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INFORMAÇÕES

AGRONÔMICAS
Promover o uso apropriado de P e K nos
MISSÃO sistemas de produção agrícola através da
geração e divulgação de informações científicas que sejam N0 110 JUNHO/2005
agronomicamente corretas, economicamente lucrativas,
ecologicamente responsáveis e socialmente desejáveis.

NITROGÊNIO E POTÁSSIO AFETAM A


PRODUÇÃO E A QUALIDADE DE LARANJAS
– novas recomendações de adubação são propostas –
Dirceu de Mattos Jr.1
José Antônio Quaggio2
Heitor Cantarella2

A
produção anual brasileira de laranjas é de aproxi-
madamente 15 milhões de toneladas, a qual repre- Veja também neste número:
senta 30% da produção mundial. Cerca de 80% des-
se total é destinado às indústrias de suco concentrado e congelado Composição mineral de folhas de citros
localizadas em São Paulo. Ainda, estima-se que 2 a 3 milhões de afetadas por doenças .............................................. 3
toneladas ano-1 são destinadas ao mercado de fruta fresca, interno
Influência do Zn e do K no tamanho da laranja .... 7
e externo, cuja quantidade inclui laranjas, tangerinas e limas ácidas.
Esses nichos de comercialização demandam estratégias para au- Canaviais tomam terreno do gado e da laranja ... 11
mento da qualidade da fruta e características pós-colheita, que são 2o Simpósio SASCEM ............................................. 12
otimizadas com o manejo da fertilidade do solo. Ainda, o estabele-
cimento das boas práticas de manejo leva em conta a redução dos Quanto vale a informação? .................................. 16
custos de produção e dos possíveis impactos adversos no ambien-
Encarte: Tópicos sobre a cultura da
te oriundos do emprego inadequado de insumos.
cana-de-açúcar
A produção de frutos cítricos é largamente influenciada pe-
lo suprimento de nitrogênio (N), pelo fato desse nutriente regular a
taxa fotossintética e a síntese de carboidratos, o peso específico
das folhas, a produção de biomassa total e a alocação de carbono frutos. Estudos têm demonstrado que o fornecimento de K aumen-
em diferentes órgãos na planta. O suprimento adequado de N no ta o tamanho dos frutos e a espessura da casca, que são caracterís-
pomar resulta em plantas com vegetação verde intensa e boa pro- ticas favoráveis ao mercado de fruta fresca. Contudo, frutos maio-
dução de frutos. Contudo, o excesso desse nutriente promove ve- res e com casca mais grossa podem apresentar menor rendimento
getação exuberante, com folhas graúdas, típicas de vigor excessivo de suco e menores teores de sólidos solúveis, que são indesejáveis
da planta. A falta ou o excesso de N interferem no tamanho e na para a produção de suco concentrado.
qualidade dos frutos. Por exemplo, altas doses de N tendem a au- Resultados recentes de experimentos desenvolvidos no
mentar o número de frutos na planta, em detrimento do seu tama- campo com as variedades Pêra e Valência demonstraram que a mas-
nho, o que pode ser uma desvantagem para a comercialização de sa de frutos diminuiu com o aumento das doses de adubo nitro-
frutos in natura. Assim, o ajuste das recomendações de adubação genado para essas variedades (Tabela 1). Essa característica foi
com base na análise de folhas é importante. também inversamente correlacionada com a produção total da ár-
O potássio (K) é o nutriente responsável pela manutenção vore, pois o aumento da dose de N aplicada aumentou o pegamento
do turgor e extensibilidade das células, o que afeta o tamanho de de frutos e conseqüentemente o número de frutos produzidos por

1
Pesquisador do Centro APTA Citros “Sylvio Moreira” (IAC), Cordeirópolis-SP, fone/fax: (19) 3546-1399, e-mail: ddm@centrodecitricultura.br
2
Pesquisador do Instituto Agronômico (IAC), Campinas-SP.

POTAFOS - ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA PARA PESQUISA DA POTASSA E DO FOSFATO


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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 1


CITROS
unidade de volume da copa. O efeito da aplicação de K na produção
de laranjas dependeu da disponibilidade desse nutriente no solo.
Uma resposta linear foi observada para doses de K em uma área
experimental (K trocável = 1,2 mmolc dm-3, na camada de 0-20 cm de
profundidade do solo), onde a produção aumentou 18% com o
aumento das doses do nutriente de 25 para 223 kg ha-1 (Tabela 1).
Em outra área, onde a disponibilidade de K é alta na camada super-
ficial do solo (K trocável = 2,9 mmolc dm-3), a produção média de
frutos não variou significativamente com a aplicação do fertilizante
em quatro safras (dados não apresentados).

Tabela 1. Efeitos da adubação N e K sobre a produção e a qualidade de


laranjas doces. Figura 1. Efeito da adubação potássica sobre os teores foliares de Ca e
Dose Produção Massa fruto SST 1 Suco Caixa/t2 SST/Área Mg em plantas da variedade Murcott sobre limão Cravo (média
de 6 safras).
(kg ha-1) (t ha-1) (g) (°Brix) (%) # (kg ha-1) Fonte: MATTOS Jr. et al. (2004).
Nitrogênio (N)
30 43,0 230 10,8 51,4 285 2.411 O excesso de K trocável é freqüente em solos adubados
240 47,8 219 11,0 52,0 275 2.724 tradicionalmente com fórmulas NPK sem considerar os resultados
Potássio (K) da análise de solo.
25 33,0 159 11,5 56,2 254 2.344 Assim, o manejo adequado da fertilidade do solo na citri-
223 38,8 176 11,0 55,7 264 2.466 cultura pode ser ajustado conforme o destino da fruta. De maneira
1
SST = sólidos solúveis totais. geral, frutas para o mercado in natura são maiores e com casca mais
2
Número de caixas (40,8 kg de frutos) necessárias para a produção de suco grossa, o que é normalmente obtido com doses mais baixas de N e
concentrado (66°Brix). mais altas de K quando comparadas àquelas produzidas para a
Fonte: QUAGGIO et al. (submetido à publicação). indústria. Esses estudos sugeriram a necessidade de readequação
das recomendações para adubação dos citros, conforme propostas
Outros resultados disponíveis na literatura têm demonstra- na Tabela 2.
do efeito da aplicação de K no aumento do tamanho da fruta e da
espessura da casca, o que pode explicar o prejuízo no rendimento
de suco e sólidos solúveis totais (SST). A produção de SST por
Referências
área depende da produção de frutos e das variações no tamanho da QUAGGIO, J. A.; MATTOS Jr., D.; CANTARELLA, H. Manejo da
fruta e características internas de qualidade. fertilidade do solo na citricultura. In: MATTOS Jr., D. et al. (Ed.). Citros.
A produção de frutos pode ainda ser afetada negativamente Campinas: Instituto Agronômico, 2005. (No prelo).
pelo suprimento excessivo de K. Outro estudo desenvolvido em po- QUAGGIO, J. A.; MATTOS Jr., D.; CANTARELLA, H. Fruit yield and
mar comercial de Murcott sobre Cravo demonstrou que a produção quality of sweet oranges affected by nitrogen, phosphorus and potassium
de frutos (média de 6 safras) foi reduzida em cerca de 53% com a fertilization in tropical soils. (Submetido à publicação).
aplicação de doses anuais de K = 25 kg ha-1 e 225 kg ha-1. As árvores MATTOS Jr., D.; QUAGGIO, J. A.; CANTARELLA, H.; CARVALHO, S.
que receberam as maiores doses de K apresentavam perda de fo- Superfícies de resposta do tangor ‘Murcott’ à fertilização com N, P e K.
lhas e redução dos teores foliares de cálcio e magnésio (Figura 1). Revista Brasileira de Fruticultura, v. 26, n. 1, p. 164-167, 2004.

Tabela 2. Recomendações de adubação para laranjas, em função das análises de solo e folhas, classes de produção e o destino da fruta. As doses foram
calculadas para máxima produção econômica.

Classe/ N foliar (g kg-1) P resina (mg dm-3) K trocável (mmolc dm-3)


Produtividade
Produção < 23 23-27 > 27 <5 6-12 13-30 > 30 < 0,8 0,8-1,5 1,6-3,0 > 3,0
(t ha-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - N - P2O5 - K2O (kg ha-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Indústria
< 15 100 70 60 60 40 20 0 60 40 20 0
16-20 120 80 70 80 60 40 0 80 60 40 0
21-30 140 120 90 100 80 60 0 120 100 60 0
31-40 200 160 130 120 100 80 0 140 120 80 40
41-50 220 200 160 140 120 100 0 180 140 100 50
> 50 240 220 180 160 140 120 0 200 160 120 60
Fruta in natura
< 15 80 60 40 60 40 20 0 100 80 60 0
16-20 100 80 60 80 60 40 0 140 120 100 40
21-30 120 100 80 120 100 60 0 160 140 120 80
31-40 160 140 100 140 120 80 0 200 180 160 100
> 40 180 160 120 160 140 100 0 220 200 180 120
Fonte: QUAGGIO et al. (2005).

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CITROS

COMPOSIÇÃO MINERAL DE FOLHAS DE CITROS AFETADAS POR


DECLÍNIO, AMARELINHO (CVC), MORTE SÚBITA E HUANGLONGBING (HLB)
Eurípedes Malavolta1 Simone Cristina de Oliveira1
Cleusa Pereira Cabral1 José Lavres Junior1
Heloísa Sabino Prates2 Marcelo Malavolta1
Milton Ferreira Moraes1

1. INTRODUÇÃO de N, Na, Cl e Zn. Teores menores de K nas


folhas das plantas afetadas, bem como de N e

A
composição mineral das fo- P, foram encontrados por Coelho et al. (1984),
lhas em geral, inclusive a das o contrário ocorrendo com Ca, Mn, Cu e B. Os
plantas cítricas, é influenciada níveis foliares de Mg, Si, Zn e Cu eram altos
por diversos fatores, segundo a equação: nas folhas das plantas sadias, enquanto os
Y = f (S, Pl, Pc, Pm...) de Zn e Si eram especialmente baixos naque-
em que: las afetadas pelo declínio, o mesmo aconte-
Y = teor ou concentração do elemento; cendo com Ca (WUTSCHER, 1986). Girotto e
Souza (1991) encontraram teores mais bai-
S = solo, adubo, corretivo;
xos de B nas folhas das plantas com declínio.
Pl = planta (variedade, porta-enxerto);
Malavolta et al. (1993) utilizaram o sistema
Pc = práticas culturais;
Integrado de Diagnóstico e Recomendações
Pm = pragas e doenças. (DRIS) para avaliar o estado nutricional de
O assunto é discutido por Malavolta et plantas sadias e afetadas pelo declínio. As
al. (1997) e Malavolta (1998). Pragas e doen- plantas sadias apresentavam níveis mais bai-
ças podem influenciar a composição mineral xos de P e K e maiores de Ca nas folhas. Os
das folhas devido ao seu efeito na absorção valores do Índice de Balanço Nutricional fo-
ou no transporte de nutrientes a longa distân- ram cerca de três vezes maiores nas plantas
cia. Caso há, por outro lado, em que uma de- Planta de citros afetada por declínio
com declínio, ou seja, evidenciam uma desor-
sordem nutricional, que se reflete na composi- dem nutricional maior.
ção mineral da folha, pode condicionar a plan-
ta ao patógeno, como parece ser o caso do ama- • Amarelinho
relinho (MALAVOLTA e PRATES, 1994; WUTS- Em um levantamento de plantas com
CHER et al., 1994; MALAVOLTA et al., 1999). sintomas, Malavolta et al. (1990) verificaram
Plantas com amarelinho (CVC), declí- que a única alteração consistente na compo-
nio, HLB (ex-greening) e morte súbita têm pelo sição da folha era o teor mais baixo de K, o que
menos dois denominadores comuns: menor foi confirmado em estudos posteriores (MA-
crescimento e produção e sintomas foliares, LAVOLTA et al., 1994; MALAVOLTA e PRA-
geralmente clorose não uniforme que lembra TES, 1994). Wutscher et al. (1994) encontra-
desordens nutricionais. No caso das três pri- ram teores mais baixos de P e K. Salvo (2001),
meiras doenças, alterações na composição por sua vez, encontrou redução nos teores de
mineral das folhas têm sido registradas em vá- N, P e Ca nas folhas. Usando a técnica da
rios trabalhos, enquanto no caso da morte sú- diagnose por subtração com plantas inocula-
bita foram encontrados dados em apenas uma das com Xylella fastidiosa e plantas não ino-
contribuição. A literatura disponível é resu- culadas e cultivadas em solução nutritiva,
mida a seguir, obedecendo a ordem alfabética Malavolta et al. (1999) verificaram que: plan-
da doença ou anomalia e a cronologia dos tra- tas no tratamento “completo” mostraram re-
balhos. missão dos sintomas visuais do amarelinho e
deram resultado negativo no teste dat blot; o
• DECLÍNIO Planta de citros afetada por mesmo aconteceu com as plantas recebendo
Num estudo com 12 anos de compara- amarelinho baixos níveis de P, K, Ca e S; a deficiência de
ção, Wutscher (s.d.) verificou que as plantas Mg pouco afetou, o mesmo acontecendo com
com declínio apresentavam folhas com teores mais altos de Ca e a de N; a permanência maior de Xylella ou teste positivo ocorreu
mais baixos de S, Mn e Zn. Wutscher e Hardesty (1979) acharam, nas plantas com omissão de Fe, Mo e Zn. Os três micronutrientes
entretanto, que as variações mais consistentes nas folhas das plan- não têm sido apontados como deficientes nas folhas das plantas
tas com a doença (anomalia) eram teores mais baixos de K, maiores com amarelinho.

1
Centro de Energia Nuclear na Agricultura, CENA-USP, Piracicaba-SP, e-mail: mala@cena.usp.br
2
Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo-SP.

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CITROS
• Morte súbita • Morte súbita – Valência/Cravo; três
repetições; folhas com sintomas avançados.
A nova doença é descrita por Muller
et al. (2002). Bertolotti (2004), utilizando va- • HLB – Valência/Cravo, 6 anos; mes-
riedade Pêra Rio, verificou que os teores de mo tipo de separação das folhas e mesmo
P, K, S e B diminuíam com o avanço da doen- número de repetições; Westin/Cravo, 2,5 anos
ça e o de Zn aumentava. Na variedade Natal, Taiti.
somente o teor de K diminuiu com a progres- Na análise de macro e micronutrientes
são da enfermidade. e de metais pesados tóxicos foram usados os
métodos descritos por Malavolta et al. (1997).
• HLB Para análise estatística foi usado o programa
Kimani (1984) verificou que o teor dos SAS (1996).
elementos minerais nas folhas de plantas sa-
dias era, em geral, mais alto que nas folhas Pomar de citros com incidência 3. RESULTADOS E DISCUSSÃO
cloróticas de plantas com HLB. Teores de N e de morte súbita
A Tabela 1 mostra os teores de ma-
K eram mais baixos nas últimas. A tendência
cronutrientes nas folhas das plantas afeta-
para os teores de Cu, Mn, Fe e Zn era de redu-
das pelas várias doenças ou anomalias. Con-
ção nas folhas com a clorose malhada. Na
siderando-se somente as diferenças signifi-
Índia, Mukherjee (1949 citado por KIMANI,
cativas, têm-se em todo o conjunto:
1984) verificou que as folhas das plantas afe-
tadas possuíam menos Zn, Mn e Cu e mais K. • Diminuição no teor de Ca na lima Taiti
afetada pelo HLB;
2. MATERIAL E MÉTODOS • Menor teor de P associado com o
O material coletado para análise foi o HLB na mesma;
seguinte: • Menor teor de Ca em Pêra/Cravo com
• Declínio – Pêra/Cravo, 10 anos de declínio;
idade; em cada ramo (3) foram separadas fo- • Diminuição no teor de Mg em Pêra/
lhas com sintomas iniciais e avançados; Cravo e em Taiti relacionado com o HLB.
• Amarelinho – Valência/Cleópatra,
A variação no nível de micronutrientes
13 anos de idade; três repetições (3 ramos);
está na Tabela 2, a qual mostra:
em cada ramo foram separadas folhas sem
Planta de citros afetada por HLB
sintomas aparentes; folhas com sintomas ini- (ex-greening) • Diminuição no teor de Co associado
ciais e folhas com sintomas avançados; com o declínio em Pêra/Cravo;

Tabela 1. Teores de macronutrientes na matéria seca das folhas.

Cultivar Sintoma N P K Ca Mg S
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (%) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Amarelinho
Valência/Cravo Sem 2,12 ab 0,17 defg 0,86 bcd 4,36 a 0,47 a 0,28 a
Inicial 2,37 ab 0,12 gh 0,84 cd 4,07 a 0,46 a 0,28 a
Avançado 2,38 ab 0,11 h 0,73 c 4,18 a 0,48 a 0,28 a
Declínio
Pêra/Cravo Inicial 2,50 a 0,14 fgh 1,53 abc 2,95 b 0,35 b 0,24 abc
Avançado 2,31 ab 0,18 def 1,72 a 1,96 cde 0,23 cde 0,22 abc
HLB
Westin/Cravo Sem 2,08 abc 0,14 fgh 1,80 a 2,25 bcd 0,19 dc 0,20 bcd
Inicial 1,80 abc 0,14 fgh 1,45 abcd 2,23 bcd 0,18 de 0,18 cd
Avançado 1,79 abc 0,17 defg 1,59 ab 1,85 cde 0,20 cde 0,18 cd
Valência/Cravo Sem 2,43 ab 0,24 bc 1,82 a 1,88 cde 0,30 bc 0,26 ab
Inicial 2,42 ab 0,29 b 1,84 a 1,50 de 0,28 bcd 0,21 abcd
Avançado 2,06 abc 0,38 a 1,60 ab 1,19 e 0,25 bcde 0,17 cd
Taiti Inicial 1,95 ab 0,21 cd 1,69 a 2,57 bc 0,29 bc 0,19 bcd
Avançado 1,40 c 0,20 cd 1,74 a 1,42 de 0,17 e 0,16 d
Morte súbita
Valência/Cravo Avançado 1,76 bc 0,15 efgh 0,71d 2,59 bc 0,44 a 0,21 abcd
C.V.% 9,6 7,2 14,7 10,1 9,0 10,0
* Nota: Valores médios seguidos de letras iguais nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 1% de probabilidade.

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CITROS
• Aumento na concentração de Cu em Pêra/Cravo com • Menor teor de Cd associado com o amarelinho na Valência/
declínio e na Taiti com HLB; nos dois casos, entretanto, parece ter Cravo e na Taiti com HLB e aumento na Westin com a mesma
havido contaminação nas folhas provocada por pulverização; doença;
• Diminuição no teor de Fe na Taiti com HLB. • Aumento no teor de Al na Valência/Cravo com HLB.
Considerando não apenas as diferenças significativas, mas
Variações nos teores de metais pesados tóxicos encontram-
levando em conta as tendências gerais, têm-se a Tabela 4, a qual
se na Tabela 3, a qual mostra:
mostra, em todo o conjunto de dados, os seguintes efeitos das
• Diminuição no teor de Ba na Pêra/Cravo com declínio; doenças:

Tabela 2. Teores de micronutrientes na matéria seca das folhas.

Cultivar Sintoma B Co Cu Fe Mn Mo Ni Zn
-1
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (mg kg ) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Amarelinho
Valência/Cravo Sem 81 a 0,36 a 11 de 389 bcd 114 a 0,62 ab 1,60 a 48 abc
Inicial 83 a 0,33 a 11 de 315 bcde 132 a 0,44 ab 1,31 a 58 ab
Avançado 81 a 0,37 a 10 de 377 bcd 116 a 0,39 ab 2,04 a 62 a
Declínio
Pêra/Cravo Inicial 60 b 0,21 bc 20 d 226 def 59 b 0,43 ab 0,41 a 29 bcd
Avançado 58 b 0,12 de 97 c 137 f 28 b 0,80 a 0,52 a 22 cd
HLB
Westin/Cravo Sem 37 de 0,19 cde 7,5 e 150 f 39 b 0,24 ab 0,62 a 32 abcd
Inicial 37 de 0,18 cde 6,3 e 168 ef 36 b 0,30 ab 0,59 a 29 bcd
Avançado 39 cd 0,19 cde 8,8 e 203 ef 44 b 0,10 b 0,59 a 30 bcd
Valência/Cravo Sem 57 bc 0,18 cde 6,6 e 403 bc 37 b 0,11 b 1,66 a 12 d
Inicial 51 b 0,11 e 6,2 e 255 cdef 49 b 0,11 b 0,49 a 12 d
Avançado 54 bcd 0,29 ab 5,4 e 717 a 37 b 0,30 ab 0,55 a 9d
Taiti Inicial 61 b 0,13 cde 119 b 177 ef 36 b 0,54 ab 0,36 a 22 cd
Avançado 58 b 0,11 e 233 a 137 f 18 b 0,54 ab 0,33 a 16 d
Morte súbita
Valência/Cravo Avançado 21 e 0,21 bcd 7,4 e 460 b 32 b 0,60 ab 0,62 a 18 cd
C.V.% 8,9 12,9 8,2 15,7 25 46 158 31
* Nota: Valores médios seguidos de letras iguais nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 1% de probabilidade.

Tabela 3. Teores de metais pesados tóxicos nas folhas de citros.

Cultivar Sintoma Ba Cd Cr Pb V Al
- - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - (mg kg-1) - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - - -
Amarelinho
Valência/Cravo Sem 258 a 0,103 a 0,044 ab 0,61 abc 0,133 def 339 c
Inicial 306 a 0,070 e 0,037 ab 0,58 abc 0,131 def 330 c
Avançado 276 a 0,070 e 0,042 ab 0,51 bc 0,079 ef 335 c
Declínio
Pêra/Cravo Inicial 176 b 0,070 e 0,041 ab 0,44 bc 0,079 ef 224 de
Avançado 84 cdef 0,070 e 0,030 b 0,35 bc 0,073 ef 171 ef
HLB
Westin/Cravo Sem 132 bc 0,001 f 0,039 ab 0,29 c 0,613 a 126 f
Inicial 130 cd 0,082 cd 0,041 ab 0,40 bc 0,376 b 152 ef
Avançado 111 bcd 0,088 bc 0,038 ab 0,46 bc 0,288 bc 158 ef
Valência/Cravo Sem 36 ef 0,075 de 0,048 a 0,52 abc 0,282 bc 275 cd
Inicial 27 f 0,089 bc 0,042 ab 0,38 bc 0,241 cd 184 ef
Avançado 25 f 0,098 ab 0,048 ab 0,84 a 0,197 cde 652 a
Taiti Inicial 104 bcde 0,085 cd 0,039 ab 0,52 abc 0,150 def 172 ef
Avançado 54 def 0,076 de 0,043 ab 0,64 ab 0,139 def 195 def
Morte súbita
Valência/Cravo Avançado 73 cdef 0,070 e 0,045 ab 0,60 abc 0,061 f 499 b
C.V.% 16,4 4,3 7,9 18,1 17,1 9,2
* Nota: Valores médios seguidos de letras iguais nas colunas não diferem entre si pelo teste de Tukey em nível de 1% de probabilidade.

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CITROS
Tabela 4. Tendências na variação de teores dos elementos com o 7. REFERÊNCIAS
avanço da anomalia. BERTOLOTTI, L. Efeito da Morte Súbita dos Citros sobre o estado
Elemento Amarelinho Declínio HLB Morte súbita nutricional das var. Pêra Rio e Natal do limoeiro Cravo. Piracicaba,
2004. 89 p. Mestrado (Dissertação)– Escola Superior de Agricultura “Luiz de
N ↑ ↓ ↓ ↓ Queiroz”, USP.
P ↓ ↑ ↑ ↔ COELHO, Y. S.; PAGUIO, O. R.; HIROCE, R. Situação nutricional de plantas
cítricas afetadas pelo declínio nos Estados da Bahia e São Paulo. In: CON-
K ↓ ↑ ↓ ↓
GRESSO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA, 7., Florianópolis, 1983.
Ca ↔ ↓ ↓ ↔ Anais... Florianópolis: SBF/EMPASC, 1984. v. 1. p. 416-423.
Mg ↔ ↓ ↓ ↔ GIROTO, E. D.; SOUZA, M. de. Correlações de nutrientes em tecidos de
S ↔ ↔ ↓ ↔ laranjeiras [Citrus sinensis (L.) Osbeck cv Valencia] e o declínio dos citrus.
B ↔ ↔ ↔ ↓ Ciência e Prática, Lavras, v. 15, n. 4, p. 390-397, 1991.
Co ↔ ↓ ↔ ↔ KIMANI, W. The influence of mineral nutrition on the severity of citrus
Cu ↔ ↑ ↑ ↔ greening disease in Kenya. In: INTERNATIONAL CITRUS CONGRESS, 6.,
Fe ↔ ↓ ↑ ↑ 1984, São Paulo. Proceedings... São Paulo: International Society of Citri-
culture, 1984. v. 1, p. 172-173.
Mn ↔ ↓ ↔ ↔
MALAVOLTA, E. Adubação mineral e sua relação com doenças de plantas –
Mo ↓ ↑ ↔ ↑
a visão de um nutricionista de planta. In: WORKSHOP A INTERFACE
Ni ↑ ↑ ↓ ↔ SOLO-RAIZ (RIZOSFERA) E RELAÇÕES COM A DISPONIBILIDADE
Zn ↑ ↔ ↓ ↓ DE NUTRIENTES, A NUTRIÇÃO E AS DOENÇAS DE PLANTAS.
Ba ↑ ↓ ↓ ↓ Piracicaba: POTAFOS/ESALQ/CEA, 1998. p. 1-60. 1 CD-ROM.
Cd ↓ ↔ ↔ ↔ MALAVOLTA, E.; PRATES, H. S. Situação atual do “amarelinho” ou “clorose
Cr ↔ ↓ ↑ ↔ variegada” na citricultura paulista. Informações Agronômicas, Piracicaba,
n. 65, p. 1-5, 1994.
Pb ↓ ↓ ↑ ↑
V ↓ ↔ ↓ ↓ MALAVOLTA, E.; OLIVEIRA, S. A.; VITTI, G. C. The use of diagnosis
recommendation system (DRIS) to evaluate the nutritional satus of healthy
Al ↔ ↓ ↑ ↑ and blight affected citrus trees. In: FRAGOSO, M. A. C. e van BEUSICHEN,
M. L. (Ed.). Optimization of Plant Nutrition. Dordrecht: Kluwer Aca-
demic Publishers, 1993. p. 157-159.
• Diminuição nos teores de N, K, Ca, Mg, Zn, Ba, V; MALAVOLTA, E., PRATES, H. S.; VITTI, G. C. Changes in the mineral
• Aumento na concentração de P, Cu, Fe, Mo, Cr e Al. composition of citrus leaves affected by the abnormality variegated chlorosis
or little yellow. In: INTERNATIONAL CITRUS CONGRESS, 7., 1992,
Quando se comparam essas informações com as da literatu- Acireale. Proceedings... Acireale: International Society of Citriculture, 1994.
ra vê-se que há concordâncias e discordâncias, o que indica a ne- v. 3. p. 828-829.
cessidade de maiores estudos para obter conclusões mais seguras MALAVOLTA, E.; VITTI, G. C.; OLIVEIRA, S. A. Avaliação do estado
que, eventualmente, sirvam para diagnóstico, pelo menos, das ano- nutricional das plantas – princípios e aplicações. 2. ed. Piracicaba:
malias ou doenças. POTAFOS, 1997. 301 p.
MALAVOLTA, E., MALAVOLTA, M. L.; CABRAL, C. P.; PRATES, H. S.;
5. RESUMO VITTI, G. C. Nova anomalia dos citros – estudos preliminares. Laranja, v. 1,
n. 11, p. 15-38, 1990.
Foram analisadas folhas de plantas cítricas afetadas pelo MALAVOLTA, E.; CABRAL, C. P.; PRATES, H. S.; NOGUEIRA, N. L.;
amarelinho, declínio, HLB e morte súbita, determinando-se macro e ROSSI, M. L.; MOREIRA, A.; OLIVEIRA, J. A.; HEINRICHS, R. Comporta-
micronutrientes e alguns metais pesados tóxicos. mento de plantas afetadas pelo amarelinho em solução nutritiva
completa e com deficiência de macro e micronutrientes. Piracicaba:
Verificou-se, o que concorda com a literatura, muita variação CENA-USP, 1999. 16 p.
em função das variedades e doenças ou anomalia, o que limita o MULLER, G. W.; DE NEGRI, J. D.; A.-VILDOSO, C. I.; MATTOS JR., D.;
emprego das análises para diagnóstico e indica a necessidade de POMPEU JR., J.; TEOFILO SOBRINHO, T.; CARVALHO, S.A.; GIROTTO,
maiores estudos. L. F.; MACHADO, M. A. Morte súbita dos citros: uma nova doença na
Entretanto, considerando-se o conjunto dos dados, pode- citricultura brasileira. Laranja, v. 23, n. 2, p. 371-386, 2002.
se admitir as seguintes tendências gerais refletindo o efeito das SALVO, J. G. Uso do DRIS na avaliação do estado nutricional de plan-
tas cítricas afetadas pela Clorose Variegada dos Citros. Piracicaba,
diversas doenças ou anomalias: (1) diminuição nos teores de N, K,
2001. 108 p. Mestrado (Dissertação)–Escola Superior de Agricultura “Luiz de
Ca, Mg, Zn, Ba e V; (2) aumento na concentração de P, Cu, Fe, Mo, Queiroz”, USP.
Cr e Al. SAS INSTITUTE. SAS/STAT. User’s guide, version 6.11. 4. ed. Cary:
Statistical Analysis System Institute, v. 2, 1996. 842 p.
6. ABSTRACT WUTSCHER, H. K. A 12-year comparison of orange leaf nutrient levels
in three adjacent blocks varying in citrus blight incidence. Orlando:
Leaves of citrus plants affected by amarelinho (little yellow), U.S. Hort. Res. Lab., s.d. 11 p.
blight, Huanglongbing and sudden death were analysed for macro, WUTSCHER, H. K. Comparison of soil, leaf and feeder root nutrient levels in
micronutrients and a few toxic heavy metals. the citrus blight-free and citrus blight-affected areas of a Hamlin orange grove.
It was very verified, in agreement with the literature, that Proc. Fla. State Hort. Soc., v. 99, p. 74-77, 1986.
there is a large variation due both to variety and disease or abnor- WUTSCHER, H. K.; HARDESTY, C. Concentrations of 14 elements in tissue
mality, which prevents the use of leaf analysis as a diagnostic of blight – affected and healthy “Valencia” orange trees. J. Amer. Soc.
Hort. Sci., v. 104, n. 1, p. 9-11, 1979.
tool and indicates the need for further studies. Nevertheless consi-
dering the pool of data it is possible to visualize a few trends, na- WUTSCHER, H. K.; PAVAN, M. A.; PERKINS, R. E. A survey of mineral
elements in the leaves and roots of citrus variegated chlorosis (or amarelinho)
mely, as results of the diseases or abnormality: (1) reduction in the affected orange trees and 45 acid extactable elementes in the soils of orchards
levels of N, K, Ca, Mg, Zn, Ba and V; (2) raise in the concentration in Northern São Paulo and Southern Minas Gerais. Arq. Biol. Tecnol., v. 37,
of P, Cu, Fe, Mo, Cr and Al. n. 1, p. 147-156, 1994.

6 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005


DIVULGANDO A PESQUISA

Notas do editor: Os trabalhos que possuem endereço eletrônico em azul podem ser consultados na íntegra
Grifos nos textos, para facilitar a leitura dinâmica, não existem na versão original

1. NITROGEN FERTILIZATION ON UPTAKE OF SOIL produtividade de grãos, absorção de N pelas plantas e pH do solo.
INORGANIC PHOSPHORUS FRACTIONS IN THE O aumento médio de rendimento de grãos devido à aplicação de N
WHEAT ROOT ZONE em cobertura foi de 13%, não havendo, na média das três safras,
diferença entre uréia e sulfato de amônio, bem como entre os
ZHANG, F.; KANG, S.; ZHANG, J.; ZHANG, R.; LI, F. Soil métodos de aplicação: superficial e incorporado ao solo. Houve
Science Society of America Journal, v. 68, n. 6, p. 1890-1895, resposta positiva e linear ao calcário e não ocorreu interação
2004. significativa entre N e calcário, em relação à produtividade de grãos
e acumulação de N na planta. As aplicações sucessivas de N
Plant nutrient uptake form the soil is dependent on fertilizers
diminuíram os valores de pH em 0,2 unidades na camada de 0-10
applied, soil chemicals, and other factors. The purpose of this
cm. A aplicação de N fonte uréia na superfície do solo, seguida de
study is to quantify the effects of applied N fertilizers on P uptake
irrigação, é a opção mais econômica de adubação nitrogenada em
by winter wheat (Triticum aestivum L.) and on the change of soil
cobertura para a cultura do feijoeiro irrigado.
pH in the root zone related to reductions of inorganic P fractions
in the rhizosphere soil. An experiment was conducted using Conclusões:
different forms of N fertilizers (i.e., NH4+-N and NO3--N) with three • A calagem realizada na superfície do solo não influencia na
N concentrations (0, 100, and 300 mg kg-1) applied in a calcareous eficiência da adubação nitrogenada em cobertura com uréia ou sulfato
soil. de amônio, aplicada na superfície ou incorporada.
Biomass and total N uptake of the plant increased with the N • A uréia e o sulfato de amônio aplicados na superfície do
concentrations and NH4+-N fertilizer resulted in a greater biomass solo, por sua semelhante eficiência em termos de rendimento, tornam
than NO3--N nutrition. Total P uptake in the plant was also higher a uréia (menor custo) a melhor opção de ganho econômico. Além
with NH4+-N fertilizer than with the NO3--N nutrition. Compared disso, resolve uma das dificuldades da adubação nitrogenada em
with the zero N treatment, the soil pH around the roots decreased cobertura, que é a incorporação do adubo ao solo abaixo da camada
by 0.30 and 0.65 units, respectively, with N treatments of 100 and de resíduos deixados pelas culturas anteriores.
300 mg kg-1 of NH4+-N fertilizer. The amount of soil inorganic P
fractions in the root zone decreased with increasing NH4+-N applied.
The NO3--N treatments reduced rhizosphere acidification and had a 3. INFLUENCIA DE ZINC Y POTASIO EN EL TAMAÑO
less impact on the soil inorganic P fractions. The results suggest DEL FRUTO DE NARANJA VALENCIA
that enhancing rhizosphere acidification attributable to
applications of NH4+-N fertilizer can increase P availability in RODRÍGUEZ, V. A.; MAZZA, S. M.; MARTÍNEZ, G. C.; FER-
calcareous soils for plant uptake. RERO, A. R. Revista Brasileira de Fruticultura, v. 27, n. 1,
p. 132-135, 2005. (www.scielo.br/scielo.php?script=sci_abstract
&pid=S0100-29452005000100035&lng=pt&nrm= iso&tlng=es)
2. FONTES E MÉTODOS DE APLICAÇÃO DE NITROGÊNIO En plantaciones comerciales de naranjos, en Corrientes,
EM FEIJOEIRO IRRIGADO SUBMETIDOATRÊS NÍVEIS DE Argentina, se observaron síntomas de deficiencia de zinc y frutos
ACIDEZ DO SOLO pequeños. Durante cuatro años (1995 a 1998), sobre plantas de
naranja Valencia (C. sinensis, Osb.) injertadas sobre limón rugoso
BARBOSA FILHO, M. P.; FAGERIA, N. K.; SILVA, O. F. da. Ciência (C. jambhiri, Lush.), implantadas en 1974 en un suelo arenoso, se
e Agrotecnologia, v. 28, n. 4, p. 785-792, 2004. probaron seis tratamientos que variaron entre 1 y 3 kg planta-1
Em sistemas conservacionistas de preparo do solo, em que año-1 de KCl (aplicados en abril y diciembre) con y sin zineb 80
não se efetua o revolvimento da camada superficial, os fertilizantes (Ethilenbis-ditiocarbamato de Zn), 0,35% año-1, 20 L planta-1 (13,3 g
nitrogenados e corretivos têm sido aplicados na superfície do solo; planta-1 de Zn aplicado en diciembre). El diseño experimental uti-
porém, pouco se conhece a respeito do efeito dessa prática sobre a lizado fue de bloques completos al azar con cuatro repeticiones,
produtividade do feijoeiro irrigado. Com esse objetivo, foi avaliado, parcela experimental una planta y sus borduras. Se tomaron muestras
por três anos consecutivos, o efeito da aplicação de 80 kg ha-1 de N foliares todos los años en otoño y verano, determinándose las
em cobertura, fonte uréia ou sulfato de amônio, incorporados ou concentraciones foliares de Zn y K por espectrometría de absorción
distribuídos na superfície do solo, em três níveis de acidez do solo atómica. Las frutas cosechadas fueron clasificadas en pequeñas,
desenvolvidos pela aplicação de 0, 3, 5 e 7 Mg ha-1 (= t ha-1) de medianas y grandes. Se realizó el análisis de Varianza, Test de Tukey
calcário, comparados com a testemunha sem aplicação de N de y correlaciones de Pearson entre producción y concentraciones
cobertura. O N foi parcelado em duas aplicações, metade aos 15 dias foliares.
após a emergência (dae) das plantas e metade aos 30 dae. O Altos niveles de fertilizaciones de K y Zn incrementaron la
delineamento experimental utilizado foi o de blocos casualizados producción de frutas medianas y grandes (kg y porcentaje). Las
com parcelas subdivididas, sendo as doses de calcário dispostas concentraciones foliares de K y Zn fueron positivamente corre-
nas parcelas e os tratamentos de N nas subparcelas, em triplicatas. lacionadas con producción de frutas grandes y medias y nega-
A avaliação dos tratamentos foi baseada em critérios econômicos, tivamente correlacionadas con frutas pequeñas.

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 7


• Maior produtividade de grãos de milho foi obtida pela
4. IMOBILIZAÇÃO DE NITROGÊNIO DA URÉIA E DO
utilização do SA, independentemente da época de aplicação.
SULFATO DE AMÔNIOAPLICADO EM PRÉ-SEMEADURA
OU COBERTURA NA CULTURA DE MILHO, NO SISTEMA
PLANTIO DIRETO

LARA CABEZAS, W. A. R.; ARRUDA, M. R. de; CANTA-


RELLA, H.; PAULETTI, V. P.; TRIVELIN, P. C. O.; BENDAS-
SOLLI, J. A. Revista Brasileira de Ciência do Solo, v. 29, n. 2,
p. 215-226, 2005. (www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext
&pid=S0100-06832005000200007&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt)
Sulfato de amônio (SA) e uréia (U) marcados com 15N foram
aplicados na cultura do milho, em sucessão à aveia preta (Avena
strigosa Schieb.), no sistema plantio direto, 43 dias antes e 31 dias
depois da semeadura, na dose de 80 kg ha-1 de N, incorporados a
5-7 cm de profundidade, em sulcos espaçados de 0,8 m, nas entre-
linhas do milho. O objetivo foi quantificar o N dos fertilizantes imo-
bilizado no solo (15N-orgânico), no sulco de adubação, e o N-recu-
perado na planta nos estádios de 5-6 folhas, 11-12 folhas, flores-
cimento e maturação fisiológica. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado com parcelas subdivididas e três repetições.
As parcelas foram constituídas das fontes U e SA, e as subparcelas,
das épocas de aplicação de N. O experimento foi realizado em Latos-
solo Vermelho ácrico típico fase cerrado subcadocifólio, na Fazenda
Floresta do Lobo-Pinusplan, em Uberlândia (MG). Na aplicação em
pré-semeadura, a máxima imobilização foi observada aos 19 dias da
aplicação do SA (13,3 kg ha-1 ou 16,6 % do N-aplicado) e aos 40 dias
da aplicação da U (13,7 kg ha-1 ou 17,1 % do N-aplicado).
A maior quantidade de N fertilizante assimilado pela planta
ocorreu entre os estádios de 5-6 folhas e 11-12 folhas (44,1% e
23,4% do N-SA e N-U, respectivamente). Na aplicação em cober-
tura, a imobilização do N-SA foi inferior a 3,5% do N-aplicado,
enquanto a imobilização do N-U foi de 9,9 kg ha-1 e 7,9 kg ha-1,
respectivamente, nos estádios de 11-12 folhas e florescimento
(Figura 1). Até o estádio de maturação fisiológica da cultura, 61,8% Figura 1. Acúmulo de N total, N na planta proveniente do fertilizante
(Nppf) e N do fertilizante imobilizado (Nispf), para sulfato de
do N-SA e 42,0% do N-U foram recuperados pelo milho. Em média,
amônio (a) e uréia (b), aplicados em cobertura do milho, no
nos estádios de 11-12 folhas e de florescimento, para cada kg de sistema plantio direto.
N-SA imobilizado as plantas de milho recuperaram 8,0 e 16,7 kg ha-1
de N fertilizante em pré-semeadura e cobertura, respectivamente.
Nos tratamentos com U, a média foi de 3,1 kg ha-1, independente-
mente da época de aplicação. As produtividades de grãos obtidas
com SA e U, independentemente da época de aplicação, foram de
7.824 kg ha-1 e 6.977 kg ha-1, respectivamente (Figura 2). Na adubação
em pré-semeadura do milho, o SA apresentou maior rapidez na
ciclagem do N imobilizado-mineralizado (turnover), em relação a
U, e, conseqüentemente, causou maior assimilação do N pela
cultura. Em cobertura, no sulco de adubação, somente houve
imobilização do N-U, retardando a sua assimilação pela planta.
Conclusões:
• Na adubação em pré-semeadura do milho, no sulco de
adubação, parte do N aplicado como U e SA foi imobilizada,
apresentando o SA maior rapidez na ciclagem do N imobilizado-
mineralizado (turnover) e conseqüente maior assimilação pelo
milho.
• Na adubação em cobertura no milho, no sulco de adubação,
somente ocorreu imobilização do N da U, retardando a sua assi- Figura 2. Produtividade do milho influenciada pela aplicação de 80 kg ha-1
milação pela planta, em relação ao N-SA. de N como sulfato de amônio ou uréia em pré-semeadura e co-
bertura, em sistema plantio direto. As médias das fontes segui-
• Para cada kg de N fertilizante imobilizado no sulco de das de letras maiúsculas desiguais diferem significativamente pelo
adubação, independentemente da época de aplicação das fontes, teste de Tukey a 0,05%. As médias das épocas, para cada fonte,
maior quantidade de N do SA foi recuperada pela planta entre os seguidas de letras minúsculas iguais não diferem significativa-
estádios de 11-12 folhas e florescimento. mente pelo teste de Tukey a 0,05%.

8 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005


5. CRESCIMENTO E MORFOANATOMIA FOLIAR DE resistant cultivars were less efficient in manganese uptake and
EUCALIPTO SOB EFEITO DE DERIVA DO GLYPHOSATE the application of glyphosate immobilized manganese in tissues.
There was selective immobilization for manganese by glyphosate.
SANTOS, L. D. T.; FERREIRA, F. A.; MEIRA, R. M. S. A.; Manganese sources were more compatible with the WeatherMaxR
BARROS, N. F.; FERREIRA, L. R.; MACHADO, A. F. L. Planta formulation of glyphosate than the UltraMaxR formulation. Compa-
daninha, v. 23, n. 1, p. 133-142, 2005. (www.scielo.br/ tibility of manganese with glyphosate depended on the manganese
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-83582005000100016 source and glyphosate formulation. Any of the common manganese
&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt) sources were taken up without antagonism if applied 8 days or
longer after the glyphosate. Genetics, micronutrient and method of
Os efeitos da deriva do glyphosate durante aplicação são
application produced significant differences in micronutrient
prejudiciais à cultura do eucalipto. Neste trabalho, avaliou-se o
concentration in tissues. Like most changes in agricultural practi-
efeito da deriva simulada do glyphosate no crescimento e na morfo-
ces, implementation of glyphosate-resistant technology changes
anatomia foliar do eucalipto. Utilizou-se delineamento em blocos
several non-target factors because of interrelationships in the
casualizados com quatro repetições, sendo a parcela experimental
system. This technology may provide a means of correcting several
constituída de uma planta cultivada em vaso com 10 litros de solo.
micronutrient needs if antagonism can be avoided; with the micro-
Os tratamentos foram 0; 43,2; 86,4; 172,8; e 345,6 g e.a. ha-1 de
nutrient(s) off-setting some of the non-target effects of glyphosate.
glyphosate, aplicados aos 40 dias após o plantio das mudas com
pulverizador de precisão, de modo a não atingir o terço superior das
plantas. Foram descritas as alterações morfológicas na parte aérea 7. PRODUTIVIDADE DA SOJA EM RESPOSTA À APLICAÇÃO
e avaliada a porcentagem de intoxicação em relação à testemunha. DE MOLIBDÊNIO E INOCULAÇÃO COM Bradyrhizobium
Aos 7 e 15 dias após aplicação (DAA), folhas coletadas no terceiro japonicum
nó do primeiro ramo basal das plantas foram fixadas em FAA50 e
estocadas em etanol 70%. Cortes transversais da região mediana GRIS, E. P.; CASTRO, A. M C. e; OLIVEIRA, F. F. de. Revista
foram corados com azul de astra e fucsina básica e montados em Brasileira de Ciência do Solo, v. 29, n. 1, p. 151-155, 2005.
lâminas permanentes. No laminário preparado foram mensuradas as (www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-
espessuras do limbo, do parênquima paliçádico (PPA) e lacunoso 06832005000100017&lng=pt&nrm=iso&tlng=pt)
(PLA), da epiderme das faces adaxial (EAD) e abaxial (EAB), bem A soja em simbiose com Bradyrhizobium japonicum é capaz
como a proporção percentual da área de cada tecido, utilizando-se de ter a sua exigência de N satisfeita com a fixação biológica de N2
o software Image-Pro Plus. (FBN). Entretanto, a FBN é afetada pela deficiência Mo, visto que
A partir de 5 DAA observou-se murcha, clorose e enro- este nutriente faz parte da enzima nitrogenase responsável pelo pro-
lamento das folhas nos ápices das plantas pulverizadas com 172,8 e cesso. Foi realizado um experimento, em condição de campo, em
345,6 g ha1 de glyphosate. As plantas submetidas a 345,6 g e.a. ha1 Latossolo Vermelho eutroférrico, no município de Palotina, PR, com o
de glyphosate alcançaram 58,75% de toxidez aos 30 DAA, apre- objetivo de avaliar o tratamento de sementes com Mo, inoculação de
sentando brotações anormais, o que não foi verificado nas con- B. japonicum e adubação foliar de Mo na produtividade da soja. Os
centrações menores. Aos 7 e 15 DAA, com 172,8 e 345,6 g e.a. ha1 tratamentos foram quatro doses de Mo (0, 40, 80 e 160 g ha-1) aplica-
de glyphosate observaram-se áreas necrosadas e hiperplasia das das em adubação foliar e tratamento com aplicação nas sementes de
células do parênquima clorofiliano e da epiderme. Em resposta à 40 g ha-1 de Mo, combinados com e sem inoculação com B. japonicum.
injúria, verificou-se a proliferação celular, formando tecido de Não foram observados efeitos estatísticos significativos do
cicatrização homogêneo, além de acúmulo de compostos fenólicos tratamento de sementes com Mo, inoculação de B. japonicum e
nas áreas afetadas. Aos 7 DAA verificou-se aumento na espessura adubação foliar de Mo na produtividade da soja. Não foram obtidas
do limbo e do PPA submetidos a 345,6 g e.a. ha1 de glyphosate, diferenças significativas entre os tratamentos, obtendo-se ten-
enquanto o PLA e a EAD demonstraram acréscimo na espessura dência para ganho de produtividade apenas com aplicação foliar de
somente aos 15 DAA sob a mesma dosagem. As doses de 172,8 e 80 g ha-1 de Mo (Tabela 1) e tratamento de sementes com 40 g ha-1.
345,6 g e.a. ha-1 de glyphosate promoveram aumento na espessura
do limbo e do PPA aos 15 DAA. O aumento na espessura do limbo Tabela 1. Resultados médios de produtividade da soja, para diferentes
é resultante da expansão das células do parênquima paliçádico, tratamentos.
podendo estar relacionado à resposta das plantas à perda de área Tratamento Produtividade (kg ha-1)
foliar específica, bem como à síntese de compostos secundários,
como celulases, provocados pela ação do glyphosate. Testemunha 2.219 a*
Inoculante Nitral turfa 1.692 a
Mo foliar – 40 g ha-1 sem inoculação 2.085 a
6. INDUCED MANGANESE DEFICIENCY IN GM SOYBEANS Mo foliar – 40 g ha-1 com inoculação 1.952 a
HUBER, D. M.; LEUCK, J. D.; SMITH, W. C.; CHRISTMAS, E. P. Mo foliar – 80 g ha-1 sem inoculação 2.415 a
In: NORTH CENTRAL EXTENSION-INDUSTRY SOIL FERTI- Mo foliar – 80 g ha-1 com inoculação 2.179 a
LITY CONFERENCE, 34., Des Moines, 2004. Proceedings... Mo foliar – 160 g ha-1 sem inoculação 1.966 a
Brookings: Potash & Phosphate Institute, v. 20, 2004. p. 80-87. Mo foliar – 160 g ha-1 com inoculação 1.945 a
Mo semente – 40 g ha-1 com inoculação 2.177 a
There is a wide range of differences in manganese efficiency
Mo semente – 40 g ha-1 sem inoculação 2.413 a
in soybean and corn cultivars. Glyphosate-resistant genotypes tested
were less manganese efficient than normal genotypes, and the Média 2.104
more manganese efficient glyphosate-resistant cultivars should C.V. (%) 17,25
be selected for low manganese soils or environmental conditions F 0,63
where manganese may be less readily available. Glyphosate- * Médias seguidas por mesma letra não diferem a 5% no Teste Tukey.

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 9


8. PRODUTIVIDADE DE SOJA EM SEMEADURA DIRETA de cinética. No entanto, foram utilizadas cinco concentrações do
INFLUENCIADA POR PROFUNDIDADE DO SULCADOR herbicida: 0,42; 0,84; 1,68; 3,36 e 6,72 mg L-1, para a construção das
DE ADUBO E DOSES DE RESÍDUO EM SISTEMA isotermas. Ao final deste ensaio, foram realizadas quatro tentativas
IRRIGADO E NÃO IRRIGADO de dessorção somente na concentração de 0,84 mg L-1. Por fim, o
ensaio de fitodisponibilidade foi realizado em delineamento intei-
HERZOG, R. L. da S.; LEVIEN, R.; TREIN, C. R. Engenharia ramente casualizado, arranjado em fatorial 2 (sistemas de cultivo)
Agrícola, v. 24, n. 3, p. 771-780, 2004. (www.scielo.br/scielo.php? x 5 (concentrações de glifosato aplicados ao solo: 0, 4,2; 8,4; 42,0 e
script=sci_arttext&pid=S0100-69162004000300031&lng= 210,0 µg g-1 de solo), sendo feitas avaliações dos sintomas visuais
pt&nrm=iso&tlng=pt) de fitotoxidez no capim mombaça em diferentes períodos de tempo.
O experimento foi conduzido na EEA-UFRGS, em Argissolo Para ambos os sistemas de cultivo, o glifosato apresentou elevados
Vermelho distrófico típico, com o objetivo de quantificar o volume coeficientes de sorção, o que impediu sua dessorção e dificultou
de solo mobilizado e a produção total de biomassa de soja em uma sua mineralização na solução do solo, visto que a molécula perma-
área de campo nativo, anteriormente cultivada com aveia-preta. Após neceu como resíduo-ligado. A cinética de sorção do glifosato é
a colheita, o resíduo de aveia foi distribuído nas parcelas, nas do- instantânea, sendo mínima a concentração sorvida na fase lenta. O
ses de 0; 2; 3; 4; 5 e 6 Mg ha-1 (= t ha-1), que constituíram os trata- glifosato, na forma de resíduo-ligado no solo, não constitui proble-
mentos principais, os quais, por sua vez, foram subdivididos em mas para o Panicum maximum, seja sob plantio direto, seja
função de profundidades (0,06 m e 0,12 m) de atuação dos sul- convencional. A mineralização do glifosato é mais rápida no plantio
cadores de adubo, tipo facão, da semeadora-adubadora. O delinea- direto e o principal metabólito do glifosato é o ácido amino-
mento foi o de blocos casualizados, com três repetições. Os trata- metilfosfônico.
mentos foram conduzidos em áreas distintas, com e sem irrigação. Conclusões:
O volume de solo mobilizado pelos sulcadores de adubo foi 53%
• O sistema plantio direto contribuiu para a aceleração da
maior a 0,12 m do que a 0,06 m, não havendo diferença em função
mineralização do glifosato.
da dose de resíduo de aveia.
• O principal metabólito resultante da degradação do glifo-
A produtividade de grãos, massa seca da parte aérea e de
sato foi o ácido aminometilfosfônico.
raízes, na profundidade de 0 a 0,15 m, não foi influenciada pela
profundidade do sulcador e pela quantidade de resíduo de aveia- • Para ambos os sistemas, convencional e plantio direto, o
preta. Na média dos tratamentos, a irrigação suplementar aumen- glifosato apresentou alto coeficiente de sorção, o qual dificulta
tou em 11% a produtividade de grãos e a biomassa total da soja. sua mineralização. As moléculas permaneceram no solo como
Mesmo sem irrigação, a produtividade da soja foi superior à média resíduo-ligado.
do Rio Grande do Sul, confirmando seu potencial para implanta- • As cinéticas de sorção do glifosato foram praticamente
ção sobre o campo nativo, sem nenhum tipo de preparo de solo instantâneas.
prévio.
• Para ambos os sistemas agrícolas, os sintomas de fito-
toxidez de glifosato em P. maximum somente apareceram em con-
9. COMPORTAMENTO DO GLIFOSATO NUM LATOSSOLO centrações de glifosato no solo iguais ou superiores a 42 µg g-1.
VERMELHO SOB PLANTIO DIRETO E CONVENCIONAL

PRATA, F.; LAVORENTI, A.; REGITANO, J. B.; VEREECKEN,


H.; TORNISIELO, V. L.; PELISSARI, A. Revista Brasileira de
Ciência do Solo, v. 29, n. 1, p. 61-69, 2005. (www.scielo.br/
scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0100-06832005000100007&
lng=en&nrm=iso&tlng=en)
Este trabalho teve por objetivo estudar o comportamento
do herbicida glifosato num Latossolo Vermelho argiloso, da região
de Ponta Grossa (PR), realizado há 23 anos sob plantio direto e
convencional. Para tal, foram instalados quatro experimentos, nos
quais foram analisadas a mineralização e a formação de resíduo-
ligado, a cinética de sorção e dessorção, a sorção/dessorção e a
fitodisponibilidade no solo do glifosato para Panicum maximum
var. mombaça. O ensaio de mineralização foi realizado em delinea-
mento inteiramente casualizado, em arranjo fatorial (2 x 2), com cinco
repetições, sendo os fatores os dois sistemas de cultivo e a posição
de marcação radioativa do 14C-glifosato (14C-fosfonometil e 14C2-
glicina). Foi avaliado o desprendimento de 14CO2, semanalmente,
até 63 dias. A cinética de sorção do glifosato foi efetuada seguindo
o método batch, para os dois sistemas de cultivo, utilizando a relação
solo:solução de 1:5 e concentração de glifosato de 0,84 mg L-1. As
determinações de radioatividade na solução de equilíbrio foram
feitas nos períodos de 0, 10, 30, 60, 120, 240 e 360 minutos após a
aplicação do herbicida. Os tempos utilizados na cinética de Figura 1. Sintomas de fitotoxidez de glifosato em Panicum maximum
dessorção foram de 0, 1, 4, 12, 24, 36, 48, 72 e 96 h. O procedimento aos 20 dias após a germinação (a e b: 24 ou 84 dias após a
utilizado no ensaio de sorção/dessorção foi semelhante ao do estudo aplicação de glifosato no solo, respectivamente).

10 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005


PAINEL AGRONÔMICO

A repetição de recordes, segundo o presidente da Abecitrus,


LARANJA: PREÇO E VOLUME FAZEM SUCO Ademerval Garcia, deve-se a uma coincidência de fatores que be-
RENDER US$ 1,4 BILHÕES neficiaram a indústria nacional. Na safra 2003/2004, as exportações
brasileiras foram favorecidas pela en-
Pelo terceiro ano-safra (julho
trada da China no mercado interna-
a junho) consecutivo, as exportações
cional de suco de laranja. A demanda
de suco de laranja concentrado e con-
chinesa contribuiu para elevar as ven-
gelado foram recordes.
das externas brasileiras em 5,4% em
Segundo a Associação Brasi- relação ao ano anterior, quando foram
leira dos Exportadores de Cítricos exportadas 1,35 milhão de toneladas.
(Abecitrus), que baseia seus cálcu-
los nas informações divulgadas pela Situação semelhante foi pro-
Secretaria de Comércio Exterior duzida pelo verão intenso ocorrido
(Secex) do Ministério do Desenvol- na Europa em 2002, diz Ademerval.
vimento, Indústria e Comércio Exte- Isso estimulou o consumo maior de
rior, o Brasil exportou, entre julho de suco e contribuiu para a exportação
2004 e junho de 2005, 1,411 milhão de de 1,284 milhão de toneladas duran-
toneladas de suco de laranja conge- te a safra 2002/2003, 5,1% mais que
lado concentrado, 4,5% mais que o embarcado no ano anterior. no ano anterior (Gazeta Mercantil on line, 02/08/2005).

AÇÚCAR TRAZ INVESTIMENTOS AUMENTA O USO DE MICRONUTRIENTES


EUROPEUS PARA O BRASIL A disseminação do sistema de plantio direto, aliado às
Desde junho, a União Européia (UE) alterou seu regime do práticas de manejo integrado, deu novo horizonte para a tecnologia
açúcar, depois da derrota que sofreu na Organização Mundial de agrícola. O resultado foi o crescimento da produtividade em quase
Comércio (OMC), em painel aberto, entre outros países, pelo Brasil. todas as cultura anuais e perenes. A evolução do uso de micro-
Após 40 anos de subsídios, período no qual o bloco chegou a ser nutrientes vem ultrapassando os 1.300%, desde 1992 até os dias
o segundo maior exportador mundial de açúcar, atrás apenas do atuais. O uso no solo chega a 500 mil toneladas, com faturamento
Brasil, a mudança de regime levará a um corte de preços e a uma de US$ 175 milhões, enquanto o uso foliar alcança 200 mil toneladas
redução das exportações a partir de 2006. Por conta disso, alguns e fatura US$ 200 milhões (Agroanalysis, v. 24, n. 9, 2004).
grupos europeus estão buscando uma nova posição no mercado e
o Brasil desponta como peça central nesta estratégia. É o caso da
gigante agroindustrial Tereos. Cinco anos depois do primeiro
investimento, de US$ 150 milhões, o grupo francês é hoje um dos
principais produtores de açúcar no Brasil.
O novo regime do açúcar europeu significa que, a partir de
2007, a Europa vai praticamente parar de exportar. Vai haver uma
diminuição de 30% a 40% da produção européia — disse Philippe
Duval, presidente da Tereos. A Tereos opera no Brasil com duas
empresas: FBA, na qual detém 47,5% do capital, e Guarani (100%
do controle). Suas seis usinas vão processar 12 milhões de toneladas
de cana-de-açúcar em 2005, um salto em relação aos 4 milhões de
toneladas em 2000 (O Globo, 12/07/2005). CRITÉRIOS SOCIAIS E AMBIENTAIS DA SOJA
O Brasil é o 2o maior produtor mundial de soja em volume e
o
o 1 em produtividade.
CANAVIAIS TOMAM TERRENO DO GADO A ONG World Wild Fund (WWF) trabalha para impor
critérios sócio-ambientais para os países europeus comprarem a
E DA LARANJA EM SÃO PAULO
soja brasileira. As exigências passam pelo cultivo sustentável, pela
Segundo o Centro de Tecnologia Canavieira (CTC), da safra preservação do cerrado, por condições dignas aos trabalhadores,
de 1999/2000 à de 2004/2005, a área de cana cresceu 18,5% ou pelo uso de sementes não-transgênicas e pelo controle de pragas
450,7 mil hectares. Araçatuba e Catanduva lideram esse avanço. sem o uso de determinados pesticidas. As estimativas são de que o
Outro estudo feito em período diferente referenda a tendência. O consumo de soja aumente em 40% até 2020. A pressão sobre áreas
satélite Landsat navega pela órbita da Terra e de lá enxerga esse de florestas e cerrados continuará intensa. As restrições podem
reordenamento territorial. O estudo cobriu 86 municípios da região não ter sustentação à luz das normas da Organização Mundial do
de Ribeirão Preto, o pólo da economia sucroalcooleira (www.revista Comércio, mas serão colocadas em prática gradualmente (Agroana-
agrobrasil.com.br, 29/06/2005). lysis, v. 24, n. 4, 2004).

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 11


CURSOS, SIMPÓSIOS E OUTROS EVENTOS

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
EVEN TOS DA POTAFOS EM 2005
VENTOS
2 O SIMPÓSIO SOBRE SISTEMA AGRÍCOLA SUSTENTÁVEL
COM COLHEITA ECONÔMICA MÁXIMA (SASCEM)
Data: 05 a 07/OUTUBRO/ 2005 Objetivos do Simpósio:
Local: Anfiteatro do Centro CANAGRO “José Coral” – Coplacana 1. Resgatar a história do plantio direto no Brasil.
Av. Comendador Luciano Guidotti, 1937
2. Discutir a produção, o manejo e a dinâmica da matéria orgânica,
Bairro Água Branca (próximo ao cemitério Parque da
junto com os bio-indicadores da saúde do solo.
Ressurreição) - Piracicaba-SP
Telefone: (19) 3401-2258; Fax: (19) 3401-2219 3. Entender o modo de ação dos herbicidas utilizados na agricul-
E-mail: marketing@cana.com.br tura e como mitigar efeitos colaterais indesejáveis no solo e na
planta.
Taxa de inscrição: R$ 200,00 (até 25 de Setembro)
R$ 250,00 (após 25 de Setembro) 4. Entender os mecanismos de defesa da planta contra doenças,
R$ 50,00 (estudantes - 50 vagas) principalmente o das fitoalexinas.
Informação e inscrição: POTAFOS 5. Discutir as experiências de manejo de plantas de cobertura em
E-mail: potafos@potafos.com.br culturas anuais (hortaliças, grãos e algodão) e perenes (café,
Website: www.potafos.com.br citros e eucalipto).

PROGRAMA
05/10/05 (4ª feira) 06/10/05 (5ª feira)
08:00-09:30 Inscrição e entrega de materiais 08:00-18:00 Painel 2: Herbicidas e outros compostos no solo e
09:30-10:00 Abertura na planta
10:00-18:30 Painel 1: O sistema plantio direto 08:00-08:45 Dinâmica dos herbicidas no solo – Pedro J. Chris-
10:00-10:45 A história do desenvolvimento do sistema plantio toffoleti, ESALQ-USP, Departamento de Produção
direto no Brasil – Herbert Arnold Bartz, Fazenda Vegetal, Piracicaba-SP, (19) 3429-4190 ramal 209,
Rhenania, Rolândia-PR, fone: (43) 9972-3240 e-mail:pjchrist@esalq.usp.br,
10:45-11:00 Discussão website: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/
11:00-11:45 Microrganismos bio-indicadores da saúde do solo visualizacv.jsp?id=K4787846Y8
– Galdino Andrade, UEL, Londrina-PR, 08:45-09:00 Discussão
fone: (43) 3371-4791, e-mail: andradeg@uel.br 09:00-09:45 Processos de mitigação de herbicidas em sistemas
11:45-12:00 Discussão de manejo de solo – Jussara Borges Regitano,
12:00-14:00 Almoço CENA-USP, Piracicaba-SP, fone: (19) 3429-4763,
14:00-14:45 Dinâmica da matéria orgânica no sistema plantio e-mail: regitano@cena.usp.br
direto – João Carlos de Moraes Sá, UEPG, Ponta 09:45-10:00 Discussão
Grossa-PR, fone: (42) 3220-3090 / (42) 9978-0410,
10:00-10:30 Intervalo para café
e-mail: jcmsa@uepg.br
14:45-15:00 Discussão 10:30-11:00 Fosfito e outras substâncias – efeitos na mitigação
da intoxicação da planta com glifosato – Chryz
15:00-15:45 Plantas de cobertura para o sistema plantio direto
Melinski Serciloto, doutorando, ESALQ-USP, Depar-
– Edmilson José Ambrosano, Instituto Agronômico,
tamento de Ciências Biológicas, Piracicaba-SP, fone:
E.E. Piracicaba, fone: (19) 3421-5196 / 9735-5140,
(19) 3429-4268,e-mail: sercilot@carpa.ciagri.usp.br
e-mail: ambrosano@aptaregional.sp.gov.br
15:45-16:00 Discussão 11:00-11:15 Discussão
16:00-16:30 Intervalo para café 11:15-12:00 Auxinas: ação fisiológica nas plantas – Paulo
16:30-17:00 Gramíneas de cobertura – Luiz Albino Bonamigo, Roberto de Camargo e Castro, ESALQ-USP,
SuperMassa/Sementes Adriana, Campo Grande-MS, Departamento de Ciências Biológicas, Piracicaba-SP,
fone: (67) 35-6699, e-mail: luizbona@terra.com.br fone: (19) 3429-4268 ramal 214, e-mail: prcastro@
17:00-17:30 Leguminosas de cobertura – José Aparecido Donizeti esalq.usp.br, website: http://buscatextual.cnpq.br/
Carlos, Sementes Piraí, fone: (19) 3424-2922, e-mail: buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4727004Y9
donizeti@pirai.com.br 12:00-12:30 Discussão
17:30-18:30 Debate com todos os palestrantes do dia 12:30-14:00 Almoço

12 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005


14:00-18:30 Painel 3: Mecanismos de defesa das plantas contra 09:00-09:30 Discussão
doenças 09:30-10:00 Intervalo para café
14:00-15:30 Mecanismos de resistência às doenças de plantas
– Anne J. Anderson, Utah State University, Logan- EXPERIÊNCIADO PRODUTOR/CONSULTOR
UT, EUA, fone: 1-(435) 797-3407, e-mail: anderson@ 10:00-10:20 Grãos e algodão – Charles Louis Peeters, estudante,
biology.usu.edu ESALQ-USP, fone: (19) 9608-7114, e-mail: peeters@
15:30-16:00 Discussão esalq.usp.br
16:00-16:30 Intervalo para café 10:20-10:40 Citros – Márcio Antonio Storto, consultor, Leme-
16:30-17:15 Fitoalexinas e a resistência natural das plantas SP, fones: (19) 3561-9044 / (19) 9784-4993, e-mail:
às doenças – Wagner Luiz Polito, IQSC-USP, São gms007@uol.com.br
Carlos-SP, fone (16) 3373-9973, e-mail: lucas-p@ 10:40-11:00 Cafeeiro – Carlos Roberto Piccin, consultor, Patro-
bol.com.br cínio-MG, fones: (34) 3831-5665 / (34) 9984-3553,
17:15-17:30 Discussão e-mail: agropiccin@uaivip.com.br
17:30-18:30 Debate com todos os palestrantes do dia 11:00-11:20 Reflorestamento – Ronaldo Luiz Vaz de Arruda
Silveira, pesquisador, RR Agroflorestal S/C Ltda.,
07/10/05 (6ª feira) Piracicaba-SP, fones: (19) 3422-1913 / (19) 9797-9219,
08:00-12:30 Painel 4: Manejo do mato no sistema de produção e-mail: ronaldo@rragroflorestal.com.br
08:00-09:00 Manejo do mato no sistema plantio direto – Jamil 11:20-11:40 Hortaliças – Luiz Geraldo de Carvalho Santos,
Constantin, Universidade Estadual de Maringá, Ensistec, fones: (11) 4784-6744/ 4712-1347/ 9686-
Maringá-PR, fone: (44) 3261-4316, e-mail: constantin 6422, e-mail: contato@ensistec.com.br
@teracom.com.br, website: http://www.pga.uem.br/ 11:40-12:30 Debate com todos os palestrantes do dia
pessoais/prof_jconstantin.html 12:30-12:40 Encerramento

○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
OUTROS EVENTOS
1. II CONFERÊNCIA MUNDIAL DO CAFÉ 5. VIII CONGRESSO NACIONAL DE PESQUISA DE FEIJÃO
Local: Pestana Bahia Hotel, Salvador-BA Local: Goiânia-GO
Data: 23 a 25/SETEMBRO/2005 Data: 18 a 20/OUTUBRO/2005
Informações: Secretaria Executiva - RD Eventos Informações: Embrapa Arroz e Feijão
E-mail: rdeventos@worldcoffeeconference.com E-mail: conafe2005@cnpaf.embrapa.br
Website: www.worldcoffeeconference.com Website: www.conafe2005.com.br

2. IV CONGRESSO BRASILEIRO DE BIOSEGURANÇA 6. FEISUCRO 2005 - FEIRA INTERNACIONAL DO SETOR


IV SIMPÓSIO LATINO-AMERICANO DE PRODUTOS SUCROALCOOLEIRO
TRANSGÊNICOS
Local: Anhembi, São Paulo-SP
Local: Hotel São Rafael, Porto Alegre-RS Data: 07 a 10/NOVEMBRO/2005
Data: 26 a 29/SETEMBRO/2005 Informações: Alcantara Machado - Brasil@gro (promotor)
Informações: E-mail: secretaria@anbio.com.br Telefone: (16) 629-9058/ 617-4006
Website: www.anbio.org.br Website: www.feisucro.com.br

3. IFA-IFDC PHOSPHATE FERTILIZER PRODUCTION


TECHNOLOGY WORKSHOP 7. VI ENCONTRO BRASILEIRO DE SUBSTÂNCIAS HÚMICAS
(VI EBSH)
Local: Brussels, Bélgica
Data: 26 a 30/SETEMBRO/2005 Local: Pontifícia Universidade Católica, Rio de Janeiro-RJ
Informações: International Fertilizer Industry Association (IFA) Data: 16 a 18/NOVEMBRO/2005
E-mail: ifa@fertilizer.org Informações: Secretaria do EBSH 2005
Website: www.fertilizer.org Fax: (21) 2274-5291
E-mail: ebsh2005@cnps.embrapa.br
4. III SILICON INAGRICULTURE CONFERENCE Website: www.cnps.embrapa.br/ebsh6

Local: Universidade Federal de Uberlândia, Uberlândia-MG


8. IFA REGIONAL CONFERENCE FOR ASIA AND THE
Data: 22 a 26/OUTUBRO/2005
PACIFIC
Informações: Prof. Gaspar H. Korndörfer
E-mail: ghk@triang.com.br Local: Bali, Indonésia
Website: www.siliconinagriculture.iciag.ufu.br/ Data: 06 a 08/DEZEMBRO/2005
Index2.htm Informações: Idem item 3

INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 13


PUBLICAÇÕES RECENTES

1. POTÁSSIO NAAGRICULTURA BRASILEIRA 2. AGRICULTURA DE PRECISÃO PARA O MANEJO DA FERTI-


LIDADE DO SOLO EM SISTEMA PLANTIO DIRETO
Editores: Yamada, T. & Roberts, T. L.; 2005.
Conteúdo: World reserves and production of potash; reservas Editores: Machado, P. L. O. de A.; Bernardi, A. C. de C.; Silva, C. A.;
de minerais potássicos e produção de fertilizantes 2004.
potássicos no Brasil; Brasil – produção de potássio Conteúdo: Agricultura de precisão e meio ambiente; geoestatística
para cima; mineralogia e formas de potássio em so- aplicada à agricultura de precisão; solos, clima e ve-
los brasileiros; análise e interpretação do potássio getação da região de Campos Gerais; mapeamento da
no solo; considerações sobre o uso do solo e a regio- produtividade; estudo de caso em agricultura de pre-
nalização do balanço de potássio na agricultura bra- cisão: manejo de lavoura de soja na região de Campos
sileira; manejo conservacionista da adubação potás- Gerais-PR; variabilidade de atributos de fertilidade e
sica; potássio – absorção, transporte e redistribui- espacialização da recomendação de adubação e
ção na planta; interação do potássio com outros íons; calagem para a soja; avaliação espacializada do esta-
protection of plants from detrimental effects of envi- do nutricional da soja; aplicação de fertilizantes a ta-
ronmental stress factors; potassium effects on yield xas variáveis; espacialização do estoque de carbono
quality; efeitos do potássio nos processos da rizos- do solo em lavoura de soja; uso de inteligência artifi-
fera e na resistência das plantas às doenças; méto- cial em agricultura de precisão: Redes Bayesianas e
dos diagnósticos da nutrição potássica, com ênfase Redes Neurais; agricultura de precisão: visão de uma
no DRIS; o potássio na cultura do algodoeiro; o po- instituição de pesquisa aplicada.
tássio na cultura do arroz irrigado; el potasio en Número de páginas: 209
banano; o potássio na cultura do cafeeiro; o potás- Preço: gratuito
sio na cultura da cana-de-açúcar; o potássio na cul- Pedidos: Embrapa Solos
tura dos citros; o potássio na cultura do eucalipto; o Fone: (21) 2274-4999
potássio na cultura do feijão; o potássio na cultura E-mail: sac@cnps.embrapa.br
do milho; potasio en palma aceitera; o potássio na
cultura da soja; o potássio na cultura do trigo; po-
tassium interaction with ammonium; produção de 3. INTERAÇÃO ENTRE AS DOENÇAS E O ESTADO NUTRI-
bananeiras cv. Pacovan, sob irrigação, em Cambis- CIONAL DO CAFEEIRO
solo adubado com doses de nitrogênio e potássio; (EPAMIG. Boletim Técnico, 73)
avaliação da adubação nitrogenada e potássica em Autores: Pozza, A.A.A.; Guimarães, P.T.G.; Carvalho, V.L. de;
cana-de-açúcar baseada em modelos; produtivida- Pozza, E.A.; Carvalho, J.G. de; Romaniello, M.M.; 2004.
de, avaliação econômica, teores foliares de nitrogê- Conteúdo: Interação estado nutricional x doença do cafeeiro;
nio e potássio e atributos industriais de castanha em mecanismos de controle de doenças relacionados com
cajueiro anão precoce adubado com doses crescen- a nutrição; como comprovar o efeito da nutrição das
tes de nitrogênio e potássio em cultivos sob sequeiro; plantas sobre as suas doenças; estratégias para re-
efeitos de doses de nitrogênio e potássio, aplicadas duzir a severidade de doenças e melhorar a nutrição
via água de irrigação, sobre a produção e a qualida- da planta; funções e efeitos dos nutrientes nas do-
de dos frutos de coqueiro anão na região litorânea enças das plantas; como as doenças afetam o estado
do Ceará. nutricional das plantas.
Número de páginas: 841 Número de páginas: 84
Preço: R$ 120,00 Preço: R$ 5,00
Pedidos: POTAFOS Pedidos: EPAMIG
Telefone/fax: (19) 3433-3254 E-mail: sac@epamig.br
Website: www.potafos.org Website: www.epamig.br
○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○

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Temos informações sobre o consumo de fertilizantes no Brasil, pesquisas e
publicações recentes, DRIS para várias culturas, links importantes, e muito mais...

14 INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005


PUBLICAÇÕES DA POTAFOS

R$/exemplar BOLETINS TÉCNICOS


10,00 "Nutrição e adubação do feijoeiro"; C.A. Rosolem (91 páginas)
10,00 "Nutrição e adubação do arroz"; M.P. Barbosa Filho (120 páginas, 14 fotos)
10,00 "Potássio: necessidade e uso na agricultura moderna" (45 páginas, 34 fotos)
LIVROS
20,00 "A estatística moderna na pesquisa agropecuária"; F. Pimentel Gomes (162 páginas)
20,00 “Desordens nutricionais no cerrado”; E. Malavolta; H.J. Kliemann (136 páginas)
20,00 "Ecofisiologia na produção agrícola"; P.R.C. Castro e outros (ed.) (249 páginas)
20,00 "Nutrição mineral, calagem, gessagem e adubação dos citros"; E. Malavolta (153 páginas, 16 fotos)
20,00 "Nutrição e adubação da cana-de-açúcar"; D.L. Anderson & J.E. Bowen (40 páginas, 43 fotos)
20,00 "Fertilizantes fluidos"; G.C. Vitti & A.E. Boaretto (ed.) (343 páginas, 12 fotos)
30,00 "Cultura do cafeeiro"; A.B. Rena e outros (ed.) (447 páginas, 49 fotos) (LIQUIDAÇÃO DE ESTOQUE)
40,00 "Avaliação do estado nutricional das plantas - 2ª edição"; Malavolta e outros (319 páginas)
40,00 "Manual internacional de fertilidade do solo - 2ª edição, revisada e ampliada" (177 páginas)
40,00 “Cultura do algodoeiro”; E. Cia; E.C. Freire; W.J. dos Santos (ed.) (286 páginas, 44 fotos)
40,00 "A cultura da soja nos cerrados"; Neylson Arantes & Plínio Souza (eds.) (535 páginas, 35 fotos)
40,00 "Nutrição e adubação de hortaliças"; Manoel E. Ferreira e outros (ed.) (487 páginas)
40,00 "Micronutrientes na agricultura"; M.E. Ferreira & M.C.P Cruz (ed.) (734 páginas, 21 fotos)
40,00 "Cultura do feijoeiro comum no Brasil"; R.S. Araujo e outros (coord.) (786 páginas, 52 fotos)
120,00 “Fósforo na agricultura brasileira”; Yamada, T. & Abdalla, S.R.S. e (ed.) (726 p.)
120,00 “Potássio na agricultura brasileira”; Yamada, T. & Roberts, T. L. (ed.) (841 p.)
CD-ROM
30,00 “Monitoramento Nutricional para a Recomendação da Adubação de Culturas” (Anais/DRIS e Pass)
30,00 Anais do Simpósio sobre Fisiologia, Nutrição, Adubação e Manejo para Produção Sustentável de Citros (Anais/
DRIS para citros)
50,00 Anais do I Simpósio sobre Soja/Milho no Plantio Direto (4 CD’s: vídeos, palestras e slides)
50,00 Anais do II Simpósio sobre Soja/Milho no Plantio Direto (4 CD’s: vídeos, palestras e slides)
50,00 Anais do III Simpósio sobre Soja/Milho no Plantio Direto (4 CD’s: vídeos, palestras e slides)
50,00 Anais do IV Simpósio sobre Soja/Milho no Plantio Direto (3 CD’s: vídeos, palestras e slides)
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Nº 1 - A pedologia simplificada (2ª edição - revisada e modificada) (16 páginas e 27 fotos)
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Nº 3 - Seja o doutor do seu cafezal (12 páginas, 48 fotos)
Nº 4 - Seja o doutor de seus citros (16 páginas, 48 fotos) DESCONTOS
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Nº 11 - Como a planta de soja se desenvolve (21 páginas, 38 fotos) R$ 200,00 a R$ 300,00 = 15%
Nº 12 - Seja o doutor do seu eucalipto (32 páginas, 71 fotos) R$ 300,00 a R$ 400,00 = 20%
No 15 - Como a planta de milho se desenvolve (20 páginas, 52 fotos) mais que R$ 400,00 = 25%

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INFORMAÇÕES AGRONÔMICAS Nº 110 – JUNHO/2005 15


Ponto de Vista

QUANTO VALE A INFORMAÇÃO?


Tsuioshi Yamada

H
á anos intriga-me a soja. Nunca entendi seu com- alvo (cultura econômica) através do contato de raízes. Esta conta-
portamento tão errático. Ou seja, produtividade minação tem o potencial de causar efeitos indesejáveis na cultura
medíocre com tudo bem feito, e vice-versa. Pesqui- econômica, tais como falta de crescimento de raízes e brotos novos,
sa recente de Jamil Constantin, professor da Universidade Esta- perda de controle da permeabilidade de membranas e redução na
dual de Maringá-PR, trouxe-me pistas para decifrar o enigma. Mos- produção de fitoalexinas. Fenômenos, estes, com reflexos negati-
trou ele que, no sistema plantio direto, é preciso esperar duas a vos na produção e na resistência das plantas às pragas e doenças.
três semanas entre a dessecação do mato e a semeadura da soja. É preciso, pois, dar um passo adiante do de Jamil Constantin. É
Que na sua pesquisa chegou a produzir 11 sacas ha-1 de soja e até preciso também saber o que está ocorrendo com as culturas perenes.
18 sacas ha-1 de milho a mais que no tradicional “aplique e plante”. Para discutir este e outros temas relacionados com a sanida-
Cuidado, em geral, não observado pelos agricultores e nem pelos de vegetal, a POTAFOS promoverá de 5 a 7 de Outubro, p.f., no
pesquisadores, pois, até então, pouco ou nada se sabia da impor- anfiteatro da COPLACANA, em Piracicaba-SP, o II Simpósio
tância deste intervalo de tempo. SASCEM – Sistema Agrícola Sustentável com Colheita Econômica
É imenso o valor potencial desta informação, que é também Máxima, cujo programa está na página 12 deste jornal. O Simpósio
de fácil adoção. Assim, apenas na cultura da soja, supondo aumen- constará de 4 painéis: Painel 1. O sistema plantio direto; Painel 2.
to médio de 5 sacas ha-1, caso ela seja adotada em 10 milhões de Herbicidas e outros compostos no solo e na planta; Painel 3. Meca-
hectares (dos mais de 22 milhões de hectares plantados), teríamos nismos de defesa das plantas contra doenças, e Painel 4. Manejo
50 milhões de sacas ou US$ 500 milhões, a mais, nos bolsos dos do mato no sistema de produção. Do exterior virá Dra. Anne An-
sojicultores. derson, Utah State University, que falará sobre mecanismos de
E qual seria o tamanho dos prejuízos que a dessecação resistência às doenças de plantas, com ênfase nas fitoalexinas.
do mato com herbicida sistêmico causaria nas culturas perenes? Creio que será envento importante para entender por que
Pesquisas feitas na década de 80 e repetidas recentemente por temos tantas pragas e doenças na agricultura atual, que quase com-
T. Yamada e Paulo Roberto de Camargo e Castro, na ESALQ, e por prometem a sustentabilidade de algumas culturas como algodão,
Volker Römheld, na Universidade de Hohenheim, têm comprovado soja e citros. Sua presença será fundamental para o sucesso do
a passagem do herbicida da planta-alvo (mato) para a planta-não evento. Conto com você.

Associação Brasileira para Pesquisa da Potassa e do Fosfato


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T. YAMADA - Diretor, Engo Agro, Doutor em Agronomia
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