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2019.1 Paráfrase
2019.1 Paráfrase
PRODUZINDO
OBJETIVOS:
. redigir frases interrogativas;
. elaborar entrevistas;
. reescrever textos com as próprias palavras;
. parafrasear textos.
ENTREVISTA COM O AUTOR DO TEXTO
“Ler pode ser uma fonte de alegria. Pode ser. Nem sempre é. Livros são
iguais à comida. Há os pratos refinados, como o cailles au sarcophage,
especialidade de Babette, que começam por dar prazer ao corpo e terminam por
dar alegria à alma. E há as gororobas, malcozidas, empelotadas, salgadas,
engorduradas, que, além de produzir vômito e diarreias no corpo, produzem
perturbações semelhantes na alma. Assim também os livros. Ler é uma virtude
gastronômica: requer uma educação da sensibilidade, uma arte de discriminar
os gostos. O chef prova os pratos que prepara antes de servi-los. O leitor
cuidadoso, de forma semelhante, prova um canapé do livro, antes de se entregar
à leitura.”
ALVES, Rubem. Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. 6. ed. São
Paulo: Loyola, 2001.
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Cailles au sarcophage, palavras de origem francesa. Significam
“codornas no sarcófago”, uma iguaria preparada pela personagem Babette, do
filme A festa de Babette. Babette recheava a codorna, já cozida e temperada, e
envolvia-a com massa folheada, levando a iguaria para assar.
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Agora, vamos entrevistar o autor do texto. Elaboramos perguntas para
que a resposta seja o texto lido.
Para auxiliá-lo nesta tarefa, elaboramos as questões e respondemo-las.
1. Podemos afirmar que ler é uma fonte de alegria?
Resposta:
Ler pode ser uma fonte de alegria. Pode ser. Nem sempre é.
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ATIVIDADE 1
Vamos ler outros textos e entrevistar o(a)/os(as) autor(es)(as).
Primeiramente, localize as palavras-chave no texto e consulte o dicionário
sempre que necessário. A seguir, inicie a entrevista.
Trecho 1
Certos cientistas vêem o cérebro como um computador e comparam a
mente ao seu sistema operacional. Não é de surpreender, portanto, que alguns
pais e professores tenham começado a ver a mente das crianças como máquinas
programáveis. Nos dias de hoje, a imagem do cérebro como um computador
aparece comumente na linguagem cotidiana, tanto nas escolas como em
qualquer outro lugar. Habilidades envolvendo computadores são admiradas, em
especial porque são vistos como a tecnologia de ponta. A inteligência, portanto,
é definida como um tipo de arremedo técnico, através do qual a mente trabalha
sincronizada passo a passo com os procedimentos da máquina, enquanto a
memória humana torna-se apenas mais um banco de dados. Essa glorificação
do raciocínio técnico — a ênfase na capacidade de entender funções técnicas —
tem corroído a visão mais ampla do que significa ser educado e começado a
diminuir nosso entendimento de como as crianças aprendem. Uma educação
em ciências humanas, por exemplo, consiste em muito mais do que a aquisição
de informação e técnicas. A palavra educação é derivada do latim educare, que
significa conduzir. Sócrates acreditava que o papel do professor era o de extrair
do aluno a consciência, o esclarecimento e o conhecimento que dissipariam a
ignorância e conduziriam a uma clareza de pensamento. Em outras palavras,
educação significa o desenvolvimento de uma certa estrutura mental, um
pensamento meditativo baseado no autoconhecimento e na observação
cuidadosa do mundo. Isso é muito diferente de moldar mentes jovens para que
funcionem como máquinas.
ARMSTRONG, Alison; CASEMENT, Charles. A criança e a máquina: como os
computadores colocam a educação de nossos filhos em risco. Porto Alegre:
Artmed, 2001.
Palavras-chave:...................................................................................................
c) Elabore três perguntas para o autor do texto de modo que a resposta esteja no
texto lido.
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........................................................................................................................ ?
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......................................................................................................................... ?
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Trecho 2
a) Palavras-chave: .....................................................................
.................................................................................................................... ?
RESPOSTAS
Trecho 1
a) Palavras-chave: cérebro, computador, educação
Trecho 2
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Exemplo 1
Como foi bem lembrado por Chartier (1998, p. 17), autores não escrevem
livros, eles escrevem textos que se tornam objetos escritos, manuscritos,
gravados, impressos e, hoje, informatizados.
SANTAELLA, Lucia. Navegar no ciberespaço. São Paulo: Paulus, 2004.
EXEMPLO 2
“Ler pode ser uma fonte de alegria. Pode ser. Nem sempre é. Livros são
iguais à comida. Há os pratos refinados, como o cailles au sarcophage,
especialidade de Babette, que começam por dar prazer ao corpo e terminam por
dar alegria à alma. E há as gororobas, malcozidas, empelotadas, salgadas,
engorduradas, que além de produzir vômito e diarreias no corpo produzem
perturbações semelhantes na alma. Assim também os livros. Ler é uma virtude
gastronômica: requer uma educação da sensibilidade, uma arte de discriminar
os gostos. O chef prova os pratos que prepara antes de servi-los. O leitor
cuidadoso, de forma semelhante, prova um canapé do livro, antes de se entregar
à leitura.”
ALVES, Rubem. Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. 6. ed. São
Paulo: Loyola, 2001.
De acordo com Alves (2001, p. 49), ler pode ou não ser uma fonte de
alegria.
Continuemos!
De acordo com Alves (2001, p. 49), ler pode ou não ser uma fonte de
alegria. Esse autor salienta que os livros são iguais à comida e, para provar tal
afirmação, compara os pratos refinados e os não refinados aos livros,
argumentando que, se o alimento não for bom, causará mal-estar no corpo e na
alma; da mesma forma, se o livro não for bom, causará sensações semelhantes
às provocadas por tal alimento (idem). E conclui que ler é uma virtude
gastronômica, pois demanda uma educação da sensibilidade, sugerindo que o
leitor cuidadoso deve provar um pouco do livro antes de lê-lo, assim como o chef
de cozinha prova o alimento antes de servi-lo (ibidem).
Observe que você pode, também, iniciar a sua paráfrase com o nome do
autor. Vejamos:
Alves (2001, p. 49) afirma que ler pode ou não ser uma fonte de alegria.
(Observe que, neste caso, não há vírgula separando o nome do autor e o
verbo afirmar. Não há vírgula entre o sujeito e o predicado.)
ATENÇÃO:
Caso queira utilizar o verbo “analisar”, saiba que este verbo
significa “decompor em partes”. Se o autor estiver decompondo
algo, um assunto, em partes, logo, estará analisando.
ATIVIDADE 1
1. Leia o trecho a seguir. Elabore uma paráfrase. Mais uma vez, lembramos a
necessidade de você citar o nome da autora, o ano em que foi publicada a obra e
a página em que se encontra o trecho parafraseado. Você encontrará esses dados
na referência bibliográfica após o texto. Este trecho se encontra na página 78 da
obra mencionada após o texto.
Um ensino da língua materna comprometido com a luta contra as
desigualdades sociais e econômicas reconhece, no quadro dessas relações entre
a escola e a sociedade, o direito que têm as camadas populares de apropriar-se
do dialeto de prestígio, e fixa-se como objetivo levar os alunos pertencentes a
essas camadas a dominá-lo, não para que se adaptem às exigências de uma
sociedade que divide e discrimina, mas para que adquiram um instrumento
fundamental para a participação política e a luta contra as desigualdades
sociais. Um ensino de língua materna que pretenda caminhar na direção desse
objetivo tem de partir da compreensão das condições sociais e econômicas que
explicam o prestígio atribuído a uma variedade linguística em detrimento de
outras, tem de levar o aluno a perceber o lugar que ocupa o seu dialeto na
estrutura de relações sociais, econômicas e linguísticas , e a compreender as
razões por que esse dialeto é socialmente estigmatizado; tem de apresentar as
razões para levar o aluno a aprender um dialeto que não é o do seu grupo social
e propor-lhe um bidialetarismo não para a sua adaptação, mas para a
transformação de suas condições de marginalidade.
SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 16. Ed. São
Paulo: Ática, 1999.
RESPOSTAS
Trecho 2
Este trecho está na página 227 da obra mencionada após o texto.
“Temos mais de 98 por cento de nossos genes em comum com os chimpanzés,
transpiramos líquidos que fazem lembrar a água do mar e ansiamos pelo açúcar
que deu energia a nossos ancestrais, três bilhões de anos antes de se
desenvolver a primeira estação espacial. Carregamos nosso passado conosco.”
MARGULIS, Lynn; SAGAN, Dorion. O que é vida? Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed., 2002.
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RESPOSTAS COMENTADAS
Para essas autoras (idem), o sujeito centrado nele mesmo é incapaz de ouvir
o apelo ...
Informam (ibidem) que é isso o que acontece com a crianças que ...
E alertam (ibidem) que, quando esse procedimento persiste na vida adulta,
...
Trecho 2
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MAIS ATIVIDADES COM RESPOSTAS
NOTAS:
1) Com mais de três autores, utilize a expressão “et al.” ou “e colaboradores” ou
“e colaboradoras”. Nesse caso, lembre-se de que o verbo deverá ir para o plural
(afirmam, salientam, ressaltam, etc.)
ATIVIDADE 1
1. Leia o texto a seguir, que está na página 503 da obra mencionada após o
texto, e elabore uma paráfrase, em doze linhas, no máximo.
A natureza jurídica da greve é apreciada sob dois ângulos: quanto à
posição do direito de cada país e quanto aos efeitos sobre o contrato de
trabalho.
Quanto à posição do direito de cada país, a greve é um direito ou uma
liberdade nos países em que a lei a autoriza, caso em que se manifesta como
uma forma de autodefesa dos trabalhadores na solução dos seus conflitos
coletivos; nos países que a proíbem, a greve é tida como um delito, uma
infração penal, um crime contra a economia.
Quanto aos efeitos sobre o contrato de trabalho, a greve é uma
suspensão ou uma interrupção do contrato de trabalho, mas não é uma forma
de extinção, pelo que é insustentável a tese de que a greve tem a natureza
jurídica de abandono de emprego. No abandono de emprego, o trabalhador
tem a intenção de extinguir, com esse procedimento, o contrato de trabalho,
enquanto na greve o trabalhador pretende continuar o vínculo jurídico com
melhores condições de trabalho.
NASCIMENTO, Amauri Mascaro. Iniciação ao direito do trabalho. 36. ed.
São Paulo: LTr, 2011.
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2. Leia o trecho a seguir, que está na página 23 da obra
mencionada após o texto. Faça a referência às autoras
adequadamente (observe que são mais de três autoras).
3. Leia o trecho a seguir, que está na página 8 da obra mencionada após o texto e
elabore uma paráfrase.
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1. POSSÍVEIS RESPOSTAS:
Nascimento (2011, p.503) afirma que a greve, em certos países, é aceita como
um direito do trabalhador de fazer suas reivindicações. Salienta (idem) que, em
outros, é proibida e considerada como um delito contra a economia ou julgada
como abandono de emprego. Para esse autor (ibidem), esta pena não cabe, pois
não há ruptura deliberada do contrato de trabalho.
ou
Kehl (2002, p. 8) afirma que …
ou
REFERÊNCIAS
ALVES, Rubem. Entre a ciência e a sapiência: o dilema da educação. 6. ed. São
Paulo, 2001.
ARANHA, Maria Lúcia de Arruda; MARTINS, Maria Helena Pires. Temas de
Filosofia. São Paulo: Moderna, 1992.
ARMSTRONG, Alison; CASEMENT, Charles. A criança e a máquina: como os
computadores colocam a educação de nossos filhos em risco. Porto Alegre:
Artmed, 2001.
BEARZOTI FILHO, Paulo; FARACO, Carlos Alberto. A dama da linguística
portuguesa. Discutindo Língua Portuguesa. São Paulo, Ano 1, Nº 3, p. 9-10, s.d.
HOFFMANN, Jussara. Avaliando redações: da escola ao vestibular. Porto
Alegre: Mediação, 2002.
KONDER, Leandro. As artes das palavras: elementos para uma prática
marxista. São Paulo: Boitempo, 2005.
MACHADO, José Nilson. Matemática e Língua Materna: análise de uma
impregnação mútua. 5. ed. São Paulo: Cortez, 2001.
MARGULIS, Lynn; SAGAN, Dorion. O que é vida? Rio de Janeiro: Jorge Zahar
Ed., 2002.
MORIN, Edgar. Amor, poesia e sabedoria. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil,
1998.
RICHARDSON, Roberto Jarry et al. Pesquisa social: métodos e técnicas. 3. ed.
São Paulo: Atlas, 1999.
SANTAELLA, Lucia. Navegar no ciberespaço. São Paulo: Paulus, 2004.
SOARES, Magda. Linguagem e escola: uma perspectiva social. 16. Ed. São
Paulo: Ática, 1999.
SIMKA, Sergio. Erro sobre “erro”. Discutindo Língua Portuguesa Especial. São
Paulo, Ano 1, nº 1, p. 29, s.d.
TISKI-FRANCKOWIAK, Irene. Homem, comunicação e cor. 4. ed. São Paulo:
Ícone, 2000.