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Poder Executivo

Ministério da Educação
Universidade
Federal do Amazonas
Instituto de Ciências Exatas e
Tecnologia

ITA015 - MELHORAMENTO GENÉTICO VEGETAL 2020/2


3a AVALIAÇÃO
Prof: Fábio Medeiros Ferreira

Questões:

1. (2,0) O melhoramento genético participativo (MGP) começou a ser delineado no início dos
anos 1980 e trata-se de visão holística, sistêmica e vinculado a realidade do pequeno
agricultor, sendo um componente do manejo da diversidade genética. MACHADO, A. T. et al.
Manejo da diversidade genética do milho e melhoramento participativo em comunidades
agrícolas nos estados do Rio de Janeiro e Espírito Santo. Planaltina: Embrapa Cerrados,
2002 (adaptado). Nesse contexto, são metas do MGP:

A) lucro com venda de variedades; produção de sementes; obtenção de germoplasma de


adaptação local.
B) ganho de produtividade; conservação da biodiversidade; obtenção e uso de
germoplasma de adaptação local; seleção dentro de populações; avaliação
experimental de variedades; lançamento e divulgação de novas variedades.
C) armazenamento de sementes; aquisição de conhecimento; realização de cursos de
capacitação; seleção de populações; ganho de produtividade.
D) manejo da biodiversidade; produção e armazenamento de sementes; aquisição de
habilidades no manejo de sementes; produção de alimentos para subsistência. E) ganho de
produtividade; lucro com venda de variedades; realização de cursos de capacitação;
desenvolvimento da pesquisa local.

2. (2,0) No melhoramento genético vegetal os marcadores moleculares não tem aplicação


prática para:
A) recuperação mais rápida do genoma recorrente.
B) análise da pureza genética e contaminação do germoplasma.
C) confirmação de hibridações e autofecundações.
D) multiplicação de tecidos, órgãos e outros componentes das plantas.
E) caracterização e proteção de cultivares.

3. (2,0) O conjunto de propriedades de uma associação de agricultores que se tem destacado no


cultivo de diversas variedades de milho crioulo consiste numa reserva de grande biodiversidade
de sementes de milho. Entretanto, nos limites dessas propriedades, estão situadas grandes
lavouras de milho transgênico, resistente a lagartas e ao herbicida glifosato. Preocupada com a
entrada de pólen oriundo das lavouras transgênicas e a consequente contaminação das
variedades crioulas, essa associação procurou orientação técnica de engenheiros agrônomos,
que defenderam diferentes opiniões a respeito e apresentaram as seguintes argumentações.

I. O milho, por ser uma planta alógama, permite até 95% de fecundação cruzada, e o pólen
oriundo das lavouras transgênicas, pelo vento, pode atingir as variedades crioulas, e
alterar o genoma dessas variedades na próxima geração.
II. Devido à elevada taxa de polinização cruzada no milho, é possível que as variedades
crioulas recebam pólen dos cultivos transgênicos, podendo as sementes produzidas
nessa fecundação perder características da variedade crioula.
III. As variedades crioulas não correm riscos de contaminação com pólen transgênico, pois a
fecundação cruzada do milho ocorre entre plantas muito próximas, dentro da mesma
lavoura, e não entre plantas distantes.
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IV. Mesmo que o pólen das plantas transgênicas atinja as flores femininas do milho crioulo,
os transgenes não serão inseridos no genoma das plantas crioulas e as sementes
produzidas manterão, plenamente, as características da variedade crioula.

É correto apenas o que se afirma em:


A) I e II.
B) I e IV.
C) II e III.
D) I, III e IV.
E) II, III e IV

4. (2,0) Antes de iniciar o programa de melhoramento de plantas, deve-se fazer seu


planejamento e definir seus objetivos específicos para atender as demandas do produtor, da
indústria e do mercado consumidor. Comumente, os programas de melhoramento visam:

A) Desenvolver cultivares tolerantes ao estresse abiótico e biótico.


B) Melhorar as condições ambientais, como a fertilidade do solo, para adaptação dos
cultivares.
C) Desenvolver boas práticas de manejo e cultivo direcionadas aos cultivares que serão
lançados.
D) Planejar a colheita conforme a uniformidade e precocidade do cultivar. E) Prever
as condições edafoclimáticas para o desenvolvimento de novas cultivares.

5. (2,0) A Lei de Proteção de Cultivares (LPC), no 9456 de 25/4/1997, foi um grande marco para
a agricultura brasileira, pois passou a reconhecer o direito de propriedade intelectual dos novos
cultivares vegetais desenvolvidos pelos programas de melhoramento genético. Entretanto, a LPC
não permite o uso dos cultivares protegidos, sem incidência de royalties no seguinte caso:

A) Para o agricultor que multiplica material vegetativo de cana-de-açúcar destinado à


produção para fins de processamento industrial, em áreas de até quatro módulos fiscais. B)
Para o agricultor que usa ou vende como alimento ou matéria-prima o produto obtido do seu
plantio.
C) Para o agricultor que usa para fins reprodutivos e comercializa a matéria-prima. D)
Para o melhorista que utiliza o cultivar como fonte de variação no melhoramento
genético ou na pesquisa científica.
E) Para o agricultor que reserva e planta sementes para uso próprio, em seu estabelecimento,
ou em estabelecimento de terceiros, cuja posse detenha.

Boa prova!
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