Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Índice
) Capítulos
) Referências cruzadas
Os vários capítulos incluem referências cruzadas (indicadas pelo símbolo Î) a
outras partes do guia de concepção apresentando informações mais profundas
sobre tópicos específicos.
As referências aos artigos técnicos (Notas de Aplicação - NA) são indicadas pelo
seguinte símbolo juntamente com o número das Notas de Aplicação em questão.
Ver nº NA Î
Fig. 1.4. Parâmetros principais dos componentes nas instalações com UPSs.
45 %
● sistemas de reservas aéreas – 90 mil
Euros.
Supply
20 %
Equipment
● transacções de cartões de crédito –
2,5 milhões de Euros.
problems failure ● linha de montagem automóvel - 6
milhões de Euros
20 %
Nuisance tripping
● transacções da bolsa de valores – 6,5
milhões de Euros.
(circuit breaker, etc.)
Fig. 1.5. Origem e custo das falhas dos sistemas devido ao fornecimento de electricidade.
Tipos de UPSs
O termo UPS abrange produtos com potências nominais aparentes, desde poucas
centenas de VA até vários MVA, implementando diferentes tecnologias.
É essa a razão pela qual a norma IEC 62040-3 e a norma equivalente europeia ENV
62040-3 define três tipos padrão (topologias) de UPS.
As tecnologias da UPS incluem:
• Estado em espera passivo,
• Interacção com o sistema de distribuição,
• Conversão dupla.
Para as potências nominais baixas (< 2 kVA), as três tecnologias coexistem. Para as
potências nominais superiores, praticamente todas as UPSs (por exemplo,
componentes semicondutores de implementação, IGBTs) implementam a tecnologia
de conversão dupla.
As UPSs rotativas (com peças mecânicas rotativas, por exemplo volantes) não
estão incluídas nos padrões e permanecem à margem no mercado.
Î Tipos de UPSs, ver Revisão técnica p. 9 "Tipos de UPSs estáticas".
H5 = 33%
H7 = 2,7%
H11 = 7,3%
H13 = 1,6%
H17 = 2,6%
H19 = 1,1%
H23 = 1,5%
H25 = 1,3%
Fig. 1.9. Exemplo do espectro harmónico da corrente absorvida por uma carga não
linear.
Os custos do tempo de inactividade para aplicações críticas são elevados (ver fig.
1.5).
Obviamente, estas aplicações têm de permanecer em funcionamento durante o
maior tempo possível.
O mesmo aplica-se ao fornecimento de electricidade.
A disponibilidade da energia fornecida por uma instalação eléctrica corresponde a
uma medição estatística (em forma de percentagem) do seu tempo de
funcionamento.
Os valores de MTBF e MTTR são calculados ou medidos (com base nas
observações longas o suficiente) para os componentes. Podem ser utilizados para
determinar a disponibilidade da instalação durante o período de tempo.
Reduzir o MTTR
A detecção de falha em tempo real, a análise por especialistas para garantir um
diagnóstico exacto e a reparação rápida contribuem para reduzir o MTTR.
Estes esforços dependem dos factores chave listados abaixo.
Qualidade do serviço
• Presença internacional do fabricante.
• Disponibilidade internacional dos serviços.
• O número, as competências e a experiência das equipas de assistência.
Schneider Electric 09/2015 edition p. 14
Noções básicas em instalações com UPSs
(cont.)
TM
A Global Services oferece uma gama completa de serviços de
consultadoria, formação e auditoria para disponibilizar aos utilizadores o
conhecimento necessário para o funcionamento do sistema, o diagnóstico
e a manutenção de nível um.
Global ServicesTM
Reduzir o MTTR
Aumentar a disponibilidade
Aumentar o MTBF
Esta meta depende principalmente dos factores listados abaixo.
Selecção dos componentes com fiabilidade comprovada
• Produtos com processos certificados de fabrico, desenvolvimento e
concepção.
• Níveis certificados de desempenho por organizações independentes
reconhecidas.
• Conformidade com normas internacionais de segurança eléctrica, EMC
(compatibilidade electromagnética) e medição de desempenho.
Immediate tripping:
- detection and alarms
- identification of causes
- corrective action
Redundância da fonte:
disponibilidade até mesmo
durante longas interrupções
dos serviços da rede de
distribuição de energia
eléctrica pública.
redundância da UPS:
fiabilidade e manutenção
mais fácil e segura.
Distribuição redundante
com unidades STS:
disponibilidade máxima.
Fig. 1.16. Os níveis necessários de disponibilidade deram origem à utilização de redundância
em vários níveis da instalação.
Cargas lineares
Trifásico Monofásico
Tensão sinusoidal u(t) = U 2 sin ωt entre fases v(t) = V 2 sin ωt fase a neutra
U=V 3
Corrente sinusoidal deslocada i(t) = I 2 sin (ωt - ϕ) corrente da fase
S= P 2 +Q 2
I12 2 2 2
+ I2 + I3 + I4 + ....
THDI = Distorção harmónica total da corrente
I1
Eficiência da UPS
Este factor determina a potência absorvida pela UPS no sistema de
distribuição a jusante, ou seja, o consumo. Pode calcular-se da seguinte
forma:
PUPSoutput (kW )
η (%) =
PUPSinput (kW )
Para uma determinada potência nominal, um elevado nível de eficiência:
• reduz as facturas de energia,
• reduz as perdas de calor e, consequentemente, os requisitos de ventilação.
Fig. 1.17. Unidade UPS estática simples de conversão dupla e exemplo de uma curva de
sobretensão.
4. - Carga em percentagem
O quarto passo é verificar se a carga em percentagem é aceitável agora e no
futuro, consoante as condições de funcionamento pretendidas.
A carga em percentagem é:
Carga = S / Sn(kVA) .
Tem de ser suficiente para incluir quaisquer aumentos na carga ou se existirem
planos para expandir o sistema de forma a ser redundante.
Verificações necessárias
Em seguida, é necessário verificar se a potência nominal da UPS planeada pode
suportar as correntes de pico. Tenha em atenção que a UPS pode funcionar durante
poucos períodos de tempo em modo de limitação de corrente (ou seja, 2.33 In
durante um segundo para uma Galaxy 9000). Se a UPS não conseguir suportar as
correntes de pico, é necessário decidir se é aceitável transferir para a entrada de CA
do bypass quando ocorrem as condições transitórias. Se a transferência não for
aceitável, é necessário aumentar a potência nominal.
Î Revisão das correntes de pico, ver Revisão técnica p. 37.
Exemplo
O exemplo abaixo serve simplesmente para ilustrar o ponto em questão e não
corresponde a uma situação real. O objectivo é indicar os passos necessários.
A instalação é constituída por três cargas trifásicas de 400 V ligadas em
paralelo:
• Sistema informático - S1 = 4 x 10 kVA (4 cargas idênticas de 10 kVA), λ = 0,6
para todas as cargas, corrente de pico 8 In durante 4 períodos de 50 Hz (80
ms) para cada carga,
• Controlador de velocidade variável - S2 = 20 kVA, λ = 0,7, corrente de pico 4 In
durante cinco períodos (100 ms),
• Transformador de isolamento - S3 = 20 kVA, λ = cos ϕ = 0,8, corrente de pico
10 In durante seis períodos (120 ms).
Factor de potência λ à
saída da UPS para todas
as cargas
4 - Carga em percentagem
Com redundância, as unidades UPS partilham a carga de acordo com a equação
S / (N+K). A carga em percentagem para cada unidade quando existe redundância
é:
TL = S / (N + k) Sn(kVA) .
Num sistema não redundante, é calculada da seguinte forma:
TL = S / N Sn(kVA).
Tem de ser suficiente para incluir quaisquer aumentos na carga.
Exemplo
Este exemplo utilizará os resultados do último exemplo e vamos considerar que as
cargas são críticas, ou seja, a redundância é necessária.
• A carga total é 54 kW com um factor de potência global para todas as cargas
de 0,68, ou seja, S = 54 / 0,68 = 79,4 kVA.
• Se for utilizada redundância de 2+1, as duas unidades devem ter capacidade
para fornecer a carga. Cada deve fornecer S / 2 = 79,4 / 2 = 39,7 kVA.
• Deve seleccionar uma Galaxy PW UPS com uma classificação suficiente. A
classificação 40 kVA não seria suficiente, ou seja, deve ser seleccionada a
classificação 50 kVA ou superior, se estiver planeada uma extensão do local.
• Se a redundância não estiver disponível, as duas unidades devem ter
capacidade para fornecer a carga.
• Este é o caso porque 2 x 50 x 0,68 = 68 kW > 54 kW.
• Durante o funcionamento, a carga em percentagem será:
- com redundância, ou seja, com 3 unidades UPS que partilham a carga: 79,4 / 3 x
50 = 52,9%,
- sem redundância, ou seja, só com 2 unidades UPS que partilham a carga: 79,4 / 2
x 50 = 79,4%.
Rectificadores padrão
Estes rectificadores são trifásicos e incluem SCRs e utilizam uma ponte hexafásica
(ponte de Graetz) com corte padrão da corrente.
Este tipo de ponte transporta correntes com ordens de n = 6 k ± 1 (em que k é um
número inteiro), principalmente H5 e H7 e para um grau menor H11 e H13.
As harmónicas são controladas utilizando um filtro (ver fig. 1.20).
Tabela 1.2. Exemplo das limitações da corrente harmónica consoante o guia IEC 61000-3-4 /
EN 61000-3-4 para dispositivos com uma corrente de entrada de > 16 A/ph (fase 1, ligação
simplificada).
Harmónica % de H1 (fundamental)
H3 21.6%
H5 10.7%
H7 7.2%
H9 3.8%
H11 3.1%
H13 2.0%
H15 0.7%
H17 1.2%
H19 1.1%
H21 ≤ 0.6%
H23 0.9%
H25 0.8%
H27 ≤ 0.6%
H29 0.7%
H31 0.7%
≥ H33 ≤ 0.6%
Ordens pares ≤ 0,6% ou ≤ 8/n (n ordem par)
Filtros LC passivos
• não compensados
• compensados
• não compensados com relé
Rectificador de ponte dupla
Filtro de mudança de fase
Filtro THM activo (tecnologia activa de 12 impulsos).
Fig. 1.21. Curva de redução de potência de um gerador, como uma função do factor de
potência da instalação.
A curva na figura acima, fornecida como exemplo entre muitas, mostra a redução de
potência como uma função do ponto de funcionamento de um determinado gerador.
Para uma carga verdadeiramente capacitiva (λ = 0), a potência disponível é igual
apenas a 30% da potência nominal (ponto A). Se considerarmos uma potência
nominal aparente, como a do gerador Pn = rectificador Pn, o significado dos pontos
A, B, C, D , E e F é o seguinte:
A: potência reactiva correspondente à corrente capacitiva de um filtro não
compensado,
B: potência reactiva correspondente à corrente capacitiva de um filtro compensado,
C: ponto de funcionamento no arranque com um filtro não compensado com relé,
D: ponto de funcionamento na carga nominal com um filtro não compensado,
E: ponto de funcionamento na carga nominal com um filtro compensado,
F: ponto de funcionamento na carga nominal, sem um filtro ou com um filtro de
mudança de fase.
Exemplo
Considere um filtro não compensado com um gerador de 300 kVA e uma 200 kVA
Galaxy PW UPS.
A potência nominal do rectificador, tendo em conta 87% do valor de eficiência (1 /
0,87 = 1,15), é 1,15 vezes a do inversor, ou seja, 200 x 1,15 = 230 kVA.
A corrente capacitiva do filtro não compensado é 230 x 30% (1) = 69 kVA.
A potência reactiva que o gerador pode suportar (ponto A) é 300 x 0,3 = 90 kVA.
Assim, o filtro é compatível com o gerador.
(1) O valor de 30% foi determinado experimentalmente.
Tipo de filtro LC não LC compensado LC com relé Ponte dupla THM incorporado
Critério compensado
Diagrama
Fig. 1.22a Fig. 1.22b Fig. 1.22c Fig. 1.22d Fig. 1.22e
Redução na distorção
THDI com 100% de carga 7 a 8% 7 a 8% 7 a 8% 10% 4%
THDI com 50% de carga 10% 10% 10% 15% 5%
Harmónicas eliminadas H5, H7 H5, H7 H5, H7 H5, H7, H17, H19 H2 a H25
Factor de potência
λ a 100% de carga 0.95 0.95 0.95 0.85 0.94
λ a 50% de carga 1 1 1 0.8 0.94
Compatibilidade com * ** ** ** ***
gerador
Eficiência do filtro *** *** *** * **
Flexibilidade, capacidade * * * * ***
de actualização
Custo *** *** *** * **
Dimensões *** *** *** * ***
Ligação em paralelo com * * * * **
UPS
Fig. 1.22f Fig. 1.22g Fig. 1.22h Fig. 1.22i Fig. 1.22j
Conformidade com o guia não não não não sim
IEC 61000-3-4
Comentários gerais Solução adequada a Solução adequada a Solução adequada a Solução adequada a Solução adequada a
instalações sem um instalações com um instalações incluindo instalações com instalações sensíveis
gerador a motor. gerador a motor. A um gerador a motor geradores ou com níveis de
carga indutora com uma potência carga variáveis. A
adicionada reduz a nominal inferior à da solução mais eficiente
potência capacitiva UPS. A linha LC é e mais flexível. Não
que deve ser ligada pelo relé com depende da carga em
fornecida pelo um valor predefinido percentagem, ou do
gerador a motor. correspondente à tipo de fonte a
carga em montante.
percentagem do
inversor aceitável
para o gerador a
motor.
SW
Load
Alteração nos sistemas de ligação à terra Alteração nos sistemas de ligação à terra
a IT, TT ou TN-S a jusante. a IT, TT ou TN-S a jusante.
Neutro distribuído pelas duas linhas. Neutro distribuído pelas duas linhas.
Alteração nos sistemas de ligação à terra Alteração nos sistemas de ligação à terra
a TN-C a jusante. a TN-C a jusante.
Galaxy PW e 9000 Galaxy 5000 e 7000
Fig. 1.30. Alguns exemplos com o sistema diferente a montante e a jusante.
Protecção utilizando O sistema de protecção para instalações com unidades UPS apresentadas aqui irá
implementar disjuntores. Segue uma apresentação das características principais dos
disjuntores disjuntores e das respectivas unidades de activação. O número da peça referido
como exemplo diz respeito aos disjuntores da Schneider Electric. Outras
características, como corrente e esforço térmico limitado, estão entre os pontos mais
fortes da gama de disjuntores Compact NSX, mas não serão tratadas neste
documento.
Î Para obter mais informações, consulte o catálogo de distribuição de média e
baixa tensão da Schneider Electric e o “Guia de Instalação Eléctrica”.
Unidades de activação
Tecnologia
Existem dois tipos de unidades de activação:
• termo-magnética,
• electrónica.
Construção
• incorporada (apenas termo-magnética).
• intermutável.
Comparação
As unidades de activação termo-magnéticas são simples e acessíveis.
As unidades de activação eléctrica oferecem mais definições precisas e completas
para uma adaptação melhor às instalações e aos seus requisitos.
A tabela abaixo resume as características dos dois tipos de unidades de activação
para disjuntores, desde 1 a 630 A e deve permitir a resolução da maioria dos
problemas detectados (desde 1 a 400 kVA).
A figura 1.31 apresenta as curvas características das unidades de activação.
(1) lr é o limite de protecção térmica (por vezes escrito lth) das unidades de activação termo-
magnéticas ou o limite de protecção do atraso longo das unidades de activação electrónicas.
Estes limites são definidos por uma curva de tempo inverso que depende da definição
seleccionada.
(2) tr é o atraso de tempo da protecção térmica do atraso longo para um determinado valor de
lr.
(3) lm é o limite magnético das unidades de activação termo-magnéticas e lsd é o limite de
atraso curto das unidades de activação electrónicas.
(4) tm é o atraso de tempo (ajustável ou fico) da protecção magnetic das unidades de
activação termo-magnéticas e tsd é o atraso de tempo (geralmente ajustável) da protecção de
atraso curto das unidades de activação electrónicas.
(5) li é o limite de activação instantânea.
Limitação de corrente
Quando uma elevada corrente de falha chega ao disjuntor, os contactos do disjuntor
separam-se sob as forças electrodinâmicas, é criado um arco e a sua resistência
limita a energia do curto-circuito.
Cascata
Quando ocorre um curto-circuito a jusante da instalação (ver fig. 1.32), a corrente de
falha também passa pelo disjuntor a montante que limita a corrente, atenuando
assim a corrente aplicada ao disjuntor a jusante. A capacidade de interrupção do
último é reforçada.
Capacidade de interrupção
Tem de seleccionar a capacidade de interrupção mesmo acima da corrente de
curto-circuito que pode ocorrer no ponto de instalação.
Limites lr e lm
A tabela que se segue indica a forma como determinar os limites lr e lm para
garantir discriminação, dependendo das unidades de activação a jusante e a
montante.
Observação.
Deve ser um técnico qualificado a implementar a discriminação de tempo, porque o
tempo atrasa antes da activação aumentar o esforço térmico (I2t) a jusante (cabos,
semi-condutores, etc). É necessário ter em atenção se a activação de CB2 é
atrasada utilizando o atraso de tempo limite lm.
A discriminação de energia não depende da unidade de activação, só do disjuntor.
Exemplo
Considere o exemplo utilizado para determinar a potência nominal da UPS (Cap. 1
p. 21) com um número de cargas trifásicas ligadas em paralelo de 400 V,
nomeadamente:
• Sistema informático – S1 4 x 10 kVA, λ = 0,6, corrente de pico 8 In durante
quatro períodos (80 ms),
• Controlador de velocidade variável - S2 = 20 kVA, λ = 0,7, corrente de pico 4
In durante cinco períodos
(100 ms),
• Transformador de isolamento - S3 = 20 kVA, λ = 0,8, corrente de pico 10 In
durante seis períodos (120 ms).
As três cargas representam 54 kW com um factor de potência de 0,68.
No capítulo 1, p. 21, foi seleccionado um Galaxy PW, com uma potência nominal de
100 kVA, I = 100 / (400 x 3 ) = 144 A.
Sistema a montante
Ra, Xa
Fontes
Rtr Xtr
Transformador
• Sn = potência nominal aparente 630 kVA
• In = corrente nominal = 630 / U 3 = 630 103 / (400 x 3 ) = 909 A
• Usc = tensão do curto-circuito do transformador = 4%
• Pcu = perdas de cobre do transformador em VA
Pcu
Rtr = resistência do transformador = ≈ 20% Xtr, Ztr dado insignificante
3 In2
U20 2
Xtr ≈ Ztr = impedância do transformador = x Usc = 4102 x 0,04 / 630 103 = 10,7
Sn
mΩ
Rtr ≈ 0 e Xtr = 10,7 mΩ.
Disjuntor geral
Valores típicos
Rd ≈ 0 e Xd = 0.15 mΩ.
Terminais
• Xb = reactância do terminal (geralmente 0,15 mΩ/m) = 0,15 x 4 = 0,6 mΩ
• Rb = resistência do terminal = ρ L / S= 22,5 x 4 / (3 x 400) = 0,075 mΩ
(insignificante)
Rb ≈ 0 e Xb = 0,6 mΩ.
Parâmetros de selecção
A tabela que se segue resume os vários valores calculados.
Parâmetro Valor
corrente de curto-circuito do transformador 19,4 kA
corrente de curto-circuito do gerador 2,9 kA
corrente do rectificador (entrada da UPS) 173 A
corrente contínua de carga a jusante da UPS 97 A
corrente de aplicação de energia da carga maior 288 A - 120 ms
corrente máxima do comutador estático 19,4 kA
Disjuntores de entrada
Bypass estático
Impedância insignificante
Disjuntores de saída
Isc no CB3 ≈ Isc no CB2
Aumento da temperatura
O aumento da temperatura tolerável nos cabos está limitado à capacidade de
resistência de isolamento do cabo.
O aumento da temperatura nos cabos depende do:
• tipo de núcleo (Cu ou AI),
• método de instalação,
• número de cabos em contacto.
As normas exigem, para cada tipo de cabo, a corrente máxima tolerável.
Quedas de tensão
Valores máximos
As quedas máximas de tensão toleráveis são:
• 3% para circuitos de CA (50 ou 60 Hz),
• 1% para circuitos de CC.
Tabelas de selecção
As tabelas que se seguem indicam a queda de tensão em percentagem para um
circuito constituído por 100 metros de cabo de cobre. Para calcular a queda de
tensão num circuito com um comprimento L, multiplique o valor na tabela por L/100.
Se a queda de tensão exceder os 3% num circuito trifásico ou 1% num circuito de
CC, aumente a secção cruzada dos condutores até o valor estar dentro das
tolerâncias.
Exemplo do cálculo
Vamos considerar um circuito trifásico de 400 V e 70 metros, com condutores de
cobre e uma corrente nominal de 600 A.
A norma IEC 60364 indica, dependendo do método de instalação e da carga, uma
secção cruzada mínima. Devemos assumir que a secção cruzada mínima é de 95
mm2.
Primeiro é necessário verificar se a queda de tensão não excede os 3%.
A tabela para circuitos trifásicos na página seguinte indica, para um fluxo de
corrente de 600 A num cabo de 300 mm2, uma queda de tensão de 3% para 100
metros de cabo, ou seja, para 70 metros:
3 x 70/100 = 2,1%, inferior ao limite de 3%.
Pode aplicar-se um cálculo idêntico para uma corrente de CC de 1000 A num cabo
de 10 metros com uma secção cruzada de 240 mm². A queda de tensão para 100
metros é 5,3%, ou seja, para dez metros.
5,3 x 10/100 = 0,53%, inferior ao limite de 1%.
Fig. 1.38. Diagrama simplificado de uma UPS com armazenamento de energia de reserva.
Tecnologias disponíveis
As várias tecnologias disponíveis actualmente são as seguintes:
• baterias:
- ácido-chumbo selada,
- ácido-chumbo ventilada,
- cádmio de níquel,
• ultracondensadores,
• volantes:
- unidades tradicionais activadas a baixas velocidades (1500 rmp) e combinadas
com geradores a motor,
- unidades de velocidade média (7000 rpm) ou alta velocidade (30 a 100 000 rpm).
Volantes
Schneider Electric oferece sistemas de armazenamento de energia com volante a
pedido.
Esta solução é adequada para complementar baterias, porque pode ser utilizada em
perturbações curtas sem activar a energia da bateria, preservando assim a bateria.
É possível utilizar sem bateria, mas o tempo de reserva só dura uma dúzia de
segundos. Para determinadas aplicações, esse tempo de reserva é insuficiente para
iniciar um gerador a motor.
Tempo de reserva
A Schneider Electric oferece:
• tempos de reserva padrão de 5, 10, 15 ou 30 minutos,
• tempos de reserva personalizados, que podem chegar a várias horas.
A selecção depende:
• da duração média das falhas de potência do sistema,
• de quaisquer fontes disponíveis que ofereçam tempos de reserva longos
(gerador a motor, etc.),
• do tipo de aplicação.
Vida útil
A Schneider Electric oferece baterias com vidas úteis de 5, 10 anos ou superiores.
Î Vida útil da bateria, ver Cap. 5 p. 33.
Baterias ventiladas
Este tipo de bateria (ácido-chumbo ou Ni/Cad) oferece determinadas vantagens:
• vida útil longa,
• tempos de reserva longos,
• elevadas potências nominais.
As baterias ventiladas têm de ser instaladas em salas especiais que cumpram os
regulamentos exactos (ver Cap. 1 p. 51 “Trabalho preliminar”) e necessitam de
manutenção adequada.
DigiBatTM
O sistema de monitorização da bateria DigiBatTM é uma unidade de hardware e
software instalada como padrão nas UPSs da gama Galaxy da Schneider Electric e
oferecem as seguintes funções:
• introdução automática dos parâmetros da bateria,
• vida útil optimizada da bateria,
• protecção contra descargas excessivas,
• regulamentação da tensão flutuante da bateria dependendo da temperatura,
• limitação da corrente da bateria,
• avaliação contínua da potência disponível tendo em conta o tempo de
utilização da bateria, a temperatura e a carga em percentagem,
• previsão da vida útil da bateria,
• testes automáticos e periódicos na bateria, incluindo uma verificação no
circuito da bateria, um teste ao circuito aberto e um teste à descarga parcial,
etc.
Î DigiBat, ver Cap. 5 p. 34 "Gestão da bateria”.
Schneider Electric 09/2015 edition p. 51
Armazenamento de energia (cont.)
Exemplo
O HMI típico disponibiliza as funções listadas em baixo.
Alarmes
• alarme sonoro e botão de reposição do alarme sonoro.
• aviso de encerramento da bateria.
• alarme geral.
• falha da bateria.
Software de gestão
• Enterprise Power Manager e ISX Central (software e servidor)
Soluções de software para gerir todas as UPSs instaladas através de redes de
IP, compatibilidade Web e acessíveis a partir de qualquer navegador.
• Kits de Integração NMS (Sistema de Gestão de Rede)
Integração com NMSs, como HP OpenView, IBM Tivoli, CA Unicenter, etc.
• Network Shutdown Module
- Módulo de software para encerramento seguro do sistema.
Considerações sobre Seguem-se os elementos principais que se deve ter em conta na instalação da UPS:
• planos para modificações do local, qualquer trabalho preliminar
instalação (principalmente para uma sala de bateria), tendo em conta:
- as dimensões do equipamento,
- condições de funcionamento e manutenção (acessibilidade, espaço livre, etc.),
- condições de temperatura têm de ser respeitadas,
- considerações sobre segurança,
- normas e regulamentações aplicáveis,
• ventilação ou ar condicionado das salas,
• criação de uma sala de bateria.
Dimensões
A disposição dos gabinetes e armários da UPS deve basear-se em planos exactos.
As características físicas das UPSs da Schneider Electric que podem ser utilizadas
para preparar os planos são apresentadas no capítulo 4.
Indicam, para cada gama:
• as dimensões e pesos da:
- UPS e gabinetes de bypass centralizado;
- gabinetes da bateria,
- quaisquer gabinetes auxiliares (autotransformadores, transformadores, filtros, etc.),
• espaço livre mínimo necessário para gabinetes e armários para garantir uma
excelente ventilação e um acesso suficiente.
Ventilação, ar condicionado
Requisitos da ventilação
As UPSs foram concebidas para funcionar a um determinado intervalo de
temperatura (0 a 40°C para UPSs da Schneider Electric ) que é suficiente para a
maioria das condições de funcionamento sem modificações.
Contudo, as UPSs e o respectivo equipamento auxiliar produzem calor que pode, se
não forem tomadas quaisquer medidas, aumentar a temperatura de uma sala mal
ventilada.
Além disso, a vida útil de uma bateria depende em grande parte da temperatura
ambiente. As temperaturas entre os 15° C e 25° C ajudam na vida útil. É necessário
ter este factor em conta se a bateria for instalada na mesma sala da UPS.
Uma outra consideração é o facto das UPSs poderem estar instaladas na mesma
sala do que o equipamento informático, que geralmente tem requisitos mais
rigorosos em relação aos intervalos da temperatura de funcionamento.
Nível de ruído
As UPSs devem produzir um nível reduzido de ruído, adequado à sala onde estão
instaladas.
As condições de medição do nível de ruído indicado pelo fabricante devem estar em
conformidade com a norma ISO 3746 (medição do ruído).
Sala da bateria Quando possível e se desejado, deve instalar-se a bateria num gabinete.
As dimensões do gabinete para bateria estão indicadas para cada gama de UPS,
dependendo da potência nominal.
Contudo, para UPSs com elevada potência, geralmente as baterias são instaladas
em salas especiais (sala de electricidade).
Deve instalar-se as baterias de acordo com as normas internacionais, as
regulamentações locais e a norma IEC 60364.
Bateria em prateleiras
As células da bateria são instaladas em vários níveis diferentes, acima do solo.
Ao determinar a altura entre cada prateleira, é necessário ter em conta o espaço
exigido para verificar os níveis da bateria e encher as células da bateria facilmente.
Recomenda-se uma altura mínima de 450 mm.
Bateria em camadas
Este método de instalação é semelhante ao anterior. É o método mais conveniente
para verificar os níveis da bateria.
Ventilação (2)
• cálculo de circulação
O volume do ar a ser evacuado depende da corrente de carga máxima e do tipo de
bateria. Em instalações que incluem várias baterias, a quantidade de ar que deve
ser evacuado deve ser acumulativo.
- baterias ventiladas
d = 0,05 x N x Im, em que
d – circulação em metros cúbicos por hora,
N – número de células da bateria
lm – corrente de carga máxima em amperes.
- bateria selada
As condições de ventilação de uma sala destinada a este fim são suficientes.
• segurança
Um dispositivo automático deve parar o carregamento da bateria, se o sistema de
ventilação falhar.
• localização
O ar deve fazer-se circular a partir da parte superior da sala de bateria.
Sensores (10)
• Detector de hidrogénio.
• Sensor de temperatura.