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SIMPLÍCIO MENDES
AGOSTO - 2021
FRANCISCO DAS CHAGAS DA LUZ
JAMILA RODRIGUES DE ASSIS
SIMPLÍCIO MENDES
AGOSTO – 2021
FRANCISCO DAS CHAGAS DA LUZ
JAMILA RODRIGUES DE ASSIS
Aprovada em _____/__________/______
__________________________________
Prof. Ms. Emanuell Filho de Deus
Orientador
________________________________________
Prof. (ª) Esp./Ms./Dr(ª). Fulano de tal- FAEPI
Examinador(a)
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Prof. (ª) Esp./Ms./Dr(ª). Fulano de Tal-FAEPI
Examinador(a)
RESUMO
ABSTRACT
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO......................................................................................................................8
2 REVISÃO DA LITERATURA...........................................................................................10
3 METODOLOGIA................................................................................................................18
REFERÊNCIAS......................................................................................................................19
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1 INTRODUÇÃO
2. REVISÃO DA LITERATURA
O que vem a definir o fracasso escolar entre tantas discussões e definições feitas por
autores e pesquisadores educacionais? Às vezes o termo coloca-se em situações conflituosas
colocando o negativo aspecto do fracasso escolar sobre o aluno, em outra sobre a formação do
professor e sua atuação pedagógica, o ambiente educacional desfavorecido e as políticas
públicas educacionais sem o comprometimento de seus dirigentes, mas afinal de quem é a
responsabilidade da situação de fracasso escolar na escola pública. É o que se procura discutir
a seguir.
Debater o tema do fracasso escolar apesar do mesmo não ser uma novidade no
contexto educacional é pertinente, pois o mesmo traz grandes consequências aos sujeitos
envolvidos e ao sistema educacional (Poder Público), para os indivíduos o mesmo leva para o
desemprego ou a um emprego com baixa remuneração atingindo assim a estabilidade social
do sujeito; para o sistema educacional a consequência maior está no desperdício de recursos,
pois atinge negativamente a competitividade econômica (CAVALCANTE; NASCIMENTO;
OSTERMANN, 2018).
Para analisar esse fenômeno na perspectiva docente faz-se necessário inicialmente
realizar uma discussão sobre a definição do termo de forma que possibilite uma visão mais
abrangente do fenômeno. Nesta perspectiva, Marchesi; Pérez; Rosa (2014, p. 17) destacam
que o fracasso escolar se refere “àqueles alunos que, ao terminar sua fase escolar, não
alcançaram os conhecimentos e as habilidades tidas fundamentais para desempenhar-se de
forma efetiva na vida social e profissional ou continuar com seus estudos”.
Nessa circunstância, a definição de fracasso escolar vem, desde o princípio da
escolarização do aluno, de forma camuflada. O sistema educacional impõe que nos anos
iniciais o aluno não deve ficar retido e termina levando as dificuldades de aprendizagem para
os anos seguintes (NEGREIROS et al.,2017).
O sistema coloca o professor como alguém autônomo no desenvolvimento da prática
pedagógica e na forma de avaliar o aluno, mas não deixa escolha quando o aluno não atinge
as habilidades consideradas necessárias para seu desempenho, a não ser empurrar essa
dificuldade para os anos seguintes como se a aprendizagem do aluno dependesse apenas e
exclusivamente do professor (CRUZ; GONÇALVES, 2015).
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Diante desse contexto, observa-se que a evasão escolar no Brasil se constitui como um
grande desafio uma vez que os dados coletados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisa
Anísio Teixeira (INEP), demonstram que de 100 alunos matriculados no Ensino Fundamental,
no 1º ano, 5 não terminam o Ensino Fundamental, apenas 95 alunos concluem o 9º ano
(IBGE, 2010).
A educação é um conjunto de ações e influências exercidas voluntariamente por um
ser humano em outro, onde tais ações pretendem alcançar um determinado propósito no
indivíduo para que ele possa desempenhar algumas funções nos contextos sociais,
econômicos, culturais e políticos de uma sociedade (NEGREIRO et al., 2017).
Acredita-se que a evasão escolar seja o processo inverso dessas ações, uma vez que ao
deixar de estudar, de frequentar a escola, a instituição por excelência que desenvolve o
conhecimento, e, por conseguinte a educação, o indivíduo deixa de romper com os
paradigmas da elite dominante e se lança direto ao ciclo vicioso, de todas as mazelas que são
impostas à sociedade.
Desse modo, a evasão escolar é um problema histórico que atravessa gerações e
gerações, e ainda é uma realidade cruel nas escolas públicas e particulares em pleno século
XXI, o século da tecnologia, da cibernética, da robótica, enfim da nanotecnologia. O
problema anda tão sério que não se tem um culpado específico, mas um conjunto de culpados
que estão envolvidos direta ou indiretamente com a evasão escolar (CRUZ; GONÇALVES,
2015).
Em estudos anteriores, acreditava-se que o problema era específico da região Nordeste
do país, mas últimos dados INEP apontam que houve um crescimento em todas as regiões do
Brasil. O que tem preocupado as autoridades governamentais e os estudiosos da área da
educação, visto que não se sabe até quando este problema fará parte da realidade educacional
do Brasil (SILVA, 2011).
De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a Lei de diretrizes e
Base da Educação (LDB 9394/96) o grande número de faltas injustificáveis e a evasão escolar
violam os direitos da criança e dos adolescentes. Diante desse cenário, compete à escola
procurar os recursos necessários para garantir a permanência dos educandos na escola. Os
referidos dispositivos ainda expressam que se as instituições de ensino não conseguirem
lograr êxito nesta empreitada, deve a mesma através de seu gestor informa ao Conselho
Tutelar do Município sobre o excesso de faltas sem justificativas e os casos de evasão escolar,
para que os conselheiros tomem as medidas cabíveis em cada caso.
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prazo soluções que estimulem os alunos a despertar o prazer e o gosto pelos estudos
(SILVA et al., 2018).
Primeiramente, deve ser destacado o compromisso da sociedade, pois acreditam que a
educação não é uma tarefa que a escola possa realizar sem a cooperação de outras instituições
e sem o apoio permanente do conjunto da sociedade: A participação de instituições públicas,
associações e organizações não-governamentais na ação educacional deve ser um eixo
permanente na gestão da educação (BUENO, 2017).
No contexto social e familiar as intervenções devem ocorrer a partir da observação das
condições sociais dos alunos, se os mesmos correspondem a um fator de risco de evasão
escolar, necessitam de um impulso para resolver a desvantagem social em que vive.
Quanto ao nível cultural das famílias, podem-se elevar seu nível educacional através
de uma maior oferta de programas formativos (alfabetização, obtenção do título de educação
básica, acesso a formação profissional, melhora de suas habilidades cognitivas e sociais ou
maior compreensão de seu funcionamento na educação dos filhos. Esses objetivos podem ser
alcançados a partir de programas que diferentes instituições nacionais e comunidades
autônomas desenvolvem para aproximar a formação permanente para as pessoas adultas
(DIAS.; THEÓPHILO.; LOPES, 2017).
Nessa perspectiva, ao contrário do que se poderia pensar, as políticas econômicas e
sociais de luta contra determinadas formas de exclusão, e principalmente contra o desemprego
de longa duração, são de igual importância que as reformas ou apoio estritamente escolares.
Assim, o que acontece dentro das paredes do colégio não pode ficar reduzido a motivos de
âmbito escolar.
Aos professores, cabem desenvolver estratégias de incentivo aos alunos sendo
necessário fortalecer sua atividade e impulsionar iniciativas que melhorem sua formação, suas
condições de trabalho e seu desenvolvimento profissional, sobre essa questão Marchesi; Pérez
(2014, p.30) destacam que:
Os autores ressaltam que juntamente com essa preparação docente é necessário que
haja um ambiente e condições de trabalho adequadas com número reduzido de alunos por
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aula, tempo disponível para o trabalho em equipe e acompanhamento dos alunos e professores
suficientes para tornar possível o desdobramento em algumas áreas curriculares e uma
atenção mais individualizada para determinados alunos.
Ainda sobre os professores Hegarty (2004) guarda a maior das expectativas a estes
profissionais ao afirmar que os professores são a chave para garantir uma boa educação. É
possível que as políticas progressistas, as boas instalações, os planos de estudos estimulantes e
outros elementos sejam importantes, mas, no final são os professores os intermediários entre
tudo isso e os alunos, e são eles que encarregam de decidir se há realmente uma aprendizagem
efetiva.
A atuação em torno desta questão é que se contratem professores e desenvolvam ações
para sua manutenção no sistema educacional, ao mesmo tempo deve-se promover o
desenvolvimento profissional do professor, pois caso “... se os professores constituem um
grupo social deprimido, o fracasso escolar é previsível. ” (HEGARTY, 2004, p.210).
O autor ressalta ainda que as medidas a serem adotadas, devem estar em função da
situação local, dentre estas destacam o reconhecimento, a valorização do profissional e a
remuneração adequada a sua função. Nesse sentido, os professores necessitam de um
desenvolvimento profissional adequado para realizar seu trabalho de forma efetiva. Portanto,
as medidas de reforma educacional e estratégias contra o fracasso escolar devem considerar e
incrementar a formação inicial dos professores e com o desenvolvimento profissional
contínuo.
Outra estratégia pertinente para evitar a evasão escolar é dá especial atenção ao ensino
fundamental, ou seja, reforçar o ensino fundamental. Para tanto Pereira; Ribeiro, (2017)
destacam que é preciso preocupar-se mais com a formação inicial e permanente dos
professores para que revisem e atualizem seus métodos de ensino; priorizando ao máximo as
quatro capacidades básicas: leitura, cálculo, estratégias de aprendizagem e expressão criativa;
dedicar maior atenção aos alunos propensos a adquirir essas capacidades mais lentamente,
organizando grupos de apoio com dois ou três alunos em período extraescolar; favorecer o
contato e a colaboração entre pais e professores; conseguir que os professores, pais e alunos
concordem mutuamente para que o aprender e o ensinar se desenvolva a partir de um projeto
atrativo dentro da escola.
A autonomia da escola, a cooperação e participação de todos os sujeitos envolvidos
nela é uma das estratégias para que a mesma avance na criatividade e no desenvolvimento de
projetos próprios, os quais devem ser negociados e discutidos com a administração
educacional. Nesta perspectiva reconhecem a necessidade dos professores, dos recursos
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3 METODOLOGIA
O método que orientou a pesquisa foi a análise de conteúdo de Bardin (2016), que
consiste em analisar os documentos que serão submetidos à análise, a escolha deles, a
formulação das hipóteses e objetivos, a elaboração dos indicadores que orientarão a
interpretação e a preparação formal do material, a partir de etapas previamente determinadas,
que se inicia pela pré-análise, que faz uma exploração minuciosa do material coletado, em
seguida há o tratamento os resultados obtidos e a interpretação e análise desses resultados.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Figura 1: Evolução do número de escolas de ensino médio por rede (pública ou privada)
‐PIAUÍ ‐ 2015 ‐ 2019.
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Dentre os fatores que justificam a evasão escolar entre os alunos do ensino médio dos
turnos manhã e tarde no Piauí foram identificados a necessidade de trabalhar (39,1%) e a falta
de interesse (29,2%). Entre as mulheres, a gestação (23,8%) e afazeres domésticos (11,5%).
Os alunos de 15 a 17 anos, 32,4% de 18 a 24 anos e 4,5% (6,1 milhões) para 25 anos ou mais.
O atraso ou abandono escolar atingia 12,5% dos adolescentes de 11 a 14 anos e
28,6% das pessoas de 15 a 17 anos. Entre os jovens de 18 a 24 anos, quase 75% estavam
atrasados ou abandonaram os estudos, sendo que 11,0% estavam atrasados e 63,5% não
frequentavam escola e não tinham concluído o ensino obrigatório. Por outro lado, a taxa de
frequência líquida das pessoas de 15 a 17 anos cresceu 2,1 em relação a 2018, com mais de
70% dessa faixa etária na etapa escolar adequada.
Entre as pessoas de 15 a 17 anos de idade, ou seja, em idade escolar obrigatória,
78,8% se dedicavam exclusivamente ao estudo. No entanto, considerando as 46,9 milhões de
pessoas de 15 a 29 anos de idade, 22,1% não trabalhavam, não estudavam, nem se
qualificavam, sendo que entre as mulheres esse percentual foi de 27,5% e entre pessoas pretas
e pardas, 25,3%.
Figura 2: Taxa de Distorção Idade‐Série Por Etapas Dos Ensinos Fundamental E Médio
Segundo O Sexo ‐ PIAUÍ ‐ 2020
Figura 3: Recursos Tecnológicos Disponíveis nas Escolas de Ensino Médio ‐ Piauí ‐ 2020
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5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
HEGARTY, Seamus. Como enfrentar o fracasso das escolas. In: MARCHESI, Álvaro;
GIL, Carlos Hernández (org.); ROSA, Ernani (trad). Fracasso Escolar: uma perspectiva
multicultura. Porto Alegre: Artemed, 2004.
SILVA, Manoel Regis da. Causas e Consequências da Evasão Escolar na Escola Normal
Estadual Professor Pedro Augusto de Almeida – Bananeias / PB. Trabalho de Conclusão
de Curso. Curso de Especialização em Gestão Pública Municipal. Universidade Federal da
Paraíba- UFB, 2011.
SOUSA, C. R. et al. Fatores preditores da evasão escolar entre adolescentes com experiência
de gravidez. Cad. saúde colet. 26 (2) • Jun 2018