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10º
Oque é a filosofia?
Podemos caracterizar a filosofia como uma atividade conceptual crítica. É conceptual pois faz
se com conceitos, mas também porque é uma reflexão de conceitos. Os filósofos interrogam
se sobre os conceitos, procurando analisa-los e clarifica-los , tais como conhecimento,
verdade, bem, causa, liberdade…
É crítica, não e dogmática , ou seja não é tomada como garantida. A religião por exemplo é
dogmática. Em filosofia pelo contrário somos livres de colocar em questão toda e qualquer
doutrina ou perspetiva. Essa liberdade é importante porque o objetivo é descobrir a verdade.
A busca da verdade tem que ser feita com responsabilidade, pois quando se critica uma
perspetiva tem que se apresentar boas razões para a rejeitar.
Problemas filosóficos
Tese:
a) Deus existe.
b) Deus não existe
c) Não sabemos se Deus existe.
Proposições
Uma proposição é aquilo que é expresso por uma frase que tem valor de verdade. De um
modo geral as frases que exprimem proposições são declarativas Uma frase exprime uma
proposição se fizer sentido classifica-la como verdadeira ou falsa.
Exprimem proposições:
A porta está aberta.
A porta não está aberta.
Se a porta está aberta, então alguém abriu.
Proposições Condicionais:
Se P então Q
Numa frase com a forma “Se P então Q”, P é a antecedente (hipótese) , e a segunda
proposição, Q é a consequente (consequência que deriva da hipótese).
Proposições Universais:
As duas 1ªs proposições são particulares, pois dizem respeito a apenas algumas coisas, e as
duas últimas são singulares, já que dizem respeito a um único indivíduo ou objeto.
Contraexemplos:
Consistência:
Argumentos
Oque é?
1. A mistura entre géneros estimula as práticas sexuais entre homens e mulheres antes
de estas casarem.
2. Conduzir promove a convivência entre géneros, entre homens e mulheres.
3. Logo, conduzir estimula as relações sexuais entre homens e mulheres antes de estas
casarem.
Um argumento é um conjunto de proposições em que uma delas é defendida pelas outras. No
exemplo acima dado, a proposição defendida (3)- a tese, tem o nome de conclusão. Esta é a
tese ou ideia que as premissas pretendem provar. A proposição ou as proposições que a
defendem (1 e 2) são as premissas.
Indicadores de conclusão: então, assim, portanto, por isso, consequentemente, daí que,
infere-se que, como tal, por conseguinte…
Indicadores de premissa: Porque, uma vez que ,pois, visto que, como, devido a, a razão é que,
admitindo que, supondo que, já que…
Entimema: Um entimema é um argumento que tem pelo menos uma premissa oculta.
Exemplo: “O Carlos não está Em Paris porque está em Portugal” premissa em falta: “Quem
está em Paris não está em Portugal”.l
Avaliar argumentos
Se respondermos NÃO a pelo menos uma destas questões, teremos de concluir que o
argumento avaliado não é bom.
Dedução e Indução
Num argumento dedutivamente válido, é impossível que as premissas sejam
verdadeiras e a conclusão falsa.
Num argumento indutivamente forte (válido), é muito improvável, mas não
impossível, que as premissas sejam verdadeiras e a conclusão seja falsa.
Argumento dedutivamente inválido: Se temos livre arbítrio, somos responsáveis pelo que
fazemos, temos livre arbítrio, logo somos responsáveis pelo o que fazemos.
Argumento indutivamente válido: Os cães tem corações e rins, os leões tem corações e rins,
os cangurus tem corações e rins, logo todos os animais que tem coração também têm rins.
Argumento válido
Um argumento válido é se, apenas se, as premissas apoiarem logicamente a conclusão. Todas
as suas premissas têm de ser verdadeiras e a conclusão verdadeira.
Argumento sólido
Um argumento é sólido se, e apenas se, tiver premissas verdadeiras e for válido.
Exemplo:
-Todos os animais que ladram são cães.
-Os São Bernardo são animais que ladram.
-Logo, os São Bernardo são cães.
Forma e contéudo
A lógica formal visa determinar a validade dos argumentos unicamente a partir do estudo da
sua forma, ignorando o seu conteúdo.
Ação Humana
Os tiques por exemplo não são ações, pois apesar de ser uma coisa que fazemos
conscientemente não é algo que façamos intencionalmente.
Um acontecimento para ser uma ação tem de envolver um agente. Esta é a condição
necessária para haver ação mas não é condição suficiente. Imaginemos que alguém rouba um
relógio valioso numa ourivesaria, essa pessoa fez algo, fez com que algo acontecesse. Mais
tarde até pode arrepender-se do que fez, mas na altura não resistiu a uma compulsão
patológica pra o roubo a que se da o nome de cleptomania. Fez algo, roubou. É a causa do que
aconteceu mas não se trata de uma ação porque o que o agente fez não derivou da sua
vontade mas de uma força interna que o compeliu a fazer oque fez. Para que aquilo que o
agente faz seja uma ação, tem de ter origem na sua vontade e intenção consciente.
A rede concetual da ação (Que conceitos são necessários para caraterizar uma
ação?)
Intenção, crenças e desejos: Trata se do que pretendo com a ação. Neste caso a intenção é
tratar uma dor de cabeça. Quando perguntamos “Oque quer fazer aquele que age?”,
referimo-nos à intenção, ao que o agente pretende ser ou fazer. Deseja pôr fim à dor e
acreditar na eficácia da Aspirina acompanham a intenção.
Motivo: O porquê ou a razão de ser da ação. “Por que razão quero ir à farmácia comprar um
medicamento para tratar uma dor de cabeça?”. A resposta apresentar-nos-á o motivo dessa
decisão, tomando-a compreensível. O motivo pode ser acabar com o desconforto físico e
poder trabalhar em melhores condições.
Consequências: O que resulta da ação para quem a realiza e para quem esteja direta ou
indiretamente envolvido. Fico em boas condições para trabalhar. Fico aliviado porque a dor
passa e também de melhor forma.
Determinantes: Entendem se os fatores que, atuando sobre nós, determinam as nossas ações,
isto é, impedem que a nossa vontade encontre cursos alternativos de ação.
Bernardo entra numa ourivesaria e após algum tempo sai com um objeto que aí roubou.
Problema do livre-arbítrio
O problema do livre-arbítrio é assim, “Será que escolhemos realmente oque fazemos ou as
nossas ações são causadas por fatores que não controlamos?”. O problema do livre-arbítrio
deve se ao facto de apesar de acreditarmos que escolhemos realmente oque fazemos,
também somos profundamente influenciados pela explicação científica da natureza ou do
mundo fisíco.
Indeterminismo:
-As ações humanas não são determinadas por leis causais e acontecimentos anteriores mas
sim pelo acaso.
-Não há ações livres
1. Ações imprevisíveis são ações que escapam ao nosso controlo, o que não parece
coadunar-se com a ideia de livre-arbítrio (há ações que dependem da nossa vontade).
2. Se uma ação deve a sua ocorrência à intervenção do acaso e não à minha intervenção,
então, propriamente falando, não é da minha autoria, não é controlada por mim e por
ela não posso ser responsabilizado.
Determinismo Moderado
-As nossas ações são ao esmo tempo livres e determinadas
-Para o determinismo moderado, não há incompatibilidade entre o livre-arbítrio e o
determinismo. Por isso pode se chamar também compatibilismo.
- Defende que são compatíveis as proposições “um agente praticou livremente a ação A” e “A
ação praticada por esse agente tem uma causa e deriva necessariamente dessa causa”.
Atos livres são aqueles cuja causa imediata são estados psicológicos do agente (estados
internos). Atos não livres são atos cuja causa imediata são estados de coisas ou situações
exteriores do agente.
Principais críticas:
-Apesar das aparências, não distingue claramente ações livres de ações não livres.
-Não salvaguarda a nossa ideia comum de liberdade.
Libertismo
-Segundo o libertismo, as ações do ser humano decorrem das suas delibersações e não são
necessariamente causadas por acontecimentos anteriores.
-O libertsimo defende que as nossas escolhas e ações são livres se não forem mais um elo
numa longa cadeia de causas e efeitos, ou seja, defende que as nossas ações só são livres se
desencadearem uma nova cadeia causal de acontecimentos. Somos nós que controlamos essa
cadeia de causas e efeitos.
-Para os libertistas o determinismo e o indeterminismo são falsos.
Principal Crítica: Se a mente é que causa as nossas ações, será que é possível que ela exista
independente do cérebro que é obviamente uma realidade física?
Os valores
Valores:
-Os valores são padrões ou referências em função das quais julgamos objetos, pessoas e atos.
Os valores exprimem aquilo que julgamos que é importante e significativo na nossa vida
(amizade, amor…), não damos o mesmo valor a todas as coisas.
Os valores podem ser agrupados em vários tipos: religiosos, estéticos e éticos (enquadram os
valores + importantes), políticos e teóricos (ordem do conhecimento) , sensíveis (ordem do
prazer e satisfação) e económicos.
Relação entre valores e ações: Os valores são ideias que influenciam as nossas decisões e
ações, as nossas escolhas e preferências. À razão que justifica a decisão de agirmos de um
modo e não de outro, damos o nome de motivo. Quando justificamos as nossas ações e
decisões –quando indicamos o porquê ou a razão de ser-, estamos sempre a referir-nos a
valores.
Juízos de facto: São juízos sobre o modo como as coisas são. Descrevem um estado de coisas
ou uma situação podendo essa descrição corresponder ou não à realidade. Tem valor de
verdade.
-A sua verdade ou falsidade depende de como a realidade é e não da opinião ou ponto de vista
de cada pessoa.
Juízos de valor: São juízos sobras que coisas são boas ou más, agradáveis ou desagradáveis. Os
juízos de valor atribuem um valor a um certo estado de coisas –valor que pode ser negativo ou
positivo.
Absolutismo moral: Afirma que há valores morais que nunca podem ser violados, não
admitindo exceções, sejam quais forem as consequências.
Critérios valorativos
Oque são: São as justificações em que nos apoiamos para determinar que coisas- ações,
pessoas, locais, objetos- têm valor ou importância. Assim, valorizamos uma ação honesta
porque damos importância à honestidade.
Subjetivismo moral
-O subjetivismo moral é a teoria segundo a qual o valor de verdade dos juízos de valor
depende das crenças, sentimentos e opiniões dos sujeitos que os emitem.
Não há verdades morais, objetivas e universais
-No que respeita aos valores e práticas, ninguém está objetivamente certo ou errado.
-O subjetivismo moral nega que haja juízos de valor objetivos e não admite que haja valores
absolutos.
Exemplo: Suponhamos que o João diz que é correto matar animais para comermos a sua carne
e o Miguel diz que esse ato é moralmente reprovável. Se adotarmos o subjetivismo, como
avaliamos estas duas teses? Segundo o subjetivismo, ambos os juízos morais são verdadeiros
porque cada um está em conformidade com os princípios em que cada um acredita.
Objetivismo moral
-Os objetivistas acreditam que os juízos de valor podem ser verdadeiros ou falsos – têm valor
de verdade- e que essa verdade ou falsidade não depende de pontos de vista, de sentimentos
ou de gostos, sejam estes individuais ou coletivos.
-Defende que os valores são propriedades, qualidades das próprias casas, pessoas, objetos..
Há coisas objetivamente erradas
Relativismo Cultural
“Matar é errado”; “Mentir é imoral”
-O relativismo cultural afirma que estes juízos morais são verdadeiros, mas não em todo o lado
nem para todas as pessoas. A verdade dos juízos morais depende do que cada sociedade
acredita ser moralmente correto, depende do que esta aprova ou desaprova. Moralmente
verdadeiro é oque cada sociedade- ou maioria dos seus membros- acredita ser verdadeiro, e
vice versa. Assim afirmar que “Matar é errado” significa dizer que a sociedade X considera que
matar é moralmente incorreto.
- As convicções da maioria dos membros de uma sociedade são a autoridade suprema em
questões morais. O relativismo cultural acerca de assuntos morais afirma que o código moral
de cada indivíduo se deve subordinar ao código moral da sociedade em que vive e foi educado.
Os juízos morais de cada indivíduo são verdadeiros se estiverem em conformidade com o que
a sociedade, ou a maioria da sociedade considera ser verdadeiro.
Valores e cultura
Oque são direitos? Um direito é uma reivindicação legítima ou justificada que deve ser
reconhecida e aceite pelos outros. Ter um direito é ter legitimidade para reivindicar alguma
coisa de alguma pessoa ou instituição. Ter direito à liberdade de expressão significa que eu
posso exigir dos outros que não me impeçam de falar ou de expressar as minhas ideias ou
crenças.
- Os direitos implicam deveres.
Direitos legais: Direitos instituídos pelo poder político. Congresso ou Parlamento. Estão
escritos no Código Penal, Código da Estrada…
Direitos Morais: São direitos que as pessoas possuem só por serem pessoas e não por serem
cidadãos deste ou daquele Estado.
O relativismo cultural é incompatível com a ideia de direitos humanos universais, pois para
um relativista não há princípios éticos universais.
Normas morais
-São regras de comportamento que determina oque devemos fazer (ou não fazer) para que a
nossa ação seja moralmente boa ou valiosa. Não matar, não roubar são exemplos conhecidos.
Cumprir estas regras é geralmente considerado valioso.
-Todas as sociedades possuem um código moral, isto é, um conjunto organizado de normas
que prescrevem oque é moralmente valioso.
1. As normas morais propriamente ditas não são impostas por uma força ou
autoridade externa como as jurídicas.
-Sabemos que roubar é errado. A norma moral que condena o roubo exige uma adesão íntima
e pessoal, a vontade própria de fazer oque é correto. Se evito roubar somente porque tenho
medo de ser punido pelas autoridades, a minha ação cumpre oque a lei exige, mas falta algo
para que tenha valor moral. As normas morais pretendem ser aceites unicamente pelos
valores que exprimem, são obrigações da consciência moral.
Para agir bem basta cumprir o que uma norma moral prescreve? Violar uma norma
moral significa sempre que estamos a agir mal?
-Existem normas morais estabelecidas que nos dizem o que é correto e o que é errado fazer.
Não devemos matar inocentes, devemos respeitar a propriedade dos outros (não devemos
roubar), não devemos mentir ( devemos dizer a verdade) são alguns exemplo. A sociedade
com o seu código moral dá-nos uma receita para aplicarmos a diversas situações… mas as
coisas não são assim tão fáceis.
A seguir mostro uma situação moral problemática… na análise da resposta tenha em conta as
seguintes perguntas:
1. Cumprir a norma moral estabelecida torna a minha ação correta?
2. Violar essa norma torna a minha ação moralmente errada?
Alberto sabe que Vicente é infiel à mulher. Mulherengo aparentemente incorrigível, Vicente gaba-se
junto dos amigos das suas várias incursões extramatrimoniais. Esta ausência de escrúpulos é para
Alberto extremamente indecente. A mulher de Vicente é uma amiga de longa data que Alberto julga
estar a ser humilhada sem se aperceber disso. Debate-se então com um problema: se conta a verdade à
amiga, poderá causar-lhe um enorme desgosto; se decide não intervir, torna se conveniente com as
mentiras de Vicente.
Kant e Mill
-A teoria ética de Kant é denominada deontológica, ou seja, defende que há valores absolutos
que não podem em circunstância alguma ser violados. Chama-se a isto cumprir o dever pelo
dever. As consequências de uma ação não são um critério adequado para avaliar se é boa ou
má. Há ações que são erradas em si mesmas por melhores que sejam as suas consequências.
Há ações que são boas em si mesmas, apesar de as consequências não serem boas.
-A teoria ética de Mill é conhecida por utilitarismo, é uma teoria ética consequencialista
porque defende que o valor moral de umação depende das suas consequências ou resultados.
Se as consequências são boas, a ação é boa; se as consequências são más, a ação é
moralmente errada.
-Se dizemos que o que conta é cumprir o dever pelo dever, então a decisão de Truman será
avaliada de modo muito diferente do que se dissermos que o que conta são as consequências.
Kant quer mostrar que as duas ações podem ter consequências igualmente boas e uma delas
não ter valor moral.
Para Kant as únicas ações moralmente boas são as feitas por dever
Exemplo: Deves ser honesto porque esse é o teu dever! Exemplo: Deves ser honesto se queres ficar bem visto perante os
vizinhos do teu bairro.
2. Fórmula da Humanidade
“Age de tal maneira que uses a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem,
sempre e simultaneamente como fim e nunca apenas como meio.”
Considera-se que a ética de Mill é consequencialista porque defende que o valor de uma ação
depende das suas consequências. A ação é boa se tiver consequências boas e vice-versa. Ao
contrário de Kant não testamos a correção de uma ação baseando-nos no motivo ou intenção
do agente, mas sim nos resultados da ação.
Segundo Mill devemos agir de modo a que da nossa ação resulte a maior felicidade ou bem-
estar possível para as pessoas por elas afetadas. Uma ação boa é a que é mais útil, ou seja, a
que produz mais felicidade global ou, dadas as circunstâncias, menos infelicidade. Quando não
é possível produzir felicidade ou prazer, devemos tentar reduzir a infelicidade. Segundo Mill, a
utilidade é oque torna uma ação moralmente valiosa.
Princípio da utilidade: Afirma que uma ação deve ser realizada somente se dela resultar a
máxima felicidade possível para as pessoas ou partes que por ela são afetadas, é também
conhecido como princípio da maior felicidade.
O utilitarismo é uma teoria hedonista (=prazer): Todas as atividades têm um objetivo último,
isto é, são meios para uma finalidade que é o ponto de convergência de todas. Esse fim é a
felicidade ou bem-estar.
Críticas ao utilitarismo
O utilitarismo justifica a prática de ações imorais
O utilitarismo é excessivamente imparcial
O utilitarismo exige demasiado do agente moral
A dimensão pessoal e social da ética
A moralidade é um fenómeno social. Na verdade, boa parte dos nossos problemas morais envolvem a
relação com os outros. Basta pensar em regras como não matar, não roubar, não mentir… É também um
fenómeno pessoal porque é normal que, dadas as normas morais que supostamente devemos seguir,
nos interroguemos sobre a sua razão de ser, se há boas razões para as seguir ou se são necessárias.
Este acordo exige como seu garante um governo que assegure a ordem de modo que sejam
respeitados os interesses de cada pessoa. O estado, com a concordância das pessoas, torna-se
deste modo o garante da vida em sociedade. O Estado existe para sustentar e fazer cumprir as
regras necessárias à vida em sociedade, e a moralidade é o conjunto de regras que facilitam a
vida em sociedade. A este acordo de cada cidadão é parte dá Hobbes o nome de contrato
social.
2. O apelo às sanções divinas: Devemos agir moralmente para não desagradar a Deus
Este apelo às sanções divinas, a um Deus que tudo vê, que pune e recompensa de acordo com
o mérito moral dos indivíduos baseia-se na ideia de que Deus é o criador das leis morais que
devem governar-nos. Deus dá-nos mediante os seus mandamentos- a que devemos obedecer-
um guia para distinguir ações morais de ações imorais. Esta perspetiva que faz com que a
moral dependa da religião deu-se o nome de Teoria dos Mandamentos Divinos. Segundo esta
perspetiva, uma ação é moralmente incorreta porque Deus a definiu como errada.
Platão responde que a injustiça ou imoralidade destrói a nossa harmonia interior e corrompe a
alma. A virtude, pelo contrário, purifica a alma. A felicidade depende da nossa integridade
moral e só o desenvolvimento da virtude permite viver a melhor vida possível. Somos mais
felizes quando não há conflito entre os nossos desejos e a nossa razão, melhor dizendo,
quando a razão governa a nossa vida. Os nossos desejos são a causa de perturbação. É mais
feliz quem controla os seus desejos do que quem constantemente sente a necessidade de os
satisfazer. A vida hedonista- centrada no prazer- é uma vida descontrolada porque cada desejo
satisfeito é seguido por um novo desejo que exige satisfação.
O ponto de vista moral exige que superemos o nosso ponto de vista pessoal transformando-
nos em observadores ideais. As condições para atingir este ponto de vista universal são:
1. Que não nos consideremos casos especiais como se houvesse uma diferença relevante entre
nós e os outros seres humanos;
2. Que consigamos através da imaginação identificar-nos com qualquer pessoa envolvida
numa dada situação
Se tenho carro sei que há limites de velocidade estabelecidos que nem eu nem os outros
devem ultrapassar, as regras de trânsito que me dizem por onde posso passar ou que proíbem
de circular em certas zonas, que há inspeção anual obrigatória, imposto único de circulação a
pagar….
Essas regras são o meio através do qual o Estado me governa e nos governa a todos nós.
Para que exista Estado e para que este subsista, quem obedece deve aceitar a autoridade dos
que mandam. Mas porque devemos obedecer ao Estado? Há justificação para isso?
Uma sociedade justa, em geral, é a que assegura aos seus membros um certo conjunto de
direitos fundamentais.
Princípio da liberdade igual
-Rawls começa por rejeitar que em nome ao objetivo da construção de uma sociedade justa se
sacrifiquem as liberdades individuais.
-Não há sociedade justa se não respeitarmos as liberdades.
-O estado deve garantir a todos os indivíduos igual liberdade, ou seja, deve garantir a todas as
liberdades básicas de forma igual. Mais precisamente, o princípio da liberdade igual significa
que nenhum indivíduo deve ter mais liberdade do que os outros para conduzir a sua vida e
realizar os seus projetos e ambições pessoais.
Princípio da diferença
-O propósito do princípio da diferença é o de regular e corrigir as desigualdades ao defender
que a riqueza deve ser distribuída de forma desigual desde que essa desigualdade permita que
os menos favorecidos fiquem o melhor possível.
-O princípio da diferença corresponde ao modo como Rawls entende a equidade. A equidade
equivale a uma distribuição desigual dos bens básicos que deve favorecer quem se encontra
em pior situação por razões económicas, físicas ou intelectuais.
- Por outras palavras, justifica-se que algumas pessoas ganhem acima da média desde que essa
desigualdade beneficie os membros menos favorecidos da sociedade.
Véu da ignorância
-o véu da ignorância é o desconhecimento por parte de cada indivíduo da sua condição social e
económica no momento do estabelecimento do contrato social. As vantagens do véu de
ignorância é que este estado de ignorância torna as decisões racionais porque garante a
imparcialidade das opções e escolhas de cada um.
-Para Nozick o estado promove a justiça se não interferir na vida económica respeitando o
direito absoluto de cada qual dispor do que recebeu ou adquiriu. O estado mínimo é o único
poder político legítimo porque respeita cada indivíduo como titular absoluto do que é seu. A
justiça social é, por isso, incompatível com a redistribuição da riqueza, seja qual for o critério
adotado pelo estado.
-Tolstoi defende a ideia de que sem Deus a vida humana não tem sentido porque só ele
garante a vida eterna. Na base desta ideia está a crença de que, se a morte for o fim definitivo
de todas as realizações humanas, tudo oque fazemos perde sentido e valor. Sem Deus, a vida
dos seres humanos esvair-se-ia na imensidão do universo e nada restaria da nossa
passagem.
-Outra forma de associar Deus ao problema do sentido da vida humana é o de afirmar que
Deus nos criou segundo um plano ou propósito que seria nosso dever cumprir.
Segunda Premissa: O universo e os organismos vivos são muito semelhantes aos relógios, isto
é, também revelam complexidade, organização e harmonia (desígnio).
Os ateus consideram que, perante e intolerável e sufocante realidade do mal, a única desculpa
de Deus é não existir.
Raciocinam do seguinte modo:
a) Se Deus é omnisciente, não pode ignorar a existência do mal
b) Se é absolutamente bom, deve querer impedi-lo
c) Se é omnipotente, pode impedi-lo
d) Se Deus existisse, então não haveria mal
e) Mas o mal existe
f) Logo, Deus não Existe
O mal moral é o sofrimento e a dor que os seres O mal natural é o sofrimento que é causado pela
humanos infligem uns os outros (guerras, natureza-catástrofes, como tsunamis e
assassínios, violência gratuita, discriminação…) terramotos, doenças, epidemias…
Embora seja difícil negar que o mal existe, já não é tão óbvio que algum mal não seja
necessário. Um mal necessário é algo exigido para evitar ou lutar contra um mal maior ou para
produzir um bem maior ( ex: tratamentos médicos…).
Resposta 1:
A defesa mediante o livre-arbítrio: Um mundo sem mal e sem livre-arbítrio seria pior do que o
mundo em que vivemos.
Um mundo com livre-arbítrio é melhor do que um mundo em que este não exista. Porque a
liberdade é um dos elementos mais nobres do mundo criado por Deus.
Criando agentes livres, Deus correu um risco.
Assim sendo, o mal é inevitável, e Deus não quer nem causa e o mal.
Resposta 2:
O mal é necessário porque é a condição do nosso aperfeiçoamento moral e espiritual.
O mal, o sofrimento ,é uma espécie de teste que devemos superar para aperfeiçoar o nosso
caráter moral, a nossa capacidade de enfrentar as adversidades.
Se o mal pode ser encarado como condição para a grandeza de caráter aqui e agora, também
pode ser visto como um meio para um bem maior. Qual? A Salvação eterna.
Swinburne
Se Deus nos tivesse criado de modo a fazermos sempre o bem, se as nossas decisões nunca
pudessem produzir ações com más consequências, a nossa vida moral não faria qualquer
sentido.
A existência de sofrimento poderia ter sido impedida por Deus, mas o preço a pagar seria
sacrificar os atos virtuosos dos seres humanos que são a nobre e valiosa resposta que estes
dão à presença do mal.
O mal natural é também necessário.
Deus é caridade
Os cristãos admitem, assim, que a Igreja nem sempre teve, ao longo dos séculos, o comportamento
moral mais adequado. Mas, em geral, tendem a acentuar que esses erros pertencem ao passado e que,
atualmente, de forma direta e indireta, por intermédio das mais diversas organizações a ela ligadas, a
Igreja pratica obras de inegável mérito moral, ajudando das mais diversas formas as pessoas carenciadas
de apoio material ou espiritual. (ex: Cáritas). Este trabalho da Igreja é amplamente reconhecido, mesmo
por aqueles que não partilham das suas convicções religiosas, que tendem, por esse motivo, a
desvalorizar os eventuais malefícios que possam resultar de algumas posições morais mais
conservadoras da igreja.
Os críticos não se deixam impressionar por este trabalho moral. Chegamos então a um impasse, tanto os
crentes como os seus opositores estão convencidos de que têm razão. A solução tem de passar por :
1. Determinar se os valores morais que as igrejas enaltecem são bons ou se, pelo contrário, os
críticos têm razão, e, depois, por…
2. Determinar se as ações indiscutivelmente boas que as religiões fizeram ao longo dos séculos
compensam as ações indiscutivelmente más que também realizaram.
Objetos artísticos: Criações humanas, objetos artificiais que produzidos pela atividade do
artista, são capazes de despertar emoções e sentimentos que os avaliem como belos, horríveis
ou sublimes. Ex: pintura, sinfonia, peça teatral.
Objetos naturais: São produtos da natureza e não criações humanas, descobrimo-los e são
capazes de despertar emoções e sentimentos que os avaliem como belos, horríveis ou
sublimes.
Para Kant, só há prazer ou satisfação estética se nos relacionarmos com os objetos naturais ou artísticos
de uma determinada forma, e se os observarmos e apreciarmos de um certo modo.
Não é uma atitude prática ou Não é um atitude cognitiva (de Não é uma atitude subordinada , em si
utilitária conhecimento) mesma, a princípios e objetivos morais
A atitude estética é alheia a qualquer A relação com os objetos naturais e Nossa atitude só terá forma estética se dermos
consideração sobre a utilidade do artísticos na experiência estética não é atenção ao objeto contemplado por si mesmo e
objeto, não é determinada pelo desejo motivada pela vontade de adquirir não à relação do objeto com os nossos conceitos e
de posse, ou pelo eventual valor conhecimento… princípios morais…
monetário… Negação desta característica Negação desta característica
Negacão desta característica O biólogo que estuda um bosque para Se uma pessoa sente prazer na contemplação de
Ex: Agente imobiliário que quando conhecer novos tipos de plantas. um dado objeto estético somente por lhe
observa as paisagens do Gerês, não reconhecer valor moral.
consegue evitar no seu valor monetário
e no excelente negocio que seria
construir um aldeamento ali.
Subjetivismo estético: Apenas conta oque o sujeito sente. O juízo estético é uma questão de gosto, e o
belo depende de gostos pessoais.
Objetivismo estético: Tudo oque conta são as características dos próprios objetos. É devido a
determinadas propriedades intrínsecas que um objeto é considerado belo ou feio.
Kant: Kant afirma que se digo que certo objeto é belo, implicitamente afirmo que é, de direito, belo para
todos. Como o meu juízo não se baseia em inclinações ou interesses (por mais elevados que sejam) que
me são peculiares, posso julgar-me no direito de que os outros reconheçam também a beleza do objeto.
Teorias Essencialistas
-As obras partilham alguma característica ou conjunto de características que são condições necessárias e
suficientes para que algo tenha o estatuto de arte. Defendem a arte em termos de propriedades
intrínsecas comuns aos objetos.
Objeções: Artes não imitativas, o reduzido valor da melhor imitação, problemas com a noção de
representação.
Objeções: Propriedades não intencionadas, Inacessibilidade dos estados mentais do artista, O artista
tem que sentir sempre oque a obra exprime?, Arte inexpressiva
11º
Linguagem silogística
Contraditórias
I Subcontrárias O
Algum S não é P
Algum S é P
Contraditórias (A/O, E/I): Negam se mutuamente: não podem ser ambas verdadeiras nem
ambas falsas.
Contrárias (A/E): Não podem ser ambas verdadeiras, mas podem ser ambas falsas: exemplo-
tanto é falso que todas as mulheres são altas como é falso que nenhuma mulher é alta.
Subcontrárias (I/O): Não podem ser ambas falsas, mas podem ser ambas verdadeiras.
Exemplo- Tanto é verdadeiro que alguns gregos são filósofos como é verdadeiro que alguns
gregos não são filósofos.
Oque é um silogismo?
Todo o M é P.
Todo o S é M.
Logo, todo o S é P.
O termo sujeito é sempre o primeiro termo que ocorre na proposição, sendo o segundo o
termo predicado. Ao termo sujeito da conclusão (S) chama-se termo menor, sendo o termo
predicado o termo maior. A premissa menor é a que tem o termo menor, sendo a premissa
maior a que tem o termo maior. No nosso caso, a segunda premissa é a menor porque tem o
termo menor, S, sendo a primeira premissa a maior porque tem o termo maior , P. O termo
que não ocorre na conclusão mas ocorre nas duas premissas é o termo médio, M.
Definição de silogismo:
-Tem apenas duas premissas e uma conclusão;
-Todas as suas proposições são de tipo A, I, E ,O;
-Tem apenas 3 termos;
-O termo menor é o termo sujeito da conclusão;
-Nas premissas, o termo menor só ocorre uma vez;
-O termo maior é o predicado da conclusão;
-Nas premissas o termo maior só ocorre uma vez;
-O termo médio ocorre apenas uma vez em cada uma das duas premissas;
- O termo médio não ocorre na conclusão.
Termos gerais
-Um termo geral é uma palavra ou um conjunto de palavras que podem referir mais de uma
coisa. Isto contrasta com os termos singulares, que não podem referir mais de uma coisa.
Assim as palavras “Sócrates” e “Marte” são termos singulares.
Regras de validade
Regras do Silogismo
Regra Viola a regra Não viola a regra
1 O termo médio tem de estar distribuído pelo menos Algum P é M. Algum P não é M.
uma vez. Todo o S é M. Todo o S é M.
Logo, algum P não é S. Logo, algum P não é S.
2 Qualquer termo distribuído na conclusão tem de Todo o M é P. Todo o P é M.
estar distribuído numa premissa. Todo o M é S. Nenhum M é S
Logo, nenhum S é P. Logo, nenhum S é P.
3 Pelo menos uma premissa tem de ser afirmativa Nenhum P é M. Todo o P é M.
Nenhum S é M. Nenhum S é M.
Logo, nenhum S é P. Logo, nenhum S é P.
4 Se uma premissa for negativa, a conclusão tem de Algum P não é . Nenhum P é M.
ser negativa. Algum S é M. Algum S é M.
Logo, algum S é P. Logo, algum S não é P.
Falácias Formais
Um silogismo é uma falácia formal quando parece válido mas não é. Algumas falácias são tão
formais que têm nome:
Designação Regra Violada Exemplo
Cinco conetivas
Exemplo Forma lógica Designação Formalização
Sócrates não era holandês. Não P. Negação P
Temos livre-arbítrio e P e Q. Conjunção P Q
responsabilidade moral.
A ética é imperativa ou meramente P ou Q. Disjunção PVQ
sugestiva.
Se arte é emoção, então os Se P então Q. Condicional P Q
formalistas estão equivocados.
Deus existe se e só se a vida é P e só se Q. Bicondicional P Q
sagrada.
Tabelas de verdade
Negação:
P P
V F
F V
Conjunção: Só é verdadeira quando ambos os conjuntos são verdadeiros.
P/Q P Q
VV V
VF F
FV F
FF F
Disjunção:
Inclusiva: Só é falsa quando ambas as disjuntas são falsas.
P/Q P VQ
VV V
VF V
FV V
FF F
Nome Formalização
Uma falácia formal é uma forma
Falácia da afirmação da P Q argumentativa inválida que
consequente Q parece válida.
:. P
Falácia da negação da P Q
antecedente P
:. Q
Falácias Informais
Falso dilema P ou Q
Mas não P
Exemplo: Ou acreditas em Deus ou és ateu. Logo, Q
Não acreditas em Deus.
Logo, és ateu.
Comete se a falácia do falso dilema caso se apresentem duas hipóteses alternativas como se
estas esgotassem todas as possibilidades, quando, na verdade, existem mais do que duas
hipóteses. No exemplo apresentado, a falácia surge na 1ª premissa. Esta premissa sugere que
existem apenas duas hipóteses: acreditar em Deus ou ser ateu, isto é um falso dilema, já que
existe mais uma possibilidade, ser agnóstico.
Falácia da Derrapagem
Exemplo: Se permitirmos o casamento homossexual, um dia as crianças poderão ser adotadas
por casais homossexuais.
Se as crianças puderem ser adoptadas por casais homossexuais, a família tradicional
desaparecerá.
Se a família tradicional desaparecer, assistiremos ao fim da sociedade civilizada.
Ora, devemos impedir o fim da sociedade civilizada.
Logo, não devemos permitir o casamento homossexual.
Apelo á ignorância
Exemplo: Nenhum filósofo até hoje conseguiu provar que Não se sabe que P,
Deus existe, Logo, é verdadeiro que P.
Logo, Deus não existe.
Não se sabe que P,
Nenhum cientista conseguiu até hoje provar que não Logo, é falso que P.
existem extraterrestres,
Logo, existem extraterrestres.
Numa falácia de apelo á ignorância afirma-se nas premissas que não se sabe que uma certa
proposição é verdadeira, concluindo-se dar que ela é falsa, concluindo-se daí que ela é
verdadeira, ora estas inferências são inválidas, pois do simples facto de não se conhecer o
valor de verdade de uma proposição não se segue que essa proposição seja falsa nem
verdadeira.
Petição de Princípio
Exemplo: A Bíblia é a palavra de Deus
Se a Bíblia é a palavra de Deus, então é verdadeira
Na Bíblia está escrito que Deus existe
Logo, Deus existe.
A petição de princípio ocorre num argumento quando nas premissas pressupomos que a
conclusão é verdadeira, sem parecer que o fazemos comete-se está falácia quando se
pressupõe nas premissas aquilo que se quer provar com o argumento.
Ad Hominem
Exemplo: Defendes que as touradas devem acabar porque não passas de um intelectual
suburbano desligado da vida rural.
Logo, as touradas não devem de acabar.
Dedução e Indução
Validade dedutiva Validade indutiva
Alguns corvos são animais bonitos. Todos os corvos observados até hoje são pretos.
Logo, alguns animais bonitos são corvos. Logo, todos os corvos são pretos.
Generalizações e previsões
Critérios Exemplos
1 O número de coisas observadas tem de ser representativo Uma pessoa que depois de ver 5 indianos com barbra conclui
na totalidade. que todos os indianos usam barba viola este critério.
2 Não pode haver informação que ponha em causa a validade Uma pessoa que conclui que o seu cão irá viver para sempre
do argumento. porque até agora sempre viveu está a desconsiderar o
conhecimento de que os organismos biológicos morrem.
3 Não pode haver contraexemplos, depois de os termos Uma pessoa que conclui que só em Portugal se fala português
procurado ativamente. depois de ter visitado todos os países da Europa viola este
critério: se procurar países fora da Europa, irá encontrar vários
onde se fala português.
Autoridade e Analogia
Argumentos de autoridade
Forma Lógica: Uma autoridade especialista afirmou que P.
Logo, P.
Critérios Exemplos
1 É preciso que a autoridade invocada seja realmente uma Invocar Einstein para defender ideias políticas viola esse
autoridade na área. critério porque ele era uma autoridade em física, mas não
em filosofia política.
2 É preciso especificar em que livro ou outro texto tal Uma pessoa que atribui a Einstein a ideia de que tudo é
autoridade disse tal coisa. relativo, mas depois é incapaz de dizer onde ele o escreveu,
viola este critério.
3 É preciso que a afirmação seja consensual entre as Uma pessoa que defende não haver livre-arbítrio porque
autoridades da área. Espinosa o sustentou, não obedece a este critério porque
outros filósofos discordam de espinosa.
4 É preciso que as autoridades invocadas não tenham fortes Um argumento baseado na opinião dos mecânicos de
interesses pessoais ou de classe no tema em causa. automóveis e cuja conclusão seja que nenhum carro é
seguro se não for obrigatoriamente à oficina uma vez por
trimestre viola este criério
Depois de garantir que a autoridade realmente afirmou o que está causa e que é realmente
uma autoridade na área é preciso garantir que o facto de ela afirmar tal coisa torna mais
provável que isso seja verdadeiro. Quando uma testemunha afirma algo, mas outra
testemunha igualmente bem colocada o nega , a afirmação da 1ª não torna mais provável que
isso seja verdadeiro e quando todas as autoridades concordam, mas têm todas muito a ganhar
com a afirmação que defendem o consenso entre elas não torna mais provável que isso seja
verdadeiro.
Qualquer pessoa pode cometer falácias sem se dar conta, porque todos somos falíveis.
Infelizmente, há quem usa falácias propositadamente, para enganar os outros. Quando isso
acontece tratam-se de sofismos.
Critérios Exemplos
1 É preciso que as semelhanças sejam relevantes Uma pessoa que conclui que um livro é excelente porque tem uma capa da
com respeito à conclusão. mesma cor de outro que era excelente, que tem o mesmo nº de páginas e que é
também feito de papel viola o critério.
2 É preciso que o número de semelhanças relevantes Uma pessoa que conclui que um livro é excelente porque é do mesmo autor
com respeito à conclusão seja adequado. viola este critério. Esta semelhança é revelante, mas é preciso mais de uma.
3 É preciso que não existam diferenças relevantes Uma pessoa que conclui que os homens tem útero porque são como as
com respeito à conclusão. mulheres e estas têm útero viola este critério.
Aristóteles
Retórica: Discurso sobre pessoas, sobretudo: decisões políticas ou jurídicas concretas, atitudes
sobre feitos do passado.
Discurso monológico, sem intervenção dos interlocutores.
Platão
Argumento do dinheiro:
Se os sofistas realmente ensinassem a justiça, e se fossem capazes de ensinar qualquer pessoa,
não seria necessário exigir pagamento antecipado. Mas eles exigem pagamento antecipado.
Logo, ou não ensinam realmente a justiça ou são incapazes de ensinar qualquer pessoa.
Retórica e filosofia
Platão pensa que não é possível ser genuinamente competente em retórica sem ao mesmo
tempo saber filosofia. E isto por 2 razões:
1º porque se o objeto da oratória é o justo e o injusto, só o filósofo pode adequadamente
discursar sobre tais temas porque só ele os estudou seriamente.
O sofista pode apenas simular que os conhece, enganando a multidão e enganando-se a si
próprio.
2º, porque se o objetivo da oratória é persuadir o auditório, o orador tem de ter um
conhecimento profundo dos diferentes perfis psicológicos das pessoas que ele quer persuadir.
Isto porque diferentes pessoas deixam-se persuadir por diferentes tipos de discurso. Ora, só o
filósofo tem esse género de conhecimento profundo sobre os diferentes tipos de pessoas. Este
é um aspeto central a critica de Platão aos sofistas. A
Critica é a de que os sofistas se limitam a simular um conhecimento do bem e da justiça que
não têm. Esse conhecimento só uma pessoa que se dedica seriamente ao estudo pode ter: um
filósofo. Assim, o principal defeito da sofistica é tratar-se de uma mera simulação da filosofia.
Platão considera que o mau uso da retórica ocorre quando o sofista simula uma vida filosófica
que não tem.
Platão considera que no bom uso da retórica chamamos para a filosofia pessoas que não têm
uma paixão natural pela filosofia.
Sentidos de conhecer
Assim parece correto afirmar que a professora não sabia que o namorado da Beatriz foi ao
jantar. Temos portanto uma crença verdadeira e justificada que não é conhecimento.
A definição de conhecimento continua um problema em aberto.
Fontes de Conhecimento
Queremos estar seguros de que sabemos mesmo estas coisas e de que não estamos a ser
enganados. Por isso precisamos de investigar como foi tal acontecimento obtido e oque nos
garante que o modo como foi obtido é fiável.
A razão e a experiência são, assim as duas fontes principais de justificação das nossas crenças,
sendo a base dos dois principais modos de conhecimento, a priori e a posteriori.
Razão (pensamento): a priori
Experiência (sentidos): a posteriori
Os empiristas, por sua vez, argumentam que o conhecimento a priori é pouco interessante,
uma vez que pouco ou nada de substancial nos diz sobre o que se passa no mundo. Isso é algo
que podemos saber a posteriori, que é oque as ciências da natureza fazem.
-Argumento da Ilusão
A ideia é de que os nossos sentidos nos iludem frequentemente, o que mostra que não são
dignos de confiança. Os nossos olhos, por exemplo, dão-nos informações discordantes e
contraditórias. O mesmo objeto parece-nos grande visto de perto mas pequeno visto de longe.
A julgar pela informação dada pelos nossos olhos, teríamos de concluir que as coisas mudam
de tamanho consoante nos afastamos ou aproximamos delas.
A dúvida metódica funciona então como uma espécie de teste cético: todas as nossas crenças
terão de ser submetidas à dúvida e só serão aceites como justificadas se passarem no teste.
Passar no teste é tentarmos duvidar e não conseguirmos. Uma crença da qual procuramos por
todos os meios duvidar sem o conseguirmos é uma crença indubitável.
Características da dúvida cartesiana
-Metódica: Porque não é um fim, mas um meio para alcançar o conhecimento, mostrando que
os céticos estão errados: não se duvida por duvidar nem se conclui que tudo é duvidoso. Sendo
um meio, ela tem um caráter provisório, pois é abandonada uma vez alcançado o seu objetivo.
-Universal: Porque nada está imune à dúvida, aplicando-se esta sistematicamente a todo o
tipo de crenças ( a posteriori ou à priori) e até as nossas próprias faculdades racionais.
-Hiperbólica: Porque nenhuma dúvida é suficientemente disparatada, admitindo-se todo o
tipo de razões para duvidar e levando até às suas ultimas consequências. É hiperbólica
também porque leva a supor que é falso o que é apenas duvidoso.
-Argumento do sonho:
Mostra que os sentidos nos enganam porque nos sonhos tudo se passa como se estivéssemos
realmente a ter as experiências que temos quando estamos acordados. E enquanto sonhamos
acreditamos que tudo está a acontecer na realidade e não apenas na nossa cabeça. Como
podemos saber se neste momento estamos a sonhar ou não? Descartes conclui que não
podemos saber e que, portanto tudo pode não passar de ilusão. Descartes não diz que
estamos de facto a sonhar e que tudo é uma ilusão. Basta que seja possível para que a dúvida
se instale.
O cogito é uma crença autojustificada porque é de tal forma evidente, que se justifica a si
própria: pensando, justifico a minha crença de que penso e existo. Ora se esta é uma crença
autojustificada então está explicado o principal erros dos céticos: pensarem que todas as
crenças são justificadas por outras crenças. Não precisando de ser justificada por outra crença,
o Cogito mostra que isso é falso, e que, portanto não há regressão infinita da justificação.
Devido a este aspeto do Cogito Descartes é um fundacionalista pois acredita que há uma
crença fundacional, o Cogito, que sustenta todas as outras crenças. Descartes é um
racionalista: alguém que defende que o fundamento de todas as crenças reside na razão.
“Penso logo existo” não é o mesmo que “corro logo existo” pois duvidar de que penso é ainda
pensar. Portanto, a duvida não consegue desfazer a certeza de que penso. O mesmo não
acontece com “corro logo existo” pois posso perfeitamente estar a sonhar que corro sem estar
realmente a correr. Ou seja, pode ser falso que corro quando penso que estou a correr, mas
não pode ser falso que penso quando penso que estou a pensar. Assim, só o “penso” serve. E
nem mesmo “aquela pessoa pensa, logo existe” serve, pois posso perfeitamente duvidar de
que tal pessoa existe, quanto mais que ela pensa.
Deus
Descartes pensa que nada nem ninguém a não ser Deus pode garantir que não me engano
quando concebo algo clara e distintamente. Essa garantia só pode ser dada por um ser
poderoso.
Porém, imaginemos que existe Deus, que é um ser poderoso e bom, autor não apenas do
mundo em que vivo mas também da minha própria natureza. Porque é poderoso, Deus poderá
garantir que eu não seja desprovido de capacidade para conhecer as coisas, desde que aplique
cuidadosamente a razão que ele mesmo me deu. E Deus quererá fazer isso porque é bondoso.
Deus existe: Descartes pensa que há provas de que Deus existe. Uma das provas + importantes
é inteiramente a priori, pois não recorre à experiência mas sim ao pensamento.
Conhecimento Primitivo ou Não Inferencial: É aquele que é obtido de modo direto, por
contacto com o objeto. Exemplo: Sei que está a chover porque vejo a chuva a cair.- a posteriori
Conhecimento Primitivo a priori: Cogito de Descartes
Impressões e ideias
Hume diz-nos que as relações de ideias e as Relações de facto são os 2 tipos fundamentais de
objetos da investigação humana.
Ex Relações de Ideias: O quadrado da hipotenusa é igual à soma dos quadrados dos catetos;
3x5=30…
Ex Relações de facto: O sol vai nascer amanhã; O calor e a luz são efeitos do fogo…
O que os distingue é que a negação de uma afirmação sobre questões de facto não
implica contradição alguma, enquanto, a negação de uma afirmação sobre relações
de ideias implica uma contradição.
A priori e a posteriori
Conhecimento
A priori Verdades Sobre Relações Acerca dos nossos
Necessárias de Ideias conceitos
Causalidade
Causa e efeito
-Chama-se “relação de causalidade” à relação de causa e efeito.
Hume defende que as causas e efeitos não podem ser conhecidos pela razão. Podemos
imaginar o ser com as maiores capacidades racionais, e esse ser seria incapaz de descobrir pelo
pensamento apenas as causas e efeitos de um dado objeto que nunca viu. Por exemplo, se ele
nunca viu metal, não poderá prever que o metal dilata com o calor.
Conjunção Constante
Hume defende que quando observamos uma conjunção constante entre 2 tipos de
acontecimentos temos tendência para concluir que há relação de causalidade entre eles. Ou
seja, observámos até agora que a todos os acontecimentos de tipo A se seguiram
acontecimentos de tipo B, esta é a conjunção constante efetivamente observada por nós. Por
ex, sempre que uma bola de bilhar colide com outra vemos que a 2ª se põe em movimento.
Temos tendência para concluir que o movimento da 1ª bola causou o movimento da 2ª. Ou
seja, concluímos que há relação de causalidade entre o 1º e o 2º acontecimento.
Hábito
Ao observarmos repetidamente uma conjunção constante entre certos acontecimentos gera-
se em nós a expetativa que o mesmo acorra no futuro, levando-nos a pensar que um não pode
correr sem o outro. Assim a nossa crença de que há uma conexão necessária entre
acontecimentos decorre simplesmente do hábito. É o hábito que leva a nossa mente a projetar
no mundo a ideia de conexão necessária. A causalidade que supostamente nos permite
compreender muito do que acontece no mundo, não passa de algo que existe apenas na nossa
mente e não algo que possa ser observado no mundo.
Ceticismo de Hume
Problema da indução
Como vimos, Hume defende que na nossa mente apenas temos perceções, sendo elas a
origem do nosso conhecimento do mundo. Porém, não podemos confundir a perceção de um
objeto com esse objeto. Por ex, as nossas perceções de uma árvore são diferentes consoante
nos aproximamos ou afastamos dela: parece nos maior quando estamos mais perto e mais
pequena quando estamos mais longe. Mas não acreditamos que a própria árvore mude de
tamanho à medida que nos aproximamos ou afastamos dela. Isto mostra que a perceção da
árvore e a própria árvore não são a mesma coisa.
Não sabemos realmente que o mundo exterior existe nem que não existe.
Ceticismo Moderado
Hume não é, pois um cético radical. Isto porque, ao contrário dos céticos radicais, defende que
não devemos abandonar as nossas crenças intuitivas na existência do mundo exterior ou de
relações causais. Hume pensa que abandonar essas crenças tornaria, a nossa vida impossível.
Contudo os argumentos céticos de Hume mostram que a nossa capacidade de conhecimento
tem limites, exigindo que sejamos moderados nas nossas opiniões. Devemos estar sempre
atentos para evitar o dogmatismo, e devemos manter o nosso espírito aberto, pois pode dar se
o caso de as nossas certezas nos impedirem de ver melhor as coisas.
Críticas ao indutivismo
O problema da Indução
Ora, se o método científico se baseia essencialmente no raciocínio indutivo, como defendem
os indutivistas, e este não é confiável, então é a própria ciência que não é confiável. Parece,
pois, que se quisermos continuar a confiar na ciência, temos de rejeitar o indutivismo.
O falsificacionismo de Popper
Demarcação e falsificabilidade
Nem a indução nem a verificabilidade- isto é, a característica de ser verificável-funcionam
como critério de demarcação entre teorias científicas e não científicas. No fundo, diz ele, o
que é racional esperar de uma teoria científica não é que ela seja empiricamente verificada,
mas antes que ela possa ser empiricamente testada. Essa é a marca da cientificidade que
permite distinguir as teorias cientificas de quaisquer outras. Ora, recorrer à experiência para
testar as suas teorias é algo que está ao alcance dos cientistas, mesmo sem indução. Testar
teorias é tentar ativamente encontrar casos que sejam incompatíveis com ela. Mas isso é o
oposto de verifica-las. O que os cientistas fazem com as suas teorias é, pois, tentar falsificá-las.
Ao passo que nenhuma quantidade de casos particulares permite verificar uma proposição
universal como a de que todos os cisnes são brancos, basta observarmos apenas um cisne que
não seja branco para a falsificar, isto é, para provar que é falsa.
Falsificabilidade e falsificação
Ser falsificável significa que a teoria têm de dizer em que circunstâncias observacionais se
revelaria falsa. Assim mesmo as teorias científicas, que por hipótese são verdadeiras são
também falsificáveis. Por ex a teoria de que todas as esmeraldas são verdes é falsificável, pois
é possível pensar o que teríamos de encontrar para a refutar: uma esmeralda que não fosse
verde. Uma teoria ser falsificável não depende pois de ser falsa nem de vir a ser efetivamente
falsificada. Tal como uma coisa ser comestível não depende de vir a ser efetivamente comida,
há muitas coisas comestíveis que nunca foram nem serão alguma vez comidas por alguém.
Graus de falsificabilidade
Quanto + coisas a teoria proibir + conteúdo empírico ela tem e maior é o seu grau de
falsificabilidade.
O conteúdo empírico de uma teoria é a informação que ela dá sobre o mundo que
observamos.
Tudo começa com um problema, depois segue a teoria, de seguida a observação para a
tentativa de refutação. Se ao tentarmos refutar uma teoria ela resistir aos testes, dá-se o
nome de teoria corroborada, e como resistiu aos testes, dá-se continuação aos testes.
Se ao tentarmos refutar uma teoria e ela não resistir aos testes, dá-se o nome de teoria
refutada e tenta-se uma nova hipótese.
Conjeturas e Refutações
Método Crítico
Popper considera que o método crítico pode ser caracterizado como “o método de conjeturas
ousadas e de tentativas engenhosas e severas de refutá-las”. Daí chamar-lhe também
“método das conjeturas e refutações”. As coisas começam assim:
1. Tudo começa com algum problema. Se não houver problema, a investigação nem
arranca. Não se parte, portanto, da observação, como supõem os indutivistas.
2. Perante um dado problema, o cientista só tem 1 coisa a fazer, que é avançar com um
1ª tentativa de solução, isto é, com uma hipótese.
3. A hipótese terá de ser testada, isto é, terá de ser sujeita a tentativas sérias de
refutação.
Se a hipótese for refutada, terá de ser substituída por outra melhor, que responda ao mesmo
problema, mas que não enfrente as mesmas dificuldades que a anterior.
Isto mostra que de acordo com Popper, é errado afirmar que há teorias ou hipóteses
verdadeiras, dado que nunca são verificadas. Mesmo quando as teorias passam com sucesso
aos testes severos para a falsificar.
Então se nunca se pode provar que uma teoria é verdadeira, o que dizer daquelas que não
conseguimos falsificar? Popper chama-as de teorias corroboradas.
Críticas a Popper
A perspetiva de Popper não corresponde ao que realmente se passa na prática;
Popper só da conta do conhecimento científico negativo e não daquele que, em geral,
nos leva a dar importância à ciência: os seus resultados positivos;
De acordo com Popper não podemos proferir juízos sobre o futuro que sejam
racionalmente justificadas, pelo que nos deixa na mesma situação levantada pelo
problema da indução.
Perspetiva de Popper
A perspetiva de Kuhn
Kuhn pensa que só é possível fazer uma caracterização correta da ciência prestando atenção à
história da ciência no seu todo e ao modo como os cientistas se comportam no seio da
comunidade científica. De acordo com Kuhn, abordagem como a de Popper não captam o que
realmente se passa na ciência porque não olham o interior da comunidade científica: como se
formam os cientistas, como conseguem o seu emprego, como trabalham no seu dia-a-dia…
Paradigma: É uma matriz disciplinar, isto é, uma visão do mundo que proporciona os princípios
teóricos e práticos para se fazer ciência numa dada área.
Escolha de teorias
Se como defende Kuhn, a escolha de teorias propostas por paradigmas que competem entre si
depende em grande parte de critérios subjetivos, então talvez a ciência não seja objetiva. Kuhn
reconhece que há critérios objetivos, mas considera que são insuficientes, pois tais critérios
não conseguem explicar por que razão há cientistas que aderem a uma teoria proposta por um
paradigma e outros cientistas aderem a teorias rivais.
1. Exatidão: Diz respeito às previsões que uma teoria permite fazer e às suas aplicações
práticas observáveis. Quanto mais exatas forem as suas previsões e quanto mais
precisas as suas aplicações melhor é a teoria.
2. Consistência: Diz respeito à coerência interna da teoria e à sua compatibilidade com
outras teorias aceites nesse período. Quanto + uma teoria estiver de acordo com
outras amplamente aceites melhor é.
3. Simplicidade: Diz respeito à quantidade de leis ou princípios teóricos fundamentais de
que a teoria necessita para explicar as coisas. Quanto – aparatosa for a teoria +
simples e elegante ela é, oque torna preferível a outras + complexas.
4. Alcance: Diz respeito à quantidade e diversidade de coisas que ela consegue explicar.
Quantas + coisas uma teoria conseguir explicar melhor é.
5. Fecundidade: Diz respeito à capacidade de uma teoria gerar novas descobertas
científicas.
Incomensurabilidade de paradigmas
É a ideia de Kuhn de que não é possível comparar objetivamente paradigmas. Ora se não é
possível compará-los, também não pode haver qualquer continuidade entre eles. Mas, não
havendo qualquer tipo de continuidade, haverá realmente um processo científico?
Kuhn diz que a ciência não tem de progredir em direção a um fim estabelecido, rejeitando a
ideia de que a ciência progride em direção à verdade.
Karl Popper
-Conceção idealizada e irrealista da atividade científica;
Não justifica adequadamente a nossa confiança na ciência.
Thomas Kuhn
-A ideia de incomensurabilidade é implausível e é contrariada pela própria história da ciência;
-Abre as portas a uma conceção irrealista e cética da ciência.
FIM