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AGRONÔMICAS
Promover o uso apropriado de P e K nos
MISSÃO sistemas de produção agrícola através da
geração e divulgação de informações científicas que sejam N0 110 JUNHO/2005
agronomicamente corretas, economicamente lucrativas,
ecologicamente responsáveis e socialmente desejáveis.
A
produção anual brasileira de laranjas é de aproxi-
madamente 15 milhões de toneladas, a qual repre- Veja também neste número:
senta 30% da produção mundial. Cerca de 80% des-
se total é destinado às indústrias de suco concentrado e congelado Composição mineral de folhas de citros
localizadas em São Paulo. Ainda, estima-se que 2 a 3 milhões de afetadas por doenças .............................................. 3
toneladas ano-1 são destinadas ao mercado de fruta fresca, interno
Influência do Zn e do K no tamanho da laranja .... 7
e externo, cuja quantidade inclui laranjas, tangerinas e limas ácidas.
Esses nichos de comercialização demandam estratégias para au- Canaviais tomam terreno do gado e da laranja ... 11
mento da qualidade da fruta e características pós-colheita, que são 2o Simpósio SASCEM ............................................. 12
otimizadas com o manejo da fertilidade do solo. Ainda, o estabele-
cimento das boas práticas de manejo leva em conta a redução dos Quanto vale a informação? .................................. 16
custos de produção e dos possíveis impactos adversos no ambien-
Encarte: Tópicos sobre a cultura da
te oriundos do emprego inadequado de insumos.
cana-de-açúcar
A produção de frutos cítricos é largamente influenciada pe-
lo suprimento de nitrogênio (N), pelo fato desse nutriente regular a
taxa fotossintética e a síntese de carboidratos, o peso específico
das folhas, a produção de biomassa total e a alocação de carbono frutos. Estudos têm demonstrado que o fornecimento de K aumen-
em diferentes órgãos na planta. O suprimento adequado de N no ta o tamanho dos frutos e a espessura da casca, que são caracterís-
pomar resulta em plantas com vegetação verde intensa e boa pro- ticas favoráveis ao mercado de fruta fresca. Contudo, frutos maio-
dução de frutos. Contudo, o excesso desse nutriente promove ve- res e com casca mais grossa podem apresentar menor rendimento
getação exuberante, com folhas graúdas, típicas de vigor excessivo de suco e menores teores de sólidos solúveis, que são indesejáveis
da planta. A falta ou o excesso de N interferem no tamanho e na para a produção de suco concentrado.
qualidade dos frutos. Por exemplo, altas doses de N tendem a au- Resultados recentes de experimentos desenvolvidos no
mentar o número de frutos na planta, em detrimento do seu tama- campo com as variedades Pêra e Valência demonstraram que a mas-
nho, o que pode ser uma desvantagem para a comercialização de sa de frutos diminuiu com o aumento das doses de adubo nitro-
frutos in natura. Assim, o ajuste das recomendações de adubação genado para essas variedades (Tabela 1). Essa característica foi
com base na análise de folhas é importante. também inversamente correlacionada com a produção total da ár-
O potássio (K) é o nutriente responsável pela manutenção vore, pois o aumento da dose de N aplicada aumentou o pegamento
do turgor e extensibilidade das células, o que afeta o tamanho de de frutos e conseqüentemente o número de frutos produzidos por
1
Pesquisador do Centro APTA Citros “Sylvio Moreira” (IAC), Cordeirópolis-SP, fone/fax: (19) 3546-1399, e-mail: ddm@centrodecitricultura.br
2
Pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), Campinas-SP.
Tabela 2. Recomendações de adubação para laranjas, em função das análises de solo e folhas, classes de produção e o destino da fruta. As doses foram
calculadas para máxima produção econômica.
A
composição mineral das fo- P, foram encontrados por Coelho et al. (1984),
lhas em geral, inclusive a das o contrário ocorrendo com Ca, Mn, Cu e B. Os
plantas cítricas, é influenciada níveis foliares de Mg, Si, Zn e Cu eram altos
por diversos fatores, segundo a equação: nas folhas das plantas sadias, enquanto os
Y = f (S, Pl, Pc, Pm...) de Zn e Si eram especialmente baixos naque-
em que: las afetadas pelo declínio, o mesmo aconte-
Y = teor ou concentração do elemento; cendo com Ca (WUTSCHER, 1986). Girotto e
Souza (1991) encontraram teores mais bai-
S = solo, adubo, corretivo;
xos de B nas folhas das plantas com declínio.
Pl = planta (variedade, porta-enxerto);
Malavolta et al. (1993) utilizaram o sistema
Pc = práticas culturais;
Integrado de Diagnóstico e Recomendações
Pm = pragas e doenças. (DRIS) para avaliar o estado nutricional de
O assunto é discutido por Malavolta et plantas sadias e afetadas pelo declínio. As
al. (1997) e Malavolta (1998). Pragas e doen- plantas sadias apresentavam níveis mais bai-
ças podem influenciar a composição mineral xos de P e K e maiores de Ca nas folhas. Os
das folhas devido ao seu efeito na absorção valores do Índice de Balanço Nutricional fo-
ou no transporte de nutrientes a longa distân- ram cerca de três vezes maiores nas plantas
cia. Caso há, por outro lado, em que uma de- Planta de citros afetada por declínio
com declínio, ou seja, evidenciam uma desor-
sordem nutricional, que se reflete na composi- dem nutricional maior.
ção mineral da folha, pode condicionar a plan-
ta ao patógeno, como parece ser o caso do ama- • Amarelinho
relinho (MALAVOLTA e PRATES, 1994; WUTS- Em um levantamento de plantas com
CHER et al., 1994; MALAVOLTA et al., 1999). sintomas, Malavolta et al. (1990) verificaram
Plantas com amarelinho (CVC), declí- que a única alteração consistente na compo-
nio, HLB (ex-greening) e morte súbita têm pelo sição da folha era o teor mais baixo de K, o que
menos dois denominadores comuns: menor foi confirmado em estudos posteriores (MA-
crescimento e produção e sintomas foliares, LAVOLTA et al., 1994; MALAVOLTA e PRA-
geralmente clorose não uniforme que lembra TES, 1994). Wutscher et al. (1994) encontra-
desordens nutricionais. No caso das três pri- ram teores mais baixos de P e K. Salvo (2001),
meiras doenças, alterações na composição por sua vez, encontrou redução nos teores de
mineral das folhas têm sido registradas em vá- N, P e Ca nas folhas. Usando a técnica da
rios trabalhos, enquanto no caso da morte sú- diagnose por subtração com plantas inocula-
bita foram encontrados dados em apenas uma das com Xylella fastidiosa e plantas não ino-
contribuição. A literatura disponível é resu- culadas e cultivadas em solução nutritiva,
mida a seguir, obedecendo a ordem alfabética Malavolta et al. (1999) verificaram que: plan-
da doença ou anomalia e a cronologia dos tra- tas no tratamento “completo” mostraram re-
balhos. missão dos sintomas visuais do amarelinho e
deram resultado negativo no teste dat blot; o
• DECLÍNIO Planta de citros afetada por mesmo aconteceu com as plantas recebendo
Num estudo com 12 anos de compara- amarelinho baixos níveis de P, K, Ca e S; a deficiência de
ção, Wutscher (s.d.) verificou que as plantas Mg pouco afetou, o mesmo acontecendo com
com declínio apresentavam folhas com teores mais altos de Ca e a de N; a permanência maior de Xylella ou teste positivo ocorreu
mais baixos de S, Mn e Zn. Wutscher e Hardesty (1979) acharam, nas plantas com omissão de Fe, Mo e Zn. Os três micronutrientes
entretanto, que as variações mais consistentes nas folhas das plan- não têm sido apontados como deficientes nas folhas das plantas
tas com a doença (anomalia) eram teores mais baixos de K, maiores com amarelinho.
1
Centro de Energia Nuclear na Agricultura, CENA-USP, Piracicaba-SP, e-mail: mala@cena.usp.br
2
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo-SP.
Cultivar Sintoma N P K Ca Mg S
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (%) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Amarelinho
Valência/Cravo Sem 2,12 ab 0,17 defg 0,86 bcd 4,36 a 0,47 a 0,28 a
Inicial 2,37 ab 0,12 gh 0,84 cd 4,07 a 0,46 a 0,28 a
Avançado 2,38 ab 0,11 h 0,73 c 4,18 a 0,48 a 0,28 a
Declínio
Pêra/Cravo Inicial 2,50 a 0,14 fgh 1,53 abc 2,95 b 0,35 b 0,24 abc
Avançado 2,31 ab 0,18 def 1,72 a 1,96 cde 0,23 cde 0,22 abc
HLB
Westin/Cravo Sem 2,08 abc 0,14 fgh 1,80 a 2,25 bcd 0,19 dc 0,20 bcd
Inicial 1,80 abc 0,14 fgh 1,45 abcd 2,23 bcd 0,18 de 0,18 cd
Avançado 1,79 abc 0,17 defg 1,59 ab 1,85 cde 0,20 cde 0,18 cd
Valência/Cravo Sem 2,43 ab 0,24 bc 1,82 a 1,88 cde 0,30 bc 0,26 ab
Inicial 2,42 ab 0,29 b 1,84 a 1,50 de 0,28 bcd 0,21 abcd
Avançado 2,06 abc 0,38 a 1,60 ab 1,19 e 0,25 bcde 0,17 cd
Taiti Inicial 1,95 ab 0,21 cd 1,69 a 2,57 bc 0,29 bc 0,19 bcd
Avançado 1,40 c 0,20 cd 1,74 a 1,42 de 0,17 e 0,16 d
Morte súbita
Valência/Cravo Avançado 1,76 bc 0,15 efgh 0,71d 2,59 bc 0,44 a 0,21 abcd
C.V.% 9,6 7,2 14,7 10,1 9,0 10,0
* Nota: Valores médios seguidos de letras iguais nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 1% de probabilidade.
Cultivar Sintoma B Co Cu Fe Mn Mo Ni Zn
-1
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (mg kg ) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Amarelinho
Valência/Cravo Sem 81 a 0,36 a 11 de 389 bcd 114 a 0,62 ab 1,60 a 48 abc
Inicial 83 a 0,33 a 11 de 315 bcde 132 a 0,44 ab 1,31 a 58 ab
Avançado 81 a 0,37 a 10 de 377 bcd 116 a 0,39 ab 2,04 a 62 a
Declínio
Pêra/Cravo Inicial 60 b 0,21 bc 20 d 226 def 59 b 0,43 ab 0,41 a 29 bcd
Avançado 58 b 0,12 de 97 c 137 f 28 b 0,80 a 0,52 a 22 cd
HLB
Westin/Cravo Sem 37 de 0,19 cde 7,5 e 150 f 39 b 0,24 ab 0,62 a 32 abcd
Inicial 37 de 0,18 cde 6,3 e 168 ef 36 b 0,30 ab 0,59 a 29 bcd
Avançado 39 cd 0,19 cde 8,8 e 203 ef 44 b 0,10 b 0,59 a 30 bcd
Valência/Cravo Sem 57 bc 0,18 cde 6,6 e 403 bc 37 b 0,11 b 1,66 a 12 d
Inicial 51 b 0,11 e 6,2 e 255 cdef 49 b 0,11 b 0,49 a 12 d
Avançado 54 bcd 0,29 ab 5,4 e 717 a 37 b 0,30 ab 0,55 a 9d
Taiti Inicial 61 b 0,13 cde 119 b 177 ef 36 b 0,54 ab 0,36 a 22 cd
Avançado 58 b 0,11 e 233 a 137 f 18 b 0,54 ab 0,33 a 16 d
Morte súbita
Valência/Cravo Avançado 21 e 0,21 bcd 7,4 e 460 b 32 b 0,60 ab 0,62 a 18 cd
C.V.% 8,9 12,9 8,2 15,7 25 46 158 31
* Nota: Valores médios seguidos de letras iguais nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 1% de probabilidade.
Cultivar Sintoma Ba Cd Cr Pb V Al
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (mg kg-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Amarelinho
Valência/Cravo Sem 258 a 0,103 a 0,044 ab 0,61 abc 0,133 def 339 c
Inicial 306 a 0,070 e 0,037 ab 0,58 abc 0,131 def 330 c
Avançado 276 a 0,070 e 0,042 ab 0,51 bc 0,079 ef 335 c
Declínio
Pêra/Cravo Inicial 176 b 0,070 e 0,041 ab 0,44 bc 0,079 ef 224 de
Avançado 84 cdef 0,070 e 0,030 b 0,35 bc 0,073 ef 171 ef
HLB
Westin/Cravo Sem 132 bc 0,001 f 0,039 ab 0,29 c 0,613 a 126 f
Inicial 130 cd 0,082 cd 0,041 ab 0,40 bc 0,376 b 152 ef
Avançado 111 bcd 0,088 bc 0,038 ab 0,46 bc 0,288 bc 158 ef
Valência/Cravo Sem 36 ef 0,075 de 0,048 a 0,52 abc 0,282 bc 275 cd
Inicial 27 f 0,089 bc 0,042 ab 0,38 bc 0,241 cd 184 ef
Avançado 25 f 0,098 ab 0,048 ab 0,84 a 0,197 cde 652 a
Taiti Inicial 104 bcde 0,085 cd 0,039 ab 0,52 abc 0,150 def 172 ef
Avançado 54 def 0,076 de 0,043 ab 0,64 ab 0,139 def 195 def
Morte súbita
Valência/Cravo Avançado 73 cdef 0,070 e 0,045 ab 0,60 abc 0,061 f 499 b
C.V.% 16,4 4,3 7,9 18,1 17,1 9,2
* Nota: Valores médios seguidos de letras iguais nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 1% de probabilidade.
Notas do editor: Os trabalhos que possuem endereço eletrônico em azul podem ser consultados na íntegra
Grifos nos textos, para facilitar a leitura dinâmica, não existem na versão original
1. NITROGEN FERTILIZATION ON UPTAKE OF SOIL produtividade de grãos, absorção de N pelas plantas e pH do solo.
INORGANIC PHOSPHORUS FRACTIONS IN THE O aumento médio de rendimento de grãos devido à aplicação de N
WHEAT ROOT ZONE em cobertura foi de 13%, não havendo, na média das três safras,
diferença entre uréia e sulfato de amônio, bem como entre os
ZHANG, F.; KANG, S.; ZHANG, J.; ZHANG, R.; LI, F. Soil métodos de aplicação: superficial e incorporado ao solo. Houve
Science Society of America Journal, v. 68, n. 6, p. 1890-1895, resposta positiva e linear ao calcário e não ocorreu interação
2004. significativa entre N e calcário, em relação à produtividade de grãos
e acumulação de N na planta. As aplicações sucessivas de N
Plant nutrient uptake form the soil is dependent on fertilizers
diminuíram os valores de pH em 0,2 unidades na camada de 0-10
applied, soil chemicals, and other factors. The purpose of this
cm. A aplicação de N fonte uréia na superfície do solo, seguida de
study is to quantify the effects of applied N fertilizers on P uptake
irrigação, é a opção mais econômica de adubação nitrogenada em
by winter wheat (Triticum aestivum L.) and on the change of soil
cobertura para a cultura do feijoeiro irrigado.
pH in the root zone related to reductions of inorganic P fractions
in the rhizosphere soil. An experiment was conducted using Conclusões:
different forms of N fertilizers (i.e., NH4+-N and NO3--N) with three • A calagem realizada na superfície do solo não influencia na
N concentrations (0, 100, and 300 mg kg-1) applied in a calcareous eficiência da adubação nitrogenada em cobertura com uréia ou sulfato
soil. de amônio, aplicada na superfície ou incorporada.
Biomass and total N uptake of the plant increased with the N • A uréia e o sulfato de amônio aplicados na superfície do
concentrations and NH4+-N fertilizer resulted in a greater biomass solo, por sua semelhante eficiência em termos de rendimento, tornam
than NO3--N nutrition. Total P uptake in the plant was also higher a uréia (menor custo) a melhor opção de ganho econômico. Além
with NH4+-N fertilizer than with the NO3--N nutrition. Compared disso, resolve uma das dificuldades da adubação nitrogenada em
with the zero N treatment, the soil pH around the roots decreased cobertura, que é a incorporação do adubo ao solo abaixo da camada
by 0.30 and 0.65 units, respectively, with N treatments of 100 and de resíduos deixados pelas culturas anteriores.
300 mg kg-1 of NH4+-N fertilizer. The amount of soil inorganic P
fractions in the root zone decreased with increasing NH4+-N applied.
The NO3--N treatments reduced rhizosphere acidification and had a 3. INFLUENCIA DE ZINC Y POTASIO EN EL TAMAÑO
less impact on the soil inorganic P fractions. The results suggest DEL FRUTO DE NARANJA VALENCIA
that enhancing rhizosphere acidification attributable to
applications of NH4+-N fertilizer can increase P availability in RODRÍGUEZ, V. A.; MAZZA, S. M.; MARTÍNEZ, G. C.; FER-
calcareous soils for plant uptake. RERO, A. R. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 27, n. 1,
p. 132-135, 2005. (www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract
&pid=S0100-29452005000100035&lng=pt&nrm= iso&tlng=es)
2. FONTES E MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE NITROGÊNIO En plantaciones comerciales de naranjos, en Corrientes,
EM FEIJOEIRO IRRIGADO SUBMETIDOATRÊS NÍVEIS DE Argentina, se observaron síntomas de deficiencia de zinc y frutos
ACIDEZ DO SOLO pequeños. Durante cuatro años (1995 a 1998), sobre plantas de
naranja Valencia (C. sinensis, Osb.) injertadas sobre limón rugoso
BARBOSA FILHO, M. P.; FAGERIA, N. K.; SILVA, O. F. da. Ciência (C. jambhiri, Lush.), implantadas en 1974 en un suelo arenoso, se
e Agrotecnologia, v. 28, n. 4, p. 785-792, 2004. probaron seis tratamientos que variaron entre 1 y 3 kg planta-1
Em sistemas conservacionistas de preparo do solo, em que año-1 de KCl (aplicados en abril y diciembre) con y sin zineb 80
não se efetua o revolvimento da camada superficial, os fertilizantes (Ethilenbis-ditiocarbamato de Zn), 0,35% año-1, 20 L planta-1 (13,3 g
nitrogenados e corretivos têm sido aplicados na superfície do solo; planta-1 de Zn aplicado en diciembre). El diseño experimental uti-
porém, pouco se conhece a respeito do efeito dessa prática sobre a lizado fue de bloques completos al azar con cuatro repeticiones,
produtividade do feijoeiro irrigado. Com esse objetivo, foi avaliado, parcela experimental una planta y sus borduras. Se tomaron muestras
por três anos consecutivos, o efeito da aplicação de 80 kg ha-1 de N foliares todos los años en otoño y verano, determinándose las
em cobertura, fonte uréia ou sulfato de amônio, incorporados ou concentraciones foliares de Zn y K por espectrometría de absorción
distribuídos na superfície do solo, em três níveis de acidez do solo atómica. Las frutas cosechadas fueron clasificadas en pequeñas,
desenvolvidos pela aplicação de 0, 3, 5 e 7 Mg ha-1 (= t ha-1) de medianas y grandes. Se realizó el análisis de Varianza, Test de Tukey
calcário, comparados com a testemunha sem aplicação de N de y correlaciones de Pearson entre producción y concentraciones
cobertura. O N foi parcelado em duas aplicações, metade aos 15 dias foliares.
após a emergência (dae) das plantas e metade aos 30 dae. O Altos niveles de fertilizaciones de K y Zn incrementaron la
delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados producción de frutas medianas y grandes (kg y porcentaje). Las
com parcelas subdivididas, sendo as doses de calcário dispostas concentraciones foliares de K y Zn fueron positivamente corre-
nas parcelas e os tratamentos de N nas subparcelas, em triplicatas. lacionadas con producción de frutas grandes y medias y nega-
A avaliação dos tratamentos foi baseada em critérios econômicos, tivamente correlacionadas con frutas pequeñas.
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
EVEN TOS DA POTAFOS EM 2005
VENTOS
2 O SIMPÓSIO SOBRE SISTEMA AGRÍCOLA SUSTENTÁVEL
COM COLHEITA ECONÔMICA MÁXIMA (SASCEM)
Data: 05 a 07/OUTUBRO/ 2005 Objetivos do Simpósio:
Local: Anfiteatro do Centro CANAGRO “José Coral” – Coplacana 1. Resgatar a história do plantio direto no Brasil.
Av. Comendador Luciano Guidotti, 1937
2. Discutir a produção, o manejo e a dinâmica da matéria orgânica,
Bairro Água Branca (próximo ao cemitério Parque da
junto com os bio-indicadores da saúde do solo.
Ressurreição) - Piracicaba-SP
Telefone: (19) 3401-2258; Fax: (19) 3401-2219 3. Entender o modo de ação dos herbicidas utilizados na agricul-
E-mail: marketing@cana.com.br tura e como mitigar efeitos colaterais indesejáveis no solo e na
planta.
Taxa de inscrição: R$ 200,00 (até 25 de Setembro)
R$ 250,00 (após 25 de Setembro) 4. Entender os mecanismos de defesa da planta contra doenças,
R$ 50,00 (estudantes - 50 vagas) principalmente o das fitoalexinas.
Informação e inscrição: POTAFOS 5. Discutir as experiências de manejo de plantas de cobertura em
E-mail: potafos@potafos.com.br culturas anuais (hortaliças, grãos e algodão) e perenes (café,
Website: www.potafos.com.br citros e eucalipto).
PROGRAMA
05/10/05 (4ª feira) 06/10/05 (5ª feira)
08:00-09:30 Inscrição e entrega de materiais 08:00-18:00 Painel 2: Herbicidas e outros compostos no solo e
09:30-10:00 Abertura na planta
10:00-18:30 Painel 1: O sistema plantio direto 08:00-08:45 Dinâmica dos herbicidas no solo – Pedro J. Chris-
10:00-10:45 A história do desenvolvimento do sistema plantio toffoleti, ESALQ-USP, Departamento de Produção
direto no Brasil – Herbert Arnold Bartz, Fazenda Vegetal, Piracicaba-SP, (19) 3429-4190 ramal 209,
Rhenania, Rolândia-PR, fone: (43) 9972-3240 e-mail:pjchrist@esalq.usp.br,
10:45-11:00 Discussão website: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/
11:00-11:45 Microrganismos bio-indicadores da saúde do solo visualizacv.jsp?id=K4787846Y8
– Galdino Andrade, UEL, Londrina-PR, 08:45-09:00 Discussão
fone: (43) 3371-4791, e-mail: andradeg@uel.br 09:00-09:45 Processos de mitigação de herbicidas em sistemas
11:45-12:00 Discussão de manejo de solo – Jussara Borges Regitano,
12:00-14:00 Almoço CENA-USP, Piracicaba-SP, fone: (19) 3429-4763,
14:00-14:45 Dinâmica da matéria orgânica no sistema plantio e-mail: regitano@cena.usp.br
direto – João Carlos de Moraes Sá, UEPG, Ponta 09:45-10:00 Discussão
Grossa-PR, fone: (42) 3220-3090 / (42) 9978-0410,
10:00-10:30 Intervalo para café
e-mail: jcmsa@uepg.br
14:45-15:00 Discussão 10:30-11:00 Fosfito e outras substâncias – efeitos na mitigação
da intoxicação da planta com glifosato – Chryz
15:00-15:45 Plantas de cobertura para o sistema plantio direto
Melinski Serciloto, doutorando, ESALQ-USP, Depar-
– Edmilson José Ambrosano, Instituto Agronômico,
tamento de Ciências Biológicas, Piracicaba-SP, fone:
E.E. Piracicaba, fone: (19) 3421-5196 / 9735-5140,
(19) 3429-4268,e-mail: sercilot@carpa.ciagri.usp.br
e-mail: ambrosano@aptaregional.sp.gov.br
15:45-16:00 Discussão 11:00-11:15 Discussão
16:00-16:30 Intervalo para café 11:15-12:00 Auxinas: ação fisiológica nas plantas – Paulo
16:30-17:00 Gramíneas de cobertura – Luiz Albino Bonamigo, Roberto de Camargo e Castro, ESALQ-USP,
SuperMassa/Sementes Adriana, Campo Grande-MS, Departamento de Ciências Biológicas, Piracicaba-SP,
fone: (67) 35-6699, e-mail: luizbona@terra.com.br fone: (19) 3429-4268 ramal 214, e-mail: prcastro@
17:00-17:30 Leguminosas de cobertura – José Aparecido Donizeti esalq.usp.br, website: http://buscatextual.cnpq.br/
Carlos, Sementes Piraí, fone: (19) 3424-2922, e-mail: buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4727004Y9
donizeti@pirai.com.br 12:00-12:30 Discussão
17:30-18:30 Debate com todos os palestrantes do dia 12:30-14:00 Almoço
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
OUTROS EVENTOS
1. II CONFERÊNCIA MUNDIAL DO CAFÉ 5. VIII CONGRESSO NACIONAL DE PESQUISA DE FEIJÃO
Local: Pestana Bahia Hotel, Salvador-BA Local: Goiânia-GO
Data: 23 a 25/SETEMBRO/2005 Data: 18 a 20/OUTUBRO/2005
Informações: Secretaria Executiva - RD Eventos Informações: Embrapa Arroz e Feijão
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H
á anos intriga-me a soja. Nunca entendi seu com- alvo (cultura econômica) através do contato de raízes. Esta conta-
portamento tão errático. Ou seja, produtividade minação tem o potencial de causar efeitos indesejáveis na cultura
medíocre com tudo bem feito, e vice-versa. Pesqui- econômica, tais como falta de crescimento de raízes e brotos novos,
sa recente de Jamil Constantin, professor da Universidade Esta- perda de controle da permeabilidade de membranas e redução na
dual de Maringá-PR, trouxe-me pistas para decifrar o enigma. Mos- produção de fitoalexinas. Fenômenos, estes, com reflexos negati-
trou ele que, no sistema plantio direto, é preciso esperar duas a vos na produção e na resistência das plantas às pragas e doenças.
três semanas entre a dessecação do mato e a semeadura da soja. É preciso, pois, dar um passo adiante do de Jamil Constantin. É
Que na sua pesquisa chegou a produzir 11 sacas ha-1 de soja e até preciso também saber o que está ocorrendo com as culturas perenes.
18 sacas ha-1 de milho a mais que no tradicional “aplique e plante”. Para discutir este e outros temas relacionados com a sanida-
Cuidado, em geral, não observado pelos agricultores e nem pelos de vegetal, a POTAFOS promoverá de 5 a 7 de Outubro, p.f., no
pesquisadores, pois, até então, pouco ou nada se sabia da impor- anfiteatro da COPLACANA, em Piracicaba-SP, o II Simpósio
tância deste intervalo de tempo. SASCEM – Sistema Agrícola Sustentável com Colheita Econômica
É imenso o valor potencial desta informação, que é também Máxima, cujo programa está na página 12 deste jornal. O Simpósio
de fácil adoção. Assim, apenas na cultura da soja, supondo aumen- constará de 4 painéis: Painel 1. O sistema plantio direto; Painel 2.
to médio de 5 sacas ha-1, caso ela seja adotada em 10 milhões de Herbicidas e outros compostos no solo e na planta; Painel 3. Meca-
hectares (dos mais de 22 milhões de hectares plantados), teríamos nismos de defesa das plantas contra doenças, e Painel 4. Manejo
50 milhões de sacas ou US$ 500 milhões, a mais, nos bolsos dos do mato no sistema de produção. Do exterior virá Dra. Anne An-
sojicultores. derson, Utah State University, que falará sobre mecanismos de
E qual seria o tamanho dos prejuízos que a dessecação resistência às doenças de plantas, com ênfase nas fitoalexinas.
do mato com herbicida sistêmico causaria nas culturas perenes? Creio que será envento importante para entender por que
Pesquisas feitas na década de 80 e repetidas recentemente por temos tantas pragas e doenças na agricultura atual, que quase com-
T. Yamada e Paulo Roberto de Camargo e Castro, na ESALQ, e por prometem a sustentabilidade de algumas culturas como algodão,
Volker Römheld, na Universidade de Hohenheim, têm comprovado soja e citros. Sua presença será fundamental para o sucesso do
a passagem do herbicida da planta-alvo (mato) para a planta-não evento. Conto com você.
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