios atacam a carbonila e
formam um di-aníon.
• Neutralização com ácido em solução aquosa
produz um hidrato instável que perde água e
forma uma cetona.
_ +
O O Li OH O
_ +
C _ C O Li C
O Li + C OH _
H3O
+ H2O CH3
CH3 CH3
CH3Li

www.ufsm.br/quimica_organica 33
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM
Cetonas a partir de Nitrilas
• Um reagente de Grignard ou organolítios atacam
o carbono da nitrila.
• O sal da imina é então hidrolisado para formar
uma cetona.
N MgBr O
C N C
CH2CH3 + C
CH3CH2MgBr + H3O CH2CH3
ether

www.ufsm.br/quimica_organica 34
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Aldeídos a partir de Cloretos Ácidos


Usar um agente redutor suave para evitar redução a álcoois primários.
O O
LiAlH(O-t-Bu)3
CH3CH2CH2C Cl CH3CH2CH2C H

Cetonas a partir de Cloretos Ácidos


Uso de lítio dialquilcupratos (R2CuLi), formado pela reação
de 2 mol de R-Li com iodeto cuproso.
CuI
2 CH3CH2CH2Li (CH3CH2CH2)2CuLi
O O
(CH3CH2CH2)2CuLi + CH3CH2C Cl CH3CH2C CH2CH2CH3

www.ufsm.br/quimica_organica 35
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Espectroscopia Infra Vermelho:

• Estiramento de C = O muito forte em torno de 1710 cm-1.


• A Conjugação diminui a frequência.
• Anel tensão aumenta frequência.
• Estiramento de C-H adicional para aldeído: duas absorções em
2710 cm-1 e 2810 cm-1.

www.ufsm.br/quimica_organica 36
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Espectroscopia NMR 1H

www.ufsm.br/quimica_organica 37
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Espectroscopia NMR 13C

www.ufsm.br/quimica_organica 38
=>
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM
MS para 2-Butanona

www.ufsm.br/quimica_organica 39
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM
MS para o Butiraldeído

www.ufsm.br/quimica_organica 40
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Rearranjo McLafferty
• Perda do Alceno (nº de massa par)
• Deve ter hidrogênio 

Etileno
m/z 72 m/z 28
McLafferty rearranjo do butiraldeído

www.ufsm.br/quimica_organica 41
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Espectro UV, p  p*

• C=O conjugado com outra dupla ligação.


• Grande absortividade molar (> 5000)

propenal 3 grupos alquilas 3 grupos alquilas

=>

www.ufsm.br/quimica_organica 42
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

Espectro UV, n  p*
• Ocorrência de transição “Proibida” pouco frequente.
• Pequena absortividade molar.

43
www.ufsm.br/quimica_organica
Aldeídos & Cetonas
Prof. Hugo Braibante-UFSM

www.ufsm.br/quimica_organica 44

Você também pode gostar