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26/01/22, 15:32 Acórdão do Supremo Tribunal de Justiça
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Uma vez apresentado o processo no Juízo Central Cível de ..., foi então
proferido despacho advertindo as partes quanto ao seguinte:
- O processo foi remetido a latere da previsão do art. 99º, nº 2, do CPC;
- O tribunal é incompetente para conhecer do único pedido
remanescente de declaração de inconstitucionalidade de normas;
e ainda
- Não foi alegada matéria suscetível de consubstanciar erro judiciário
do Trib. Const., sendo a petição inicial inepta, nulidade que é
insuprível.
Na sequência desse despacho, o A. veio defender que deve ser
ordenado o prosseguimento do processo, já que nenhum tribunal pode
declarar que é incompetente para julgar a inconstitucionalidade de
normas e, se for o caso, recusar a aplicação das mesmas.
Alegou ainda que o STA declarou definitivamente que o alegado na
petição inicial consubstancia “erro judiciário”, classificação jurídica
que é definitiva e que, a proceder a nulidade prefigurada, seria violado
o princípio do processo equitativo.
De seguida, foi proferido despacho que, no essencial, se traduziu no
seguinte:
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Se assim não fosse, sempre haveria que considerar que o facto de o réu
ter contestado sem arguir a ineptidão nem deduzir qualquer outra
exceção, dizendo que a causa de pedir em que se baseavam os pedidos
consubstanciava um erro judiciário, é bem revelador de que interpretou
convenientemente a petição, o que é bastante para que não possa ser
declarada a ineptidão da petição e a nulidade do processo.
Não tendo sido apreciados pelo tribunal competente os pedidos
formulados em b), d) e e) do petitório e a causa de pedir que lhes serve
de fundamento, é fora de dúvida que ainda não se pode considerar que
a instância se encontre extinta por já não ter objeto, pelo que o processo
deverá prosseguir os seus termos.
Quando o Trib. Constitucional decidiu o recurso, a 12-7-11, já o
procedimento disciplinar se encontrava prescrito, uma vez que tinham
decorrido mais de 7 anos e 6 meses após a consumação da infração, o
que perfaz o prazo normal de prescrição acrescido de metade, dele
descontando o tempo de suspensão.
De facto, a infração pela qual o A. foi punido consumou-se a 10-3-03, o
respetivo prazo normal de prescrição era de 3 anos e tem-se entendido
que num Estado de direito democrático não há infrações imprescritíveis
e que às infrações disciplinares se aplica integralmente o regime de
prescrição do procedimento criminal previsto no CP.
A decisão que indefere o pedido de declaração da prescrição do
procedimento disciplinar forma caso julgado rebus sic stantibus, com
alcance limitado, não obstando a que a questão volte a ser apreciada em
novo incidente em que se invoquem fundamentos diferentes daqueles
que serviram de base ao primeiro pedido.
Tendo o autor invocado diferentes razões no primeiro e no segundo
requerimento, o que foi verificado pelo Trib. Constitucional e pelo
STA, sem que houvesse pronúncia a tal propósito, é legal que se
aprecie e decida o pedido formulado em b), satisfazendo-se a
solicitação feita pelo autor.
Além dos normativos citados nas conclusões anteriores, também se
mostram violados, segundo a interpretação do TEDH, os princípios do
processo equitativo, do direito de acesso a um tribunal, da proibição da
denegação de justiça, da segurança jurídica e do contraditório, todos
acolhidos no arts. 6º, § 1, da CEDH, bem como do respeito pelos bens
do autor, consagrado no arts. 1º do Protocolo nº 1 Adicional, aplicáveis
por força do art. 8º, nº 2, da Constituição.
Houve contra-alegações.
Cumpre decidir.
III – Decidindo:
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3.1. Desde logo, existe um argumento formal que impede tal desiderato
e que está ligado à limitação do objeto do processo por via de
vicissitudes associadas ao teor das conclusões enunciadas no recurso de
apelação e no presente recurso de revista.
É ponto assente, sem carecer de extensa justificação, que o âmbito do
recurso se afere pelo teor das respetivas conclusões e que, por outro
lado, questões que não tenham sido objeto de impugnação nessa sede se
consideram definitivamente apreciadas, a não ser que estejam cobertas
pelo caso julgado formal. É o que decorre do disposto no art. 635º do
CPC e da vasta jurisprudência, especialmente a deste Supremo, que
vem constantemente assinalando esse vetor.
De tal preceito decorre que, independentemente do âmbito definido
pelo recorrente no requerimento de interposição de recurso, é-lhe
legítimo restringir o seu objeto nas alegações ou nas respetivas
conclusões, indicando qual a decisão (ou parte da decisão) visada pela
impugnação.
Com efeito, em resultado do que consta do art. 639º, nº 1, as conclusões
delimitam a área de intervenção do tribunal ad quem, exercendo uma
função semelhante à do pedido, na petição inicial, ou à das exceções,
na contestação. Por isso, salvo quando se trate de matérias que não se
encontrem cobertas pelo caso julgado, as conclusões delimitam a esfera
de atuação do tribunal ad quem.
A eventual restrição do objeto do recurso, em comparação com o
âmbito mais alargado resultante do requerimento de interposição, pode
ser expressamente formulada pelo recorrente, nas conclusões,
identificando os segmentos decisórios sobre os quais demonstra o seu
inconformismo. Mas essa restrição pode também ser tácita, sendo isso
o que ocorre quando exista falta de correspondência entre a motivação
e as alegações, isto é, quando, apesar da maior amplitude do
requerimento de interposição do recurso, e até da sua motivação, o
recorrente restrinja o seu objeto através das questões por si
identificadas nas respetivas conclusões.
No caso concreto em que unicamente está em causa a possibilidade de
a ação administrativa prosseguir ou não nos tribunais judiciais para
onde foi reencaminhada por despacho meramente tabelar do ...,
verifica-se que º ... de 1ª instância, para indeferir a pretensão do A.,
expôs o seguinte:
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