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UNIVERSIDADE SALVADOR – UNIFACS

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM DESENVOLVIMENTO


REGIONAL E URBANO
MESTRADO EM ANÁLISE REGIONAL

NORMA LÚCIA OLIVEIRA DA SILVA

CAETITÉ: UM ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO LOCAL

Salvador
2007
NORMA LÚCIA OLIVEIRA DA SILVA

CAETITÉ: UM ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO LOCAL

Dissertação apresentada ao Curso de Mestrado em


Análise Regional, Universidade Salvador –
UNIFACS, como requisito parcial para obtenção do
título de Mestre em Análise Regional.

Orientador Prof. Dr. Noélio Dantaslé Spínola

Salvador
2007
FICHA CATALOGRÁFICA
(Elaborada pelo Sistema de Bibliotecas da Universidade Salvador - UNIFACS)

Silva, Norma Lúcia Oliveira da.


Caetité: um estudo do desenvolvimento local / Norma Lúcia
Oliveira da Silva. - 2007.
326 f.

Dissertação (mestrado) – Universidade Salvador – UNIFACS.


Mestrado em Análise Regional, 2007.
Orientador: Prof. Dr. Noélio Spínola.

1. Desenvolvimento Regional. 2. Desenvolvimento sustentável –


Bahia. 3. Planejamento Regional. 4. Desenvolvimento Local. I. Spínola,
Noélio, orient. II. Título.
TERMO DE APROVAÇÃO

NORMA LÚCIA OLIVEIRA DA SILVA

CAETITÉ: UM ESTUDO DO DESENVOLVIMENTO LOCAL

Dissertação aprovada como requisito parcial para obtenção do grau de Mestre em


Análise Regional, Universidade Salvador – UNIFACS, pela seguinte banca
examinadora:

Noélio Dantasle Spínola – Orientador _____________________________________


Doutor em Geografia, Universidade de Barcelona
Universidade Salvador (UNIFACS)

Carolina de Andrade Spínola ____________________________________________


Doutora em Geografia, Universidade de Barcelona
Universidade Salvador (UNIFACS)

Sylvio Bandeira de Mello e Silva _________________________________________


Doutor em Geografia, Université de Toulouse
Universidade Católica do Salvador (UCSAL)

Salvador, 20 de março de 2007.


Para Olindina, minha mãe, pelo zelo e dedicação dispensados a minha existência.
Ao meu pai (in memorian) e aos meus irmãos, pelo exemplo de respeito ao próximo
e honestidade que marcam profundamente a minha vida.
A Deus, por tudo que sou e tenho.
AGRADECIMENTOS

A realização deste estudo não seria possível sem a carinhosa e sincera colaboração
de um grande número de pessoas, com as quais gostaria de dividir os méritos dos
resultados apresentados neste trabalho.

Começo agradecendo a minha mãe Olindina e aos meus irmãos – Maria Núbia, Ana
Cristina, José Carlos, Carlos Alberto, Roberto e Cristiano –, exemplos de
honestidade e perseverança e pelo apoio e compreensão em todos os momentos
desta longa trajetória.

Ao professor Noélio Dantaslé Spínola, meu orientador, pela valiosa contribuição na


elaboração deste trabalho, pela oportunidade, ensinamentos, apoio e confiança.

Ao Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE) do Estado


da Bahia, por permitir minha vinda para a capital e poder realizar um sonho.

Ao meu Gerente Franklin Santana Santos, que me recebeu na equipe de


Planejamento do Sebrae/BA e me deu apoio e flexibilidade para que eu pudesse
realizar o presente trabalho dentro do prazo. Um muito obrigado seria pouco para o
tanto que você me ajudou.

À Prefeitura Municipal de Caetité, em especial ao Sr. Ricardo de Tadeu Ladeia,


prefeito municipal e ao Sr. Jacques Douglas da Palma, Secretário Municipal da
Agricultura, por permitirem a realização do estudo e por toda dedicação e atenção
prestadas.

A Areza Batista Barros, minha colega de mestrado, pelo apoio e força nesses dois
longos anos. A perseverança, a amizade, a união e a dedicação nos fizeram fortes
para que pudéssemos transpor todos os obstáculos que apareceram.

A Rômulo Aguiar, colaborador da Secretaria de Agricultura de Caetité, pela


gentileza, agilidade e presteza em todas as informações que solicitei do município
nesse período.

Aos empresários caetiteenses por todas as informações que me forneceram da


forma mais atenciosa possível.

A todos os meus amigos que, de forma direta ou indireta, contribuíram para a


elaboração desta dissertação, o meu muito obrigado por me entenderem e
continuarem me amando, mesmo depois de tantas negativas que tive que dar para
todos, sempre com a mesma justificativa de que estava ocupada com a dissertação.

Por fim, agradeço a Deus que me deu a vida e que tem iluminado o meu caminho e
me dado força e persistência suficientes para superar obstáculos em todos os dias
da minha vida.
A paz somente pode ser assegurada quando as
pessoas estiverem livres do medo da fome.
Conseqüentemente, as diversas iniciativas para
uma cultura de paz devem vincular a paz com o
desenvolvimento endógeno, eqüitativo e
sustentável. Se o desenvolvimento não é
endógeno, corre-se o risco de contrariar e
perturbar o contexto cultural e econômico
tradicional da vida das pessoas. Se não é
eqüitativo, pode perpetuar injustiças que
conduzam a conflitos violentos. Se não é
sustentável, pode prejudicar e, inclusive, destruir o
meio ambiente e as estruturas sociais existentes.

Hacia una Cultura Global de Paz, UNESCO


Manila, Islas Filipinas, nov. 1995
RESUMO

O presente trabalho aborda o desenvolvimento local no município de Caetité, Estado


da Bahia, como tema principal para discussão. Para isso, os objetivos foram
alcançados através do método de estudo de caso do município em foco que
contemplou, além do seu diagnóstico, o diagnóstico da Região Econômica da Serra
Geral, na qual o município está inserido, bem como a realização de uma oficina com
lideranças locais e do censo empresarial da zona urbana. O embasamento teórico
contemplou o desenvolvimento local e a importância dos sistemas produtivos e
inovativos locais como alternativa na busca do desenvolvimento do território. O
desenvolvimento local tem sido objeto de estudo, principalmente a partir das
modificações ocorridas nos processos produtivos desde os anos 80 e, com mais
força, nos anos 90. Dessa forma, fatores de produção atualmente decisivos como o
capital social, o capital humano, o conhecimento, a pesquisa e desenvolvimento, a
informação e as instituições são determinados dentro da região e não de forma
exógena, como até então era entendido. Por conseguinte, a região dotada destes
fatores ou estrategicamente direcionada para desenvolvê-los internamente possui as
melhores condições de atingir um desenvolvimento acelerado e equilibrado. Um
outro fator importante é a capacidade da sociedade liderar e conduzir o seu próprio
desenvolvimento, condicionando-o à mobilização dos fatores produtivos disponíveis
em sua área e ao seu potencial endógeno. Identificou-se que, para a existência de
desenvolvimento local, algumas características tais como o protagonismo, o
empreendedorismo, a satisfação das necessidades humanas e a utilização de
recursos naturais de forma sustentável devem estar presentes. A pesquisa de
campo apontou individualismo, elevada taxa de informalidade e concentração da
comercialização para dentro do próprio município. Essas são características
negativas que impedem o desenvolvimento local no município de Caetité. Por fim, os
estudos indicam que o município possui recursos naturais capazes de levá-lo ao
desenvolvimento local. No entanto, a falta de um protagonismo genuíno, de
cooperação interempresarial, de empresários inovadores, de instituições fortalecidas
e de políticas públicas de fortalecimento e qualificação das estruturas internas, não
levará à consolidação de um desenvolvimento originalmente local e que criem
condições sociais e econômicas para a geração e atração de novas atividades
produtivas, as quais poderiam decorrer para o aumento do nível de emprego, a
formação de redes empresariais e a diminuição da desigualdade social, gerando
desenvolvimento e bem estar econômico e social para o município de Caetité.

Palavras-chave: Desenvolvimento local. Sistemas produtivos e inovativos locais.


Território. Região. Caetité.
ABSTRACT

This paper contains a study concerning the local development of Caetité city, in
Bahia, as a main subject for discussion. The objectives were achieved through case
study research of the area in focus, which involved, not only its diagnosis but also the
diagnosis of the economical region of “Serra Geral” where the area is located,
besides that, a workshop was carried out with the region leaders and urban
businessmen. The set of statements used considered the local development and the
importance of productive and innovatory local systems as an alternative to aim the
local development. The local development has been studied especially because of
the changes in the productive process since the 80’s and 90’s, the latter with stronger
impact. Thus, key factors, concerning production, such as money, workers,
knowledge, research and development, information and institutions are determined
inner the regions and not exogenous as it were known. Consequently, the regions
with this factors or capable to develop them innerly are more propend to reach a fast
and balanced development. Another important key factor to be highlighted is the
attempts made by societies to foster social progress by leading and guiding their own
evolution, relating them to productive factors available in their areas and endogenous
potential. It was identified that protagonism, entrepreneurship, the fulfillment of
human needs and the rational use of natural resources are crucial elements for the
local development to be a reality. The research in the area also pointed out
individualism, high rate of informal businesses and concentration of trade within the
area. These elements are seen as barriers for the local development of Caetité city.
Yet, the research shows that the area has natural resources that can lead it to a local
development, nevertheless, the lack of a genuine protagonism, business
collaboration, creative businessmen, strengthened institutions and public policies to
establish internal structures will not consolidate the local development to create
social and economical conditions to generate and attract new productive activities
which could contribute to increase the level of employment, to form new business
chains, to reduce social inequality and to foster growth and economical and social
welfare to Caetité city.

Keywords: Local development. Productive and innovatory local systems. Territory.


Region. Caetité.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1 Estado da Bahia – mapa das Regiões Econômicas 59


Figura 2 Estado da Bahia – mapa da Região Econômica da Serra Geral 60
Figura 3 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – gráfico das despesas 108
totais com saúde (em R$) – 2000 a 2003
Figura 4 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – gráfico do Fundo de 129
Participação dos Municípios (em R$) – 2000 a 2005
Figura 5 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – gráfico do efetivo de 134
rebanhos – 2000 a 2004
Figura 6 Mapa da distribuição geográfica dos mais importantes grupos 143
indígenas
Figura 7 Estado da Bahia – Caetité – inscrições rupestres dos índios 144
Camacãs
Figura 8 Mapa da ocupação dos indígenas no Nordeste 144

Figura 9 Estado da Bahia – Caetité – foto da vista parcial do município 146

Figura 10 Esquema das formas usadas para a grafia de Caetité 147


Figura 11 Estado da Bahia – Caetité – esquema da genealogia municipal 149
Figura 12 Estado da Bahia – Caetité – mapa dos limites em 1827 150
Figura 13 Estado da Bahia – Caetité – símbolos oficiais (bandeira e brasão) 150
Figura 14 Estado da Bahia – Caetité – mapa das rodovias de acesso ao 151
município
Figura 15 Estado da Bahia – Caetité – mapa dos limites municipais 154
Figura 16 Estado da Bahia – Caetité – foto do Observatório Astronômico 156
Figura 17 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da população residente por 161
faixa etária e sexo – 2006
Figura 18 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução da população – 162
1995 a 2005
Figura 19 Estado da Bahia – quadro da distância entre Caetité e os 165
principais centros nacionais e pólos regionais
Figura 20 Estado da Bahia – Caetité – foto da Biblioteca Municipal 178
Figura 21 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do orçamento público em 183
saúde (em R$ 1,00) – 2000 a 2003
Figura 22 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução do número de 190
eleitores – 1996 a 2005
Figura 23 Estado da Bahia – Caetité – belezas naturais – foto de uma 194
pequena cachoeira
Figura 24 Estado da Bahia – Caetité – belezas naturais – foto de uma 195
corredeira
Figura 25 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do IDH-M – 1970 a 2000 197
Figura 26 Estado da Bahia – Caetité – foto da Igreja de Santana 202
Figura 27 Estado da Bahia – Caetité – foto da vista aérea das INB – 2003 209
Figura 28 Estado da Bahia – Caetité – slide do horto florestal dentro das 210
INB
Figura 29 Estado da Bahia – Caetité – foto dos cortadores de mandioca 214
(prática rudimentar)
Figura 30 Estado da Bahia – Caetité – foto de canavial irrigado 214
Figura 31 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da quantidade produzida da 215
lavoura temporária de cana-de-açúcar (em ton) – 1995 a 2004
Figura 32 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da quantidade produzida da 215
lavoura temporária de mandioca (em ton) – 1995 a 2004
Figura 33 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do valor médio da produção 216
(Mil Reais) da lavoura temporária, por item – 1995 a 2000
Figura 34 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da área média plantada da 216
lavoura temporária (em ha) – 1995 a 2005
Figura 35 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução da produção 219
das lavouras de laranja, de manga e de banana (em ton) – 1995
a 2004
Figura 36 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução da produção 220
das lavouras do café e do abacate (em ton) – 1995 a 2004
Figura 37 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do valor da produção das 221
lavouras do café e do maracujá (em Mil Reais) – 1995 a 2004
Figura 38 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do valor da produção das 225
lavouras temporária e permanente (em mil Reais) – 1995 a 2004
lavouras temporária e permanente (em mil Reais) – 1995 a 2004

Figura 39 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da área plantada e colhida 225


das lavouras temporária e permanente (ha) – 1995 a 2004
Figura 40 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução do efetivo de 226
rebanhos – 1995 a 2004
Figura 41 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da composição do efetivo de 227
rebanhos – 1995 a 2004
Figura 42 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução do PIB (em mil 235
Reais) – 1999 a 2003
Figura 43 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do PIB per capita (em R$ 237
1,00) – 1999 a 2004
Figura 44 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do valor adicionado (em 238
milhões de Reais) – 1999 a 2003
Figura 45 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da arrecadação (em R$ 1,00) 240
das receitas estaduais – ICMS, IPVA, ITD e outras taxas – 1999
a 2005
Figura 46 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução no FPM (em R$ 241
1,00) – 1996 a 2005
Figura 47 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do porte das empresas 246
quanto ao faturamento bruto anual (em Real) – 2006
Figura 48 Enquadramento por porte – Sistema Serviço Brasileiro de Apoio 247
às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE)
Figura 49 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do porte das empresas 247
quanto ao número de empregados – 2006
Figura 50 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da natureza jurídica das 249
empresas – 2006
Figura 51 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da quantidade de empresas 250
com filiais – 2006
Figura 52 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da situação do imóvel – 2006 251

Figura 53 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da faixa etária dos sócios – 252
2006
Figura 54 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do gênero dos sócios – 2006 253

Figura 55 Estado da Bahia – Caetité – gráfico dos empregados (homens e 254


mulheres) remunerados – 2006
Figura 56 Estado da Bahia – Caetité – gráfico dos empregados (homens e 255
mulheres) não remunerados – 2006
Figura 57 Estado da Bahia – Caetité – gráfico dos empregados (homens e 255
mulheres) com carteira assinada – 2006
Figura 58 Estado da Bahia – Caetité – setor de atividades das empresas 257
pesquisadas – 2006
Figura 59 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da forma contábil utilizada 260
pelas empresas – 2006
Figura 60 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do faturamento das 261
empresas – 2006
Figura 61 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do número de empresas 262
participantes em alguma organização associativa – 2006
Figura 62 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da situação legal das 263
empresas – 2006
Figura 63 Estado da Bahia – Caetité – gráfico do número de empresas que 265
possuem conta em banco – 2006
Figura 64 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da quantidade de empresas 266
que fizeram financiamento bancário – 2006
Figura 65 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da quantidade de empresas 268
que conhecem o Sebrae – 2006
Figura 66 Estado da Bahia – Caetité – gráfico da quantidade de empresas 269
que já utilizaram serviços do Sebrae – 2006
LISTA DE TABELAS

Tabela 1 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – municípios, áreas, 60


altitudes, coordenadas geográficas e distância a Salvador – 2003
Tabela 2 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – tipologia climática 61
segundo Thornthwaite – 1998
Tabela 3 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – ano de instalação, 62
município de origem e idade dos municípios – 2003
Tabela 4 Grau de urbanização do Brasil, Bahia e Regiões Econômicas da 66
Bahia – 1980 a 2000
Tabela 5 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – população, taxa de 67
crescimento, taxa de mortalidade infantil e esperança de vida ao
nascer – Censo 2000
Tabela 6 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – densidade 68
demográfica – 1995 a 2006
Tabela 7 Estado da Bahia – Região da Serra Geral - censo e estimativas 69
da população – 1995 a 2005
Tabela 8 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – consumo de energia 72
elétrica por classe (mwh) – 2002
Tabela 9 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – consumo de energia 73
elétrica por classe (mwh) – 2002
Tabela 10 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – economias de água 74
faturada – 2002
Tabela 11 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – capacidade das 75
principais barragens, represas e açudes – 2004
Tabela 12 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – veículos cadastrados 77
por tipo – 2004
Tabela 13 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – terminais telefônicos 78
em serviço – 2002
Tabela 14 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – IDH–M dos 81
municípios – 1970 a 2000
Tabela 15 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – Índice de 83
Desenvolvimento Econômico e Índice de Desenvolvimento Social
– 2000
Tabela 16 Estado da Bahia – Região da Serra Geral - Indicador de 84
Desenvolvimento Econômico, segundo seus componentes – 2000
Tabela 17 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – educação infantil – 86
2004
Tabela 18 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – educação 86
fundamental – 2004
Tabela 19 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – educação no ensino 87
médio – 2004

Tabela 20 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – educação de jovens e 88


adultos – 2004
Tabela 21 Estado da Bahia – região da Serra Geral – vagas oferecidas por 90
localização e cursos das faculdades que pertencem à estrutura
das Universidades Públicas – 2006
Tabela 22 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – instituições 91
particulares de ensino superior – 2006
Tabela 23 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – estabelecimentos que 92
ministram a educação infantil – 2004
Tabela 24 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – matrícula inicial na 93
educação infantil – 2004
Tabela 25 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – docentes em 94
exercício na educação infantil e classes de alfabetização – 2003
Tabela 26 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – estabelecimentos que 95
ministram ensino fundamental – 2004
Tabela 27 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – matrícula inicial no 96
ensino fundamental – 2004
Tabela 28 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – docentes em 97
exercício no ensino fundamental – 2004
Tabela 29 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – estabelecimentos que 98
ministram ensino médio – 2004
ministram ensino médio – 2004

Tabela 30 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – matrícula inicial no 99


ensino médio – 2004
Tabela 31 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – docentes em 100
exercício no ensino médio regular e médio profissionalizante –
2003
Tabela 32 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – estabelecimentos que 101
ministram a educação de jovens e adultos – 2004
Tabela 33 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – matrícula inicial na 102
educação de jovens e adultos – 2004
Tabela 34 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – docentes em 103
exercício na educação de jovens e adultos – 2004
Tabela 35 Região da Serra Geral – situação de domicílios com água 107
encanada, esgoto sanitário e coleta de lixo – 2000
Tabela 36 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – despesas totais 108
médias com saúde (Em R$) – 2000 a 2003
Tabela 37 Estado da Bahia – região da serra Geral – eleitorado, votantes, 112
votos válidos, brancos, nulos e abstenções – 2005
Tabela 38 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – número de empregos 116
– 1996 a 2004
Tabela 39 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – admissões e 117
desligamentos – 2000 a 2005
Tabela 40 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – admissões – 2000 a 118
2005
Tabela 41 Estado da Bahia – Região da Serra Geral –desligamentos – 2000 119
a 2005
Tabela 42 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – Índice de Renda 120
Média dos Chefes de Família – 2000
Tabela 43 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – número de unidades 122
locais – 1996 a 2004
Tabela 44 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – criação de empresas 123
– 2002 a 2005
Tabela 45 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – PIB e PIB per capita – 126
1999 a 2004
Tabela 46 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – estabelecimentos 127
bancários – 2003
Tabela 47 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – arrecadação das 130
receitas estaduais (em R$) – 1999 a 2005
Tabela 48 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – Fundo de 131
Participação dos Municípios (em R$) – 2000 a 2005
Tabela 49 Estado da Bahia - Região da Serra Geral - área plantada e 133
colhida (em hectare), quantidade produzida (em tonelada) e valor
da produção (em R$ 1.000) das lavouras temporárias e
permanentes – 2004
Tabela 50 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – efetivo do rebanho – 135
2000 a 2004
Tabela 51 Estado da Bahia – Região da Serra Geral – produtos de origem 137
animal – 2000 a 2004
Tabela 52 Estado da Bahia - Região da Serra Geral - financiamentos por tipo 139
de atividade (em R$) – 2003
Tabela 53 Estado da Bahia – Caetité – população residente, taxa de 159
urbanização e densidade demográfica – 1991 a 2005
Tabela 54 Estado da Bahia – Caetité – faixa etária da população residente – 160
1970 a 2005
Tabela 55 Estado da Bahia – Caetité – população residente por sexo – 1996 160
a 2005
Tabela 56 Estado da Bahia – Caetité – população estimada e censos 162
demográficos - 1995 a 2005
Tabela 57 Estado da Bahia – Caetité – quantidade de veículos, por tipo – 164
1995 a 2004
Tabela 58 Estado da Bahia – Caetité – demanda do SLA – 2006 168
Tabela 59 Estado da Bahia – Caetité – localização e vazão dos reservatórios 168
– 2006
Tabela 60 Estado da Bahia – Caetité – Listagem histórica anual de 169
consumidores de energia elétrica por classe –1995 a 2005
consumidores de energia elétrica por classe –1995 a 2005

Tabela 61 Estado da Bahia – Caetité – Listagem histórica anual –– consumo 170


de energia elétrica por classe (Mwh) – 1995 a 2005
Tabela 62 Estado da Bahia – Caetité – educação infantil e classes de 173
alfabetização – 2003 e 2004
Tabela 63 Estado da Bahia – Caetité – educação do ensino fundamental – 174
2004
Tabela 64 Estado da Bahia – Caetité – educação no ensino médio – 2004 174
Tabela 65 Estado da Bahia – Caetité – educação de jovens e adultos – 2004 174
Tabela 66 Estado da Bahia – Caetité – educação do pré-escolar à educação 175
de jovens e adultos – 2004
Tabela 67 Estado da Bahia – Caetité – ocorrências policiais, por bairros – 189
2003
Tabela 68 Estado da Bahia – Caetité – eleitorado, votantes, abstenções, 189
votos válidos, brancos e nulos – 1996 a 2005
Tabela 69 Estado da Bahia – Caetité – áreas esportivas e de lazer – 2005 192
Tabela 70 Estado da Bahia – Caetité – IDE e IDS, segundo seus 196
componentes – 2000
Tabela 71 Estado da Bahia - Caetité - IDH e seus componentes - 1991 e 198
2000
Tabela 72 Estado da Bahia – Caetité – pessoas ocupadas por setor – 1996 a 198
2004
Tabela 73 Estado da Bahia – Caetité – número de estabelecimentos, 199
segundo a faixa de pessoal ocupado – 1996 a 2003
Tabela 74 Estado da Bahia – Caetité – estabelecimentos nos setores da 201
agricultura, secundário e terciário – 1996 a 2003
Tabela 75 Estado da Bahia – Caetité – quantidade produzida da lavoura 217
temporária (t) – 1995 a 2005
Tabela 76 Estado da Bahia – Caetité – valor da produção da lavoura 217
temporária (em mil Reais) – 1995 a 2005
Tabela 77 Estado da Bahia – Caetité – área plantada da lavoura temporária 218
(ha) – 1995 a 2005
Tabela 78 Estado da Bahia – Caetité – área colhida da lavoura temporária 218
(ha) – 1995
Tabela 79 Estado da Bahia – Caetité – quantidade produzida da lavoura 222
permanente (t) – 1995 a 2004
Tabela 80 Estado da Bahia – Caetité – valor da produção da lavoura 222
permanente (em mil Reais) – 1995 a 2004
Tabela 81 Estado da Bahia – Caetité – área plantada da lavoura permanente 223
(ha) – 1995 a 2004
Tabela 82 Estado da Bahia – Caetité – área colhida da lavoura permanente 223
(ha) – 1995 a 2004
Tabela 83 Estado da Bahia – Caetité – valor da produção, área plantada e 224
área colhida da lavoura temporária – 1995 a 2005
Tabela 84 Estado da Bahia – Caetité – valor da produção, área plantada e 224
área colhida da lavoura permanente – 1995 a 2004
Tabela 85 Estado da Bahia – Caetité – efetivo do rebanho– 1995 a 2004 228
Tabela 86 Estado da Bahia – Caetité – produtos de origem animal por tipo 228
de produto – 1995 a 2004
Tabela 87 Estado da Bahia – Caetité – PIB a preços correntes (em mil 235
Reais) – 1999 a 2004
Tabela 88 Estado da Bahia – Caetité – PIB per capita – 1999 a 2003 (em 236
R$)

Tabela 89 Estado da Bahia – Caetité – valor adicionado e PIB a preços 138


correntes (em milhões de Reais) – 1999 a 2004
Tabela 90 Estado da Bahia – Caetité – arrecadação (em R$ 1,00) das 239
receitas estaduais – ICMS, Imposto sobre a Propriedade de
Veículos Automotores (IPVA), Imposto Sobre a Transmissão
Causa Mortis e por Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITD) e
outras taxas – 1999 a 2005
Tabela 91 Estado da Bahia – Caetité – arrecadação (em R$ 1,00) – 1999 a 240
2005
Tabela 92 Estado da Bahia – Caetité – faturamento bruto anual (em Real) – 246
2006
Tabela 93 Estado da Bahia – Caetité – localização dos empreendimentos 248
por bairro – 2006
Tabela 94 Estado da Bahia – Caetité – formação escolar do sócio – 2006 253

Tabela 95 Estado da Bahia – Caetité – setor de atividades das empresas 256


pesquisadas – 2006
Tabela 96 Estado da Bahia – Caetité – principais produtos e serviços – 2006 258

Tabela 97 Estado da Bahia – Caetité – tempo de atuação no mercado – 259


2006
Tabela 98 Estado da Bahia – Caetité – valor do faturamento das empresas 261
pesquisadas (em R$) – 2006
Tabela 99 Estado da Bahia – Caetité – comercialização das empresas 264
pesquisadas – 2006
Tabela 100 Caetité – centros fornecedores de matérias-prima das empresas 267
pesquisadas – 2006
Tabela 101 Estado da Bahia – Caetité – tipos de serviços que as empresas 269
pesquisadas utilizaram do Sebrae – 2006
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS

ADS Agência de Desenvolvimento Solidário


AGECOM Assessoria Geral de Comunicação do Estado da Bahia
APAE Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais
BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social
BRADESCO Banco Brasileiro de Desconto
CBPM Companhia Baiana de Pesquisa Mineral
CDL Câmara de Dirigentes Lojistas
CEF Caixa Econômica Federal
CEI Centro de Estatísticas e Informações
CNEN Comissão Nacional de Energia Nuclear
CNPJ Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica
COELBA Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia
COOMADAC Cooperativa dos Mandiocultores de Caetité
COOPAG Cooperativa Agropecuária de Guanambi Responsabilidade
Ltda.
COOPEC Cooperativa Educacional de Caetité
CPRM Companhia de Pesquisa e Recursos Minerais
EBCT Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos
EBDA Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola
EMBASA Empresa Baiana de Saneamento
EUA Estados Unidos da América
FAB Faculdade de Tecnologia de Brumado
FG Faculdade de Guanambi
FIEB Federação das Indústrias do Estado da Bahia
FIES Financiamento Estudantil
FPE Fundo de Participação dos Estados
FPEX Fundo de Compensação pela Exportação de Produtos
Industrializados
FPM Fundo de Participação dos Municípios
FUNDEF Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino
Fundamental e de Valorização do Magistério
GREMI Grupo de Investigação Européia sobre Entornos Inovadores
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
ICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
IDE Índice de Desenvolvimento Econômico
IDH-M Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
IDS Índice de Desenvolvimento Social
ILPES Instituto Latinoamericano y del Caribe de Planificación
Económica y Social
INB Indústrias Nucleares do Brasil
INE Índice do Nível de Educação
INEP Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais
Anísio Teixeira
INF Índice de Infra-Estrutura
INS Índice do Nível de Saúde
IOF-Ouro Imposto sobre Operações Financeiras – Ouro
IPEA Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada
IPM Índice do Produto Municipal
IPTU Imposto Predial e Territorial Urbano
IPVA Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores
IQM Índice de Qualificação de Mão-de-obra
IRMCF Índice de Renda Média dos Chefes de Família
ISB Índice dos Serviços Básicos
ISS Imposto Sobre Serviços
ITD Imposto Sobre a Transmissão Causa Mortis e por Doação
de Quaisquer Bens e Direitos
ITR Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural
JUCEB Junta Comercial do Estado da Bahia
LDO Lei de Diretrizes Orçamentárias
LOA Lei de Orçamento Anual
MATER Movimento Ambientalista Terra
MCT Ministério da Ciência e Tecnologia
MPE Micros e Pequenas Empresas
MTE Ministério do Trabalho e Emprego
OAB Ordem dos Advogados do Brasil
OMS Organização Mundial da Saúde
ONG Organização Não-Governamental
OPAS Organização Pan-americana da Saúde
PEA População Economicamente Ativa
PIB Produto Interno Bruto
PNUD Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento
PROUNI Programa Universidade para Todos
PSF Programa de Saúde da Família
SBT Sistema Brasileiro de Televisão
SEBRAE Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
SEFAZ Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia
SEI Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos da
Bahia
SIDRA Sistema IBGE de Recuperação Automática
SPILs Sistemas Produtivos e Inovativos Locais
SLA Service Level Agreement
SPC Serviço de Proteção ao Crédito
SPSS Statistical Package for the Social Sciences
SUS Sistema Único de Saúde
TRE-BA Tribunal Regional Eleitoral da Bahia
UNEB Universidade do Estado da Bahia
IES Instituição de Ensino Superior
SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO 28

2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS 34
2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS 34
2.2 REGIÃO 35
2.3 DESENVOLVIMENTO LOCAL 37
2.3.1 Características do desenvolvimento local 40
2.3.1.1 Territorialidade 41
2.3.1.2 Enfoque multidimensional 42
2.3.1.3 Satisfação das necessidades humanas 43
2.3.1.4 Utilização de recursos naturais 44
2.3.1.5 Protagonismo local 45
2.3.1.6 Sistema de instituições e Poder Público (Descentralização) 47
2.3.1.7 Inovação tecnológica 49
2.3.1.8 Empreendedorismo 50
2.4 SISTEMAS PRODUTIVOS E INOVATIVOS LOCAIS 52

3 DIAGNÓSTICO DA REGIÃO DA SERRA GERAL 57


3.1 CARACTERIZAÇÃO 57
3.2 PROCESSO HISTÓRICO 63
3.3 DINÂMICA DEMOGRÁFICA REGIONAL 64
3.4 INFRA-ESTRUTURA 70
3.4.1 Infra-estrutura técnica 70
3.4.1.1 Energia elétrica 71
3.4.1.2 Abastecimento de água 74
3.4.1.3 Barragens, represas e açudes 75
3.4.1.4 Meios de transporte 76
3.4.1.5 Frota 76
3.4.1.6 Meios de comunicação 78
3.4.2 Infra-estrutura social 79
3.4.2.1 Indicadores de Desenvolvimento Humano, Econômico e Social 79
3.4.2.2 Educação 84
3.4.2.3 Saúde e saneamento 104
3.4.2.4 Participação política 111
3.4.2.5 Emprego e renda 113
3.5 ECONOMIA REGIONAL 120
3.5.1 Empresas locais 120
3.5.2 Produto Interno Bruto (PIB) 123
3.5.3 Estabelecimentos bancários 127
3.5.4 Arrecadação das receitas estaduais 127
3.5.5 Transferência constitucional aos municípios 128
3.5.6 Agropecuária 132
3.5.6.1 Lavouras temporárias e permanentes 132
3.5.6.2 Pecuária 133
3.5.6.3 Produtos de origem animal 135
3.5.6.4 Concessão de financiamentos 137

4 DIAGNÓSTICO MUNICIPAL DE CAETITÉ 141


4.1 HISTÓRICO 141
4.2. TOPÔNIMO 145
4.3 A VILA NOVA DO PRÍNCIPE E SANTANA DE CAETITÉ 147
4.4 ASPECTOS TERRITORIAIS E GEOGRÁFICOS 151
4.4.1 Regionalização 152
4.4.2 Lesgislação Político-Administrativa 153
4.5 RECURSOS NATURAIS 154
4.5.1 Clima 155
4.5.2 Solo 156
4.5.3 Vegetação 157
4.5.4 Relevo 157
4.5.5 Geologia 157
4.5.6 Hidrogeologia 158
4.6 DEMOGRAFIA 158
4.7 INFRA-ESTRUTURA 163
4.7.1 Infra-Estrutura Técnica 163
4.7.1.1 Meios de transporte 163
4.7.1.2 Frota 164
4.7.1.3 Campo de pouso 165
4.7.1.4 Meios de comunicação 166
4.7.1.5 Estabelecimentos bancários 167
4.7.1.6 Abastecimento de água e energia elétrica 167
4.7.1.7 Saneamento básico 170
4.7.2 Infra-estrutura social 172
4.7.2.1 Educação 172
4.7.2.2 Cultura 178
4.7.2.3 Saúde 179
4.7.2.4 Poder local 184
4.7.2.5 Legislação e instrumentos de planejamento 186
4.7.2.6 Recursos para a gestão municipal 186
4.7.2.7 Informática e serviços de atendimento ao público 187
4.7.2.8 Habitação 187
4.7.2.9 Justiça e segurança pública 188
4.7.2.10 Participação política e social 189
4.7.2.11 Ação social 190
4.7.2.12 Esporte 191
4.7.2.13 Conselhos municipais de políticas setoriais 192
4.7.2.14 Turismo 192
4.7.2.15 Ecossistema e meio ambiente 195
4.7.2.16 Indicadores sociais 196
4.8 EMPREGO E RENDA 198
4.9 A ECONOMIA DE CAETITÉ 199
4.9.1 Setor primário 202
4.9.1.1 Mineração 203
4.9.1.1.1 Exploração de urânio – Indústrias Nucleares do Brasil (INB) 207
4.9.1.1.2 Minério de ferro 210
4.9.1.2 Agropecuária 212
4.9.2 Setor secundário 230
4.9.3 Setor terciário 231
4.10 ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS DO MUNICÍPIO 234
4.10.1 PIB 234
4.10.2 PIB per capita 236
4.10.3 Valores adicionados 237
4.10.4 Finanças públicas 239

5 RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO: UMA 243


CONTRIBUIÇÃO PARA A DISCUSSÃO SOBRE O
DESENVOLVIMENTO LOCAL
5.1 CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS 245
5.1.1 Porte da empresa – enquadramento 245
5.1.1.1 Quanto ao faturamento 246
5.1.1.2 Quanto ao número de funcionários 247
5.1.2 Localização 248
5.1.3 Natureza jurídica 249
5.1.4 Caracterização do imóvel 250
5.2 PERFIL DO EMPRESÁRIO 251
5.2.1 Faixa Etária 251
5.2.2 Escolaridade 252
5.2.3 Gênero 253
5.3 PERFIL DOS EMPREGADOS 254
5.4 DADOS DO NEGÓCIO 256
5.4.1 Setor de atividade 256
5.4.2 Ramo de Atividade 257
5.4.3 Tempo de atuação no mercado 258
5.4.4 Registros contábeis 259
5.4.5 Internet 260
5.4.6 Faturamento 261
5.4.7 Associativismo 262
5.4.8 Legalidade 263
5.4.9 Comercialização para fora do município 264
5.4.10 Financiamento bancário e conta corrente 264
5.4.11 Centros fornecedores de mercadorias e matérias-prima 266
5.4.12 Problemas enfrentados pelas empresas 267
5.4.13 Sobre o Sebrae 268

6 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES 271


REFERÊNCIAS 283

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO DE PESQUISA 293

APÊNDICE B – CRACHÁ UTILIZADO NA PESQUISA DE CAMPO 296

ANEXO A – ESTADO DA BAHIA – CAETITÉ – RUAS E BAIRROS – 2006 297

ANEXO B – PESQUISADORES 304

ANEXO C – ESTADO DA BAHIA – CAETITÉ – EMPRESAS 305


RECENSEADAS – 2006
28

1 INTRODUÇÃO

É possível entender o desenvolvimento como uma situação de superação, de


melhoria, de progresso, da passagem de um estágio inferior de bem estar social
para um estágio superior. A promoção do desenvolvimento econômico local é
postulada como uma necessidade, na medida em que determinadas regiões
enfrentam problemas econômicos que são diferentes uns dos outros, dependendo
das circunstâncias de seus territórios.

Os modelos de desenvolvimento predominantes durante os anos do pós-


guerra tinham como eixo principal promover e atrair a inversão exógena. A crise dos
anos 70 colocou em xeque esse modelo, uma vez que este era limitado em dar
respostas eficazes aos problemas do emprego e desenvolvimento, não somente nos
aspectos quantitativos, como, também, em uma perspectiva de progresso.

Dessa forma, surgiu uma nova política de desenvolvimento que valoriza o


potencial endógeno e que ressalta o papel do território como algo mais do que um
mero suporte de atividades desconexas. A dramática queda dos níveis de
crescimento econômico provocou a crise junto ao esgotamento dos mercados de
produtos tradicionais.

As mudanças na demanda individual e o acelerado aparecimento de novas


tecnologias e produtos fizeram com que, diante da teoria do crescimento pelo
crescimento que caracterizava os modelos predominantes durante os anos do pós-
guerra, aumentasse, também, a preocupação pelos recursos naturais, a melhoria do
29

meio ambiente e, em geral, todos aqueles aspectos relacionados com a qualidade


de vida. Ou seja, ocorreu a mudança de uma etapa que considerava primordial o
crescimento proveniente do exterior por uma etapa que considera o desenvolvimento
endógeno como o mais importante e que tem, no local, as respostas para a melhoria
e qualidade de vida de uma determinada população.

No presente trabalho, o local identificado para análise é o território municipal


de Caetité, Estado da Bahia e, ao se discutir sobre desenvolvimento local, o foco
volta-se para o questionamento do processo de elevação da produtividade e
socialização destes ganhos neste determinado território. Para isso, inicialmente, é
necessário entender o contexto regional em que o município está inserido, pois este
oferece uma visão clara e abrangente da relevância de Caetité, tanto na região
quanto no Estado da Bahia como um todo.

O problema da pesquisa consiste em responder se existem possibilidades de


desenvolvimento local no município de Caetité.

Quanto aos objetivos do trabalho, estes se constituem em explorar a


concepção de desenvolvimento local, suas dimensões, desafios e implicações à
sociedade, bem como avaliar os planos sócio-econômico, político e institucional no
processo de desenvolvimento local, analisando a dimensão passada, atual e as
perspectivas futuras do município decorrentes dos seus empreendimentos, dos seus
recursos naturais e dos seus atores locais.

Em termos específicos, os objetivos foram alcançados por meio dos seguintes


instrumentos e formas:

a) levantamento bibliográfico, que permitiu o estudo de conceitos sobre


desenvolvimento local, justificando as situações distintas de desenvolvimento
econômico em Caetité;

b) oficina com lideranças locais para identificação dos principais problemas,


levantamento dos principais recursos ao desenvolvimento local do município e
30

levantamento dos principais fatores que contribuíram para o atual estágio de


desenvolvimento do município;

c) diagnóstico sócio-econômico da região da Serra Geral;

d) diagnóstico socioeconômico do município de Caetité;

e) censo empresarial da zona urbana;

f) elaboração de um banco de dados referente ao período estudado;

g) organização de um acervo bibliográfico sistemático de produção física


disponível.

A escolha do município de Caetité como área de estudos deveu-se às


seguintes razões: a primeira e mais relevante, por que o município desponta-se
como um pólo regional produtor de recursos minerais que podem contribuir para o
desenvolvimento local tanto do município quanto da região em que está inserido; a
segunda, pelo aspecto inédito e institucional do trabalho, em vista de possíveis
reflexos que este possa vir a apresentar no âmbito de atuação do Governo Municipal
e na sua política de fortalecimento das Micro e Pequenas Empresas (MPE) locais; e
a última devido à maior facilidade na obtenção de informações e dados necessários
ao trabalho, na medida em que estes podem ser encontrados de forma mais
homogênea e detalhada no âmbito da região.

Ao investigar o perfil sócio-econômico de Caetité e da Região Econômica da


Serra Geral, pretendeu-se reconhecer os atores que alteram as relações locais,
propulsores de novas dinâmicas no município e a importância de políticas de
manutenção urbana e de redução de desigualdades para o desenvolvimento local.

Por tudo isto se justifica a pesquisa aqui proposta que reúne, de um lado, o
esforço da produção acadêmica na construção de conhecimento sobre um espaço
pouco estudado nos termos e na forma da metodologia proposta (oficina,
31

diagnóstico socioeconômico e censo empresarial) e, de outro, uma contribuição para


os organismos de planejamento e gestão responsáveis pelo território estudado.

O método utilizado foi um estudo de caso do município de Caetité, por meio


de uma pesquisa descritiva, na qual foram desenvolvidos estudos comparativos da
Região Econômica da Serra Geral e do município de Caetité, baseados em dados
oficiais da Prefeitura Municipal de Caetité, de Secretarias do Estado da Bahia, do
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (IPEA), da Superintendência de Estudos Sociais e Econômicos
da Bahia (SEI), dentre outros.

Para a coleta dos dados da pesquisa de campo, foram identificadas todas as


ruas de cada bairro e recortadas para fins dessa pesquisa (ANEXO A). Para aplicar
o questionário em todas as empresas da zona urbana de Caetité, foram
selecionados dez estudantes do curso de graduação (bacharelado) em Geografia,
da Universidade do Estado da Bahia (UNEB), situada no próprio município (ANEXO
B).

O censo empresarial envolveu o mapeamento das empresas, formalizadas e


não formalizadas, da zona urbana do município. O cadastramento destas permitiu
obter uma visão quantitativa e qualitativa dos principais setores produtivos da
economia municipal na área, bem como as principais deficiências e pontos fortes
das mesmas.

Para realização da oficina com as lideranças locais, na identificação dos


principais problemas e potencialidades endógenas e possíveis alternativas futuras
do contexto municipal, utilizou-se a técnica Metaplan1, a qual enfatiza a importância
da visualização da problematização em painéis que ativa o intercâmbio de idéias

1
O Metaplan caracteriza-se pelas técnicas de moderação e de visualização móvel (fichas coloridas)
no trabalho com pequenos grupos. Foi desenvolvido a partir dos anos 70, por uma empresa de
consultoria alemã orientada para a capacitação de executivos de empresas – Metaplan GMBH. Esses
instrumentos foram desenvolvidos em uma época em que a sociedade passou a exigir maior espaço
para a participação nas tomadas de decisão e orientação dos processos segundo os desejos e
necessidades de todos os diferentes grupos envolvidos. Para assegurar essa maior demanda por
participação, foram desenvolvidos métodos e instrumentos que efetivamente pudessem viabilizar
esse propósito.
32

entre os participantes, evita a dominação da palavra por alguns, garante momentos


de criação e geração de idéias que fundamentam a discussão em plenária em que
todos participam, independente de cargo ou posição que exercem.

Para o tratamento e análise dos dados coletados, após crítica, codificação e


apuração do questionário, estes foram lançados para tabulação em um programa
estatístico específico, o Statistical Package for the Social Sciences (SPSS). O
cotejamento e a análise dos dados foram realizados considerando-se as variáveis
individualmente ou com o cruzamento das mesmas, as quais foram definidas de
acordo com as necessidades dessa pesquisa, antes, durante a após a aplicação do
questionário.

Nos casos de questões com respostas abertas ou inseridas em “outros”, a


análise foi realizada à parte, sendo seus resultados inseridos no trabalho. Assim,
uma análise qualitativa somou-se às informações obtidas por meio dos dados
quantitativos da pesquisa, a partir do contato direto com o grupo focal. Dessa forma,
para as variáveis quantitativas, foram elaborados gráficos que facilitam a
visualização e compreensão dos dados obtidos.

As limitações do trabalho são referentes à disposição dos dados cronológicos,


os quais não são encontrados por iguais períodos em todas as fontes pesquisadas.
Assim, não foi possível encontrar uma série cronológica igual para todos as
informações, entretanto, a não periodicidade dos dados não comprometeu os
resultados da pesquisa.

Quanto à estrutura, o trabalho está organizado em seis seções. A primeira


refere-se à introdução da pesquisa, na qual são apresentados os seus objetivos, a
relevância do estudo, a metodologia aplicada e a estrutura do trabalho.

A segunda etapa constitui-se na tentativa de definir um marco referencial para


o desenvolvimento do projeto de pesquisa, que articulasse a visão do
desenvolvimento local com o desenvolvimento do município de Caetité e da Região
da Serra Geral.
33

A terceira etapa compreendeu um levantamento bibliográfico para um


diagnóstico da Região Econômica da Serra Geral, onde o município de Caetité está
inserido.

Posteriormente, a quarta etapa compreendeu um levantamento minucioso


para elaboração do diagnóstico do município de Caetité, por meio de dados como
aspectos históricos, territoriais, demográficos, infra-estruturas técnicas e sociais,
emprego e economia. Esta etapa compreendeu, também, a realização de seminário
com lideranças locais para diagnóstico dos problemas, levantamento de
potencialidades e levantamento dos principais fatores endógenos ao
desenvolvimento do município de Caetité.

Nesse sentido, a quinta etapa consistiu na realização do censo empresarial,


que compreendeu um universo de 937 empresas. Os dados secundários foram
coletados por pesquisas bibliográficas diversas.

Por fim, o diagnóstico e a tabulação dos dados indicou, na etapa de


conclusão e recomendações, que as empresas do município de Caetité atuam
isoladamente, fazendo com que elas se tornem menos competitivas e dependentes
de forças exógenas.
34

2 FUNDAMENTOS TEÓRICOS

Este capítulo apresenta os principais conceitos teóricos necessários ao


desenvolvimento deste trabalho. Assim, a região, o desenvolvimento local e suas
características, bem como os sistemas produtivos e inovativos locais serão
analisados para que, a partir daí, possam ser apresentados o contexto regional e a
escala local (município de Caetité).

2.1 CONSIDERAÇÕES INICIAIS

A valorização do local é cada vez mais determinante para os processos de


desenvolvimento, mesmo diante da ocorrência da globalização. Nesse sentido, o
conceito do que é local tem sido usado de forma bastante diversificada, podendo
referir-se a um bairro, a um município ou a uma região. Na realidade, o enfoque
local, assim como o regional, está relacionado a algum tipo de reivindicação política,
de um grupo de pessoas identificadas territorialmente, não podendo ser confundido
ou simplificado como uma determinada "classe econômica" ou grupo cultural
(MARKUSEN, 1981).

Sobre este tema, Barquero (2000) salienta que as respostas aos desafios da
globalização são limitadas e que podem ser sintetizadas em duas estratégias
básicas: uma estratégia de desenvolvimento exógeno e de atração de inversões
externas, na qual as cidades e regiões possam competir entre si, e uma estratégia
35

de desenvolvimento econômico local que crie as condições para o surgimento de


iniciativas e soluções dos problemas locais.

A globalização, assim, é um processo vinculado ao território, não somente


porque afeta as nações e países, como, também, porque a dinâmica econômica e o
ajuste produtivo dependem das decisões de inversão e localização dos atores
econômicos e dos fatores de atração de cada território. O processo de globalização
é uma questão que condiciona a dinâmica econômica das cidades e regiões e que,
por sua vez, se vê afetada pelo comportamento dos atores locais (BARQUERO,
2001).

A globalização e a reestruturação produtiva afetam os sistemas produtivos


das regiões desenvolvidas e das regiões atrasadas, de cidades grandes, médias e
pequenas, pois, em um mundo cada vez mais globalizado, há cidades e regiões que
ganham e outras que perdem, em função de sua dotação de recursos humanos,
recursos naturais e sua inserção na economia global e não por pertencer ou não a
um Norte ou Sul predefinidos (BENKO; LIPIETZ, 1994; BARQUERO, 2001).

A região pode ser considerada como um espaço organizado e, diante desse


fato, é importante entender as implicações da Região da Serra Geral, onde Caetité e
mais 28 municípios estão agrupados, em relação à organização do espaço local
estudado. Assim, para o estudo das possibilidades de desenvolvimento local no
município de Caetité, na Bahia, o presente trabalho se inicia realizando uma
explanação mínima de conceitos sobre a região.

2.2 REGIÃO

Segundo Palacios (1983), os tipos de região mais amplamente conhecidos na


área do planejamento e aos quais foi atribuído um significativo grau de generalidade,
são aqueles derivados das elaborações teóricas de François Perroux e Jacques
Boudeville. Em um trabalho seminal, Perroux (1967 apud PALACIOS, 1983) postulou
36

que o espaço podia conceber-se como aquele definido por um plano, por um campo
de forças ou por um agregado homogêneo. No entanto, uma vez que o enfoque
perrouxiano era puramente funcional, Palacios (1983) esclarece que é importante
que estas associações não se referem a critérios de divisão territorial, pois Perroux
se preocupou mais com a associação com a economia regional do que em extrair
dela uma política econômica para reformular conceitos de espaço e da região.

Assim, no curso de seus esforços em dar um conteúdo geográfico aos


territórios abstratos, tanto de espaços como de pólos de crescimento, concebidas
por Perroux, foi Boudeville (1973 apud PALACIOS, 1983) quem formulou três tipos
genéricos de região, que correspondem, respectivamente, aos espaços
perrouxianos: a região plana (ou programa), a região polarizada e a região
homogênea.

As regiões de Boudeville (1973 apud PALACIOS, 1983) são uma visão mais
ampliada da tese da causação acumulativa, com a introdução da variável espaço na
análise e com a abertura do círculo de causalidade em uma etapa final de difusão do
crescimento em direção às zonas menos favorecidas inicialmente (MYRDAL, 1960).
Nesse sentido, para Perroux (1967 apud PALACIOS, 1983), o espaço econômico é
somente um espaço matemático e abstrato e, para Boudeville (1973 apud
PALACIOS, 1983), o espaço econômico é uma realidade concreta, material e
humana, que agrega elementos geográficos contínuos e elementos espaciais com
fronteiras em comum.

A estreita correspondência entre as formulações de Perroux e de Boudeville


contribuiu para uma confusão conceitual, o que tem levado ao uso do termo espaço
para denotar formas de diferenciação do território: o espaço como expressão ou
como categoria do real. De outra forma, isto significa que o conceito de espaço foi
formulado como equivalente ao de região, ao projetá-lo no plano da superfície
geográfica, ou melhor, ao confundi-lo com esta última (PALACIOS, 1983).

Como as formulações de Perroux e de Boudeville possuem estreita


associação, não é estranho que esse fato criasse uma certa confusão conceitual
37

entre espaço e região. Ou seja, o conceito de espaço foi formulado como sendo
equivalente ao conceito de região quando, na verdade, o espaço não existe por si só
e é dimensão e condição primária da existência da região (PALACIOS, 1983).

Baseado nessas três denominações (região homogênea, região polarizada e


região plana ou programa), foram elaboradas outras de alcance mais limitado ou
específico, concebidas para servir a determinados propósitos dos distintos discursos
teóricos. Este é o caso dos tipos de região propostas para fins de planificação ou
para o desenvolvimento de atividades em jurisdições subnacionais como a
contribuição da Escola Alemã, derivada dos trabalhos de Walter Christaller e August
Lösch, ao formularem a Teoria dos Lugares Centrais e a noção de base econômica,
que está inserida nas Teorias do Crescimento Econômico Regional que enfatiza o
fato de que nenhuma região é auto-suficiente (PALACIOS, 1983).

A Região da Serra Geral, que será analisada mais adiante, de acordo com os
estudos de Boudeville (1973, apud PALACIOS, 1983), é uma região plana ou
programa, uma vez que foi definida pelo Governo do Estado da Bahia em função de
critérios e objetivos específicos de política econômica para alcançar o máximo de
eficiência na implementação de programas e estratégias.

2.3 DESENVOLVIMENTO LOCAL

As transformações nas últimas décadas, como a diversificação da demanda,


o aumento do nível educacional, a produção de novas tecnologias e produtos, a
evolução dos meios de comunicação e transporte, bem como a autonomização do
capital financeiro, provocaram o aparecimento de um novo regime de acumulação,
chamado por alguns de pós-fordismo. Este é caracterizado por uma acumulação
flexível, sob condições de incerteza e de diversificação da demanda em processo de
crescimento.
38

Assim, dentro do conceito do “pensar global e agir local”, produziu-se uma


revitalização da idéia de endogeneidade, desempenhando um papel decisivo na
mudança do pensamento teórico sobre o crescimento econômico (BOISIER, 2001).
O local pode ser entendido como uma oportunidade ou processo que permite ao
indivíduo superar carências e obstáculos, e o território, é um fator e um agente do
desenvolvimento que permite as relações e o agrupamento dos interesses que
levam à consolidação da identidade e da cultura das diferentes comunidades.

Na crise de acumulação dos anos 1970, em que a política de


desenvolvimento econômico dos países latino americanos era guiada por uma
industrialização governista e orientada para a substituição de importações em
mercados altamente protegidos e pouco competitivos, a ausência de uma política de
apoio às MPE e a falta de atenção aos problemas de difusão territorial do
desenvolvimento econômico deram lugar a grandes disparidades regionais e à alta
concentração territorial das atividades econômicas.

Apesar de não ser de fato totalmente original em relação à questão da


endogenização, essa teoria possibilitou pela primeira vez que economistas do
mainstream admitissem a existência de rendimentos crescentes provocados por
outros fatores de produção, além dos tradicionais fatores de capital físico e força de
trabalho.

A questão do desenvolvimento, assim, tem sido objeto de estudo desde o


Século XVIII. É, entretanto, a partir do final da Segunda Guerra Mundial, com a nova
composição geopolítica do planeta e o novo ordenamento do poder e da riqueza
mundial, que o conjunto das nações passa a preocupar-se de forma mais
sistemática e sistêmica com a questão do desenvolvimento e das disparidades
regionais mundiais, indicando a necessidade de alternativas para o desenvolvimento
das relações sociais e das forças produtivas.

O enfoque principal do presente trabalho está no desenvolvimento endógeno


ou localizado, ou seja, o processo geral que afeta todas as estruturas produtivas e
sociais e que se distribui por todos os territórios afetados pelo mesmo (GONZÁLEZ,
39

1998). O desenvolvimento local obedece a uma visão territorial (e não funcional) dos
processos de crescimento e mudança estrutural, que parte de uma hipótese de que
o território não é apenas um mero suporte físico dos objetos, atividades e processos
econômicos, mas também que é um agente de transformação territorial (AGNEW;
DUCAN, 1989; GIDDENS, 1991; ALBAGLI, 1999 apud CASSIOLATO; LASTRES,
2000).

Atualmente, existem muitos termos e conceitos na literatura para a


denominação do desenvolvimento local, que evoluíram a partir de termos como
progresso, crescimento e desenvolvimento para termos como desenvolvimento
integral, desenvolvimento regional, desenvolvimento nacional, desenvolvimento
rural, desenvolvimento local, desenvolvimento sustentável, desenvolvimento
humano, desenvolvimento endógeno e desenvolvimento territorial, entre outros. No
entanto, mesmo com tantas nomenclaturas diferentes para representar uma mesma
idéia, existe ainda muita dificuldade na sua real conceituação e, por isso, tornou-se
um problema metodológico que não só compromete o rigor científico exigido de
quem trabalha com as ciências sociais, como distorce, confunde e dificulta o sentido
de políticas públicas adotadas sob o rótulo dessas denominações (BARROS; SILVA;
SPÍNOLA, 2006).

Em definições mais rigorosas do desenvolvimento local, Barquero (1997 apud


BOISIER, 2004), encontra ainda algumas opiniões de maior interesse. Em primeiro
lugar, afirma que as teorias de desenvolvimento local diferenciam-se dos modelos de
crescimento endógeno em relação ao tratamento que dão à questão da
convergência. Considera que, nos processos de desenvolvimento econômico, o que
é verdadeiramente importante é identificar os mecanismos e os fatores que
favorecem os processos de crescimento e mudança estrutural e não se existe
convergência entre as economias regionais ou locais. Em segundo lugar, acrescenta
que as teorias de desenvolvimento local sustentam que a competitividade dos
territórios se deve, em boa medida, à flexibilidade da organização da produção e a
capacidade de integrar, de forma flexível, os recursos das empresas e do território.
40

Os estudos no presente trabalho permitiram identificar características


relevantes aos territórios que possuem ou que estão em busca do desenvolvimento
local e, conseqüentemente, da melhoria da qualidade de vida da sua população.
Entende-se que a falta dessas características impossibilita ao território chegar a
níveis de melhoria de qualidade de vida e do desenvolvimento local propriamente
dito.

2.3.1 Características do desenvolvimento local

2.3.1.1 Territorialidade

O fator desencadeante dos processos de desenvolvimento local possui raízes


no território, pois a existência de uma demanda local ou externa viabiliza o processo
de mudança estrutural.

Para Barquero (2000), o desenvolvimento local obedece a uma visão


territorial muito dinâmica dos processos de crescimento e mudança estrutural, que
parte da hipótese de que o território não é um mero suporte físico dos objetos,
atividades e processos econômicos, mas, também, um agente de transformação
social, liderado pela comunidade local.

Becattini (1979 apud ZAVARO, 2005) afirma que o território não é tão
somente um marco da economia, mas, também, um recurso econômico. Para ele, a
qualidade do território é o que permite a uma tecnologia cruzar-se com uma
determinada cultura; às empresas se encontrarem em um ambiente específico; ao
mercado, traduzir a competência em cooperação; e à economia, mobilizar a
sociedade e as intenções de cada um de seus membros. Conseqüentemente, o
pensamento econômico que se prova da dimensão territorial, perde o encadeamento
que possibilita estas conexões (LARREA, 2003 apud ZAVARO, 2005).
41

Zavaro (2005) apresenta alguns ingredientes que permitem discutir sobre o


desenvolvimento local e dar fundamentação ao enfoque do desenvolvimento
econômico local por meio de uma perspectiva territorial, que são: a re-elaboração do
conceito de distrito industrial de Marshal, realizada por Becatini; a noção de entorno
inovador, estudada por uma equipe de investigadores que compõem o Grupo de
Investigação Européia sobre Entornos Inovadores (GREMI); a conceituação da
estratégia de especialização flexível, desenvolvida por Piore e Sabel e a discussão
sobre clusters, realizada por Porter.

Para Boisier (1996), o desenvolvimento de um território organizado depende


da existência, da articulação e das condições de inter-relação de seis elementos:

a) os atores – que podem influenciar um projeto de desenvolvimento


regional);

b) as instituições – que estão diretamente associadas ao desempenho de


políticas de desenvolvimento;

c) a cultura – observando-se a cultura regional e sua incidência sobre o


processo de desenvolvimento;

d) os procedimentos;

e) os recursos – materiais, humanos, psicossociais e conhecimento, e;

f) o entorno – representado pelo meio externo e configurado pela


multiplicidade de organismos sobre os quais não se tem controle, mas com os quais
a região como um todo se articula, constituindo-se, assim, em um hexágono.

Esse entorno é constituído por fatores fundamentalmente endógenos, que são


diferentes em cada território, o que lhes caracterizam e lhes distinguem, fazendo
com que as trajetórias do desenvolvimento de cada um seja específica e que a
42

oferta de produtos e serviços no mercado global seja multiplicada através da


diferenciação.

2.3.1.2 Enfoque multidimensional

Como o desenvolvimento local possui enfoque multidimensional, Barquero


(2001) destaca três dimensões específicas: a) uma dimensão econômica derivada
da capacidade das empresas locais em organizar os fatores produtivos com níveis
de produtividade suficiente para serem competitivas no mercado; b) uma dimensão
sociocultural, manifestada no fato de que os valores e instituições locais sirvam de
base ao processo de desenvolvimento, fortalecendo sua própria estratégia, e; c) uma
dimensão política, como instrumento que permite e se materializa em iniciativas
locais, possibilitando criar um entorno local que estimule a produção e favoreça o
desenvolvimento sustentável.

Uma quarta dimensão apontada por Gallicchio (2003) e fundamental para os


processos de desenvolvimento local é o meio ambiente, que se refere aos recursos
naturais e à sustentabilidade dos modelos adotados em médio e longo prazos. O
conceito de sustentabilidade introduzido na dimensão ambiental é concebido como
aquele que satisfaz as necessidades do presente sem limitar o potencial para
satisfazer as necessidades das gerações futuras (COMISSÃO MUNDIAL DO
AMBIENTE E DO DESENVOLVIMENTO, 1982).

Continuando, além das análises de Barquero (2001) sobre as dimensões do


desenvolvimento, de acordo com os estudos realizados por Malé (2001 apud
SARAVIA, 2003), o desenvolvimento local é um processo de crescimento e mudança
estrutural da economia de uma cidade ou de uma região, na qual podem ser
identificadas, além das dimensões econômicas e socioculturais discutidas por
Barquero (2001) e da dimensão ambiental identificada por Gallicchio (2003), mais
três dimensões:
43

a) a dimensão territorial, uma vez que o desenvolvimento é produzido em um


determinado espaço geográfico delimitado por suas características físicas;

b) a dimensão institucional, que se integra pelas organizações públicas e


privadas e as organizações sociais e municipais existentes no território, bem como
suas relações, procedimentos e regras de atuação, e;

c) a dimensão político-administrativa, onde as iniciativas locais e/ou regionais


criam um entorno favorável à produção e impulsionam o desenvolvimento
sustentável (MALÉ, 2001 apud SARAVIA, 2003).

Todas as dimensões apresentadas se complementam e estão inter-


relacionadas para o alcance de um objetivo único: a contribuição para o
desenvolvimento local e melhoria da qualidade de vida de uma determinada
comunidade.

2.3.1.3 Satisfação das necessidades humanas

O desenvolvimento local deve, também, satisfazer as necessidades básicas


tendo como meta o desenvolvimento em nível local e o da comunidade, pois, o
desenvolvimento não deve ser pensando e expressado simplesmente em termos de
crescimento, uma vez que há necessidade de uma melhor distribuição das receitas e
a melhoria da qualidade de vida, como medidas importantes do desenvolvimento
(MCNAMARA, 1971 apud ARENCIBIA, 2006).

Nessa linha de pensamento, Barquero (1999) fundamenta que o


desenvolvimento local busca satisfazer as necessidades e demandas de uma
população local através da participação ativa da comunidade local nos processos de
desenvolvimento.
44

Para Martín (1999 apud SARAVIA, 2003), o desenvolvimento local


proporcional à escala humana deve ser entendido como a satisfação das
necessidades humanas fundamentais, que são alcançadas por meio do
protagonismo real e verdadeiro de cada pessoa.

De acordo com Boisier (2003 apud ARIAS, 2006, p. 41, tradução nossa), o
desenvolvimento local:

[…] se concentra e se sustenta na satisfação das necessidades humanas


fundamentais, na geração de níveis crescentes de autodependência e na
articulação orgânica dos seres humanos com a natureza e a tecnologia, dos
processos globais com os comportamentos locais, do pessoal com o social,
2
da planificação com a autonomia e da sociedade civil com o Estado .

Dessa forma, as localidades que buscam o desenvolvimento local devem


pensar em satisfazer as necessidades mais básicas da população, sendo este um
aspecto central que não pode ser relegado a segundo plano.

2.3.1.4 Utilização de recursos naturais

Entretanto, para que as necessidades básicas da comunidade sejam


satisfeitas, o desenvolvimento local produz-se como conseqüência da utilização de
recursos naturais. Barquero (1993), a partir do estudo de diversos casos empíricos
na geografia da Espanha, defendeu a tese de que todas as comunidades locais
dispõem de um certo número de recursos que constituem as potencialidades do
desenvolvimento local. Assim, localidades, municípios, regiões e territórios possuem
um conjunto de recursos e de economias de escala não exploradas, que constituem
o seu potencial de desenvolvimento.

Nesse sentido, todo ou quase todo território possui um certo potencial


endógeno que compreende os recursos físicos e ecológicos, as atitudes e a energia

2
[…] se concentra y sustenta en la satisfacción de las necesidades humanas fundamentales, en la
generación de niveles crecientes de autodependencia y en la articulación orgánica de los seres
humanos con la naturaleza y la tecnología, de los procesos globales con los comportamientos locales,
de lo personal con lo social, de la planificación con la autonomía y de la Sociedad Civil con el Estado.
45

da população, a estrutura urbana, o capital acumulado, entre outros. Tais elementos


podem ser agrupados em um marco mais amplo, o qual diversos autores
denominaram como o “potencial de inovação regional ou territorial” (BOISIER, 2004).

O desenvolvimento local representa uma singular transformação nas bases


econômicas e na organização social em nível local, resultante da mobilização das
energias da sociedade que exploram as suas capacidades e potencialidades
específicas e que, para que possa ser um processo consistente e sustentável, deve
elevar as oportunidades sociais e a viabilidade e competitividade da economia local,
aumentando a renda e as formas de riqueza, ao mesmo tempo em que assegura a
conservação dos recursos naturais (BUARQUE, 1999).

No entanto, o desenvolvimento local não deve limitar-se ao mero e simples


aproveitamento dos recursos naturais, uma vez que não é suficiente apenas
identificar os recursos disponíveis em um determinado território para considerá-los
como base para um futuro desenvolvimento sustentável, pois, nem todos serão
adaptáveis para uma adequada exploração que implique em competitividade e, por
fim, emprego e recursos financeiros.

2.3.1.5 Protagonismo local

O maior desafio a ser enfrentado por qualquer estratégia de desenvolvimento


local é a questão de que a população deve estar envolvida no processo, uma vez
que esta é o motor e a expressão do desenvolvimento local.

Em um momento histórico concreto, uma cidade, ou região, por iniciativa


própria e como resposta aos desafios globais, pode empreender novos projetos que
lhe permitirão iniciar ou continuar pelo caminho do desenvolvimento competitivo.
Algumas se dirigirão à melhoria das infra-estruturas que servem de base aos
processos de mudança estrutural e que são instrumentos indispensáveis para o
funcionamento do sistema produtivo (BARQUERO, 1999). Outras ações tratarão de
46

suprir as carências a respeito dos fatores imateriais do desenvolvimento e, outros, se


proporão a fortalecer a capacidade organizacional do território. Quando conseguem
desenvolver suas capacidades de organização, as comunidades podem evitar que
as empresas e organizações externas limitem suas potencialidades de
desenvolvimento e entorpeçam o processo de desenvolvimento próprio.

Martins (2002) assinala que o desenvolvimento local é aquele balizado por


iniciativas, necessidades e recursos locais, no qual a participação comunitária
assume uma destacada condição do desenvolvimento local, seja de sua efetivação,
seja de continuidade. Dessa forma, as condições para que a comunidade
efetivamente exerça este protagonismo são o maior desafio para que o
desenvolvimento local aconteça, considerando que essa comunidade está diante de
realidades locais nas quais persistem algumas ausências importantes, como a
cidadania, a identificação sociocultural e territorial e o sentido de vizinhança.

Para Boisier (2004), o desenvolvimento local é o resultado de um forte


processo de articulação de atores locais e de várias formas de capital intangível, de
preferência de um projeto político coletivo de desenvolvimento do território em
questão. Ademais, este autor afirma, ainda, que não é possível o desenvolvimento
local sem um adequado grau de descentralização, ou seja, o comando dos
processos para a mudança sócio-territorial deve estar nas mãos dos próprios
sujeitos individuais e coletivos desses mesmos territórios.

Em linhas gerais, Amaral Filho (1996) comenta que o desenvolvimento local


pode ser entendido como sendo o desenvolvimento realizado “de baixo para cima”,
ou seja, o processo deve acontecer respeitando as potencialidades sociais,
econômicas e ambientais de cada região ou local, destacando, ainda a sincronia dos
diversos atores locais (públicos ou privados), em relação às políticas a serem
adotadas e seguidas pela região, chamando a atenção para a importância do papel
das redes de pequenas e médias empresas na promoção do desenvolvimento local
enquanto difusoras de tecnologia e promotoras do capital social interno, o qual será
discutido mais adiante.
47

2.3.1.6 Sistema de instituições e Poder Público (Descentralização)

O desenvolvimento local, por definição, não pode ser centralizado. Pelo


contrário, supõe processos de desconcentração e descentralização e requer a
participação e a concordância dos atores locais. Assim, não basta vir como um
decreto, mas deve ser construído no interior da comunidade, de forma que possa ser
estimulado, orientado pelo Estado e sustentado por uma institucionalidade que o
faça possível, em harmonia com os planos e estratégias do desenvolvimento
nacional (ARIAS, 2006).

Ou seja, não somente a comunidade deve estar envolvida como, também, é


importante que o Poder Público, aliado a outras instituições, participe e esteja
presente nos processos de desenvolvimento, visando a melhoria e bem estar da
população local. Assim, além da comunidade local vir a ser a protagonista do
desenvolvimento, o Poder Público municipal surge como importante ator para o
desenvolvimento local, pois possui maior proximidade com os problemas locais e
maior poder de articulação com os agentes presentes no território municipal
(LLORENS; ALBURQUERQUE; CASTILLO, 2002). Entende-se que, como os
governos locais não têm mais condições de impulsionar, por si sós, o
desenvolvimento territorial, formam parcerias entre instituições públicas e privadas
para a promoção do desenvolvimento local.

Para Boisier (2004), o desenvolvimento local é o resultado de um forte


processo de articulação de atores locais e de várias formas de capital intangível, de
preferência de um projeto político coletivo de desenvolvimento do território em
questão. Boisier também discute que não é possível o desenvolvimento local sem
um adequado grau de descentralização, ou seja, o comando dos processos para a
mudança sócio-territorial deve está nas mãos dos próprios sujeitos individuais e
coletivos desses mesmos territórios.

Levando-se em consideração o papel do Poder Público, Blakely (1995 apud


MALDONADO, 2000) afirma que o desenvolvimento é um processo por meio do qual
48

o governo local e grupos de base comunitária administram os recursos existentes e


entram em novos esquemas de associação com o setor privado, ou entre eles
mesmos, para criar novos trabalhos e estimular a atividade econômica em uma zona
econômica bem definida. A característica central no desenvolvimento orientado
localmente é a ênfase nas políticas de desenvolvimento local, que se utilizam do
potencial dos recursos humanos, institucionais e físicos da localidade (BLAKELY,
1995 apud MALDONADO, 2000).

Para Dowbor (1996), os projetos de desenvolvimento local devem condizer


com a realidade e necessidades locais, fazendo com que o Poder Público fique com
o papel de articulação, facilitação e disponibilização dos meios que estão ao seu
alcance e sendo mais um agente nas políticas de desenvolvimento local e não
apenas o único.

Já para Sachs (1986), o papel do Poder Público local é o de disponibilizar


recursos de infra-estrutura, tais como telecomunicações, saneamento básico,
educação e linhas de crédito compatíveis com as demandas locais.

Dessa forma, terão maior capacidade para competir aqueles territórios que
possuem um sistema de instituições que lhes permitam produzir os bens públicos e
gerar as relações de cooperação entre os atores, os quais impulsionarão a
aprendizagem e a inovação.

Para o entendimento de desenvolvimento local, Llorens (2001) enfatiza os


seguintes aspectos de responsabilidade para o Poder Público local: a) deve ter
papel de articulador dos diferentes interesses públicos e privados; b) deve promover
investimentos em infra-estruturas viárias, saneamento, energia elétrica, urbanização
e telecomunicações; c) deve priorizar investimentos em educação voltados para os
negócios locais, suporte à pesquisa e ao desenvolvimento; d) deve apoiar a
formação de clusters e fomentar a cooperação interfirmas; e) algumas regiões
específicas da cidade devem receber investimentos, visando à dinamização da
economia na região central da cidade e nos centros de bairro; e) o centro da atenção
deve ser as MPE e a criação de empresas inovadoras, evitando a habitual tendência
49

em favor da grande empresa; f) deve-se facilitar o acesso articulado aos serviços de


desenvolvimento empresarial, estabelecendo mecanismos de financiamento para
novas empresas e a oferta de crédito apropriado às MPE; g) deve, também,
incentivar a criação de agências de desenvolvimento econômico local.

Nesse sentido, qualquer região que busque alavancar o desenvolvimento,


precisa ter o poder político necessário para controlar seus próprios recursos e
empregá-los conforme julgar mais conveniente, substituindo, assim, os laços de
dependência e subordinação por vínculos baseados na autonomia e na cooperação
e dispondo de apoio da coalizão dos atores locais (BOISIER, 1996).

Assim, para a criação de condições sociais e econômicas na geração e


atração de novas atividades produtivas, o desenvolvimento local deve basear-se na
execução de políticas de fortalecimento e qualificação das estruturas internas que
visem a consolidação de um desenvolvimento genuinamente local (AMARAL FILHO,
1996).

2.3.1.7 Inovação tecnológica

Um elemento relevante a ser destacado é a inovação tecnológica, que se


apresenta como uma aprendizagem contínua e acumulativa das empresas para
melhorar os produtos, os processos e a gestão, funcionando como um incremento à
produtividade e à competitividade. Antes de tudo, a tecnologia deve ser observada
não somente como um objeto que se oferece ao mercado, mas, também, como um
processo de aprendizagem social que, em todo caso, é uma contribuição substancial
aos processos de desenvolvimento local. A inovação é uma variável chave do
processo de desenvolvimento local, pois, ao seu redor são articulados todos os
processos de desenvolvimento econômico, sendo, portanto, um dos determinantes
de mudança econômica e do bem-estar social (BARQUERO, 1999).
50

Barquero (2004) destaca, ainda, que a introdução de difusão das inovações


estão condicionadas pelas características do sistema institucional, de tal forma que
quanto mais flexíveis e de qualidade sejam as redes entre os atores, mais potentes
serão os mecanismos de inovação.

Essas inovações favorecem o desenvolvimento local ao permitirem aos


indivíduos aumentarem suas capacidades e oportunidades (SCHUMPETER, 1982).
Na ótica de Schumpeter (1944), toda inovação implica em uma “destruição criadora”
e, para ele, o desenvolvimento é definido pela realização de inovações, as quais
podem ser: a) a introdução de um novo bem ou uma nova classe de bens no
mercado; b) o uso de uma nova fonte de matérias–primas (ambas inovação em
produto); c) a incorporação de um novo método de produção não experimentado em
determinado setor ou uma nova maneira de tratar comercialmente um novo produto
(inovação de processo) e; d) a chamada inovação de mercado, que consiste na
abertura de um novo mercado em um país ou a implantação de uma nova estrutura
de mercado. Nesse sentido, as inovações podem trazer efeitos perversos para áreas
menos favorecidas, mas beneficiam o desenvolvimento local ao permitirem que os
indivíduos aumentem suas capacidades e oportunidades (FORMICHELLA, 2005).

É importante lembrar, entretanto, que a inovação não é o resultado da


atuação isolada do empresário schumpeteriano, senão um fenômeno coletivo no
qual as economias externas de aglomeração e de proximidade são os elementos
que o definem (BARQUERO, 2001).

2.3.1.8 Empreendedorismo

Schumpeter (1982) comenta que o desenvolvimento local obedece à


formação de um processo empreendedor e inovador, em que o território não é um
receptor passivo das estratégias das grandes empresas e das organizações
externas, mas, de acordo com Barquero (1999), este desenvolvimento apresenta
uma estratégia própria que lhe permite incidir na dinâmica econômica local. Daí
51

ocorre a importância de conhecer as culturas locais de empreendimento, as


tendências à inovação dos agentes locais e, em particular, as idéias que as elites
possuem sobre o desenvolvimento (BARQUERO, 2004).

A existência de empresários inovadores, de novas combinações produtivas e


crédito bancário são condições necessárias para o processo de desenvolvimento
econômico e, a ausência desses elementos é um fator limitante do processo de
desenvolvimento (SCHUMPETER, 1982).

No entanto, sempre enfatizando o lado da oferta, Schumpeter (1982)


negligencia o lado da demanda. Surge, então, durante as décadas de 70 e 80, o
pensamento neoschumpeteriano, com importantes contribuições sobre o fenômeno
da inovação, bem como para complementar o pensamento schumpeteriano. A idéia
que une esses enfoques é a concepção do desenvolvimento tecnológico como um
processo evolutivo, dinâmico, acumulativo e sistêmico. Igualmente a Schumpeter
(1982), para os neoschumpeterianos, a inovação é o principal papel dinamizador da
economia capitalista.

Os autores neoschumpeterianos consideram que a tecnologia não nasce


pronta, mas que se desenvolve e se difunde gradualmente, dentro de um contexto
determinado, com certas características políticas, econômicas, históricas e
institucionais, em um processo de reatroalimentação contínua. Assim, nem toda a
inovação gerada por uma empresa teria o mesmo impacto e dependeria da recepção
da mesma no entorno, ou seja, os evolucionistas propõem uma teoria que explique a
mudança na empresa analisando a mudança endógena em suas atividades
(FORMICHELLA, 2005).

É importante ressaltar que a inovação e a existência de empresários


inovadores contribuem para a formação de aglomerações, clusters produtivos ou
sistemas produtivos e inovativos locais, tema que será abordado nos próximos
parágrafos.
52

2.4 SISTEMAS PRODUTIVOS E INOVATIVOS LOCAIS

Existem várias maneiras de se buscar o desenvolvimento local de um


determinado território, sendo que muitas delas já foram utilizadas em várias partes
do mundo. No entanto, nem sempre o que é possível em uma localidade pode ser
possível em outra. Além do fato de que as características identificadas anteriormente
devem estar presentes, em pequenos municípios, como o caso de Caetité, os
empreendedores devem identificar as oportunidades e, por meio do apoio de
instituições públicas ou privadas, procurarem formas concretas para o
desenvolvimento do território, quanto à formação de clusters, sistemas ou arranjos
produtivos locais, distritos industriais, aglomerações, entre outras. É fato que “a
cidade se converteu em um ator-chave da política de desenvolvimento local e que o
desenvolvimento urbano está condicionado pelas inovações, pelas formas de
organização da produção e pela dinâmica das instituições” (BARQUERO, 2001, p.
153).

[...] a razão de ser e o funcionamento da cidade está em sua capacidade de


criar economias de aglomeração, que garantem a eficiência das empresas e
dos sistemas produtivos através da redução dos custos de produção, dos
custos de coordenação e dos custos de transação (BARQUERO, 2001, p.
154).

Observando-se as experiências como a da "Terceira Itália" em Becattini, do


Sul da Alemanha (Schmitz, Segenberger e Loveman), do Vale do Silício nos Estados
Unidos da América (EUA) (Scott, Storper, Walker), Jutland no Oeste da Dinamarca
(Kristensen), Canadá (Julien) e Espanha (Benton), bem como experiências de
distritos chamados de flexíveis e inovativos em várias partes do globo, de forma
sucinta, pode-se mencionar que o desenvolvimento econômico local nesses lugares
é identificado a partir de algumas características obtidas em Llorens (2001) e
Barquero (1999), tais como:

a) identidade social e cultural dos grupos com o território;

b) elevada cooperação empresarial;


53

c) concentração setorial e geográfica em setores econômicos tradicionais e


com processo produtivo fragmentado;

d) atuação flexível de MPE que possuem capacidade organizacional e que


são protagonistas do desenvolvimento local;

e) presença de uma “atmosfera industrial” que permite a transferência e


acumulação de habilidades de maneira natural entre as pessoas;

f) presença de agente exportador que atua na comercialização dos produtos


no mercado externo;

g) elevada qualidade dos produtos e processos com permanente inovação;

h) apoio dos governos locais, por meio de incentivos fiscais, marketing dos
produtos e criação de instituições de apoio;

i) presença de instituições de apoio ao setor industrial, como associações e


agências de desenvolvimento.

É relevante a formação de centros regionais de atividades econômicas (ou


aglomerações geográficas de empresas) para a ocorrência de inovações. Essa
aglomeração geográfica estaria na base de ganhos de produtividade na atividade de
pesquisa que visa inovações e que assegura crescentes economias de escala,
estimulando o investimento (KRUGMAN, 1991). Isso propicia ganhos de
produtividade, favorece a produção de pesquisas que, por seu turno, podem ter êxito
na geração de inovações. Assim, havendo maior produção de pesquisa, a
probabilidade de ocorrerem inovações aumenta.

Por fim, este modelo expressa a existência de um ciclo virtuoso de


crescimento: cada inovação que ocorre em determinada região estimula o aumento
da renda nessa região. Conforme Krugman (1991), assumindo retornos crescentes
54

de escala, o aumento da renda estimula o investimento que, segundo Porter (1990),


se expressa no incremento da aglomeração geográfica.

Os sistemas produtivos e inovativos locais são definidos por Lastres e


Cassiolato (2005, p. 1) como sendo “[...] conjuntos de agentes econômicos, políticos
e sociais, localizados em um mesmo território, desenvolvendo atividades
econômicas correlatas e que apresentam vínculos expressivos de produção,
cooperação e aprendizagem.”

Dessa forma, os sistemas produtivos e inovativos locais podem ser


considerados mecanismos fundamentais para o desenvolvimento local, uma vez que
a idéia de aglomeração está associada ao conceito de competitividade.

A abordagem conceitual, metodológica e analítica de sistemas produtivos e


inovativos locais – SPILs (i) destaca o papel central do aprendizado e da
inovação, como fatores de competitividade dinâmica e sustentada; (ii)
engloba empresas e outros agentes, assim como atividades conexas que
caracterizam qualquer sistema de produção (LASTRES; CASSIOLATO,
2005, p. 1, grifo do autor).

Nesse sentido, ao ter como paradigma principal os distritos industriais


italianos e ser associado a uma política que vise, de alguma forma, adaptar essa
experiência a outras localidades, os sistemas produtivos e inovativos locais têm,
tradicionalmente, como catalisador mais destacado, a importância da cooperação e,
como característica fundamental, a presença de pequenas ou médias empresas
concentradas espacialmente em alguns dos elos de uma cadeia produtiva.

A análise do funcionamento dos sistemas produtivos e inovativos locais


demonstra que a existência de uma rede de empresas industriais locais permite a
geração de uma multiplicidade de mercados internos e de áreas de encontro que
facilitam os intercâmbios de produtos, serviços e conhecimento (BECATTINI, 1997
apud ZAVARO, 2005).

Diante desse cenário, no qual a tecnologia e a globalização ditam as regras


do mercado, Cassarotto Filho e Pires (1998) afirmam que esta nova forma de se
fazer comércio converteu o mercado mundial num complexo e incrementou os riscos
55

das empresas, pois, qualquer empresa, em qualquer lugar do mundo, a qualquer


tempo, pode passar a produzir melhor e mais barato o mesmo produto de outra
empresa e ter acesso aos mesmos mercados.

Neste panorama, a pequena empresa dificilmente terá alcance global atuando


individualmente. Ainda que tenha um bom nicho de mercado local, a pequena
empresa não estará livre de ser atropelada por uma empresa do exterior em seu
tradicional e tranqüilo mercado local.

O desenvolvimento local ocorre em função do uso do potencial e dos


excedentes gerados localmente, sendo que a iniciativa e o controle devem ser
exercidos pelos atores locais e pela sociedade civil, os quais darão respostas
estratégicas na contribuição para o processo de transformação das cidades ou
regiões. O desenvolvimento local, assim, deve levar em consideração a realidade
interna de cada território e as tendências que se manifestam em seu entorno,
estabelecendo uma estratégia de atuação com o objetivo de definir um determinado
modelo econômico, social e territorial que permita alcançar tanto um nível de
qualidade de vida e a melhoria do bem estar da população quanto à criação de
capacidades competitivas para a cidade, a partir de uma adequada gestão de seus
ativos e recursos.

Poder-se-ia sintetizar que o desenvolvimento local é humano porque, além do


progresso material procura o progresso espiritual dos indivíduos e de toda a
comunidade; é territorial, porque cresce em um espaço e se realiza como unidade; é
multidimensional porque engloba diferentes esferas da comunidade; é sistêmico
porque supõe a cooperação de atores e a conciliação de interesses de diferentes
âmbitos; é sustentável porque se prolonga no tempo; é institucionalizado,
participativo e inovador porque é inovador no modelo de gestão. Portanto, o
desenvolvimento local é um desenvolvimento endógeno.

Para melhor entender o contexto regional em que o município de Caetité está


inserido, a seção a seguir se refere ao diagnóstico da Região Econômica da Serra
56

Geral, no qual se busca o entendimento das implicações desta região em relação à


organização do espaço local.

As especificidades que resultam da combinação entre homem e natureza, e


que definem uma região, fazem com que a mesma possa ser analisada sob
diferentes conceitos e critérios. Assim, uma observação mais atenta destes critérios
é de extrema importância porque proporciona, nestes termos, uma descrição mais
completa das características mais relevantes em cada município da região.

Também, a partir da análise da evolução da região da Serra Geral, obtém-se


o entendimento sobre a configuração atual deste espaço econômico, no qual estão
inseridas diversas atividades que contribuem para o desenvolvimento regional.
57

3 DIAGNÓSTICO DA REGIÃO DA SERRA GERAL

No presente capítulo, será apresentado o diagnóstico da Região Econômica


da Serra Geral o qual enfatiza o processo histórico, a dinâmica demográfica regional,
as infra-estruturas técnica e social, bem como os aspectos relacionados com a
economia regional. Essas análises são relevantes porque destacam os principais
municípios no contexto da Serra Geral, onde o município de Caetité está inserido.

3.1 CARACTERIZAÇÃO

A Região Econômica da Serra Geral situa-se na região do semi-árido do


Estado da Bahia (Figura 1), tendo o Estado de Minas Gerais em sua extremidade
Sul. Faz fronteira, também, com a Região Econômica do Médio São Francisco, a
Oeste e ao Norte, onde ainda estabelece limite com a Região Econômica do
Paraguaçu. A Leste, sua divisa é com a região Sudoeste. Possui uma área total de
32.294,60 Km2, representando 5,72% do Estado da Bahia, conforme apresentado na
Tabela 1 (SEI, 2003a).

A região da Serra Geral conta com 29 municípios, a saber: Aracatu, Brumado,


Caculé, Caetité, Candiba, Condeúba, Contendas do Sincorá, Cordeiros, Dom
Basílio, Guajeru, Guanambi, Ibiassucê, Igaporã, Ituaçu, Jacaraci, Lagoa Real, Licínio
de Almeida, Livramento de Nossa Senhora, Maetinga, Malhada de Pedras,
Mortugaba, Palmas de Monte Alto, Pindaí, Piripá, Presidente Jânio Quadros, Rio do
58

Antônio, Sebastião Laranjeiras, Tanhaçu e Urandi (Figura 2). Desses, os que


possuem maior representatividade econômica são, por ordem, os municípios de
Guanambi, Brumado, Caetité e Livramento de Nossa senhora.

O menor município em área é o de Maetinga, com 369,70 Km2, que


representa apenas 1,14% da região. O maior município em área é o de Palmas de
Monte Alto, com uma área total de 2.787,60 Km2, representando 8,63% da região de
Serra Geral (Tabela 1).

No que diz respeito à distância da capital, o município que se encontra mais


longe é o de Sebastião Laranjeiras, com 908 km distante de Salvador. O município
mais próximo da capital é o de Contendas do Sincorá, distante 452 km (Tabela 1).

Em relação à altitude, o município mais alto é o de Licínio de Almeida, com


860 metros acima do nível do mar, seguido de Igaporã, Mortugaba e Jacaraci, com
850 metros, enquanto que o mais baixo e, conseqüentemente o mais quente, é o
município de Contendas do Sincorá, com 291 metros acima do nível do mar.

De acordo com a Tabela 2, a tipologia climática predominante, segundo


Thornthwaite, é o semi-árido e subúmido a seco e o semi-árido (SEI, 2003b).

Os municípios da região da Serra Geral são relativamente novos, com uma


média de 70,51 anos. Nesse sentido, o município de Caetité é o mais antigo, com
196 anos de idade, em 2006. Os municípios com mais de 100 anos (Tabela 3), além
de Caetité, são: Palmas de Monte Alto, Condeúba, Ituaçu, Brumado, Jacaraci e
Urandi (SEI, 2003b).
59

Figura 1 – Estado da Bahia – mapa das Regiões Econômicas

Fonte: SEI (2006d).


60

Figura 2 – Estado da Bahia – mapa da Região Econômica da Serra Geral

Fonte: SEI (2006d).

Tabela 1 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – municípios, áreas, altitudes, coordenadas
geográficas e distância a Salvador – 2003
(continua)
Distância da
Municípios Área (km²) Altitude (m) Latitude Longitude
Capital (Km)
Aracatu 1.541,5 720 14º25'0'' 41º27'0'' 618
Brumado 2.174,5 454 14º12'0'' 41º40'0'' 654
Caculé 688,3 600 14º30'0'' 42º13'0'' 762
Caetité 2.306,4 830 14º04'0'' 42º29'0'' 757
Candiba 399,4 560 14º24'0'' 42º52'0'' 826
Condeúba 1.241,5 640 14º54'0'' 41º58'0'' 660
Contendas do Sincorá 865,3 291 13º46'0'' 41º02'0'' 452
Cordeiros 556,4 709 15º02'0'' 41º56'0'' 674
Dom Basílio 655,4 440 13º46'0'' 41º46'0'' 709
Guajeru 645,8 630 14º32'0'' 41º56'0'' 657
Guanambi 1.264,5 528 14º13'0'' 42º46'0'' 796
61

Tabela 1 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – municípios, áreas, altitudes, coordenadas
geográficas e distância a Salvador – 2003
(conclusão)
Distância da
Municípios Área (km²) Altitude (m) Latitude Longitude
Capital (Km)
Ibiassucê 383,5 600 14º16'0'' 42º17'0'' 733
Igaporã 775,0 850 13º46'0'' 42º43'0'' 802
Ituaçu 1.220,6 521 13º49'0'' 41º18'0'' 524
Jacaraci 1.246,4 850 14º51'0'' 42º26'0'' 719
Lagoa Real 1.003,2 519 14º02'0'' 42º08'0'' 731
Licínio de Almeida 788,3 860 14º41'0'' 42º30'0'' 744
Livramento N. Senhora 2.275,5 480 13º39'0'' 41º50'0'' 722
Maetinga 369,7 600 14º40'0'' 41º30'0'' 609
Malhada de Pedras 481,1 420 14º23'0'' 41º52'0'' 638
Mortugaba 672,9 850 15º01'0'' 42º22'0'' 743
Palmas de Monte Alto 2.787,6 600 14º16'0'' 43º03'0'' 839
Pindaí 718,1 600 14º29'0'' 42º41'0'' 830
Piripá 653,4 610 14º56'0'' 41º44'0'' 630
Presidente Jânio Quadros 1.332,2 680 14º41'0'' 41º41'0'' 639
Rio do Antônio 990,6 550 14º24'0'' 42º07'0'' 717
Sebastião Laranjeiras 2.011,4 536 14º34'0'' 42º57'0'' 908
Tanhaçu 1.346,7 440 14º01'0'' 41º14'0'' 499
Urandi 899,4 638 14º46'0'' 42º39'0'' 755

Fonte: SEI (2003b).

Tabela 2 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – tipologia climática, segundo Thornthwaite –
1998

(continua)
Município Tipo Climático
Aracatu Semi-Árido
Brumado Semi-Árido
Caculé Semi-Árido e Subúmido a Seco
Caetité Subúmido a Seco e Semi-Árido
Candiba Subúmido a Seco e Úmido a Subúmido
Condeúba Subúmido a Seco e Semi-Árido
Contendas do Sincorá Semi-Árido
Cordeiros Subúmido a Seco
Dom Basílio Semi-Árido
Guajeru Semi-Árido e Subúmido a Seco
Guanambi Semi-Árido e Subúmido a Seco
Ibiassucê Subúmido a Seco e Semi-Árido
Igaporã Subúmido a Seco e Semi-Árido
Ituaçu Semi-Árido e Subúmido a Seco
Jacaraci Subúmido a Seco e Úmido a Subúmido
Lagoa Real Semi-Árido e Subúmido a Seco
Licinio de Almeida Subúmido a Seco e Úmido a Subúmido
Livramento de Nossa Senhora Semi-Árido e Subúmido a Seco
Maetinga Subúmido a Seco e Semi-Árido
Malhada de Pedras Semi-Árido
Mortugaba Subúmido a Seco
Palmas de Monte Alto Semi-Árido e Subúmido a Seco
62

Tabela 2 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – tipologia climática, segundo Thornthwaite –
1998
(conclusão)
Município Tipo Climático
Pindai Subúmido a Seco
Piripá Subúmido a Seco e Semi-Árido
Presidente Jânio Quadros Semi-Árido e Subúmido a Seco
Rio do Antônio Semi-Árido e Subúmido a Seco
Sebastião Laranjeiras Semi-Árido e Subúmido a Seco
Tanhaçu Semi-Árido
Urandi Subúmido a Seco e Úmido a Subúmido

Fonte: SEI (2003b).

Tabela 3 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – ano de instalação, município de origem e
idade dos municípios – 2003

Idade
Municípios Ano de instalação Município de Origem
(anos)
Aracatu 1962 Brumado 44
Brumado 1877 Caetité 129
Caculé 1919 Caetité 87
Caetité 1810 Rio de Contas 196
Candiba 1962 Guanambi 44
Condeúba 1860 Caetité 146
Contendas do Sincorá 1961 Ituaçu 45
Cordeiros 1961 Condeúba 45
Dom Basílio 1962 Livramento N. Senhora 44
Guajeru 1986 Condeúba 20
Guanambi 1919 Palmas de Monte Alto 87
Ibiassucê 1962 Caculé 44
Igaporã 1960 Caetité 46
Ituaçu 1867 Mucugê 139
Jacaraci 1880 Caetité 126
Lagoa Real 1990 Caetité 16
Licínio de Almeida 1962 Jacaraci/Urandi 44
Livramento de N.Senhora 1921 Rio de Contas 85
Maetinga 1986 Pres. Jânio Quadros 20
Malhada de Pedras 1962 Brumado 44
Mortugaba 1961 Jacaraci 45
Palmas de Monte Alto 1840 Macaúbas 166
Pindaí 1962 Urandi 44
Piripá 1962 Cordeiros 44
Presidente Jânio Quadros 1961 Condeúba 45
Rio do Antonio 1962 Caculé 44
Sebastião Laranjeiras 1962 Palmas de Monte Alto 44
Tanhaçu 1961 Ituaçu 45
Urandi 1889 Caetité 117

Fonte: SEI (2003b).


63

3.2 PROCESSO HISTÓRICO

A colonização do território atualmente conhecido como Região Econômica de


Serra Geral decorreu do processo de expansão de criatório bovino e da descoberta
de jazidas auríferas encontradas na região. No entanto, para adquirir a
independência, foi somente a partir da expansão do cultivo do algodão, no século
XVIII, que ocorreu a fixação de novos moradores na região. Essa atividade foi muito
lucrativa por muito tempo e, até recentemente, fazia com que Serra Geral se
destacasse no cenário nacional (SEI, 2003b).

Na década de 1970, Guanambi chegou a se constituir em um pólo de


desenvolvimento regional graças ao algodão, então chamado de “ouro branco”, mas,
a partir dos anos 1980, devido à estiagem prolongada e à disseminação de pragas,
ocorreu o declínio da produção algodoeira no município. Além disso, concorrendo
com outros municípios do próprio Estado, o algodão de Guanambi apresentava
qualidade inferior com menores índices de produtividade. Como a cultura algodoeira
era praticada também em outros municípios, manteve-se como atividade econômica
significativa na região, ficando Guanambi como o principal centro de processamento,
comercialização e exportação do algodão, além de ser considerado o pólo na maior
oferta de bens e serviços da região e circunvizinhança (SEI, 2003).

Devido a essa importância, mesmo diante da crise desencadeada pelos


baixos preços do algodão no mercado, nos últimos anos, Guanambi está presente
entre os 34 municípios baianos com maiores participações na renda gerada pelo
Estado (SEI, 2003b).

Entre o final do século XIX e o início do século XX, também graças ao


algodão, Caetité situava-se como um dos centros urbanos mais importantes da
Bahia, sendo reconhecido como centro cultural de vanguarda no alto sertão (LEÃO
et al, 1989 apud SEI, 2003b).
64

No caso de Brumado, a colonização e a economia iniciais vinculavam-se à


pecuária e à cultura do algodão e, posteriormente, foi introduzido o cultivo da
mamona. No entanto, a sua importância econômica na região e no cenário baiano
deveu-se à extração de minérios (magnesita e talco), que estimularam a implantação
de indústrias de transformação e um intenso comércio em sua sede. Mas a atividade
mineradora da região está ainda referenciada pelos garimpos de ametista (em
Caetité e em Licínio de Almeida) e, mais recentemente, pelo urânio de Lagoa Real e
Caetité (SEI, 2003b).

Além dessas atividades, a agricultura permanece como atividade comum à


maioria dos municípios da Serra Geral, produzindo principalmente feijão, batata
doce, mamona, mandioca, milho, algodão, cebola, manga e derivados da cana (SEI,
2003b).

3.3 DINÂMICA DEMOGRÁFICA REGIONAL

A região da Serra Geral, com uma população de 589.893 habitantes, de


acordo com estimativa da SEI (2006a), representa 4,27% da população do Estado
da Bahia.

De acordo com os dados do censo do ano de 2000, quanto à situação de


domicílios, 245.101 habitantes ou 43,38% de seus moradores estavam em meio
urbano enquanto que, no Estado da Bahia, esse número era de 67,12% e, no Brasil,
81,25% (Tabela 4). Assim, diferindo da maioria das Regiões Econômicas do Estado
da Bahia, Serra Geral ainda não estava urbanizada em 2000, indicando falta de
infra-estrutura econômica e social para receber um maior contingente populacional
rural (SEI, 2003b).

Cabe ressalvar que, ao menos em parte, o ritmo de crescimento urbano e a


elevação do grau de urbanização dessa região no último período foram influenciados
pela ampliação do perímetro urbano em 72% de seus municípios, que avançou
65

sobre áreas rurais, e pela criação de novos municípios3 entre os períodos censitários
(SEI, 2003b).

O município com maior grau de urbanização, em 2000, era Guanambi, com


75% da população localizada na zona urbana. O município com menor grau de
urbanização era o de Maetinga, com 87% de sua população localizada na zona rural
(Tabela 4). Portanto, vale destacar que o município de Guanambi é considerado pólo
da região da Serra Geral, que oferece mais oportunidades de empregos, área
médica e comércio diversificados, além de uma razoável rede de educação.

No que se refere às taxas de crescimento, observando-se a Tabela 5, as


maiores taxas são as dos municípios de Piripá (5,03%), Guajeru (4,68%) e Maetinga
(3,13%), enquanto que os municípios de Palmas de Monte Alto, Mortugaba,
Jacaraci, Candiba, Pindaí, Contendas do Sincorá, Licínio de Almeida e Cordeiros
apresentavam índices negativos de crescimento, com -0,21, -0,27, -0,34, -0,44, -
0,75, -1,23, -1,47 e -2,91, respectivamente, referentes ao ano de 2000 (Tabela 5). A
identificação das causas que levam alguns municípios a crescerem mais do que
outros e até mesmo de alguns apresentarem taxas negativas de crescimento só
poderá ser possível por meio de um estudo mais completo de cada município.

De acordo com a Tabela 6, as densidades demográficas dos seus municípios


guardavam significativas variações, sendo que em doze deles, de acordo com as
estimativas para 2005, as densidades superaram a média regional de 18,23
hab/km2. Guanambi, o município com o maior porte demográfico e a nona área da
região foi o de mais elevada densidade e o único a ultrapassar a casa dos 50
hab/km2 (59,76 hab/km2). Mais nove unidades municipais alcançaram densidades
entre 20 e 40 hab/km2. Com mais de 10 e menos de 20 hab/km2, situava-se o maior
grupo de municípios – 16. Em três, as densidades registradas ficaram abaixo de 10
hab/km2. E, por último, o município de menor densidade demográfica em 2005,
Contendas do Sincorá, com 4,57 hab/km2.

3
Guajeru, Lagoa Real e Maetinga.
66

Um cenário evolutivo do quantitativo da população da Serra Geral pode ser


elaborado, levando-se em consideração os registros oficiais e estimativas. A Tabela
7 apresenta os resultados oficiais e estimativas sobre a demografia da Serra Geral
no período de 1995 a 2005.

Tabela 4 – Grau de urbanização do Brasil, Bahia e Regiões Econômicas da Bahia – 1980 a 2000

Grau de Urbanização
Território
1980 1991 2000
Brasil 67,59 75,59 81,25
Bahia 49,29 59,12 67,12
RMS 96,02 96,99 98,42
Extremo Sul 27,23 61,54 73,27
Litoral Sul 49,35 56,61 68,01
Litoral Norte 55,98 64,68 67,12
Sudoeste 48,90 60,19 65,29
Paraguaçu 44,11 54,96 65,19
Baixo Médio São Francisco 37,21 54,49 59,78
Irecê 37,36 46,90 58,57
Recôncavo Sul 45,51 51,93 57,97
Oeste 30,56 43,34 53,82
Piemonte da Diamantina 30,82 39,92 51,23
Serra Geral 27,27 37,14 43,4
Médio São Francisco 28,86 36,18 42,96
Nordeste 26,40 33,60 41,48
Chapada Diamantina 19,84 27,30 36,13

Fonte: SEI (2006d).


67

Tabela 5 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – população, taxa de crescimento, taxa de mortalidade infantil e esperança de vida ao nascer – Censo
2000
População – 2000 Taxa Média de Taxa de
População Esperança de vida
Municípios População Crescimento Mortalidade
Urbana (%) Rural (%) urbana ao nascer (anos)
(1991-2000) (%) infantil (p/mil)
Estado da Bahia 13.070.250 67 33 8.772.348 1,08 45,6 67,67
Serra Geral 565.037 36 64 201.270 0,75 40,4 66,47
Aracatu 15.491 21 79 3.253 0,02 52,0 64,70
Brumado 61.670 66 34 40.702 0,85 52,0 67,10
Caculé 20.339 57 43 11.593 1,50 31,1 68,50
Caetité 45.090 52 48 23.447 1,24 31,1 68,50
Candiba 12.124 51 49 6.183 -0,44 31,1 69,01
Condeúba 18.047 35 65 6.316 0,09 52,0 65,80
Contendas do Sincorá 4.264 55 45 2.345 -1,23 60,4 61,20
Cordeiros 8.193 26 74 2.130 -2,91 52,0 65,20
Dom Basílio 10.427 15 85 1.564 0,78 26,4 65,20
Guajeru 12.836 13 87 1.669 4,68 52,0 68,70
Guanambi 71.728 75 25 53.796 1,01 31,1 66,90
Ibiassucê 12.828 31 69 3.977 0,85 31,1 68,10
Igaporã 14.557 49 51 7.133 0,39 31,1 67,20
Ituaçu 17.268 26 74 4.490 0,79 52,0 64,70
Jacaraci 13.520 27 73 3.650 -0,34 31,1 68,50
Lagoa Real 12.765 16 84 2.042 1,71 31,1 66,40
Licínio de Almeida 12.349 48 52 5.928 -1,47 31,1 68,50
Livramento de Nossa Senhora 38.025 44 56 16.731 1,15 26,4 65,20
Maetinga 13.686 14 86 1.916 3,13 52,0 65,50
Malhada de Pedras 8.426 28 72 2.359 1,65 52,0 65,20
Mortugaba 12.598 40 60 5.039 -0,27 31,1 68,50
Palmas de Monte Alto 20.099 33 67 6.633 -0,21 31,1 66,40
Pindaí 15.494 23 77 3.564 -0,75 31,1 68,20
Piripá 16.128 33 67 5.322 5,03 52,0 67,20
Presidente Jânio Quadros 17.045 17 83 2.898 2,13 52,0 65,20
Rio do Antônio 14.637 35 65 5.123 1,06 52,0 61,90
Sebastião Laranjeiras 9.283 39 61 3.620 0,24 31,1 66,90
Tanhaçu 20.044 35 65 7.015 1,02 52,0 64,70
Urandi 16.076 29 71 4.662 0,07 31,1 68,40

Fonte: Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (2006) e Ministério da Saúde (2006a).
68

Tabela 6 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – densidade demográfica – 1995 a 2006

Estado da Bahia, Região 2


Área (km ) (1) 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006
da Serra Geral e Municípios
Estado da Bahia 567.295,30 22,25 22,37 22,40 22,65 22,90 23,04 23,27 23,49 23,68 24,16 24,35 ...
Total Serra Geral 32.354,60 17,16 17,23 17,48 17,68 17,89 17,46 17,61 17,72 17,85 18,09 18,23 18,37
Aracatu 1.541,5 10,34 11,11 11,64 12,08 12,53 10,05 10,04 10,05 10,05 10,06 10,06 10,06
Brumado 2.174,5 27,95 28,64 29,06 29,41 29,76 28,36 28,60 28,80 29,00 29,42 29,66 29,89
Caculé 688,3 26,66 29,81 31,23 32,43 33,63 29,55 29,99 30,32 30,68 31,43 31,85 32,27
Caetité 2.366,4 17,64 18,39 18,66 18,89 19,11 19,05 19,37 19,47 19,67 20,08 20,30 20,52
Candiba 399,4 32,55 31,48 31,35 31,24 31,13 30,36 30,20 30,10 29,98 29,73 29,59 29,45
Condeúba 1.241,5 14,85 14,43 14,47 14,50 14,53 14,54 14,55 14,56 14,57 14,60 14,61 14,63
Contendas do Sincorá 865,3 5,33 5,81 5,89 5,96 6,02 4,93 4,86 4,81 4,75 4,63 4,57 4,50
Cordeiros 556,4 21,23 19,19 19,27 19,33 19,39 14,73 14,01 13,79 13,36 12,45 11,94 11,45
Dom Basílio 655,4 15,29 15,15 15,21 15,26 15,31 15,91 16,04 16,13 16,24 16,46 16,58 16,70
Guajeru 645,8 12,81 19,11 19,99 20,73 21,47 19,88 20,79 21,28 21,93 23,29 24,05 24,80
Guanambi 1.264,5 58,00 54,25 55,05 55,72 56,39 56,72 57,32 57,75 58,22 59,21 59,76 60,31
Ibiassucê 383,5 31,98 29,38 28,02 26,88 25,73 33,45 33,75 33,96 34,20 34,69 34,97 35,23
Igaporã 775,0 19,25 19,07 19,32 19,53 19,75 18,78 18,88 18,92 18,98 19,11 19,18 19,25
Ituaçu 1.220,6 14,03 15,22 15,95 16,56 17,17 14,15 14,25 14,35 14,44 14,41 14,51 14,62
Jacaraci 1.246,4 10,80 10,90 10,86 10,82 10,78 10,85 10,80 10,78 10,74 10,67 10,64 10,60
Lagoa Real 1.003,2 12,19 11,87 12,02 12,16 12,29 12,72 12,94 13,10 13,27 13,64 13,84 14,04
Licínio de Almeida 788,3 18,42 16,75 16,16 15,67 15,17 15,67 15,36 15,20 14,99 14,53 14,28 14,04
Livramento de Nossa Senhora 2.275,5 16,05 15,39 15,44 15,48 15,53 16,71 16,89 17,05 17,21 17,54 17,72 17,91
Maetinga 369,7 31,16 31,12 32,28 33,25 34,23 37,02 38,03 38,89 39,76 41,58 42,59 43,59
Malhada de Pedras 481,1 15,58 15,69 15,91 16,09 16,26 17,51 17,80 18,01 18,25 18,74 19,01 19,28
Mortugaba 672,9 20,35 18,64 18,57 18,50 18,44 18,72 18,66 18,63 18,58 18,49 18,43 18,38
Palmas de Monte Alto 2.787,6 7,82 7,41 7,43 7,44 7,46 7,21 7,19 7,18 7,17 7,14 7,13 7,11
Pindaí 718,1 24,56 20,72 19,99 19,37 18,76 21,58 21,36 21,26 21,11 20,80 20,63 20,46
Piripá 653,4 16,04 22,41 23,45 24,31 25,18 24,68 25,73 26,52 27,38 29,17 30,16 31,15
Presidente Jânio Quadros 1.332,2 11,25 12,89 13,50 14,02 14,54 12,79 13,04 13,26 13,47 13,92 14,17 14,41
Rio do Antônio 990,6 13,86 13,95 14,14 14,29 14,45 14,78 14,92 15,06 15,18 15,46 15,61 15,76
Sebastião Laranjeiras 2.011,4 5,01 4,12 3,93 3,77 3,61 4,62 4,62 4,64 4,64 4,66 4,68 4,69
Tanhaçu 1.346,7 14,47 15,05 15,77 16,38 16,98 14,88 15,04 15,15 15,28 15,54 15,69 15,83
Urandi 899,4 18,84 19,40 19,65 19,86 20,08 17,87 17,88 17,90 17,91 17,93 17,95 17,96
Fonte: SEI (1996, 1997, 1998, 1999, 2000a, 2001, 2002a, 2003a, 2004, 2005, 2006a) e Ministério da Saúde (2006a).
69

Tabela 7 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – censo e estimativas da população – 1995 a 2005

Estado da Bahia, Região Anos


da Serra Geral e Municípios 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Estado da Bahia 12.691.804 12.691.80412.709.744 12.851.268 12.993.011 13.070.250 13.198.64013.323.212 13.435.61213.704.574 13.815.334
Total Serra Geral 555.165 557.608 565.483 572.120 578.766 565.037 569.810 573.483 577.399 585.341 589.893
Aracatu 15.942 17.123 17.940 18.629 19.319 15.491 15.474 15.497 15.499 15.505 15.508
Brumado 60.785 62.271 63.183 63.951 64.720 61.670 62.181 62.616 63.054 63.976 64.486
Caculé 18.353 20.518 21.497 22.323 23.149 20.339 20.643 20.871 21.117 21.636 21.922
Caetité 41.732 43.518 44.155 44.692 45.230 45.090 45.838 46.081 46.541 47.507 48.041
Candiba 13.000 12.574 12.522 12.479 12.435 12.124 12.063 12.022 11.974 11.875 11.820
Condeúba 18.442 17.920 17.967 18.005 18.044 18.047 18.066 18.078 18.093 18.123 18.140
Contendas do Sincorá 4.616 5.030 5.098 5.156 5.213 4.264 4.208 4.159 4.110 4.008 3.951
Cordeiros 11.812 10.679 10.720 10.754 10.788 8.193 7.793 7.673 7.432 6.925 6.645
Dom Basílio 10.022 9.932 9.970 10.002 10.034 10.427 10.513 10.574 10.642 10.785 10.864
Guajeru 8.271 12.339 12.907 13.385 13.864 12.836 13.429 13.741 14.161 15.043 15.531
Guanambi 73.339 68.603 69.607 70.454 71.301 71.728 72.479 73.019 73.618 74.876 75.572
Ibiassucê 12.266 11.269 10.747 10.307 9.867 12.828 12.942 13.024 13.114 13.305 13.411
Igaporã 14.915 14.778 14.974 15.139 15.305 14.557 14.629 14.661 14.709 14.810 14.866
Ituaçu 17.125 18.580 19.467 20.214 20.963 17.268 17.392 17.515 17.629 17.584 17.715
Jacaraci 13.458 13.589 13.533 13.486 13.439 13.520 13.464 13.432 13.391 13.305 13.257
Lagoa Real 12.225 11.903 12.061 12.194 12.327 12.765 12.978 13.141 13.316 13.682 13.885
Licínio de Almeida 14.524 13.205 12.741 12.351 11.959 12.349 12.108 11.983 11.813 11.456 11.259
Livramento Nossa Senhora 36.513 35.009 35.131 35.234 35.337 38.025 38.433 38.799 39.159 39.913 40.331
Maetinga 11.519 11.506 11.933 12.293 12.654 13.686 14.060 14.378 14.699 15.372 15.745
Malhada de Pedras 7.497 7.550 7.652 7.739 7.825 8.426 8.565 8.667 8.779 9.014 9.145
Mortugaba 13.691 12.546 12.494 12.451 12.408 12.598 12.556 12.533 12.503 12.439 12.404
Palmas de Monte Alto 21.788 20.652 20.707 20.750 20.795 20.099 20.048 20.019 19.983 19.905 19.862
Pindaí 17.636 14.876 14.354 13.913 13.473 15.494 15.342 15.267 15.161 14.939 14.817
Piripá 10.482 14.645 15.319 15.886 16.455 16.128 16.814 17.330 17.888 19.059 19.707
Presidente Jânio Quadros 14.983 17.166 17.985 18.676 19.367 17.045 17.375 17.659 17.945 18.543 18.874
Rio do Antônio 13.734 13.821 14.004 14.159 14.314 14.637 14.784 14.914 15.042 15.312 15.461
Sebastião Laranjeiras 10.069 8.286 7.902 7.579 7.255 9.283 9.300 9.324 9.342 9.382 9.404
Tanhaçu 19.482 20.270 21.237 22.053 22.869 20.044 20.251 20.409 20.578 20.934 21.130
Urandi 16.944 17.450 17.676 17.866 18.057 16.076 16.082 16.097 16.107 16.128 16.140

Fonte: SEI (1996, 1997, 1998, 1999, 2000a, 2001, 2002a, 2003a, 2004, 2005, 2006) e Ministério da Saúde (2006a).
70

3.4 INFRA-ESTRUTURA

De acordo com Biehl (1988 apud INSTITUTO LATINOAMERICANO Y DEL


CARIBE DE PLANIFICACIÓN ECONÓMICA Y SOCIAL, 1998), as infra-estruturas
designam a parte do capital global das economias regionais ou nacionais que,
devido ao seu caráter público não é, normalmente, abastecida pelo mercado ou, que
este mercado fornece a infra-estrutura de maneira ineficiente devido ao fato de que
este é um dos papéis fundamentais confiado ao Poder Público.

Assim, o Instituto Latinoamericano y del Caribe de Planificación Económica y


Social (ILPES, 1998) atribui as seguintes características às infra-estruturas:
indivisibilidade, insubstitubilidade, imobilidade, polivalência, durabilidade, a
existência de eficiência e a complementaridade e interdependência.

No presente trabalho, será utilizada a tipologia de infra-estruturas identificada


pelo Ilpes (1998), que são classificadas em dois grandes grupos: econômicas (ou
técnicas) e sociais. Os principais dados relacionados às infra-estruturas na região da
Serra Geral, são os que se seguem, levando-se em consideração que as infra-
estruturas possuem um papel ativo como geradoras e impulsionadoras do
crescimento e sua capacidade principal como instrumento de promoção do
desenvolvimento local.

3.4.1 Infra-estrutura técnica

A infra-estrutura técnica contempla vários itens os quais são determinantes


para o desenvolvimento em qualquer localidade. Dos mais importantes, tem-se a
água e a energia elétrica.
71

1.1.1.1. 3.4.1.1 Energia elétrica

Na região da Serra Geral, o consumo de energia elétrica representa 2,91% de


todo o Estado baiano, tendo como maior consumidor o município de Brumado, com
38,60% do total da região (Tabela 8). Juntamente com Guanambi, Caetité e
Livramento de Nossa Senhora, representam 65,86% de toda a região. Isso se
justifica devido ao fato de que, a maior população situa-se em Guanambi; em
Brumado, existe a Magnesita4; em Caetité, existe as Indústrias Nucleares do Brasil
(INB) e, em Livramento de Nossa Senhora, existem projetos de irrigação, para dar
suporte à fruticultura, uma das mais importantes do Estado.

Quanto ao número de consumidores (Tabela 9), a região da Serra Geral


representa 3,78% do consumo do Estado da Bahia tendo os municípios de
Guanambi, Brumado, Caetité e Livramento de Nossa Senhora como os que
possuem maior número de consumidores e representando 46,59% da Serra Geral
(SEI, 2004).

4
A Magnesita é uma empresa privada, de capital nacional, dedicada à mineração, produção e
comercialização de extensa linha de materiais refratários e prestação de serviços correlatos nas
áreas de sua especialidade, diretamente ou por intermédio de empresas sob seu controle. Possui
jazidas minerais em diversas regiões do País, mas é em Brumado onde ocorrem grandes reservas de
magnesita e talco, que ela desempenha sua principal atividade de mineradora.
72

Tabela 8 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – consumo de energia elétrica por classe (mwh) – 2002

Serviços e
Municípios Residencial Industrial Comércio Rural Próprio Total
Poderes Públicos
Estado da Bahia 2.764.829 2.248.997 1.715.953 1.420.843 723.686 15.737 8.890.044
Serra Geral 71.354 90.290 21.622 36.912 23.980 308 244.467
Aracatu 764 20 171 733 93 - 1.781
Brumado 12.449 68.579 4.957 5.987 1.297 134 93.404
Caculé 3.434 1.680 967 1.345 429 - 7.855
Caetité 6.084 5.526 2.306 3.385 1.022 3 18.326
Candiba 1.135 412 263 751 484 0 3.046
Condeúba 1.760 290 368 791 392 - 3.603
Contendas do Sincorá 565 29 137 308 2.306 - 3.345
Cordeiros 788 12 85 366 314 - 1.564
Dom Basílio 1.158 15 217 688 3.203 - 5.281
Guajeru 500 33 94 434 41 - 1.101
Guanambi 16.243 4.363 5.845 7.990 1.916 60 36.416
Ibiassucê 1.316 1.880 224 769 145 0 4.334
Igaporã 1.285 590 303 880 560 1 3.620
Ituaçu 1.892 316 355 821 725 - 4.109
Jacaraci 1.130 38 270 458 464 - 2.359
Lagoa Real 565 75 142 638 772 - 2.193
Licínio de Almeida 1.523 208 285 773 435 28 3.252
Livramento Nossa Senhora 5.797 334 1.613 1.601 3.261 19 12.624
Maetinga 458 17 109 568 93 4 1.249
Malhada de Pedras 609 295 93 689 45 - 1.731
Mortugaba 1.216 125 303 479 382 - 2.505
Palmas de Monte Alto 1.253 67 296 900 428 - 2.944
Palmeiras 1.182 129 308 743 437 6 2.804
Pindaí 939 23 241 663 1.005 - 2.872
Piripá 1.105 10 179 413 180 - 1.888
Presidente Jânio Quadros 759 16 179 333 164 31 1.482
Rio do Antônio 1.303 95 320 992 195 14 2.919
Sebastião Laranjeiras 933 53 166 726 630 - 2.508
Tanhaçu 1.953 230 492 1.069 2.146 8 5.898
Urandi 1.255 4.830 334 621 416 - 7.456
Fonte: Sei (2004).
73

Tabela 9 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – consumo de energia elétrica por classe (mwh) – 2002

Serviços e Poderes
Municípios Residencial Industrial Comércio Rural Próprio Total
Públicos
Estado da Bahia 2.711.477 17.344 235.100 51.986 132.571 398 3.148.876
Serra Geral 86.322 957 9.478 4.120 16.712 17 117.606
Aracatu 1.008 5 134 72 217 - 1.436
Brumado 13.907 124 1.800 451 973 5 17.260
Caculé 4.221 63 502 166 308 - 5.260
Caetité 7.208 81 735 217 1.329 1 9.571
Candiba 1.770 18 156 55 581 1 2.581
Condeúba 2.508 20 199 97 543 - 3.367
Contendas do Sincorá 862 5 81 35 67 - 1.050
Cordeiros 1.060 4 79 58 465 - 1.666
Dom Basílio 1.605 7 156 121 474 - 2.363
Guajeru 831 7 56 33 73 - 1.000
Guanambi 15.286 224 1.768 312 1.955 2 19.547
Ibiassucê 1.953 43 212 93 154 - 2.455
Igaporã 2.217 22 154 138 828 1 3.360
Ituaçu 2.285 28 246 108 665 - 3.332
Jacaraci 1.603 15 131 83 667 - 2.499
Lagoa Real 1.039 7 109 103 1.062 - 2.320
Licínio de Almeida 2.057 42 184 100 675 1 3.059
Livramento de Nossa Senhora 7.269 60 892 318 628 2 9.169
Maetinga 665 3 84 56 252 1 1.061
Malhada de Pedras 931 10 78 76 179 - 1.274
Mortugaba 1.560 26 186 667 2 - 2.441
Palmas de Monte Alto 1.985 16 221 131 533 - 2.886
Pindaí 1.654 14 184 103 1.092 - 3.047
Piripá 1.515 7 126 54 241 - 1.943
Presidente Jânio Quadros 1.147 8 127 48 529 1 1.860
Rio do Antônio 2.016 25 208 121 341 1 2.712
Sebastião Laranjeiras 1.452 20 134 78 279 - 1.963
Tanhaçu 2.927 31 330 138 965 1 4.392
Urandi 1.781 22 206 88 635 - 2.732

Fonte: Sei (2004).


74

1.1.1.2. 3.4.1.2 Abastecimento de água

Em relação ao consumo de água, que na Serra Geral é atendida pela


Empresa Baiana de Saneamento (EMBASA), conforme dados relativos ao ano de
2002 (Tabela 10), a região da Serra Geral conta com 67.697 economias de água
faturada, tendo o município de Guanambi o maior consumo (24,92%), seguido por
Brumado (18,21%) e Caetité (10,66%). Assim, os três municípios, juntos,
representam 53,79% de toda a água potável consumida na região da Serra Geral
(SEI, 2003b). É importante observar que os municípios de Dom Basílio, Igaporã,
Lagoa Real, Sebastião Laranjeiras e Urandi são atendidos por outra empresa de
abastecimento de água e, devido a esse fato, os dados não estão disponíveis para
análise.

Considerando-se que a população estimada para a região da Serra Geral em


2002 era de 573.483 habitantes, e levando-se em consideração um domicílio com
quatro pessoas residentes, então aproximadamente 47,22% da população possui
água encanada. Esse é um grave problema que atrasa o desenvolvimento e que
requer providências urgentes, pois afeta a saúde das pessoas, a qualidade do seu
trabalho, sua produtividade e a economia da região como um todo.

Tabela 10 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – economias de água faturada – 2002

Números de Números de
Municípios Economias
Municípios Economias
Estado da Bahia 2.206.173 Ituaçu 1.549
Serra Geral 67.697 Jacaraci 677
Aracatu 1.052 Licínio de Almeida 948
Brumado 12.330 Livramento de N.Senhora 3.869
Caculé 3.925 Maetinga 725
Caetité 7.217 Malhada de Pedras 745
Candiba 2.290 Mortugaba 1.572
Condeúba 1.915 Palmas de Monte Alto 1.951
Contendas do Sincorá 644 Pindaí 912
Cordeiros 546 Piripá 0
Guajeru 725 Presidente Jânio Quadros 1.181
Guanambi 16.870 Rio do Antônio 2.220
Ibiassucê 1.816 Tanhaçu 2.018

Fonte: SEI (2003b)


75

1.1.1.3. 3.4.1.3 Barragens, represas e açudes

Diretamente ligada à questão da água, as principais barragens, represas e


açudes da região da Serra Geral (Tabela 11) compreendem 13 municípios, sendo
que Livramento de Brumado é o que possui a maior quantidade, com seis unidades
e capacidade de 78.800 m3, ou 27,55% de toda a capacidade da região (SEI, 2005).
Esse fato deve-se, em grande parte, à fruticultura irrigada existente nesse município.
O segundo com maior capacidade é Guanambi, com uma barragem e capacidade de
58.000 m3 ou 20,28% de toda a região. Em relação a Urandi, onde também há
fruticultura irrigada, a barragem existente é para uso dos municípios de Urandi e de
Espinosa, município mineiro (SEI, 2005). O número de barragens existentes na
região é ainda muito pequeno, levando-se em consideração que a região da Serra
Geral está inserida 100% no Polígono das Secas e que a pluviosidade é baixa,
comprometendo a lavoura e a pecuária na maior parte do ano.

Tabela 11 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – capacidade das principais barragens,
represas e açudes – 2004
(continua)
Barragens,
Bacia Capacidade
Represas, e Rio Barrado Municípios Abrangidos
Hidrográfica (1.000m3)
Açudes
Estreito São Francisco Rio Verde Pequeno Urandi, Espinosa 75.864
Ceraíma São Francisco Rio Carnaíba de Dentro Guanambi 58.000
Mandiroba II São Francisco Rio Mandiroba Sebastião Laranjeiras 1.900
Riacho do Paulo Contas Rio de Contas Livramento de N. Senhora 53.800
Truvisco Contas Rio do Salto Caculé, Licínio de Almeida 40.000
Várzea de Dentro Contas Rio Taquari/Vereda Livramento de N. Senhora 10.000
Rio do Antônio Contas Rio do Antônio Brumado 9.500
Jurema Contas Rio Taquari/Vereda Livramento de N. Senhora 9.000
Champrão Contas Rio Condeúba Condeúba 5.982
Jacaré Contas Rio de Contas Ibiassucê 5.500
Patos Contas Rio Taquari/Vereda Livramento de N. Senhora 2.500
Tábua II Contas Rio Jiquitaí Ibiassucê 2.006
Saco de Barro Contas Rio Taquari/Vereda Livramento de N. Senhora 2.000
Comocoxico Contas Riacho Paiol Caculé 1.500
Pau d'água Contas Rio Taquari/Vereda Livramento de N. Senhora 1.500
Umbuzeiro Contas Córrego do Pereira Presidente Jânio Quadros 1.387
Mocambo Contas Rio do Antônio Caculé 850
Barreiro Contas Riacho do Barreiro Caculé 830
76

Tabela 11 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – capacidade das principais barragens,
represas e açudes – 2004
(conclusão)
Barragens,
Bacia Rio Barrado Capacidade
Represas, e Municípios Abrangidos
Hidrográfica (1.000m3)
Açudes
Riacho Engenho
Jardim Contas Presidente Jânio Quadros 800
Velho
Maetinga Contas Santo Antônio Maetinga 700
Panela Contas Riacho Panela Presidente Jânio Quadros 650
Mergulhão Contas Riacho Mergulhão Presidente Jânio Quadros 630
Guajeru Contas Riacho Riachão Condeúba 420
Lagoa do Barro Contas Lagoa do Barro Caetité 350
Barreiro Contas Riacho Vereda Silva Piripá 340

Fonte: SEI (2005).

1.1.1.4. 3.4.1.4 Meios de transporte

Quanto aos meios de transportes, a região é atendida via terrestre pela,


Viação Novo Horizonte, que faz as linhas entre os municípios, para a capital e para
outros Estados. Além disso, outros ônibus e transportes clandestinos são utilizados.
Importante ressaltar que há descontentamento da população quanto a prestação
desses serviços, principalmente no que se refere à empresa Viação Novo Horizonte,
que oferece veículos em péssimo estado de conservação.

1.1.1.5. 3.4.1.5 Frota

No que diz respeito à frota da região, no ano de 2004 havia 51.513 veículos
cadastrados, segundo dados da SEI (2006b), estando em Guanambi a maior
concentração, com 28,96% do total, ou 14.919 veículos. Os municípios com mais de
1.000 veículos cadastrados, além de Guanambi, são: Brumado, Livramento de
Nossa Senhora, Caetité, Caculé, Dom Basílio e Urandi que, juntamente com
Guanambi, respondiam por 79,25% de todos os veículos da região (Tabela 12).
77

Importante observar que as motocicletas vêm adquirindo, ao longo dos anos,


importância significativa para a população, por ser um meio de transporte mais
barato e econômico. Devido a esse fato, os consórcios têm aumentado e muitas
pessoas adquirem o veículo através dessa modalidade. Observa-se que os
municípios de Guanambi, Brumado, Livramento de Nossa Senhora e Caetité lideram
essa categoria e, juntos, somam 70,04% de todas as motocicletas da região da
Serra Geral (SEI, 2006b).

Tabela 12 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – veículos cadastrados por tipo – 2004

5 6
Municípios Total Automóvel Camioneta Caminhão Ônibus Moto Outros
Serra Geral 51.513 16.779 8.030 3.947 511 20.290 1.956
Aracatu 463 124 72 49 9 196 13
Brumado 11.769 4.393 1.356 1.037 136 4.292 555
Caculé 2.177 639 366 216 13 843 100
Caetité 4.657 1.984 937 367 32 1.157 180
Candiba 730 278 138 37 9 241 27
Condeúba 898 340 146 97 29 255 31
Contendas do Sincorá 103 32 16 3 0 46 6
Cordeiros 335 92 54 19 11 150 9
Dom Basílio 1.138 178 80 141 8 722 9
Guajeru 89 23 14 5 4 38 5
Guanambi 14.919 4.834 2.438 1.019 100 5.884 644
Ibiassucê 648 178 90 51 2 311 16
Igaporã 717 226 201 74 9 174 33
Ituaçu 700 164 125 104 5 253 49
Jacaraci 384 119 69 23 12 148 13
Lagoa Real 289 74 77 19 8 106 5
Licínio de Almeida 870 279 106 82 12 368 23
Livramento de N. Senhora 4.943 1.150 703 220 32 2.737 101
Maetinga 158 42 22 14 6 72 2
Malhada de Pedras 460 101 54 39 10 238 18
Mortugaba 595 213 86 35 3 246 12
Palmas de Monte Alto 784 232 190 31 9 318 4
Pindaí 457 130 75 17 11 212 12
Piripá 406 133 52 39 10 158 14
Presidente Jânio Quadros 226 51 60 17 2 86 10
Rio do Antônio 341 108 90 31 1 101 10
Sebastião Laranjeiras 244 65 43 5 8 118 5
Tanhaçu 790 244 176 89 12 237 32
Urandi 1.223 353 194 67 8 583 18

Fonte: SEI (2006b).

5
Caminhão + caminhão trator
6
Com menos de 1% de representatividade os tipos: reboque, trator de rodas, micro ônibus e
motoneta foram incluídos em "outros".
78

1.1.1.6. 3.4.1.6 Meios de comunicação

Na telefonia fixa, segundo dados da Tabela 13, existiam 36.486 terminais


telefônicos em serviço, sendo Guanambi o município com o maior número, 10.670,
ou 29,24% dos terminais telefônicos da região. No entanto, isso significa que apenas
6,19% da população da Serra Geral tem acesso a esse serviço. O que pode
contribuir para esse baixo número é a cobrança da taxa pela operadora, com um
valor ainda alto para a população de baixa renda. Em relação à telefonia móvel,
pesquisas apontam crescimento no setor em todo o país. No entanto, não existem
dados disponibilizados para análises da região da Serra Geral.

Quanto aos serviços dos correios, a região possui 54 agências e 45 caixas de


coletas (SEI, 2006b). Como não poderia deixar de ser, esse é um número muito
pouco representativo para 29 municípios e uma população de 565.037 habitantes.

Tabela 13 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – terminais telefônicos em serviço – 2002

TERMINAIS TERMINAIS EM
MUNICÍPIOS MUNICÍPIOS
EM SERVIÇOS SERVIÇOS
Serra Geral 36.486 Jacaraci 673
Aracatu 389 Lagoa Real 292
Brumado 5.020 Licínio de Almeida 788
Caculé 1.987 Livramento de Nossa Senhora 2.589
Caetité 3.484 Maetinga 325
Candiba 684 Malhada de Pedras 261
Condeúba 798 Mortugaba 535
Contendas do Sincorá 389 Palmas de Monte Alto 713
Cordeiros 357 Pindaí 357
Dom Basílio 277 Piripá 481
Guajeru 294 Presidente Jânio Quadros 321
Guanambi 10.670 Rio do Antônio 629
Ibiassucê 500 Sebastião Laranjeiras 572
Igaporã 663 Tanhaçu 1.076
Ituaçu 684 Urandi 678

Fonte: SEI (2006b).


79

3.4.2 Infra-estrutura social

Para a infra-estrutura social, serão analisados os indicadores de


desenvolvimento humano, a educação, a saúde e o saneamento, a participação
política, o emprego e a renda que, juntamente com a infra-estrutura técnica poderão
indicar se a região da Serra Geral está no caminho do desenvolvimento local e da
melhoria de vida de sua população.

1.1.1.7. 3.4.2.1 Indicadores de Desenvolvimento Humano, Econômico e Social

O desenvolvimento de uma sociedade só é possível se os seus indicadores


de desenvolvimento humano, econômico e social estiverem sendo atendidos, tais
como educação, saúde, renda, infra-estrutura, qualificação de mão-de-obra, produto
municipal, entre outros. Assim, no presente trabalho, foram analisados o Índice de
Desenvolvimento Humano Municipal (IDH-M), que engloba aspectos da longevidade,
educação e renda; o Índice de Desenvolvimento Econômico (IDE), que é constituído
pelos indicadores de infra-estrutura, qualificação de mão-de-obra e produto
municipal e; o Índice de Desenvolvimento Social (IDS) que, além da renda e
educação analisados no IDH-M, considera ainda, os indicadores de saúde e de
serviços básicos.

No que se refere ao IDH-M, apesar das limitações que apresenta para captar
diferenças efetivas de qualidade de vida, este ainda é o índice mais amplamente
utilizado entre os índices sociais criados para medir o desenvolvimento humano que
considera três aspectos básicos para sua análise.

O primeiro deles é a longevidade, definida como a possibilidade de que o


indivíduo possa desfrutar de uma vida prolongada e saudável, considerando a
esperança de vida ao nascer, que é válida tanto para o IDH municipal quanto para o
80

IDH de países. Esse indicador mostra a quantidade de anos que uma pessoa
nascida naquela localidade, em um ano de referência, deve viver.

O segundo é a educação, que é definido como a possibilidade de adquirir


conhecimentos que potencializem as capacidades das pessoas. Para avaliar a
dimensão educação o cálculo do IDH considera dois indicadores. O primeiro é a taxa
de analfabetismo, considerando o percentual de pessoas acima de 15 anos de
idade; o segundo indicador é o somatório das pessoas, independente da idade, que
freqüentam algum curso, seja ele fundamental, médio ou superior, dividido pelo total
de pessoas entre 7 e 22 anos da localidade. Também entram na contagem os
alunos supletivos, de classes de aceleração e de pós-graduação universitária.
Apenas classes especiais de alfabetização são descartadas para efeito do cálculo.

O terceiro é a renda que refere-se à possibilidade de disponibilidade dos


recursos materiais necessários para desenvolver as oportunidades da pessoa em
sua comunidade. A renda é calculada tendo como base a renda per capita do país
ou do município. Como existem diferenças entre o custo de vida de um país para o
outro, a renda medida pelo IDH é em dólar PPC (Paridade do Poder de Compra),
que elimina essas diferenças.

O índice varia de zero (nenhum desenvolvimento humano) até 1


(desenvolvimento humano total), sendo os países classificados deste modo:

1) Quando o IDH está entre 0 e 0,499, é considerado baixo.


2) Quando o IDH está entre 0,500 e 0,799, é considerado médio.
3) Quando o IDH está entre 0,800 e 1, é considerado alto.

Assim, observando-se a Tabela 14, percebe-se que em todos os municípios


da Serra Geral houve uma elevação do IDH-M, indicando melhorias na educação, na
renda e na expectativa de vida dessa população. Todos, sem exceção, estão com o
índice considerado médio. Dessa forma, entende-se que houve avanços
significativos na qualidade de vida desses municípios no contexto regional e mesmo
nacional.
81

Tabela 14 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – IDH-M dos municípios – 1970 a 2000

IDH-M – DECENAL – ÍNDICE


MUNICÍPIO
1970 1980 1991 2000
Aracatu 0,281 0,369 0,374 0,596
Brumado 0,324 0,481 0,515 0,693
Caculé 0,316 0,405 0,467 0,696
Caetité 0,299 0,407 0,462 0,673
Candiba 0,300 0,376 0,434 0,645
Condeúba 0,252 0,351 0,401 0,631
Contendas do Sincorá 0,337 0,425 0,388 0,619
Cordeiros 0,285 0,356 0,390 0,615
Dom Basílio 0,209 0,374 0,435 0,639
Guajeru .. .. 0,407 0,633
Guanambi 0,357 0,510 0,537 0,701
Ibiassucê 0,271 0,414 0,458 0,659
Igaporã 0,336 0,462 0,447 0,655
Ituaçu 0,246 0,382 0,420 0,619
Jacaraci 0,215 0,379 0,433 0,654
Lagoa Real .. .. 0,379 0,605
Licínio de Almeida 0,299 0,402 0,463 0,675
Livramento de Nossa Senhora 0,284 0,423 0,486 0,654
Maetinga .. .. 0,382 0,587
Malhada de Pedras 0,280 0,348 0,399 0,619
Mortugaba 0,253 0,404 0,440 0,654
Palmas de Monte Alto 0,267 0,388 0,411 0,641
Pindaí 0,296 0,434 0,424 0,641
Piripá 0,224 0,331 0,417 0,635
Presidente Jânio Quadros 0,221 0,312 0,361 0,587
Rio do Antônio 0,246 0,401 0,382 0,590
Sebastião Laranjeiras 0,295 0,414 0,484 0,645
Tanhaçu 0,266 0,386 0,378 0,653
Urandi 0,304 0,440 0,453 0,670

Fonte: Ipea (2006) e Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD, 2003).

Para o ano de 2000, somente Guanambi, Caculé e Brumado se equiparam à


Bahia que, no mesmo período, possuía o índice de 0,688 (PNUD, 2003).
Comparando-se ao Brasil, com um índice de 0,766, nenhum dos municípios da Serra
Geral se igualou ou ultrapassou esse número.

Os únicos municípios que possuem índices abaixo de 0,600 são Aracatu,


Maetinga, Presidente Jânio Quadros e Rio do Antônio. Cabe lembrar que os
municípios de Guajeru, Lagoa Real e Maetinga não apresentam dados para os anos
de 1970 e 1980 porque ainda não estavam emancipados.

Observa-se que houve mudanças significativas nos critérios educação e


saúde em todo o país e, mais especificamente, nos municípios da região da Serra
82

Geral. No entanto, como o IDH-M também considera o indicador da renda e, como


neste quesito o Brasil é considerado uma das sociedades mais desiguais e injustas
do planeta, conseqüentemente os municípios da Serra Geral também sofrem com
esse problema e, assim, os seus índices permanecem sempre em um mesmo
patamar.

Quanto ao IDE, este é definido como resultante dos níveis de infra-estrutura e


qualificação das mãos-de-obra existentes e da renda gerada localmente. Na
construção desse indicador estão incluídos os seguintes índices: Infra-estrutura,
Qualificação de Mão-de-obra e Produto Municipal, cujos resultados são
apresentados na Tabela 15.

Levando-se em consideração a média estadual de R$ 5.000,00 somente os


municípios de Brumado e Guanambi superam esse valor (SEI, 2002b). A Tabela 15
apresenta a região da Serra Geral com indicador abaixo da média baiana.

A análise demonstra que, para que esses indicadores possam crescer, é


preciso que haja aumento no consumo de energia elétrica, no número de terminais
telefônicos, e no número de estabelecimentos bancários, comerciais e de serviços,
os quais são considerados no índice de Infra-Estrutura (INF). Também, o nível de
escolaridade dos trabalhadores do setor formal deve ser melhorado e é preciso que
haja incremento na renda da população. Caso isso não ocorra, não haverá
melhorias no desenvolvimento econômico da população da Serra Geral.

Para o IDS, o pressuposto fundamental é de que a população dos municípios


está sendo atendida por serviços de educação e saúde, ao tempo em que tem
acesso aos serviços de água tratada e energia elétrica. Nesse sentido, o IDS é
constituído pelos seguintes índices: Nível de Saúde, Nível de Educação, Serviços
Básicos e Renda Média dos Chefes de Família (SEI, 2002b).

Levando-se em consideração a média estadual de R$ 5.000,00, somente os


municípios de Guanambi, Brumado, Urandi, Caetité, Livramento de Nossa Senhora,
Caculé e Licínio de Almeida superam esse valor (SEI, 2002b). A Tabela 16
83

apresenta os números da região da Serra Geral que, também, para esse indicador,
está abaixo da média baiana.

A melhoria no desenvolvimento social da região da Serra Geral e,


conseqüentemente, de todos os seus municípios poderá acontecer através de
incrementos na educação (do pré-escolar ao nível superior), na saúde (aumentando
o número de profissionais, de estabelecimentos de saúde, de vacinas e de leitos), na
prestação dos serviços básicos (água e energia elétrica) e na melhoria da renda dos
chefes de família. Mais uma vez, sem a realização dessas melhorias significativas, a
região não será desenvolvida socialmente e sua população estará predestinada à
estagnação.

Tabela 15 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – Índice de Desenvolvimento Econômico e


Índice de Desenvolvimento Social – 2000

(continua)
IDE IDS
MUNICÍPIO RANKING
VALOR RANKING BAHIA VALOR
BAHIA
Aracatu 4.988,31 253 4.922,24 401
Brumado 5.016,99 25 5.056,78 55
Caculé 4.992,97 93 5.020,68 107
Caetité 4.998,52 48 5.039,81 79
Candiba 4.987,73 315 4.988,98 194
Condeúba 4.989,96 159 4.968,01 284
Contendas do Sincorá 4.987,51 339 4.997,52 167
Cordeiros 4.987,82 303 4.956,99 323
Dom Basílio 4.988,34 249 4.972,66 264
Guajeru 4.986,84 395 4.914,49 408
Guanambi 5.009,91 28 5.104,10 30
Ibiassucê 4.988,56 229 4.974,95 253
Igaporã 4.988,34 250 4.952,02 343
Ituaçu 4.989,57 174 4.956,71 326
Jacaraci 4.988,73 217 4.966,76 289
Lagoa Real 4.987,39 348 4.902,27 412
Licínio de Almeida 4.988,37 247 5.002,41 156
Livramento de Nossa Senhora 4.997,88 49 5.026,24 96
Maetinga 4.986,86 391 4.911,73 410
Malhada de Pedras 4.987,72 317 4.980,05 232
Mortugaba 4.987,82 304 4.977,75 240
Palmas de Monte Alto 4.989,76 168 4.960,53 310
Pindaí 4.987,89 299 4.945,83 361
84

Tabela 15 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – Índice de Desenvolvimento Econômico e


Índice de Desenvolvimento Social – 2000
(conclusão)
IDE IDS
Município RANKING RANKING
VALOR VALOR
BAHIA BAHIA
Piripá 4.988,03 284 4.955,50 330
Presidente Jânio Quadros 4.987,74 312 4.902,39 411
Rio do Antônio 4.988,19 269 4.939,69 374
Sebastião Laranjeiras 4.987,78 308 4.987,71 199
Tanhaçu 4.990,14 149 4.978,31 238
Urandi 4.989,51 177 5.048,69 65

Fonte: SEI (2002b).

Tabela 16 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – Indicador de Desenvolvimento Econômico,


segundo seus componentes – 2000

ÍNDICE VALOR
IDE 4.965,38
IDS 4.941,87
INF 4.964,05
Índice de Produto Municipal (IPM) 4.961,28
Índice de Qualificação de Mão-de-Obra (IQM) 4.970,83
Índice de Renda Média dos Chefes de Família (IRMCF) 4.958,05
Índice do Nível de Educação (INE) 4.937,41
Índice do Nível de Saúde (INS) 4.959,94
Índice dos Serviços Básicos (ISB) 4.912,24

Fonte: SEI (2006b).

1.1.1.8. 3.4.2.2 Educação

Os dados a seguir apresentam a região da Serra Geral como uma das que
possuem um maior número de analfabetos com mais de quinze anos de idade.
Considerando-se a média da Bahia (23,15%) e do Brasil (13,63%) referentes ao ano
de 2000, somente o município de Guanambi possui taxa aproximada a do Estado,
com 23,06% de analfabetos com mais quinze anos de idade, conforme o Banco
Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, 2006).
85

Em 2000, nenhum dos 29 municípios da Região da Serra Geral estava


próximo da média nacional, o que é um indicador muito grande de
subdesenvolvimento e da baixa qualidade de vida da população local. Dessa forma,
o poder público deve procurar formas de minimizar essa situação e atuar com
firmeza na promoção da educação de qualidade, objetivando a redução desses
indicadores e, conseqüentemente, melhorando a vida da população desses
municípios.

Observa-se que a rede estadual concentra a educação para o ensino médio e


de jovens e adultos, enquanto que a rede municipal concentra a educação infantil e
fundamental.

Em 2004, o país baixou a taxa de analfabetismo para 11,39%, sendo que o


Estado da Bahia também acompanhou a queda, apresentando uma taxa de 20,42%
e o menor índice do Nordeste (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006b). Como as fontes
oficiais não apresentam resultados por município, pode-se inferir que, naturalmente,
a queda foi acompanhada na maioria dos municípios baianos, o que talvez tenha
ocorrido, também, na região da Serra Geral.

Para a educação infantil, de acordo com os dados apresentados na Tabela


17, a região da Serra Geral possui 1.094 estabelecimentos, com 19.898 matrículas
iniciais e 1.844 docentes. Para a zona urbana, desses estabelecimentos, tem-se um
estadual, com 125 matrículas, 117 municipais com 10.439 matrículas e 40
particulares com 2.042 matrículas. Para a zona rural, tem-se 934 estabelecimentos
municipais que respondem com 7.169 matrículas iniciais e dois estabelecimentos
particulares, com 123 matrículas. Esse dado demonstra que a zona rural possui
798% mais estabelecimentos na zona urbana que ministram educação infantil,
refletindo um importante dado para o aumento do IDH-M da região. Em relação ao
Estado da Bahia, os 1.094 estabelecimentos municipais existentes, representam
apenas 8% (SEI, 2005).

Uma análise importante a ser feita em relação aos dados apresentados é que,
apesar da zona rural possuir 817 estabelecimentos a mais que a zona urbana,
86

responde por apenas 69% das matrículas iniciais. E, com um esforço maior para a
diminuição do analfabetismo infantil da zona rural, possui 722 (252%) mais docentes
que na zona urbana. De qualquer forma, mesmo que a alfabetização seja alta, a
escolaridade da população da região da Serra Geral ainda é pequena.

Tabela 17– Estado da Bahia – Região da Serra Geral – educação infantil – 2004

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO
ZONA
TIPOLOGIA QUANTIDADE MATRÍCULAS INICIAIS DOCENTES
Estadual 1 125 6
URBANA Municipal 117 10.439 476
Particular 40 2.042 154
Estadual - - -
RURAL Municipal 934 7.169 1.198
Particular 2 123 10
TOTAL 1.094 19.898 1.844

Fonte: SEI (2005).

Para o ensino fundamental, de acordo com os dados da Tabela 18, existem


na região da Serra Geral 1.698 estabelecimentos que ministram educação
fundamental, com 129.835 matrículas iniciais e 6.287 docentes. Esse número
representa apenas 4,22% no Estado. Assim, mesmo levando em consideração o
papel dos municípios no ensino fundamental, que concentram 93,29% desses
estabelecimentos, seria importante que o Estado também desempenhasse um papel
mais decisivo, contribuindo para a diminuição do analfabetismo para pessoas com
idade de até quinze anos.

Tabela 18 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – educação fundamental – 2004

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO FUNDAMENTAL


ZONA
TIPOLOGIA QUANTIDADE MATRÍCULAS INICIAIS DOCENTES
Estadual 70 18.994 790
URBANA Municipal 138 49.532 2.095
Particular 40 3.620 298
Estadual 2 243 8
RURAL Municipal 1.446 57.274 3.084
Particular 2 172 12
TOTAL 1.698 129.835 6.287

Fonte: SEI (2005).


87

No ensino médio, os dados da Tabela 19 demonstram que Serra Geral possui


73 estabelecimentos, com 31.377 matrículas iniciais e 1.146 docentes. A
concentração de escolas fica por conta da zona urbana, com 60 estabelecimentos
ou 82,19% do total. Conseqüentemente, a concentração de matrículas iniciais
também está na zona urbana, com 93,43% do total. Esses dados demonstram que a
zona rural tende a ficar prejudicada fazendo com que muitos jovens não concluam o
ensino médio por não possuírem condições de ir estudar na cidade.

Assim, no ano de 2000, como apenas 20,69% dos municípios da região da


Serra Geral se encontravam com um grau de urbanização superior a 50%, o
investimento em escolas de ensino médio na zona rural deve ser constante (BNDES,
2006).

Tabela 19 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – educação no ensino médio – 2004

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO MÉDIO


ZONA
TIPOLOGIA QUANTIDADE MATRÍCULAS INICIAIS DOCENTES
Federal 0 0 0
Estadual 36 25.321 762
URBANA
Municipal 15 3.252 175
Particular 9 742 96
Federal 1 219 10
Estadual 2 269 14
RURAL
Municipal 10 1.574 89
Particular 0 0 0
TOTAL 73 31.377 1.146

Fonte: SEI (2005).

Quanto à educação de jovens e adultos, existem 257 estabelecimentos os


quais empregam 755 docentes e matriculam 16.404 alunos, conforme a Tabela 20.
Vale ressaltar que, apesar de Caetité não ser o município com maior quantidade de
estabelecimentos para esta modalidade de educação, é o que possui maior número
de matrículas iniciais (17,27%) e de docentes (14,44%) em toda a região (SEI,
2005). Vale ressaltar, também, a importância das escolas particulares da zona rural,
que representam 68,48% do total na região. Esse, também, é mais um esforço na
contribuição da diminuição do número de analfabetos com mais de 15 anos de
idade.
88

Tabela 20 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – educação de jovens e adultos – 2004

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO PARA JOVENS E ADULTOS


ZONA
TIPOLOGIA QUANTIDADE MATRÍCULAS INICIAIS DOCENTES
Estadual 42 7.186 315
URBANA Municipal 38 4.297 211
Particular 1 20 5
Estadual 0 0 0
RURAL Municipal 0 4.901 224
Particular 176 0 0
TOTAL 257 16.404 755

Fonte: SEI (2005).

Para o ensino superior, a região da Serra Geral conta com três campi da
Universidade Estadual da Bahia (UNEB) em Guanambi, Brumado e Caetité e com
duas faculdades particulares (Guanambi e Brumado) que, juntas, oferecem 2.165
vagas, conforme as Tabelas 21 e 22 (SEI, 2005; UNEB, 2006; INSTITUTO
NACIONAL DE ESTUDOS E PESQUISAS EDUCACIONAIS ANÍSIO TEIXEIRA,
2006). Para uma população estimada em 2005 de 589.893 habitantes, esse número
representa 272 pessoas para cada vaga oferecida pelas respectivas instituições de
ensino.

A Uneb, em Guanambi, possui vagas para os cursos de Administração,


Enfermagem, Educação Física, Pedagogia e Educação Física, num total de 380
vagas por ano. Em Caetité, a Uneb oferece os cursos de Matemática, Letras,
Geografia e História, ofertando 185 vagas por ano. Em Brumado, a Uneb oferece
vagas para o curso de Licenciatura em Letras, num total de 60 vagas. O total de
vagas oferecidas pela rede estadual representa 26,56% de todas as vagas para
nível superior da região (Tabela 21).

A instituição de ensino superior (IES) em Guanambi – Faculdade de


Guanambi (FG) –, oferece cursos de Administração, Ciências Contábeis, Turismo,
Direito, Enfermagem e Normal Superior, com um total de 1.140 vagas por ano. Isso
representa 72% das vagas de instituições privadas e 52,66% de todas as vagas em
cursos de nível superior da região (Tabela 22).
89

Importante destacar que a Faculdade de Guanambi oferece incentivos aos


estudantes, tais como: Financiamento Estudantil (FIES), Programa Universidade
para Todos (PROUNI) e Faz Universitário (do Governo do Estado da Bahia). Esses
incentivos contribuem para que a população de baixa renda tenha acesso à
educação superior na região.

A Faculdade de Brumado oferece cursos de graduação tecnológica em


Tecnologia de Marketing em Vendas, Tecnologia em Gestão de Recursos Humanos
e Tecnologia em Gestão de Sistemas de Informação com um total de 450 vagas por
ano, ou seja, 28% das vagas em instituições particulares e 20,79% do total de vagas
ofertadas para nível superior da Região da Serra Geral (Tabela 22).

As Tabelas 23 a 34, apresentam os municípios e respectivos quantitativos de


estabelecimentos de ensino, docentes e matrículas das redes pública e privada e
das zonas urbana e rural, destacando os municípios de Caetité, Guanambi, Brumado
e Livramento de Nossa Senhora como os que apresentam melhores níveis
educacionais e, conseqüentemente, melhores índices de desenvolvimento.
90

Tabela 21 – Estado da Bahia – região da Serra Geral – vagas oferecidas por localização e cursos das faculdades que pertencem à estrutura das
Universidades Públicas – 2006

Vagas oferecidas Total de


Municípios IES Cursos
vagas
Diurno Noturno
7
Guanambi UNEB Administração - 50 50
8
Guanambi UNEB Enfermagem 30 - 30
9
Guanambi UNEB Educação Física 50 - 50
10
Guanambi UNEB Pedagogia – Habilitação Educação Infantil e Magistério - 50 50
11
Guanambi UNEB Pedagogia – Docência e Gestão de Processos Educativos 50 50 100
Pedagogia – Habilitação Magistério para Classes de
Guanambi UNEB 12 50 - 50
Alfabetização
13
Guanambi UNEB Educação Física 50 - 50
14
Caetité UNEB Ciências – Habilitação em Matemática - 35 35
15
Caetité UNEB Geografia 50 - 50
16
Caetité UNEB História - 40 40
17
Caetité UNEB Letras – Língua Portuguesa e Literaturas 35 35
18
Caetité UNEB Letras – Língua Inglesa e Literaturas 25 25
19
Brumado UNEB Letras – Língua Portuguesa e Literaturas 30 30 60
Total 370 255 625
Fonte: Uneb (2006).

7
Bacharelado.
8
Bacharelado.
9
Licenciatura plena, turno integral.
10
Licenciatura plena
11
Licenciatura plena
12
Licenciatura plena
13
Bacharelado
14
Licenciatura plena
15
Licenciatura plena
16
Licenciatura plena
17
Licenciatura plena
18
Licenciatura plena
19
Licenciatura plena
91

Tabela 22 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – instituições particulares de ensino superior – 2006

Vagas
autorizadas Total de
Municípios IES Cursos
vagas
Diurno Noturno
20
Guanambi Faculdade de Guanambi Administração Financeira 45 45 90
21
Guanambi Faculdade de Guanambi Gestão de Negócios 45 45 90
22
Guanambi Faculdade de Guanambi Gestão de Sistemas de Informação 45 45 90
23
Guanambi Faculdade de Guanambi Ciências Contábeis 90 90 180
24
Guanambi Faculdade de Guanambi Direito 100 100 200
25
Guanambi Faculdade de Guanambi Enfermagem 200 - 200
26
Guanambi Faculdade de Guanambi Normal Superior - Magistério da Educação Infantil 50 50 100
Normal Superior – Magistério Anos Iniciais Ensino
Guanambi Faculdade de Guanambi 27 50 50 100
Fundamental
28
Guanambi Faculdade de Guanambi Turismo Licenciado 45 45 90
29
Brumado Faculdade de Tecnologia de Brumado (FAB) Superior de Tecnologia de Marketing em Vendas 50 100 150
Superior de Tecnologia em Gestão de Recursos
Brumado FAB 30 50 100 150
Humanos
Superior de Tecnologia em Gestão de Sistemas de
Brumado FAB 31 50 100 150
Informação
Total 820 770 1.590

Fonte: Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa Educacionais Anísio Teixeira (INEP, 2006).

20
Bacharelado.
21
Bacharelado.
22
Bacharelado.
23
Bacharelado
24
Bacharelado.
25
Bacharelado.
26
Licenciatura plena.
27
Licenciatura plena.
28
Bacharelado.
29
Tecnólogo.
30
Tecnólogo.
31
Tecnólogo.
92

Tabela 23 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – estabelecimentos que ministram a educação infantil – 2004

Número de Estabelecimentos
Estado da Bahia, Região
Urbana Rural
Econômica e Municípios Total
Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular
Estado da Bahia 13.572 - 64 2.387 1.879 - 3 9.197 42
Serra Geral 1.094 - 1 117 40 - - 934 2
Aracatu 43 - - 5 - - - 38 -
Brumado 32 - - 14 8 - - 9 1
Caculé 34 - - 10 1 - - 23 -
Caetité 134 - - 9 4 - - 121 -
Candiba 20 - - 4 - - - 16 -
Condeúba 58 - - 2 1 - - 55 -
Contendas do Sincorá 12 - - 1 - - - 11 -
Cordeiros 23 - - 2 - - - 21 -
Dom Basílio 50 - - 1 1 - - 48 -
Guajeru 3 - - 1 1 - - 1 -
Guanambi 113 - 1 22 14 - - 76 -
Ibiassucê 26 - - - - - - 26 -
Igaporã 18 - - 1 1 - - 16 -
Ituaçu 4 - - 2 - - - 2 -
Jacaraci 34 - - 5 - - - 29 -
Lagoa Real 4 - - 1 - - - 3 -
Licínio de Almeida 42 - - 4 - - - 38 -
Livramento de Nossa Senhora 15 - - 5 2 - - 8 -
Maetinga 1 - - 1 - - - - -
Malhada de Pedras 26 - - 1 - - - 25 -
Mortugaba 35 - - 3 1 - - 31 -
Palmas de Monte Alto 66 - - 5 2 - - 59 -
Pindaí 58 - - 5 1 - - 51 1
Piripá 2 - - - - - - 2 -
Presidente Jânio Quadros 52 - - 1 - - - 51 -
Rio do Antônio 39 - - 2 - - - 37 -
Sebastião Laranjeiras 28 - - 2 - - - 26 -
Tanhaçu 76 - - 5 3 - - 68 -
Urandi 46 - - 3 - - - 43 -

Fonte: SEI (2005).


93

Tabela 24 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – matrícula inicial na educação infantil – 2004

Matrícula Inicial
Estado da Bahia, Região Urbana Rural
Econômica e Municípios Total
Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular
Estado da Bahia 478.278 - 8.283 210.199 120.652 - 219 136.495 2.430
Serra Geral 19.898 - 125 10.439 2.042 - - 7.169 123
Aracatu 483 - - 223 - - - 260 -
Brumado 2.127 - - 1.241 536 - - 277 73
Caculé 744 - - 622 11 - - 111 -
Caetité 1.959 - - 933 192 - - 834 -
Candiba 438 - - 336 - - - 102 -
Condeúba 800 - - 360 37 - - 403 -
Contendas do Sincorá 182 - - 126 - - - 56 -
Cordeiros 417 - - 318 - - - 99 -
Dom Basílio 517 - - 111 34 - - 372 -
Guajeru 146 - - 116 18 - - 12 -
Guanambi 3.492 - 125 2.176 832 - - 359 -
Ibiassucê 241 - - - - - - 241 -
Igaporã 771 - - 453 64 - - 254 -
Ituaçu 208 - - 171 - - - 37 -
Jacaraci 551 - - 339 - - - 212 -
Lagoa Real 129 - - 60 - - - 69 -
Licínio de Almeida 540 - - 276 - - - 264 -
Livramento de Nossa Senhora 918 - - 442 91 - - 385 -
Maetinga 117 - - 117 - - - - -
Malhada de Pedras 155 - - 67 - - - 88 -
Mortugaba 422 - - 238 50 - - 134 -
Palmas de Monte Alto 456 - - 203 47 - - 206 -
Pindaí 620 - - 258 52 - - 260 50
Piripá 373 - - - - - - 373 -
Presidente Jânio Quadros 431 - - 172 - - - 259 -
Rio do Antônio 404 - - 154 - - - 250 -
Sebastião Laranjeiras 435 - - 147 - - - 288 -
Tanhaçu 1.018 - - 395 78 - - 545 -
Urandi 804 - - 385 - - - 419 -

Fonte: SEI (2005).


94

Tabela 25 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – docentes em exercício na educação infantil e classes de alfabetização – 2003

Estado da Bahia, Região Número de Docentes


Econômica e Municípios Total Urbana Rural
Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular
Estado da Bahia 30.258 - 461 9.061 7.473 - 37 13.069 157
Serra Geral 1.844 - 6 476 154 - - 1.198 10
Aracatu 117 - - 12 - - - 105 -
Brumado 107 - - 59 28 - - 16 4
Caculé 49 - - 26 4 - - 19 -
Caetité 75 - 1 42 18 - - 14 -
Candiba 35 - - 16 - - - 19 -
Condeúba 135 - - 15 3 - - 117 -
Contendas do Sincorá 22 - - 11 - - - 11 -
Cordeiros 42 - - 19 - - - 23 -
Dom Basílio 91 - - 6 2 - - 83 -
Guajeru 4 - - 4 - - - - -
Guanambi 203 - 4 69 57 - - 73 -
Ibiassucê 19 - - 6 - - - 13 -
Igaporã 42 - - 19 4 - - 19 -
Ituaçu 26 - - 23 - - - 3 -
Jacaraci 44 - - 9 - - - 35 -
Lagoa Real 4 - - 2 - - - 2 -
Licínio de Almeida 124 - 1 22 - - - 101 -
Livramento de Nossa 68 - - 23 15 - - 30 -
Maetinga 7 - - 1 - - - 6 -
Malhada de Pedras 59 - - 8 - - - 51 -
Mortugaba 72 - - 17 5 - - 50 -
Palmas de Monte Alto 78 - - 12 4 - - 62 -
Pindaí 82 - - 17 3 - - 56 6
Piripá 16 - - - - - - 16 -
Presidente Jânio Quadros 63 - - - - - - 63 -
Rio do Antônio 54 - - 4 - - - 50 -
Sebastião Laranjeiras 35 - - 5 - - - 30 -
Tanhaçu 158 - - 17 11 - - 130 -
Urandi 13 - - 12 - - - 1 -

Fonte: SEI (2005).


95

Tabela 26 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – estabelecimentos que ministram ensino fundamental – 2004

Número de Estabelecimentos
Estado da Bahia, Região
Econômica e Municípios Urbana Rural
Total
Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular
Estado da Bahia 22.381 1 1.420 3.401 1.592 - 106 15.810 51
Serra Geral 1.718 0 70 138 40 0 2 1.466 2
Aracatu 68 - 1 6 - - - 61 -
Brumado 79 - 8 12 8 - 1 50 -
Caculé 47 - 3 8 1 - - 34 1
Caetité 154 - 5 8 6 - - 135 -
Candiba 22 - 3 3 - - - 16 -
Condeúba 60 - 1 2 1 - - 56 -
Contendas do Sincorá 16 - 2 3 - - - 11 -
Cordeiros 30 - 1 2 - - - 27 -
Dom Basílio 56 - - 1 1 - - 54 -
Guajeru 10 - 1 2 1 - - 6 -
Guanambi 124 - 11 22 13 - - 78 -
Ibiassucê 33 - 2 1 - - - 30 -
Igaporã 31 - 2 6 1 - - 22 -
Ituaçu 81 - 1 5 - - - 75 -
Jacaraci 36 - 2 6 - - - 28 -
Lagoa Real 51 - 1 4 - - - 46 -
Licínio de Almeida 50 - 3 3 - - 1 43 -
Livramento de Nossa Senhora 140 - 5 4 2 - - 129 -
Maetinga 34 - 1 1 - - - 32 -
Malhada de Pedras 35 - - 3 - - - 32 -
Mortugaba 46 - 1 7 1 - - 36 1
Palmas de Monte Alto 88 - 2 6 2 - - 78 -
Pindaí 72 - 2 6 1 - - 63 -
Piripá 54 - 1 2 - - - 51 -
Presidente Jânio Quadros 75 - 1 2 - - - 72 -
Rio do Antônio 50 - 2 4 - - - 44 -
Sebastião Laranjeiras 31 - 2 2 - - - 27 -
Tanhaçu 85 - 2 6 2 - - 75 -
Urandi 60 - 4 1 - - - 55 -

Fonte: SEI (2005).


96

Tabela 27 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – matrícula inicial no ensino fundamental – 2004
Matrícula inicial
Estado da Bahia, Região Matrícula Urbana Rural
Econômica e Municípios inicial
Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular
Estado da Bahia 3.079.584 477 606.875 1.218.520 192.158 - 19.042 1.038.967 3.545
Serra Geral 129.835 - 18.994 49.532 3.620 - 243 57.274 172
Aracatu 4.169 - 298 853 - - - 3.018 -
Brumado 13.795 - 1.838 5.840 940 - 123 5.054 -
Caculé 4.571 - 989 2.280 105 - - 1.120 77
Caetité 10.101 - 1.967 2.021 481 - - 5.632 -
Candiba 2.577 - 837 1.503 - - - 237 -
Condeúba 4.244 - 403 1.723 26 - - 2.092 -
Contendas do Sincorá 1.053 - 355 454 - - - 244 -
Cordeiros 2.057 - 132 1.075 - - - 850 -
Dom Basílio 2.143 - - 331 31 - - 1.781 -
Guajeru 1.977 - 428 685 54 - - 810 -
Guanambi 15.956 - 4.335 8.545 1.461 - - 1.615 -
Ibiassucê 2.048 - 461 960 - - - 627 -
Igaporã 3.671 - 591 762 124 - - 2.194 -
Ituaçu 4.562 - 81 1.684 - - - 2.797 -
Jacaraci 2.532 - 361 1.447 - - - 724 -
Lagoa Real 3.430 - 90 1.385 - - - 1.955 -
Licínio de Almeida 2.878 - 618 907 - - 120 1.233 -
Livramento de Nossa Senhora 8.597 - 1.661 1.422 207 - - 5.307 -
Maetinga 2.978 - 48 1.678 - - - 1.252 -
Malhada de Pedras 2.082 - - 1.142 - - - 940 -
Mortugaba 2.816 - 396 1.190 11 - - 1.124 95
Palmas de Monte Alto 5.500 - 310 2.193 80 - - 2.917 -
Pindaí 3.891 - 403 2.182 34 - - 1.272 -
Piripá 3.824 - 75 1.172 - - - 2.577 -
Presidente Jânio Quadros 2.999 - 187 1.446 - - - 1.366 -
Rio do Antônio 3.146 - 428 1.401 - - - 1.317 -
Sebastião Laranjeiras 3.093 - 503 706 - - - 1.884 -
Tanhaçu 5.472 - 324 2.373 66 - - 2.709 -
Urandi 3.673 - 875 172 - - - 2.626 -

Fonte: SEI (2005).


97

Tabela 28 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – docentes em exercício no ensino fundamental – 2004
Número de Docentes
Estado da Bahia, Região Urbana Rural
Total
Econômica e Municípios
Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular
Estado da Bahia 131.561 56 24.831 45.699 14.039 - 956 45.715 265
Serra Geral 6.287 - 790 2.095 298 - 8 3.084 12
Aracatu 196 - 12 48 - - - 136 -
Brumado 588 - 88 230 62 - 6 202 -
Caculé 220 - 46 93 19 - - 56 6
Caetité 539 - 95 72 46 - - 326 -
Candiba 119 - 26 71 - - - 22 -
Condeúba 197 - 19 82 4 - - 92 -
Contendas do Sincorá 49 - 12 21 - - - 16 -
Cordeiros 101 - 4 52 - - - 45 -
Dom Basílio 150 - - 17 4 - - 129 -
Guajeru 111 - 27 31 1 - - 52 -
Guanambi 669 - 152 313 113 - - 91 -
Ibiassucê 79 - 12 33 - - - 34 -
Igaporã 209 - 27 43 11 - - 128 -
Ituaçu 237 - 12 79 - - - 146 -
Jacaraci 164 - 14 86 - - - 64 -
Lagoa Real 177 - 10 65 - - - 102 -
Licínio de Almeida 173 - 31 44 - - 2 96 -
Livramento de Nossa Senhora 400 - 67 53 16 - - 264 -
Maetinga 86 - 1 37 - - - 48 -
Malhada de Pedras 103 - - 62 - - - 41 -
Mortugaba 150 - 19 62 2 - - 61 6
Palmas de Monte Alto 266 - 11 82 7 - - 166 -
Pindaí 211 - 17 97 3 - - 94 -
Piripá 150 - 4 35 - - - 111 -
Presidente Jânio Quadros 132 - 5 48 - - - 79 -
Rio do Antônio 170 - 24 62 - - - 84 -
Sebastião Laranjeiras 197 - 18 65 - - - 114 -
Tanhaçu 269 - 7 105 10 - - 147 -
Urandi 175 - 30 7 - - - 138 -
Fonte: SEI (2005).
98

Tabela 29 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – estabelecimentos que ministram ensino médio – 2004

Número de Docentes
Estado da Bahia, Região Urbana Rural
Total
Econômica e Municípios
Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular
Estado da Bahia 1.490 9 786 152 358 4 52 121 8
Serra Geral 73 - 36 15 9 1 2 10 -
Aracatu 2 - 1 1 - - - - -
Brumado 6 - 3 - 3 - - - -
Caculé 1 - 1 - - - - - -
Caetité 4 - 2 - 1 - 1 - -
Candiba 2 - 1 1 - - - - -
Condeúba 2 - 1 - - - - 1 -
Contendas do Sincorá 1 - - 1 - - - - -
Cordeiros 1 - 1 - - - - - -
Dom Basílio 2 - 1 1 - - - - -
Guajeru 1 - 1 - - - - - -
Guanambi 11 - 4 2 4 1 - - -
Ibiassucê 1 - 1 - - - - - -
Igaporã 1 - 1 - - - - - -
Ituaçu 3 - 1 - - - - 2 -
Jacaraci 2 - 1 1 - - - - -
Lagoa Real 2 - 1 1 - - - - -
Licínio de Almeida 3 - 1 - - - 1 1 -
Livramento de Nossa Senhora 9 - 2 - 1 - - 6 -
Maetinga 2 - 1 1 - - - - -
Malhada de Pedras 1 - 1 - - - - - -
Mortugaba 1 - 1 - - - - - -
Palmas de Monte Alto 2 - 1 1 - - - - -
Pindaí 3 - 1 2 - - - - -
Piripá 1 - 1 - - - - - -
Presidente Jânio Quadros 2 - 1 1 - - - - -
Rio do Antônio 2 - 2 - - - - - -
Sebastião Laranjeiras 2 - 1 1 - - - - -
Tanhaçu 2 - 1 1 - - - - -
Urandi 1 - 1 - - - - - -

Fonte: SEI (2005).


99

Tabela 30 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – matrícula inicial no ensino médio – 2004

Matrícula inicial
Estado da Bahia, Região Urbana Rural
Total
Econômica e Municípios
Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular
Estado da Bahia 744.301 3.040 617.922 35.404 53.047 848 13.900 19.221 919
Serra Geral 31.377 - 25.321 3.252 742 219 269 1.574 -
Aracatu 716 - 678 38 - - - - -
Brumado 4.571 - 4.297 - 274 - - - -
Caculé 985 - 985 - - - - - -
Caetité 2.103 - 1.808 - 192 - 103 - -
Candiba 634 - 566 68 - - - - -
Condeúba 1.049 - 948 - - - - 101 -
Contendas do Sincorá 227 - - 227 - - - - -
Cordeiros 580 - 580 - - - - - -
Dom Basílio 577 - 406 171 - - - - -
Guajeru 396 - 396 - - - - - -
Guanambi 5.379 - 4.387 558 215 219 - - -
Ibiassucê 502 - 502 - - - - - -
Igaporã 786 - 786 - - - - - -
Ituaçu 1.113 - 732 - - - - 381 -
Jacaraci 663 - 106 557 - - - - -
Lagoa Real 606 - 102 504 - - - - -
Licínio de Almeida 709 - 396 - - - 166 147 -
Livramento de Nossa Senhora 2.215 - 1.209 - 61 - - 945 -
Maetinga 351 - 109 242 - - - - -
Malhada de Pedras 435 - 435 - - - - - -
Mortugaba 725 - 725 - - - - - -
Palmas de Monte Alto 868 - 806 62 - - - - -
Pindaí 1.034 - 779 255 - - - - -
Piripá 755 - 755 - - - - - -
Presidente Jânio Quadros 656 - 553 103 - - - - -
Rio do Antônio 469 - 469 - - - - - -
Sebastião Laranjeiras 576 - 380 196 - - - - -
Tanhaçu 1.111 - 840 271 - - - - -
Urandi 586 - 586 - - - - - -
Fonte: SEI (2005).
100

Tabela 31 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – docentes em exercício no ensino médio regular e médio profissionalizante – 2003

Número de Docentes
Estado da Bahia, Região
Total Urbana Rural
Econômica e Municípios
Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular
Estado da Bahia 30.105 309 21.114 1.877 5.155 46 528 969 107
Serra Geral 1.146 - 762 175 96 10 14 89 -
Aracatu 24 - 17 7 - - - - -
Brumado 158 - 124 - 34 - - - -
Caculé 49 - 49 - - - - - -
Caetité 74 - 48 - 26 - - - -
Candiba 24 - 15 9 - - - - -
Condeúba 38 - 30 - - - - 8 -
Contendas do Sincorá 8 - - 8 - - - - -
Cordeiros 16 - 9 7 - - - - -
Dom Basílio 18 - 9 9 - - - - -
Guajeru 23 - 23 - - - - - -
Guanambi 225 - 170 20 25 10 - - -
Ibiassucê 13 - 13 - - - - - -
Igaporã 15 - 15 - - - - - -
Ituaçu 8 - 8 - - - - - -
Jacaraci 24 - - 24 - - - - -
Lagoa Real 18 - 10 8 - - - - -
Licínio de Almeida 64 - 26 - - - 14 24 -
Livramento de Nossa Senhora 92 - 24 - 11 - - 57 -
Maetinga 12 - - 12 - - - - -
Malhada de Pedras 11 - - 11 - - - - -
Mortugaba 36 - 36 - - - - - -
Palmas de Monte Alto 28 - 18 10 - - - - -
Pindaí 16 - 16 - - - - - -
Piripá 18 - 18 - - - - - -
Presidente Jânio Quadros 29 - 17 12 - - - - -
Rio do Antônio 38 - 30 8 - - - - -
Sebastião Laranjeiras 28 - 10 18 - - - - -
Tanhaçu 30 - 18 12 - - - - -
Urandi 9 - 9 - - - - - -

Fonte: SEI (2005).


101

Tabela 32 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – estabelecimentos que ministram a educação de jovens e adultos – 2004
Número de Estabelecimentos
Estado da Bahia, Região Econômica Urbana Rural
Total
e Municípios
Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular
Estado da Bahia 4.228 - 988 1.070 22 - 41 2.104 3
Serra Geral 257 - 42 38 1 - - 176 -
Aracatu 10 - - - - - - 10 -
Brumado 5 - 4 1 - - - - -
Caculé 5 - 2 3 - - - - -
Caetité 35 - 4 5 - - - 26 -
Candiba 1 - 1 - - - - - -
Condeúba 2 - 1 1 - - - - -
Contendas do Sincorá - - - - - - - - -
Cordeiros 6 - 1 - - - - 5 -
Dom Basílio 41 - - 1 - - - 40 -
Guajeru 2 - 1 1 - - - - -
Guanambi 12 - 7 4 1 - - - -
Ibiassucê 1 - 1 - - - - - -
Igaporã 19 - 2 5 - - - 12 -
Ituaçu 22 - - 1 - - - 21 -
Jacaraci 4 - 1 3 - - - - -
Lagoa Real 1 - 1 - - - - - -
Licínio de Almeida 11 - 1 2 - - - 8 -
Livramento de Nossa Senhora 2 - 2 - - - - - -
Maetinga - - - - - - - - -
Malhada de Pedras 2 - - 2 - - - - -
Mortugaba 11 - 2 2 - - - 7 -
Palmas de Monte Alto 4 - 2 2 - - - - -
Pindaí 1 - 1 - - - - - -
Piripá 1 - 1 - - - - - -
Presidente Jânio Quadros - - - - - - - - -
Rio do Antônio 4 - 2 1 - - - 1 -
Sebastião Laranjeiras 1 - 1 - - - - - -
Tanhaçu 48 - 2 4 - - - 42 -
Urandi 6 - 2 - - - - 4 -

Fonte: SEI (2005).


102

Tabela 33 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – matrícula inicial na educação de jovens e adultos – 2004
Matrícula inicial
Estado da Bahia, Região Urbana Rural
Total
Econômica e Municípios
Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular

Estado da Bahia 510.058 - 311.564 118.617 2.841 - 4.851 72.052 133


Serra Geral 16.404 - 7.186 4.297 20 - - 4.901 -
Aracatu 203 - - - - - - 203 -
Brumado 779 - 601 178 - - - - -
Caculé 937 - 470 467 - - - - -
Caetité 2.833 - 1.449 535 - - - 849 -
Candiba 50 - 50 - - - - - -
Condeúba 370 - 275 95 - - - - -
Contendas do Sincorá - - - - - - - - -
Cordeiros 144 - 36 - - - - 108 -
Dom Basílio 987 - - 89 - - - 898 -
Guajeru 77 - 65 12 - - - - -
Guanambi 1.805 - 1.388 397 20 - - - -
Ibiassucê 21 - 21 - - - - - -
Igaporã 1.216 - 364 340 - - - 512 -
Ituaçu 908 - - 321 - - - 587 -
Jacaraci 199 - 92 107 - - - - -
Lagoa Real 20 - 20 - - - - - -
Licínio de Almeida 538 - 305 62 - - - 171 -
Livramento de Nossa Senhora 463 - 463 - - - - - -
Maetinga - - - - - - - - -
Malhada de Pedras 500 - - 500 - - - - -
Mortugaba 692 - 292 220 - - - 180 -
Palmas de Monte Alto 602 - 222 380 - - - - -
Pindaí 165 - 165 - - - - - -
Piripá 99 - 99 - - - - - -
Presidente Jânio Quadros - - - - - - - - -
Rio do Antônio 531 - 450 67 - - - 14 -
Sebastião Laranjeiras 54 - 54 - - - - - -
Tanhaçu 1.927 - 78 527 - - - 1.322 -
Urandi 284 - 227 - - - - 57 -
Fonte: SEI (2005).
103

Tabela 34 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – docentes em exercício na educação de jovens e adultos – 2004
Número de Docentes
Estado da Bahia, Região Total Urbana Rural
Econômica e Municípios
Federal Estadual Municipal Particular Federal Estadual Municipal Particular
Estado da Bahia 19.130 - 10.538 4.749 169 - 253 3.415 6
Serra Geral 755 - 315 211 5 - - 224 -
Aracatu 10 - - - - - - 10 -
Brumado 31 - 24 7 - - - - -
Caculé 38 - 22 16 - - - - -
Caetité 109 - 53 20 - - - 36 -
Candiba 2 - 2 - - - - - -
Condeúba 15 - 11 4 - - - - -
Contendas do Sincorá - - - - - - - - -
Cordeiros 7 - 2 - - - - 5 -
Dom Basílio 48 - - 6 - - - 42 -
Guajeru 9 - 7 2 - - - - -
Guanambi 90 - 42 43 5 - - - -
Ibiassucê 1 - 1 - - - - - -
Igaporã 65 - 25 18 - - - 22 -
Ituaçu 36 - - 14 - - - 22 -
Jacaraci 11 - 3 8 - - - - -
Lagoa Real 5 - 5 - - - - - -
Licínio de Almeida 28 - 17 3 - - - 8 -
Livramento de Nossa Senhora 14 - 14 - - - - - -
Maetinga - - - - - - - - -
Malhada de Pedras 20 - - 20 - - - - -
Mortugaba 34 - 14 11 - - - 9 -
Palmas de Monte Alto 17 - 6 11 - - - - -
Pindaí 7 - 7 - - - - - -
Piripá 5 - 5 - - - - - -
Presidente Jânio Quadros - - - - - - - - -
Rio do Antônio 37 - 34 2 - - - 1 -
Sebastião Laranjeiras 2 - 2 - - - - - -
Tanhaçu 94 - 3 26 - - - 65 -
Urandi 20 - 16 - - - - 4 -

Fonte: SEI (2005).


104

1.1.1.9. 3.4.2.3 Saúde e saneamento

Quanto à saúde e ao saneamento, em 2004, de acordo com os dados da SEI


(2006a), os municípios da Serra Geral que possuíam maior quantidade de
estabelecimentos de saúde eram os de Guanambi (28), Livramento de Nossa
Senhora (24), Brumado (22) e Caetité (17), representando 46,91% de todos os
estabelecimentos de saúde da região. Em relação à quantidade de leitos
hospitalares, a região possui, ao todo, 970 leitos sendo que, 88,87% estão
disponíveis ao Sistema Único de Saúde (SUS). Guanambi lidera com 238, sendo
85,29% disponíveis ao SUS. A seguir, vem Caetité, com 119 leitos, sendo 90,76%
disponíveis ao SUS e, Brumado, com 114, sendo 73,68% disponíveis ao SUS.
Assim, juntos esses três municípios representam 48,56% do total de leitos
hospitalares disponíveis em Serra Geral. Esse número mostra que existem 608
pessoas para cada leito hospitalar, número muito elevado levando-se em
consideração uma população regional de 589.893 habitantes.

É importante ressaltar que a Organização Mundial de Saúde (OMS) e a


Organização Pan-americana da Saúde (OPAS) não recomendam nem estabelecem
taxas ideais de leitos por habitante a serem seguidas e cumpridas por seus países-
membros e, tampouco, definem ou recomendam o número desejável de profissionais
de saúde bem como da duração das consultas médicas (OPAS, 2003).

A OMS define apenas padrões ‘duros’, ou seja, para os quais existe


evidência inquestionável, demonstrada por pesquisa, e reprodutível em
qualquer tempo e lugar. Em determinadas situações, podem ser
estabelecidas ‘metas’, ou seja, objetivos quantificados ou qualificados que
devem ser alcançados, em determinado tempo ou lugar, em função de um
projeto (OPAS, 2003).

Por concentrarem mais estabelecimentos de saúde e, conseqüentemente,


mais leitos hospitalares, os municípios de Guanambi, Caetité, Brumado e Livramento
de Nossa Senhora são os que mais possuem óbitos hospitalares, com uma média
em 2002-2003 de 48,45% de óbitos masculinos e 50,34% de óbitos femininos (SEI,
2006a).
105

Quatorze municípios (Dom Basílio, Tanhaçu, Condeúba, Lagoa Real, Rio do


Antônio, Aracatu, Presidente Jânio Quadros, Piripá, Contendas do Sincorá,
Cordeiros, Licínio de Almeida, Malhada de Pedras, Maetinga e Guajeru), apesar de
possuírem estabelecimentos de saúde, não possuem leitos hospitalares disponíveis
ao SUS, fazendo com que a população, quando precisa desse serviço, tenha que se
deslocar para outros municípios com uma melhor estrutura. Geralmente, a
população de baixa renda é a que mais necessita e a que menos condições possui
para esses deslocamentos, levando as prefeituras municipais a serem as
responsáveis diretamente pelo transporte de pacientes para outros municípios e, em
alguns casos, até para outros Estados (SEI, 2005).

Em 2004, os municípios com maiores números de servidores estaduais da


área de saúde são Brumado (84), Livramento de Nossa Senhora (68), Guanambi
(63) e Caetité (56). Juntos, respondem por 66,26% de todos os profissionais
estaduais de saúde da Região (SEI, 2006b).

Quanto à mortalidade infantil, de acordo com a Tabela 5, o município com


maior índice é o de Contendas do Sincorá, com uma taxa de 60,4 mortes para cada
1.000 crianças nascidas vivas. Os dois municípios com menores taxas são
Livramento de Nossa Senhora e Dom Basílio, com uma taxa de 26,4 mortes para
cada 1.000 crianças nascidas vivas. Esse é um importante indicador a ser
trabalhado pelo Poder Público, uma vez que é refletido no IDH-M e, levando-se em
consideração que a medicina deu um grande salto nos últimos anos, é inconcebível
que ainda existam altas taxas de mortalidade infantil em muitos municípios
brasileiros.

A mortalidade de crianças com menos de um ano de vida, mais do que a de


jovens e adolescentes, indica mais adequadamente as condições socioeconômicas
e de saúde de determinada população. A mortalidade infantil reflete não apenas os
aspectos relacionados à manutenção da saúde, como também a qualidade do
serviço oferecido à gestante, ao parto e às crianças. Se não houver hospitais com
leitos e um número adequado de profissionais para esse serviço, a taxa de
mortalidade em geral tende a ser mais alta. Assim, levando-se em consideração que
106

a média do Brasil, em 2000, era de 27,23 mortes para cada 1.000 crianças nascidas
vivas, a média da região da Serra Geral no mesmo período estava acima desse
número, indicando baixa qualidade de vida em todos os municípios (MINISTÉRIO
DA SAÚDE, 2006b).

Vale ressaltar que esse indicador reflete também a ocorrência de doenças em


geral, em especial as infecciosas, a quantidade e a qualidade da alimentação
disponível e as condições gerais de saneamento básico, especialmente água
encanada, rede de esgoto e coleta de lixo.

Assim, a região da Serra Geral tem uma média de 93,22% de municípios com
água encanada, 23,05% com esgotamento sanitário e 80,39% com coleta de lixo
(Tabela 35). Desses dados, é importante destacar que as prefeituras devem dar
prioridade ao esgotamento sanitário, uma vez que somente Caculé, Brumado,
Sebastião Laranjeiras, Maetinga e Guanambi, possuem mais de 50% dos domicílios
com esgotamento sanitário (BNDES, 2006).

No que diz respeito às despesas municipais referentes à saúde pública, a


Figura 3 apresenta evolução nos números e um crescimento de 97% do orçamento
público em saúde nos 29 municípios da Serra Geral. No período analisado de 2000
a 2003, o município de Cordeiros aumentou seu gasto público com saúde em
393,87%, sendo este, o maior aumento na região da Serra Geral. Com mais de
200% de aumento, destaque também para os municípios de Guanambi, Livramento
de Nossa Senhora, Caetité, Condeúba e Lagoa Real. Outro destaque para os que
menos investiram em saúde nesses quatro anos de análise: Aracatu, com um
aumento de apenas 6,05% e Brumado, com uma taxa de crescimento negativa de
0,6% (Tabela 36).
107

Tabela 35 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – situação de domicílios com água encanada,
esgoto sanitário e coleta de lixo – 2000

Município Com água Com esgoto sanitário Com coleta de lixo

Aracatu 88,70 23,80 85,50


Brumado 95,40 75,60 95,20
Caculé 98,70 89,90 91,20
Caetité 97,20 36,10 80,70
Candiba 97,20 0,80 91,10
Condeúba 96,00 2,70 88,50
Contendas do Sincorá 97,30 2,30 54,30
Cordeiros 94,70 0,40 86,50
Dom Basílio 99,20 0,80 98,40
Guajeru 95,10 1,00 88,00
Guanambi 96,30 50,40 89,70
Ibiassucê 98,70 0,70 81,00
Igaporã 95,70 32,50 96,10
Ituaçu 97,50 9,50 82,30
Jacaraci 77,40 15,90 85,80
Lagoa Real 97,70 2,50 80,00
Licínio de Almeida 79,30 1,30 47,80
Livramento de Nossa Senhora 63,60 47,10 81,10
Maetinga 94,90 60,00 87,20
Malhada de Pedras 93,40 13,30 88,00
Mortugaba 93,30 1,70 85,80
Palmas de Monte Alto 88,60 0,60 74,90
Pindaí 88,20 11,00 40,10
Piripá 95,60 2,80 93,10
Presidente Jânio Quadros 93,10 43,30 93,60
Rio do Antônio 97,60 5,20 57,80
Sebastião Laranjeiras 98,80 69,60 38,90
Tanhaçu 98,50 31,10 95,40
Urandi 95,70 36,50 73,30

Fonte: BNDES (2006).


108

2 .0 0 0 .0 0 0
1 .8 0 0 .0 0 0
1 .6 0 0 .0 0 0
Despesa total (R$)

1 .4 0 0 .0 0 0
1 .2 0 0 .0 0 0
1 .0 0 0 .0 0 0
8 0 0 .0 0 0
6 0 0 .0 0 0
4 0 0 .0 0 0
2 0 0 .0 0 0
0
2000 2001 2002 2003

Pe r ío d o

Figura 3 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – gráfico das despesas totais com saúde (em
R$) – 2000 a 2003

Fonte: Ministério da Saúde (2006a).

Tabela 36 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – despesas totais médias com saúde (Em R$)
– 2000 a 2003
(continua)
Município 2000 2001 2002 2003
Serra Geral (média) 931.547 1.123.269 1.501.932 1.833.449
Aracatu 1.001.618 858.038 913.027 1.062.215
Brumado 4.353.010 3.362.169 3.916.732 4.328.284
Caculé 892.087 1.049.706 1.442.880 1.508.373
Caetité 1.424.581 1.745.585 2.367.650 5.063.934
Candiba 614.290 557.453 640.460 738.864
Condeúba 654.143 968.794 2.008.824 2.205.320
Contendas do Sincorá 358.080 369.227 428.798 483.749
Cordeiros 239.154 443.228 672.794 1.181.114
Dom Basílio 667.200 798.602 1.362.221 1.483.526
Guajeru 413.625 490.890 747.707 1.176.692
Guanambi 936.051 2.945.617 3.528.242 3.726.005
Ibiassucê 1.339.879 1.474.324 1.736.166 2.025.735
Igaporã 980.044 1.026.680 1.477.034 1.821.574
Ituaçu 1.004.351 1.452.988 2.386.950 2.299.604
Jacaraci 921.575 1.299.194 1.368.716 1.696.273
Lagoa Real 446.897 880.641 1.108.893 1.429.941
Licínio de Almeida 767.783 842.632 1.192.278 1.119.715
Livramento N. Senhora 1.139.378 1.445.091 2.893.268 4.125.011
109

Tabela 36 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – despesas totais médias com
saúde (Em R$) – 2000 a 2003

(conclusão)
Município 2000 2001 2002 2003
Maetinga 775.137 1.195.014 845.620 1.228.306
Malhada de Pedras 690.300 466.522 868.147 935.525
Mortugaba 716.805 793.041 1.139.892 1.049.135
Palmas de Monte Alto 1.196.094 1.295.621 1.641.793 1.612.893
Pindaí 731.416 746.724 1.126.143 1.374.399
Piripá 542.755 793.000 863.641 1.483.503
Presidente Jânio Quadros 972.303 1.631.646 1.727.440 2.095.214
Rio do Antônio 830.367 703.844 975.183 1.512.129
Sebastião Laranjeiras 472.438 636.613 841.929 837.638
Tanhaçu 930.471 1.070.730 1.906.013 1.904.737
Urandi 1.003.046 1.231.185 1.427.596 1.660.622

Fonte: Ministério da Saúde (2006a).

Apesar do estímulo trazido ao setor de saúde nesses anos de crescimento no


volume de recursos gastos, é necessário fazer inversões e reordenamentos
profundos na máquina burocrática dos setores sociais que sejam capazes de dar
continuidade, de forma complementar, a uma política econômica que garanta a
construção de uma sociedade mais equânime nos frutos de seu desenvolvimento.
Isto requer a estruturação de fontes de financiamento compatíveis com a
complexidade dada pelos limites do crescimento e com as metas de redistribuição e
universalização que se almeja alcançar.

Os limites do crescimento estão dados pelas variáveis macroeconômicas,


pelo ajustamento interno e pelo ajustamento externo em face das perspectivas
dadas pela dinâmica da economia internacional. As metas de redistribuição e
universalização, no caso do setor saúde, envolvem a construção de um sistema
unificado e descentralizado que proporcione, à população da Serra Geral, um
atendimento integral, regionalizado e hierarquizado e com capacidade resolutiva. Tal
desafio requer, não só recursos maiores e estáveis fontes de financiamento, como
também sua correta distribuição intergovernamental.

Para os casos de mortalidade em geral, observa-se a incidência de doenças


do aparelho respiratório, neoplasias, sintomas, sinais e achados anormais de
110

exames clínicos e de laboratório não classificados em outra parte. Quanto ao


número de óbitos por faixa etária, no ano de 2000, as maiores são de pessoas com
mais de cinqüenta anos (73,02%), o que pode ser considerado normal para uma
população com expectativa média de vida de 66,5 anos (BNDES, 2006).

No que diz respeito à esperança de vida ao nascer, constante na Tabela 5, o


município cuja população vive mais tempo é o de Candiba, com uma média de 69
anos, enquanto que o município de Contendas do Sincorá, é que apresenta menor
expectativa de vida, com uma média de 61,2 anos (BNDES, 2006), ou seja, é o
município com maior índice de mortalidade infantil e o que possui a menor
expectativa e vida.

Para a melhoria da saúde da população da Serra Geral, algumas estratégias


podem ser seguidas pelos governos Estadual ou municipais, tais como:

a) estimular o modelo de gestão descentralizado que fortaleça as


competências dos governos estaduais e municipais, para realizar a vigilância em
saúde com seus componentes de vigilância epidemiológica, vigilância ambiental e
promoção da saúde;

b) contribuir para a disponibilidade de insumos para a prevenção e controle de


doenças, garantindo a qualidade, oportunidade e custo acessível para o país;

c) promover a capacitação de recursos humanos em promoção da saúde,


prevenção, vigilância, análise de tendências e controle de doenças transmissíveis e
não-transmissíveis;

d) atender as necessidades e demandas para avançar e aprofundar os


resultados obtidos na eliminação de doenças tais como tétano neonatal, doença de
Chagas, hanseníase, raiva urbana, entre outras, bem como no controle e ações em
surtos epidêmicos;
111

e) promover a cobertura de vacinação elevada e homogênea, introduzir novas


vacinas e continuar mantendo a erradicação;

f) apoiar intervenções para modificar fatores de risco, condicionantes sociais e


ambientais, buscando o maior impacto sobre a morbidade e a mortalidade por
doenças não-transmissíveis.

1.1.1.10. 3.4.2.4 Participação política

Um item importante diz respeito à questão da participação política dos


cidadãos. Essa ferramenta, se bem utilizada pelos atores locais, podem contornar
situações adversas no território, melhorando as instituições existentes e fortalecendo
o poder público no gerenciamento das melhores práticas.

Nesse sentido, a região possui 394.386 eleitores, de acordo com os dados da


eleição do referendum, em 2005, conforme a Tabela 37. Esse número representa
4,41% dos eleitores baianos. O município com maior número de eleitores é o de
Guanambi, com 48.828, seguido por Brumado, com 43.037 e por Caetité, com
33.389 eleitores. Os três municípios, juntos, respondem por 31,76% do eleitorado de
toda a região da Serra Geral (SEI, 2005).

Observa-se que, nessa eleição, 29,04% dos eleitores deixaram de exercer o


seu direito. Por outro lado, o reduzido número de votos brancos e nulos, somando
3,78%, revela alto interesse político por parte da população (SEI, 2005).

É importante ressaltar que a participação política de uma população deve ir


além das eleições, tornando-se fundamental conhecer os espaços de participação
política e social existentes para que possam ser cobradas do poder público as
medidas necessárias ao desenvolvimento local. Os estudos mostram que a
participação política de forma consciente é uma forma de protagonismo local.
112

32
Tabela 37 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – eleitorado, votantes, votos válidos, brancos, nulos e abstenções – 2005
Estado da Bahia, Região da Total de Votos Abstenções /
Eleitorado Abstenções
Serra Geral e Municípios votos Válidos Brancos Nulos Eleitorado
Estado da Bahia 8.952.123 6.451.916 6.219.625 91.424 140.867 2.500.207 0,28
Serra Geral 394.386 279.863 269.669 4.015 6.179 114.523 0,29
Aracatu 10.324 6.817 6.542 105 170 3.507 0,34
Brumado 43.037 31.941 30.964 413 564 11.096 0,26
Caculé 15.121 10.679 10.292 130 257 4.442 0,29
Caetité 33.389 23.691 22.724 314 653 9.698 0,29
Candiba 9.716 7.257 6.984 124 149 2.459 0,25
Condeúba 14.588 9.197 8.840 145 212 5.391 0,37
Contendas do Sincorá 3.004 2.341 2.268 24 49 663 0,22
Cordeiros 5.103 4.005 3.880 52 73 1.098 0,22
Dom Basílio 7.317 6.182 5.968 86 128 1.135 0,16
Guajeru 6.466 4.286 4.144 57 85 2.180 0,34
Guanambi 48.828 36.698 35.371 543 784 12.130 0,25
Ibiassucê 7.489 5.325 5.141 84 100 2.164 0,29
Igaporã 11.056 7.674 7.357 132 185 3.382 0,31
Ituaçu 13.381 10.185 9.794 133 258 3.196 0,24
Jacaraci 8.804 6.699 6.453 104 142 2.105 0,24
Lagoa Real 7.957 5.719 5.520 59 140 2.238 0,28
Licínio de Almeida 9.142 6.420 6.213 100 107 2.722 0,3
Livramento de Nossa Senhora 28.454 20.486 19.845 293 348 7.968 0,28
Maetinga 5.848 3.487 3.342 52 93 2.361 0,4
Malhada de Pedras 6.416 4.518 4.360 61 97 1.898 0,3
Mortugaba 9.796 5.915 5.712 85 118 3.881 0,4
Palmas de Monte Alto 15.073 10.638 10.205 164 269 4.435 0,29
Pindaí 11.545 7.883 7.531 159 193 3.662 0,32
Piripá 8.078 4.931 4.748 59 124 3.147 0,39
Presidente Jânio Quadros 10.050 6.084 5.882 70 132 3.966 0,39
Rio do Antônio 10.298 7.073 6.742 93 238 3.225 0,31
Sebastião Laranjeiras 6.688 4.452 4.294 72 86 2.236 0,33
Tanhaçu 15.436 11.240 10.840 144 256 4.196 0,27
Urandi 11.982 8.040 7.713 158 169 3.942 0,33
Fonte: SEI (2005).

32
Eleição referente ao referendum sobre armas de fogo.
113

1.1.1.11. 3.4.2.5 Emprego e renda

O problema do emprego constitui-se como um dos mais graves desafios a


serem enfrentados pelo governo e pela sociedade, não somente no que se refere à
quantidade de postos de trabalho, mas, também, no que se refere à qualidade
desses postos de trabalho. Como a prosperidade econômica é condição essencial,
mas não suficiente para se obter o pleno emprego, o trabalho possibilita às pessoas
condições suficientes para que possam ter acesso a bens e serviços e, assim,
satisfazerem suas necessidades.

O desemprego, principalmente quando se encontra vinculado a situações de


pobreza e de exclusão social é um dos problemas mais importantes do mundo
globalizado, pois, ocasiona tanto um custo econômico (relacionado a tudo o que é
deixado de produzir e que será impossível de se recuperar) como um custo social
(degradação do capital humano, resultante em perda de habilidades). As pessoas
submetidas ao desemprego padecem de frustrações, desmoralizações e perda do
amor próprio. Assim, ainda que o custo social seja muito difícil de ser medido, é
objeto de preocupação por causa do impacto que tem na sociedade.

Por isso, a importância dessa análise no contexto regional, tendo consciência


de que a capacidade do mercado de trabalho de gerar empregos depende não
apenas da expansão econômica, mas, também, das instituições que regulam o seu
funcionamento e da maturidade das relações de trabalho.

Os dados da Tabela 38 apresentam Guanambi e Brumado como os


municípios com maiores números de pessoas empregadas no ano de 2004,
representando 43,18% do total da região. Com exceção do município de Rio do
Antônio que teve um aumento somente de 1,21% no período de 1996 a 2004, todos
os outros municípios da região da Serra Geral contribuíram de forma decisiva para a
geração de empregos. No entanto, os representantes municipais bem como as
instituições privadas, por meio dos seus empreendedores, devem procurar formas
114

de geração de emprego através do apoio às MPE e canalizarem recursos para


investimentos em infra-estrutura econômica e social.

Em relação aos empregos gerados no período de 2000 a 2005, de acordo


com a Tabela 39, os cinco municípios que mais empregaram são os de Guanambi,
Brumado, Livramento de Nossa Senhora, Caetité e Ituaçu que, juntos representavam
90% de todos os empregos gerados na região de Serra Geral, em 2005. De forma
geral, no período em análise, 2000 a 2005, o saldo das admissões e demissões foi
positivo, com exceção do ano de 2001, onde Serra Geral viveu uma crise do
emprego, com 19 municípios apresentando saldo negativo e somente 10 com saldo
positivo, tendo somente Guanambi o melhor saldo do período, com 141 empregos
gerados. Nesse ano de 2001, foram admitidas 3.789 pessoas, enquanto que foram
demitidas 3.879, ou seja, 90 pessoas a mais do que as que foram contratadas.

Assim, no período compreendido entre 2000-2005, as empresas da região da


Serra Geral admitiram 33.242 pessoas e demitiram 27.856, apresentando um saldo
positivo de 5.386 pessoas empregadas, conforme o Ministério do Trabalho e
Emprego (MTE), em 2006 e Tabela 39. Mesmo considerando o crescimento na
geração de empregos ano a ano, esse ainda é um número ínfimo para uma
população estimada em 2006 de 594.413 habitantes, representando apenas 0,91%
da população, de acordo com os dados de admissões referentes a 2006
(MINISTÉRIO DO TRABALHO, 2006). As Tabelas 40 e 41 apresentam as
modalidades de admissões e desligamentos ocorridos na Região da Serra Geral, no
período de 2000 a 2005.

Entretanto, considerando a população economicamente ativa (PEA), que


engloba todas as pessoas com 10 anos ou mais de idade e constituem a força de
trabalho do país, conforme o IBGE (2006), e considerando-se os dados da
estimativa da população para 2006 do Ministério da Saúde (2006a), o total da
população da Região da Serra Geral em idade economicamente ativa corresponde a
479.571 pessoas. Assim, as admissões em 2006 são equivalentes a 1,13% do total
do contingente economicamente ativo, sendo ainda, muito pouco representativa a
geração de empregos na Região da Serra Geral.
115

Diante dessas informações, devem existir políticas públicas para geração de


emprego que fomente a criação de empresas e a geração e fortalecimento de postos
de trabalho. E este não é apenas papel dos empreendedores, mas, também, deve
ser papel do Poder Público em dar condições, tais como a diminuição de algumas
taxas, bem como a melhoria nas infra-estruturas existentes para que novas
empresas sejam criadas e, conseqüentemente, novos postos de trabalhos sejam
disponibilizados à população.

Quanto aos aspectos relacionados à renda na Serra Geral, será analisado o


Índice de Renda Média dos Chefes de Família (IRMCF), conforme a Tabela 42.
Nesse sentindo, levando-se em consideração a média estadual de R$ 5.000, 20 dos
29 municípios da Serra Geral estão abaixo do valor indicado, sendo que Aracatu e
Lagoa Real estão praticamente nas últimas posições do ranking baiano,
respectivamente em 414º e 415º lugares. Um destaque para o município de Urandi,
que se encontra na 13ª posição no ranking e com o melhor desempenho na Serra
Geral.
116

Tabela 38 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – número de empregos – 1996 a 2004
Estado da Bahia, Região da Ano
Serra Geral e Municípios 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Estado da Bahia 949.677 1.011.578 960.800 1.023.301 1.335.538 1.425.054 1.573.597 1.650.654 1.715.595
Serra Geral 18.214 19.727 25.281 23.282 26.903 30.465 35.454 37.782 39.233
Aracatu 187 345 341 363 354 473 640 639 724
Brumado 5.113 5.458 4.627 4.751 6.427 6.916 7.605 8.207 8.385
Caculé 912 951 956 1.186 1.362 1.618 1.714 1.826 1.829
Caetité 1.737 2.013 2.018 2.137 2.559 2.593 3.258 3.639 3.545
Candiba 434 439 436 472 470 468 572 600 589
Condeúba 386 686 812 662 463 700 682 698 863
Contendas do Sincorá 143 103 96 159 58 147 230 334 233
Cordeiros 132 100 52 250 281 270 402 393 374
Dom Basílio 270 221 287 321 346 454 510 515 482
Guajeru 102 100 90 240 247 247 245 236 235
Guanambi 3.456 4.018 4.658 5.179 6.337 6.889 7.179 7.968 8.556
Ibiassucê 307 86 412 492 571 596 603 692 617
Igaporã 346 337 354 481 334 425 716 733 630
Ituaçu 404 297 370 467 497 530 876 938 1.036
Jacaraci 172 155 164 357 364 526 554 502 568
Lagoa Real 16 67 29 42 49 66 328 95 362
Licínio de Almeida 455 413 598 630 635 653 970 864 823
Livramento de Nossa Senhora 1.043 1.401 1.594 1.677 1.964 2.191 3.185 3.170 3.152
Maetinga 39 86 36 47 146 240 260 266 265
Malhada de Pedras 141 107 107 144 164 196 201 408 423
Mortugaba 166 195 285 316 334 435 479 506 539
Palmas de Monte Alto 403 388 492 549 561 640 655 679 970
Pindaí 138 152 216 290 124 466 495 477 485
Piripá 135 89 4.604 167 215 322 439 475 652
Presidente Jânio Quadros 77 85 81 99 111 105 144 240 239
Rio do Antônio 412 321 307 355 370 381 476 548 417
Sebastião Laranjeiras 201 179 200 338 362 456 347 392 373
Tanhaçu 444 447 585 637 699 914 987 1.029 1.073
Urandi 443 488 474 474 499 548 702 713 794

Fonte: Sistema IBGE de Recuperação Automática (SIDRA, 2006).


117

Tabela 39 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – admissões e desligamentos – 2000 a 2005

2000 2001 2002 2003 2004 2005


Região da Serra Geral Municípios
Adm. Deslig. Adm. Deslig. Adm. Deslig. Adm. Deslig. Adm. Deslig. Adm. Deslig.
Serra Geral 4.153 3.175 3.789 3.879 4.519 3.673 5.007 4.120 4.880 3.945 5.489 4.254
Aracatu 10 10 15 16 27 19 21 4 54 13 31 45
Brumado 1.639 1.276 1.380 1.365 1.358 1.153 1.825 1.265 1.733 1.446 1.855 1.471
Caculé 106 55 58 102 128 75 148 106 148 126 177 151
Caetité 537 433 472 476 484 387 353 309 541 431 592 497
Candiba 3 2 39 21 16 7 20 17 34 28 44 13
Condeúba 22 13 11 39 6 7 11 8 16 7 73 27
Contendas do Sincorá 2 3 3 7 4 11 13 4 2 2 3 7
Cordeiros 1 1 1 5 12 6 2 8 1 - 3 10
Dom Basílio 15 8 7 14 10 10 19 9 21 10 22 13
Guajeru 5 5 - 1 1 - 2 - 16 1 6 13
Guanambi 1.305 988 1.159 1.018 1.322 1.160 1.149 1.139 1.321 993 1.525 1.076
Ibiassucê 28 19 39 17 43 29 23 64 24 27 18 29
Igaporã 40 28 20 13 17 6 19 22 25 28 35 33
Ituaçu 22 19 29 122 15 80 124 122 48 69 98 19
Jacaraci 4 7 4 4 3 2 6 3 11 3 6 11
Lagoa Real 3 - 7 1 - 3 8 1 16 12 11 7
Licínio de Almeida 40 23 33 41 33 18 80 94 24 22 59 34
Livramento Nossa Senhora 178 149 321 377 736 504 896 722 508 500 634 524
Maetinga 2 1 4 3 2 - 5 - 31 6 44 44
Malhada de Pedras 10 4 29 11 59 25 37 55 32 22 31 21
Mortugaba 10 2 5 6 15 7 16 8 27 3 18 4
Palmas de Monte Alto 7 3 9 14 11 13 60 30 52 40 26 36
Pindaí 43 37 15 22 5 3 28 12 19 20 16 15
Piripá 3 3 3 7 5 - 4 3 3 2 1 1
Presidente Jânio Quadros 2 2 4 6 64 52 5 3 3 - 14 8
Rio do Antônio 8 11 4 1 6 5 5 3 2 7 13 5
Sebastião Laranjeiras 11 7 11 7 22 10 22 12 23 19 22 16
Tanhaçu 47 41 42 49 48 40 51 55 65 80 52 73
Urandi 50 25 65 114 67 41 55 42 80 28 60 51
Total 4.153 3.175 3.789 3.879 4.519 3.673 5.007 4.120 4.880 3.945 5.489 4.254

Fonte: MTE (2006).


118

Tabela 40 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – admissões – 2000 a 2005

Admissões
Região da Serra Geral
Municípios 1º Emprego Reemprego Transferências
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Serra Geral 1.271 1.391 1.688 1.950 1.851 1.869 2.502 2.236 2.831 3.057 3.029 3.620 380 162 - - - -
Aracatu 3 5 9 8 23 13 5 8 18 13 31 18 2 2 - - - -
Brumado 354 358 348 472 497 520 1.067 983 1.010 1.353 1.236 1.335 218 39 - - - -
Caculé 32 47 54 67 72 71 70 10 74 81 76 106 4 1 - - - -
Caetité 235 158 222 166 201 209 276 296 262 187 340 383 26 18 - - - -
Candiba 2 17 9 16 20 26 - 22 7 4 14 18 1 - - - - -
Condeúba 9 5 2 8 11 29 6 5 4 3 5 44 7 1 - - - -
Contendas do Sincorá - 1 2 3 1 1 1 1 2 10 1 2 1 1 - - - -
Cordeiros - 1 6 - 1 1 - - 6 2 - 2 1 - - - - -
Dom Basílio 5 3 4 10 13 6 8 4 6 9 8 16 2 - - - - -
Guajeru 2 - - 2 - 6 2 - 1 - 16 - 1 - - - - -
Guanambi 430 488 602 527 641 634 839 600 720 622 680 891 36 71 - - - -
Ibiassucê 7 14 18 14 12 6 18 23 25 9 12 12 3 2 - - - -
Igaporã 22 15 9 11 9 13 17 5 8 8 16 22 1 - - - - -
Ituaçu 7 19 5 59 4 16 13 9 10 65 44 82 2 1 - - - -
Jacaraci 2 3 1 3 2 2 1 1 2 3 9 4 1 - - - - -
Lagoa Real - 2 - 4 9 4 2 3 - 4 7 7 1 2 - - - -
Licínio de Almeida 23 14 13 22 8 20 16 18 20 58 16 39 1 1 - - - -
Livramento de Nossa
- - - -
Senhora 79 156 255 400 146 156 89 162 481 496 362 478 10 3
Maetinga 1 3 1 1 17 7 - 1 1 4 14 37 1 - - - - -
Malhada de Pedras 3 18 13 12 12 12 6 10 46 25 20 19 1 1 - - - -
Mortugaba 3 3 7 7 15 9 3 1 8 9 12 9 4 1 - - - -
Palmas de Monte Alto 3 7 7 55 38 19 3 2 4 5 14 7 1 - - - - -
Pindaí 5 2 3 13 8 9 3 2 2 15 11 7 35 11 - - - -
Piripá 1 1 3 2 1 1 - - 2 2 2 - 2 2 - - - -
Presidente Jânio Quadros - 2 25 1 - 6 1 2 39 4 3 8 1 - - - - -
Rio do Antônio 1 1 3 4 - 6 3 2 3 1 2 7 4 1 - - - -
Sebastião Laranjeiras 4 6 18 16 11 6 5 5 4 6 12 16 2 - - - - -
Tanhaçu 26 17 17 19 31 33 14 22 31 32 34 19 7 3 - - - -
Urandi 12 25 32 28 48 28 34 39 35 27 32 32 4 1 - - - -
Fonte: MTE (2006).
119

Tabela 41 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – desligamentos – 2000 a 2005


Desligamentos
Região da Serra Geral
Municípios Demissão Transferência Aposentadoria, invalidez e morte
2000 2001 2002 2003 2004 2005 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Serra Geral 2.821 3.616 3.614 4.085 3.911 4.186 292 190 - - - - 62 73 59 35 34 68
Aracatu 8 15 19 4 13 45 2 1 - - - - - - - - - -
Brumado 1.049 1.262 1.122 1.253 1.432 1.431 184 57 - - - - 43 46 31 12 14 40
Caculé 53 98 74 102 125 147 1 4 - - - - 1 - 1 4 1 4
Caetité 413 439 385 309 427 495 17 29 - - - - 3 8 2 - 4 2
Candiba 2 21 7 17 28 13 - - - - - - - - - - - -
Condeúba 9 33 7 8 7 26 4 3 - - - - - 3 - - - 1
Contendas do Sincorá 3 5 11 4 2 7 - 2 - - - - - - - - - -
Cordeiros 1 5 6 8 - 10 - - - - - - - - - - - -
Dom Basílio 8 14 10 9 10 13 - - - - - - - - - - - -
Guajeru 4 - - - 1 13 1 1 - - - - - - - - - -
Guanambi 959 950 1.140 1.128 983 1.062 26 61 - - - - 3 7 20 11 10 14
Ibiassucê 17 15 29 64 27 29 2 1 - - - - - 1 - - - -
Igaporã 10 13 6 22 28 33 8 - - - - - 10 - - - - -
Ituaçu 19 121 78 121 69 19 - 1 - - - - - - 2 1 - -
Jacaraci 3 1 2 3 3 10 4 3 - - - - - - - - - 1
Lagoa Real - 1 3 1 12 7 - - - - - - - - - - - -
Licínio de Almeida 23 40 18 92 22 34 - 1 - - - - - - - 2 - -
Livramento de Nossa Senhora 144 371 503 718 498 522 3 3 - - - - 2 3 1 4 2 2
Maetinga 1 2 - - 6 44 - - - - - - - 1 - - - -
Malhada de Pedras 4 11 25 55 21 21 - - - - - - - - - - 1 -
Mortugaba 2 5 7 8 3 3 - 1 - - - - - - - - - 1
Palmas de Monte Alto 3 14 12 29 40 36 - - - - - - - - 1 1 - -
Pindaí 7 4 3 12 20 15 30 17 - - - - - 1
Piripá 3 7 - 3 2 1 - - - - - - - - - - - -
Presidente Jânio Quadros 1 6 51 3 - 8 1 - - - - - - - 1 - - -
Rio do Antônio 8 - 5 3 6 4 3 1 - - - - - - - - 1 1
Sebastião Laranjeiras 7 7 10 12 19 15 - - - - - - - - - - - 1
Tanhaçu 38 46 40 55 80 72 3 2 - - - - - 1 - - - 1
Urandi 22 110 41 42 27 51 3 2 - - - - - 2 - - 1 -
Fonte: MTE (2006).
120

Tabela 42 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – IRMCF – 2000

Município Valor Ranking


Aracatu 4.877,77 414
Brumado 5.155,33 35
Caculé 5.001,34 141
Caetité 4.993,74 157
Candiba 4.932,90 340
Condeúba 4.951,91 276
Contendas do Sincorá 5.024,16 107
Cordeiros 4.950,01 287
Dom Basílio 4.993,74 160
Guajeru 4.936,71 330
Guanambi 5.142,02 39
Ibiassucê 4.951,91 274
Igaporã 4.953,82 270
Ituaçu 5.003,24 137
Jacaraci 4.965,22 236
Lagoa Real 4.830,25 415
Licínio de Almeida 4.991,84 166
Livramento de Nossa Senhora 5.045,07 79
Maetinga 4.940,51 315
Malhada de Pedras 5.088,79 50
Mortugaba 4.976,63 203
Palmas de Monte Alto 4.961,42 253
Pindaí 4.902,49 391
Piripá 4.972,83 212
Presidente Jânio Quadros 4.921,50 363
Rio do Antônio 4.915,79 373
Sebastião Laranjeiras 5.048,87 75
Tanhaçu 4.997,54 154
Urandi 5.271,29 13

Fonte: SEI (2002b).

3.5 ECONOMIA REGIONAL

3.5.1 Empresas locais

Os rendimentos da população de uma grande maioria de pequenos e médios


municípios brasileiros são baseados no Poder Público municipal (que é um dos
maiores empregadores) e na previdência social (em grande parte, devido ao
envelhecimento da população). Além disso, são ainda muito dependentes dos
121

governos estadual e federal no que diz respeito a ações voltadas ao seu


desenvolvimento e ao aporte de receitas.

Essa situação pode ser modificada à medida que se mobilizem os atores


locais no sentido de gerar uma consciência política de participação nas decisões que
envolvem a todos, além de capacitá-los a transformar suas próprias realidades
sócio-econômicas e ambientais, tornando-se importante fomentar a criação de novas
unidades empresariais bem como de fortalecer as existentes, incentivando,
principalmente, a cooperação interempresarial. Com isso, garantirá geração de
empregos e melhoria na qualidade de vida da população regional.

Diante desse fato, das análises dos dados da Tabela 43, os municípios com
maior representatividade quanto ao número de empresas são Guanambi, Brumado,
Caetité e Livramento de Nossa Senhora que, juntos, representam 58,11% de todas
as empresas da Serra Geral. Com menos de 100 empresas cada, aparecem os
municípios de Dom Basílio, Piripá, Cordeiros, Lagoa Real, Guajeru, Malhada de
Pedras, Maetinga e Contendas do Sincorá. Esses, entretanto, são ainda números
muito baixos que comprometem o desenvolvimento regional e a qualidade de vida
da população que precisa de emprego e renda.
122

Tabela 43 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – número de unidades locais – 1996 a 2004
Estado da Bahia, Região da Ano
Serra Geral e Municípios 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Estado da Bahia 130.338 153.932 164.096 188.325 201.676 233.392 248.800 262.462 271.428
Serra Geral 5.443 6.393 6.854 8.063 8.620 9.938 10.621 11.219 11.700
Aracatu 60 62 76 110 121 142 146 143 139
Brumado 1.010 1.134 1.225 1.363 1.465 1.638 1.719 1.715 1.746
Caculé 383 427 342 474 500 635 688 735 758
Caetité 515 603 661 739 704 877 985 1.049 1.109
Candiba 125 132 153 183 194 208 211 218 218
Condeúba 113 137 148 164 174 203 228 232 242
Contendas do Sincorá 37 44 34 36 48 47 42 49 36
Cordeiros 52 54 48 54 53 71 93 78 96
Dom Basílio 39 44 56 69 88 101 91 101 99
Guajeru 30 41 29 42 46 55 63 79 89
Guanambi 1.237 1.520 1.667 1.953 2.217 2.512 2.590 2.808 2.925
Ibiassucê 34 62 79 136 144 144 148 160 188
Igaporã 119 125 125 153 164 193 217 234 244
Ituaçu 90 146 133 137 121 115 148 189 210
Jacaraci 76 79 91 104 104 133 137 138 145
Lagoa Real 15 20 39 69 43 71 90 91 95
Licínio de Almeida 158 160 179 246 220 264 276 290 300
Livramento de Nossa Senhora 490 586 636 694 739 853 907 963 1.019
Maetinga 32 68 38 41 53 58 64 60 67
Malhada de Pedras 39 46 52 70 73 73 79 80 79
Mortugaba 113 128 136 153 162 191 200 196 207
Palmas de Monte Alto 101 120 159 160 189 230 230 278 292
Pindaí 65 79 103 134 149 174 182 182 187
Piripá 41 51 55 66 70 81 95 100 99
Presidente Jânio Quadros 31 41 39 56 55 78 89 102 119
Rio do Antônio 87 98 97 140 150 166 188 188 195
Sebastião Laranjeiras 58 63 88 109 120 131 137 144 148
Tanhaçu 153 187 196 220 257 276 331 363 387
Urandi 140 136 170 188 197 218 247 254 262

Fonte: Sidra (2006).


123

Contribuindo para o aumento das unidades locais, a região da Serra Geral


tem pouca representatividade na constituição de empresas na Bahia. De acordo com
os dados da Tabela 44, referentes ao período de 2002 a 2005, a contribuição dessa
região não alcança os 3%. Esse número relaciona-se à questão da pouca oferta de
empregos e a um baixo desenvolvimento regional. Os dados mostram que, em
relação ao ano de 2002, o ano de 2005 apresenta um aumento de 9,67% no número
de empresas constituídas.

Tabela 44 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – criação de empresas – 2002 a 2005

Ano Serra Geral Total Bahia Contribuição %

2002 750 29.514 2,54


2003 716 27.887 2,57
2004 725 28.962 2,50
2005 933 32.369 2,88

Fonte: Junta Comercial do Estado da Bahia (JUCEB, 2005).

3.5.2 Produto Interno Bruto (PIB)

A análise do Produto Interno Bruto (PIB) é importante para se ter uma noção
de como se encontra a economia na região da Serra Geral. O processo de
desenvolvimento ocorre a partir do momento em que as regiões são capazes de
reter e reinvestir na própria região uma parcela significativa do excedente gerado
pelo crescimento econômico. Outrossim, uma região em processo de
desenvolvimento será capaz de endogeneizar algumas variáveis que eram
exógenas ao processo de crescimento da mesma.

Na região da Serra Geral, os municípios mais importantes economicamente,


de acordo com os resultados do PIB para 2004, são Brumado, Guanambi, Caetité e
Livramento de Nossa Senhora que, juntos contribuíam com 52,80% do PIB a preços
correntes da região. De acordo com os dados da Tabela 45, percebe-se uma
evolução no valor do PIB em todos os municípios da Serra Geral e,
conseqüentemente, da Bahia como um todo. Entretanto, somente por meio de
124

análises mais aprofundadas de cada município é que poderão indicar se os recursos


estão sendo investidos no processo de crescimento de cada um de forma que gere
desenvolvimento equânime.

O bom desempenho desses municípios está relacionado às seguintes


atividades: talco e magnesita (em Brumado); cerâmicas, confecções e urânio (em
Caetité); fruticultura irrigada, principalmente para exportação (em Livramento de
Nossa Senhora) e; pecuária, serviços de saúde e comércio forte (em Guanambi).

No que diz respeito ao PIB per capita, a sua distribuição espacial pelos
municípios da Serra Geral denota uma certa concentração dos maiores valores em
torno de Brumado, de Guanambi, de Caetité e de Livramento de Nossa Senhora.

Os municípios que apresentam os maiores PIB per capita são


predominantemente mais populosos e apresentam significativa participação da
indústria em sua economia, excetuando-se, como já foi visto, o município de
Livramento de Nossa Senhora, que tem sua economia baseada na fruticultura
interna e para exportação.

Assim, de acordo com as informações da Tabela 45, o maior PIB per capita
da região da Serra Geral em 2004, era o do município de Brumado, com um valor de
R$ 5.665,00, superior 59,07% ao segundo maior, Livramento de Nossa Senhora,
com R$ 3.346,00. O alto valor do PIB per capita em Brumado, deve-se ao
funcionamento de grande mineradora de talco e magnesita. O município com o
menor PIB per capita é o de Maetinga, com apenas R$1.418,00. O PIB per capita
médio da Serra Geral é de R$ 2.380,00 (Tabela 45).

No entanto, percebe-se que a média está bem abaixo da baiana, com um PIB
per capita de R$ 6.340,00 no mesmo período, ou seja, 266,38% maior do que a
média da Serra Geral, mas que não representa um valor real, uma vez que apenas
alguns poucos municípios baianos possuem o PIB per capita como sendo um dos
maiores do país e, conseqüentemente, esse valor influencia no crescimento da
média estadual. Esse dado é importante porque reflete no IDH-M e, como foi visto
125

anteriormente, apesar dos aumentos nesse índice nos últimos anos, só não
melhorou mais devido à concentração da renda, que ainda continua alta no Brasil,
na Bahia e, conseqüentemente, nos municípios da Serra Geral.
126

Tabela 45– Estado da Bahia – Região da Serra Geral – PIB e PIB per capita – 1999 a 2004

Estado da Bahia, 1999 2000 2001 2002 2003 2004


Região da Serra Geral e
PIB PIB_PCAP PIB PIB_PCAP PIB PIB_PCAP PIB PIB_PCAP PIB PIB_PCAP PIB PIB_PCAP
Municípios
Bahia 42.040.109 3.230 48.197.174 3.667 52.249.320 3.936 62.102.753 4.631 73.166.488 5.402 86.882.057 6.340
Serra Geral 816 877 37 279 966.988 43.607 1.016.092 45.134 1.211.731 53.478 1.356.406 2.028 1.615.599 2.380
Aracatu 14 428 931 17 512 1 130 19 145 1 235 22 074 1 424 24 074 1 553 28.442 1.834
Brumado 140 008 2 278 180 793 2 919 207 564 3 324 246 587 3 918 306 178 4 826 362.404 5.665
Caculé 29 494 1 458 33 348 1 627 35 774 1 722 39 732 1 887 43 286 2 029 51.713 2.390
Caetité 60 764 1 354 68 892 1 518 71 239 1 552 93 274 2 009 103 265 2 200 138.118 2.907
Candiba 12 181 1 003 14 517 1 200 15 854 1 317 18 539 1 547 19 676 1 649 23.205 1.954
Condeúba 21 016 1 165 24 969 1 383 25 966 1 437 28 389 1 569 32 553 1 798 39.203 2.163
Contendas do Sincorá 5 527 1 289 6 620 1 564 7 640 1 828 8 431 2 045 9 690 2 383 10.604 2.646
Cordeiros 10 241 1 233 11 631 1 446 12 388 1 594 13 123 1 750 13 771 1 908 15.776 2.278
Dom Basílio 23 356 2 247 19 994 1 910 19 280 1 828 28 082 2 644 31 278 2 923 35.275 3.271
Guajeru 14 960 1 184 18 294 1 397 19 406 1 430 21 676 1 543 23 323 1 605 27.717 1.842
Guanambi 138 676 1 941 156 823 2 175 161 649 2 221 172 050 2 342 183 869 2 480 218.915 2.924
Ibiassucê 16 573 1 296 20 017 1 554 18 128 1 396 22 188 1 695 24 157 1 831 27.698 2.082
Igaporã 18 909 1 301 20 660 1 416 21 054 1 438 25 165 1 712 26 715 1 811 31.302 2.114
Ituaçu 18 552 1 095 23 803 1 373 24 449 1 400 27 385 1 556 30 951 1 774 36.103 2.053
Jacaraci 16 071 1 187 19 233 1 425 19 565 1 455 23 500 1 753 26 398 1 977 30.703 2.308
Lagoa Real 12 126 956 15 016 1 166 15 533 1 188 18 951 1 428 20 460 1 519 24.239 1.772
Licínio de Almeida 14 876 1 197 17 087 1 396 17 317 1 437 21 622 1 823 22 612 1 939 26.306 2.296
Livramento Nossa Senhora 65 029 1 718 73 428 1 920 71 322 1 845 108 940 2 789 116 281 2 946 133.558 3.346
Maetinga 11 235 830 15 097 1 087 15 469 1 086 17 154 1 174 17 749 1 185 21.804 1.418
Malhada de Pedras 7 826 935 10 030 1 181 10 202 1 183 13 780 1 575 13 724 1 546 16.399 1.819
Mortugaba 17 227 1 366 19 757 1 571 19 557 1 559 22 909 1 831 29 868 2 394 34.644 2.785
Palmas de Monte Alto 24 357 1 211 27 938 1 392 29 713 1 483 37 246 1 863 37 867 1 898 44.100 2.216
Pindaí 15 372 989 17 936 1 162 19 377 1 266 22 514 1 482 24 073 1 598 28.036 1.877
Piripá 19 286 1 215 22 908 1 391 23 180 1 355 25 799 1 454 27 376 1 489 33.031 1.733
Presidente Jânio Quadros 16 169 956 20 186 1 172 21 554 1 229 24 318 1 361 25 889 1 423 30.936 1.668
Rio do Antônio 15 689 1 076 17 338 1 178 18 084 1 217 21 051 1 403 23 082 1 523 27.142 1.773
Sebastião Laranjeiras 12 730 1 373 16 840 1 812 17 245 1 851 20 617 2 208 23 362 2 496 26.347 2.808
Tanhaçu 21 018 1 053 28 663 1 423 28 877 1 420 33 406 1 627 38 477 1 856 43.410 2.074
Urandi 23 177 1 442 27 655 1 720 29 561 1 837 33 229 2 063 36 402 2 259 48.472 3.005

Fonte: SEI (2000a, 2001, 2002a, 2003a, 2004).


127

3.5.3 Estabelecimentos bancários

A região da Serra Geral, em 2004, contava com uma rede bancária pública e
privada de 32 estabelecimentos (Tabela 46), sendo que as maiores concentrações
estão nos municípios de Guanambi, Brumado, Caetité e Livramento de Nossa
Senhora que, juntos concentram 39,39% de instituições financeiras da região. Os
municípios de Dom Basílio, Guajeru, Igaporã, Lagoa Real, Maetinga, Presidente
Jânio Quadros e Sebastião Laranjeiras, não possuem estabelecimentos bancários
(SEI, 2006b).

Tabela 46 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – estabelecimentos bancários – 2003

Serra Geral e
Quantidade Serra Geral e Municípios Quantidade
Municípios
Serra Geral 32 Jacaraci 1
Aracatu - Lagoa Real -
Brumado 3 Licínio de Almeida 1
Caculé 1 Livramento Nossa Senhora 3
Caetité 3 Maetinga -
Candiba 1 Malhada de Pedras 1
Condeúba 2 Mortugaba 1
Contendas do Sincorá 1 Palmas de Monte Alto 1
Cordeiros 1 Pindaí 1
Dom Basílio - Piripá 1
Guajeru - Presidente Jânio Quadros 1
Guanambi 4 Rio do Antônio 1
Ibiassucê 1 Sebastião Laranjeiras -
Igaporã - Tanhaçu 1
Ituaçu 1 Urandi 1

Fonte: SEI (2006b).

3.5.4 Arrecadação das receitas estaduais

Para esse item, será considerado o Imposto sobre Circulação de Mercadorias


e Serviços (ICMS). Os cinco municípios com maior volume de arrecadação são
Brumado, Guanambi, Caetité, Livramento de Nossa Senhora e Caculé,
128

compreendendo 87,46% de toda a arrecadação da região, de acordo com os dados


do ano de 2005 e Tabela 47. Somente Guanambi e Brumado somam, juntos,
63,35% de toda a arrecadação. No entanto, em relação ao Estado da Bahia, os vinte
e nove municípios de Serra Geral não chegam a alcançar 1,5% da arrecadação
baiana, de acordo com a Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (SEFAZ, 2006).

3.5.5 Transferência constitucional aos municípios

As transferências constitucionais correspondem a parcelas de recursos


arrecadados pelo Governo Federal e repassados aos Municípios de acordo com a
Constituição Federal. As principais transferências previstas na Constituição da União
para os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, são o Fundo de Participação dos
Estados e do Distrito Federal (FPE), o Fundo de Participação dos Municípios (FPM),
Fundo de Compensação pela Exportação de Produtos Industrializados (FPEX),
Fundo de Manutenção e de Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização do Magistério (FUNDEF), Imposto sobre Operações Financeiras – Ouro
(IOF-Ouro) e Imposto sobre a Propriedade Territorial Rural (ITR) (MINISTÉRIO DA
FAZENDA, 2006?). Como é considerado o mais importante para os municípios, no
presente trabalho será abordado somente o FPM referente ao período de 2000 a
2005.

Os dados da Figura 4 e da Tabela 48 apresentam a evolução nos valores


recebidos pelos municípios da Serra Geral que, na média obteve um aumento de
112,27% no período em análise. Sem exceção, todos os municípios tiveram
aumentos superiores a 60% no período de 2000 a 2005 sendo que, Guanambi foi o
município que recebeu maior volume de recursos, seguido por Brumado, Caetité e
Livramento de Nossa Senhora que, juntos, representam 31,08% do valor da região
de Serra Geral, em 2005.
129

160.000.00 0

140.000.00 0

120.000.00 0
Valores (em R$)

100.000.00 0

80.000.0 00

60.000.0 00

40.000.0 00

20.000.0 00

-
2000 2001 2002 2003 2004 2005

Período

Figura 4 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – gráfico do FPM (em R$) – 2000 a 2005

Fonte: Ministério da Fazenda (2006?).


130

Tabela 47 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – arrecadação das receitas estaduais (em R$) – 1999 a 2005

Estado da Bahia Região da


1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Serra Geral e seus municípios
Estado da Bahia 4.939.174.886 4.939.174.886 4.939.174.886 4.939.174.886 4.939.174.886 4.939.174.886 4.939.174.886
Serra Geral 21.751.255 23.600.631 26.872.392 35.185.492 43.069.970 51.940.474 54.143.729
Aracatu 156.867 119.517 220.561 181.882 154.992 184.080 177.543
Brumado 9.564.692 11.775.850 13.595.116 18.899.632 22.076.006 21.054.763 18.851.205
Caculé 708.739 686.050 1.117.629 1.122.065 1.675.982 2.586.408 2.189.315
Caetité 2.809.771 2.509.732 1.206.907 1.758.165 3.828.217 6.862.396 8.652.878
Candiba 133.089 149.602 147.629 189.431 230.423 253.217 313.405
Condeúba 79.535 100.263 126.483 132.280 182.459 311.812 306.479
Contendas do Sincorá 19.722 22.077 27.605 32.442 25.292 23.497 67.336
Cordeiros 33.356 26.465 28.360 42.537 47.166 68.562 142.542
Dom Basílio 66.085 73.155 93.346 125.183 175.663 276.536 355.290
Guajeru 10.297 8.881 12.660 14.606 27.402 36.221 31.175
Guanambi 5.817.400 5.945.931 7.239.870 8.675.382 9.558.668 14.000.483 15.574.488
Ibiassucê 60.594 77.008 88.158 119.354 159.561 169.322 160.439
Igaporã 172.842 120.075 159.690 169.362 224.157 282.759 297.690
Ituaçu 148.810 128.708 207.681 262.427 345.544 281.125 344.255
Jacaraci 60.521 49.986 69.641 83.555 108.704 400.298 464.189
Lagoa Real 12.185 19.166 93.542 345.630 419.311 548.264 64.526
Licínio de Almeida 265.410 221.207 276.846 309.160 386.088 541.699 640.848
Livramento de Nossa Senhora 572.198 613.659 819.231 1.075.970 1.373.922 1.910.063 2.258.770
Maetinga 24.188 23.889 47.243 43.214 32.042 78.683 77.993
Malhada de Pedras 26.024 30.840 39.551 39.016 67.453 85.060 111.691
Mortugaba 72.793 75.722 114.333 149.522 155.759 249.900 1.181.545
Palmas de Monte Alto 510.801 305.095 400.687 632.660 646.660 601.725 681.752
Pindaí 81.642 95.227 157.243 187.768 298.446 253.414 141.938
Piripá 34.065 33.437 42.305 52.728 92.524 177.738 193.841
Presidente Jânio Quadros 44.796 42.023 37.602 55.594 76.837 134.532 164.337
Rio do Antônio 70.006 44.776 63.774 67.461 95.564 144.808 117.359
Sebastião Laranjeiras 94.011 147.057 228.297 205.655 305.863 178.876 179.126
Tanhaçu 100.816 155.233 210.402 212.811 299.265 244.233 401.774
Urandi 721.086 627.574 647.882 727.691 604.751 746.977 510.852

Fonte: Sefaz (2006).


131

Tabela 48 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – FPM (em R$) – 2000 a 2005

Região da Serra Geral e Ano


municípios 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Serra Geral 64.172.045 75.978.148 93.392.947 98.428.506 108.538.113 136.215.038
Aracatu 2.377.093 2.619.529 2.999.802 3.059.934 3.306.686 4.039.408
Brumado 4.574.185 5.478.831 6.834.381 7.208.218 8.046.840 10.159.897
Caculé 2.377.093 3.127.739 3.419.260 3.604.362 4.023.420 5.079.949
Caetité 3.961.821 4.565.692 5.695.317 6.006.848 6.705.700 8.466.581
Candiba 1.923.966 2.265.285 2.784.847 2.781.562 2.939.276 3.506.938
Condeúba 2.377.093 2.739.416 3.417.191 3.604.109 4.023.420 5.079.949
Contendas do Sincorá 1.188.547 1.369.708 1.708.596 1.802.055 2.011.710 2.539.975
Cordeiros 1.584.729 1.762.880 1.929.601 1.947.435 2.081.987 2.515.449
Dom Basílio 1.331.976 1.664.720 2.277.327 2.402.474 2.682.281 3.386.633
Guajeru 1.980.911 2.161.386 2.281.452 3.003.424 3.352.850 4.233.291
Guanambi 4.754.185 5.935.400 7.402.657 7.808.486 8.717.410 11.006.555
Ibiassucê 1.553.972 1.898.776 2.462.896 2.503.180 2.694.336 3.277.429
Igaporã 2.071.963 2.424.867 2.998.836 3.059.613 3.306.686 4.039.408
Ituaçu 2.377.093 2.739.416 3.417.191 3.604.109 4.023.420 5.079.949
Jacaraci 1.923.966 2.265.285 2.784.847 2.781.562 2.939.276 3.506.938
Lagoa Real 1.584.729 1.826.277 2.278.127 2.402.740 2.682.281 4.225.821
Licínio de Almeida 1.701.970 1.994.126 2.463.365 2.503.336 2.694.336 3.277.429
Livramento do Brumado 3.181.943 3.864.806 5.124.570 5.405.760 6.035.130 7.619.923
Maetinga 1.584.729 2.049.661 2.846.404 3.003.008 3.352.850 4.233.291
Malhada de Pedras 1.331.976 1.563.384 1.927.894 1.947.059 2.081.987 2.515.449
Mortugaba 1.701.970 1.994.126 2.463.365 2.503.336 2.694.336 3.277.429
Palmas de Monte Alto 2.377.093 2.739.416 3.417.191 3.604.109 4.023.420 5.079.949
Pindaí 1.923.966 2.329.518 2.998.367 3.059.458 3.306.686 4.039.408
Piripá 1.980.911 2.653.314 2.849.729 3.603.692 4.023.420 5.079.949
Presidente Jânio Quadros 2.377.093 2.739.416 3.417.191 3.604.109 4.023.420 5.079.949
Rio do Antônio 1.980.911 2.282.846 2.847.659 3.003.424 3.352.850 4.233.291
Sebastião Laranjeiras 1.331.976 1.563.384 1.927.894 1.947.059 2.081.987 2.515.449
Tanhaçu 2.377.093 2.739.416 3.417.191 3.604.109 4.023.420 5.079.949
Urandi 2.377.093 2.619.529 2.999.802 3.059.934 3.306.686 4.039.408
Fonte: Ministério da Fazenda (2006?).
132

3.5.6 Agropecuária

Serão analisados nesse item, questões relacionadas às lavouras temporárias


e permanentes, à pecuária, aos produtos de origem animal e às concessões de
financiamentos.

1.1.1.12. 3.5.6.1 Lavouras temporárias e permanentes

Apesar da diversidade na agricultura, a cana-de-açúcar e a mandioca


representam itens importantes na pauta da lavoura da região da Serra Geral,
contribuindo para a geração de renda no conjunto de seus municípios. Analisando-
se o ano de 2004, a lavoura da mandioca corresponde a 36,96% do total produzido
da Serra Geral, enquanto que a cana-de-açúcar representa 20%. Os principais
municípios produtores de mandioca, com mais de 20 toneladas são Caetité, Licínio
de Almeida e Livramento de Brumado. Em relação à cana-de-açúcar, o principal
produtor, com 17,04% da Serra Geral, é o município de Sebastião Laranjeiras,
considerado um dos mais importantes produtores de cachaça da região (SEI,
2006b).

Considerando-se todos os itens das lavouras temporárias e permanentes em


2004, de acordo com a Tabela 49, a área plantada é de 117.128 ha e a área colhida
é de 113.608 ha, com uma produção de 575.405 toneladas. O maior produtor é o
município de Livramento de Nossa Senhora, com 23,86% da região e considerado
um dos mais importantes produtores de frutas do Estado da Bahia. Em relação ao
Estado da Bahia, Serra Geral contribui com apenas 3,14 da quantidade produzida,
em toneladas (SEI, 2006b).
133

Tabela 49 – Estado da Bahia - Região da Serra Geral - área plantada e colhida (em hectare),
quantidade produzida (em toneladas) e valor da produção (em R$ 1.000) das lavouras temporárias e
permanentes – 2004

Região da Serra Geral e


Área Plantada Área Colhida Quantidade Produzida Valor
seus municípios
Serra Geral 117.128 113.608 575.405 185.517
Aracatu 1.740 1.740 2.202 1.036
Brumado 3.150 3.150 3.390 2.769
Caculé 2.071 2.071 15.009 4.957
Caetite 5.866 5.866 54.341 16.741
Candiba 4.950 4.950 12.159 2.684
Condeúba 3.015 3.015 18.002 3.464
Contendas do Sincorá 812 812 8.087 1.430
Cordeiros 1.285 1.285 12.603 1.701
Dom Basílio 6.245 5.225 35.364 16.657
Guajeru 1.370 1.370 4.251 1.038
Guanambi 10.977 10.977 36.542 10.629
Ibiassucê 616 616 5.034 1.606
Igaporã 1.272 1.272 8.697 2.723
Ituaçu 4.660 4.660 6.999 5.346
Jacaraci 2.466 2.466 24.618 7.231
Lagoa Real 3.016 3.016 14.071 5.422
Licínio de Almeida 3.657 3.657 32.733 9.471
Livramento Nossa Senhora 20.420 17.920 137.300 43.477
Maetinga 1.280 1.280 5.031 1.172
Malhada de Pedras 960 960 2.017 722
Mortugaba 2.118 2.118 15.862 4.642
Palmas de Monte Alto 9.450 9.450 14.872 8.165
Pindaí 8.210 8.210 16.200 5.199
Piripá 985 985 10310 1386
Presidente Jânio Quadros 1.680 1.680 6.917 1.569
Rio do Antônio 899 899 8.541 2.021
Sebastião Laranjeiras 7.475 7.475 41.814 11.475
Tanhaçu 3.332 3.332 10.665 6.989
Urandi 3.151 3.151 11.774 3.795

Fonte: SEI (2006b).

1.1.1.13. 3.5.6.2 Pecuária

Quanto à produção animal, em 2004 a região contava com um efetivo de


3.025.727 cabeças, com 19,04% concentrados na produção de gado bovino e
59,92% concentrados na produção de aves (galinhas, galos, frangas, frangos e
pintos). O incentivo à criação de ovinos e caprinos na região, devido ao clima
134

favorável, fez com que esse rebanho alcançasse um nível de 10,80% de todo o
efetivo da região (SEI, 2006b).

Os maiores produtores de bovinos em 2004 eram Palmas de Monte de Alto


(9,88%), Guanambi (7,48%), Brumado (7,20%), Caetité (5,66%) e Livramento de
Nossa Senhora (5,66%). Quanto à produção de aves, Caetité, Caculé e Urandi são
os maiores produtores, respondendo com 22,44% do efetivo de aves da região da
Serra Geral (SEI, 2006b).

A Figura 5 e a Tabela 50 apresentam evolução no efetivo de rebanhos da


Serra Geral para o período de 2000 a 2004. As análises demonstram que o efetivo
deu um salto na produção a partir do ano 2000 alcançando o auge em 2001. No
entanto, começou a cair em 2001, tendo sua pior produção no ano de 2003. A partir
desse ano, novamente começa a crescer de forma discreta. O fato pode estar
relacionado a várias causas, dentre elas a estiagem, a falta de créditos e
financiamentos e a falta de políticas municipais ou regionais de apoio aos pequenos
produtores rurais.

3.100.000
3.080.000
3.060.000
Quantidade (animais)

3.040.000
3.020.000
3.000.000
2.980.000
2.960.000
2.940.000
2.920.000
2000 2001 2002 2003 2004

Pe ríodo

Figura 5 – Estado da Bahia - Região da Serra Gera – gráfico do efetivo de rebanhos - 2000 a 2004

Fonte: SEI (2006c).


135

Tabela 50 – Estado da Bahia - Região da Serra Geral – efetivo do rebanho – 2000 a 2004

Ano
Região da Serra Geral e Municípios
2000 2001 2002 2003 2004
Serra Geral 3.003.701 3.090.360 3.046.783 2.988.878 3.025.727
Aracatu 86.769 92.954 97.969 101.132 105.229
Brumado 151.647 156.098 160.221 164.818 171.149
Caculé 141.186 149.569 152.425 150.798 154.903
Caetité 232.621 243.862 247.622 237.784 242.722
Candiba 48.145 56.143 56.610 58.315 57.093
Condeúba 88.988 88.790 82.700 86.195 87.182
Contendas do Sincorá 48.918 52.135 52.860 53.557 53.861
Cordeiros 54.412 55.300 48.430 45.834 43.028
Dom Basílio 35.856 32.450 33.736 31.502 30.680
Guajeru 81.038 82.750 73.240 71.893 71.525
Guanambi 81.965 92.783 92.855 98.839 100.241
Ibiassucê 135.002 136.758 135.447 128.210 127.141
Igaporã 133.279 134.462 135.289 133.027 131.432
Ituaçu 87.166 89.367 91.573 94.161 96.473
Jacaraci 132.215 133.778 131.787 127.751 133.130
Lagoa Real 138.481 140.868 141.307 138.710 140.278
Licínio de Almeida 123.498 124.952 126.268 122.784 123.076
Livramento de Nossa Senhora 125.802 122.801 130.300 124.790 126.370
Maetinga 79.021 78.580 68.110 57.915 55.966
Malhada de Pedras 56.613 58.019 59.569 61.307 63.147
Mortugaba 124.670 126.094 128.410 125.216 125.433
Palmas de Monte Alto 78.255 88.677 87.520 87.520 102.210
Pindaí 57.845 61.393 59.150 60.604 60.656
Piripá 137.009 137.510 109.750 95.747 91.840
Presidente Jânio Quadros 105.689 105.965 90.430 82.853 78.585
Rio do Antônio 124.685 126.384 127.122 121.177 114.708
Sebastião Laranjeiras 53.075 56.056 54.810 58.587 62.445
Tanhaçu 118.159 121.408 125.084 129.655 135.226
Urandi 141.692 144.454 146.189 138.197 139.998

Fonte: Sidra (2006).


1.1.1.14.

1.1.1.15. 3.5.6.3 Produtos de origem animal

Quanto aos produtos de origem animal, os dados são relativos ao leite, mel
de abelha e ovos de galinha. De acordo com os dados da Tabela 51, Guanambi e
Palmas de Monte Alto, por serem os maiores produtores de bovinos, são os maiores
produtores de leite. Entretanto, percebe-se que o valor do litro nestes dois
municípios está bem abaixo da média da região, ou seja, enquanto que a média é de
136

R$ 0,55, em Palmas de Monte e em Guanambi, o preço do litro do leite é de R$


0,35. Esse fato pode ser decorrente da existência da Cooperativa Agropecuária de
Guanambi Responsabilidade Ltda. (COOPAG), a qual compra leite de produtores de
alguns municípios da micro região de Guanambi.

Diante desse fato, mesmo que Guanambi apareça como o maior valor da
produção da região, um fato importante que deve ser considerado, no entanto, é que
apesar do município de Brumado produzir 123,79% menos do que Guanambi,
possui o segundo maior valor de produção, diferindo de Guanambi em apenas
11,88% nos valores. Esse fato decorre no valor do litro do leite que, em Brumado é
superior 100% ao de Guanambi, ou seja, o valor em Brumado é de R$ 0,70.

No que diz respeito à produção de ovos de galinha, Caetité, além de possuir o


maior efetivo de aves, conseqüentemente é o maior produtor de ovos,
representando 11,07% da região (Tabela 51).

Para mel de abelha, somente 11 municípios da Serra Geral produzem esse


alimento, cabendo destaque para Caculé e Caetité que, juntos, respondem por
36,87% da quantidade produzida e por 34,71% do valor da produção. Essa, apesar
de ser considerada uma atividade barata e de subsistência, o apoio recebido pelos
órgãos públicos ainda é muito pequeno, fato este que contribui para que grande
parte dos municípios da Serra Geral não sejam produtores.
137

Tabela 51 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – produtos de origem animal – 2000 a 2004

Leite (Mil litros) Ovos de Galinha (Mil dúzias) Mel de abelha (Quilograma)
Município
Quantidade Valor (R$) Quantidade Valor (R$) Quantidade Valor (R$)
Serra Geral 54.634 26.554.915 4.435 6.512.611 19.800 136.715
Aracatu 1.590 1.271.856 59 88.052 - -
Brumado 3.379 2.365.524 101 151.839 - -
Caculé 1.786 982.375 393 589.475 3.740 24.310
Caetité 3.964 2.180.207 519 778.611 3.560 23.140
Candiba 3.924 1.373.400 70 91.000 - -
Condeúba 840 394.800 99 123.613 - -
Contendas do 424 169.728 100 139.404 - -
Sincorá
Cordeiros 314 147.580 63 72.903 - -
Dom Basílio 584 583.999 36 53.916 - -
Guajeru 660 310.200 72 82.375 - -
Guanambi 7.562 2.646.525 68 91.800 - -
Ibiassucê 1.406 773.040 244 365.357 530 3.445
Igaporã 3.828 1.914.112 250 375.261 640 4.160
Ituaçu 737 737.066 70 105.318 - -
Jacaraci 1.605 802.350 238 356.483 2.460 15.990
Lagoa Real 2.156 1.077.944 232 348.276 1.800 11.700
Licínio de 1.040 519.977 249 373.994 1.450 9.425
Almeida
Livramento de 1.173 938.158 160 319.052 2.500 25.000
Nossa Senhora
Maetinga 278 130.660 61 69.702 - -
Malhada de 657 459.984 39 58.707 - -
Pedras
Mortugaba 1.843 921.604 268 401.676 1.060 6.890
Palmas de 4.340 1.519.000 54 64.500 - -
Monte Alto
Pindaí 3.015 904.500 57 74.295 - -
Piripá 379 178.130 120 149.785 - -
Presidente 470 220.900 92 114.768 - -
Jânio Quadros
Rio do Antônio 1.566 782.842 252 377.325 590 3.835
Sebastião 2.808 842.400 45 58.500 - -
Laranjeiras
Tanhaçu 633 569.619 80 120.036 - -
Urandi 1.673 836.435 344 516.588 1.470 8.820

Fonte: SEI (2006b).

1.1.1.16.
1.1.1.17. 3.5.6.4 Concessão de financiamentos

Os dados disponíveis são ainda de 2003 podendo, assim, não representar a


realidade atual. Assim, no que diz respeito à concessão de financiamentos na área
138

rural, em 2003, foram concedidos financiamentos a 7.068 produtores na pecuária e


11.063 financiamentos a produtores agrícolas, representando 8,92% para a pecuária
e 2,97% para a agricultura, em relação ao total do Estado da Bahia (Tabela 52). O
valor total dos contratos financiados neste período, na pecuária e na agricultura,
representam somente 8,69% de todo o Estado (SEI, 2004). Observa-se, também,
concentração na concessão de financiamentos para custeio na agricultura. É
importante esclarecer que a concessão de financiamentos na agricultura poderá
elevar o nível de produtividade, melhorar as condições de vida no campo e, até
mesmo, evitar que as pessoas saiam da zona rural para procurarem uma fonte de
renda na cidade.

Esses dados mostram que a região econômica da Serra Geral é muito pouco
beneficiada pelas instituições financeiras, dificultando ainda mais a vida dos
pequenos produtores e agricultores.
139

Tabela 52 – Estado da Bahia – Região da Serra Geral – financiamentos por tipo de atividade (em R$) – 2003
Agrícola Pecuária
Serra Geral e Municípios Contrato (Und) Valor (R$) Contrato (Und) Valor (R$)
Custeio Investimento Custeio Investimento Custeio Investimento Custeio Investimento
Serra Geral 10.859 204 16.608.151 1.217.893 1.911 5.157 6.195.823 5.376.190
Aracatu 7 5 7.986 1.669 137 701 571.236 658.890
Brumado 338 26 496.208 12.846 293 541 1.482.283 365.635
Caculé 356 1 322.188 1.000 - 30 - 57.705
Caetité 1.217 6 1.858.044 11.681 9 146 153.188 147.125
Candiba 788 - 791.594 - 4 137 80.485 201.971
Condeúba 186 11 333.196 23.127 196 56 357.005 39.252
Contendas do Sincorá 2 - 4.072 - - - - -
Cordeiros 46 3 71.693 3.767 48 40 82.940 37.352
Dom Basílio 17 2 101.707 101 96 92.532
Guajeru 121 9 227.824 11.972 152 305 264.540 239.890
Guanambi 1.335 57 1.531.455 448.393 9 452 186.154 473.787
Ibiassucê 255 7 245.302 3.263 1 316 11.783 209.806
Igaporã 102 0 134.129 - 5 27 43.458 28.985
Ituaçu 385 0 1.017.639 - 85 1 209.161 500
Jacaraci 73 0 105.535 - 473 83 1.040.198 1.013.472
Lagoa Real 604 2 827.162 2.000 2 24 28.678 11.200
Licínio de Almeida 425 0 496.664 - 18 0 95.557 -
Livramento de Nossa Senhora 1.243 4 3.462.897 19.348 62 925 153.320 498.910
Maetinga 23 0 36.601 - 5 182 9.001 113.290
Malhada de Pedras 23 24 29.401 15.800 34 196 67.871 110.120
Mortugaba 7 0 8.913 - 134 26 248.363 68.537
Palmas de Monte Alto 838 4 995.401 140.910 14 287 324.989 407.562
Pindaí 789 0 764.705 - 1 291 28.420 28.420
Piripá 28 14 57.703 16.093 48 62 85.637 57.330
Presidente Jânio Quadros 182 4 285.227 5.400 151 157 267.712 125.373
Rio do Antônio 647 6 836.581 8.041 8 20 32.446 14.200
Sebastião Laranjeiras 171 2 572.734 264.916 4 19 95.853 48.561
Tanhaçu 350 17 541.985 227.568 16 23 267.168 93.085
Urandi 301 0 443.605 - 2 14 8.376 232.701
Fonte: SEI (2006b).
140

Após a apresentação e análise dos dados disponíveis sobre a região da Serra


Geral, torna-se necessário iniciar a discussão especificamente sobre o município em
tela, qual seja, Caetité. As informações encontradas no diagnóstico da região da
Serra Geral demonstram que os municípios mais influentes são os de Guanambi,
Brumado, Caetité e Livramento de Brumado, os quais possuem uma maior
expressão econômica e demográfica em todo o contexto regional.

Neste sentido, a análise realizada da região não define os eixos de


desenvolvimento da Serra Geral nem define as oportunidades de mercado
específicas, mas, apresenta um panorama geral que engloba desde aspectos
territoriais até aspectos sócio-econômicos e institucionais.

As sinergias da região estão relacionadas às iniciativas de desenvolvimento


regional e na articulação de esforços e consensos de idéias e políticas entre os
atores públicos e privados que deveriam ser convertidos em agentes de
desenvolvimento.

Como a Serra Geral é considerada uma das regiões mais pobres do Estado
da Bahia e uma das menos urbanizadas, os dados demonstram, em síntese, que
não existe um marco de condições gerais que determinem um cenário viável para
impulsionar um desenvolvimento regional harmônico.

Na próxima seção, será analisado minuciosamente o município de Caetité,


pois, dentro do processo de desenvolvimento, conhecer o município é fundamental
para pensar no seu futuro. Quando a realidade do município é conhecida, torna-se
mais fácil identificar as necessidades, soluções e as oportunidades, e isto pode ser
feito através da realização de um diagnóstico que envolva, além da participação das
pessoas, a pesquisa em fontes secundárias.
141

4 DIAGNÓSTICO MUNICIPAL DE CAETITÉ

O diagnóstico do município procurou identificar as principais atividades


econômicas locais e examinou a dinâmica populacional, do emprego e da renda
para se ter um quadro das principais atividades empresariais, das necessidades de
criação de emprego, do nível de qualificação dos recursos humanos e do nível de
renda dos empregados na economia. Para completar o quadro analítico, foram
analisadas as condições de infra-estrutura física e social, ou seja, todos os fatores
condicionantes favoráveis ou desfavoráveis ao desenvolvimento econômico e social
local. O diagnóstico foi realizado com base em dados secundários e através de
entrevistas e oficina junto a lideranças locais.

4.1 HISTÓRICO

A história sobre a origem e o povoamento do município de Caetité gerou


muitas conclusões. A primeira delas diz respeito à existência de aldeia de índios
Caetés, pertencentes ao grupo tupi-guarani. No entanto, esses índios foram os
primitivos habitantes da costa da Paraíba, Pernambuco e Alagoas, que abrangia
desde o Cabo de Santo Agostinho até a foz do Rio São Francisco, e não habitaram
o sertão. Por meio dessa versão, adviria o nome da cidade: Caetité.

A própria Enciclopédia dos Municípios Brasileiros, obra oficial realizada pelo


Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), no governo do Dr. Antônio
142

Balbino de Carvalho Filho, em 1958, informa que “Caetité foi, originariamente, uma
aldeia dos índios Caetés” (OS PRIMEIROS..., 2002).

Esta versão foi concretizada e espalhada em 1892, no governo Rodrigues


Lima, quando João Gumes (advogado, jornalista e escritor) foi encarregado, pelo
diretor do Arquivo Público da Bahia, de fornecer informações sobre o Município. As
informações recebidas pelo Diretor do Arquivo Público da Bahia, Dr. Francisco
Vianna, foram de que, realmente, Caetité havia sido uma antiga aldeia de índios
caetés (OS PRIMEIROS..., 2002).

Assim, as informações equivocadas dadas por João Gumes foram


parar no livro “Memórias sobre o Estado da Bahia”, de Francisco Vianna, em 1895.
Mais tarde, João Gumes reconheceu seu erro e publicou no antigo jornal local “A
Penna”, de 1928. Também, o equívoco foi citado pela professora Helena Lima
Santos (1996), em seu livro "Caetité, pequenina e ilustre", apud (OS PRIMEIROS...,
2002).

Sucessivamente, muitos outros escritores, tais como Arthur Dias (1896),


Pedro Celestino da Silva (1932), entre outros, se dirigiam a Caetité, informando que
o município fora aldeia dos índios Caetés (OS PRIMEIROS..., 2002).

Descartadas as hipóteses do povoamento do território pelos índios Caetés, a


segunda conclusão é a de que o território foi povoado por tribos da linhagem Jê,
índios do interior, originalmente chamados Tapuias33, cujas principais tribos foram as
dos aimorés, goitacás e cariris (OS PRIMEIROS..., 2002).

A extensa área na qual Caetité está localizada revela-se ignorada: não


registra qual a família indígena que habitou o território, mas o mapa que a Figura 6
apresenta é bastante claro: o São Francisco era um rio quase todo Jê e,
conseqüentemente, o município de Caetité.

33
Termo empregado pelos índios tupinambás para designar grupos indígenas adversários, de fala
não-tupi.
143

Figura 6 – Distribuição geográfica dos mais importantes grupos indígenas

Fonte: Os Primeiros... (2006).

Segundo Estêvão Pinto, em seu livro Os Indígenas do Nordeste (apud OS


PRIMEIROS...., 2002), a região a oeste do São Francisco era ocupada por uma
ramificação Jê dos Acroás, tribo já extinta, e mais a leste, mas na direção do
município de Caetité, estavam os Camacãs ou Mongoiós, alguns já extintos e que
deixaram para o futuro não apenas o gene misturado nos atuais moradores como,
também, demonstraram, com inscrições rupestres, que sua cultura era rica e criativa,
conforme Figuras 7 e 8.
144

Figura 7 – Estado da Bahia – Caetité – inscrições rupestres dos índios Camacãs

Fonte: Os Primeiros... (2006).

Figura 8 – Mapa da ocupação dos indígenas no Nordeste

Fonte: Os Primeiros... (2006).

Os chamados Mongoiós foram os primeiros habitantes de Vitória da


Conquista, cidade originária de Caetité, e eram próximos do meniãs, dos catatóis,
dos cutaxós e dos massacards, todos do sertão baiano. Este mesmo autor registra,
ainda, como habitantes do perímetro entre os rios Pardo e das Contas os índios
145

Pataxós, e suas subdivisões copoxós, manunis, panhames e maxacalís, alguns já


extintos.

Em muitas localidades do município, é comum perceber caracteres indígenas


na população nativa, o que indica que de fato o elemento índio esteve presente no
território caetiteense sendo, entretanto, absorvido pela miscigenação (OS
PRIMEIROS..., 2002).

Mesmo antes da chegada dos portugueses, vários movimentos migratórios


foram detectados entre as diversas tribos e nações. O litoral apresentava uma
qualidade de vida silvícola mais amena que os sertões, onde a irregularidade
pluviométrica e a escassez de produtos extrativos eram fatores pouco convidativos.
Supõem os historiadores que os povos mais fracos foram povoar estas áreas,
expulsos pelas demais (OS PRIMEIROS..., 2002).

Com a chegada dos lusitanos e internação do povoamento, novas migrações


foram forçadas, existindo mesmo campanhas empreendidas neste sentido. Tudo
leva a crer, entretanto, como Caetité tendo sido, já no século XVII, um posto de
catequese de tribo Camacã.

Nestas comunidades, e em muitas outras da zona rural, é comum notar-se


caracteres indígenas na população nativa, o que indica que de fato o elemento índio
esteve presente no território caetiteense sendo, entretanto, absorvido pela
miscigenação (OS PRIMEIROS..., 2002).

4.2 TOPÔNIMO

O fato de o topônimo Caetité ser de origem tupi explica-se porque esta foi a
língua adotada pelos padres para se comunicar com os silvícolas (OS
PRIMEIROS..., 2002).
146

Visivelmente, a Leste do centro da cidade de Caetité (Figura 9), existe uma


enorme afloração rochosa, que dá nome ao local: é a Pedra Redonda. Bem perto
dela há o local ainda chamado de "Caetité Velho", por ter sido a origem do
povoamento.

A escarpa e vale onde a sede atualmente se desenvolveu - isto desde o


século XVIII – era originalmente um enorme capão (ilha de mata em meio à
caatinga), com brejo, lagoa, minadouros e pequena floresta. Uma mata, uma pedra
enorme, as características marcantes do lugar estavam delineadas. Em tupi: caa ita
eté. – mata da pedra grande (OS PRIMEIROS..., 2002).

Figura 9 – Estado da Bahia – Caetité – foto da vista parcial do município

Fonte: a autora.

A historiografia local justifica, então, em suas obras a real origem: Caetité vem
do tupi, forma sincopada de CAA (mata), ITA (pedra) e ETÉ (grande) (PREFEITURA
MUNICIPAL DE CAETITÉ, 2006).
147

Possíveis controvérsias sobre o significado de eté ou etê são recomendadas


consultas aos dicionários de tupi, onde o vocábulo encontra diversas conotações,
conforme Figura 10.

Figura 10 – Esquema das formas usadas para a grafia de Caetité

Fonte: (OS PRIMEIROS..., 2002).

1.2. A VILA NOVA DO PRÍNCIPE E SANTANA DE CAETITÉ

No ano de 1801 os habitantes do local, então pertencente à Comarca de Rio


de Contas, se cotizaram para comprar à Coroa o título de Vila e, para tanto,
encaminharam o requerimento à Metrópole européia. Houve grande oposição por
parte de Rio de Contas, o que não impediu o deferimento do pleito no ano de 1803
(VILLA..., 2002).

O atraso se deu em virtude da fuga da família Real para o Brasil, em face da


invasão napoleônica. Foi somente depois da mudança da administração para o Rio
de Janeiro, portanto, que Caetité foi elevada à condição de vila sob o nome de Villa
Nova do Príncipe e Santana de Caetaté, no dia 05 de abril de 1810.
148

A criação da Vila possibilitou um avanço do padrão de civilidade, pois a


criação de escolas, inclusive de latim, mesmo que com um processo lento de
implantação, era considerada indispensável para o progresso da mesma. Apesar da
grande oposição por parte de Rio de Contas, finalmente, Caetité foi desmembrada
de Minas de Rio de Contas, pela Lei provincial n. 518, de 19 de abril de 1855,
tornando-se Comarca, de 1º Entrância, instalada pelo juiz de Direito, Dr. Francisco
José de Lisboa (VILLA..., 2002).

Em 12 de outubro de 1867, a vila foi elevada a cidade, pela Lei n. 995. Desde
então, a cidade contava com a participação no cenário cultural e político baiano,
como referência nas grandes decisões. Do território original advieram 47 cidades,
algumas destacando-se pelo progresso como Vitória da Conquista, Itapetinga e
Brumado. Dentre essas, são as seguintes cidades (VILLA...,2002):

Anajé (de Conquista, 1962); Aracatu (Brumado, 1962); Barra do Choça


(Conquista, 1962); Belo Campo (Conquista, 1962); Boa Nova (Vitória da Conquista,
1880); Bom Jesus da Serra (Poções,1989); Brumado (de Caetité, em 1877);
Caatiba (Conquista, 1961); Caculé (de Caetité, em 1919); Caetanos (Poções,1989);
Candiba (de Guanambi, 1962); Cândido Sales (Conquista, 1962); Caraíbas
(Tremedal, 1989); Condeúba (1889); Cordeiros (Condeúba, 1961); Dário Meira;
Encruzilhada (Macarani, 1952); Guajeru (Condeúba, 1985); Guanambi (seu território
originalmente pertencia à Villa Nova, depois passou a Palmas de Monte Alto quando
esta desmembrou-se de Macaúbas em 1840, por sua vez oriunda de Urubu em
1832); Ibiassucê (1943); Ibicuí (Poções, 1952); Igaporã (Caetité, 1953/58); Iguaí
(Poções, 1952); Itagibá; Itambé (Conquista, 1927); Itapetinga (Itambé,1952);
Jacaraci (Caetité, 1880); Lagoa Real (de Caetité,1989); Licínio de Almeida
(Jacaraci/Urandi, 1962); Macarani (de Vitória da Conquista, 1921); Maetinga (J.
Quadros, 1985); Maiquinique (Macarani, 1961); Malhada de Pedras (Brumado,
1962); Manoel Vitorino (Boa Nova, 1962); Mirante (Boa Nova, 1962); Mortugaba
(Jacaraci, 1943); Nova Canaã (Poções, 1961); Pindaí (Urandi, 1962); Piripá
(Condeúba, 1962); Planalto (Poções, 1962); Poções (Conquista, 1880/1923); Pres.
Jânio Quadros (1961); Ribeirão do Largo (Encruzilhada, 1989); Rio do Antonio
149

(Caetité, 1889); Tremedal (Condeúba, 1953); Urandi (de Caetité, 1889) e Vitória da
Conquista (de Caetité, em 1840).

A Figura 11 mostra a genealogia do município de Caetité, apresentando as


cidades oriundas do seu território original.

Figura 11 – Estado da Bahia – Caetité – esquema da genealogia municipal

Fonte: (VILLA..., 2002).

No mapa da Bahia em 1827 (Figura 12), Caetité formava limites a Leste com
Barra do Rio de Contas, Ilhéus e Belmonte; a Oeste com Urubu; ao Sul com o
Estado de Minas Gerais; a Norte com Minas do Rio de Contas. Esses limites não
são mais os mesmos e Caetité, nos dias atuais, perdeu espaço territorial com a
emancipação de 44 Municípios (VILLA..., 2002).
150

34
Figura 12 – Estado da Bahia – Caetité – mapa dos limites em 1827

Fonte: Wikipédia (2006).

Teodoro Sampaio passou por Caetité em 1880 e, embora muito mais voltado
para os aspectos físicos e de produção, consignou sobre Caetité: “Como empório
comercial que é destes sertões apartados, Caetité constituiu-se o centro irradiante
de uma viação ordinária e bastante ativa”. De fato, a feira era o grande evento
comercial, onde a produção agro-pastoril era vendida e a grande fonte de negócios
(OS PRIMEIROS... 2006).

A Figura 13 apresenta os principais símbolos do município de Caetité: a


Bandeira e o Brasão.

Figura 13 – Estado da Bahia – Caetité – símbolos oficiais (bandeira e brasão)

Fonte: Prefeitura Municipal de Caetité (2006).

34
Mapa hospedado no site pela Prefeitura Municipal de Caetité.
151

4.4 ASPECTOS TERRITORIAIS E GEOGRÁFICOS

O município de Caetité está situado no sudoeste baiano, a 757 km de


Salvador, capital do Estado (Tabela 1). As rodovias de acesso são a BR 030 e a BR
430 (Figura 14). Além do acesso rodoviário, o município possui um campo de pouso
de aviões, localizado a 7 km da sede.

Figura 14 – Estado da Bahia – Caetité – mapa das rodovias de acesso ao município


35
Fonte: Yahoo! Geocities (2006) .

A área territorial do município é de 2.306,38 km2, o que equivale a 0,46% da


superfície estadual e 7,14% da Região Econômica da Serra Geral (Tabela 1). Estão
incluídos em sua extensão territorial, além da sede municipal, quatro distritos com as
seguintes distâncias da sede: Brejinho das Ametistas, a 24 km; Caldeiras, a 60 km;
Maniaçu, a 28 km e; Pajeú dos Ventos, a 26 km. Além disso, alguns povoados de
35
Mapa hospedado no site pela Prefeitura Municipal de Caetité. Sem escala no original.
152

maior importância se destacam como Anguá, Campinas, Juazeiro, Santa Luzia e


Umbuzeiro.

Localiza-se a uma altitude média de 826 metros acima do nível do mar,


situando-se a uma posição geográfica determinada pelo paralelo de 14º04'00'' de
Latitude Sul e 42º29'00'' de Longitude Oeste, em graus e decimais de graus (Tabela
1). O ponto culminante situa-se em Brejinho das Ametistas, medindo 1.700 metros.

Sua população residente era de 45.727 (censo 2000-2001) e a estimada em


2005 (01 julho de 2005) era de 48.041 habitantes (IBGE, 2006).

4.4.1 Regionalização

A regionalização de Caetité está assim definida pelo Centro de Estatísticas e


Informações da Bahia (CEI, 1994):

a) Microrregião homogênea: (026) Guanambi;

b) Região de Planejamento: (009) Serra Geral;

c) Região Administrativa: (024) Caetité;

d) Região Econômica: (013) Serra Geral;

A mais recente, no entanto, menos utilizada, é a regionalização denominada


“Eixo de Desenvolvimento”, na qual Caetité localiza-se no Eixo de Desenvolvimento
do Planalto Central, conforme a Secretaria do Planejamento do Estado da Bahia
(SEPLAN, 2006a). No entanto, os mesmos municípios constantes da Região
Econômica (13) são os constantes do Eixo de Desenvolvimento do Planalto Central.
153

Assim, para fins da realização do presente trabalho, será utilizada a Região


Econômica de Serra Geral (CEI, 1994).

4.4.2 Lesgislação Político-Administrativa

Quanto à legislação Político-Administrativa do município de Caetité, de acordo


com a Prefeitura Municipal de Caetité (2006) e a SEI (1996), tem-se:

• lei de criação (espécie e número): Lei n. 995

• data: 26 de fevereiro de 1810 – Diário Oficial: 10 de fevereiro de 1954;

• lei vigente: Lei n. 628, de 30 de dezembro 1953;

• data de aniversário: 5 de abril;

• município de origem: Rio de Contas;

• topônimo anterior: Vila Nova do Príncipe de Santana do Caetité;

• municípios limítrofes (Figura 15): Igaporã, Guanambi, Pindaí, Licínio de


Almeida, Caculé, Ibiassucê, Lagoa Real, Livramento do Brumado, Paramirim,
Tanque Novo e Macaúbas.
154

Figura 15 – Estado da Bahia – Caetité – mapa dos limites municipais


36
Fonte: Yahoo! Geocities (2006) .

4.5 RECURSOS NATURAIS

A região apresenta várias potencialidades em se tratando dos recursos


naturais. O relevo acidentado, o solo fértil, a disponibilidade de água de qualidade e
diferentes composições minerais, bem como o clima definido e com temperaturas
amenas, podem favorecer as atividades ligadas ao turismo e aos esportes radicais,
além da procura por alternativas que subsidiem a qualidade de vida e a saúde. Isto,

36
Mapa hospedado no site pela Prefeitura Municipal de Caetité. Sem escala no original.
155

sem considerar os fatores positivos que tais características naturais oferecem à


exploração agropecuária.

Em um processo de desenvolvimento endógeno, a ênfase maior está na


mobilização de recursos latentes da região, privilegiando-se o esforço, de dentro
para fora, na promoção do desenvolvimento.

4.5.1 Clima

O tipo climático do município de Caetité é ameno, variando de subúmido a


seco e semi-árido, conforme Tabela 2. Os períodos de maior insolação são nos
meses de abril e agosto (200 horas) e sua temperatura média anual é de 21,4ºC
(média máxima de 26,8ºC e mínima de 16,4ºC) (SEI, 2003a).

O período chuvoso vai de novembro a janeiro. Sua pluviosidade anual em


milímetros (mm): média: 841; máxima: 1.468; mínima: 396.

Por estar inserido 100% no Polígono das Secas, possui alto risco de seca.

Existe em Caetité o Observatório Astronômico (Figura 16) que, construído e


inaugurado em 1907, era destinado à observação e acompanhamento do movimento
climático e dos fenômenos físico-naturais da região do Alto do Sertão (MENDES,
1996). Entretanto, apesar de estar localizado na parte mais alta da cidade, já não
está mais em funcionamento.
156

Figura 16 – Estado da Bahia – Caetité – foto do Observatório Astronômico

Fonte: a autora.

4.5.2 Solo

Os tipos de solos predominantes são: latossolo vermelho-amarelo distrófico,


solos litólicos álicos, podzólico vermelho-amarelo eutrófico, areias quartzosas
distróficas, latossolo vermelho-escuro eutrófico, cambissolo eutrófico, planossolo
solódico, latossolo vermelho-amarelo álico (SEI, 2006b).

A classe de latossolo vermelho amarelo compreende solos muito profundos,


muito porosos e bem acentuadamente drenados, sendo, dessa forma, solos
adequados para a plantação de cana-de-açúcar, abundante no município.
157

4.5.3 Vegetação

No que diz respeito à vegetação, esta é composta por caatinga arbustiva (fora
algumas áreas próximas às nascentes) pertencente à região das estiagens, o que
dificulta a produção rural pela falta de água. A seca estimula o fenômeno do êxodo
rural, criando vários problemas para o município, principalmente para a sede do
mesmo, que não tem a infra-estrutura para receber toda essa população
(PREFEITURA MUNICIPAL DE CAETITÉ, 2006).

4.5.4 Relevo

A sede possui relevo acidentado. No geral, o relevo é constituído por


patamares orientais e ocidentais do espinhaço, pediplano sertanejo e superfícies dos
gerais do planalto espinhaço (CEI, 1994).

4.5.5 Geologia

Quanto à geologia, o início do Proterozoico Médio na Bahia marcou o tempo


de abertura da grande bacia sedimentar do Espinhaço Chapada Diamantina, a qual
abrange cerca de 25% do território baiano. As mineralizações associadas a esse
período são representadas pelas concentrações de urânio e ametista em Caetité
(ROCHA, entre 1998 e 2006). Outras ocorrências minerais importantes para o
município são ferro, manganês, calcedônia, talco, barita, ouro, amianto, topázio (SEI,
2006c). A geologia, em geral, é formada por granitóides, quartzitos, arenitos
feldspáticos, gnaisses, migmatitos, anfibolitos, depósitos eluvionares e coluvionares,
rochas básicas-ultrabásicas (SEI, 2006b).
158

4.5.6 Hidrogeologia

Na hidrogeologia, a importância relativa do aqüífero é de pequena a média,


com profundidades do nível estático entre 0 a 30 metros (SEI, 2003a). Existem
atualmente, 103 poços perfurados (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAETITÉ, 2006).
Conforme Tabela 6, Caetité conta com a barragem Lagoa do Barro com capacidade
de vazão de 350.000.000 m3 (SEI, 2003a). O Rio Barrado leva o mesmo nome e
está localizada na bacia hidrográfica do Rio de Contas. O Rio Caetité é um rio
temporário que corta o município, mas que não possui importância econômica. A
existência de nascentes é um recurso endógeno importante a ser considerado e que
contribui, de forma decisiva, para o desenvolvimento do município, o que foi
observado a partir da oficina realizada no município com as lideranças locais.

4.6 DEMOGRAFIA

Com uma população de 48.041 habitantes, o município de Caetité representa


8,14% da Região Econômica de Serra Geral, segundo estimativas em 2005 do IBGE
(2006).

As informações mais completas sobre a demografia são aquelas referentes à


contagem da população realizada pelo IBGE (2006), na qual Caetité tinha um total
de 45.727 residentes, distribuídos quase eqüitativamente entre suas zonas urbana
(52%) e rural (48%), mas, ainda assim, com uma leve predominância da população
urbana. Verifica-se, contudo, pela Tabela 53 que nas décadas anteriores era mais
forte a presença de moradores no campo que na cidade. A densidade demográfica
teve pouca variação no período de 1991 e 2005.

A Tabela 53 apresenta, também, uma taxa de urbanização crescente para o


município de Caetité. No entanto, em 2000, 48% da população ainda vivia na zona
rural.
159

Tabela 53 – Estado da Bahia – Caetité – população residente, taxa de urbanização e densidade


demográfica – 1991 a 2005

População residente Densidade demográfica


Ano Taxa de urbanização (%)
Total Urbana Rural (hab/km2)
1991 40.460 16.858 23.602 42 21
1996 43.518 20.550 22.968 47 18,86
2000 45.727 23.778 21.949 52 19,82
2005 48.041 ... ... ... 20,82

Fonte: CEI (1994) e SEI (1997, 2001, 2006a).

Interessante notar a estrutura da população de Caetité quanto a sua faixa


etária. A Tabela 54 apresenta a segmentação da população de Caetité quanto a sua
faixa etária. Nota-se que a população caetiteense pode ser considerada jovem, ou
seja, cerca de 89,17% da população total não atingiu os 60 anos de idade. Outro
dado importante é que cerca de 36% da população é formada por jovens em idade
escolar entre os níveis fundamental e médio, enquanto que 8.5% da população é
formada por jovens em idade escolar no nível superior (1.284 pessoas entre 20 e 25
anos).

Analisando-se a mesma Tabela, percebe-se uma queda na faixa etária das


populações entre zero e quatro anos. A faixa etária entre cinco e nove anos também
diminuiu nos últimos anos. Esse dado demonstra que as famílias, atualmente,
possuem menos filhos. No entanto, a população, no geral, aumentou em 13,74% em
relação ao Censo de 1970, 0,9% em relação ao Censo de 1980 e 13,24% em
relação ao Censo de 1991. Importante observar, pelos dados da Tabela 54, que a
população sofreu uma queda de 12,23% no período compreendido entre 1980 e
1991, voltando a crescer a partir dessa data. Outro dado importante a ser analisado
na Tabela 54 é em relação ao número de pessoas com mais de 60 anos, que vem
aumentando, mesmo através de números não muito significativos, mas que,
futuramente, poderá ser igual ou maior que a população de crianças entre zero e
quatro anos ou entre a população de crianças entre cinco e nove anos. Esse dado
demonstra, enfim, que houve melhoria na saúde e qualidade de vida, fazendo com
que a população de idosos seja maior a cada ano.
160

Tabela 54 – Estado da Bahia – Caetité – faixa etária da população residente – 1970 a 2005

Ano
Faixa etária
1970 1980 1991 2000 2001 2002 2003 2004 2005
0a4 6.220 6.355 5.269 4.374 4.446 4.470 4.516 4.558 4.660
5a9 5.941 6.072 5.250 5.148 4.943 3.591 5.019 5.070 5.182
10 a 14 5.313 6.179 5.030 5.569 5.494 4.970 5.576 5.632 5.757
15 a 19 4.334 5.216 4.313 5.162 5.191 5.521 5.271 5.322 5.440
20 a 29 6.230 6.710 6.637 7.508 7.632 7.673 7.750 7.826 8.000
30 a 39 4.053 4.640 4.502 5.803 5.899 5.930 5.990 6.049 6.183
40 a 49 3.103 3.724 3.322 4.473 4.418 4.442 4.486 4.530 4.631
50 a 59 2.353 2.744 2.436 3.056 3.106 3.123 3.154 3.185 3.256
60 a 69 1.494 2.135 1.860 2.318 2.357 2.369 2.393 2.416 2.470
70 e mais 1.130 1.500 1.742 2.316 2.351 2.364 2.387 2.412 2.462
Total 40.171 45.275 40.361 45.727 45.837 44.453 46.542 47.000 48.041

Fonte: SEI (1996) e Ministério da Saúde (2006c).

A Tabela 55 apresenta os dados da população de Caetité, por sexo, referente


ao período de 1995 a 2005. Observa-se que, no geral, mesmo que a população
feminina tenha sido sempre superior em relação à masculina, sempre esteve na
faixa dos 50%, ou seja, existe no município relativa distribuição da população entre
sexos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006c).

A Figura 17 apresenta a pirâmide etária do município de Caetité, com 49,38%


do sexo masculino e 50,62% do sexo feminino.

Tabela 55 – Estado da Bahia – Caetité –- população residente por sexo – 1996 a 2005

Ano Masculino Feminino Total


1995 20.822 21.501 42.323
1996 21.266 22.252 43.518
1997 21.579 22.577 44.156
1998 21.841 22.851 44.692
1999 22.104 23.123 45.227
2000 22.269 22.821 45.090
2001 22.639 23.198 45.837
2002 22.758 23.323 46.081
2003 22.987 23.555 46.542
2004 23.212 23.788 47.000
2005 23.728 24.315 48.043

Fonte: Ministério da Saúde (2006c).


161

Figura 17 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da população residente por faixa etária e sexo – 2006

Fonte: Ministério da Saúde (2006a).

A Tabela 56 e a Figura 18 mostram a evolução da população caetiteense no


período de 1995 a 2005 através de dados de Censos Demográficos e das
estimativas da população realizadas pelo IBGE. Percebe-se um crescimento
constante ao longo do período em análise. Quanto à taxa de crescimento anual da
população, a estimada no período de 1996-2000 é de 0,9% (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2006a).
162

Tabela 56 – Estado da Bahia – Caetité – população estimada e censos demográficos – 1995 a 2005

TERRITÓRIO 1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Estado da Bahia 12.620.518 12.691.804 12.709.744 12.851.268 12.993.011 13.070.250 13.198.640 13.323.212 13.435.612 13.704.574 13.815.334
Total Serra Geral 555.165 557.608 565.483 572.120 578.766 565.037 569.810 573.483 577.399 585.341 589.893
Caetité 41.732 43.518 44.155 44.692 45.230 45.727 45.838 46.081 46.541 47.507 48.041

Fonte: SEI (2006a).

49.000
48.000
47.000
População estimada

46.000
45.000
44.000
43.000
42.000
41.000
40.000
39.000
38.000
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Período

Figura 18 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução da população – 1995 a 2005

Fonte: SEI (2006b).


163

4.7 INFRA-ESTRUTURA

Utilizando-se o mesmo critério de Bihel (1988 apud ILPES, 1998), também


serão analisadas nos próximos tópicos, as infra-estruturas técnicas e sociais do
município de Caetité.

4.7.1 Infra-Estrutura Técnica

4.7.1.1 Meios de transporte

O transporte desempenha um papel importante para impulsionar e consolidar


o desenvolvimento econômico. Nesse sentido, as principais vias de acesso ao
município rodoviário, são as rodovias federais BR 030 e BR 430 que estão em bom
estado de conservação, além das estradas do interior do município, que carecem de
melhorias.

O usuário de transporte coletivo intermunicipal de Caetité é servido por uma


única empresa, a Viação Novo Horizonte S/A, que embarca e desembarca os
passageiros na estação rodoviária própria do município. O serviço é realizado,
partindo-se de Caetité para as cidades circunvizinhas e a cidade pólo-regional
Guanambi. Para demais localidades, o usuário caetiteense é obrigado a realizar
baldeações e/ou ocupar o transporte fora da estação rodoviária municipal, nos
pontos de serviço encontrados nas rodovias. Existem veículos alternativos que
trafegam pelos distritos e cidades circunvizinhas, além de uma cooperativa de táxi.

Já o transporte da população na zona urbana é explorado por motoristas


particulares (taxistas), inexistindo o transporte coletivo urbano pelas próprias
dimensões da sede municipal.
164

4.7.1.2 Frota

No que diz respeito à frota, a intensidade automobilística de um território


permite dimensionar o número de veículos por habitante, o que pode ter relação
direta com a distribuição da renda ou com níveis de pobreza. Na perspectiva do
desenvolvimento sustentável, esta variável está diretamente ligada à proteção da
atmosfera, ou seja, ligada à qualidade do ar e às emissões de gases com efeito
estufa, o que implica cuidados com a saúde da população com os ecossistemas.

Dos dados analisados, observa-se o crescimento positivo em todos os itens,


conforme Tabela 57. No entanto, o aumento mais significativo é o do quantitativo de
ônibus, que teve um crescimento de 1500% relativamente ao período compreendido
entre 1995-2004, que saiu de apenas dois veículos para 32. A quantidade de motos
também é um dado importante de ser analisado, visto ser este um transporte mais
acessível e de consumo mais barato de combustível. A sua evolução foi de
661,18%, ou seja, saiu de 152 motos em 1995 para 1.157, em 2004. Caetité
representa 5,78% das motos da região da Serra Geral (Tabela 57). Para 2004, o
total de veículos representa 10,32 pessoas por veículo.

Tabela 57 – Estado da Bahia – Caetité – quantidade de veículos, por tipo – 1995 a 2004

Ano
Tipo de Veículo
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Automóvel 853 918 1.072 1.249 1.434 1.473 1.514 1.615 1.796 1.984
Caminhão 179 194 204 224 262 273 313 334 351 367
Camioneta 395 430 477 515 611 658 729 812 884 937
Moto 152 174 237 298 419 484 559 751 964 1.157
Ônibus 2 2 3 8 14 23 44 29 34 32
Outros 8 12 22 28 37 55 68 123 155 180
Total 1.589 1.730 2.015 2.322 2.777 2.966 3.227 3.664 4.184 4.657

Fonte: SEI (2006a).

A Figura 19 apresenta as distâncias em quilômetros de Caetité para os


principais centros nacionais e cidades consideradas pólos regionais. Assim, o centro
nacional mais distante de Caetité é o município de São Paulo, distante 1.456,72 Km
e, o mais próximo, é o Distrito Federal, distante 825,78 Km. Quanto aos centros
165

regionais, o mais distante é o município de Barreiras, com 526,84 Km e, o mais


próximo, é o município de Guanambi, distante 38,18 km.

Figura 19 – Estado da Bahia – quadro da distância entre Caetité e os principais centros nacionais e
pólos regionais

Fonte: Maplink Rotas Urbanas e Rodoviárias (2006).

4.7.1.3 Campo de pouso

Caetité possui aeródromo público homologado, com localização a 14º 04'


02"S de Latitude Sul 42º 28' 02"W de longitude Oeste. Seu indicativo de localidade é
SNIE e sua elevação é de 870 metros. A designação da pista é 10 / 28, com
dimensões de 1.200 x 21m. A natureza do piso da pista é de asfalto e de condições
operacionais com visual diurna (SEI, 2000). O campo de pouso está localizado no
quilômetro sete da Rodovia Caetité – Maniaçu.
166

4.7.1.4 Meios de comunicação

Quanto aos meios de comunicação, estes desempenham, atualmente, um


papel essencial no desenvolvimento econômico e competitividade das regiões, uma
vez que estão baseadas na suposição de que proporcionam uma distribuição
uniforme da informação e que uma parte significativa das atividades adotará estas
tecnologias bem como suas aplicações. Assim, as telecomunicações se converteram
em um requisito imprescindível para a instalação de centros tecnológicos nos
territórios e, portanto, são grandes condicionantes da dinâmica desses determinados
territórios.

Caetité possui uma agência dos Correios que funciona em prédio próprio e é
instalada pela Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (EBCT). Além da
agência, possui seis correios comunitários e quatro caixas de coletas distribuídas
pelo município (SEI, 2003a).

No que diz respeito à telefonia, estas são administradas e operacionalizadas


através da Telemar. Em Caetité, existem 3.484 terminais telefônicos em serviço, de
acordo com dados da Tabela 13 (SEI, 2006b). Nas informações obtidas junto às
lideranças locais na oficina, o sistema de comunicação na zona rural é um dos
problemas mais sentidos e, portanto, uma das mais sérias reivindicações da
população. Além da escassez em alguns pontos e da inexistência de rede de
telefonia pública em outros, o problema vem atrelado ao sistema de transporte,
ainda precário na zona rural.

Em Caetité, a radiodifusão está a cargo de uma emissora de rádio AM e


quatro emissoras FM, todas com penetração limitada e reduzida, basicamente, ao
município. A comunicação informatizada advém de um provedor local, possibilitando
o acesso da população à internet e ao correio eletrônico (PREFEITURA MUNICIPAL
DE CAETITÉ, 2006).
167

Quanto ao recebimento de sinais televisivos, excetuando-se os proprietários


de antenas parabólicas, o restante da população recebe os sinais das maiores
emissoras de televisão do País, como a Rede Globo, a Rede Record, o Sistema
Brasileiro de Televisão (SBT) e a Rede Bandeirantes.

Os jornais de circulação no município são: Jornal A Tarde (estadual), Folha do


Algodão (regional), Jornal Imagem (municipal), Tribuna do Sertão (regional) e Folha
Caetiteense (municipal).

4.7.1.5 Estabelecimentos bancários

O município possui três estabelecimentos bancários, conforme dados da


Tabela 46: o Banco do Brasil S.A, a Caixa Econômica Federal (CEF) e o Banco
Brasileiro de Desconto (Bradesco), representando 9,09% da Região de Serra Geral
(SEI, 2003a).

4.7.1.6 Abastecimento de água e energia elétrica

O abastecimento de água e energia elétrica constituem um recurso básico e


indispensável para o desenvolvimento normal da atividade socioeconômica de
qualquer localidade e exerce influência sobre a orientação de seu crescimento.

Ainda nem tão reconhecidas como a inversão em infra-estruturas de


transporte e telecomunicações, a inversão em obras hidráulicas ou elétricas, são
igualmente necessárias sendo que a sua carência ou deficiência são claramente
sentidas e criticadas pela população.

De acordo com dados da Tabela 58, a estimativa do Acordo de Nível de


Serviço que, em inglês, significa Service Level Agreement (SLA) é a que segue:
168

Tabela 58 – Estado da Bahia – Caetité – demanda do SLA – 2006

Identificação Quantidade
Número de economias residenciais (agosto de 2006) 7.638
Per capita adotado para o SLA (l/ha/dia) 120
Taxa de ocupação (hab/economia) 4,13
3
Demanda/dia (m /dia) 5.543
3
Demanda/hora (m /h) 189

Fonte: Prefeitura Municipal de Caetité (2006).

De acordo com os dados das Tabela 58, Caetité possui 7.638 economias de
água faturada, representando aproximadamente 11% da Região Econômica de
Serra Geral. O município dispõe, também, de 11 poços profundos com capacidade
produtora atual de 104,06 m3/h, além de 103 poços perfurados com profundidade
normal (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAETITÉ, 2006).

O abastecimento de água é realizado pela Empresa Baiana de Saneamento


(EMBASA), que capta água dos mananciais “Passagem das Pedras” e “Santarém e
Moita dos Porcos” que, juntos, dão uma vazão média de 1.765,74 m3 /hora. Dispõe
de um total de 9 reservatórios de distribuição e uma caixa de reunião situada em
Santarém, com capacidade total de 1.850m3, subdivididos de acordo com a
localização constante da Tabela 59 (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAETITÉ,
2006).

Tabela 59 – Estado da Bahia – Caetité – localização e vazão dos reservatórios – 2006

Localização Capacidade
3
Moita dos Porcos 40 m
3
Santarém 60 m
3
ETA – Caetité 250 m
3
ETA – Caetité 300 m
3
Igrejinha 300 m
3
Alto do Observatório 100 m
3
Alto do Observatório 250 m
3
São Vicente 300 m
3
Alto do Cristo 50 m
3
Alto do Cristo 200 m
3
Total 1.850 m

Fonte: Prefeitura Municipal de Caetité (2006).


169

Quanto aos serviços de distribuição de energia elétrica no município de


Caetité, estes são executados pela Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia
(COELBA). Os dados da Tabela 60, relativos ao período de 1995 a 2005, mostram a
evolução de 90% de consumidores industriais, 48% de consumidores comerciais,
81% de consumidores residenciais e 30% de consumidores rurais.

No ano de 2005, o número total de consumidores era de 11.158, totalizando


um consumo de 21.148.524 milhões de KWh para o ano de 2005 (COELBA, 2006a).

Tabela 60 – Estado da Bahia – Caetité – Listagem histórica anual de consumidores de energia


elétrica por classe –1995 a 2005

Consumo próprio e Comercial- 38


ANO 37 Residencial Industrial Rural Total
Poderes Públicos outros
1995 116 4.843 549 52 933 6.493
1996 122 4.938 573 60 997 6.690
1997 127 5.143 626 59 1.010 6.965
1998 133 5.495 632 62 1.025 7.347
1999 201 6.176 671 66 636 7.750
2000 185 6.521 690 71 774 8.241
2001 205 6.859 714 73 1.160 9.011
2002 218 7.208 735 81 1.329 9.571
2003 237 7.841 749 93 1.174 10.094
2004 244 8.285 792 91 1.193 10.605
2005 245 8.787 813 99 1.214 11.158

Fonte: Coelba (2006a).

O consumo médio residencial mensal, usualmente considerado um indicador


de renda, não atinge 100 KWh. De acordo com as análises dos dados,
considerando-se o ano de 2005, o consumo médio mensal residencial é de apenas
78,57 kwh/consumidor (COELBA, 2006b).

Entre os anos de 1995 a 2005, houve um aumento de consumo em todas as


classes de consumidores, o que pode indicar uma maior urbanização ou um
aumento na renda das pessoas (Tabela 61).

37
Poderes Públicos, serviços (iluminação pública e serviço público água/esgotamento) e consumo
próprio.
38
Irrigação e outros.
170

Tabela 61 – Estado da Bahia – Caetité – Listagem histórica anual –– consumo de energia elétrica por
classe (Mwh) – 1995 a 2005

Consumo Próprio e
Ano Residencial Comercial-outros Industrial Rural Total
Poderes Públicos
1995 2.084.550 4.232.449 1.136.730 1.399.260 545.688 9.398.677
1996 2.481.422 4.625.353 1.283.354 1.635.006 710.858 10.735.993
1997 2.245.999 5.034.500 1.626.541 1.752.759 754.638 11.414.437
1998 2.673.628 5.567.212 2.039.437 2.125.826 924.108 13.330.211
1999 2.555.897 6.409.415 2.252.831 3.085.705 716.091 15.019.939
2000 3.260.931 6.964.452 2.621.582 4.296.370 792.688 17.936.023
2001 2.900.698 5.856.354 2.174.687 3.818.302 913.940 15.663.981
2002 3.387.792 6.084.003 2.306.137 5.526.114 1.022.116 18.326.162
2003 3.563.864 6.954.763 2.353.620 5.797.828 1.077.706 19.747.781
2004 3.447.101 7.624.771 2.474.427 6.719.625 1.111.819 21.377.743
2005 3.579.844 8.284.759 2.602.099 5.450.216 1.231.606 21.148.524

Fonte: Coelba (2006b).

4.7.1.7 Saneamento básico

Quanto ao esgotamento sanitário, em Caetité o principal meio de escoadouro


das instalações sanitárias é a fossa rudimentar nos quintais das residências e canais
que são destinados ao Rio Caetité, localizado no meio da cidade. No que diz
respeito à coleta de lixo, esta é realizada através de coletores próprios e caçambas.
A destinação é o lixão do município, localizado na Rodovia Caetité – Maniaçu. A
limpeza pública é realizada pela Prefeitura Municipal com a utilização de veículos
próprios, caçambas e tratores, tendo como destino final o lixão (PREFEITURA
MUNICIPAL DE CAETITÉ, 2006).

Relativamente às infra-estruturas técnicas, as lideranças locais participantes


da oficina identificaram os seguintes problemas:

a) precariedade no esgotamento sanitário e saneamento básico e, onde


existe, este é canalizado para os rios;

b) precariedade na pavimentação de estradas;


171

c) descuido na infra-estrutura e desaparecimento de estradas vicinais;

d) falta de planejamento urbano;

e) inexistência de plano diretor;

f) precariedade da iluminação pública;

g) precariedade na segurança pública;

h) falta de áreas para lazer;

i) falta de reservatório de água, fazendo com que, em períodos de seca a


cidade possa entrar em estado de calamidade pública;

j) falta de educação comunitária para a limpeza urbana;

k) falta de envolvimento da comunidade nas decisões do município;

l) poucos e deficientes meios de comunicação, e;

m) precariedade dos meios de comunicação para a zona rural.

Os problemas relativos às infra-estruturas identificados na oficina com as


lideranças locais precisam de decisões e ações do Poder Público em conjunto com
entidades privadas, bem como de um protagonismo real que faça com que as
medidas prioritárias possam ser implementadas.
172

4.7.2 Infra-estrutura social

A infra-estrutura social compreende todas as funções educativas, de lazer,


justiça, segurança, cultura, moradia, entre outros que as administrações põem à
disposição dos cidadãos com a finalidade de garantir um nível mínimo de qualidade
de vida (ILPES, 1998).

4.7.2.1 Educação

Caetité sempre foi uma importante referência por toda Bahia. Conhecida por
sua educação e foco civilizador, Caetité foi berço de grandes nomes da cultura e
política nacionais, e contou com um importante líder: Anísio Spínola Teixeira,
pedagogo conhecido por todo o Brasil e pelo mundo.

Outros destaques merecem ser citados, tais como como: Plínio de Lima
(poeta, colega e amigo de Castro Alves), Aristides Spínola (advogado, governador
de Goiás 1879-1880), Cezar Zama (parlamentar, historiador), Camillo de Jesus Lima
(poeta), Nestor Duarte Guimarães (jurista, escritor), Paulo Ganem Souto
(Governador da Bahia 1994-98; 2002-06), Prisco Viana (Ministro de Estado 1987-
1989), Joaquim Manoel Rodrigues Lima (primeiro Governador eleito da Bahia),
Joaquim Spínola (fundador da Revista dos Tribunais) e Waldick Soriano (músico
símbolo do estilo brega).

Para se falar de educação, é necessário conhecer antes a taxa de


analfabetismo do município de Caetité. Os dados do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES, 2006) apresentam Caetité com uma
taxa de 30,71% de analfabetos com mais de 15 anos, referentes ao ano de 2000.

Esse número está acima da média do Estado (23,15%) e acima da média do


Brasil (13,63%) no mesmo período. Esse parece ser um dado que não corresponde
173

ao INE, no qual o município de Caetité estava no ranking como o 12º melhor no


Estado da Bahia (SEI, 2002b). Também, a análise da região da Serra Geral
apresenta Caetité como o melhor em educação.

A educação formal em Caetité conta com as redes municipal, estadual e


privada de ensino, oferecendo à população a educação do nível fundamental até o
superior. Os pontos altos da educação em Caetité são as instalações escolares e o
nível do corpo docente.

Entretanto, considerando a população entre 0 e 14 anos de idade, as


matrículas iniciais na alfabetização e no ensino fundamental nas redes pública e
privada, correspondem apenas a 26,04% desse grupo, ou seja, a existência de
oportunidade de educação da população em idade escolar não chega a 30%,
mesmo sendo considerado um dos municípios mais importantes na Bahia na
questão da educação (SEI, 2003a, 2004; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006c).

De acordo com a Tabela 62, o município de Caetité conta com 134


estabelecimentos de ensino pré-escolar e 75 docentes. As matrículas iniciais em
2004, foram de 1.959.

Tabela 62 – Estado da Bahia – Caetité – educação infantil e classes de alfabetização – 2003 e 2004

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO
ZONA QUANTIDADE MATRÍCULAS
TIPOLOGIA DOCENTES 2003
(2004) INICIAIS (2004)
Estadual 0 0 1
URBANA Municipal 9 933 42
Particular 4 192 18
Estadual 0 0 0
RURAL Municipal 121 834 14
Particular 0 0 0
Total 134 1.959 75

Fonte: SEI (2004, 2005).

Para o ensino fundamental, existem 154 estabelecimentos, os quais oferecem


10.101 vagas e possuem 539 docentes (Tabela 63).
174

Tabela 63 – Estado da Bahia – Caetité – educação do ensino fundamental – 2004

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO
ZONA MATRÍCULAS
TIPOLOGIA QUANTIDADE DOCENTES
INICIAIS
Estadual 5 1.967 95
URBANA Municipal 8 2.021 72
Particular 6 481 46
Estadual 0 0 0
RURAL Municipal 135 5.632 326
Particular 0 0 0
Total 154 10.101 539

Fonte: SEI (2005, 2006a).

Para o ensino médio existem somente quatro estabelecimentos com 2.103


matrículas iniciais e 74 docentes (Tabela 64).

Tabela 64 – Estado da Bahia – Caetité – educação no ensino médio – 2004

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO
ZONA MATRÍCULAS
TIPOLOGIA QUANTIDADE DOCENTES
INICIAIS
Estadual 2 1.808 48
URBANA Municipal 0 0 0
Particular 1 192 26
Estadual 1 103 0
RURAL Municipal 0 0 0
Particular 0 0 0
Total 4 2.103 74

Fonte: SEI (2005, 2006a).

Para a educação de jovens e adultos, existem 35 estabelecimentos de ensino,


com 2.833 matrículas iniciais e 109 docentes (Tabela 65).

Tabela 65 – Estado da Bahia – Caetité – educação de jovens e adultos – 2004

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO
ZONA MATRÍCULAS
TIPOLOGIA QUANTIDADE. DOCENTES
INICIAIS
Estadual 4 1.449 53
URBANA Municipal 5 535 20
Particular 0 0 0
Estadual 0 0 0
RURAL Municipal 26 849 36
Particular 0 0 0
Total 35 2.833 109

Fonte: SEI (2005, 2006a).


175

Observa-se que, de acordo com a Tabela 66, a análise mostra que 47,09%
dos estabelecimentos são destinados ao ensino fundamental, 40,98% são para o
ensino pré-escolar, 10,70% para ensino de jovens e adultos e, apenas 1,22% para o
ensino médio.

No que diz respeito às matrículas iniciais, 59,43% são do ensino fundamental,


16,67% para educação de jovens e adultos, 12,37% para o ensino médio e 11,53%
para o ensino pré-escolar.

O número de docentes está assim distribuído: 67,63% para o ensino


fundamental, 13,68% para o ensino de jovens e adultos, 9,41% para o ensino pré-
escolar e 9,28% para o ensino médio.

Tabela 66 – Estado da Bahia – Caetité – educação do pré-escolar à educação de jovens e adultos –


2004

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO - TOTAL


ZONA MATRÍCULAS
TIPOLOGIA QUANTIDADE DOCENTES
INICIAIS
Estadual 11 5.224 197
URBANA Municipal 22 3.489 134
Particular 11 865 90
Estadual 1 103 0
RURAL Municipal 282 7.315 376
Particular 0 0 0
Total 327 16.996 797

Fonte: SEI (2005, 2006a).

Quanto à localização, 86,54% das escolas estão na zona rural, ou seja, 283
escolas. Dessas, 282 são da rede municipal enquanto somente uma é da rede
estadual, com somente 103 matrículas iniciais. Dos 44 estabelecimentos de ensino
da zona urbana (13,46% do total), 25% são estaduais, 50% são da rede municipal e,
os outros 25% são estabelecimentos particulares de ensino.

Apesar de possuir maior número de escolas, a zona rural contribui com


apenas 43,65% das matrículas iniciais, enquanto que a zona urbana, com apenas
13,46% dos estabelecimentos de ensino, contribuem com 56,35% das matrículas
iniciais.
176

Quanto ao número de docentes, a zona urbana contribui com 52,82%. Isso


porque, mesmo com menor número de estabelecimentos, as escolas são maiores e,
por isso, oferecem mais vagas e, conseqüentemente, possuem maior número de
docentes. Na zona rural, mesmo com 86,54% dos estabelecimentos de ensino, em
geral, as escolas são menores, as quais oferecem menos vagas e,
conseqüentemente, possuem menos quantidade de professores, ou seja, 47,18%.

O transporte escolar é realizado por ônibus e por veículos alternativos,


significando uma despesa mensal de aproximadamente R$ 17 mil para a Prefeitura,
mas sem custo para os usuários (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAETITÉ, 2006).

No que diz respeito à educação especial, no município existe uma escola de


educação especial, a Associação dos Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE).

Para o ensino superior, conforme Tabela 21, o município de Caetité conta


com um Campus da Uneb que oferece cursos de Ciências, Geografia, História e
Letras, com um total de 185 vagas no ano (UNEB, 2006).

A universidade existente no município, ainda que não tenha a função de


desempenhar pesquisas científicas ou prestar serviços de informação e
transferência de tecnologia, pode realizar um importante papel na promoção da
cultura local, assim como realizar uma função de destaque como agente de
desenvolvimento local. A necessidade de adaptação às rápidas mudanças e maiores
exigências do mundo globalizado, unido à importância decisiva da qualificação dos
recursos humanos, obriga a sociedade a questionar o papel que desempenham as
universidades.

Este questionamento é necessário, principalmente em relação aos conteúdos


dos planos de estudos, pois, só assim poderá conhecer a sua flexibilidade,
qualidade e caráter multidisciplinar e, sobretudo, seu interesse pela aplicação de
conhecimentos orientados ao desenvolvimento econômico do território concreto em
que a universidade está inserida.
177

Em suma, a universidade não pode seguir respondendo simplesmente a uma


lógica de reprodução acadêmica. O principal objetivo deveria ser o de superar o
tradicional desencontro entre as universidades e o entorno econômico local em que
estão situadas. A pesquisa e desenvolvimento aplicados são os requisitos para uma
docência de qualidade e para incrementar a presença do ensino superior na
inovação. Por isso, deve existir um maior contato entre a universidade, as empresas
locais e a administração pública no sentido de facilitar o estabelecimento de
prioridades de pesquisa, difusão de tecnologias apropriadas e adequada formação
de recursos humanos segundo o perfil produtivo, potencialidades e necessidades do
entorno territorial.

A oficina realizada com as lideranças municipais identificou os seguintes


problemas relativos à educação em Caetité:

a) falta de qualidade de ensino na escola pública;

b) insuficiente quantidade de escolas na zona rural;

c) infra-estrutura e transporte escolar precário na zona rural;

d) poucas opções de escolha para estudos;

e) falta de vagas para o segundo grau;

f) deslocamento do professor da cidade para a zona rural;

g) deficiência da alfabetização, fazendo com que os alunos de séries mais


adiantadas não saibam ainda escrever;

h) ensino fundamental precário, e;

i) falta de qualificação de professores da rede municipal.


178

Tais problemas são semelhantes na maioria dos municípios brasileiros. No


entanto, mesmo levando em consideração as dificuldades enfrentadas pelos
mesmos, a criação de políticas públicas que visem extinguir os problemas
identificados é uma das alternativas para o desenvolvimento do município de
Caetité. Para isso, não somente o Poder Público, como, também, a iniciativa privada
e os atores locais são fundamentais na implementação.

4.7.2.2 Cultura

No que diz respeito à cultura, de acordo com Mendes (1996), o


desaparecimento precoce do Teatro Centenário bem como do auditório pertencente
à Igreja Católica que funcionava como cinema e que não existe mais, contribuíram
para a monotonia da cidade.

No entanto, a cidade ainda conta com duas bibliotecas públicas: Biblioteca


Pública Municipal Cezar Zama (Figura 20) e a Biblioteca Anísio Teixeira e dispõe do
Anfieteatro Anísio Teixeira e de um centro de lazer e cultura.

Figura 20 – Estado da Bahia – Caetité – foto da Biblioteca Municipal

Fonte: a autora.
179

As principais manifestações artísticas e religiosas no município são: Festa do


Divino Espírito Santo, Festa de Nossa Senhora do Rosário, Festa do Sagrado
Coração de Jesus e a Festa de Senhora Sant’Ana (MENDES, 1996).

4.7.2.3 Saúde

A saúde é uma das áreas prioritárias do desenvolvimento humano.


Juntamente com a educação básica, a água potável para beber, o saneamento
adequado, o planejamento familiar e a nutrição, os cuidados primários de saúde
podem ser considerados indicadores de desenvolvimento para um país ou região.
Desta forma, procura-se caracterizar os principais aspectos voltados às questões da
saúde no município de Caetité.

Assim, em Caetité 20,48% da população tem até nove anos de idade,


enquanto que 9,70% são menores de quatro anos. De outro lado, o município conta
com um significativo percentual de 10,27% de pessoas acima de 60 anos
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006a). Como a esperança de vida ao nascer, no
município, é de 68,5 anos (Tabela 5) o índice de longevidade é de 0,726, superior a
muitos municípios brasileiros e o quarto maior da Região da Serra Geral.

Existe no município o Programa de Saúde da Família (PSF) desde o ano de


2004. A população assistida é a do Distrito de Maniaçu e adjacências, com 880
famílias e 259 crianças acompanhadas. A estrutura local para a saúde conta com
quatro ambulâncias, sete postos de saúde na zona rural e três na zona urbana
(PREFEITURA MUNICIPAL DE CAETITÉ, 2006).

O município de Caetité conta com 17 estabelecimentos de saúde, os quais


dispõem de 119 leitos hospitalares, com 108 disponíveis ao SUS. Os óbitos
hospitalares femininos são 23,85% menores dos que os masculinos (SEI, 2005).
Conta, ainda com 17 consultórios odontológicos, ou, 3,7 consultórios para cada
180

10.000 habitantes. Possui, também, seis postos e dois centros de saúde


(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006a).

O serviço de saúde local encaminha pacientes para Guanambi ou para


Salvador, para solução de casos mais graves e, em situações ainda mais
complicadas, para São Paulo.

Existem 56 profissionais de saúde, sendo: 19 auxiliares de enfermagem, dez


médicos, cinco enfermeiros, dois atendentes de enfermagem, um agente de serviço
de saúde, um técnico em patologia clínica, dois odontólogos, três assistentes
sociais, quatro auxiliares de serviço de saúde para atendimento rural, um
farmacêutico, três atendentes rurais e 5 profissionais relacionados em “outros” (SEI,
2003a). A definição do número ideal de leitos, médicos ou odontólogos por
habitante, por exemplo, depende de fatores regionais, sócio-econômicos, culturais e
epidemiológicos, entre outros, que diferem de lugar para lugar, tornando-se assim,
impossível ou pouco válido, o estabelecimento de um número ideal a ser aplicado de
maneira generalizada a todo e qualquer município.

A esperança de vida ao nascer está estritamente relacionada às condições de


mortalidade, de saúde e sanitárias do município, expressando influências sociais,
econômicas e ambientais. A verificação de aumento na longevidade humana de um
determinado grupo pode ser relacionada a melhorias nas condições de saúde, em
particular no âmbito da saúde pública e na atenção às questões ambientais. Caetité
possui uma esperança de vida ao nascer de 68,5 anos (BNDES, 2006).

A taxa de mortalidade infantil é considerada um dos melhores indicadores de


desenvolvimento sócio-econômico por estar estreitamente relacionada à renda
familiar, ao tamanho da família, à educação das mães, à nutrição e à disponibilidade
de saneamento básico. É também um importante indicador das condições de vida e
de saúde de um município, região, ou país, assim como de desigualdade entre
localidades. Pode, também, contribuir para uma avaliação da disponibilidade e do
acesso aos serviços e recursos relacionados à saúde, especialmente ao pré-natal e
seu acompanhamento. A redução da mortalidade infantil é um dos importantes e
181

universais objetivos do desenvolvimento local. Neste caso, o município de Caetité


possui uma taxa de 31,1 mortes para cada 1.000 crianças nascidas vivas, conforme
a Tabela 5.

De acordo com o IBGE (2006), os equipamentos de saúde existentes no


município são os relacionados a seguir:

a) três equipamentos de diagnóstico através de imagem;

b) três equipamentos por métodos óticos;

c) quatro equipamentos por métodos gráficos;

d) dezoito equipamentos para manutenção da vida;

e) quatro eletrocardiógrafos;

f) um aparelho de ultra-som ecógrafo;

g) dois equipamentos de Raio X (um de até 100mA e outro de 100 a 500mA),


e;

h) um grupo de geradores.

Para uma população de 48.041 habitantes, a quantidade de leitos existentes


representa 0,25% ou 403 pessoas para cada leito, número muito grande levando-se
em consideração a pobreza existente e as doenças infecto-contagiosas,
principalmente decorrentes dos processos de mineração. Outro dado preocupante é
relativo à quantidade dos profissionais de saúde.

Em 2002 esse número era de 57 profissionais, com apenas dez médicos (SEI,
2003a). Ou seja, cada médico atende a 4.804 pessoas. É importante que o Poder
Público fique alerta a esses dados, uma vez que trata-se de um município mineiro
182

que emprega grande parte da população que precisa de cuidados médicos


constantemente.

De acordo com dados da SEI (2005), para o ano de 2004, as principais


causas de mortalidade em Caetité são: sintomas, sinais e achados anormais de
exames clínicos e de laboratório não classificado em outra parte (39,08%), doenças
do aparelho circulatório (18,39%) e neoplasias (6,09%), sendo essas duas últimas as
mais significativas.

Quanto às internações, as maiores são relativas à gravidez, parto e puerpério;


doenças infecciosas e parasitárias; doenças do aparelho circulatório; doenças do
aparelho respiratório. O total de leitos em 2003 era de 93 unidades (MINISTÉRIO DA
SAÚDE, 2006a).

Tomar conhecimento das despesas públicas com saúde, ou seja, dos gastos
efetuados pelo município com saúde, em determinado período, é importante não
somente como indicador de proteção e promoção da saúde humana, mas também
como forma de verificar a importância dada pelas políticas públicas a uma área
considerada prioritária para o desenvolvimento local.

De acordo com a Figura 21, o município de Caetité vem aumentado o valor do


orçamento público em saúde. No entanto, mais importante do que o aumento do
orçamento, o importante é que se desenvolvam as forças produtivas, os recursos
materiais e humanos para que a saúde do município possa ser melhorada
constantemente.
183

R$ 6.000.000

R$ 5.000.000

R$ 4.000.000

R$ 3.000.000

R$ 2.000.000

R$ 1.000.000

R$ 0
2000 2001 2002 2003
Período

Figura 21 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do orçamento público em saúde (em R$ 1,00) – 2000
a 2003

Fonte: Ministério da Saúde (2006a).

As desigualdades sociais e econômicas encontram-se diretamente


associadas às desigualdades observadas na mortalidade infantil, entre outros
indicadores das condições sociais da população. Isso não impede que as políticas
sociais e de saúde compensem, em grande parte, tais diferenças, suavizando-as,
como vem acontecendo no Brasil como um todo.

Apesar dos avanços nas condições de saúde em muitos municípios,


expressos pela redução das taxas de mortalidade e pelo aumento da esperança de
vida, há um imenso desafio a ser enfrentado na área de saúde. O acesso à saúde
ou o acesso a equipamentos e serviços médicos e odontológicos de qualidade é
condição para a conquista e a manutenção de um elevado padrão de saúde,
implicando proteção e promoção da saúde humana que, por sua vez, é pré-requisito
para a promoção do desenvolvimento. Este é um objetivo estratégico, tanto no que
diz respeito à qualidade de vida da população quanto à produtividade e ao mercado
de trabalho.

No que diz respeito à redução da morbidade e da mortalidade derivadas das


enfermidades infantis é fundamental a realização de programas preventivos contra
184

doenças infecto-contagiosas, o qual constitui-se em um indicador básico das


condições de saúde infantil e do grau de importância conferido pelo Poder Público
aos serviços de medicina preventiva.

Na oficina realizada com lideranças locais, foram identificados os seguintes


problemas relativos à saúde:

a) faltam programas preventivos como PSF;

b) existência de poucos profissionais na área de saúde, inclusive de médicos;

c) recursos financeiros escassos;

d) falta de equipamentos mais sofisticados;

e) falta de esgotamento sanitário;

f) falta de aterro sanitário;

g) alto índice de câncer, e;

h) índices elevados de hepatite tipo A, devido à qualidade da água.

Os dados analisados indicam que no município de Caetité a saúde é precária,


carecendo de maiores investimentos na área.

4.7.2.4 Poder local

O município de Caetité rege-se por Lei Orgânica, de 05 de abril de 1990,


votada, aprovada e promulgada pela Câmara Municipal de acordo com o artigo 29
da Constituição Federal (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAETITÉ, 2006).
185

O Poder Legislativo é exercido pela Câmara Municipal que, até 2004, possuía
13 vereadores. Este número, com a redução imposta por decisão judicial em todo o
país, foi reduzido para nove, levando-se em consideração, também, a emancipação
do distrito de Lagoa Real, desde 1989, que impingiu uma redução do número de
habitantes da cidade e, conseqüentemente, também dos legisladores municipais.

O Poder Executivo é exercido pelo Prefeito Municipal, eleito para um mandato


de quatro anos. A estrutura administrativa-organizacional do município está assim
definida, de acordo com a Prefeitura Municipal de Caetité (2006):

a) Secretaria de Ação Social;

b) Secretaria de Recursos Hídricos;

c) Secretaria de Educação;

d) Secretaria de Meio Ambiente;

e) Secretaria de Saúde;

f) Secretaria de Agricultura;

g) Secretaria de Administração e Finanças.

Além disso, no ano de 2004, a composição do quadro de pessoal da


administração direta era de 1.317 pessoas, sendo 576 Estatutários, 120 somente
comissionados e 621 considerados como “outros”. Dos funcionários estatutários,
46,35% são de nível auxiliar, 44% possuem nível médio e somente 9,55% possuem
nível superior. Não há classificação para os outros funcionários do quadro de
pessoal da administração direta (IBGE, 2004).
186

4.7.2.5 Legislação e instrumentos de planejamento

No que diz respeito à legislação e aos instrumentos de planejamento do


município de Caetité, segundo informações do IBGE (2005), o município possui:

a) Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), e;

b) Lei de Orçamento Anual (LOA).

No entanto, até 2005, o município ainda não dispunha dos seguintes


instrumentos de planejamento:

a) Plano Diretor;

b) Lei de perímetro urbano;

c) Lei de parcelamento do solo, e;

d) Lei de zoneamento ou equivalente.

4.7.2.6 Recursos para a gestão municipal

Neste item, Caetité possui cadastro imobiliário informatizado para o Imposto


Predial e Territorial Urbano (IPTU), sendo que as unidades prediais e territoriais são
cadastradas em conjunto. O ano da última atualização da planta de valores para o
IPTU bem como o ano de realização do último recadastramento foi em 2002 (IBGE,
2005).

Em relação ao Imposto Sobre Serviços (ISS), também, informatizado, existe o


cadastro de prestadores de serviços com 315 contribuintes inscritos, sendo, 171
187

empresas e 144 considerados como “outros”. O ano do último recadastramento foi


em 2003 (IBGE, 2005).

Caetité possui incentivo municipal para atração de atividades econômicas,


possui incentivo fiscal para o IPTU e ISS e, incentivos não fiscais de doação de
terras e fornecimento de infra-estrutura (IBGE, 2005).

Inexistem no município de Caetité, outras taxas, tais como: iluminação


pública, coleta de lixo, limpeza urbana, incêndio ou combate a sinistros e poder de
polícia (IBGE, 2004). A existência dessas taxas poderiam ajudar o município a dar
uma melhor qualidade de vida à população, oferecendo melhores serviços.

4.7.2.7 Informática e serviços de atendimento ao público

Neste quesito, a Prefeitura Municipal de Caetité possui página na internet, na


qual disponibiliza os seguintes tipos de serviços aos usuários: ouvidoria, serviço de
atendimento ao cidadão e agendamento; licitações e; informações sobre Diário
Oficial, finanças, estatísticas e legislação municipal (IBGE, 2005).

A Prefeitura oferece serviços de atendimento ao público através de


instrumentos e comunicação à distância, tais como: internet (página, portal e home-
page), e-mail (endereço eletrônico), telefone convencional, fax e jornal (jornal da
cidade para divulgar ações da prefeitura) (IBGE, 2005).

4.7.2.8 Habitação

No que diz respeito a programas ou ações na área de habitação, a Prefeitura


Municipal de Caetité já executou programas ou ações na área de habitação, possui
188

cadastro ou levantamento de famílias interessadas em programas habitacionais e,


por iniciativa exclusiva, há existência de oferta de lotes (IBGE, 2005).

Em contrapartida, não possui órgão específico para implementação de política


habitacional, não possui cadastro informatizado para habitação, não há construção
de unidades habitacionais, não existe urbanização de assentamentos, não há oferta
de material de construção, não há oferta de lotes em convênio(s) da prefeitura com
outros órgão(s) público(s) ou privado(s), não existe regularização fundiária, não há
consórcio intermunicipal que atue na área de habitação e não existe conselho
municipal de habitação (IBGE, 2005).

4.7.2.9 Justiça e segurança pública

Caetité é comarca de segunda entrância, contando com duas varas: uma vara
cível e uma vara crime. Possui representante do Ministério Público e conta com mais
de vinte advogados. A subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) é
sediada no município de Guanambi (PREFEITURA MUNICIPAL DE CAETITÉ,
2006).

A assistência judiciária é feita pela Defensoria Pública, fruto de convênio entre


a Ordem dos Advogados do Brasil e a Prefeitura Municipal de Caetité, mantenedora
das instalações.

De acordo com os dados do IBGE (2005), o município de Caetité não dispõe


de Guarda Municipal e não existem juizados especiais cíveis, bem como delegacia
de mulheres.

No que diz respeito à distribuição do crime, Caetité possui uma delegacia civil
com um efetivo de 14 pessoas e um veículo à disposição do município. De
segurança militar, possui um efetivo de 12 pessoas e, também, apenas um veículo à
disposição do município (SILVÃO, 2004).
189

Os lugares com maiores incidências criminosas, de acordo com os últimos


dados disponíveis, são os bairros relacionados na Tabela 67, no entanto,
destacando-se o centro comercial como a localidade com maior incidência de
ocorrências policiais.

Tabela 67 – Estado da Bahia – Caetité – ocorrências policiais, por bairros – 2003

Bairros Quantidade %
Centro 121 40,07
Zona Rural 67 22,19
Pedro Cruz 34 11,26
Demais bairros 80 26,49
Total 302 100,00

Fonte: Silvão (2004).

4.7.2.10 Participação política e social

Para a participação política e social, de acordo com informações do IBGE, o


município de Caetité, nas eleições do Referendo, em 2005, possuía 33.389 eleitores,
distribuídos de acordo com a Tabela 68:

Tabela 57 – Estado da Bahia – Caetité – eleitorado, votantes, abstenções, votos válidos, brancos e
nulos – 1996 a 2005

Votos Abstenções/
Municípios Eleitorado Abstenções
Válidos Brancos Nulos Eleitorado (%)

1996 29.772 23.342 664 732 5.034 17%


1998 31.345 19.224 3.721 75 8.447 27%
2000 31.903 25.953 272 1.716 3.962 12%
2002 32.193 23.822 327 1.615 6.429 20%
2004 33.707 27.533 304 1.580 4.290 13%
2005 (Referendo) 33.389 22.724 314 653 9.698 29%

Fonte: SEI (1997, 1998, 1999, 2001, 2003a, 2004, 2005) e Tribunal Regional Eleitoral da Bahia
(TRE-BA, 2006).
190

Os períodos analisados mostram um aumento de 12,18% no número de


eleitores, para o período compreendido entre 1996 e 2005, conforme demonstrado
na Figura 22.

35.000

34.000

33.000
Número de eleitores

32.000

31.000

30.000

29.000
28.000

27.000
1996 1998 2000 2002 2004 2005
(Referendo)
Período

Figura 22 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução do número de eleitores – 1996 a 2005

Fonte: SEI (1997, 1998, 1999, 2001, 2003a, 2004, 2005) e Tribunal Regional Eleitoral da Bahia
(TRE-BA, 2006).

4.7.2.11 Ação social

Quanto aos serviços de apoio, que se caracterizam por prestar serviços


sociais, destacam-se os seguintes: Movimento Ambientalista Terra (MATER), Apae,
Loja Maçônica de Caetité, Pastorais da Igreja Católica, associações de bairros, a
Agência de Desenvolvimento Solidário (ADS)39, entre outras.

Neste caso, é importante salientar o trabalho da ADS existente em Caetité


que vem atuando desde o ano de 2002 através de projetos voltados para a
agricultura em parceria com a Cooperativa dos Mandiocultores de Caetité

39
A ADS foi criada em dezembro de 1999 e tem como princípios fundamentais a economia solidária e
o desenvolvimento sustentável.
191

(COOMADAC). Segundo princípios da economia solidária e articulados ao


desenvolvimento local, a estratégia de ação da ADS é a formação de complexos
cooperativos e concentrações locais de empreendimentos econômicos solidários
que atuam em estreita cooperação entre si, garantindo, assim, a sua
sustentabilidade, sua autonomia e sua capacidade de inovação endógenas (ADS,
2006).

Articulado às atividades de formação, capacitação e assessoria, a ADS


realiza diagnósticos dos empreendimentos e do seu entorno, econômico,
social, institucional, político e ambiental e estudos de mercado com a
finalidade de subsidiar processos participativos, formulação de planos de
desenvolvimento local, planejamento de estratégias e formulação de planos
de negócios para os empreendimentos (ADS, 2006).

Pode-se inferir que esse tipo de iniciativa é fundamental para os processos de


desenvolvimento local e que futuramente, a constância de propósito e a
continuidade poderão levar a resultados mais concretos que coloquem o município
em um patamar mais elevado na busca do desenvolvimento econômico e social de
sua comunidade.

Em linhas gerais, com exceção da ADS, praticamente todas as outras ações


integram os setores de saúde e educação, com práticas voltadas ao bem estar de
crianças, adolescentes, adultos e idosos, envolvendo iniciativas da população e do
governo local, de associações, de parcerias com empresas de capital estatal (INB) e
representações religiosas do Brasil e do exterior.

4.7.2.12 Esporte

Quanto às atividades esportivas, Caetité conta com sete campos de futebol,


com capacidade total para 2.080 pessoas; um ginásio poliesportivo, com capacidade
para 1.200 pessoas; um estádio municipal com capacidade para 5.000 pessoas e;
14 quadras poliesportivas, com capacidade para 3.300 pessoas, conforme Tabela
69. Das 23 áreas esportivas existentes, 35% são de propriedade particular e,
somente, 13% delas estão localizadas na zona rural.
192

Tabela 69 – Estado da Bahia – Caetité – áreas esportivas e de lazer – 2005

LOCALIZAÇÃO
TIPOLOGIA CAPACIDADE (PESOAS) MANTENEDOR
Urbano Rural
Ginásio 1 - 1.200 Prefeitura
Quadra 4 - 1.100 Prefeitura
Quadra 3 - 720 Governo do Estado
Quadra - 2 600 Prefeitura
Quadra 5 - 880 Particular
Campo 2 - 1.200 Prefeitura
Campo - 1 180 Prefeitura
Campo 3 - 500 Particular
Campo 1 - 200 Governo do Estado
Estádio 1 - 5.000 Prefeitura

Fonte: Prefeitura Municipal de Caetité (2006).

4.7.2.13 Conselhos municipais de políticas setoriais

A existência de conselhos municipais e de políticas setoriais é importante


para o desenvolvimento local. Nesse sentido, o município de Caetité possui os
seguintes conselhos: Educação, Saúde, Tutelar, Meio Ambiente, Merenda Escolar e
de Assistência Social. Todos estão funcionando de forma regular (PREFEITURA
MUNICIPAL DE CAETITÉ, 2006).

4.7.2.14 Turismo

Em relação ao turismo, apesar desta não ser uma atividade de interesse para
o Estado da Bahia, Caetité possui algumas belezas naturais (Figuras 23 e 24),
potencial para esportes radicais e grande potencial para turismo cultural, por ter sido
o berço do educador Anísio Teixeira.

No município encontra-se todo esse potencial, entretanto, sem que sejam


exploradas, sistematicamente, todas suas potencialidades, não sendo referência na
região em se tratando do turismo e lazer, apesar das belezas naturais e propícias do
193

local. Da mesma forma, não se registra a presença de pessoas que buscam no


município uma alternativa para o descanso e melhores condições de vida e saúde,
sem considerar aquelas ligadas ao município por algum laço familiar que,
naturalmente, o visitam em épocas específicas, como as férias escolares ou
festividades tradicionais.

Esses recursos, se bem aproveitados, poderão contribuir com o


desenvolvimento local, necessitando, para isso, de um forte apoio do Poder Público
bem como da presença de empreendedores inovadores que acreditem no sucesso
dos empreendimentos e que utilizem os recursos de forma responsável. Os mais
importantes atrativos são: a Casa de Anísio Teixeira, o Observatório Astronômico, a
Biblioteca Municipal, a Igreja de Santana, além de algumas belezas naturais na zona
rural.

O desenvolvimento do turismo está diretamente ligado à prosperidade


econômica, ao avanço técnico nas áreas de comunicação e de transporte, bem
como à liberdade de locomoção do ser humano e à utilização do lazer como
manifestação típica de todos os povos, o que permite o traçado de estratégias para
gerar divisas, rendas, empregos e bem-estar. Por outro lado, na perspectiva do
desenvolvimento local, deve ser levada em consideração a sazonalidade turística,
uma vez que esta implica, dentre outros bens e serviços, o consumo de água e
energia e a produção de resíduos. Baseada nessas questões, a intensidade turística
passa a ser um importante indicador de sustentabilidade nos segmentos econômico,
social e ambiental.

Podem ser apontadas as seguintes potencialidades do município de Caetité


no sentido de desenvolver a atividade exploratória do turismo: tradição religiosa,
ligada à festa de Santana, possibilitando a implementação do turismo religioso com a
visitação dessa Igreja e de outras situadas no meio rural, como a Igreja de Santa
Luzia; relevo acidentado cortado por alguns cursos d’água, possibilitando a
implantação do turismo de aventura e trilhas ecológicas e; a Casa de Anísio Teixeira,
para o turismo investigativo e histórico.
194

Figura 23 – Estado da Bahia – Caetité – belezas naturais – foto de uma pequena cachoeira

Fonte: Soledade (2003e).


195

Figura 24 – Estado da Bahia – Caetité – belezas naturais – foto de uma corredeira

Fonte: Soledade (2003b).

4.7.2.15 Ecossistema e meio ambiente

Concomitante a um bom nível de prestação de serviços públicos, uma


adequada política de bem-estar social e uma oferta recreativa e cultural suficientes,
o ecossistema e o meio-ambiente constitui, a cada dia, um fator essencial de
qualidade de vida de uma determinada localidade e um importante elemento
diferencial em relação a lugares mais degradados.

O município de Caetité possui Conselho e Secretaria de Meio Ambiente. Os


principais problemas ecológicos apresentados são o desmatamento indiscriminado,
para a produção de carvão (destinado ao consumo das grandes siderúrgicas de
Minas Gerais), bem como para atender ao pólo ceramista local. A Organização Não-
Governamental (ONG) ambientalista Movimento Ambientalista Terra (MATER)40 faz-

40
Entidade com sede no município de Caetité.
196

se ativa na defesa do meio-ambiente e a questões ligadas ao desenvolvimento auto-


sustentável, sendo, portanto, uma iniciativa importante e presente no município.

4.7.2.16 Indicadores sociais

Quanto aos indicadores sociais de Caetité, analisando-se a Tabela 70,


conforme dados relativos ao ano de 2000, Caetité é o 48º município baiano em
Índice de Desenvolvimento Econômico (IDE), ou seja, está abaixo da média estadual
(índice 5.000,00), mas esta é uma posição relativamente confortável, levando-se em
consideração que a Bahia possui 417 municípios (SEI, 2000). Esses índices trazem
informações relevantes para o planejamento e acompanhamento de políticas
públicas no âmbito da localidade analisada.

Quanto ao IDS, Caetité está na 79ª posição, com índice de R$ 5.039,81. Para
esse índice, 162 municípios baianos encontram-se acima da média (Índice 5.000,00)
(SEI, 2000).

Tabela 70 – Estado da Bahia – Caetité – IDE e IDS, segundo seus componentes – 2000

Índice Valor (em R$) Classificação


IDE 4.998,52 48º
1) INF 5.003,99 41º
2) IQM 4.998,17 44º
3) Índice do Produto Municipal (IPM) 4.994,11 64º
IDS 5.039,81 79º
1) INS 4.976,73 285º
2) INE 5.160,75 12º
3) ISB 5.030,09 127º
4) IRMCH 4.993,74 157º

Fonte: SEI (2002b).

Em relação ao IDH-M (Tabela 14), Caetité apresenta, segundo o Pnud (2003),


um IDH-M de 0,673, portanto se colocando em situação mediana, de acordo com os
critérios de mensuração do desenvolvimento humano da população (Figura 25). É
197

importante relatar que todos os índices observados sobre o IDH-M do município


obtiveram comportamentos crescentes.

Comparando-se os índices registrados nos anos de 1991 e de 2000, o IDH-M


do município cresceu de 0,558 em 1991, para 0,673 em 2000. Importante notar que
esse aumento do Índice não foi causado pelo aumento sensível nas avaliações de
um dos componentes estruturantes do IDH-M em detrimento a outro, ou seja, não
houve queda na avaliação de uma variável que tenha sido compensada por outra
com aumento significativo de qualidade para que o resultado global tenha sido
acrescido. Pelo contrário, houve uma sensível melhora nas condições de cada
variável considerada, tanto na educação/instrução, quanto nos níveis de renda e
esperança de vida da população (Tabela 5).

0,8
0,7
0,6 0,673

0,5
0,462
IDH-M

0,4
0,407
0,3
0,299
0,2
0,1
0
1970 1980 1991 2000

P e río d o

Figura 25 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do IDH-M – 1970 a 2000

Fonte: Ipea (2006).

A Tabela 71 traz os índices individualizados das variáveis que integram a


metodologia de cálculo para se obter Índice de Desenvolvimento Humano Municipal
de Caetité nos períodos considerados. De acordo com a referida Tabela, a dimensão
que mais contribuiu para este crescimento foi a educação, com 32,02%, seguida
198

pela longevidade, com 15,05% e pela renda, com 14,43%, ou seja, a concentração
da renda ainda é grande no município.

Tabela 71 – Estado da Bahia – Caetité - IDH e seus componentes – 1991 e 2000

Ano
IDH / Variáveis
1991 2000
IDH – Índice de Desenvolvimento Humano 0,558 0,673
Longevidade 0,631 0,726
Educação 0,559 0,738
Renda 0,485 0,555

Fonte: Pnud (2003).

4.8 EMPREGO E RENDA

Analisando-se os dados da Tabela 72, o comércio em Caetité é o que mais


gera empregos, com uma evolução de 215,11% no período analisado. A indústria e
os serviços também tiveram uma evolução importante nesse mesmo período, com
229,96% e 202,76%, respectivamente. A agropecuária possui várias oscilações, mas
sempre sem números muito significativos.

Tabela 72 – Estado da Bahia – Caetité – pessoas ocupadas por setor – 1996 a 2004

Ano Indústria Comércio Serviços Agropecuária


1996 237 470 399 26
1997 288 569 504 37
1998 309 586 474 32
1999 287 625 520 10
2000 743 658 599 8
2001 745 657 620 21
2002 858 829 753 18
2003 909 992 841 32
2004 545 1.011 809 37

Fonte: Sidra (2006).

Além do crescimento significativo na quantidade de empresas no município de


Caetité, a maior parte das pessoas empregadas está na faixa de 0 a 4 pessoas que,
também, teve um aumento de 214,29% no período analisado. Para o ano de 2004, a
199

classe de 0-4 pessoas empregadas representa 91,97% do total de empregos


gerados, conforme dados da Tabela 73.

No geral, o percentual de empregos gerados pelos respectivos


estabelecimentos foi de 215,34% no período analisado, ou seja, saiu de 515
empregos em 1996 para 1.019 empregos em 2004 (SIDRA, 2006).

Tabela 73 – Estado da Bahia – Caetité – Número de estabelecimentos, segundo a faixa de pessoal


ocupado – 1996 a 2003

Faixas se pessoal Ano


ocupado 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
0a4 476 555 607 683 626 796 900 954 1.020
5a9 16 24 28 30 41 41 41 50 49
10 a 19 14 15 16 18 19 20 22 23 24
20 a 29 5 2 4 3 3 4 4 5 1
30 a 49 2 4 3 1 7 9 10 10 6
50 a 99 1 2 2 3 6 6 5 3 5
100 a 249 - - - - 1 - 2 3 3
250 a 499 - - - - - - - - -
500 e mais 1 1 1 1 1 1 1 1 1
Total 515 603 661 739 704 877 985 1.049 1.109

Fonte: Sidra (2006).

Em relação aos setores que mais empregam, o destaque é para “Comércio;


reparação de veículos automotores, objetos pessoais e domésticos”, representando:
67,77% em 1996; 63,18% em 1997; 59,46% em 1998; 57,65% em 1999; 55,54% em
2000; 55,99% em 2001; 54,92% em 2002; 55,20% em 2003 e; 59,86% em 2004
(SIDRA, 2006). Assim, esse setor em todo o período sempre empregou e emprega
mais de 50% da mão-de-obra, apesar de vir sofrendo uma queda ao longo do
tempo, decorrente do aumento das atividades relacionadas aos serviços.

4.9 A ECONOMIA DE CAETITÉ

Nos próximos parágrafos, serão abordados os principais temas relacionados


à economia do município de Caetité. Nesse caso, é importante ressaltar que, na
200

realização da oficina com as lideranças locais, foram identificados os principais


fatores que contribuíram para o atual desenvolvimento do município, que são:

a) Uneb;

b) Cooperativa Educacional de Caetité (COOPEC);

c) Indústrias Nucleares do Brasil (INB);

d) existência das indústrias ceramistas;

e) existência das indústrias de confecções;

f) comércio local diversificado;

g) produção de ametistas no passado;

h) implantação do Colégio Modelo;

i) a Igreja de Santana (Figura 26);

j) estradas pavimentadas;

k) a Casa e o Instituto Anísio Teixeira;

l) Fundação hospitalar – Hospital Regional de Caetité;

m) Rádio Educadora;

Nesse sentido, visando analisar o conjunto das atividades dos setores econômicos
de Caetité, foram examinadas estatísticas originárias de três fontes distintas: os
censos econômicos do IBGE, os dados da SEI e o censo empresarial, realizado no
âmbito desta pesquisa, mas que será visto, na sua íntegra, mais adiante.
201

Como representam anos, metodologias e fontes distintas, os citados dados


não são diretamente comparáveis. De todo modo, as duas primeiras fontes, embora
desatualizadas ou parciais, ajudam a enriquecer a análise de ramos e atividades
sobre os quais há ainda pouca informação.

A Tabela 74 apresenta o número de estabelecimentos caetiteenses, segundo


dados dos censos econômicos do IBGE, nos diversos setores da economia e pela
faixa de pessoal ocupado. De acordo com tais dados, verifica-se que houve
oscilações do quantitativo de empresas no período contemplado. Em todos os
setores houve aumento do número de estabelecimentos, tomando por base o ano de
1996.

Assim, o setor com aumento mais significativo foi o terciário, especificamente,


no que diz respeito aos serviços, que cresceu, no período de 1996 a 2003, 276,29%,
ou seja, saiu de 97 estabelecimentos em 1996 para 365 estabelecimentos, em 2003.
No total, o aumento foi de 103,69%. Esse é um dado importante, visto que está
relacionado à geração de emprego e renda para o município.

Tabela 74 – Estado da Bahia – Caetité – estabelecimentos nos setores da agricultura, secundário e


terciário – 1996 a 2003

Terciário
Anos Agricultura Secundário Total
Comércio Serviços
1996 8 61 349 97 515
1997 10 61 381 151 603
1998 11 67 393 190 661
1999 9 75 426 229 739
2000 6 72 391 235 704
2001 12 92 491 282 877
2002 11 89 541 344 985
2003 12 93 579 365 1.049

Fonte: Sidra (2006).


202

Figura 26 – Estado da Bahia – Caetité – foto da Igreja de Santana

Fonte: Soledade (2003d).

4.9.1 Setor primário

Caetité é um município que possui abundância em recursos naturais, os quais


são subsídios necessários ao desenvolvimento local. A formação de sistemas
produtivos e inovativos na exploração desses recursos podem fazer com que o
município alcance um grau elevado de desenvolvimento e bem-estar social da
população local.

O setor primário refere-se às características ambientais, sociais, econômicas


e políticas dos segmentos da agricultura, da pecuária, da caça, da pesca e do
extrativismo vegetal e mineral. No caso do município de Caetité, o estudo se faz,
203

particularmente, sobre os aspectos pertencentes à mineração e à agropecuária


(agricultura e pecuária), bases econômicas municipais.

A estrutura fundiária no município de Caetité é composta por pequenas e


médias propriedades, nas quais ainda vige o plantio de subsistência, o que torna o
agricultor dependente das condições climáticas.

Para analisar a situação do setor primário em Caetité, foram utilizados dados


oriundos do IBGE, referentes ao período compreendido entre 1995 e 2004, ano da
última coleta de dados realizada pela Instituição. Quanto à assistência técnica ao
produtor rural, esta é feita pela Empresa Baiana de Desenvolvimento Agrícola
(EBDA).

Serão analisadas as produções das lavouras temporárias e permanentes do


município nesse período.

Importante ressaltar que o clima do município é propício para o


desenvolvimento de floricultura e de horticultura, bem como para a produção de
aves, sendo este, o maior rebanho da Região da Serra Geral.

4.9.1.1 Mineração

A mineração em Caetité é considerada de muita importância para o seu


desenvolvimento econômico e local. Os mais importantes minérios explorados e que
se constituem em recursos endógenos ao desenvolvimento de Caetité são: ametista,
manganês, ferro, granitos (azul, rosa e preto), argila, cristal e urânio. A oficina com
lideranças identificou, também, a existência em abundância, de areia branca para
construção civil. Com exceção do urânio, todos os outros minérios são explorados
por empresas privadas.
204

Assim, a mineração de pequena escala, como é o caso do município de


Caetité, é fundamental na promoção do desenvolvimento local e regional e na
contribuição para a desconcentração de renda. No município de Caetité, essa
atividade é grande empregadora de mão-de-obra e fixa o homem na sua região de
origem. No entanto, ainda é uma atividade deficiente do ponto de vista técnico,
tecnológico, administrativo e gerencial.

De acordo com os estudos de Buitelaar (2001), percebe-se que a abundância


dos recursos minerais não tem possibilitado ao município de Caetité alcançar um
desempenho satisfatório em termos econômicos e sociais ao longo das últimas
décadas. Este autor defende a tese da maldição dos recursos na qual a sua
abundância é a causa de um menor crescimento econômico.

Outros estudos de Sachs e Warner (1995 apud BUITELAAR, 2001) mostram


que a taxa de crescimento do produto interno bruto está negativamente
correlacionada com distintas medidas de abundância de recursos naturais.

Assim, diante desses estudos, apesar do município de Caetité possuir


minérios de grande uso na indústria brasileira, essa abundância ainda não gerou o
desenvolvimento que poderia ser esperado em qualquer sociedade igualitária e
justa.

Existem três grandes linhas de raciocínio econômico que poderia sustentar a


idéia de que a abundância de recursos naturais é um obstáculo mais que uma
vantagem no processo de desenvolvimento. A primeira assinala a inconveniência
para um país em especializar-se em produtos para exportação que tenham uma
demanda relativamente inelástica, mas não muito profunda nos processos que
incidem na transição de um perfil exportador a outro. A segunda assinala a
importância do efeito multiplicador e a força com que certas inversões induzem a
outras, relacionadas. As grandes inversões na exploração e o processamento de
recursos naturais não teriam efeitos tão potentes sobre o restante da economia do
que inversões na indústria manufatureira. E, a terceira linha, fundamenta-se na
205

existência de externalidades dinâmicas, particularmente na velocidade de


aprendizagem, a inovação e o aumento da produtividade (BUITELAAR, 2001).

Quando se fala de mineração, não há como não fazer referência ao meio


ambiente e aos riscos aos quais estão expostas as comunidades locais. Em geral, a
mineração provoca um conjunto de efeitos (ou externalidades negativas) não
desejados ao meio ambiente. Os principais impactos ambientais decorrentes da
mineração são alterações ambientais, conflitos de uso do solo, depreciação de
imóveis circunvizinhos em antítese a preços bastante elevados em outras áreas,
geração de áreas degradadas e transtornos ao tráfego urbano, entre outros. Estas
externalidades geram conflitos com a comunidade, que normalmente têm origem
quando da implantação do empreendimento, pois o empreendedor não se informa
sobre as expectativas, anseios e preocupações da comunidade que vive nas
proximidades da empresa de mineração (BITAR, 1997 apud FARIAS, 2002).

A atividade mineira também pode perturbar algumas vezes, e de maneira


irreversível, a riqueza cultural e os comportamentos sociais. Através da oficina
realizada no município de Caetité, para âmbito deste trabalho, alguns dos
comportamentos sociais identificados nas áreas mineiras foram: aumento dos
índices do uso de drogas, alcoolismo, prostituição e violência intrafamiliar e, em
algumas ocasiões, deterioração do comportamento do cidadão.

O desenvolvimento mineiro, pela sua própria natureza, está condicionado ao


ciclo de vida da extração mineral e aos ciclos dos mercados. Existem oportunidades
de emprego temporal pouco qualificado que se contrata localmente, durante a etapa
de montagem e desenvolvimento da infra-estrutura. À medida que o tempo passa,
estas oportunidades são reduzidas, já que a operação demanda força de trabalho
mais qualificada, o que muitas vezes não é possível contratar localmente. Isto tende
a deixar de fora dos benefícios diretos os grupos mais vulneráveis da população
local, ou seja, aos menos capacitados, os mais pobres, as mulheres e os
trabalhadores rurais, que são, em princípio, os que mais dependem diretamente do
acesso continuado a recursos como água, a terra para cultivo e os bosques. É por
isso que hoje em dia, a mera promessa de desenvolvimento não é suficiente para
206

garantir o acesso imediato de empresas e governos aos recursos do subsolo. No


centro dos conflitos pelos recursos naturais está a pergunta: qual o tipo de
desenvolvimento e para quem?

Certamente, o desenvolvimento de um depósito mineral pode ser uma


oportunidade única de melhoria da qualidade de vida e das oportunidades de futuro
para uma região. O objetivo consiste, assim, em conseguir articular as aspirações
das comunidades locais, com uma gestão pública transparente e eficiente e com
uma política social e ambiental empresarial responsável. Para isso, o planejamento
do município deve ser formulado de maneira integral e com uma visão de longo
prazo, a fim de se conhecer quais são as restrições e as potencialidades de cada
região.

As lideranças locais que participaram da oficina identificaram os seguintes


impactos relativos à mineração e ao meio ambiente:

a) falta de esclarecimento da população quanto à preservação do meio


ambiente;

b) constante uso de drogas e prostituição nas localidades mineiras;

c) contaminação da água;

d) aumento do número de armas;

e) devastação do meio ambiente;

f) falta de participação popular na defesa do meio ambiente;

g) aumento do custo de vida por causa da mineração;

h) falta de apoio municipal e da população para a questão da exploração


mineral;
207

i) desemprego;

j) falta de moradia;

k) desmatamento desordenado decorrente da fabricação de carvão.

A conclusão sobre as aglomerações mineiras é de que o desenvolvimento


sustentável é possível a partir da exploração do recurso mineiro, mas, dificilmente se
produzirá de maneira automática ou espontânea. O fortalecimento das instituições
locais, a melhoria do funcionamento das forças de mercado e a coordenação dos
esforços de todos os atores envolvidos são essenciais para alcançar o processo de
desenvolvimento sustentável a partir da mineração nos lugares que atualmente
dependem desta atividade econômica. Resumindo, o papel do Estado, tanto em
suas expressões locais como nacionais, concomitante com a iniciativa privada, é
essencial neste âmbito, assim como em todas as esferas do desenvolvimento
regional.

4.9.1.1.1 Exploração de urânio – Indústrias Nucleares do Brasil (INB)

Estão localizadas em Caetité (zona rural) e Lagoa Real as INB41 (Figura 27),
cujas minas foram descobertas em 1967 e exploradas a partir de 1999. Suas
reservas de urânio são avaliadas em 100.700 toneladas, sendo que a quantidade de
urânio existente nessa área é suficiente para abastecer dez reatores do tipo Angra 2
durante 100 anos. As INB de Caetité têm capacidade para produzir anualmente até
400 toneladas, de acordo com o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT, 2004).

41
Sociedade por ações, de economia mista, constituída na forma da Lei n. 5.740, de 1º de dezembro
de 1971, Lei n. 6.189, de 16 de dezembro de 1974 e Decreto-Lei n. 2.464, de 31 de agosto de 1988,
tendo como acionista majoritária a Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN), autarquia federal
criada pela Lei n. 4.118, de 27 de agosto de 1962. As INB são vinculadas ao MCT e responsáveis
pela mineração, processamento e comercialização desse minério.
208

De acordo com entrevista com o administrador da unidade42 de Caetité,


atualmente existem 138 funcionários concursados e outros 230 terceirizados. Os
funcionários são oriundos, além de Caetité, de outros municípios da região da Serra
Geral e até mesmo de municípios do Norte de Minas Gerais.

O consumo médio de energia da usina é de 259.100 Kwh/mês e está na faixa


de faturamento anual entre R$ 25.000.001,00 e R$ 50.000.000,00 (FIEB, 2006).

Na usina só é manuseado o urânio em estado natural cujo nível de


radioatividade é considerado mínimo e que as doses de radiação estão 20 vezes
abaixo do limite aceitável, estabelecido pela Comissão Nacional de Energia Nuclear
(CNEN). A ausência de rejeitos sólidos finos evita a necessidade de depósitos
especiais para sua contenção, minimizando os impactos já reduzidos pela menor
utilização de insumos químicos. No projeto, destaca-se a possibilidade de
reciclagem total dos efluentes líquidos ao processo, garantindo a ausência de
liberação destes para o meio ambiente (AMBIENTE BRASIL, 2006?).

A implantação das INB em Caetité afetou diversos segmentos sociais,


expectativas de rápida industrialização regional bem como derivação da utilização de
"vantagens comparativas". Todavia, as atividades uraníferas tiveram limitações em
impulsionar dinâmicas de desenvolvimento amplas e socialmente enraizadas. A
expectativa da população era de que a usina produziria rápidos efeitos de
encadeamento industrial. Entretanto, ela não foi capaz de impulsionar o surgimento
da propalada rede de relações como fruto de encadeamentos "para frente e para
trás" (Hirschman) das atividades da extração do urânio nem, tampouco, gerou a
quantidade de empregos esperada pela população.

42
Entrevista realizada no dia 14 de janeiro de 2006 nas INB com o Sr. Benedito Antônio dos Santos.
209

Figura 27 – Estado da Bahia – Caetité – foto da vista aérea das INB – 2003

Fonte: INB (2006?).

Como forma de respeito ao meio ambiente, a unidade dispõe de um horto


florestal (Figura 28) onde são desenvolvidas mudas nativas e acolhidas inúmeras
aves e outros animais, preservando a flora e a fauna da região.

Uma das medidas ambientais que se destacam são as ações de


recomposição do solo e da vegetação nativas. Os resíduos da moagem para separar
o urânio do material rochoso a que está agregado são devolvidos ao solo, que
recebe uma cobertura vegetal, inicialmente com plantas rasteiras e depois com
arbustos e árvores nativas, como afirma a Assessoria Geral de Comunicação do
Estado da Bahia (AGECOM, 2002).
210

Figura 28 – Estado da Bahia – Caetité – slide do horto florestal dentro das INB

Fonte: Majdalani (2004, p. 38).

4.9.1.1.2 Minério de ferro

Recentemente, pesquisas de campo e mapeamentos geológicos


comprovaram que a região de Caetité possui uma das maiores reservas de minério
de ferro do país, capaz de inserir definitivamente a Bahia entre os principais estados
produtores, a exemplo de Minas Gerais e de Pará. O potencial da jazida é de quatro
a seis bilhões de toneladas de minério bruto em 360 quilômetros de extensão, numa
área que vai da divisa Norte da Bahia com Minas Gerais até o município de Xique-
Xique, no médio São Francisco, já devidamente identificados pela Companhia de
Pesquisa e Recursos Minerais (CPRM) e pela Companhia Baiana de Pesquisa
Mineral (CBPM) (SEPLAN, 2006b). As reservas confirmadas garantirão uma
revolução econômica na região de Caetité, que atrairá diversos empreendimentos
211

integrantes da cadeia de exploração do minério, gerando empregos e um novo


panorama social em toda a área.

Os dados indicam que o porte das jazidas de Caetité têm, possivelmente, um


potencial para sustentar projetos em uma escala de produção da ordem de 10
milhões de toneladas/ano, o que por si só já representa um expressivo impacto para
a economia regional (SEPLAN, 2006b).

De qualquer forma, excetuando-se a exploração de alguns minérios como o


ferro e o urânio, as atividades mineiras, em geral, no município de Caetité, possuem
limitada capacidade de impulsionarem os processos de desenvolvimento local. Essa
limitação torna-se mais clara quando se levam em consideração abordagens sobre
processo de desenvolvimento fundamentadas em interpretações das trajetórias de
inovação tecnológica e em abordagens acerca da organização institucional e do
caráter endógeno de processos de desenvolvimento duradouros que apontam a
necessidade de se considerar o papel assumido pelo capital social e pelas
especificidades sociais, institucionais, culturais e ecológicas como elementos
determinantes na implantação dos processos de desenvolvimento local.

As atividades mineiras, em geral, são dependentes de dinâmicas extra-


regionais, as quais determinam os padrões tecnológicos, de inovação e de
organização dentro dos quais as empresas mineiras têm de operar, o que as
distanciam da articulação ou mesmo da construção de arranjos produtivos de base
local.

Um aspecto que poderia ter repercussões para o desenvolvimento local seria,


assim, a ampliação da arrecadação tributária decorrente da valorização de recursos
minerais. A possibilidade de a sociedade, por meio das estruturas estatais, capturar
parte do valor gerado como decorrência da mercantilização de recursos minerais
efetiva-se por meio de tributação que incide tanto sobre a extração e a
comercialização, quanto sobre o lucro auferido pelas empresas.
212

Tais recursos oriundos da tributação poderiam ser voltados ao fortalecimento


de processos de desenvolvimento fundamentados no estabelecimento de vantagens
competitivas socialmente criadas e integradas ao uso sustentável da base natural do
município. No entanto, como uma atitude dessa implica confronto com interesses
econômicos, requer firmeza e clareza estratégica do Poder Público, na edificação de
uma institucionalidade que seja permeável à pluralidade de forças que expressam a
sua diversidade social e cultural, e, sobretudo, a ampla mobilização dos diversos
segmentos sociais comprometidos com desenvolvimento local.

4.9.1.2 Agropecuária

As relações entre meio ambiente e agropecuária são muito estreitas e o


sucesso da atividade agrícola depende dos recursos e restrições ao meio ambiente
especialmente da topografia, dos recursos do solo, da disponibilidade de água, do
regime térmico, dos recursos de tecnologia, da capacidade empresarial do agricultor
e do seu nível de informação técnica. Desta forma, em 2003, a agropecuária de
Caetité era responsável por 19,32% do PIB municipal (SEI, 2006a).

Predomina no município, unidades de produção que se caracterizam como


empresas familiares, isto é, cujas decisões sobre o empreendimento rural são
tomadas pela própria família. Além disso, por característica própria da região, o
fracionamento das áreas agrícolas faz com que existam pequenas propriedades
orientando suas práticas à agricultura de subsistência, marcadas pela baixa
capitalização, pelo autoconsumo, nenhuma tecnificação, repassando sua força de
trabalho a propriedades maiores e mais capitalizadas.

No que se refere aos dados da agropecuária da lavoura temporária, de


acordo com os dados da Tabela 75 observa-se que a mandioca (Figura 29) e a
cana-de-açúcar (Figura 30) são os dois itens mais produzidos em Caetité.
Importante ressaltar que o município possui solo apropriado para o plantio adequado
dessas duas lavouras. No entanto, no período analisado, observa-se que a cana-de-
213

açúcar passou por momentos de grandes aumentos na produção, mas sofreu uma
queda em 2001 e 2002, aumentou significativamente em 2003, e voltou a cair a
partir de 2004, conforme Figura 31.

A produção da mandioca cresceu 744,44% no período de 1995 a 2004


(Figura 32). Os dados do IBGE não registram números para o ano de 2005. A
produção dos outros itens da pauta de lavoura temporária, de acordo com a Tabela
75, é muito pequena relativamente à produção de cana-de-açúcar e de mandioca e,
por isso, não será discutida neste trabalho.

O valor da produção da lavoura temporária teve um aumento no período de


1995 a 2003 e caiu nos anos de 2004 e 2005, conforme Tabela 76. A mandioca é o
item mais significativo, representando 63,59% do total (Figura 33).

No que diz respeito à área plantada por hectare (Tabela 77), novamente, a
mandioca é o item com maior destaque, com 29,33%. Mas vale observar que a
cana-de-açúcar apesar de ser um item importante na pauta da lavoura temporária do
município, com quantidade e valor de produção significativos, possui uma área
plantada muita pequena (9,22%), inferior às áreas da mandioca, do feijão e do milho
(Figura 34).

De acordo com a Tabela 78, a área plantada é igual à área colhida, para
todos os itens.
214

Figura 29 – Estado da Bahia – Caetité – foto dos cortadores de mandioca (prática rudimentar)

Fonte: Soledade (2003c).

Figura 30 – Estado da Bahia – Caetité – foto de canavial irrigado

Fonte: Soledade (2003a).


215

3 5 .0 0 0

3 0 .0 0 0
Quantidade produzida (em ton)

2 5 .0 0 0

2 0 .0 0 0

1 5 .0 0 0

1 0 .0 0 0

5 .0 0 0

9 5 96 97 98 99 00 01 02 03 04
19 19 19 19 19 20 20 20 20 20

P e r ío d o

Figura 31 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da quantidade produzida da lavoura temporária de


cana-de-açúcar (em ton) – 1995 a 2004

Fonte: Sidra (2006).

50.000
45.000
Quantidade produzida (em ton)

40.000
35.000
30.000
25.000
20.000
15.000
10.000
5.000
0
95

96

97

98

99

00

01

02

03

04
19

19

19

19

19

20

20

20

20

20

P e ríodo

Figura 32 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da quantidade produzida da lavoura temporária de


mandioca (em ton) – 1995 a 2004

Fonte: Sidra (2006).


216

Alg o d ã o
M ilh o
h e rb á c e o O u tr o s
0 ,8 9 % 0 ,7 3 % 1 ,4 1 %
F e ijã o
9 ,2 8 %

C a n a -d e -
M a n d io c a
açúcar
6 3 ,5 9 %
2 4 ,1 0 %

Figura 33 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do valor médio da produção (Mil Reais) da lavoura
temporária, por item – 1995 a 2000

Fonte: Sidra (2006).

C a n a -d e - O u tr o s
açú car 1 1 ,3 1 %
9 ,2 2 %

M a n d io c a
3 9 ,3 3 %

M ilh o (e m
g rão ) F e ijã o (e m
1 2 ,2 3 % g rão )
2 7 ,9 1 %

Figura 34 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da área média plantada da lavoura temporária (em
ha) – 1995 a 2005
Fonte: Sidra (2006).
217

43
Tabela 75 – Estado da Bahia – Caetité – quantidade produzida da lavoura temporária (t) – 1995 a 2005
Período
Lavoura temporária
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Total 19.563 32.336 32.620 36.510 43.667 37.689 49.662 53.592 72.519 53.482 4.358
Mandioca (Tonelada) 5.400 6.120 6.550 9.730 11.400 10.400 40.000 45.600 46.400 45.600 -
Cana-de-açúcar (Tonelada) 13.250 25.200 24.600 26.000 30.530 25.800 9.000 7.250 24.300 6.350 -
Feijão (em grão) (Tonelada) 164 175 316 209 947 720 489 390 915 545 2.590
Milho (em grão) (Tonelada) 190 224 378 185 306 420 72 247 300 342 1.080
Sorgo granífero (em grão) (Tonelada) 40 22 27 10 15 66 - - 360 495 520
Tomate (Tonelada) 240 240 200 111 230 150 - - - - -
Algodão herbáceo (em caroço) (Tonelada) 127 194 336 105 105 - - - 23 45 120
Cebola (Tonelada) 42 48 48 27 21 33 52 52 108 25 -
Mamona (baga) (Tonelada) 4 12 12 21 7 36 32 48 48 72 48
Melancia (Tonelada) 36 24 45 56 56 - - - - - -
Arroz (em casca) (Tonelada) 10 15 47 29 29 45 - - - - -
Abacaxi (Mil frutos) 40 40 40 12 12 12 12 - - - -
Alho (Tonelada) 16 16 16 12 7 5 5 5 65 8 -
Fumo (em folha) (Tonelada) 4 6 5 3 2 2 - - - - -
Fonte: Sidra (2006).

Tabela 76 – Estado da Bahia – Caetité – valor da produção da lavoura temporária (em mil Reais) – 1995 a 2005
Período
Lavoura temporária
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Total 1.702 3.573 3.992 5.352 6.767 5.780 7.673 15.495 21.545 16.244 4.208
Mandioca 648 1.224 1.441 2.627 3.078 2.704 6.400 13.224 13.688 13.680 -
Cana-de-açúcar 795 2.016 1.968 2.340 2.748 2.322 855 1.668 6.075 1.461 -
Feijão (em grão) 52 70 174 160 663 540 367 507 1.510 872 3.652
Milho (em grão) 29 38 66 39 64 92 16 61 72 79 270
Algodão herbáceo (em caroço) 46 85 175 60 58 - - - 14 59 180
44
Outros 132 140 168 126 156 122 35 35 186 93 106
Fonte: Sidra (2006).

43
Excetuando-se a produção de abacaxi, que é contada por “mil frutos”.
44
Inclui lavouras de: tomate, sorgo granífero, cebola, melancia, mamona, abacaxi, arroz (em casca) e fumo (em folha).
218

Tabela 77 – Estado da Bahia – Caetité – área plantada da lavoura temporária (ha) – 1995 a 2005

Período
Lavoura temporária
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Total 3.465 3.590 4.693 4.458 4.288 4.118 5.492 5.034 11.299 5.415 5.630
Mandioca 540 720 900 1.300 950 800 4.000 3.800 5.800 3.800 -
Feijão (em grão) 825 760 735 930 1.580 2.000 1.015 643 3.050 655 3.850
Milho (em grão) 790 700 700 700 600 600 180 275 1.000 285 1.200
Cana-de-açúcar 500 600 600 650 700 600 250 250 900 250 -
45
Outros 810 810 1758 878 458 118 47 66 549 425 580

Fonte: Sidra (2006).

Tabela 78 – Estado da Bahia – Caetité – área colhida da lavoura temporária (ha) – 1995 a 2005

Período
Lavoura temporária
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Total 3.465 3.590 4.693 4.458 4.288 4.118 5.492 5.034 11.299 5.415 5.630
Mandioca 540 720 900 1.300 950 800 4.000 3.800 5.800 3.800 -
Feijão (em grão) 825 760 735 930 1.580 2.000 1.015 643 3.050 655 3.850
Milho (em grão) 790 700 700 700 600 600 180 275 1.000 285 1.200
Cana-de-açúcar 500 600 600 650 700 600 250 250 900 250 -
46
Outros 810 810 1758 878 458 118 47 66 549 425 580

Fonte: Sidra (2006).

45
Inclui: algodão herbáceo (em caroço), sorgo granífero (em grão), mamona (baga), arros (em casca), melancia, fumo(em folha), tomate, cebola, alho,
abacaxi).
46
Inclui: sorgo granífero (em grão), mamona (baga), arroz (em casca), melancia, fumo (em folha), tomate, cebola, alho, abacaxi.
219

Em relação à lavoura permanente, historicamente, a laranja é o item com


maior quantidade produzida. No entanto, vem sofrendo uma queda significativa
desde o ano de 1996. A manga, também, a partir do ano de 2002 vem sofrendo
quedas na sua produção. De acordo com os dados da Tabela 79, observa-se que, a
partir de 2001, a produção de banana tem aumentado significativamente, bem como
do café beneficiado. Para o caso do abacate, os dados somente aparecem até o
ano de 1999, mostrando que essa não é uma cultura significativa para o município
(Figuras 35 e 36).

Por meio dos dados da Tabela 79, a quantidade produzida total da lavoura
permanente teve uma redução de 352% no período analisado de 1995 a 2004.

1.600

1.400

1.200
Quantidade produzida (em ton)

1.000

800

600

400

200

0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Período

Laranja Manga Banana

Figura 35 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução da produção das lavouras de


laranja, de manga e de banana (em ton) – 1995 a 2004

Fonte: Sidra (2006).


220

400

350
Quantidade produzida (em ton)

300

250

200

150

100

50

0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

P eríodo

C afé Abacate

Figura 36 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução da produção das lavouras do


café e do abacate (em ton) – 1995 a 2004

Fonte: Sidra (2006).

Quanto ao valor da produção, houve algumas oscilações no período, mas


nada muito significativo. No entanto, a maior produção é a de café que representa
55,53%, no ano de 2004. A produção do maracujá para o ano de 2004 foi a maior de
todos os anos do período analisado (Tabela 80 e Figura 37).

No que diz respeito à área plantada por hectare, novamente, o café é o item
com maior destaque em todo o período analisado, com altos e baixos ao longo do
período (Tabela 81). De acordo com a Tabela 82, a área plantada é igual à área
colhida, para todos os itens.

Apesar de não constar nos dados oficiais do IBGE e da SEI, a oficina com
lideranças locais identificou o pequi47 como um alimento importante que é produzido
no município e que contribui para a geração de emprego na zona rural.

47
Árvore da família das cariocaráceas (Caryocar brasiliense), muito grossa e própria dos cerrados.
Tem folhas trifolioladas e tomentosas, flores enormes com muitos estames compridos, frutos
drupáceos, oleaginosos e aromáticos, estimados como condimento para arroz e para fabricar licor, e
madeira amarela, que também poderia ser utilizada.
221

450
400
350
Valor da produção (em Mil

300
250
200
Reais)

150
100
50
0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

P e r ío d o

C a fé M a ra c u já

Figura 37 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do valor da produção das lavouras do café e
do maracujá (em Mil Reais) – 1995 a 2004

Fonte: Sidra (2006).


222

Tabela 79 – Estado da Bahia – Caetité – quantidade produzida da lavoura permanente (t) – 1995 a 2004

Período
Lavoura Temporária
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Total 2.694 2.694 2.720 2.674 2.120 2.058 709 640 1.041 541
Laranja (Tonelada) 1.400 1.400 1.385 1.350 920 720 120 88 160 88
Maracujá (Tonelada) 480 480 480 780 480 500 180 150 425 132
Manga (Tonelada) 640 640 640 300 408 500 84 96 150 96
Café (beneficiado) (Tonelada) 174 174 215 244 312 338 325 306 306 225
48
Outros 329 337 375 216 247 123 395 340 314 318

Fonte: Sidra (2006).

Tabela 80 – Estado da Bahia – Caetité – valor da produção da lavoura permanente (em mil Reais) – 1995 a 2004

Período
Lavoura permanente
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Total 310 339 493 481 543 615 518 463 479 497
Café (beneficiado) 136 143 275 239 306 406 406 369 364 276
Banana 58 50 49 69 92 91 60 43 40 46
Laranja 42 70 76 92 62 36 7 4 8 16
Coco-da-baía 14 23 27 28 37 38 32 36 36 38
Maracujá 19 14 17 30 18 24 9 7 23 73
Manga 29 24 26 14 19 20 4 4 8 48
Abacate 12 15 23 9 9 - - - - -

Fonte: Sidra (2006).

48
Inclui: banana, abacate e côco-da-baía.
223

Tabela 81 – Estado da Bahia – Caetité – área plantada da lavoura permanente (ha) – 1995 a 2004

Período
Lavoura permanente
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Total 474 459 491 539 561 580 539 510 552 451
Café (beneficiado) 350 335 370 420 445 483 452 425 425 366
Banana 40 40 35 45 50 40 25 20 20 20
Laranja 35 35 35 30 20 15 15 11 20 11
Coco-da-baía 15 15 15 20 20 22 20 30 30 30
Manga 20 20 20 10 12 10 12 12 20 12
Maracujá 6 6 6 10 10 10 15 12 37 12
Abacate 8 8 10 4 4 - - - - -

Fonte: Sidra (2006).

Tabela 82 – Estado da Bahia – Caetité – área colhida da lavoura permanente (ha) – 1995 a 2004

Período
Lavoura permanente
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Total 474 459 491 539 561 580 539 510 552 451
Café (beneficiado) 350 335 370 420 445 483 452 425 425 366
Banana 40 40 35 45 50 40 25 20 20 20
Laranja 35 35 35 30 20 15 15 11 20 11
Coco-da-baía 15 15 15 20 20 22 20 30 30 30
Manga 20 20 20 10 12 10 12 12 20 12
Maracujá 6 6 6 10 10 10 15 12 37 12
Abacate 8 8 10 4 4 - - - - -

Fonte: Sidra (2006).


224

As Tabelas 83 e 84 e as Figuras 38 e 39, a seguir, apresentam dados das


lavouras permanente e temporária para o município de Caetité. Percebe-se que a
lavoura temporária é bem mais representativa para o município do que a lavoura
permanente, tanto em relação ao valor da produção, quanto em relação à área
plantada e à área colhida, por hectare.

Tabela 83 – Estado da Bahia – Caetité – valor da produção, área plantada e área colhida da lavoura
temporária – 1995 a 2005

Valor da Produção
Ano Área Plantada (Hectare) Área Colhida (Hectare)
(Mil Reais)
1995 1.702 3.465 3.465
1996 3.573 3.590 3.590
1997 3.992 4.693 4.693
1998 5.352 4.458 4.458
1999 6.767 4.288 4.288
2000 5.780 4.118 4.118
2001 7.673 5.492 5.492
2002 15.495 5.034 5.034
2003 21.545 11.299 11.299
2004 16.244 5.415 5.415
2005 4.208 5.630 5.630

Fonte: Sidra (2006).

Tabela 84 – Estado da Bahia – Caetité – valor da produção, área plantada e área colhida da lavoura
permanente – 1995 a 2004

Ano Valor da Produção (Mil Reais) Área Plantada (Hectare) Área Colhida (Hectare)

1995 310 474 474


1996 339 459 459
1997 493 491 491
1998 481 539 539
1999 543 561 561
2000 615 580 580
2001 518 539 539
2002 463 510 510
2003 479 552 552
2004 497 451 451

Fonte: Sidra (2006).


225

25.000

20.000
Valor da produção
(em mil Reais)

15.000

10.000

5.000

0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Período
Temporária Permanente

Figura 38 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do valor da produção das lavouras temporária e
permanente (em mil Reais) – 1995 a 2004

Fonte: Sidra (2006).

14.000
12.000
10.000
Área (ha)

8.000
6.000
4.000
2.000
0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Período

Permanente Temporária

Figura 39 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da área plantada e colhida das lavouras temporária e
permanente (ha) – 1995 a 2004

Fonte: Sidra (2006).

Ainda dentro do setor primário, cabe uma análise da pecuária de Caetité, o


qual possui terrenos extensos e propícios para a atividade sendo esta um dos
226

principais apoios econômicos da cidade, não só de gado bovino, como também,


sobretudo de caprinos e avícolas.

Os dados da Tabela 85 e da Figura 40 apresentam a evolução do efetivo do


rebanho do município de Caetité no período de 1995 a 2004. Pela evolução,
percebe-se uma pequena queda no efetivo total. Quanto à composição, os itens que
mais se destacam dizem respeito ao efetivo de galinhas (37,53%) e ao efetivo de
galos, frangos, frangas e pintos (36,84%). O dado que mais chama atenção é do
efetivo de bovinos, que vem diminuindo ao longo do período analisado e que
representa apenas 14,83% na média do período analisado (Figura 41).

350.000

300.000
Quantidade (em cabeças)

250.000

200.000

150.000

100.000

50.000

0
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004

Período

Figura 40 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução do efetivo de rebanhos – 1995 a 2004

Fonte: Sidra (2006).


227

Outros (*) Galinhas


Bovino 10,80% 37,53%
14,83%

Galos, Frangas,
Frangos e Pintos
36,84%

Figura 41 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da composição do efetivo de rebanhos – 1995 a 2004

Fonte: Sidra (2006).

Quanto aos produtos de origem animal (Tabela 86), o item com maior
produção é o de leite que apesar de ter sofrido uma queda de 60,67% de 1995 para
1996, foi se mantendo estável ao longo dos outros anos analisados. No entanto,
ainda é baixo o grau de adoção de novas tecnologias, como adequado
arraçoamento do rebanho, inseminação artificial, entre outros. Apesar de existirem
propriedades rurais melhor estruturadas tecnologicamente, a maioria ainda trabalha
com métodos rudimentares.

A produção de ovos de galinha manteve-se praticamente no mesmo patamar.


A produção de mel foi estável entre o período de 1995 a 2003 e, em 2004, deu um
salto de 134,2% na produção, conforme a Tabela 86.
228

Tabela 85 – Estado da Bahia – Caetité – efetivo do rebanho – 1995 a 2004

Ano
Tipo de rebanho
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Total 296.631 275.370 226.941 231.533 224.093 232.621 243.862 247.622 237.784 242.722
Galinhas 101.903 108.000 86.300 90.615 84.168 87.534 92.534 93.140 88.483 90.253
Galos, frangos e pintos 96.940 101.000 80.500 83.720 85.126 88.531 92.072 94.160 91.100 92.922
Bovino 62.686 43.881 36.861 32.619 29.258 30.115 31.921 33.198 31.538 32.584
Suíno 23.695 10.406 10.700 11.362 12.141 12.565 13.027 12.700 12.516 12.766
Caprino 3.875 4.185 4.500 4.950 5.100 5.278 5.441 5.640 5.550 5.600
Ovino 3.320 3.585 3.680 3.827 4.010 4.170 4.336 4.330 4.260 4.271
Eqüino 3.115 3.190 3.250 3.285 3.190 3.279 3.344 3.330 3.240 3.244
Muar 942 965 1.030 1.050 1.000 1.032 1.064 1.004 979 971
Asinino 155 158 120 105 100 117 123 120 118 111

Fonte: Sidra (2006).

Tabela 86 – Estado da Bahia – Caetité – produtos de origem animal por tipo de produto – 1995 a 2004

ANO
TIPO DE PRODUTO
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Leite (Mil litros) 7.900 3.107 2.314 4.227 3.998 4.058 4.220 4.051 3.849 3.964
Mel de Abelha (Quilograma) 1.360 1.400 1.548 1.625 1.500 1.594 1.641 1.650 1.520 3.560
Ovos de Galinha (Mil dúzias) 591 604 500 507 497 505 525 536 509 519
Total 9.851 5.111 4.362 6.359 5.995 6.157 6.386 6.237 5.878 8.043

Fonte: Sidra (2006).


229

Importante ressaltar os principais problemas relacionados à agricultura e


identificados pelos atores locais, na oficina, especificamente, na zona rural de
Caetité, que são:

a) precariedade da iluminação da zona rural;

b) precariedade de recursos e reservas para manutenção da água no campo;

c) estradas vicinais desestruturadas;

d) falta de cisternas para captação de águas da chuva;

e) falta de reservatórios de água para o abastecimento das comunidades da


zona rural;

f) agricultura diversificada;

g) inexistência de assistência técnica;

h) falta de uma política de incentivo ao artesanato no campo, tais como para


a fabricação de chapéus, balaios, utensílios de cerâmicas, peças de palha de
coqueiro, cipó e bambu, entre outros, e;

i) falta de agroindústria com infra-estrutura adequada para a fabricação de


derivados da cana-de-açúcar e da mandioca.

Pode-se inferir que a realidade da pecuária de Caetité mistura o emprego de


tecnologias modernas e rudimentares. As atividades pecuárias necessitam de
tecnologias modernas para que possam beneficiar quem nelas empreende seus
esforços e economias. Nem sempre as modernas tecnologias são as mais onerosas,
como também, nem sempre, são as mais recomendadas para o município e para as
condições das unidades de produção. Entretanto, geralmente, a pecuária é mais
exigente quanto à adoção de inovações que a agricultura.
230

A união de produtores para a aquisição dos insumos em todas as


modalidades agropecuárias exploradas no município, praticamente é inexistente.
Não se verificam iniciativas para a aquisição em conjunto de insumos com a
possibilidade de obtenção de preços melhores.

No geral, em relação ao setor primário como um todo, há uma série de


variáveis que influenciam diretamente o desempenho dessas atividades
desenvolvidas no município de Caetité. Algumas de ordem da estruturação local,
como a dimensão das unidades, a disponibilidade e qualificação da mão-de-obra, o
perfil dos empreendedores, a tecnologia empregada e a organização social. Outras
de caráter eminentemente mercadológico, financeiro e de observância legal, tanto
no âmbito das relações de trabalho, quanto nos aspectos da preservação ambiental,
como as opções e práticas mercantis adotadas pelos proprietários, o acesso ao
crédito para as modalidades de custeio agrícola, investimentos e comercialização, a
formalização do trabalho rural e mineiro e a adoção de práticas conservacionistas. E
outras, relacionadas com os aspectos naturais de relevo, solo, disponibilidade de
água e clima.

De qualquer forma, é importante que o governo municipal adote políticas


públicas que busquem minimizar as diferenças existentes dentro dos segmentos
produtivos, pois, enquanto alguns produtores têm acesso ao conhecimento e às
tecnologias disponíveis, outros permanecem ainda estagnados, envolvidos em
processos antiquados e sem resultados ou mesmo sem quase nenhuma chance de
competirem num mercado cada vez mais disputado e exigente. Este é o grande
desafio que se impõe ao setor primário de Caetité.

4.9.2 Setor secundário

De acordo com os dados de 2006, o município de Caetité conta com um total


de 16 indústrias formalizadas, entre elas: cerâmicas, confecções, alimentos,
gráficas, mineração e serralharias (FIEB, 2006). A pesquisa de campo localizou 24
231

empresas formalizadas e outras 21 informais destacando-se, além das identificadas


pela Fieb (2006), outras indústrias de móveis, estofados e construção.

Como pode ser observado, o município de Caetité conta uma relativa


diversificação do setor secundário, sendo uma das principais fontes de emprego
para a população local. As principais indústrias geradoras de emprego em Caetité
são as cerâmicas (com produção de telhas, tijolos e blocos cerâmicos) e as
confecções.

No que se refere à agroindustrialização, os processos de beneficiamento da


produção agrícola e pecuária datam dos tempos imemoriais da colonização e
continua sendo um tipo de produção artesanal e manufatureira para a maior parte
dos produtos advindos dessa atividade, tais como a farinha da mandioca e a
cachaça. O município também possui importantes indústrias de alimentos,
principalmente no que diz respeito à indústria de panificação.

O PIB do setor secundário em Caetité, em 2003, representava 20,26% do PIB


municipal (SEI, 2006a). Nesse mesmo período, o setor foi responsável por ocupar
cerca de 80 trabalhadores, significando 7,63% da população total ocupada no
período (IBGE, 2006).

4.9.3 Setor terciário

Quanto ao setor terciário, esta tem destaque como a terceira maior


concentração empresarial na região de Serra Geral que, de acordo com os dados do
IBGE (2006), em 2004 existiam 967 unidades de empresas do setor terciário. Para
efeito desta pesquisa, foram localizadas 883 empresas desse setor, através de 492
empresas formalizadas e 391 informais.

O comércio local abriga estabelecimentos destinados ao varejo de diversas


mercadorias, servindo a população dos bens básicos de higiene, saúde,
232

alimentação, limpeza, eletrodoméstico e vestuário. Assim, praticamente todas as


necessidades da população podem ser satisfeitas com o rol de mercadorias em
oferta no mercado através de supermercados, farmácias, butiques, armarinhos,
papelarias, bares, padarias, lojas de insumos agrícolas, autopeças, postos de
abastecimento de máquinas e automóveis, relojoarias e joalherias, lanchonetes e
restaurantes, materiais de construção e moveleiros, enfim, toda sorte de
mercadorias pode ser encontrada.

O montante da riqueza resultante do setor de serviços em Caetité, medido


pelo PIB setorial, mostra que no ano de 2003, o setor de comércio e serviços foi
responsável por 61,18% do PIB municipal (SEI, 2006a). No mesmo período,
ocupava 2.659 pessoas ou 75,1% da população ocupada (SIDRA, 2006).

Apesar da concentração dessas empresas na região central (bairros do


Centro e Ovídio Teixeira) com 80,36% de todas as empresas do setor terciário, com
o crescimento vertiginoso da cidade nas últimas décadas, e o surgimento dos bairros
cada vez mais afastados do centro, a atividade comercial também se irradiou, com
vendas e lojas em todos eles.

Os dados da pesquisa de campo mostraram que, a exemplo do que ocorre


em municípios de porte semelhante, Caetité apresenta o predomínio de micro e
pequenos estabelecimentos varejistas (624) e apenas alguns poucos comércios
atacadistas (15).

O comércio caetiteense, apesar de bastante diversificado e de atender às


necessidades da população, de acordo com informações na oficina, ocorre a saída
da população local para fazer compras na cidade de Guanambi, onde possui uma
maior gama de bens e serviços, com melhores preços e condições de pagamento.
Segundo entrevistados, há ganhos reais para o consumidor com esse
comportamento, uma vez que os preços de bens e serviços em Caetité são
relativamente mais altos que os de Guanambi, que fica distante deste somente 38
quilômetros. No entanto, o município e o comércio local perdem divisas com esse
comportamento.
233

No município, existem estabelecimentos comerciais que surpreendem


positivamente quanto ao aspecto geral das instalações e montagens, layout e
qualidade no atendimento. Outros não percebem que estes são elementos inerentes
à manutenção, sobrevivência e crescimento do negócio, passando o tempo e não
aprimorando seus serviços no sentido de atrair novos consumidores. Ao contrário,
dão margem acentuada para que os consumidores procurem outras praças para
realizarem suas aquisições, muitas vezes, de artigos encontrados em oferta no
mercado local. Imperceptível, para muitos, ou não, o consumidor acaba por realizar
seu “pacote de compras” em outro município (principalmente em Guanambi), para
compensar as despesas com a viajem, enfraquecendo o mercado local e punindo
aqueles que investiram no negócio como um todo.

Essa migração é o aspecto mais ressaltado pelas lideranças locais na oficina.


Colocam que o consumidor caetiteense prefere realizar suas compras no mercado
de Guanambi, seja por conseguirem melhores preços ou mesmo pelo simples status.
Apesar de não concordarem com os aspectos referentes aos preços pagos, não se
percebe nenhuma atuação conjunta como forma de fortalecimento do mercado local.
Compras em conjunto, promoções organizadas pelo mercado e eventos especiais do
comércio não são registrados em Caetité.

A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Caetité possui 101 associados49,


muito pouco para o quantitativo de empresas existentes no município, ou seja,
levando-se em consideração as 937 empresas cadastradas para efeito dessa
pesquisa, os associados da CDL representam apenas 10,78% do total de empresas.

Finalizando os aspectos da economia de Caetité, pode-se perceber que os


setores primário, secundário e terciário apresentam suas características particulares
e específicas. O desenvolvimento industrial no município é baixo, principalmente
considerando o número de estabelecimentos atuantes, porém, apresenta
potencialidades que devem ser aproveitadas e desenvolvidas.

49
Dados obtidos por telefone com o Presidente da CDL de Caetité.
234

Quanto à mineração, esta pode contribuir com o desenvolvimento local


contanto que se dê num contexto de crescimento econômico, de equidade social,
respeito pela diversidade cultural e gestão ambiental responsável. Não há soluções
feitas para superar os obstáculos e desafios da mineração uma vez que, atualmente,
esta atividade é vista com desconfiança por muitas pessoas.

Os subsetores do comércio e dos serviços, estruturantes do setor terciário,


também apresentam suas particularidades e potencialidades e, fundamentalmente, o
comércio necessita de ações conjuntas entre os atores para que possa buscar maior
poder competitivo na atração dos consumidores, evitando a migração destes para
outros centros e mercados.

4.10 ASPECTOS ECONÔMICOS E FINANCEIROS DO MUNICÍPIO

4.10.1 PIB

É importante lembrar que o PIB municipal não pode ser visto como um
indicador da qualidade de vida local. Por um lado, porque nem toda a renda gerada
no município é nele apropriada e nem toda a renda apropriada na localidade foi nela
produzida.

A Tabela 87 traz o PIB total apurado para o município de Caetité no período


compreendido entre 1999 e 2004. Como pode ser percebido, o PIB total de Caetité
apresenta crescimento constante ao longo dos anos analisados. No entanto, mesmo
seu aumento não tendo muita representatividade, tanto em relação ao Estado
quanto em relação à Região da Serra Geral, a Figura 42 permite uma melhor
visualização das oscilações do PIB caetiteense considerando seus valores
absolutos, entre 1999 e 2004.
235

Sua contribuição na composição do PIB baiano em relação ao total estadual


no período analisado ficou na faixa dos 0,14%. Em relação à Região Econômica de
Serra Geral, também não houve aumento na sua contribuição, estando sempre na
faixa média de 7% até 2003 e um pequeno aumento, em 2004, para 8,55%. Mesmo
sendo considerado um dos municípios mais importantes economicamente na região
da Serra Geral, Caetité ainda não é tão representativo no PIB quanto os municípios
de Brumado e Guanambi.

Tabela 87 – Estado da Bahia – Caetité – PIB a preços correntes (em mil Reais) – 1999 a 2004

Ano
Território
1999 2000 2001 2002 2003 2004
Bahia 42.040.109 48.197.174 52.249.320 62.102.753 73.166.488 86.882.057
Serra Geral 816.877 966.988 1.016.092 1.211.731 1.356.406 1.615.599
Caetité 60.764 68.892 71.239 93.274 103.265 138.118

Fonte: SEI (2006a).

160.000

140.000

120.000
Valor do PIB (em R$ 1.000)

100.000

80.000

60.000

40.000

20.000

0
1999 2000 2001 2002 2003 2004

Período

Figura 42 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução do PIB (em mil Reais) – 1999 a 2003

Fonte: SEI (2006a).


236

4.10.2 PIB per capita

O PIB per capita é um indicador que ajuda a entender o grau de


desenvolvimento de um país, Estado, município. No entanto, deve-se tomar cuidado,
pois, como se trata de uma média, o país, Estado ou município pode ter um PIB per
capita alto e uma grande concentração de renda, assim como pode ter um PIB per
capita baixo e uma boa distribuição de renda.

Os dados da Tabela 88 demonstram que o PIB per capita de Caetité é menor


do que o do Estado da Bahia e com valores aproximados aos da Região Econômica
de Serra Geral no período de 1999 a 2001. No entanto, o PIB per capita de Caetité
vem aumentando ao longo dos anos, conforme Figura 30. O aumento de 1999 a
2004, em Caetité, foi de 116,46%, número maior do que o da Serra Geral (68,67%) e
o da Bahia (95,98), o que pode demonstrar melhorias na qualidade de vida da
população local e perspectivas de desenvolvimento no futuro.

Tabela 88 – Estado da Bahia – Caetité – PIB per capita – 1999 a 2003 (em R$)

Ano
Caetité
1999 2000 2001 2002 2003 2004
Bahia 3.235 3.667 3.936 4.631 5.402 6.340
Serra Geral 1.411 1.504 1.556 1.844 2.028 2.380
Caetité 1.343 1.518 1.552 2.009 2.200 2.907

Fonte: SEI (2006a).


237

3.500

3.000
PIB per capita (em Real)
2.500

2.000

1.500

1.000

500

-
1999 2000 2001 2002 2003 2004
Período

Figura 43 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do PIB per capita (em R$ 1,00) – 1999 a 2004

Fonte: SEI (2006a).

4.10.3 Valores adicionados

Analisando-se os dados da Tabela 89 e da Figura 44, o setor agropecuário


teve uma pequena oscilação no período de 1999 a 2004 e sua contribuição na
composição do produto total, em 2004, ficou em 15,86%.

No que se refere ao setor industrial, as taxas de crescimento do PIB do


município são muito discretas de 1999 a 2003, mas teve um aumento significativo
em 2004, ou seja, um aumento de 76,15% em relação a 2003. Assim, sua
contribuição na composição do produto total em 2004, foi de 26,68%. É preciso
lembrar, no entanto, que a base industrial local é ainda muito pequena, devendo-se,
assim, o seu pequeno desempenho nesse setor.

Já o setor de serviços foi o que mais cresceu no período em análise, saindo


de 39,71 (milhões de Reais) em 1999 para 79,75 (milhões de Reais) em 2004, ou
238

seja, um crescimento de 100% no período analisado. Sua contribuição na


composição do produto total, para 2004, foi de 57,74%.

Tabela 89 – Estado da Bahia – Caetité – valor adicionado e PIB a preços correntes (em milhões de
Reais) – 1999 a 2004

Setores Dummy Impostos sobre


Período PIB Total
Agropecuária Indústria Serviços Financeiro (-) produtos
1999 9,07 12,00 39,71 3,36 3,34 60,76
2000 10,65 14,32 44,07 3,33 3,18 68,89
2001 12,20 13,94 47,80 4,18 1,48 71,24
2002 16,04 25,07 57,29 7,42 2,29 93,27
2003 19,95 20,92 63,18 7,08 6,29 103,27
2004 21,91 36,85 79,75 -7,03 6,64 138,12

Fonte: SEI (2006a).

90
Valor adicionado (em milhões de

80
70
60
Reais)

50
40
30
20
10
0
1999 2000 2001 2002 2003 2004
Período
Agropecuária Indústria Serviços

Figura 44 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do valor adicionado (em milhões de Reais) – 1999 a
2003

Fonte: SEI (2006a).


239

4.10.4 Finanças públicas

As receitas tributárias têm especial importância para as prefeituras, já que


estas têm autonomia para legislar sobre esses tributos. Podem se valer deles, como
instrumentos de desenvolvimento na promoção de equidade fiscal, na distribuição de
incentivos seletivos, que oneram ou desoneram atividades ou logradouros, através
de alíquotas diferenciadas na tributação ou mesmo de isenções, contribuindo assim,
para o planejamento urbano municipal.

Além do foco local, deve-se analisar o contexto do município inserido em uma


esfera mais ampla, a região da Serra Geral e o Estado da Bahia. Essa visão acaba
por nortear a alocação de recursos em setores estratégicos, visando maior poder
competitivo do município quanto à atração de novos investimentos.

Observando-se os dados da Tabela 90 e da Figura 45, nos anos de 2001 e


2002 o município de Caetité sofreu uma queda no valor de sua arrecadação, queda
essa não acompanhada pela Região de Serra Geral que, em todo o período
analisado, a arrecadação aumentou constantemente. A partir do ano de 2003, a
arrecadação do município de Caetité começou a subir novamente.

Tabela 90 – Estado da Bahia – Caetité – arrecadação (em R$ 1,00) das receitas estaduais – ICMS,
Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA), Imposto Sobre a Transmissão Causa
Mortis e por Doação de Quaisquer Bens e Direitos (ITD) e outras taxas – 1999 a 2005

Ano Bahia Serra Geral Caetité


1999 3.176.383.553,00 22.472.341,00 2.809.771,00
2000 3.929.131.323,00 24.228.205,00 2.509.733,00
2001 4.431.245.007,00 27.610.274,00 1.206.906,00
2002 5.290.384.952,00 35.913.183,00 1.758.166,00
2003 6.190.004.539,00 43.674.721,00 3.828.216,00
2004 7.465.949.966,00 52.860.203,00 6.862.394,00
2005 8.192.118.681,00 56.654.568,00 8.728.959,53

Fonte: Secretaria da Fazenda do Estado da Bahia (SEFAZ) (2006).


240

10.000.000
9.000.000
8.000.000
7.000.000
6.000.000
Valor (em R$)

5.000.000
4.000.000
3.000.000
2.000.000
1.000.000
0
1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

Período

Figura 45 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da arrecadação (em R$ 1,00) das receitas estaduais
– ICMS, IPVA, ITD e outras taxas – 1999 a 2005

Fonte: Sefaz (2006).

Os dados da Tabela 91 apresentam a composição da arrecadação do


município de Caetité no período de 1999 a 2005.

Tabela 91 – Estado da Bahia – Caetité – arrecadação (em R$ 1,00) – 1999 a 2005

Ano ICMS IPVA ITD TAXAS Total


1999 2.590.638 182.511 23.201 13.421 2.809.771
2000 2.262.115 211.369 14.111 22.138 2.509.733
2001 921.566 261.685 11.590 12.065 1.206.906
2002 1.434.489 281.305 26.965 15.407 1.758.166
2003 3.325.020 480.894 9.244 13.058 3.828.216
2004 6.195.843 580.304 67.251 18.996 6.862.394
2005 7.974.761 718.227 19.830 16.141 8.728.960

Fonte: Sefaz (2006).

Conforme Tabela 91, a arrecadação do município de Caetité durante o


período em análise, houve um aumento de 210,66%, segundo dados da Sefaz
(2006). Observa-se que nos anos de 2001 e 2002 houve uma queda de 51,91% e
29,95%, respectivamente, em relação ao ano de 2000 e, uma queda de 57,04% e
37,42%, respectivamente, em relação ao ano de 1999. De 2003 a 2005, o aumento
em relação a 1999 foi de 36,25%, 144,23% e 210,66%, respectivamente.
241

Os dados da Tabela 91 apresentam a evolução da arrecadação de Caetité no


período. Observa-se que os valores do IPVA, ITD e de outras Taxas, pouco
contribuem para o valor total da arrecadação do município que tem, no ICMS, o seu
mais importante componente das receitas municipais.

Os valores do Fundo de Participação dos Municípios encontrados referem-se


ao período de 1996 a 2005. Levando-se em consideração o ano de 2005, Caetité
representava apenas 0,35% do valor do FPM da Bahia (MINISTÉRIO DA FAZENDA,
2006?). A Figura 46 apresenta evolução constante do FPM de Caetité.

9.000.000

8.000.000

7.000.000

6.000.000
Valor (em Real)

5.000.000

4.000.000

3.000.000

2.000.000

1.000.000

-
1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005
Período

Figura 46 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da evolução no FPM (em R$ 1,00) – 1996 a 2005

Fonte: Ministério da Fazenda (2006?).

Os dados relativos à economia de Caetité, apesar de representarem muito


pouco em relação ao Estado, vêm aumentando ao longo do tempo em todos os seus
aspectos. Assim, se utilizados de forma correta e com apoio da população no seu
planejamento, esses recursos poderão contribuir com o desenvolvimento local,
social e eqüitativo. Principalmente porque podem e devem ser utilizados para
minimizar os problemas identificados na oficina com as lideranças locais, quer sejam
relacionados à infra-estrutura, quer sejam relacionados à educação, quer sejam
relacionados à saúde.
242

O estudo do município de Caetité, através deste diagnóstico, identifica que a


busca pelo desenvolvimento local deve ser acirrada no sentido da integração dos
segmentos econômicos e dos setores público e privado. Cada um, em particular, é
fundamental para a sinergia coletiva na solução dos problemas e na ousadia para
enfrentar e superar os desafios.

O aperfeiçoamento e a valorização do capital humano, integrado ao


comprometimento na maximização da sinergia do capital social apoiando o capital
natural de forma sustentável, é a chave para se provocar mudanças substanciais e
atingir níveis de desenvolvimento superiores.

Não bastam apenas os dados estatísticos que comprovem a eficácia de um


segmento ou setor, em detrimento dos resultados obtidos por outro e fazer disso o
sustentáculo para a continuidade de ações isoladas. No futuro, a necessidade de
integrar os segmentos econômicos e o comprometimento de toda a população,
tornar-se-á a única forma do município de Caetité atingir sua independência e grau
de competitividade regional. As vaidades devem ser deixadas de lado e todos
devem entender que a busca por mudanças e por melhores condições de vida é
uma tarefa de todos, independentemente de fidelidades político-partidárias, religião,
raça, qualificação educacional, disponibilidade de recursos, setor de atuação e
classe social.

A sociedade deve ter o caráter cooperativo, construído com bases sólidas na


solidariedade, comprometimento, respeito e educação. A informação deve estar à
disposição de todos, disseminada de forma sistêmica e os objetivos
predeterminados a fim de satisfazer as necessidades coletivas. A ambição em
crescer e vencer, bem como o orgulho em fazer parte, devem ser os propulsores da
sociedade que busca seu melhor caminho e, conseqüentemente, seu crescimento e
desenvolvimento local.
243

5 RESULTADOS DA PESQUISA DE CAMPO: UMA CONTRIBUIÇÃO PARA A


DISCUSSÃO SOBRE O DESENVOLVIMENTO LOCAL

É fato que a revitalização social e econômica, além de ser papel do Estado,


estão associadas ao empreendedorismo. Apesar do crescimento no número de
estabelecimentos no município de Caetité, é difícil encontrar empresários com visão
empreendedora, uma vez que, segundo Schumpeter (1982), a figura do empresário
inovador torna-se fundamental para o desenvolvimento de qualquer economia. Para
Schumpeter (1982), este indivíduo é, contudo, o produtor que, via de regra, inicia a
mudança econômica, e os consumidores, se necessário, são por ele “educados”;
eles são, por assim dizer, ensinados a desejar novas coisas, ou coisas que diferem
de alguma forma daquelas que têm o hábito de consumir.

A existência de capacidade empresarial inovadora em nível local é um dos


elementos mais decisivos na liderança do processo de desenvolvimento e
mobilização de recursos disponíveis. De igual maneira, no processo de construção
dos “entornos” locais mais apropriados para o fomento produtivo e empresarial, o
papel das administrações locais são importantes e decisivos, uma vez que podem
estimular a criação de condições que promovam as iniciativas de desenvolvimento
econômico local.

A formação de empresários inovadores e agentes de desenvolvimento local,


com capacidade para transferir aos atores sociais locais, valores e critérios de
inovação, constitui uma área que merece maior atenção. No entanto, a formação de
empresários inovadores deve ser encorajada por organismos vinculados aos
problemas, recursos e potencialidades de cada território. Por isso, a aprendizagem
244

nos centros empresariais de inovação, institutos tecnológicos, incubadoras de


empresas, entre outras, obtém resultados melhores do que as titulações genéricas
obtidas nos centros acadêmicos.

As MPE vêm demonstrando, em diferentes países em desenvolvimento, uma


grande capacidade para incorporar as inovações tecnológicas e organizacionais
quando a oferta de serviços de desenvolvimento empresarial e de infra-estruturas
básicas apropriadas fazem-se acessíveis territorialmente àquelas firmas. Sua maior
flexibilidade ou capacidade de adaptação ante as incessantes mudanças lhes dão
algumas vantagens frente às grandes empresas.

Para as MPE, é importante dispor no território, das economias externas as


quais lhes permitem o acesso aos serviços de informação, capacitação empresarial
e tecnológica, inovação de produtos e processos produtivos, cooperação
empresarial, acesso ao crédito, entre outros, os quais se constituem, hoje em dia,
em elementos “intangíveis” decisivos para incrementar a eficiência produtiva e a
competitividade empresarial.

O censo empresarial realizado para fins dessa pesquisa, teve como


metodologia o mapeamento das empresas formalizadas e das empresas não
formalizadas da zona urbana do município de Caetité. O cadastramento das
empresas permitiu obter uma visão quantitativa e qualitativa dos principais setores
produtivos da economia municipal na área.

O município de Caetité possui 15 bairros. Foram selecionados nove


pesquisadores estudantes do curso de Geografia da Uneb para a realização da
pesquisa de campo, através do preenchimento de questionário elaborado para fins
da pesquisa (APÊNDICE A). Dessa forma, os trabalhos iniciaram-se pelos bairros
com menores quantidades de empresas sempre com dois pesquisadores
devidamente identificados com crachá (APÊNDICE B). Em apenas três dias os
bairros com menores quantidades de empresas foram recenseados. Assim, os
bairros do Centro e Ovídio Teixeira, que concentram 82,92% das empresas
caetiteenses foram os últimos a serem recenseados e os que duraram mais tempo.
245

Nesse período de atividades, foram contabilizados os totais de 937


empreendimentos validados na zona urbana de Caetité (ANEXO A). Estes
estabelecimentos foram segmentados em formais e informais. Os estabelecimentos
formais são aqueles registrados na Juceb, identificados a partir da existência de
Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ) e/ou aqueles possuidores de ponto
físico fixo de instalações, localizados na área.

As atividades informais, por sua vez, são aquelas desprovidas de


regularização na Juceb, ou mesmo de ponto físico fixo, ou seja, todas aquelas que
utilizam os espaços públicos, praças, calçadões ou calçadas para o desempenho de
suas atividades. Cabe ressaltar que os informais considerados para efeito de
cadastramento excluem aqueles definidos como “passantes”, tais como vendedores
de picolé entre outros, ou seja, aqueles que se movimentam na área durante o
período de atividades.

O censo empresarial mostrou que 45% das empresas se encontram na


informalidade junto ao Poder Público municipal. Portanto, surge a necessidade de
repensar as políticas públicas que são aplicadas atualmente como forma de atenuar
as principais deficiências apontadas.

5.1 CARACTERIZAÇÃO DAS EMPRESAS

5.1.1 Porte da empresa – enquadramento

O porte da empresa definido para efeito desse trabalho levou em


consideração o faturamento e o número de funcionários e, de acordo com o artigo 2º
da Lei Federal nº 9.841, de 05 de outubro de 1999, que instituiu o Estatuto da
Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, existem microempresas, empresas
de pequeno porte e empresas de grande porte (BRASIL, 1999).
246

5.1.1.1 Quanto ao faturamento

Caetité possui 853 microempresas (91,04%), 31 empresas de pequeno porte


(3,31%) e apenas sete empresas consideradas de grande porte, conforme pode ser
observado na Tabela 92 e na Figura 47.

Tabela 92 – Estado da Bahia – Caetité – faturamento bruto anual (em Real) – 2006

Faturamento Bruto Anual Quantidade


Até 244.000,00 853
De 244.001,00 a 1.200.000,00 31
Acima de 1.200.000,00 7
Não respondido 46
Total 937

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

GRANDE NÃO
0,75% RESPONDIDO
4,91%
PEQUENA
3,31%

MICRO
91,04%

Figura 47 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do porte das empresas quanto ao faturamento bruto
anual (em Real) – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora


247

5.1.1.2 Quanto ao número de funcionários

Quanto ao enquadramento relativo ao número de funcionários, utilizou-se os


critérios adotados pelo Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas
(SEBRAE) e pela Secretaria da Receita Federal (Figura 48). Neste caso, entende-se
que o município de Caetité possui mais de 90% de MPE, de acordo com a pesquisa
de campo realizada pela autora e Figura 49.

Figura 48 – Enquadramento por porte – Sistema Sebrae

Fonte: Molica, Montella e Rodrigues (2005).

PEQUENA
2,88%

MICRO
97,12%

Figura 49 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do porte das empresas quanto ao número de
empregados – 2006

Fonte: Pesquisa de campo realizada pela autora


248

5.1.2 Localização

No que diz respeito à localização dos estabelecimentos por bairro, o ponto


ideal requer conhecimento de mercado, pois não dá para se guiar apenas pela
intuição. É preciso que o empreendedor siga critérios técnicos, pois, trata-se de uma
importante etapa de todo o negócio, que deve levar em conta princípios estatísticos,
como análise do fluxo de pedestres e veículos, hábitos de compra e poder aquisitivo
dos consumidores.

Assim, estão localizadas no centro da cidade 77,61% das empresas formais e


47,97% das informais. O bairro Ovídio Teixeira, mais próximo do centro da cidade,
concentra outros 11,39% das empresas formais e 27,45% das empresas informais.
Dessa forma, os dois bairros, juntos, concentram 777 estabelecimentos formais e
informais, ou seja, concentram 82,92% de todas as empresas do município (Tabela
93).

As empresas restantes estão distribuídas pelos outros bairros. Vale observar


que em todos os bairros do município, há pelo menos uma empresa, formal ou
informal, sendo que os bairros com menor número são os de Santo Antônio, São
Vicente, Braz e Escola Agrícola (Tabela 93).

Tabela 93 – Estado da Bahia – Caetité – localização dos empreendimentos por bairro – 2006

BAIRRO QUANTIDADE PARTICIPAÇÃO (%)


Centro 604 64,46
Ovídio Teixeira 173 18,46
Alto do Bueno Aires 31 3,31
Chácara 31 3,31
Baraúna 25 2,67
Santa Rita 16 1,71
Observatório 12 1,28
Nossa Senhora da Paz 11 1,17
Alto do Cristo 10 1,07
São José 9 0,96
Rancho Alegre 7 0,75
Santo Antônio 3 0,32
Braz 2 0,21
São Vicente 2 0,21
Escola Agrícola 1 0,11
TOTAL 937 100

Fonte: Pesquisa de campo realizada pela autora


249

5.1.3 Natureza jurídica

Observando-se a natureza jurídica das empresas, de acordo com a Figura 50,


nota-se o predomínio das empresas individuais (87,83%). Esse dado demonstra que,
para o desenvolvimento local em Caetité, através de qualquer tipo de aglomeração,
individualmente, essas empresas não conseguirão ir muito longe e, diante desse
fato, essa será uma das mudanças mais importantes que deverão acontecer. A alta
taxa de individualidade faz com que 94,66% (887 unidades) não possuam filiais
(Figura 51).

SOCIEDADE EMPRESA
COOPERATIVA / PÚBLICA
ANÔNIMA OUTROS
ASSOCIAÇÃO 0,11%
0,21% 0,43%
0,75%

SOCIEDADE NÃO INFORMADO


LIMITADA 0,11%
10,57%

FIRMA
INDIVIDUAL
87,83%

Figura 50 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da natureza jurídica das empresas – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora


250

NÃO SIM
RESPONDIDO 5,23%
0,11%

NÃO
94,66%

Figura 51 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da quantidade de empresas com filiais – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

5.1.4 Caracterização do imóvel

A pesquisa demonstrou, também, que 53% dos entrevistados possuem sede


própria, 41% estão com imóvel alugado, 5% estão com espaço cedido e o restante
(1%) não respondeu (Figura 52).
251

NÃO
RESPONDID
CEDIDA O
5% 1%

PRÓPRIA
ALUGADA 53%
41%

Figura 52 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da situação do imóvel – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

5.2 PERFIL DO EMPRESÁRIO

5.2.1 Faixa Etária

Em termos de faixa etária, os empresários pesquisados apresentam uma


concentração significativa entre 26 e 40 anos de idade (39,81%), indicando pessoas
com mais experiência. Incrementando ainda esta experiência, pode-se considerar os
outros 44,18% que estão acima de 41 anos, ou seja, 83,99% dos empresários
possuem mais de 26 anos de idade, de acordo com a Figura 53.
252

NÃO 15 A 18 ANOS
RESPONDIDO 19 A 25 ANOS
MAIS DE 51 0,85%
5,02% 10,14%
ANOS
20,38%

26 A 40 ANOS
41 A 50 ANOS 39,81%
23,80%

Figura 53 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da faixa etária dos sócios – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

5.2.2. Escolaridade

Juntamente com a definição das faixas etárias foi necessário definir o grau de
instrução do sócio ou proprietário. Esses dados merecem uma atenção especial,
pois apresentam percentuais elevados entre os que possuem apenas o ensino
médio completo, totalizando 37,67% dos empresários, ou seja, menos da metade
das empresas pesquisadas possuem entre 11 e 15 anos de estudos. Entre oito e
dez anos de estudos completos existem 10,78% dos empresários com o ensino
fundamental completo. Os outros 29,88% dos empresários possuem ensino médio e
fundamental incompletos. Apenas 12,06% dos pesquisados conseguiram chegar à
universidade e, 6,19% são analfabetos. Outros 3,42% dos entrevistados não
quiseram responder a essa questão (Tabela 94).

Empresas baseadas em conhecimento ou que pretendem utilizá-lo, devem


estar atentas a este indicador que tem grande influência na avaliação de
competência empresarial, pois empresas que possuem sócios ou proprietários com
253

níveis acadêmicos maiores têm mais capacidade de processar maior quantidade de


informações e de gerar mais empregos e desenvolvimento.

Tabela 94 – Estado da Bahia – Caetité – formação escolar do sócio – 2006

FORMAÇÃO ESCOLAR DO SÓCIO QUANTIDADE PARTICIPAÇÃO (%)


Ensino médio completo 353 37,67
Ensino fundamental incompleto 232 24,76
Ensino fundamental completo 101 10,78
Superior completo 79 8,43
Analfabeto 58 6,19
Ensino médio incompleto 48 5,12
Não respondido 32 3,42
Superior incompleto 28 2,99
Pós-graduação completa 5 0,53
Pós-graduação incompleta 1 0,11
TOTAL 937 100,00%

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

5.2.3. Gênero

Quanto ao sexo os homens detêm 64,35% dos negócios no município, ou 603


empreendimentos (Figura 54).

Nã o re spondido
0,96%

Fe m inino
34,69% Ma sculino
64,35%

Figura 54 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do gênero dos sócios – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora


254

5.3 PERFIL DOS EMPREGADOS

O número de registro de empregados existentes na firma também foi


analisado, para se obter um maior detalhamento do perfil do empresário e do seu
negócio. Juntamente com o número de registros, outros itens também foram
identificados tais como: homens e mulheres com serviço remunerado; homens e
mulheres com serviço não remunerado e; membros da família que prestam serviço
na empresa, remunerado ou não. Na pesquisa, não foram coletadas informações
referentes ao grau de escolaridade dos funcionários.

De acordo com os dados da pesquisa, 53,76% dos trabalhadores


remunerados são do sexo masculino e 46,24% são do sexo feminino (Figura 55). Em
relação aos empregados não remunerados, 54,71% são homens e 45,29% são
mulheres (Figura 56). Os dados demonstram que a diferença é pequena entre
trabalhadores homens e mulheres, remunerados ou não. Das empresas
entrevistadas, 50,48% possuem alguma pessoa da família prestando serviço
remunerado ou não remunerado. No que diz respeito aos funcionários com carteira
assinada, 78,23% dos entrevistados não possuem nenhum empregado com carteira
assinada (Figura 57).

M ULH ERES
H O M ENS
4 6 ,2 4 %
5 3 ,7 6 %

Figura 55 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico dos empregados (homens e mulheres) remunerados
– 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora


255

MULHERES
HOMENS
45,29%
54,71%

Figura 56 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico dos empregados (homens e mulheres) não
remunerados – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

NÃO
RESPONDIDO
0,53%

REGISTRADOS
21,24%

NÃO
REGISTRADOS
78,23%

Figura 57 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico dos empregados com carteira assinada – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora


256

5.4 DADOS DO NEGÓCIO

De acordo com as informações da pesquisa de campo, serão analisados a


partir de agora, os dados relativos aos negócios, que englobam: setor e ramo de
atividade; tempo de atuação no mercado; registros contábeis; uso da internet;
faturamento, nível de associativismo; legalidade; comercialização para fora do
município; financiamentos bancários; fornecedores de matérias-prima e; os
principais problemas enfrentados pelas empresas. Esses dados são relevantes por
que analisam as empresas e apresentam os seus principais pontos fortes e fracos
que podem ajudar ou impedir o desenvolvimento local.

5.4.1 Setor de atividade

A abordagem inicial desta pesquisa pretendeu identificar em qual setor de


atividade atua o empresário abordado (indústria, comércio e serviços) e quais os
setores de atuação mais indicados pelos respondentes. A grande maioria dos
abordados, 66,60%, apontou o setor de comércio varejista como sendo o ramo em
que atuam, seguidos de serviços com 26,36% de indicações, 4,80% de indústrias e,
o restante, distribuído entre comércio atacadista, artesanato e outros, conforme
Tabela 95 e Figura 58.

Tabela 95 – Estado da Bahia – Caetité – setor de atividades das empresas pesquisadas – 2006
SETOR DE ATIVIDADE QUANTIDADE
Artesanato 5
Comércio Atacadista 15
Comércio varejista 624
Indústria 45
Outros 1
Serviços 247
TOTAL 937

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.


257

OUTROS
0,11% INDÚSTRIA
ARTESANATO 4,80%
0,53%

SERVIÇOS
COMÉRCIO 26,36%
VAREJISTA
66,60%

COMÉRCIO
ATACADISTA
1,60%

Figura 58 – Estado da Bahia – Caetité – setor de atividades das empresas pesquisadas – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

5.4.2 Ramo de atividade

Na seqüência, com o intuito de conhecer um pouco mais sobre o empresário


atuante no município, foi interrogado qual o ramo de atividade era exercido por parte
do respondente.

Assim, de acordo com a Tabela 96, a grande maioria dos entrevistados,


17,08% ou 160 empresas, afirmaram atuar no setor de venda de alimentos. Por sua
vez, 14,19% (133 empresas) atuam na venda de bebidas; 8,86% (83 empresas) são
do comércio de vestuário e 5,98% (56 empresas) atuam no ramo de alimentação. O
restante é distribuído entre os mais diversos ramos de atividade.
258

Tabela 96 – Estado da Bahia – Caetité – principais produtos e serviços – 2006

SETOR QT % SETOR QT %
Venda de alimentos 160 17,08 Floricultura 6 0,64
Venda de bebidas 133 14,19 Óculos, armações, lentes e relógios 6 0,64
Vestuário 83 8,86 Serviços de Comunicação 5 0,53
Refeição 56 5,98 Marmoraria 5 0,53
Estética 56 5,98 Serviços de Lavagem 4 0,43
Serviços Automotivos 49 5,23 Jogos Eletrônicos 4 0,43
Frigorífico 31 3,31 Serviços Fotográficos 4 0,43
Armarinho 22 2,35 Serviços Bancários 4 0,43
Serralheria 18 1,92 Artesanato 4 0,43
Móveis 18 1,92 Loja de Departamentos 4 0,43
Peças e equipamentos 18 1,92 Telefonia 4 0,43
Reformas e Construções 17 1,81 Madeireira 3 0,32
Fabricação de produtos agrícolas 15 1,60 Sorveteria 3 0,32
Assessoria 15 1,60 Serviços Gráficos 3 0,32
Serviços Médicos e Hospitalares 14 1,49 Venda de terreno 3 0,32
Calçados 13 1,39 Reciclagem 3 0,32
Informática 13 1,39 Produtos de Limpeza 3 0,32
Hotelaria 12 1,28 Vidros 3 0,32
Transporte 12 1,28 Urnas funerárias 3 0,32
Medicamentos e Perfumaria 12 1,28 Video Locadora 3 0,32
Serviços de Educação 11 1,17 Reforma de Máquinas 2 0,21
Conserto de Eletrodomésticos 8 0,85 Papelaria 2 0,21
Perfumaria 7 0,75 Venda e concertos de bicicletas 2 0,21
Gás de Cozinha 7 0,75 Locadora de Veículos 2 0,21
Pet Shop 7 0,75 Venda de Bicicletas 2 0,21
Relógios e presentes 7 0,75 Academia 2 0,21
Serviços de Estofaria 6 0,64 Toldos 1 0,11
Combustíveis 6 0,64 Atvidades Carnavalescas 1 0,11
Pneus 6 0,64 Venda de CDs e DVs 1 0,11
Serviços em Geral 6 0,64 Concerto de Jóias 1 0,11
Eletrodomésticos e Eletrônicos 6 0,64

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

5.4.3 Tempo de atuação no mercado

Quanto ao tempo de atuação no mercado, de acordo com os dados da Tabela


97, 23,27% das empresas tem idade entre 10 e 20 anos, 19,32% tem idade até um
ano, 19,32% tem idade entre 4 e 6 anos, 14,73% estão entre 2 e 3 anos, 13,02%
tem idade entre 7 a 10 anos, 9,5% possuem mais de 20 anos e 8 empresas não
responderam. Importante observar que 45,78% das empresas estão com idade
259

acima de sete anos, mostrando estabilidade e relativa experiência nos seus


respectivos ramos de atividades.

Tabela 97 – Estado da Bahia – Caetité – tempo de atuação no mercado – 2006

TEMPO DE ATUAÇÃO NO MERCADO QUANTIDADE DE EMPRESAS PARTICIPAÇÃO (%)


Até 1 ano 181 19,32
De 2 a 3 anos 138 14,73
De 4 a 6 anos 181 19,32
De 7 a 10 anos 122 13,02
De 10 a 20 anos 218 23,27
Mais de 20 anos 89 9,50
Não respondeu 8 0,85
TOTAL 937 100,00

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

5.4.4 Registros contábeis

Esse é um dado importante, visto que, além da exigência legal, as


informações contábeis são vitais para tomar decisões, elaborar o planejamento
estratégico, controlar o patrimônio e apurar os resultados.

Pretendeu-se, com essa pergunta, saber se a empresa faz regularmente o ela


possui contabilidade organizada, entende-se que a empresa tem a capacidade de
produzir todas ou a maioria das demonstrações financeiras exigidas pela lei. A
contabilidade própria é a que funciona dentro da organização. De terceiros, quando
a empresa paga contabilidade externa (como os escritórios de contabilidade, que
pode ser na cidade, ou mesmo fora dela) e, nenhuma, para os casos em que a
empresa não se utilizada de contabilidade de forma alguma.

É importante que as empresas tenham ou contratem serviços deste


profissional, pois, a legislação brasileira estabelece várias obrigações que as
empresas devem cumprir, tais como: comerciais, tributárias, fiscais, trabalhistas,
previdenciárias etc., que só podem ser feitas por um contador habilitado. E, além da
260

exigência legal, as informações contábeis são vitais para tomar decisões, elaborar o
planejamento estratégico, controlar o patrimônio e apurar os resultados.

Assim, de acordo com a Figura 59, 43,86% afirmaram não fazer e nem
possuir contabilidade, 14,73% possui contabilidade própria, 37,03% fazem a
contabilidade através de escritórios de contabilidade localizados em Caetité ou em
Guanambi e 4,38% não respondeu a essa pergunta.

NÃO
RESPONDEU PRÓPRIA
4,38% 14,73%

TERCEIROS
37,03%
NÃO POSSUI
43,86%

Figura 59 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da forma contábil utilizada pelas empresas –
2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

5.4.5 Internet

Em Caetité constatou-se a quase inexistência da utilização de home page


pelas empresas, representada pelo percentual de 97,44% dos entrevistados. Apesar
de utilizarem equipamentos de informática, a utilidade da ferramenta WEB na
261

empresa foi vista como uma tentativa de identificar a comercialização e a


apresentação da firma, no ramo de atuação.

5.4.6 Faturamento

Apesar deste ser um item em que os empresários não gostam ou que não se
sentem à vontade em responder, foi especulado o faturamento bruto mensal das
empresas pesquisadas, e, de acordo com as respostas, foi apontado que 77,48%
faturam até R$ 5.000,00 por mês, ou seja, R$ 60.000,00 por ano (Tabela 98 e Figura
60).

Tabela 98 – Estado da Bahia – Caetité – valor do faturamento das empresas pesquisadas


(em R$) – 2006

FATURAMENTO BRUTO QUANTIDADE


Até 5.000 726
De 5.001 A 10.000 86
De 10.001 A 20.000 41
De 20.001 A 30.000 11
De 30.001 A 40.000 3
De 40.001 A 50.000 6
De 50.000 A 100.000 11
Acima de 101.000 7
Não respondido 46
TOTAL 937

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

O UTRO S
22,52%
ATÉ 5.000
77,48%

Figura 60 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do faturamento das empresas – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora


262

5.4.7 Associativismo

Os resultados dizem respeito ao baixo grau de associativismo observado em


Caetité. No conjunto das empresas pesquisadas tem-se que apenas 13,66% dos
entrevistados declararam participar de alguma organização associativa, conforme
Figura 61.

Vale lembrar que as vantagens do associativismo vão além dos ganhos


advindos da especialização. Para as pequenas empresas, a cooperação tende a
viabilizar a realização de determinados investimentos em capital fixo; contribui para a
difusão de inovações; aumenta o poder de barganha com fornecedores; reduz
custos relacionados à estocagem, comercialização e distribuição de mercadorias;
permite o atendimento de grandes encomendas; e aumenta a influência política das
empresas. Finalmente, a associação entre as empresas minimiza problemas de
assimetria de informação, contribuindo para o acesso ao crédito e para a formação
de aglomerações ou sistemas locais de inovações exitosos. Assim, é necessário
criar no município de Caetité, um ambiente de colaboração que possa ser
manifestado por meio de redes ou integrações entre as empresas.

NÃO
S IM
R ES P O N D EU
13,66%
0,43%

NÃO
85,91%

Figura 61 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do número de empresas participantes em alguma


organização associativa – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora


263

5.4.8 Legalidade

Das 937 empresas entrevistadas, 55% são legalizadas e 45% são empresas
informais. Para aqueles que estão na informalidade, 52,64% (416 empresas)
afirmaram que pretendem legalizar a empresa, de acordo com a Figura 62.

Entretanto, 33,89% declararam não ter legalizado por falta de capital, 8,17%
por falta de ponto, 2,64% por falta de conhecimento, 41 entrevistados (9,86%)
declararam ser por outros motivos e, 45,43% não responderam a essa pergunta.

Percebe-se que a falta de crédito ou qualquer outro tipo de apoio financeiro é


o maior empecilho que impede a legalização de negócios e sua conseqüente
geração de empregos, fonte de renda para muitas famílias e aumento nas receitas
municipais, que poderiam contribuir para o desenvolvimento local, através da
inversão em infra-estrutura básica.

INFORMAL FORMAL
45% 55%

Figura 62 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da situação legal das empresas – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora


264

5.4.9 Comercialização para fora do município

No que diz respeito à comercialização para fora do município, de acordo com


a Tabela 99, 77,48% das empresas entrevistadas não comercializam com clientes
de outros municípios e, das 211 empresas que o fazem, as mais importantes
cidades com as quais são estabelecidas relações comerciais são: Guanambi, Lagoa
Real, Igaporã, Salvador, Brumado e Ibiassucê (Tabela 99). Em decorrência da baixa
comercialização para fora do município, 99,68% das empresas, o que equivale a
934, afirmaram não exportar.

Tabela 99 – Estado da Bahia – Caetité – comercialização das empresas pesquisadas – 2006

MUNICÍPIO QUE COMERCIALIZA QUANTIDADE


Não vende 726
Guanambi 47
Lagoa Real 38
Igaporã 26
Salvador 21
Brumado 12
Ibiassussê 12
Caculé 9
Cidades Vizinhas 9
Riacho de Santana 8
Tanque Novo 6
Bom Jesus da Lapa 3
Rio do Antônio 3
Vitória da Conquista 3
Outras 14
Total 937

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

5.4.10 Financiamento bancário e conta corrente

Apenas 257 estabelecimentos ou 27,43% dos entrevistados possuem conta


em banco (Figura 63). O baixo número pode ser decorrente do baixo faturamento
das empresas, uma vez que possuir conta em banco acarreta vários tipos de
265

despesas, como seguros, taxas administrativas, impostos, entre outros,


desestimulando, assim, acesso a este tipo de serviço pelo empreendedor.

NÃO
R ES P O N -
D EU S IM
0,64% 27,43%

NÃO
71,93%

Figura 63 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico do número de empresas que possuem conta em
banco – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

No que diz respeito ao crédito, este é um dos gargalos para as MPE, uma vez
que muitos empresários têm dificuldades de chegar a uma instituição financeira ou
porque não sabem quais caminhos devem percorrer para conseguir um empréstimo.
Neste caso, apenas 10,99% dos entrevistados declararam ter feito algum
financiamento bancário (Figura 64).
266

NÃO
SIM
RESPONDEU
10,99%
1,39%

NÃO
87,62%

Figura 64 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da quantidade de empresas que fizeram


financiamento bancário – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

5.4.11 Centros fornecedores de mercadorias e matérias-prima

De acordo com os dados da Tabela 100, 39,81% das empresas compram


suas mercadorias e/ou matérias-primas do próprio município. Minas Gerais
representa 11,31%, São Paulo (11,10%), Guanambi (9,61%), Vitória da Conquista
(8,22%), Salvador (6,19%), e os outros 13,77% estão distribuídos entre vários
municípios baianos e outros estados, como Rio de Janeiro, Goiás, Pará,
Pernambuco, Santa Catarina, entre outros.
267

Tabela 100 – Estado da Bahia – Caetité – centros fornecedores de matérias-prima das empresas
pesquisadas – 2006

LOCALIDADE QT % LOCALIDADE QT %
Caetité 373 39,81 Igaporã 2 0,21
Minas Gerais 106 11,31 Bom Jesus da Lapa 2 0,21
São Paulo 104 11,10 Distrito de Palmeiras 1 0,11
Guanambi 90 9,61 Lagoa Real 1 0,11
Vitória da Conquista 77 8,22 - Monte Alto 1 0,11
Salvador 58 6,19 Camaçari 1 0,11
Outros Estados 28 2,99 Goiás 1 0,11
Brumado 18 1,92 Pará 1 0,11
Feira de Santana 18 1,92 Pernambuco 1 0,11
Jequié 12 1,28 Riacho de Santana 1 0,11
Tanque Novo 12 1,28 Ituaçu 1 0,11
Barreiras 5 0,53 Irecê 1 0,11
Ilhéus 4 0,43 Paraná 1 0,11
Rio de Janeiro 3 0,32 Rio Grande do Norte 1 0,11
Bahia 3 0,32 Rio Grande do Sul 1 0,11
Espírito Santo 3 0,32 Santa Catarina 1 0,11
Não informado 3 0,32 Juazeiro 1 0,11

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora.

5.4.12 Problemas enfrentados pelas empresas

Após uma breve análise setorial, a pesquisa tentou identificar os principais


problemas enfrentados, tendo em vista o funcionamento operacional das empresas.
Importante ressaltar que, para essa questão, o entrevistado poderia marcar até três
alternativas. Assim, dos entrevistados, 14,30% afirmaram não haver problemas
referentes ao seu funcionamento. Das empresas que responderam aos
questionários, os principais problemas identificados foram:

• vendas – 54,54%;
• finanças e capital de giro – 37,89%;
• fiscalização – 13,02%;
• inadimplência – 10,35%;
• treinamento e mão-de-obra qualificada – 10,25%;
• localização – 9,39%;
• compras e comercialização – 7,36%;
268

• organização – 4,27%;
• produção – 4,26%;
• contabilidade e controles – 1,39%;
• meio ambiente – 0,96%;
• tecnologia – 0,11%.

5.4.13 Sobre o SEBRAE

O Sebrae é conhecido por 48,03% da classe empreendedora local (Figura


65), sendo que apenas 11,31% já utilizaram algum produto ou serviço, tais como:
pesquisas, treinamentos, consultorias, diagnósticos, entre outros (Figura 66). Os
dados da Tabela 101 apresentam melhor os serviços que os empresários já
utilizaram do Sebrae.

NÃO
RESPONDEU
0,21%

NÃO SIM
51,76% 48,03%

Figura 65 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da quantidade de empresas que conhecem o Sebrae
– 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora


269

NÃO
RESPONDEU SIM
0,43% 11,31%

NÃO
88,26%

Figura 66 – Estado da Bahia – Caetité – gráfico da quantidade de empresas que já utilizaram serviços
do Sebrae – 2006

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

Tabela 101 – Estado da Bahia – Caetité – tipos de serviços que as empresas


pesquisadas utilizaram do Sebrae – 2006

JÁ UTILIZOU QUAIS SERVIÇOS OFERECIDOS PELO SEBRAE? Nº %


Não utilizou 432 46,10
Treinamentos 201 21,45
Crédito / financiamento 73 7,79
Informações 52 5,55
Tecnologia 49 5,23
Consultoria/assessoria 44 4,70
Pesquisa e estudos de mercado 42 4,48
Feiras e exposições 23 2,45
Diagnósticos de empresas 14 1,49
Outros 5 0,53
Não respondeu 2 0,21
TOTAL 937 100,00

Fonte: pesquisa de campo realizada pela autora

Em resumo, a pesquisa de campo realizada permitiu identificar que o


município de Caetité possui, em sua grande maioria, a presença de MPE as quais
empregam grande parte da população local. São, também, empresas individuais,
que não comercializam para fora do município e voltadas mais para o comércio de
alimentos, bebidas e vestuário, em geral. Seus proprietários possuem mais de 26
270

anos de idade, indicando amadurecimento para empreender, mas, entretanto,


predomínio do baixo nível de associativismo e de educação superior, o que
compromete a capacidade empreendedora e de inovação.

Na contribuição com o desenvolvimento local do município de Caetité, os


resultados indicam que as MPE pesquisadas empregam a maior parte da mão-de-
obra local. Entretanto, da forma individualista com que trabalham e o fato de não
encontrar muitos empreendedores schumpeterianamente falando no município,
pouco contribuem para o desenvolvimento social e eqüitativo da população, ou seja,
entende-se que o desenvolvimento local no município de Caetité não poderá ocorrer
somente através da existência dos empreendimentos urbanos.

A formação de empresários e o desenvolvimento da iniciativa empresarial


estão estreitamente vinculados à conformação das instituições públicas e privadas e
à forma como estas evoluem e se transformam. Um ambiente institucional flexível e
inovador são fundamentais para gerar um clima propício às inversões, que podem
ser aproveitadas pelos empreendedores, os quais assumem os riscos que estão
implícitos em qualquer atividade empresarial.

Do contrário, os entornos institucionais restritivos, caracterizado pelo excesso


de regulações e da incapacidade em estabelecer redes de cooperação tendem a
limitar a formação de empresários e a incentivar a informalidade, muito alta no
município de Caetité.
271

6 CONCLUSÃO E RECOMENDAÇÕES

Apresentam-se, a seguir, as conclusões relativas aos resultados da pesquisa,


fundamentadas na base teórico-empírica e sugerem-se recomendações para
pesquisas e ações futuras.

Considerando as limitações para a realização da pesquisa, cabe destacar que


os resultados aqui encontrados responderam e alcançaram os objetivos propostos
apresentados na introdução, a saber: explorar a concepção de desenvolvimento
local, suas dimensões, desafios e implicações à sociedade e avaliar os planos sócio-
econômico, político e institucional no processo de desenvolvimento local, analisando
a dimensão passada, atual e as perspectivas futuras do município decorrentes dos
seus empreendimentos, dos seus recursos naturais e dos seus atores locais.

A globalização sempre traz novas mudanças em todos os segmentos da


sociedade, no entanto, vem seguindo uma nova lógica para a promoção do
desenvolvimento local, que o torna mais evidente e que desperta o crescente
interesse por parte de especialistas e pesquisadores, sendo utilizado, assim, nos
discursos dos mais diversos segmentos da sociedade. Dessa forma, novas formas
de conceber e entender a dinâmica dos processos de desenvolvimento local vão
surgindo, contribuindo para o entendimento mais abrangente e interdisciplinar de
formas mais eficazes para a resolução dos problemas sociais.

Nas últimas décadas, a importância atribuída ao desenvolvimento local


ganhou proporções internacionais, seja pela perda da capacidade dos Estados
Nacionais regularem suas economias e seus problemas sociais, seja em função dos
272

fluxos globais. Embora essas novas influências tendam a condicionar a liberdade


das sociedades na definição de suas políticas, elas abrem, ao mesmo tempo, novas
opções e lançam novos desafios, conduzindo a modificações estruturais e
comportamentais cada vez maiores. Assim, a transformação do espaço local se
torna a chave para o desenvolvimento nacional e global.

Essa tendência vai ao encontro do objetivo desta pesquisa, o qual propôs


estudar o desenvolvimento local e suas possibilidades no município de Caetité, no
Estado da Bahia, por meio da realização de diagnóstico da região em que está
inserido, do diagnóstico do município em si e, finalmente, por meio da realização de
um censo empresarial que procurou encontrar características nas empresas que
pudessem levar desenvolvimento local ao município, quer seja através de
empresários inovadores (ou schumpeterianos), quer seja através de formas de
cooperação interempresarial.

Entende-se que o desenvolvimento local está baseado no aproveitamento dos


recursos endógenos e, também, no aproveitamento das oportunidades oriundas do
dinamismo externo. Para isso, o importante é saber endogeneizar tais oportunidades
externas dentro de uma estratégia de desenvolvimento que seja decidida
localmente.

No entanto, é preciso lembrar que, quando se fala em desenvolvimento local,


este não se limita exclusivamente ao desenvolvimento econômico local. Trata-se,
portanto, de um enfoque integrado no qual devem ser considerados, igualmente, os
aspectos ambientais, culturais, sociais, institucionais e de desenvolvimento humano
no âmbito territorial respectivo.

A estratégia de desenvolvimento local deve ser orientada, principalmente,


para assegurar as melhores condições de vida da população local, centrando-se
fundamentalmente (mesmo que nem sempre exclusivamente) na melhor utilização
dos recursos locais, a fim de promover a criação de novas empresas e postos de
trabalho.
273

Os estudos demonstram que o critério econômico, sozinho, não pode mais


definir o processo de desenvolvimento local, uma vez que as riquezas produzidas
localmente e mesmo a modernização de um território podem realizar-se no contexto
de injustiças, exclusão social e degradação dos recursos ambientais.

O município de Caetité possui recursos naturais capazes de alterar o quadro


de desigualdade social e pobreza existente, gerando desenvolvimento local. Diante
dessa realidade, conclui-se que existem possibilidades para o desenvolvimento do
município, entretanto, não é somente a existência de recursos naturais que levará
desenvolvimento por si só. Primeiro, porque uma grande parte dos recursos não são
explorados de forma sustentável e com uso de tecnologias apropriadas. Segundo,
porque os protagonistas locais são alheios ao que ocorre no território, sendo apenas
meros expectadores das políticas exploratórias dos capitalistas que vêm de fora
extrair a riqueza gerada no município e levar os ganhos para fora, não circulando o
fluxo normal para a geração do desenvolvimento local.

Os pequenos empreendimentos que exploram os recursos naturais também


estão mais preocupados com seus ganhos do que com o desenvolvimento do
município em si. Essas atitudes tendem a inflacionar o valor dos imóveis, bem como
de móveis, eletrodomésticos e alimentação em geral. Quem possui mais condições,
desloca-se para o município de Guanambi e adquirem seus bens com preços
menores. Os mais pobres, assim, além de não estarem incluídos nos processos de
geração de riqueza, são os mais prejudicados, pois o pouco que ganham são
direcionados para atender às suas necessidades mais básicas, com custos maiores.

Dessa forma, para que as possibilidades de desenvolvimento local em Caetité


possam acontecer, é preciso haver ações no sentido de estimular os processos de
desenvolvimento local para que permitam a conexão com o mercado, a
sustentabilidade, a promoção de um ambiente de inclusão, a elevação do capital
social, a democratização do acesso aos bens públicos, a preservação do meio
ambiente, a valorização do patrimônio histórico e cultural, o protagonismo local, a
integração com outros atores, a mobilização de recursos endógenos e a atração de
recursos exógenos.
274

Como visto, o desenvolvimento local exige uma série de requisitos prévios,


entre os quais está a existência de um compromisso entre os agentes locais e um
diálogo aberto entre representantes políticos e institucionais e agentes
socioeconômicos locais. O território deve ser dotado dos componentes necessários,
tangíveis e intangíveis, a fim de criar um entorno socioeconômico, institucional e
cultural favorável às atitudes inovadoras em nível local. O poder público já não é o
único responsável pelas políticas de desenvolvimento. A sociedade também está
sendo responsabilizada, já que é ela que escolhe os dirigentes políticos e sofre as
conseqüências da postura administrativa dos governantes.

A necessidade da importância da realização do censo empresarial decorreu


do fato de que um dos grandes objetivos da política de desenvolvimento local é a
promoção da atividade empresarial, uma vez que as empresas desempenham o
papel mais dinâmico nos processos de desenvolvimento e mudança estrutural e são
elas que geram emprego e riquezas necessárias que as comunidades locais
necessitam. Assim, é necessário identificar a existência de um empresariado local
capaz de converter-se em uma força dinamizadora do processo de desenvolvimento
local.

No estudo de Caetité, das 937 empresas pesquisadas, pode-se perceber que,


a maior parte delas, não possui ligações orgânicas entre si, fato este que gera uma
falta de visão compartilhada, tornando-se este um fator sério para o desenvolvimento
de projetos e a criação de mecanismos que permitam a efetiva realização do
desenvolvimento local. Quando as organizações presentes em uma região ou
município observam as outras como concorrentes, isto pode criar dificuldades ao
desenvolvimento local, pois o que acaba acontecendo é que uma organização
procure minimizar as ações das outras.

A prevalência da competitividade é nociva ao desenvolvimento do município


de Caetité, porque cria a visão de que uma organização só obtém sucesso quando
está sozinha. Todas estas causas se devem ao fato de que as organizações têm
uma visão setorial do sistema de desenvolvimento local. Assim, ao não entenderem
seu papel dentro do sistema, passam a perceber as outras organizações como
275

concorrentes, desconhecendo suas funções e prevalecendo a competição com


crescimento individual.

Observou-se também, que os pequenos empreendimentos de Caetité sofrem,


em geral, devido a problemas de âmbitos de financiamento, tecnologia, recursos
humanos, comercialização e diferenciação de produto, além da cooperação
empresarial.

Fato interessante observado é que no município de Caetité existem poucos


empresários inovadores, schumpeterianamente falando. Ressalta-se que a
insuficiência de recursos próprios, a dificuldade para acesso a linhas de crédito de
médio e longo prazos e o fraco poder de negociação dos empreendedores, são
elementos limitantes das atividades empresariais. Ainda, o acesso ao crédito é mais
difícil, pois estes empresários enfrentam taxas mais elevadas e prazos de
amortização mais curtos. Soma-se a isso a dificuldade em fornecer as garantias
patrimoniais tradicionalmente solicitadas pelo sistema financeiro. Dessa forma,
acaba por configurar um quadro claramente adverso para os pequenos negócios e,
naturalmente, isso tudo equivale a um menor estímulo à inversão produtiva interna e
menor aproveitamento do potencial de geração de empregos.

A escassa tecnologia incorporada nos processos produtivos e as dificuldades


de assimilação de conhecimentos técnicos disponíveis, junto à reduzida capacidade
de gestão empresarial e tecnológica, prejudicam, igualmente, a produtividade
desses negócios em comparação com as grandes empresas, as quais possuem
mais recursos e possibilidades de acesso a este tipo de serviços de
desenvolvimento empresarial. Neste sentido, deve-se ressaltar a baixa qualificação
dos recursos humanos, o que impede o aproveitamento das vantagens tecnológicas
e organizacionais, assim como a escassa orientação de pesquisa e desenvolvimento
e a oferta de serviços tecnológicos na problemática dos pequenos
empreendimentos, o qual repercute adversamente sobre os níveis de eficiência
produtiva e competitividade das empresas de pequeno porte frente às de grande
porte.
276

Outro problema observado é a limitação que os pequenos negócios possuem


no que diz respeito à distribuição e promoção de seus produtos, assim como o
desenho dos mesmos, razão pela qual concentram suas atividades em mercados
locais, mostrando assim, uma nula tradição exportadora.

Para superar tais dificuldades, é preciso recorrer à cooperação entre


empresas ou no estabelecimento concertado entre diversos atores sociais e
empresas locais de entidades comercializadoras de produtos, tema este no qual as
administrações locais podem desempenhar um importante papel como
catalisadoras.

No entanto, o que se vê, em geral, é que a prática habitual dos empresários é


mais de desconfiança frente ao concorrente local do que na colaboração com o
mesmo na busca coletiva de serviços sobre informação de mercados ou tecnologia,
capacitação empresarial, comercialização em conjunto, entre outros. As empresas
possuem, portanto, a dificuldade adicional de sua escassa tradição em cooperação
entre empresas, o qual as obriga a atuações orientadas na busca de uma
concertação estratégica entre atores públicos e privados no território, onde as
administrações locais possam desempenhar uma função de animadores
fundamentais.

Entretanto, além da importância dos empresários inovadores como elementos


decisivos na gestão e na organização da atividade produtiva, deve-se ressaltar que
a estratégia de desenvolvimento econômico local só pode ser factível quando
protagonizada, também, pelo conjunto da sociedade local organizada, tais como:
entidades financeiras, associações empresariais e industriais, sindicatos,
associações em geral, organizações de mulheres, entidades de jovens, grupos
culturais, organizações não governamentais, fundações, agências de ação solidária,
(já existente no município), entre outros.

Sabe-se que as transformações em relação ao processo de desenvolvimento


local e a amplitude e a complexidade pertinentes às questões relacionadas ao
desenvolvimento de municípios variam de um lugar para outro, ocorrendo também
277

em menor ou maior grau de intensidade, podendo ter diferentes significados para


diferentes pessoas ou instituições, conforme o aspecto que esteja sendo enfatizado.

Por isso, é preciso entender que as pessoas devem ser os principais atores
de todas as ações na promoção do desenvolvimento local, principalmente pela
complexidade existente em nosso País, onde cada município constitui um universo
em si mesmo. É por isso que, pelo motivo de as sociedades serem múltiplas, todas
enfrentam o grande desafio de se desenvolver de forma planejada, sustentada e
participativa.

O trabalho ora apresentado trouxe como principal foco o reconhecimento


desses aspectos cruciais e retratou não apenas um esforço acadêmico, mas uma
concepção integrada de todos os atores locais para enfrentarem os desafios do
desenvolvimento local mediante ações combinadas em diversas áreas e decisões
tomadas com a participação ativa de todos os interessados, com o objetivo maior de
estimular o debate no interior das comunidades. Somente um debate franco, aberto
e democrático permitirá construir os caminhos de um novo processo de
desenvolvimento para o município de Caetité.

Acrescenta-se, ainda, que somente com o fortalecimento de processos


democráticos, através de gestões participativas, será possível encontrar caminhos
que levem ao desenvolvimento econômico de Caetité com justiça social,
preservação ambiental e sustentabilidade institucional, reconhecendo esta última
não apenas como aquelas estruturas jurídico-legais ou dos sistemas de governo,
mas também, como as que se referem a todos os valores, crenças, costumes e
culturas consensualmente aceitos pela sociedade.

E para que a sociedade seja um aliado e parceiro do Poder Público é


necessário que ela participe das decisões sobre as políticas de desenvolvimento
local. Entretanto, se os fatores que dificultam sua participação não forem conhecidos
e trabalhados, os resultados não serão potencializados, a capacidade de reflexão
não será adequada e o conhecimento gerado disseminará a crença de que a
participação não auxilia no processo de desenvolvimento.
278

Percebe-se, no presente estudo, que a preocupação da prefeitura municipal


está em atender às necessidades mais urgentes do município. Dessa forma, os
investimentos acabam se dispersando, dadas as carências existentes no mesmo.
Assim, as ações da prefeitura municipal, na maior parte das vezes, impedem a
criação de cenários futuros com melhor aplicabilidade dos recursos em
investimentos que maximizem as suas carências.

Os problemas mais comuns do município de Caetité e identificados na oficina


com as lideranças locais, englobam:

a) recursos financeiros insuficientes para atender a todas as necessidades


da comunidade;

b) recursos humanos insuficientes ou mal preparados para as funções que


exercem;

c) inexistência ou necessidade de ampliação dos serviços de infra-estrutura


urbana, saneamento básico, distribuição de água, esgoto sanitário, coleta de lixo,
pavimentação de vias, entre outros;

d) falta ou insuficiência de instalações, equipamentos e pessoal na área de


saúde;

e) abertura e conservação de estradas vicinais;

f) necessidades de ampliação da oferta de emprego;

g) falta ou insuficiência de instalações e pessoal habilitado na área de


educação;

h) necessidade de construção de habitação para a população carente;

i) interferência negativa por parte de políticos locais;


279

j) falta de apoio por parte do governo estadual e federal;

k) necessidade de prestar assistência social à população.

Essas problemáticas devem ser melhor contornadas ou eliminadas, para que


não sirvam de entraves ao desejado processo de desenvolvimento. São, assim, o
grande desafio da gestão municipal que logra ao gestor a sua principal atenção e
volume de recursos, comprometendo as possibilidades de soluções preventivas,
uma vez que a demanda de tais empreendimentos cresce acima da capacidade de
oferta de recursos dispostos na prefeitura.

O poder de transformação está nas pessoas que compõem a comunidade.


Para tanto, é necessário que ela se organize, reivindique seus direitos, conheça
seus deveres e responsabilidades, defina prioridades e construa uma visão
compartilhada de futuro. A sociedade não pode continuar apática relativamente às
ações que vão de encontro aos seus interesses, sendo necessário estabelecer
espírito de união, luta e trabalho para conseguir promover o desenvolvimento que
ela deseja em detrimento dos interesses particulares de alguns grupos.

Nesse sentido, o progresso deve ser conquistado, não adianta ficar


esperando acontecer. A comunidade que se mantiver desmobilizada estará sendo
espectadora do desenvolvimento com base nos interesses de poucos e manterá a
cultura assistencialista e centralizadora, na qual poucos detêm o poder e priorizam
as ações conforme seus interesses.

Assim, buscando apontar possíveis desdobramentos ao desenvolvimento


local do município de Caetité, é importante ressaltar que este tem condições de
aproveitar os seus recursos endógenos para alcançar o desenvolvimento, sendo que
uma das formas é o desenvolvimento de um programa para implementação do
turismo local, prevendo o aproveitamento das potencialidades locais físicas, bem
como dos aspectos da sua cultura.

Para transformar-se em um produto turístico, é preciso que a localidade se


organize e se prepare, buscando promover a sustentabilidade social, econômica,
280

ecológica, espacial e cultural do patrimônio de que dispõe, integrando ações dos


setores público e privado, assim como da comunidade em geral.

Com relação às empresas pesquisadas, deve-se buscar uma forma maior de


cooperação, mesmo que seja através do fortalecimento da CDL local que possui
poucos associados e de um maior envolvimento do Poder Público e da sociedade
quanto aos objetivos e trabalhos da ADS. Importante ressaltar que a CDL deveria
procurar formas de incentivo à formalização de empresas (que é muito grande no
município) e, também, o fortalecimento da rede empresarial associada que,
praticamente, como benefício, só possui o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC).

Sugere-se a realização de estudos com o objetivo de identificar oportunidades


de investimento no sistema agroindustrial, uma vez que a disponibilidade local de
cana-de-açúcar e mandioca, entre outros produtos agropecuários é grande e
bastante diversificado. Ressalta-se que a agroindustrialização desses alimentos
ainda é realizada de forma bastante rústica.

Recomenda-se, também, a identificação de oportunidades de investimentos


quanto à exploração do minério de ferro, atividade com previsão de grande potencial
de desenvolvimento da cidade e da região da Serra Geral como um todo. No que se
refere às INB, é importante que o Poder Público municipal, juntamente com os
Poderes Públicos Estadual e Federal trabalhem em conjunto para que a INB não se
transforme apenas em uma grande exploradora de recursos naturais do município
mas que, também, possa contribuir de forma decisiva para o desenvolvimento local
empreendendo ações, principalmente relativas à saúde, à educação e ao meio
ambiente.

Os pequenos municípios localizados em eixos rodoviários, próximos às


cidades médias e grandes e com fácil acesso aos pólos regionais, têm mais
potencialidades de desenvolvimento. Caetité é um desses municípios e deve saber
aproveitar os eixos rodoviários como fatores ao desenvolvimento local, cujas
vantagens são mais oportunidades de acesso a mercados para produtos agrícolas e
de pequenas indústrias, principalmente em termos de nichos de mercado para
produtos diferenciados; maior viabilidade para o estabelecimento de diversas
281

atividades não-agrícolas no meio rural, como estruturas de turismo de curta duração


(final de semana); facilidades para encaminhar reivindicações e negociar demandas
junto às estruturas regionais do governo estadual; mais possibilidades de cultura e
lazer, entre outras.

A saúde é um componente importante para o desenvolvimento local pois, uma


população sadia é uma população cujo desempenho é mais produtivo tanto no que
se refere aos aspectos sociais como aos aspectos econômicos e, também, possui
uma maior participação cidadã na vida política da comunidade.

Os municípios representam a implementação local de uma das iniciativas


mais efetivas da promoção da saúde. Sua missão consiste em fortalecer a execução
das atividades de promoção e proteção da saúde no âmbito local, colocando a
saúde como a mais alta prioridade da agenda política aque envolve o Poder Público
e a comunidade, fomenta o diálogo e compartilha conhecimentos e experiências.

Um município saudável é aquele que, juntamente com a sociedade civil, se


compromete e executa ações de saúde com vistas a melhorar a qualidade de vida
da população. Nesse sentido, para que se possa melhorar a saúde da população é
preciso fortalecer a coesão social, reduzir a desigualdade e exclusão, promover a
democracia e inclusão social, além de fortalecer as redes sociais e políticas.
Entretanto, as ações referentes à saúde devem ser mais focadas nos determinantes
do que nas consequências da enfermidade.

Outro fator importante a ser considerado é sobre o papel da educação para o


processo de desenvolvimento local, considerado fundamental à formação do capital
humano necessário à sustentabilidade do desenvolvimento. Pelo fato do município
de Caetité ter sido sempre uma referência por toda a Bahia, é importante salientar
que essa área deve ser intensificada objetivando contribuir de forma decisiva para o
desenvolvimento local.

A promoção da educação para o desenvolvimento local implica em que a


comunidade tenha condições de construir conhecimentos da realidade que
considerem os espectos socioeconômicos, culturais, ambientais e políticos e que
282

estes conhecimentos sirvam de base para que a população estabeleça metas de


desenvolvimento. Nesse sentido, desenvolver ações que melhor possam
desencandear efeitos multiplicadores valorizam as dinâmicas e os temas que
favorecem o desenvolvimento de uma cultura empreendedora e formam pessoas
que, futuramente, tenham capacidade de transformar seu entorno. Mas é preciso
que outros atores, além do Poder Público, sejam inseridos no processo, pois
também, fazem parte da construção da dinâmica local.

Nesse sentido, sugerem-se algumas ações que poderiam ser implementadas


no que tange à educação: capacitação de lideranças em metodologias de gestão
participativa; criação ou fornecimento de espaços de gestão compartilhada na
comunidade escolar; desenvolvimento de conteúdos nas ementas escolares que
contemplem a formação do indivíduo enquanto ser histórico e concreto; e
desenvolvimento de ações na área de tecnologia, a qual exige saberes e
competências mais específicas.

Finalizando, baseando-se na ótica técnica, o processo de desenvolvimento


imprescindível para o município de Caetité deve apoiar-se, além das recomendações
já citadas, ainda as seguintes ações:

a) capacitação profissional de acordo com as necessidades locais;

b) desenvolvimento da cultura da cooperação entre os empresários locais no


sentido de subsidiar ações concretas de atuação conjunta que os auxiliem nos
resultados de seus empreendimentos e reflexos positivos junto à população;

c) desenvolvimento da cultura empreendedora para todos;

d) campanha de sensibilização para a cidadania e preservação do meio


ambiente;

e) implantação de cursos técnico-profissionalizantes com a finalidade de


preparar melhor a população para a busca de emprego;
283

f) implantação de centrais de compras, que possibilitem preços mais


acessíveis aos consumidores, valorização dos mercados locais e maior margem de
retorno para os empresários;

g) incrementar a adoção de mecanismos de crédito pelo comércio, através


de ações como campanhas promocionais, dias especiais, maior variedade e
qualidade dos produtos, melhoria do layout das lojas e vitrines;

h) fortalecimento da CDL, uma vez que os serviços prestados por uma


entidade de classe dessa natureza trazem inúmeros benefícios aos seus associados
e à população;

i) incentivo à instalação de empresas comerciais e industriais através de


planos públicos organizados de doação de terrenos e/ou incentivos fiscais;

j) aumento da receita própria da administração pública através do incentivo


às empresas quanto à formalização de seus negócios;

k) cuidados com a infra-estrutura no sentido de elaboração de um plano de


prioridades de recuperação e manutenção dos complexos infraestruturais do
município, que contemplem os problemas existentes no abastecimento de água, no
saneamento básico, na coleta e deposição do lixo, na conservação das vias de
acesso, no abate de animais, na segurança pública, entre outros;

l) firmar convênios e parcerias com instituições públicas e privadas no


sentido de colocar o município de Caetité como objeto de análises potenciais para a
instalação de unidades produtivas, comerciais e/ou industriais e, mesmo, para a
instalação de unidades demonstrativas e realização de estudos conjunturais e
estruturais, decorrentes do seu grande potencial de recursos naturais;

m) fortalecer as ações dos Conselhos Municipais em suas especialidades;

n) incentivar o fortalecimento e a gestão das associações e representações


de classe existentes no município;
284

o) estimular a criação de alternativas de lazer à população;

p) promover a participação efetiva das populações rurais, bem como dos


distritos municipais, nas discussões a cerca dos problemas pertinentes ao município;

q) aprimorar o sistema de comunicação entre os distritos e bairros rurais com


a sede municipal;

r) realizar o inventário turístico local;

s) melhorar o visual da cidade, com pintura de fachadas de residências e


lojas, limpeza das ruas e de terrenos baldios, arborização e ajardinamento de praças
etc;

t) reforçar as condições de prestação dos serviços de educação e saúde,


essenciais para a qualidade de vida e o desenvolvimento da população.

Por fim, as sugestões e recomendações estratégicas aqui elencadas não


encerram o conjunto de outras ações que possam ser desenvolvidas tanto pelo
Poder Público, quanto pelos atores locais ou entidades privadas. E, desenvolver
políticas de melhorias dos índices de saúde e educação já fará de Caetité uma
referência regional nessas duas áreas fundamentais ao desenvolvimento local e da
sociedade como um todo.
285

REFERÊNCIAS

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO SOLIDÁRIO (ADS). Arquivos para download.


Ilustração do sistema. Objetivos da ADS. São Paulo, [2006]. Disponível em:
<http://www.ads.org.br/downloads.asp>. Acesso em: 22 jul. 2006.

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AMBIENTE BRASIL. Exploração de urânio e o meio ambiente. Curitiba, [2006?].


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da Cadeia Produtiva da Cana-de-açúcar do Município de Caetité.
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Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Cana-de-açúcar do Município de Caetité.

______. [Igreja de Santana]. 2003d. 1 fotografia, color. Foto apresentada no


Diagnóstico da Cadeia Produtiva da Cana-de-açúcar do Município de Caetité.

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295

APÊNDICE A – QUESTIONÁRIO DE PESQUISA


296
297
298

APÊNDICE B – CRACHÁ UTILIZADO NA PESQUISA DE CAMPO


299

ANEXO A – ESTADO DA BAHIA – CAETITÉ – RUAS E BAIRROS – 2006

CARACTERIZAÇÃO NOME BAIRRO


RUA ALMERINDA DE BRITO ALTO BUENOS AIRES
RUA ANHANGUERA ALTO BUENOS AIRES
RUA BENEDITO ALVES ALTO BUENOS AIRES
RUA BUENOS AIRES ALTO BUENOS AIRES
RUA CRUZEIRO ALTO BUENOS AIRES
RUA DUARTE DA COSTA ALTO BUENOS AIRES
TV DUARTE DA COSTA ALTO BUENOS AIRES
PCA FORRO ALTO BUENOS AIRES
RUA GRACILIANO RAMOS ALTO BUENOS AIRES
RUA JOAQUIM DONATO ALTO BUENOS AIRES
RUA LEOBINO S. BRITO ALTO BUENOS AIRES
RUA MANOEL MONTEIRO ALTO BUENOS AIRES
AV OTACILIA B. DE SOUZA ALTO BUENOS AIRES
RUA OTACILIA B. DE SOUZA ALTO BUENOS AIRES
AV PREFEITO OLIMAR RODRIGUES ALTO BUENOS AIRES
TV SÃO MARCOS ALTO BUENOS AIRES
TV SEBASTIAO MARCOS ALTO BUENOS AIRES
RUA TOMÉ DE SOUZA ALTO BUENOS AIRES
RUA VICENCIA SANTOS ALTO BUENOS AIRES
AV DIVINO ESPÍRITO SANTO ALTO DO CRISTO
TV DOS PROFETAS ALTO DO CRISTO
TV MENINO JESUS DE PRAGA ALTO DO CRISTO
AV MONTE DAS OLIVEIRAS ALTO DO CRISTO
TV MONTE DAS OLIVEIRAS ALTO DO CRISTO
TV MONTE DAS OLIVEIRAS – 6 ALTO DO CRISTO
TV NOSSA SENHORA APARECIDA ALTO DO CRISTO
TV NOSSA SENHORA RAINHA DA PAZ ALTO DO CRISTO
RUA PROFESSOR NIVALDO OLIVEIRA ALTO DO CRISTO
TV SANTA TEREZINHA ALTO DO CRISTO
TV SENHORA DAS GRAÇAS ALTO DO CRISTO
RUA VALE DO JORDAO ALTO DO CRISTO
AV ANÍSIO TEIXEIRA BARAUNA
RUA AUGUSTO LADEIA BARAUNA
AV CONTORNO BARAUNA
TV CONTORNO 2 BARAUNA
RUA DR. CLARISMUNDO BARAUNA
RUA MANOEL CARDOSO NEVES BARAUNA
RUA NOVO HORIZONTE BARAUNA
RUA PADRE LIBERTO BARAUNA
AV PREFEITO DACIO OLIVEIRA BARAUNA
RUA RUI BARBOSA BARAUNA
RUA TEREZA N. DE OLIVEIRA BARAUNA
RUA 2 DE JULHO CENTRO
TV AGENOR PINCHIMEL CENTRO
300

RUA AMBROSINO J. DOS SANTOS CENTRO


RUA AMBROSINO J. DOS SANTOS CENTRO
RUA ANTONIO N. COTRIM CENTRO
RUA ANTONIO N. COTRIM CENTRO
RUA BARAO DE CAETITE CENTRO
BECO BECO DOS MILHOES CENTRO
RUA CARLOS GOMES CENTRO
PCA CATEDRAL CENTRO
RUA CEL CAZUZINHA CENTRO
PCA CEL CAZUZUNHA CENTRO
TV CEL HERMELINO SILVEIRA CENTRO
RUA CLEMENTE TANAJURA CENTRO
TV CONDEUBA CENTRO
RUA CONEGO BASTO CENTRO
AV CONTORNO CENTRO
AV CONTORNO CENTRO
RUA CRISTIANO N. B. DE SOUZA CENTRO
TV DA TORREFAÇAO CENTRO
DEPUTADO PAULO JACKSON VILAS
RUA BOAS CENTRO
RUA DIRCE CIRQUEIRA CENTRO
TV DO ALEGRE CENTRO
RUA DOM ALBERTO REZENDE CENTRO
RUA DOM ALBERTO REZENDE CENTRO
RUA DOM ALBERTO REZENDE CENTRO
RUA DOM JOSE TERCERO CENTRO
AV DOM RAIMUNDO DE MELO CENTRO
AV DOM RAIMUNDO DE MELO CENTRO
DOS ESTUDANTES CENTRO
RUA DR. CLARISMUNDO PONTE CENTRO
RUA DR. CONSTANTINO FRAGA CENTRO
PCA DR. DEOCLECIANO TEIXEIRA CENTRO
RUA DR.OSVALDO RODRIGUES LIMA CENTRO
PCA GETULIO VARGAS CENTRO
RUA GETULIO VARGAS CENTRO
RUA GOVERNADOR JURACI MAGALHAES CENTRO
RUA GUILHERME CASTRO CENTRO
RUA GUSTAVO GOMES DA SILVA CENTRO
TV DIRCE CIRQUEIRA CENTRO
PCA JAIRO PONTES CENTRO
RUA JOSE ANISIO CHAVES CENTRO
RUA JUVENAL LACERDA CENTRO
RUA LAGEDO CENTRO
RUA MARCELINO B. DOS SANTOS CENTRO
PCA MARIA NEVES LOBAO CENTRO
RUA MARIA NEVES LOBAO CENTRO
PCA MERCADO CENTRO
RUA MISERICORDIA CENTRO
301

TV MISERICORDIA CENTRO
TV NOVO HORIZONTE CENTRO
RUA PALESTINA CENTRO
TV PALESTINA 1 CENTRO
TV PALESTINA 2 CENTRO
RUA PARAMIRIM CENTRO
PCA POMPEU F. DA CUNHA CENTRO
RUA PONTE CENTRO
RUA PROESSOR ANISIO TEIXEIRA CENTRO
RUA PROF. ANTONIO MEIRELES CENTRO
RUA PROFESSOR ALFREDO T. DA SILVA CENTRO
AV PROFESSOR ANISIO TEIXEIRA CENTRO
TV PROFESSOR ANISIO TEIXEIRA CENTRO
RUA PROFESSOR ANTONIO MEIRELES CENTRO
PROFESSOR CAMILO PRISCO DA
TV SILVA CENTRO
RUA PROFESSOR SANTANA CENTRO
TV PROFESSOR SANTANA CENTRO
RUA PROFESSORA HELENA SANTOS CENTRO
RUA QUINTINO BOCAIUVA CENTRO
RUA R. CLOVES M. DA CUNHA CENTRO
RUA REVERENDO JAIME WRIGHT CENTRO
PCA RODRIGUES LIMA CENTRO
RUA ROSARIO CENTRO
RUA ROSÁRIO CENTRO
RUA RUI BARBOSA CENTRO
TV RUI BARBOSA CENTRO
TV RUI BARBOSA CENTRO
R SANTA ISABEL CENTRO
AV SANTANA CENTRO
RUA SÃO JOAO CENTRO
TV SÃO JOAO CENTRO
RUA VEREADOR AUTO GOMES CENTRO
RUA VEREADOR CLOVES BASTOS CENTRO
RUA VEREADOR CLOVIS BASTO CENTRO
RUA VEREADORA ZELIA TELES SANTOS CENTRO
AV WOQUITON F. TEIXEIRA CENTRO
TV A. JOSE J. OLIVEIRA CHACARA
RUA ARMINDO SOARES CHACARA
RUA BELA VISTA CHACARA
BR BR-262 CHACARA
TV C. JOSE OLIVEIRA CHACARA
TV CHÁCARA – E CHACARA
RUA DA CHÁCARA CHACARA
RUA PREFEITO DACIO OLIVEIRA CHACARA
RUA SÃO PAULO CHACARA
RUA ESCOLA AGRICOLA - 1 ESCOLA AGRICOLA
RUA A LOT RANCHO ALEGRE
302

ACESSO ACESSO B LOT RANCHO ALEGRE


RUA B LOT RANCHO ALEGRE
RUA C LOT RANCHO ALEGRE
RUA D LOT RANCHO ALEGRE
RUA E LOT RANCHO ALEGRE
EIXO EIXO MONUMENTAL DE ACESSO LOT RANCHO ALEGRE
EIXO EIXO PERIMETRAL B LOT RANCHO ALEGRE
EIXO EIXO SECUNDARIO DE ACESSO LOT RANCHO ALEGRE
RUA F LOT RANCHO ALEGRE
RUA G LOT RANCHO ALEGRE
RUA H LOT RANCHO ALEGRE
HOSPITAL MUNICIPAL DE CAETITÉ LOT RANCHO ALEGRE
RUA PERIMETRAL A LOT RANCHO ALEGRE
RUA 4 BARRO PRETO NOSSA SRA. DA PAZ
RUA 4 LOTEAMENTO BARRO PRETO NOSSA SRA. DA PAZ
RUA BAIRRO PRETO – 1 NOSSA SRA. DA PAZ
RUA BAIRRO PRETO – 2 NOSSA SRA. DA PAZ
RUA BAIRRO PRETO – 3 NOSSA SRA. DA PAZ
RUA BAIRRO PRETO – 4 NOSSA SRA. DA PAZ
RUA BAIRRO PRETO – 5 NOSSA SRA. DA PAZ
RUA CONJUNTO HABITACIONAL – 6 NOSSA SRA. DA PAZ
RUA CONJUNTO HABITACIONAL – 7 NOSSA SRA. DA PAZ
RUA CONJUNTO HABITACIONAL – 8 NOSSA SRA. DA PAZ
RUA CONJUNTO HABITACIONAL – 9 NOSSA SRA. DA PAZ
RUA NILO PEÇANHA NOSSA SRA. DA PAZ
ROD RODOVIA CAETITÉ MANIAÇÚ NOSSA SRA. DA PAZ
RUA ALTO DO OBSERVATÓRIO OBSERVATORIO
RUA ALTO DO OBSERVATÓRIO – B OBSERVATORIO
RUA CIRQUEIRA CAMPOS OBSERVATORIO
TV DO OBSERVATÓRIO OBSERVATORIO
TV DO ROSARIO OBSERVATORIO
TV DO ROSARIO DE SOUZA OBSERVATORIO
RUA DOMINGOS A. DA SILVA OBSERVATORIO
RUA FRANCISCO O. DA R. GUIMARAES OBSERVATORIO
RUA GUILHERME CASTRO OBSERVATORIO
TV GUILHERME CASTRO OBSERVATORIO
RUA JOSE MANOEL DO NASCIMENTO OBSERVATORIO
RUA MATHEUS CUNHA OBSERVATORIO
RUA NATALINO OLIVEIRA LIMA OBSERVATORIO
RUA NOVO ALTO DO OBSERVATÓRIO OBSERVATORIO
TV NOVO ALTO DO OBSERVATÓRIO OBSERVATORIO
RUA PARAMIRIM OBSERVATORIO
PROF. FRANCISCCO HELIO
RUA NEGREIROS OBSERVATORIO
PCA RODRIGUES LIMA OBSERVATORIO
RUA RONALDO FERREIRA OBSERVATORIO
RUA RONALDO FERREIRA DE SOUZA OBSERVATORIO
TV ROSARIO DE SOUZA OBSERVATORIO
303

RUA VALE DO JORDAO OBSERVATORIO


RUA BAUDELINO ALVES OVIDIO TEIXEIRA
RUA 12 DE OUTUBRO OVIDIO TEIXEIRA
RUA 15 DE NOVEMBRO OVIDIO TEIXEIRA
RUA 2 DE JULHO OVIDIO TEIXEIRA
TV AMÉRICO VESPÚCIO OVIDIO TEIXEIRA
TV ANISIO MACHADO OVIDIO TEIXEIRA
AV ANTONIO ALMEIDA OVIDIO TEIXEIRA
RUA AUGUSTO DOS ANJOS OVIDIO TEIXEIRA
TV CARLOS DUMONT OVIDIO TEIXEIRA
TV CASIMIRO DE ABREU OVIDIO TEIXEIRA
TV CECILIA MEIRELES OVIDIO TEIXEIRA
TV COPACABANA – 1 OVIDIO TEIXEIRA
TV COPACABANA – 2 OVIDIO TEIXEIRA
RUA CORAÇAO DE MARIA OVIDIO TEIXEIRA
PCA DR. DEOCLECIANO TEIXEIRA OVIDIO TEIXEIRA
TV EPONINA GOMES OVIDIO TEIXEIRA
TV ERICO VERISSIMO OVIDIO TEIXEIRA
TV FERNAO DIAS OVIDIO TEIXEIRA
TV GONÇALVES DIAS OVIDIO TEIXEIRA
TV GREGORIO DE MATOS OVIDIO TEIXEIRA
RUA JAIME BRITO OVIDIO TEIXEIRA
TV JORGE AMADO OVIDIO TEIXEIRA
RUA JOSE BONIFACIO OVIDIO TEIXEIRA
RUA LADEIRA DA SAUDADE OVIDIO TEIXEIRA
RUA LAUDELINO ALVES OVIDIO TEIXEIRA
RUA LEONOR PEREIRA OVIDIO TEIXEIRA
TV LEONOR PEREIRA – 2 OVIDIO TEIXEIRA
TV LEONOR PERERA – 1 OVIDIO TEIXEIRA
RUA LIVRAMENTO OVIDIO TEIXEIRA
TV LUIZ BENTO OVIDIO TEIXEIRA
AV LUIZ DUMES OVIDIO TEIXEIRA
RUA MEM DE SÁ OVIDIO TEIXEIRA
AV MONSENHOR OSVALDO MAGALHAES OVIDIO TEIXEIRA
TV MONTEIRO LOBATO OVIDIO TEIXEIRA
TV OLAVO BILAC OVIDIO TEIXEIRA
RUA OSVALDDO DE ANDRADE OVIDIO TEIXEIRA
TV OSVALDO DE ANDRADE OVIDIO TEIXEIRA
RUA OSVALDO MELO – É UMA PONTE OVIDIO TEIXEIRA
RUA OTACILIO GOMES OVIDIO TEIXEIRA
TV PADRE ANTONIO VIEIRA OVIDIO TEIXEIRA
RUA PADRE JOSE ANCHIETA OVIDIO TEIXEIRA
AV PARANÁ OVIDIO TEIXEIRA
TV PAULO FREIRE OVIDIO TEIXEIRA
RUA PIAUI OVIDIO TEIXEIRA
TV PIAUI OVIDIO TEIXEIRA
TV PIAUÍ – 1 OVIDIO TEIXEIRA
PCA POMPEU F. DA CUNHA OVIDIO TEIXEIRA
304

PREFEITO OLIVEIRA OLIMAR


RUA RODRIGUES OVIDIO TEIXEIRA
PCA RANCHO OVIDIO TEIXEIRA
TV RIO GRANDE OVIDIO TEIXEIRA
ROD RODOVIA CAETITÉ BRUMADO OVIDIO TEIXEIRA
TV ROFESSOR PRISCO DA SILVA OVIDIO TEIXEIRA
AV SANTA CATARINA OVIDIO TEIXEIRA
AV SANTA CATARINA OVIDIO TEIXEIRA
TV SANTA RITA OVIDIO TEIXEIRA
RUA SÃO GONÇALO OVIDIO TEIXEIRA
TV SÃO TARCISIO OVIDIO TEIXEIRA
PCA TANCREDO NEVES OVIDIO TEIXEIRA
PCA TANCREDO NEVES – RUA A OVIDIO TEIXEIRA
PCA TANCREDO NEVES – TV A OVIDIO TEIXEIRA
RUA ULCINO OURRINO OVIDIO TEIXEIRA
TV VISCONDE DE MAUÁ OVIDIO TEIXEIRA
AV WALDICK SORIANO OVIDIO TEIXEIRA
TV DO MORRO RANCHO ALEGRE
RUA JATOBÁ RANCHO ALEGRE
TV JATOBÁ RANCHO ALEGRE
RUA MANUAL FAUSTO RANCHO ALEGRE
TV MAUÁ RANCHO ALEGRE
RUA MAUA - A RANCHO ALEGRE
TV MAUÁ - A RANCHO ALEGRE
TV MAUÁ - B RANCHO ALEGRE
TV PREFEITO DÁCIO OLIVEIRA RANCHO ALEGRE
AV PROFESSOR DÁCIO OLIVEIRA RANCHO ALEGRE
ROD. RODOVIA CAETITÉ GUANAMBI RANCHO ALEGRE
TV RODOVIA CAETITÉ GUANAMBI RANCHO ALEGRE
RUA AGENOR O. E. AGUIAR SANTA RITA
RUA BÁRBARA IVO SANTA RITA
TV D. SANTA RITA SANTA RITA
RUA DR. ASDRUBAL MEIRA SANTA RITA
TV E. SANTA ISABEL SANTA RITA
RUA ERNESTO CHE GUEVARA SANTA RITA
RUA GALDINO B. AGUIAR SANTA RITA
RUA ORLANDO ALVES DA SILVA SANTA RITA
RUA PERNAMBUCO SANTA RITA
RUA PLINIO RODRIGUES SANTA RITA
RUA PONTE SANTA RITA
RUA PROJETO L.. BA SANTA RITA SANTA RITA
RUA SÃO MIGUEL SANTA RITA
TV SÃO MIGUEL – 1 SANTA RITA
SÃO MIGUEL – TEM DUAS
TV TRAVESSAS SANTA RITA
RUA ADILINO PINTO SANTO ANTONIO
TV ANTONIO FASUTINO – 2 SANTO ANTONIO
RUA ANTONIO FAUSTINO SANTO ANTONIO
305

TV ANTONIO FAUSTINO – 3 SANTO ANTONIO


TV ATONIO FAUSTINO – 1 SANTO ANTONIO
BR BR 262 BOM JESUS DDA LAPA SANTO ANTONIO
RUA BRASÍLIA SANTO ANTONIO
RUA EDVANDO SANTOS SANTO ANTONIO
TV EDVANDO SANTOS SANTO ANTONIO
RUA GUILHERMINA SOUZA SANTO ANTONIO
TV VICENCIA SANTOS – 1 SANTO ANTONIO
TV VICENCIA SANTOS – 2 SANTO ANTONIO
TV CLEMENTE TANAJURA – 1 SAO JOSE
TV CLEMENTE TANAJURA – 2 SAO JOSE
AV CONTORNO SAO JOSE
RUA DOM JOSE PEDRO COSTA SAO JOSE
RUA JOSE ANISIO CHAVES SAO JOSE
RUA TEREZA N.DE OLIVEIRA SAO JOSE
RUA CELCINA T. LADEIA SAO VICENTE
EURIPEDES RODRIGUES DOS
RUA SANTOS SAO VICENTE
RUA II LOTEAMENTO SÃO VICENTE SAO VICENTE
RUA III LOTEAMENTO SÃO VICENTE SAO VICENTE
RUA IX LOTEAMENTO SÃO VICENTE SAO VICENTE
TV OSVALDO M............... SAO VICENTE
RUA RUBENS D’ASSIS SAO VICENTE
SEGUNDA LOTEAMENTO SÃO
AV VICENTE SAO VICENTE
TERCEIRA LOTEAMENTO SÃO
AV VICENTE SAO VICENTE
RUA V LOTEAMENTO SÃO VICENTE SAO VICENTE
RUA VI LOTEAMENTO SÃO VICENTE SAO VICENTE
RUA VII LOTEAMENTO SÃO VICENTE SAO VICENTE
TV VIRGILIO O. COSTA SAO VICENTE
RUA XIII LOTEAMENTO SÃO VICENTEE SAO VICENTE
RUA XIV LOTEAMENTO SÃO VICENTE SAO VICENTE
RUA XIX LOTEAMENTO SÁO VICENTE SAO VICENTE
RUA XV LOTEAMENTO SÃO VICENTE SAO VICENTE
RUA XVI LOTEAMENTO SÃO VICENTE SAO VICENTE
RUA XVIII LOTEAMENTO SÃO VICENTE SAO VICENTE
RUA XXIII SAO VICENTE
306

ANEXO B – PESQUISADORES

1. André Pires Maciel

2. Clayton Jadson Silva Dourado

3. Datiane Gama Couto

4. Geângela Michely Oliveira Costa

5. Heide Souza Silva – Supervisora da pesquisa de campo

6. Jadiel Neves Junqueira

7. Jadson Fábio Araújo Marques

8. Jeferson Barbosa Batista

9. Samuel Dias Dutra

10. Vanuza Carla Bonfim do Rego


307

ANEXO C – ESTADO DA BAHIA – CAETITÉ – EMPRESAS RECENSEADAS –


2006

Nº NOME BAIRRO
1 Abílio Brito Pereira Ovídio Teixeira
2 Abilio Rodrigues Xavier Centro
3 Abrantes e Cia Ltda Centro
4 Academia Draleon Esportes Ltda Centro
5 Adailton Paulo Silva Ovídio Teixeira
6 Adalgiso Ledo Gomes Centro
7 Adão Marcos Ovídio Teixeira
8 Adeilton Alves Centro
9 Adélia Couto dos Santos Centro
10 Ademar Aparecido de Souza Centro
11 Ademar Cruz Centro
12 Ademir Pintos de Carvalho Baraúna
13 Ademir S. Cotrim Centro
14 Adenilton Oliveira da Silva Centro
15 Adesia Cândida dos S. Dantas Santa Rita
16 Admilson Alves Gomes Centro
17 Adriana Oliveira Ovídio Teixeira
18 Adriano de Oliveira Gama São José
19 Adriano Oliveira Neto Centro
20 Advaldo Brito Centro
21 Advando Rodrigues Alves Centro
22 Aécio M. Silva Ovídio Teixeira
23 Agnalda Marques David Centro
24 Agnaldo Jesus Silva Centro
25 Agnaldo Rodrigues Alves Centro
26 Agnaldo Rosa da Silva Ovídio Teixeira
27 Aguinaldo Silva Centro
28 Ailton Santos Dias Azevedo Centro
29 Ala Viana Silveira Baraúna
30 Alan Kardek Centro
31 Alan Kardek Alves Ferreira Centro
32 Alba Silva Pereira Centro
33 Alberto Luiz Teixeira Chácara
34 Albertus Santos Centro
35 Albiano Lindeberg Oliveira Godrim Ovídio Teixeira
36 Alcevides Santos Pinheiro Ovídio Teixeira
37 Alda Lucélia Neves Morais Centro
38 Alecar de Azevedo Centro
39 Aleci Rodrigues Ferreira Centro
40 Alexandra N. de Souza Centro
41 Alexandre de Souza e Silva Centro
42 Alexandro Bonfim Alves Centro
43 Almir Rodrigues Soares Centro
308

44 Almira Bispo da Silva Nossa Senhora da Paz


45 Aloísio dos Santos Centro
46 Altemar da Silva Gomes Ovídio Teixeira
47 Altino Alves Marques Centro
48 Altino de Oliveira Neto Centro
49 Altino Rodrigues de Souza Centro
50 Altino Rodrigues Souza Alto de Buenos Aires
51 Alvaci Batista Teixeira Centro
52 Amélia Maria de Jesus Ovídio Teixeira
53 Ana Cidreira Marques Centro
54 Ana Claudia Cardoso de Azevedo Lima Centro
55 Ana da Silva Bastos Ovídio Teixeira
56 Ana da Silva Nunes Centro
57 Ana de Souza Matos Centro
58 Ana Fernandes Aguiar Centro
59 Ana Fernandes Miranda Ovídio Teixeira
60 Ana Lúcia Gonçalves Centro
61 Ana Lúcia R. Lima Centro
62 Ana maria de Jesus Ovídio Teixeira
63 Ana Maria de Jesus Souza Ovídio Teixeira
64 Ana Maria Pinto Observartório
65 Ana Novais Aguiar Centro
66 Ana Rodrigues Xavier Moreira Centro
67 Anália Maria Neves Fagundes Centro
68 Analina de Jesus Borges Ovídio Teixeira
69 Anastácia Oliveira Silva Ovídio Teixeira
70 Ancelmo B. Fernandes Alto de Buenos Aires
71 Ancelmo Pinto de Carvalho Alto do Cristo
72 Anderson Almeida Junqueira Centro
73 Anderson de Carvalho São José
74 André Luiz Frota Centro
75 Andréia de Souza Oliveira Observatório
76 Andréia José de Oliveira Centro
77 Angelei Caires Martins Centro
78 Angelina Freitas Pimenta Alto de Buenos Aires
79 Anísia Ane de Jesus Centro
80 Anísio Machado Prates Ovídio Teixeira
81 Anísio Rodrigues Magalhães Centro
82 Antônia Abigail das Neves Brito Centro
83 Antônia Joaquina dos Santos Ovídio Teixeira
84 Antônio Aguiar Cruz e Cia Ltda Baraúna
85 Antônio Alves da Silva Centro
86 Antônio Balbino Lopes Ovídio Teixeira
87 Antônio Bonfim Dias Centro
88 Antônio Cardoso dos Santos Chácara
89 Antônio Carlos de Lima Ovídio Teixeira
90 Antônio Carlos Santos Centro
91 Antônio Carlos Vieira Ovídio Teixeira
309

92 Antônio Carlos Vilasboas Ovídio Teixeira


93 Antônio da Silva Souza Ovídio Teixeira
94 Antônio Dantas de Almeida Ovídio Teixeira
95 Antônio Ferreira de Araújo Chácara
96 Antônio José de Jesus Ovídio Teixeira
97 Antônio Lopes Ovídio Teixeira
98 Antônio Luiz Novais Junqueira Centro
99 Antônio Melo da Silva Centro
100 Antônio Pereira da Silva Centro
101 Antônio R. Soares Centro
102 Antônio Ribeiro de Jesus Ovídio Teixeira
103 Antônio Rodrigues dos Santos Centro
104 Antônio Tadeu F. da Silva Centro
105 Antônio Tavares Neto Centro
106 Antônio Teixeira Soares Centro
107 Aparecida de Cassia Alves Costa Ovídio Teixeira
108 Aparecida de Jesus Pessoa Centro
109 Aparecida Freitas Souza Alto de Buenos Aires
110 Aparecido Fernandes da Silva Centro
111 Aparecido Sá Ribeiro Ovídio Teixeira
112 Aparecido Silva Oliveira Ovídio Teixeira
113 Aprigio Pereira Neves Ovídio Teixeira
114 Arivaldo Antônio Fernandes Baraúna
115 Arley Lopope Gomes Centro
116 Arlison Marcos Centro
117 Arnaldo de Castro Abrantes Centro
118 Arrialves Confecções Ltda Centro
119 Art Silk Ltda Centro
120 Associação Comunitária Jovem de Caetité São Vicente
121 Associação dos Mototaxis de Caetité Ovídio Teixeira
122 Atalaúba Fernandes Santos Centro
123 Atino Fernandes Nogueira Nossa Senhora da Paz
124 Aurindo Joaquim de Jesus Ovídio Teixeira
125 Aurora Aguiar da Silva Centro
126 Azama da Silva Santana Centro
127 Bar e Comércio Varejista de Bebidas Ltda Alto do Cristo
128 Bar e Restaurante Oliveira Ltda Centro
129 BBC Confecções Ltda Centro
130 Belmacon de Caetité Ltda Centro
131 Benedito Gomes Soares Centro
132 Benedito José Godrim Ovídio Teixeira
133 Berenice da Trindade Silva Centro
134 Bertine Oliveira da Silva de Jesus Ovídio Teixeira
135 Betânia Silva Lima Centro
136 Bilhares Fama Ltda Centro
137 Brasil Cereais Ltda Alto de Buenos Aires
138 Caetité Calçados Ltda Centro
139 Café Palace Ltda Escola Rural
310

140 Camiliana Carneiro Marques Ovídio Teixeira


141 Cardoso Marques Comércio de Derivados de Petróleo Ltda Chácara
142 Carla Lingerie Fashion Ltda Baraúna
143 Carla Maria Silva Brito Santos Rodrigues Centro
144 Carlinhos Silva Oliveira Ovídio Teixeira
145 Carlito Humberto Pereira Costa Ovídio Teixeira
146 Carlito Rodrigues pereira Centro
147 Carlos Alberto Fernandes de Carvalho Centro
148 Carlos Alberto Souza Alves Baraúna
149 Carlos André Pereira Teixeira Chácara
150 Carlos da Silva Aguiar Ovídio Teixeira
151 Carlos Renato Pinheiro Silva Centro
152 Carlos Souza Junqueira Centro
153 Carmelita Maria de Jesus Gomes Centro
154 Carpintaria Gabriel Ltda Baraúna
155 Casa Dantas Ltda Centro
156 Casa do Criador Ltda Centro
157 Casa Rural Ltda Centro
158 Casimiro José Xavier Centro
159 Cecília Silva Leão Centro
160 Celcídia Alves Pinto Centro
161 Celcina Duca Teixeira Baraúna
162 Celi Prates Fernandes Ovídio Teixeira
163 Célia Vieira da Silva Centro
164 Celma Aparecida Rosa Fernandes Centro
165 Celso Rodrigues da Silva Alto de Buenos Aires
166 Celso Sizilho Centro
167 Centro de Formação de Condutores Via Brasil Ltda Centro
168 Centro Integrado de Ensino de Caetité Centro
169 Cerâmica Santana de Caetité Ovídio Teixeira
170 Charles Tony Pimenta Magalhães Centro
171 Churrascaria Opção Ltda Ovídio Teixeira
172 Cid Gonçavel Figueiredo Centro
173 Clariada Maria Trindade Centro
174 Clarismundo Prado Figueiredo Centro
175 Claudia Márcia Dantas Rodrigues Araújo Centro
176 Claudia Tatiane Fernandes Carvalho Observatório
177 Clécio Rodrigues Pereira Baraúna
178 Cleiton Márcio Lopes Centro
179 Clemente E. Sales Santos Ovídio Teixeira
180 Cleriston Oliveira Cardoso Centro
181 Cleusa da Silva Centro
182 Cleuza Antônia L. Sobral Alto de Buenos Aires
183 Clínica Humana de Caetité G. O. Ltda Centro
184 Clínica Odontológica Marcilio T. Alves Centro
185 Cliston Teixeira Lima Centro
186 Clube Recanto recreativo Ltda Chácara
187 Colmag Comercial Lindemar Magalhães Ltda Centro
311

188 Comercial de Alimentos JM Ltda Centro


189 Comercial de Material de Construções Paraíba Ltda Ovídio Teixeira
190 Comercial Hicront Magalhães Ltda Centro
191 Comércio de Peças e Acessórios Ltda Centro
192 Comovel Comércio de Material de Construção Ltda Centro
193 Confecções MH Ltda Ovídio Teixeira
194 Consultório Odontológico Luciana Malheiro Carneiro Centro
195 Contabilidade Carvalho Ltda Centro
196 Contabilidade Infortec Ltda Centro
197 Contabilidade Rebouças Chaves Ltda Centro
198 Contabilidade São José Centro
199 Contabilidades Rinas Ltda Centro
200 Cooperativa Educacional de Caetité Santa Rita
201 Copefe Ltda Ovídio Teixeira
202 Copesa Comércio de Peças e Acessórios Ltda Ovídio Teixeira
203 Cráudio Santos de Azevedo Alto de Buenos Aires
204 Creuza Pereira Brito Nossa Senhora da Paz
205 Cristiane Aparecida Batista Silva Brito Centro
206 Cristiano Silva Santos de Caetité Centro
207 Cristiano Tercia Soriano de Carvalho Centro
208 Dácio Brito Lopes Chácara
209 Damião de Souza Neto Centro
210 Daniel José dos Santos Centro
211 Déa Márcia Lopes de Almeida Ferreira Centro
212 Débora Cristiane Vieira Bezerra Centro
213 Delici Alves Pereira Alcântara Centro
214 Delita Ladeia da Silva Centro
215 Delma Gotardo Silva Gomes Centro
216 Deocleciano Tavares Neto Centro
217 Deosdete A. Marques Centro
218 Depósito Material de Construção Ltda Ovídio Teixeira
219 Derealista David Ltda Centro
220 Dermeval Brito Santos Nossa Senhora da Paz
221 Deyse Cristiane Lemos dos Santos Centro
222 Diassim Bonfim Macedo Centro
223 Diassis Jesus Santos Centro
224 Diego Novais Junqueira Baraúna
225 Dilce de Jesus Silva Centro
226 Dilma Lima de Brito Ovídio Teixeira
227 Dilton Santana Duarte Centro
228 Dinaldo Rebouças Ovídio Teixeira
229 Diniz Carvalho Santana de Souza Ovídio Teixeira
230 Diolina de Fernandes Neves Pereira Ovídio Teixeira
231 Displna Decorações Ltda Centro
232 Donizete Souza Santos Centro
233 Douglas Portella Lopes Centro
234 Dulce Dilma Oliveira e Cia Ltda Centro
235 Dulcinéia Fernandes Gomes Centro
312

236 Dulcinio João N. de Mello Santa Rita


237 Durval Neto da Silva David Centro
238 Durvalina Rodrigues Alves Ovídio Teixeira
239 Edcarlos Silva Centro
240 Edelwaeiss Yedda N. Fernandes Teixeira Centro
241 Edgar José dos Santos Centro
242 Edgar Rodrigues de Souza Centro
243 Edilamar Gomes Sobrinho Ovídio Teixeira
244 Edilson Alves de Brito Centro
245 Edilson Oliveira Pessoa Ovídio Teixeira
246 Edilson Silva Lousada Centro
247 Edinalva Fernandes dos Santos Centro
248 Edivaldo da Silva Barros de Caetité Centro
249 Edivaldo Viana Araújo Ovídio Teixeira
250 Edivan Oliveira da Silva Centro
251 Edna Ribeiro Centro
252 Ednaldo Bastos de Souza Ovídio Teixeira
253 Edneia Eliete Soares Centro
254 Edson Chaves Centro
255 Edson Pinto Carvalho Ovídio Teixeira
256 Edson Souza Centro
257 Edvaldo Inês dos Santos Alto de Buenos Aires
258 Edvan Fernandes Souza Ovídio Teixeira
259 Elder Guedes de Azevedo Centro
260 Eliana Antônio da Silva dos Santos Centro
261 Eliana Fernandes Souza Centro
262 Eliane Neves Alves Costa Ovídio Teixeira
263 Elias Caires Moreira Centro
264 Eliene Silva Duarte Centro
265 Eliete Gonçalves Santos Centro
266 Elineuma M. Alves Caires Centro
267 Elizabete Alves Martins Centro
268 Elizabete Alves Martins Centro
269 Elizete Dourando da Silva Santos Ovídio Teixeira
270 Elizete Santos Ovídio Teixeira
271 Elizeu Azevedo de Matos Centro
272 Elmano Claudio A. de Azevedo Centro
273 Elson Silva Oliveira Centro
274 Elton Matos Centro
275 Elza Maria dos Santos Centro
276 Elza Silva de Oliveira Ovídio Teixeira
277 Eni Teixeira da Silva Ovídio Teixeira
278 Enoc Cotrim Pimentel Centro
279 eomário Schiffner Centro
280 Ernandes Santos Silva Alto de Buenos Aires
281 Ernani Silva Soares Ovídio Teixeira
282 Ernesto Wilson batista de Souza Centro
283 Etelvino Carneiro da Silva Centro
313

284 Etelvino Marques Sobrinho Ovídio Teixeira


285 Eucy Silva Sarneto Silveira Centro
286 Eudilma Vieira Carvalho Centro
287 Eunice Rosa de Almeida Ovídio Teixeira
288 Eva Costa de Matos Ovídio Teixeira
289 Eva de Deus Soares Pereira Baraúna
290 Eva Solange de Oliveira Centro
291 Evandro Ribeiro Novais Alto do Cristo
292 Ezudério Ledo Centro
293 Fabiano Lima Fernandes Centro
294 Fábio de Azevedo Ribeiro Ovídio Teixeira
295 Fábrica de Pré Moldados Municipal Centro
296 Farmácia Bruna Ltda Centro
297 Farmácia Central de Caetité Ltda Centro
298 Fausto Car Comércio de Som e Acessórios Ltda Centro
299 Felinto Teixeira Couto Centro
300 Fernanda Pereira da Silva Santana Observatório
301 Fernando Santana Paiva Teixeira Centro
302 Filobério Ledo Fernandes Centro
303 Flávio Vieira Couto Centro
304 Florisvaldo Batista Centro
305 Florisvaldo Chagas da Silva Centro
306 Florisvaldo Francisco da Silva Centro
307 Florisvaldo Pinto de Carvalho Centro
308 Fotus K Ltda Centro
309 Francesco Santana Centro
310 Francisca Ferreira Valdivino Nossa Senhora da Paz
311 Francisco Dias Centro
312 Francisco Dias Souza Observatório
313 Francisco Neves Pereira Centro
314 Frank Alves Rodrigues Ovídio Teixeira
315 Frank Rodrigues Aguiar Centro
316 Frodisvaldo Francisco da Silva Centro
317 Funerária Divino Mestre Ltda Centro
318 G Sat Comunicações e Serviços Ltda Centro
319 Gedilson Vitorino de Souza Centro
320 Genário de Matos Carvalho Ovídio Teixeira
321 Genildo Goes dos Santos Centro
322 Genir Novais da Cruz Centro
323 Geová Oliveira Araújo Racho Alegre
324 Geovani Carvalho de Azevedo Centro
325 Gerais Indústria de Roupas Ltda Centro
326 Geraldo Alves Teixeira Centro
327 Geraldo Cotrim Pimentel Centro
328 Gersino Melquíades da Silva São José
329 Gerson Rodrigues Primo Centro
330 Géssica Nadja R. da Silva Racho Alegre
331 Gessileni Bonfim Racho Alegre
314

332 Geysane Oliveira Santana Alto de Buenos Aires


333 Gilberto de Oliveira Silva Centro
334 Gilberto Vilas Boas Ovídio Teixeira
335 Gilcarlos Fernandes Borges Centro
336 Gilçdemar Rebouças Xavier Centro
337 Gildásio Ferreira Moreira Santa Rita
338 Gilmar de Oliveira Batista Centro
339 Gilmar Silva Gomes Centro
340 Gilmário Figueiredo Lima Centro
341 Gilson Alves de Moura Centro
342 Gilson de Souza Ltda Ovídio Teixeira
343 Gilson Fernandes da Silva Chácara
344 Gilson Rodrigues Moreira São José
345 Giovandro Fernandes Ovídio Teixeira
346 Giovani Azevedo Centro
347 Gleidiana Alves de Oliveira Centro
348 Gonçalo Caires Nobre Centro
349 Gráfica Castro Ltda Centro
350 Gregório da Silva Duco Centro
351 Guanambi Comercial de Motos Ltda Centro
352 Guiomar Messias de Souza Chácara
353 Hamilton Muniz da Silva Centro
354 Hazama Luiz Gomes Junqueira Centro
355 Helena do Carmo Carneiro Bonfim Centro
356 Helena S. O. Neves Centro
357 Hélio Altino da Silva Santo Antônio
358 Herbert de Ladeia Brito Centro
359 Hotel Pôr do Sol Ltda Centro
360 Hotel Porto do Sol Ltda Chácara
361 Ibelmonte Batista Silva Centro
362 Idelvani Azevedo Matos Rocha Centro
363 Idenilson Magalhães Alves Centro
364 Ilário Marques da Silva Centro
365 Ildete David Carvalho Alves Centro
366 Ilma Castro Fagundes Bonfim Centro
367 Ilmazim Rocha de Souza Centro
368 Imobiliária Caetité Ltda Centro
369 Inácio Luis Oliveira Brito Ovídio Teixeira
370 Indústria e Comércio de Biscoitos Ltda Alto de Buenos Aires
371 Infocus Comércio de Informática Ltda Centro
372 Infornews Comércio e Serviços de Informática Ltda Centro
373 Iolanda Aparecida Alves Costa Centro
374 Iracema Regina Rebouças de Matos Aguiar Centro
375 Iraci de Jesus Ribeiro Santo Antônio
376 Iranilda Alves de Alencar Ovídio Teixeira
377 Irmãos Bastos Ltda Ovídio Teixeira
378 Irmãos Cardoso Marques Ltda Centro
379 Isabel Xavier Godim Ovídio Teixeira
315

380 Isaías Rodrigues Neves Centro


381 Ivan Fernandes Neves Filho Centro
382 Ivana Alves Lima Centro
383 Ivana Neves Ferreira Centro
384 Ivana Neves Ferreira Magalhães Centro
385 Ivani Gomes de Carvalho Centro
386 Ivani Neves Miranda Souza Centro
387 Ivani Oliveira Silva Lopes Centro
388 Ivani Oliveira Silva Lopes Alto de Buenos Aires
389 Ivanilde Silva Nunes de Lira Centro
390 Ivo e Santana Ltda Centro
391 Ivone Oliveira Silva Centro
392 Izenilton Batista Brito Centro
393 Jackson Gomes da Silva de Caetité Ovídio Teixeira
394 Jacó de Oliveira Araújo Ovídio Teixeira
395 Jacondias José Dias Ovídio Teixeira
396 Jadson Jean Ovídio Teixeira
397 Jailson Batista dos Santos Nossa Senhora da Paz
398 Jaime Soares Silva de Caetité Centro
399 Jair Moreira Alto de Buenos Aires
400 Jairo Pereira Santana Alto de Buenos Aires
401 Jamp Mineração Ltda Centro
402 Jan Helmon Dias Centro
403 Jandira Aguiar Ledo Centro
404 Jandira Dias Silva Centro
405 Jandira Santana Barbosa Ovídio Teixeira
406 Janserval de Oliveira Cunha Centro
407 Jayse Silva Fagundes Centro
408 Jefferson Gomes da Rocha Centro
409 Jefferson Luis Viana Silveira Centro
410 Jesulino de Jesus São José
411 João Batista de Almeida Centro
412 João Batista de Almeida Centro
413 João batista Souza Silva Nossa Senhora da Paz
414 João Bonfim Ledo Centro
415 João Cardoso Santos Centro
416 João Carlos Alves da Silva Ovídio Teixeira
417 João da Silca Chaves Centro
418 João de Castro Aguiar Ovídio Teixeira
419 João de Deus L. dos Santos Centro
420 João dos Santos Dantas Centro
421 João Fernandes Queiroz de Caetité São Vicente
422 João Francisco de Paula de Caetité Ovídio Teixeira
423 João Gomes de Oliveira Centro
424 João Joaquim Santana Centro
425 João José da Silva Ovídio Teixeira
426 João Marcos Ribeiro Gama Centro
427 João Pereira Dias Centro
316

428 João Prado Figueiredo Centro


429 João Rubem Santos Silva Baraúna
430 João Santana Rebouças Centro
431 Joaquim Antônio da Silva Centro
432 Joaquim Samuel Silva Lima Chácara
433 Joel Miranda dos Santos Ovídio Teixeira
434 Joel Souza Figueiredo Ovídio Teixeira
435 Joelita Bastos Centro
436 Jonathan Meira Gomes Centro
437 José Afrânio Pinheiro Alves Centro
438 José Alberto Oliveira de Araújo Baraúna
439 José Alfredo Amorim Centro
440 José Alves da Silva Centro
441 José Alves Pessoa Sobrinho Centro
442 José Amadeu Silva Oliveira Ovídio Teixeira
443 José Brualio Silva Centro
444 José C. Rebouças Chaves Centro
445 José Caetano de Souza Centro
446 José Carlos Alves Marques Centro
447 José Carlos Caires da Silva Centro
448 José carlos Cardoso Oliveira Alto de Buenos Aires
449 José carlos Cotrim Chácara
450 José Carlos dos Santos Centro
451 José Carlos Duca Centro
452 José Carlos Martins Pereira Centro
453 José Carlos Pereira de Arruda Chácara
454 José Carlos Pereira Fernandes Chácara
455 José davi de Oliveira Centro
456 José de Almeida Centro
457 José de Nazaré Duca Lima Centro
458 José Domingues da Silva Centro
459 José dos Santos Brito Ovídio Teixeira
460 José Fernandes Pereira Centro
461 José Fernandes Queiroz de Caetité Centro
462 José Gonçalvel Observatório
463 José Humberto Novais Centro
464 José Jesus Silva Centro
465 José Joaquim Fernandes Ovídio Teixeira
466 José Joaquim Santana Centro
467 José Junqueira da Silva Centro
468 José Márcio de Araújo Centro
469 José Maria Aguiar da Silva Centro
470 José Maria Alves Ovídio Teixeira
471 José Maria Alves Pessoa Centro
472 José Maria de Souza Ovídio Teixeira
473 José Maria Fernanfes da Silva Centro
474 José Maria Pereira Alto de Buenos Aires
475 José Marim da Silva Ovídio Teixeira
317

476 José Moreira Lima de Caetité Centro


477 José Nunes da Silva Centro
478 José Ranulfo Gomes Silveira Centro
479 José Roberto Pinheiro Centro
480 José Silva Araújo Centro
481 José Silva Cruz Neto Racho Alegre
482 José Soares Pereira Centro
483 José Walter Gomes Centro
484 José Xavier Trindade Chácara
485 Josias Costa Miranda Ovídio Teixeira
486 Josino Rodrigues Martins Centro
487 Jovina Lopes Silva Souza Centro
488 Juarez Araújo Teixeira Centro
489 Júlia Rosa Fernandes Centro
490 Juliana Érica Nunes Centro
491 Juliano G. Tanus Centro
492 Júlio Xavier Observatório
493 Julita Alves Chácara
494 Juraci Prates Vieira Ovídio Teixeira
495 Jusceli Matos de Jesus Ovídio Teixeira
496 Jussara Telma Teixeira Ladeia Centro
497 Kátia Meira Cotrim Pimentel Centro
498 Kátia Milena VilasBoas Pinto Aguiar Centro
499 Kennedy de Souza Teixeira Ovídio Teixeira
500 Ki Barto Calçados Ltda Centro
501 Kledy Bonfim Andrade Alves Santa Rita
502 Laboratório Vila de Próteses Dental Ltda Centro
503 Laécio Gomes Teixeira Centro
504 Laiza Silveira Meira Borges Lima Centro
505 Lamisete Materiais de Construção Ltda Centro
506 Lara Fernandes C. Costa Centro
507 Lara Fernandes Carvalho Costa Centro
508 Laurinda Lima de Assunção Ovídio Teixeira
509 Laurita Silva Duca Centro
510 Lavina Rodrigues Alves Santa Rita
511 LBJ Comérci de Gás Ltda Baraúna
512 Ledo Neves Ferreira Centro
513 Leide Nalva de Jesus Rebouças Junqueira Centro
514 Leide Nalva de Jesus Rebouças Junqueira Centro
515 Lenice Maria de J. M. Oliveira Ovídio Teixeira
516 Leosino Benedito Santos Alto do Cristo
517 Letícia Auto Peças Monteiro Ltda Ovídio Teixeira
518 Liberato G. R. Azevedo Centro
519 Lider Gás Ltda Centro
520 Lindalei de Jesus Silva Rodrigues Centro
521 Lindemar Costa Lopes Ovídio Teixeira
522 Loja Vilas Boas Ltda Centro
523 Loteamento Rancho Alegre de Vilage Chácara
318

524 Loteria União (sem nome) Centro


525 Lovec Locadora de Veículos Ltda Centro
526 Luciana Andrade Santos Centro
527 Luciene Hilda Neves Ricardo Santo Antônio
528 Luciene Prates dos Santos Dias Centro
529 Luciene Silva Neves Centro
530 Luciene Souza da Silva Alto de Buenos Aires
531 Lucimar Aparecida Oliveira da Silva Centro
532 Lucineide Maria dos Santos Centro
533 Lucinene Ferreira dos Santos Centro
534 Lucinete Abadias Silva Centro
535 Lúcio Alexandre dos Santos Centro
536 Lucivana Batista Rocha Centro
537 Luis Antônio Marques do Rego Racho Alegre
538 Luis Antônio Oliveira de Souza Centro
539 Luis Carlos Abreu Centro
540 Luis Pereira Benevides Centro
541 Luiz Carlos Alves Bonfim Centro
542 Luiz Carlos Alves Pereira Centro
543 Luiz Gonzaga Siqueira Alcântara Centro
544 Luzia Rosa Silva Cunha Ovídio Teixeira
545 Madeireira Costa e Ribeiro Ltda Ovídio Teixeira
546 Madeireira Real Ltda Centro
547 Maira Rodrigues Centro
548 Maisa Dantas Rodrigues Centro
549 Malheiros Alto Tintas Ltda Centro
550 Manoel Aparecido Alves Ovídio Teixeira
551 Manoel Aparecido Vilas Boas Centro
552 Manoel dos Santos Ovídio Teixeira
553 Manoel Francisco da Silva Centro
554 Manoel José dos Santos Centro
555 Manoel Laudilino Pereira Chácara
556 Manoel Luiz Alves Centro
557 Manoel Messias Ribeiro Alto de Buenos Aires
558 Manoel Messias Xavier Ovídio Teixeira
559 Manoel Neves Aguiar Centro
560 Manoel Pereira Neves Observatório
561 Manoel Silva Louzada Centro
562 Manoelino Ferreira Araújo Centro
563 Manuel Benidito de Oliveira Alto de Buenos Aires
564 Manuel Fernandes da Silva Racho Alegre
565 Manul Dias Santos Centro
566 Mara Souza Teixeira Pereira Centro
567 Marcela Xavier Castro Centro
568 Marcelo Cotrim Centro
569 Marcenaria Almaf Ltda Observartório
570 Marcenaria Miranda Ltda Alto de Buenos Aires
571 Marcenaria Venâncio Ltda Baraúna
319

572 Márcia Silva Ovídio Teixeira


573 Marcílio Pereira dos Santos Centro
574 Márcio Pinto de Carvalho Baraúna
575 Marcio Ricardo Mporeira Magalhães Ovídio Teixeira
576 Marco Antônio Guanaes Aguiar Rochael Centro
577 Marconde Lopes de Oliveira Centro
578 Marcos Antônio Chaves Centro
579 Marcos Mateus Soares de Carvalho Centro
580 Marcos Venicius Moreira Magalhães Ovídio Teixeira
581 Marcus Antônio Pereira da Silva Centro
582 Mardem Vieira de Souza Observatório
583 Margareth Castro Pires Rocha Centro
584 Maria Amélia Farias Soares Centro
585 Maria Aparecida Bonfim Chaves Centro
586 Maria Aparecida da Conceição Centro
587 Maria Aparecida Malheiros Centro
588 Maria Aparecida Matos Silva Faria Centro
589 Maria Aparecida Moreira Centro
590 Maria Aparecida Neves da Cunha Centro
591 Maria Aparecida Rocha Ovídio Teixeira
592 Maria Bonfim Ledo Centro
593 Maria Cândida Santos Rodrigues Centro
594 Maria Celma C. de O. Fernandes Centro
595 Maria Cícera da Silva Centro
596 Maria D. C. V. pereira Centro
597 Maria da Conceição Moreira Santos Centro
598 Maria da Conceição Prisco Pinheiro Rodrigues Centro
599 Maria da Glória Farias Souza Alto do Cristo
600 Maria da Glória Santos Silva Centro
601 Maria da Glória Soares Silva Centro
602 Maria da Silva Teixeira Centro
603 Maria das Dores França Carneiro Centro
604 Maria das Graças Couto Centro
605 Maria das Graças Couto Centro
606 Maria das Graças de Oliveira Ovídio Teixeira
607 Maria das Graças Gomes Soares Centro
608 Maria das Graças N. de Azevedo Centro
609 Maria das Graças Pereira Centro
610 Maria das Graças Silva Centro
611 Maria de Fátima Cardoso de Caetité Centro
612 Maria de Fátima G. de Carvalho Teixeira Centro
613 Maria de Fátima Moreira Centro
614 Maria de Loudes Batista Centro
615 Maria de Lourdes Alves Gomes Ovídio Teixeira
616 Maria de Oliveira Araújo Centro
617 Maria de Souza Silva Centro
618 Maria do Carmo Alves Silva Ovídio Teixeira
619 Maria do Carmo Magalhães Cardoso Centro
320

620 Maria do Carmo P. Chaves Centro


621 Maria do Carmo Xavier Centro
622 Maria dos Santos Silva Centro
623 Maria Edna M. Vilas Boas Centro
624 Maria Elza das Neves F. Souza Centro
625 Maria Ferreira dos Santos Ovídio Teixeira
626 Maria Francisca Silva Alto do Cristo
627 Maria Glória Ribeiro dos Santos Centro
628 Maria Inês Freita Aguiar Centro
629 Maria Iracy Cardoso Centro
630 Maria Isabel Alexandre de Souza Centro
631 Maria José dos Santos Alto de Buenos Aires
632 Maria Ladeia Fernandes Centro
633 Maria Lopes da Silva Ovídio Teixeira
634 Maria Lúcia da Conceição Queiroz Junqueira Observartório
635 Maria Lúcia Dantas Silva Centro
636 Maria Lúcia Santos Pinheiro Centro
637 Maria Marques Centro
638 Maria Marta Chaves Cotrim de Souza Centro
639 Maria Matos da Silva Ovídio Teixeira
640 Maria Neide Farias Trindade Nossa Senhora da Paz
641 Maria Oliveira da Silva Centro
642 Maria Oliveira Magalhães Centro
643 Maria Oliveira Silva Ovídio Teixeira
644 Maria Pessoa Ovídio Teixeira
645 Maria Regina O. Silva Ovídio Teixeira
646 Maria Rodrigues Souza Ovídio Teixeira
647 Maria Santos Silva Alto de Buenos Aires
648 Maria Silva N. Rodrigues Centro
649 Maria Sirley Rodrigues Chácara
650 Maria Sônia Neves A. Brito Centro
651 Maria Souza Amorim Centro
652 Maria Teixeira de Soares Centro
653 Maria Virgem de Farias Rodrigues Ovídio Teixeira
654 Maria Zélia Caires Silva Centro
655 Maria Zélia Pinto de Aguiar Centro
656 Marilene Ferreira Oliveira Chácara
657 Marilene Pereira Chaves Rebouças Centro
658 Marilúcia Fagundes Neves Cardoso Centro
659 Marina Novais Chácara
660 Marinalva Faria Xavier Centro
661 Marinalva Souza Freitas Centro
662 Marinha Rênia Oliveira Pinto Centro
663 Marino Rodrigues Souza Ovídio Teixeira
664 Mario José de Castro Centro
665 Mário Oliveira Batista Centro
666 Marisônia Silva Santos Rocha de Matos Centro
667 Maristela de Souza Lopes Neves Centro
321

668 Marivaldo O. S. Santos Ovídio Teixeira


669 Marivaldo Rebouças Malheiro Centro
670 Marivone Xavier da Silva Racho Alegre
671 Marlene Alves Borges da Silva Ovídio Teixeira
672 Marlene Gonçalves Observatório
673 Marlica R. de Oliveira Alto de Buenos Aires
674 Marlúcio de Carvalho Silva Centro
675 Marlussi Oliveira Teixeira Chácara
676 Marta Guimarães Teixeira Centro
677 Marta Lúcia Leal Dantas Centro
678 Martins Marques Comércio de Derivados de Petróleo Ltda Centro
679 Maurício Santos Gumes Alto de Buenos Aires
680 Maurílio Fernandes de Souza São José
681 Mauro Francisco Xavier Centro
682 Mauro Sérgio Oliveira Costa Chácara
683 Max Ferro de Caetité Ltda Centro
684 MC Mercado de Cereais Ltda Centro
685 MC Presentes de Caetité Ltda Centro
686 Mercearia Castro Ltda Observartório
687 Mercearia Familiar Ltda Santa Rita
688 Mercearia Gaúcha Ltda Centro
689 Mercearia Rebouças Ltda Ovídio Teixeira
690 Mercearia Santos Ltda Ovídio Teixeira
691 MF Distribuidora de Bebidas Ltda Centro
692 Miguel Sebastião de Lacerda Cardoso Centro
693 Milton de Jesus Soares Centro
694 Milton dos Santos Rodrigues Ovídio Teixeira
695 Milton Fernandes da Silva Centro
696 MK Distribuidora de Bebidas e Cereais Ltda Centro
697 Moacir Rocha de Andrade Alto de Buenos Aires
698 Moisés Azevedo São José
699 Moisés Souza Teixeira Centro
700 Molas Sudoeste Ltda Ovídio Teixeira
701 Mônica Sueli Magalhães Centro
702 MSM Calçados Ltda Centro
703 MTS Minérios Ltda Centro
704 Multgás Comércio e Transporte de Gás Ltda Ovídio Teixeira
705 Mylena Itala Viana Silveira M. Evangelista Centro
706 Nacional Soluções Financeiras Centro
707 Nadson Pinto Santos Centro
708 Nair Chagas Silva Matos Centro
709 Nair Gomes Fernandes Centro
710 Natalino Aparecido de Souza Centro
711 Natanael Francisco de Jesus Baraúna
712 Neide Aparecida Raes Ovídio Teixeira
713 Neide Santos Ovídio Teixeira
714 Nélio de Matos Carvalho Centro
715 Nelson Batista de Oliveira Pinto Centro
322

716 Nelson de Souza Cruz Centro


717 Nely Farias Couto Centro
718 Nelza Prescilalli Centro
719 Neusa Maria de Jesus Sobrinho Centro
720 Nicivaldo Rodrigues Dias Centro
721 Nilberto Rocha dos Santos Centro
722 Nilo Oliveira Barros Centro
723 Nilson Alves da Silva Centro
724 Nilson Fernandes Souza Ovídio Teixeira
725 Nilson José Pereira Ovídio Teixeira
726 Nilton Alves Baraúna
727 Nilton de Jesus Azevedo Alto de Buenos Aires
728 Nilton Portela Centro
729 Nilton Prates da Silva Ovídio Teixeira
730 Nilva de Brito Vilas Boas Neves Centro
731 Nilva Rosalina Soares Ovídio Teixeira
732 Nilza Maria da Silva Centro
733 Nilzete Rosalina J. Brito Alto de Buenos Aires
734 Nivaldo Alves de Brito Centro
735 Nivaldo Borges Teixeira Centro
736 Noé Oliveira Silva Centro
737 Noêmia Oliveira Ribeiro Ovídio Teixeira
738 Odilon Rodrigues Centro
739 Oficina e Guinhos São Cristóvão Ltda Ovídio Teixeira
740 Oficina Reformauto Ltda Ovídio Teixeira
741 Oliveira e Acácio Ltda Centro
742 Oliveiros Alves Pinto Centro
743 Omélio José de Araújo Centro
744 Omenpe Oficina Mecânica Máquinas Pesadas Ltda Ovídio Teixeira
745 Onofre C. dos Santos Centro
746 Organização Social de Luto e Produtos Funerários Ltda Centro
747 Orlando Brito Oliveira Centro
748 Orlando Oliveira da Silva Centro
749 Ormezina Maria de Jesus Nossa Senhora da Paz
750 Orpam Contabilidade Centro
751 Osacar Alves Pereira Ovídio Teixeira
752 Oscar Correia da Silva Ovídio Teixeira
753 Oseias de Jesus Silva Chácara
754 Osmar Alves Souza Centro
755 Osmar Ladeia Matos Centro
756 Osvaldino G. de Carvalho Racho Alegre
757 Osvaldino Gomes Carvalho Centro
758 Osvaldino Sebastião Alves Centro
759 Osvaldino Silva David Ovídio Teixeira
760 Osvaldino Soares Silva Centro
761 Osvaldo Francisco Silva Centro
762 Osvaldo José Moreira Nossa Senhora da Paz
763 Óticas Paulistas Ltda Centro
323

764 Padaria dos Anjos Ltda Ovídio Teixeira


765 Palácio dos Óculos Ltda Centro
766 Panificadora Araújo Soares Ltda Centro
767 Panificadora e Lanchonete Cardoso Ltda Centro
768 Papelaria e Armarinho de Caetité Ltda Centro
769 Paulo Francisco Ladeia Azevedo São José
770 Paulo Roberto Bastos Centro
771 Paulo Roberto G. Silva Centro
772 Paulo Roberto Lima de Souza Centro
773 Paulo Robson Correia Pereira Centro
774 Paulo Vitor Chaves Rebouças Centro
775 Pedro Alcântara Centro
776 Pedro Rodrigues Soares Centro
777 Performance Academia Ltda Centro
778 Poliana Pinheiro Silva Centro
779 Posto Vencedor Ltda Ovídio Teixeira
780 Pré-Moldados de Cimento Itaporã Ltda Centro
781 Rádio Star FM Alto do Cristo
782 Raimundo Silva da Costa Centro
783 Raimundo Vitorino de Souza Centro
784 Ramon Alves de Brito Centro
785 Rdorivaldo Borges Teixeira Centro
786 Reginaldo Gustavo da Silva Centro
787 Reinaldo Alves de Moura Centro
788 Reinaldo Cardoso Filho Centro
789 Reinaldo U. Costa Ovídio Teixeira
790 Renara Carvalho Dantas Centro
791 Renata Resstel Centro
792 Renato Rodrigues Silva Centro
793 Restaurante e Labchonete do Bura Ltda Centro
794 Restaurante e Pizzaria Giripoca Ltda Santa Rita
795 Reynaldo Arthur Capotaria Recapa Ltda Ovídio Teixeira
796 Ricardo Nonato Novais Junqueira Centro
797 Rita de Cássia Laeia Nogueira Centro
798 Rita Mara Alves Almeida Centro
799 Rita Mendes Centro
800 Rita Regina de Castro Ovídio Teixeira
801 Roberto Alves Bonfim Centro
802 Roberto Alves Pereira da Silva Ovídio Teixeira
803 Roberto Franicsco da Silva Centro
804 Roberto Franicsco da Silva Centro
805 Robson Murilo Carvalho Centro
806 Rogério da Silva Centro
807 Rogério Silva Souza Chácara
808 Roldenaide F. Fernandes Ovídio Teixeira
809 Romilton carlos O. Fernandes Racho Alegre
810 Rômulo Carvalho de Azevedo Centro
811 Rosa Maria Silva Batista Ovídio Teixeira
324

812 Rosalino Ferreira de Souza Centro


813 Rosana Domingues Porto Fraga Centro
814 Rosanel Vieira Couto Centro
815 Rosângela Alves Xavier Centro
816 Roseane Carla Fonseca de Oliveia Centro
817 Rosenilda Rodrigues Correira Centro
818 Rozana Suze Ledo Lopes Centro
819 Salmaya Soares Sobrinho Centro
820 Salvador Junqueira da Silva Centro
821 Salvador Oliveira de Souza Centro
822 Samuel Teixeira Silveira Centro
823 Sebastião Alves da Silva Alto de Buenos Aires
824 Sebastião B. Ledo Centro
825 Sebastião Cardoso dos Santos Centro
826 Sebastião de Deus Soares Centro
827 Sebastião de Ferreiras Gomes Alto do Cristo
828 Sebastião fernandes Macedo Chácara
829 Sebastião J. Santana Ovídio Teixeira
830 Sebastião José Soares Centro
831 Sebastião Pereira Borges Centro
832 Sebastião Pereira Borges e Cia Ltda Centro
833 Sebastião Silva Centro
834 Sem nome fornecido Ovídio Teixeira
835 Sem nome fornecido Centro
836 Sem nome fornecido Centro
837 Sercontal Serviço em Contabilidade Ltda Centro
838 Sérgio Alves Lopes Racho Alegre
839 Serraria Alves Ltda Chácara
840 Serviço e Cia Comunicação Visual Centro
841 Shirlei Malheiros Ovídio Teixeira
842 Shop Car Ltda Centro
843 Sidimar Alves Lopes Centro
844 Sildaliza Andrade Alves Ovídio Teixeira
845 Silvia Queiroz Centro
846 Simone Celeste de Souza Azevedo Centro
847 Sindoval Ledo Centro
848 Sinval Ferreira da Silva Centro
849 Sinvaldo Aguiar Chácara
850 Sireides Moreira Chácara
851 Sirleide dos santos Rodrigues Centro
852 Sodemires Lemos Malheiros Centro
853 Sônia Clemência Cardoso Santa Rita
854 Sorveteria Tropical Ltda Alto de Buenos Aires
855 Souza Carvalho Ltda Centro
856 Souza Pinto Comercial Ltda Centro
857 Sueli Gomes dos Santos Alves Baraúna
858 Supermercado Brindes Ltda Centro
859 Supermercado Cruz Ltda Centro
325

860 Supermercado Varejão Ltda Centro


861 Tairone Fenandes de Carvalho Centro
862 Tarcísio Adolfo Centro
863 Telquia Martins Centro
864 Teotônio Alves de Moura Centro
865 Terezinha Flora Brito Centro
866 Terra Agropecuária Ltda Centro
867 Terreginaldo Soares Borges Centro
868 Tiago Silveira Meira Borges Centro
869 Transportadora Bumerangue Ltda Centro
870 Transportadora Caetité Ltda Ovídio Teixeira
871 Uma Comércio e Transporte de Mercadorias Ltda Centro
872 Urias Tadeu Alves Oliveira Centro
873 Vaga Calçados Ltda Centro
874 Valci Santana Rebouças Centro
875 Valdeci Alves Ribeiro Centro
876 Valdeci Fernandes Araújo Silva Centro
877 Valdeck Alves Marques Centro
878 Valdek Alves Marques Centro
879 Valdelice da Paula Silva Alto do Cristo
880 Valdelice Pereira Centro
881 Valdelvick Fernandes dos Santos Centro
882 Valdemar de Brito Souza Centro
883 Valdemar Leão Duarte Centro
884 Valdemar Teixeira Soares Baraúna
885 Valdemir de Andrade Silva Centro
886 Valdemir Rebouças Chaves Ovídio Teixeira
887 Valdir José Duarte Ovídio Teixeira
888 Valdir José Trindade Ovídio Teixeira
889 Valdir Oliveira Sobreinho Centro
890 Valdir Saraiva de Carvalho Centro
891 Valdirene Novais da Silva Centro
892 Valéria Pessoa Fernandes de Souza Centro
893 Valmik Rebouças Ovídio Teixeira
894 Valmir Alves Malheiros Centro
895 Valmir Carneiro David Centro
896 Valmir da Silva Filho Centro
897 Valmir José dos Santos Alto de Buenos Aires
898 Valnoir Fogaça de Matos Chácara
899 Valnoir Santana Pereira Centro
900 Valter Dias da Silva Ovídio Teixeira
901 Valter marcelo Alves Ribeiro Baraúna
902 Valter Oliveira Silva Centro
903 Vanderlan Guedes Ribeiro Centro
904 Vanderlei Novaes da Silva Centro
905 Vanderlino Santana Rebouças Centro
906 Vando de Novaes Centro
907 Vanilda Pinheiro Andrade Ovídio Teixeira
326

908 Vanilson Alves Santos Centro


909 Venício Tião Magalhães Ovídio Teixeira
910 Vera Lúcia Jesus Santos Centro
911 Vera Lúcia Maria dos Santos Centro
912 Vera Lúcia Santana Teixeira Chácara
913 VG Móveis e Eletrodmésticos Ltda Centro
914 Victória Relógios e Presentes Ltda Centro
915 Vilson Alves de Moura Centro
916 Vitória Motos Ltda Ovídio Teixeira
917 Viviane Ferreira de Oliveira Carvalho Centro
918 Washingto Luis Auto Elétrica Ltda Ovídio Teixeira
919 WC Comércio de Produtos Veterninários Ltda Centro
920 Wesley Gomes de Carvalho Baraúna
921 Wille Freire Mino Ovídio Teixeira
922 Wilson Alves de Brito Centro
923 Wilson Reis Nossa Senhora da Paz
924 Wlson Rodrigues Neves Santa Rita
925 Zaira Kelly de Souza Pereira Ovídio Teixeira
926 Zarlesson da Silva David Centro
927 Zelina Rodrigues Guedes São José
928 Zelinda Pereira da Silva Souza Centro
929 Zelinda R. T. dos Santos Ovídio Teixeira
930 Zelita Araújo Centro
931 Zely Pereira Cotrim Baraúna
932 Zenaide Azavedo Santos Centro
933 Zenalia Barbosa Dias Ovídio Teixeira
934 Zequinha Prates Silveira Ovídio Teixeira
935 Zezito Rodrigues da Silva Centro
936 Zildete Cândida de Brito Ovídio Teixeira
937 Zorba Oliveira Magalhães Centro

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