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Exposição de Efésios 1

Introdução
Quando foi escrita¿ Entre 60 e 61 D.C em Roma
Portador: Tiquico
Tema: Unidade da Igreja
Autoria: Apóstolo Paulo

A autoria paulina de Efésios era universalmente aceita desde o século I até


ao início do século XIX . Estudiosos alemães, a partir de 1820, começaram
a questionar a autenticidade da carta, “Há muitas razões para pensar que
não vem nem da sua mão nem sequer do tempo em que viveu.”
A maioria dos comentaristas chamam a atenção ao vocabulário e estilo
singulares da carta. Contam o número de palavras em Efésios que não
ocorrem nas demais cartas de Paulo, e o número de palavras prediletas que
não se acham em Efésios. Seu estilo, acrescentam, é muito menos
apaixonado que de costume.
Dois argumentos mais substanciais são propostos, no entanto, para lançar
dúvidas sobre a autenticidade da carta, sendo o primeiro histórico e o
segundo teológico. O argumento histórico diz respeito a um a discrepância
entre o relato em Atos, do longo e íntimo conhecimento que Paulo tinha da
igreja de Éfeso, e o relacionamento inteiramente impessoal. Este caráter
impessoal da carta é certamente surpreendente. Mas não há necessidade de
deduzir daí que Paulo não seja o seu autor.
O segundo argumento que é levantado contra a autoria paulina de Efésios é
teológico. Quanto a isto, os comentaristas apontam um a grande variedade
de aspectos diferentes. Enfatiza-se, por exemplo, que em Efésios, em
contraste com as cartas de Paulo de autoria incontroversa, o papel de Cristo
assume uma visão cósmica; que a esfera e interesse está “nos lugares
celestiais” em que operam as potestades e os poderes ; que o foco do
interesse é a igreja; que a justificação não é mencionada; que a
reconciliação fica mais entre os judeus e os gentios do que entre o pecador
e Deus; que a salvação é retratada não como um morrer com Cristo mas,
sim, somente como um ressuscitar com ele; e que não há referência à
segunda vinda de nosso Senhor. No entanto, nenhum destes detalhes é mais
de que uma pequena mudança de ênfase. E temos de reconhecer que a
teologia da epístola é essencialmente Paulina. Até mesmo os que negam a
autoria de Paulo reconhecem que a epístola está “repleta de ideias de
autoria indubitavelmente paulina.”
1.1 Paulo, apóstolo de Cristo Jesus pela vontade de Deus, aos santos e fiéis
em Cristo Jesus que estão em Éfeso:
Primeiro, devemos notar algo importante: Paulo não foi Apóstolo por
vontade própria, ou por uma delegação humana (um homem determinou
que ele seria), mas, pela vontade soberana de Deus. Única e exclusiva
vontade de Deus de o escolher Apóstolo.
A parte B deste versículo Paulo chama a Igreja de “santos”. Muitos se
equivocam e não sabem interpretar essa palavra nos crentes pecadores
salvos. A ideia que se tem de santo no mundo, é uma pessoa que foi boa a
vida toda e, ao morrer, eles canonizam essa pessoa como santa. Mas Paulo
está falando para pessoas vivas, pecadoras, que ao mesmo tempo são
santos. O Apóstolo se refere ao “Povo escolhido de Deus”, “Povo
separado”. A Palavra santo tem seu significado: Limpo, puro, etc; porém,
um dos significados é SEPARAÇÃO. O dízimo é um dinheiro santo,
porque é separado. A igreja é santa, por ser separada, esse é o significado
de “aos santos” em que o Apóstolo Paulo se refere. Um povo de
propriedade exclusiva de Deus, um povo eleito, escolhido, separado do
mundo. Santo é alguém que foi separado por Deus.
1.2 A vocês, graça e paz da parte de Deus nosso Pai e do Senhor Jesus
Cristo.
Paulo saúda a Igreja com a paz de Deus. Isso é um mandamento, saudar os
irmãos, e como diz a bíblia, se não haver resposta, tome a palavra para vós.
Na parte B, vemos uma distinção da trindade, uma separação que Paulo faz
da Pessoa de Deus e da Pessoa de Jesus. Algo que não irei destrinchar nesta
exposição.
1.3 Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos
abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo.

Este versículo mostra que o Pai de toda benção espiritual é Deus. A fonte
de toda bênção espiritual é Deus. Não é o diabo, não são os demônios, não
são os anjos e, muito menos os homens, mas Deus.
A seguir, neste mesmo texto, notamos que a benção é ESPIRITUAL, e não
terrena. Isto mostra a natureza das bênçãos.
Outro fato, é que Deus nos abençoa nas REGIÕES CELESTIAIS. Vou me
ater um pouco nisso. Nós cristãos temos duas naturezas. A terrena e a
Espiritual. Estamos presentes em corpo, mas também em Espírito diante de
Deus nas regiões celestiais. O cristão é morador da terra e do céu. O
versículo fala que ELE NOS ABENÇOA, isto é, no presente. Não é em um
futuro, quando morrermos ou sermos arrebatados que estaremos nas
regiões celestiais, porém, que estamos nestas regiões agora, no presente, e
recebendo toda sorte de bênçãos. Nós estamos em Cristo, neste momento.
O cristão tem uma dupla cidadania. Ele mora na terra, e ao mesmo tempo
nas regiões celestiais em Cristo Jesus. Se não fossemos cidadãos do céu,
não poderíamos receber tais bênçãos, que são provenientes do céu. Apenas
receberíamos as bênçãos terrenais. Assim como Jesus era, ao mesmo tempo
e Deus; nós estamos nas regiões celestiais com Cristo e estamos na terra.
O que são essas bênçãos espirituais¿ Vida eterna. Vida em abundância.
Alegria no Espírito. Relacionamento com Deus. Santidade. Pureza. Perdão
de pecados. Fruto do Espírito, e muitas outras bênçãos.
1.4 Porque Deus nos escolheu nele antes da criação do mundo, para sermos
santos e irrepreensíveis em sua presença.

Este talvez seja o principal versículo de Efésios 1. Todos crentes ouviram


falar sobre ele. Deus nos elegeu Nele, o que isso quer dizer¿ Que Deus nos
escolheu, optou, por sua vontade apenas, com Seus princípios que não
sabemos, Ele nos escolheu por sua soberania. A bíblia está nos dizendo que
Deus antes de qualquer votação, ou, como diz romanos 9, sem fazer bem
ou mal o ser humano, Deus escolheu para si pessoas, por seu critério e
vontade, do qual não temos acesso. Devemos ter em mente antes de
questionar a eleição de Deus o que diz Deuteronômio 29:29 - As coisas
encobertas pertencem ao Senhor, ao nosso Deus, mas as reveladas
pertencem a nós e aos nossos filhos para sempre, para que sigamos todas as
palavras desta lei. -

Não somos frutos do acaso. O Senhor pensou em nós antes mesmo de


nascermos, como diz a seguir no versículo. Deus como Onisciente, um de
seus atributos peculiares, enxergou o nosso nascimento antes mesmo do
mundo ser criado, antes mesmo da matéria mundo vir a existência. Antes
que a Palavra dissesse haja luz – ou criou Deus os céus e a terra – Ele já
pensava em nós.
Deus escolheu um povo para ser santo e irrepreensível, isto é: Escolheu um
povo, separou um povo de propriedade exclusiva como mencionei no
versículo 1. Deus então elege um povo para si, por sua eterna e soberana
vontade, separa esse povo, este é o significado para sermos santos, um
povo separado para Ele, e irrepreensível, que viverá conforme a vontade
Dele, conforme as leis de Deus, que andarão segundo seus preceitos, sendo
assim distinguido dos demais povos. Deus elege um povo, separa ele, para
que sejam segundo a sua imagem e semelhança diante Dele. Não crer que
Deus escolhei um povo segundo sua vontade e que isso não passa pelo
poder humano de escolher a Deus, não o condenará. Mas ser um eleito de
Deus sim, é importante. A Eleição soberana de Deus está por toda a bíblia.
No evangelho de João, capítulo 6, Jesus diz: Não fostes vós que me
escolhestes, mas Eu vos escolhi. Jeremias: Com misericórdia te busquei,
com amor eterno te atraí. Aqui entramos no segundo ponto da linha
calvinista, que é a eleição incondicional. Deus escolheu pessoas para servi-
lo, adorá-lo, serem salvos, por exclusividade apenas de sua vontade e
poder, não por méritos humanos, não por obras realizadas, não por bem
algum feito. Poderia falar mais sobre, mas vou me atentar apenas ao
versículo em si.
Outro ponto, não há universalismo na salvação, isto é, que todos os homens
serão salvos. Apenas os que Deus escolheu, que nascem de novo, que se
arrependem, que creem em Jesus e vivem conforme sua vontade, que
possuem fruto do Espírito, é que serão salvos. Se há um povo escolhido,
não tem como todo o povo ser salvo.
O propósito de Deus na eleição foi separar pessoas para si.
1.5 Em amor nos predestinou para sermos adotados como filhos por meio
de Jesus Cristo, conforme o bom propósito da sua vontade.
Essa palavra predestinou tem causado muitas divergências na Igreja. Fato é
que Deus predestinou, escolheu pessoas de antemão e designou elas para
serem de tal forma, a saber, de Deus, a serem santas, a servi-lo, a serem
salvas. Atos 13:48 diz - Ouvindo isso, os gentios alegraram-se e
bendisseram a palavra do Senhor; e creram todos os que haviam sido
predestinados para a vida eterna. – Creram os que foram predestinados. Os
que o Senhor escolheu e designou para crerem. A eleição e predestinação é
algo maravilhoso.
Atentaremos para o segundo ponto do versículo. “Para sermos adotados
como filhos por meio de Jesus Cristo. Sim, não éramos por natureza filhos
de Deus. Mas, sim, do diabo. Pois é a vontade do diabo que nós fazíamos.
Quando houve a queda do homem no Éden, todos perderam a filiação de
Deus. A carta de Paulo aos Romanos fala que todos após a queda foram
destituídos de Deus. Ainda bem que temos Jesus como nosso redentor para
nos ligar novamente a Deus e sermos chamados filhos de Deus. Pois vocês
não receberam um espírito que os escravize para novamente temer, mas
receberam o Espírito que os adota como filhos, por meio do qual
clamamos: "Aba, Pai". Rm 8:15 - O próprio Espírito testemunha ao nosso
espírito que somos filhos de Deus. Rm 8:16. - Contudo, aos que o
receberam, aos que creram em seu nome, deu-lhes o direito de se tornarem
filhos de Deus, Jo 1.12.
1.6 para o louvor da sua gloriosa graça, a qual nos deu gratuitamente no
Amado.
O propósito final de sermos filhos, é para o próprio louvor de Deus. Para
sua própria glória. Porque dele e por ele, e para ele, são todas as coisas;
glória, pois, a ele eternamente. Amém. Rm 11.36

Notamos que foi por meio da graça que recebemos todas as bênçãos. O que
é graça¿ Favor imerecido de Deus. Graça é receber o que não merecíamos.
Misericórdia é não receber o que merecíamos. Deus nos deu todas as sortes
de bênçãos nas regiões celestiais em Cristo Jesus, nos elegeu, predestinou,
para nos tornarmos filhos de Deus pela sua poderosa graça, por meio de seu
amor e favor imerecido. Um dom gratuito como finaliza o versículo.

1.7 Nele temos a redenção por meio de seu sangue, o perdão dos pecados,
de acordo com as riquezas da graça de Deus,
1.8 a qual ele derramou sobre nós com toda a sabedoria e entendimento.

Nele (Jesus), tivemos a redenção. Por meio de Jesus Cristo apenas, temos o
perdão de pecados. Isto foi possível através da morte de Jesus e
ressureição. Depois do ato de “está consumado” o véu foi rasgado de cima
abaixo, nos proporcionando o acesso ao seu sangue derramado na cruz do
calvário. Sangue esse que jorra até hoje para perdão de pecados, até que a
porta da graça seja fechada. Lembramos que na velha aliança, somente o
derramamento de sangue era possível para encobrir os pecados, sangue este
dos animais, especificamente o cordeiro. A bíblia diz que sem
derramamento de sangue não há perdão de pecados. Hb 9:22. Atos diz que
fomos comprados, redimidos, resgatados com o próprio sangue de Cristo.
At 20.28;
Somente por meio do sangue do cordeiro derramado, imolado, é que
obtemos a salvação. Mt 26:28. Não há perdão e salvação fora de Cristo, At
4.12.

Novamente, recebemos tudo isso por meio da graça, o favor imerecido de


Deus. Segundo a própria vontade e amor eterno de Deus, Ele enviou Seu
Filho para morrer em nosso lugar, nos substituir. Tudo isso pela graça
maravilhosa de Deus.
Deus derramou sobre nós esse favor imerecido da melhor forma possível.
1.9 E nos revelou o mistério da sua vontade, de acordo com o seu bom
propósito que ele estabeleceu em Cristo,
1.10 isto é, de fazer convergir em Cristo todas as coisas, celestiais ou
terrenas, na dispensação da plenitude dos tempos.

Deus tinha um segredo, um mistério, uma vontade ocultada por séculos e


séculos, antes mesmo da fundação do mundo; porque o versículo seguinte
revela esse mistério: “Fazer convergir em Cristo todas as coisas”, ou seja,
não há mais mistério, este mistério específico foi desvendado por Deus. A
bíblia diz que “o cordeiro de Deus que foi imolado antes da fundação do
mundo. ” Ap 13.8; e mais “E, sem dúvida alguma, grande é o mistério da
piedade: Deus se manifestou em carne, foi justificado no Espírito, visto dos
anjos, pregado aos gentios, crido no mundo, recebido acima na glória. ”
Tudo foi planejado, o Senhor tinha um propósito para que estas coisas
acontecessem, e foi através da vinda de Jesus, morte e ressureição de
Cristo. Convergir nos dá a ideia de fazer de Cristo o mais importante e o
centro de tudo que existe. Ef 1:22-23 Deus colocou todas as coisas debaixo
de seus pés e o designou cabeça de todas as coisas para a igreja, que é o seu
corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em toda e qualquer
circunstância.
Plenitude dos tempos, fala de um tempo perfeito para o cumprimento desse
propósito, do qual foi revelado o mistério, fazer de Jesus o centro de tudo
que existe, na terra e nos céus.

1.11 Nele fomos também escolhidos, tendo sido predestinados conforme o


plano daquele que faz todas as coisas segundo o propósito da sua vontade,
1.12 a fim de que nós, os que primeiro esperamos em Cristo, sejamos para
o louvor da sua glória.

Se o propósito de Deus é fazer de Jesus o centro de Tudo, logo, este texto


afirma que Nele (Jesus) fomos também escolhidos e predestinados segundo
o propósito da vontade de Deus. Nós fazemos parte do propósito do
mistério revelado, Jesus sendo o centro de tudo que se possa existir. Porque
se Jesus não fosse revelado, nós que Nele fomos escolhidos, jamais
poderíamos ser predestinados e escolhidos por depender de Jesus.
“Nós os que primeiro esperamos em Cristo”, Paulo se inclui, ou seja, os
que já fazem parte da família de Deus, que se tornaram filhos de Deus,
esperamos em Cristo, para que o seu nome seja glorificado, exaltado.

1.13 Nele, quando vocês ouviram e creram na palavra da verdade, o


evangelho que os salvou, vocês foram selados com o Espírito Santo da
promessa,
1.14 que é a garantia da nossa herança até a redenção daqueles que
pertencem a Deus, para o louvor da sua glória.

Duas verdades maravilhosas são ditas; A expressão “quando vocês ouviram


e creram”, melhor traduzindo para “ouvindo” e “crendo”, no evangelho de
Jesus. Porque todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo. Como,
pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de
quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como
pregarão, se não forem enviados? Como está escrito: Quão formosos os pés
dos que anunciam o evangelho de paz; dos que trazem alegres novas de
boas coisas. Rm 10,13 ao 15. Não há outro meio de ser salvo a não ser
ouvindo e crendo no evangelho. Quem crer e for batizado será salvo, mas
quem não crer já está condenado.
Todos que se arrependem, creem no evangelho de Jesus, são batizados,
estes tornam-se filhos de Deus por meio de Jesus e, são selados com o
Espírito Santo que nos foi prometido por Cristo “Mas aquele Consolador, o
Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, esse vos ensinará todas as
coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito.” Jo 14.18; Quando
há conversão genuína, somos selados com o Espírito Santo, de tal modo
que nunca mais poderemos separarmos Dele, Ele é a garantia da nossa
herança que há em Cristo, como diz o versículo. E, quando ele vier,
convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo. Jo 16.8. Estamos
selados com o Espírito Santo, caso estamos sendo convencidos de nossos
pecados, da morte de Jesus e ressureição e do juízo que há de vir sobre o
mundo que não crê em Cristo.
1.15 Por essa razão, desde que ouvi falar da fé que vocês têm no Senhor
Jesus e do amor que demonstram para com todos os santos,
1.16 não deixo de dar graças por vocês, mencionando-os em minhas
orações.
1.17 Peço que o Deus de nosso Senhor Jesus Cristo, o glorioso Pai, lhes dê
espírito de sabedoria e de revelação, no pleno conhecimento dele.

Aqui está a oração de intercessão de Paulo por estes cristãos. Paulo não
menciona que orou por estes cristãos antes de tomar conhecimento da fé
deles. Segundo, a oração é para que tenham discernimento espiritual, e
saber discernir as coisas de Deus. Ora, o homem natural não compreende as
coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode
entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente.
Mas o que é espiritual discerne bem tudo, e ele de ninguém é discernido. 1
co 2.14 e 15.
Outro ensinamento e que devemos interceder por nossos irmãos.
1.18 Oro também para que os olhos do coração de vocês sejam iluminados,
a fim de que vocês conheçam a esperança para a qual ele os chamou, as
riquezas da gloriosa herança dele nos santos
1.19 e a incomparável grandeza do seu poder para conosco, os que cremos,
conforme a atuação da sua poderosa força.
A expressão “os olhos do vosso entendimento”, se refere ao entendimento
espiritual. Todos temos uma vocação e devemos orar para que Deus nos
mostre qual seja ela. Há um só corpo e um só Espírito, como também fostes
chamados em uma só esperança da vossa vocação; Ef 4.4;
Essa é a incomparável grandeza de seu poder, como diz o
salmista "Quando vejo os teus céus, obra dos teus dedos, a lua e as estrelas
que preparaste; Que é o homem mortal para que te lembres dele? e o filho
do homem, para que o visites?" 
1.20 Esse poder ele exerceu em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e
fazendo-o assentar-se à sua direita, nas regiões celestiais,

“exerceu em Cristo”. A ressurreição de Jesus dentre os mortos foi a


expressão do poder de Deus e a prova do que o Senhor pode fazer em nós e
por nós. Se Deus ressuscitou Jesus, logo Ele tem poder para qualquer
desejo que queira fazer, inclusive nos ressuscitar no último dia.
“A direita de Deus” significa um lugar de honra, poder, glória. Jesus está
no mais alto lugar de honra, poder e glória que possa existir, ao lado do Pai.
1.21 muito acima de todo governo e autoridade, poder e domínio, e de todo
nome que se possa mencionar, não apenas nesta era, mas também na que há
de vir.
1.22 Deus colocou todas as coisas debaixo de seus pés e o designou como
cabeça de todas as coisas para a igreja,
1.23 que é o seu corpo, a plenitude daquele que enche todas as coisas, em
toda e qualquer circunstância.
Estes belos textos mostram a autoridade e governo de Jesus: E ele é a
cabeça do corpo, da igreja; é o princípio e o primogênito dentre os mortos,
para que em tudo tenha a preeminência. Porque foi do agrado do Pai que
toda a plenitude nele habitasse, Cl 1.18 e 19. Para que ao nome de Jesus se
dobre todo o joelho dos que estão nos céus, e na terra, e debaixo da terra, Fl
2.10.
A Igreja que Paulo se refere, é ela ao todo e não apenas uma congregação.
Conclusão
Do primeiro ao versículo quatorze é um louvor.
A carta que mais fala das coisas celestiais, como intercessão.
A carta aos Efésios é a carta que mais trabalha a questão da eclesiologia.
Alguns homens de Deus comentaram a carta de Efésios: Era a carta
predileta de João Calvino. Armitage Robinson chamou-a de “a coroa dos
escritos de Paulo”. William Barclay cita Samuel Taylor Coleridge que a
avaliou como “a composição mais divina da raça humana e acrescenta que,
em sua opinião, é “a rainha das epístolas”.

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