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ROTEIRO APRESENTAÇÃO ECONOMIA MONETÁRIA

14.3- A DISSEMINAÇÃO DA GRANDE DEPRESSÃO PELO MUNDO

SLIDE 1: Boom econômico de 1920 e a posição de destaque dos EUA na economia mundial

1) Com o fim da Primeira Guerra Mundial, os Estados Unidos iniciou a década de 1920
com um crescimento econômico considerável, passando a ocupar a posição de
referência na economia global, tendo seus laços econômicos estreitados com a
Europa, os países latino-americanos e o Japão. Estes laços se davam através de
empréstimos financeiros que eram utilizados na reconstrução de boa parte das
economias europeias, as quais sofreram consequências danosas pela guerra que
acabara de acontecer; ou pelo fortalecimento do comércio internacional de um modo
geral, que favorecia as exportações dos países da América Latina e garantindo acesso à
importação dos produtos das economias desenvolvidas. Portanto, os investimentos
nacionais e o equilíbrio na balança comercial dos Estados dependiam do crescimento e
fortalecimento da economia norte americana.

SLIDE 2: Crash da bolsa de Nova York em 1929 e impactos na América Latina

2) Entretanto, da mesma forma que o boom econômico impulsionou os investimentos e a


expectativa de melhora nas economias, com a Grande Depressão e o crash da bolsa de
Nova York a partir de 1929, tanto os estados unidos quanto aqueles que mantinham
relações econômicas fortes com o mesmo sofreram impactos severos.
3) Iremos destacar nesta apresentação de que forma a crise econômica impactou os
principais aliados econômicos dos norte-americanos. A começar pela América Latina,
que sofreu de imediato com a Grande Depressão.
4) No âmbito econômico, as exportações que eram a principal fonte de renda dos países,
tiveram uma diminuição abrupta, resultando na medida imediata de suspensão da
conversibilidade da moeda, possibilitando uma desvalorização cambial considerável
entre os anos de 1929 e 1930. Com isso, a evasão do padrão-ouro era inevitável, e
assim observou-se que pela primeira vez na história, ao contrário das últimas crises
econômicas latino-americanas, a raiz do problema advinha do centro econômico
mundial, e não de questões propriamente internas.
5) Na parte política, dos doze países, dez perpassaram por um golpe militar. Diante disso,
a soma da diminuição das exportações com governos de caráter intervencionista
resultou na adoção de medidas que visavam contornar a crise mundial. Para isso, o
modelo de substituição de importação foi visto com bons olhos por ser uma via
alternativa para suprir as demandas internas, e investir nas indústrias de base
nacionais. Para exemplificar, ressalto aqui o Brasil que era uma referência mundial na
exportação de café, e a partir de 1930 com a crise e a subida de Vargas ao poder, o
país passou a implementar uma série de políticas públicas que financiavam o
crescimento industrial nacional.
SLIDE 3: Impactos na Ásia

1) Vamos agora analisar dois países do continente asiático: a China e o Japão


2) A economia chinesa, com suas políticas monetárias controladas pelos ingleses, ao
contrário das outras, adotava o padrão-prata, o que fez com que naquele
momento do alastramento da crise o país não tivesse tantos impactos quanto nos
demais.
3) Em relação ao Japão, observou-se o contrário. Por ter construído laços bastante
estreitos com os Estados Unidos a partir de 1920, foi um dos primeiros a sofrer
com a Grande Depressão. Com o governo autoritário do contexto em questão no
comando, passaram a desvalorizar o câmbio como uma tentativa de fuga da crise,
se desligando do padrão-ouro e adotando políticas de investimento pesado na
indústria nacional, o que resultou futuramente a posição de hegemonia na região.

SLIDE 4: Impactos na Europa (Áustria, Hungria, Alemanha e Inglaterra)

1) De um modo geral, o velho continente teve como atenuante da crise a evasão em


massa do padrão-ouro nos países latino-americanos e Japão, conjuntamente com
determinadas crises internas, iniciadas na Áustria. Esta, com seu sistema bancário
prestes a falir, enfrentou uma fuga de investimentos estrangeiros, que posteriormente
migrou para a Alemanha e Hungria.
2) Os ingleses sofreram drasticamente com a redução no comércio internacional, devido
à prejuízos na receita advinda do transporte marítimo e de seguros. Somado a isso
tínhamos a falta de pagamento da dívida externa das economias da América Latina,
fuga de capitais, aumento das taxas de juros e do desemprego. Portanto, diante de um
cenário caótico iminente, em 1931 o Governo inglês optou por cessar a
conversibilidade, o que representava o fim do padrão-ouro global.

SLIDE 5: Impactos na Europa (França e demais países)

1) A França que gozava de vantagens cambiais advindas da desvalorização do franco em


1928 começou a ter prejuízos com a adoção do fim da conversibilidade pelos países ao
longo dos anos, reduzindo drasticamente o saldo na balança de pagamentos. Após a
saída dos Estados Unidos do padrão-ouro em 1933, não tendo mais o apoio do
mesmo, os franceses e demais países europeus anunciaram suas respectivas saídas a
partir de 1936, encerrando definitivamente a adoção do padrão-ouro no sistema
econômico mundial.
TÓPICOS SLIDE 1:

- Boom econômico de 1920.

- Laços econômicos estreitos entre EUA e América Latina, Japão e Europa.

- Reconstrução das economias e equilíbrio na balança de pagamentos.

TÓPICOS SLIDE 2:

- Crash da bolsa de Nova York em 1929

- Impacto imediato nos países latino-americanos, tanto na economia quanto na política.

- Economia: redução nas exportações, suspensão da conversibilidade da moeda,


desvalorização cambial entre 1929 e 1930 e evasão do padrão-ouro.

- Política: golpes militares, implementação do modelo de substituição de importação como via


alternativa para contornar a crise e investimento pesado nas indústrias nacionais.

- Brasil da Era Vargas como exemplo

TÓPICOS SLIDE 3:

- Análise da China e Japão.

- Economia chinesa com o padrão-prata e poucas consequências imediatas da crise.

- Japão e seus laços estreitos com os norte-americanos resultaram em danos na economia


local.

- Governo militar japonês: iniciou uma série de investimentos para desenvolver a indústria
japonesa, o que futuramente fez com que o país ocupasse uma posição de hegemonia
regional.

TÓPICOS SLIDE 4:

- Atenuantes da crise na Europa: evasão do padrão-ouro nas economias mundiais e crises


internas.

- Áustria: sistema bancário prestes a quebrar, com fuga de capitais.

- Alemanha e Hungria: sentiram os impactos da crise iniciada na Áustria, e posteriormente


sofreram também com esta fuga de capitais e o colapso do sistema bancário local.

- Inglaterra: redução do comércio internacional, sobretudo no transporte marítimo e seguros


impactaram nas receitas inglesas. Ausência de pagamento da dívida externa latino-americana.
Fim da conversibilidade e do padrão-ouro em 1931.

TÓPICOS SLIDE 5:

- França: vantagens cambiais desde 1928

- Economia francesa tendo redução do saldo da balança de pagamentos


- Saída dos EUA do padrão-ouro em 1933 foi determinante para a saída da França e demais
países europeus a partir de 1936

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