Universidade Federal do Ceará – Campus Crateús

Curso de Engenharia Ambiental e Sanitária

Disciplina: Química Analítica
Professora: Luísa Gardênia Farias
Discentes: Amanda Barbosa Castro e Hillary Silvério de Azevedo
Matrículas: 392566 e 389023

ANÁLISE QUÍMICA QUALITATIVA DE CÁTIONS

SEPARAÇÃO E IDENTIFICAÇÃO DOS CÁTIONS DO GRUPO I

Crateús, outubro de 2018.

 SUMÁRIO

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA............................................................................01
2. OBJETIVOS..............................................................................................................02
3. PARTE EXPERIMENTAL......................................................................................03
3.1. Materiais Utilizados......................................................................................03
3.2. Procedimento Experimental..........................................................................03
4. RESULTADOS E DISCUSSÃO...............................................................................05
5. CONSIDERAÇÕES FINAIS....................................................................................11
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................................12
 1

1. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Os cátions do grupo I, ou grupo dos cloretos insolúveis, consistem em
íons que formam cloretos insolúveis. Podem ser identificados em uma solução por meio
de reações de identificação onde as propriedades, como a solubilidade, dos elementos
permitem a formação de precipitados, desprendimento de gases ou mudança de
coloração. (VOGEL, 1981). O grupo I é constituído pelos cátions de Ag+, Hg 22+ e Pb2+ e
possui como característica em comum o fato de formarem compostos insolúveis. Podem
ser identificados em uma solução por meio de reações de identificação.

Durante a prática utilizamos o método de identificação sistemática, que

se caracteriza por separar, mediante a utilização do reagente do grupo, sendo este o
ácido clorídrico diluído, os analitos em grupos com alguma propriedade em comum, que
em geral é a solubilidade.

Após a separação do grupo, procede-se a análise de cada um dos analitos

componentes dos mesmos e para que a separação seja completa, é necessário utilizar
quantidades suficientes de reagentes e criar boas condições para a precipitação,
verificando se a separação foi completa
 2

2. OBJETIVOS

 Efetuar a identificação dos cátions do Grupo I, como o HCl;

 Separar os cátions precipitados utilizando técnicas de solubilização;
 Identificar os cátions separados e os reagentes específicos;
 3

03. PARTE EXPERIMENTAL

3.1. Materiais Utilizados
 Tubo de ensaio;
 Centrífuga;
 Banho-maria;
 Pipeta de pasteur;
 Bastão de vidro;
 Água destilada;
 Solução “A”;
 Solução de HCl 6M;
 Solução de CH3COOH 6M;
 Solução de e K2CrO4 0,1M;
 Solução de KI a 10%;
 Solução de NaOH 0,1M;
 Solução de Na2CO3 3M;
 Solução de HNO3 6M;

3.2 Procedimento Experimental

I. Na primeira etapa do experimento, colocamos cerca de 4ml de solução “A” no
tubo de ensaio e adicionamos 10 gotas de HCl 6M, homogeneizamos e foi pra
centrífuga. Verificamos que a precipitação foi completa. Após isso, separamos o
líquido sobrenadante para outro tubo de ensaio e identificamos como “Solução
B”.
II. Lavamos o precipitado com 2ml de água destilada e adicionamos 3 gotas de HCl
6M, centrifugamos, desprezando o líquido sobrenadante, identificamos o
precipitado como “Precipitado I”.
III. No precipitado I, adicionamos 4ml de água destilada e foi aquecido em banho-
maria por 3 min e agitando constantemente com o auxílio do bastão de vidro,
após isso, foi centrifugado e transferido o sobrenadante para outro tubo de
ensaio e identificado como “solução C”. O sólido que restou, identificamos
como “Precipitado II”.
IV. A solução C foi dividida em C1, C2, C3 e C4. Na solução C1, foi adicionado 2
gotas de s de CH3COOH 6M e 4 gotas de K 2CrO4 0,1M. Na solução C2,
adicionamos 2 gotas de KI a 10%. Na solução C3, adicionamos 2 gotas de
NaOH 0,1M. Na solução C4, adicionamos 2 gotas de Na 2CO3 3M 0,1M. Em
todos esses processos, verificamos a cor e classificamos o precipitado.
V. Em seguida, lavamos o precipitado II com 4 ml de água destilada e aquecemos
em banho-maria por 5 min, agitando constantemente, após isso, levamos pra
centrifugar. Transferimos o sobrenadante para outro tubo de ensaio e
adicionamos 2 gotas de CH3COOH 6M e 4 gotas de K2CrO4 0,1M para testar a
presença do cátion analisado anteriormente no líquido sobrenadante.
 4
VI. Após a lavagem completa, acrescentamos ao precipitado II, cerca de 2ml de
NH3 6M, agitamos bem, para ter a solubilização completa, dividimos a solução
em quatros porções e identificamos como D1, D2, D3 e D4.
VII. Acidificamos a solução D1 com algumas gotas de HNO3 6M e verificamos se a
solução estava ácida. Na solução D2, adicionamos 2 gotas NaOH 0,1M. Na
solução D3, adicionamos 2 gotas de KI a 10%. Na solução D4, adicionamos 2
gotas de Na2CO3 3M. Em todos os processos, fizemos a identificação da cor e
classificação dos precipitados.
 5

4. RESULTADOS E DISCUSSÃO
Para fins de análise qualitativa sistemática, os cátions são classificados em cinco
grupos. O grupo I, no qual estamos analisando, formam precipitados com base nos
experimentos para determinar a presença de Ag+, Pb2+ e Hg2+.
Processo 1.1 – Adicionando 10 gotas de HCl na Solução “A”, temos as seguintes
reações:
A “Solução A”, continha vários cátions, incluindo Ag+e Pb2+ , com a adição de 10 gotas
de HCl resultou nas seguintes reações:
Tabela 1: Características do precipitado.
Cátion Reação Cor do precipitado
Pb2+ Pb2+ (aq) + 2Cl– (aq) ⇌ PbCl2(s) Branco
Ag+ Ag+ (aq) + Cl–(aq) ⇌ AgCl(s) Branco

O líquido sobrenadante proveniente dessa etapa, foi identificado como “Solução B”. E o
precipitado branco foi identificado como “Precipitado I”.
Processo 1.2- Adicionando água e aquecendo:
Após adicionarmos água ao Precipitado I e aquecermos em banho-maria,
centrifugamos e a partir disso, o sobrenadante foi identificado como “Solução C” e o
precipitado como “Precipitado II”. Podemos notar que o Pb 2+, que antes estava
precipitado, diluiu-se, pois, o chumbo tem maior solubilidade em meio aquoso e na
interferência de alta temperatura (33,4 g L -1 a 100ºC contra 9,9 g L -1 a 20ºC),
analisando em relação aos demais. Dividimos a “Solução C” em C1, C2, C3 e C4, como
mostram as imagens abaixo.
Figura 1: Os tubos de ensaio contendo as soluções C1, C2, C3, C4;
 6
Processo 1.3 – Identificando a presença de Pb2+
Figura 2: Solução C1;

Foi adicionado 2 gotas de CH3COOH 6M e 4 gotas de K2CrO4 0,1M. O precipitado

amarelo, apresentado na figura 2, confirma a presença de chumbo.
Figura 3: Solução C2;

Foi adicionado 2 gotas de KI a 10%. O precipitado amarelo, apresentado na figura 3,

confirma a presença de chumbo.
 7

Figura 4: Solução C3;

Foi adicionado 2 gotas de NaOH 0,1M. O precipitado tornou-se transparente pois,

houve a formação do íon composto HPbO2, apresentado na figura 4.
Figura 5: Solução C4;

Foi adicionado 2 gotas de Na2CO3 3M. O precipitado transparente formou um sólido

branco, de grande densidade, por isso, houve a rápida formação de um corpo de fundo
branco, apresentado na figura 5.
Tabela 2: Características das soluções para detectar a presença de chumbo.
Solução Reagente Reação Cor Tipo (ppt)
(ppt)
C1 K2CrO4 PbCl2 + K2CrO4 ⇌ 2KCl + PbCrO4 Amarelo Finamente dividido
C2 KI PbCl2 + 2KI ⇌ PbI2 + 2KI Amarelo Finamente dividido
C3 NaOH PbCl2 + NaOH ⇌ Pb(OH)2 + 2NaCl Branco Coloidal gelatinoso
C4 Na2CO3 PbCl2 + Na2CO3 ⇌ PbCO3 + 2NaCl Branco Coloidal gelatinoso
 8
Processo 1.4 – Testando a presença de mercúrio:
O mercúrio é um metal de ppt na cor preta, que tem características específicas,
como líquido em temperaturas normais e apresenta uma densidade de 3,534 g/mL -1 a
25ºC. Nessa parte do experimento, lavamos o precipitado II com 4 mL de água destilada
e aquecemos a solução em banho-maria por 5 minutos, colocamos na centrífuga e
transferimos o sobrenadante para outro tubo de ensaio e adicionamos 2 gotas de
CH3COOH 6M e 4 gotas de K2CrO4 0,1M para testar a presença do Hg 22+, dos
processos anteriores, confirmamos que não tem a presença de mercúrio.
Após a lavagem, acrescentamos ao precipitado II, cerca de 2 mL de NH 3 6M,
dividindo a solução em quatros porções e identificando como D1, D2, D3 e D4.
Processo 1.5 – Testando a presença de prata;
A prata é um metal branco e maleável. Apresenta características como, uma densidade
de 10,5 g/ml e se funde a 960,5°C. Esse metal em solução forma íons monovalentes
incolores.
Figura 6: Tubos de ensaio contendo as soluções D1, D2, D3 e D4;
 9
Figura 7: Solução D1;

Acidificamos a solução D1 com algumas gotas de HNO3 6M, o mesmo não apresentou
cor e formou um precipitado.
Figura 8: Solução D2;

Adicionamos 2 gotas de NaOH 0,1M e verificamos que não apresentou cor e formou o
precipitado.
 10
Figura 9: Solução D3;

Repetimos o processo para a solução D3, verificamos que a solução apresentou a cor
amarelada e de aspecto leitoso.
Figura 10: Solução D4;

Na solução D4, apresentou características como incolor e um precipitado.

Tabela 3: Características das soluções D para detectar a presença de prata.

Soluçã Reagente Reação Cor (ppt) Tipo (ppt)
o
D1 HNO3 Ag(NH3)2Cl + 2HNO3 ⇌ AgCl + 2NH4NO3 Incolor Finamente dividido
D2 NaOH AgCl + NaOH ⇌ Ag(OH)2 + NaCl Incolor Não precipitou
D3 KI [Ag(NH3)2]Cl + KI ⇌ AgI(S) + KCl +2NH3 Amarelado Coloidal gelatinoso
D4 Na2CO3 2AgCl + Na2CO3 ⇌ Ag2CO3 + 2NaCl Incolor Não precipitou
 11

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Esse relatório teve como principal objetivo a identificação dos cátions do
grupo I (Prata, Chumbo e Mercúrio), a partir de uma série de testes, conclui-se que é
possível identificarmos os cátions presentes na solução problema, por meio de uma
marcha sistemática dos metais do grupo I. Isso se deu por a presença dos precipitados e
por meio de análises qualitativas, utilizando-se de propriedades características dos
elementos, como solubilidade, densidade e concentração.

Podemos destacar também, a importância de compreendermos a Química

Analítica Qualitativa, ajudando na identificação de substâncias, no controle de
qualidade e na precisão e determinação de resultados experimentais.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
(Vogel, 1981): Vogel, A., Química Analítica Qualitativa.5. ed. São Paulo:Mestre
Jou, 1981.
https://pt.scribd.com/doc/47348382/ANALISE-DOS-CATIONS-DO-GRUPO-1-
Quimica-UTFPR-2010, acesso em 29/09/2018;
http://eventos.ifg.edu.br/secitecitumbiara/wp-content/uploads/sites/9/2018/03/22.-
Identifica%C3%A7%C3%A3o-de-c%C3%A1tions-atrav%C3%A9s-da-marcha-anal
%C3%ADtica.pdf, acesso em 29/09/2018;
http://w3.ufsm.br/laequi/wp-content/uploads/2012/07/C%C3%A1tions-do-gupo-1.pdf,
acesso em 01/09/2018;
http://srvd.grupoa.com.br/uploads/imagensExtra/legado/D/DIAS_Silvio_Luis_Pereira/
Quimica_Analitica/Lib/Amostra.pdf, acesso em 01/09/2018;