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I – MEMÓ RIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

1. INTRODUÇÃO
A presente memória descritiva e justificativa constitui o projeto de infraestruturas de instalações
e equipamentos elétricos de um imóvel destinado a uma fábrica. A localização do edifício é
desconhecida pelo que deverá ser estudada antes da implementação de qualquer tipo de equipamento
elétrico.

A fábrica em questão foi estudada de forma a conseguir a dividir o edifício em zonas funcionais
que facilitassem uma instalação elétrica que garantisse a qualidade e a fiabilidade do serviço ao
cliente.   

Recorreu-se às ferramentas de desenho AutoCad e de cálculo luminotécnico Dialux para o


esboço da iluminação usada e do diagrama elétrico (traçado em planta). Em complemento à ilustração
feita nos programas indicados, explicar-se-ão as decisões tomadas ao nível do balanço de cargas, da
estrutura da alimentação elétrica e em relação à iluminação escolhida.

2. ÂMBITO
Este projeto enquadra-se no âmbito da disciplina de Instalações Elétricas lecionada pelo
professor João Martins, do Departamento de Engenharia Eletrotécnica da Faculdade de Ciências e
Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa. Foi realizado de modo a consolidar os conhecimentos
teóricos do programa da disciplina e como primeiro contacto com os métodos profissionais associados
aos projetos de instalações elétricas, em Portugal.

No âmbito das instalações projetadas serão considerados os estudos parcelares referentes a:

 Quadros Elétricos
 Infraestruturas para Passagem de Cabos
 Tomadas de Corrente
 Iluminação
 Sistemas de Proteção de Pessoas
? mais alguma?

3. CONCEÇÃO DAS INSTALAÇÕES


Na conceção das instalações foram levadas em consideração as normas e regulamentos
portugueses em vigor, nomeadamente o Regulamento de Segurança de Subestações e Postos de
Transformação e de Seccionamento e as Regras Técnicas das Instalações Elétricas de Baixa Tensão
(RTIEBT).

As instalações foram projetadas de modo a dotá-las de características adaptadas ao fim a que se


destinam nomeadamente em relação às condições de exploração dos espaços, conferindo-lhes, tanto
quanto possível, um elevado grau de segurança, de fiabilidade e de flexibilidade.

4. DESCRIÇÃO GERAL DO EDIFÍCIO


O edifício em causa é uma fábrica constituída por 2 pisos com uma zona fabril, divisões
expositivas, investigacionais e administrativas, uma zona de refeições e instalações sanitárias. Trata-se
assim de um imóvel com fins operacionais e administrativos que poderá receber público externo.

Encontra-se, na tabela 1, uma descrição pormenorizada das divisões do edifício.

Pis Divisão Área Notas


2
o [m ]
Posto de Transformação 17 Não necessita de muita
luminosidade.
Laboratório 17 Local de trabalho minucioso.
Gabinete de Preparação 15 Pede maior luminosidade.
Hall/Receção 39 Pede uma luz mais quente para
sensação de conforto à entrada do
edifício.

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Arrecadação 3.1
Piso I.S. Masculino 11.7 Local com maior humidade.
0 Vestuário Masculino 3.8 Deve-se ter cuidado reforçado com a
I.S. Feminino 11.7 colocação de materiais elétricos e com a
Vestuário Feminino 7.2 proteção de equipamentos
Dispensa 4
Refeitório 18.7
Copa 7
Nave Fabril 1450
Manutenção e Armazenamento de 46
Peças
Área de Exposição 55.5
Auditório 54.5
Administração 30
Secretariado 29
Sala de desenho 60
I.S. masculino 11.7
Piso I.S. feminino 1.7
1 Arrecadação 16
Arquivo 15
Sala de reuniões 28
Informática 20

5. CLASSIFICAÇÃO QUANTO À UTILIZAÇÃO DO LOCAL

6. CLASSIFICAÇÃO DAS INFLUÊNCIAS EXTERNAS

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7. QUADROS ELÉTRICOS
A alimentação ao Quadro Geral de Baixa Tensão (QGBT), localizado no Posto de Transformação,
será estabelecida a partir do transformador. Este quadro vai alimentar, direta ou indiretamente, todos
os quadros desta instalação e deverá estar somente acessível a pessoal devidamente autorizado e
qualificado.

Houve a preocupação em colocar os quadros em zonas acessíveis (perto de entradas/saídas e


zonas desimpedidas), por questões de segurança, bem como garantir um menor custo para o cliente
tentando reduzir ao máximo o comprimento de cabos mais dispendiosos, isto é, os cabos que fazem a
ligação entre quadros.

O QGBT alimentará, diretamente, dois quadros principais no piso 0 (QP0.P1, QP0.P2) e um


quadro principal no piso 1 (QP1.P1).

Por sua vez, o QP0.P1 alimenta três quadros secundários (QP0.M1, QP0.S1, QP0.S2), fornece a
energia para os circuitos de tomadas e iluminação do Posto de Transformação, Armazém e Manutenção
de Peças e da Área de Exposição. O quadro QP0.M1 foi o quadro destacado para a alimentação do
motor 1, de 15 kW de potência, de um circuito de iluminação na nave industrial, de um circuito de 5
tomadas monofásicas (16 A cada) e um circuito de 3 tomadas trifásicas (32 A cada). Deixou-se,
também, a canalização para a instalação de mais um quadro que poderá ser colocado posteriormente na
Estufa.

O QP0.P2 vai fornecer energia a quatro quadros secundários (QP0.M2, QP0.M3, QP0.S3 e
QP0.S4) e vai alimentar os circuitos do Hall, Arrecadação, Instalações Sanitárias e Vestuários, Escadas e
Gabinete de Preparação.

Por último, já no piso 1, o QP1.P1 alimentará um quadro secundário (QP1.P1) e os circuitos do


Auditório, Sala de Informática, Administração e Secretariado.

O diagrama de quadros está disponível nas Peças Desenhadas para uma melhor compreensão
desta estrutura.

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8. CANALIZAÇÕES
Nesta instalação optou-se por instalar as canalizações de dois modos distintos dependendo da
zona, sendo estes, cabos embebidos em elementos da construção e cabos em caminhos de cabos
perfurados à vista. Na zona da nave escolheu-se utilizar uma canalização em caminho de cabos
perfurados à vista, tanto para a iluminação como para algumas tomadas monofásicas. Utilizaram-se
cabos embebidos nas paredes para as restantes tomadas (monofásicas e trifásicas) e motores instalados
nesta zona.

Nas restantes zonas da fábrica optou-se pelos cabos embebidos nos elementos de construção
tanto para a iluminação, como para as tomadas e ainda para as ligações entre quadros elétricos.

9. INSTALAÇÃO DE TOMADAS DE CORRENTE


Para esta instalação optou-se por utilizar tomadas monofásicas, tomadas trifásicas e de
estanque monofásicas dependendo das condições e das funções das zonas. As tomadas foram colocadas
de modo a satisfazerem as necessidades dos utilizadores e a cumprirem as regras de segurança
recomendadas pelo RTIEBT.

Na zona da Nave, foram utilizadas tomadas trifásicas e monofásicas. As tomadas monofásicas,


estas foram instaladas em algumas paredes da nave estão colocadas a 0,3 metros do chão. Estas foram,
maioritariamente, alimentadas através dos caminhos de cabos embebidos nas paredes com exceções
para aquelas que se encontram a meio da nave industrial que foram alimentadas por canalizações no
teto, algumas em caminho de cabos perfurados. As tomadas trifásicas foram colocadas junto aos
motores e às linhas de montagem a 1 metro do solo. Nos balneários do piso 0 e nas casas de banho do
piso 1 foram utilizadas tomadas estanque, tendo sido colocadas a 1,2 metros do chão. Optou-se por
estas tomadas por uma razão de segurança considerando os locais húmidos e da maior probabilidade de
contacto direto com água. Nas restantes zonas da fábrica foram utilizadas tomadas monofásicas,
colocadas a 0,3 metros do chão. Em divisões com, previsivelmente, uma maior utilização de aparelhos
eletrónicos optou-se por colocar um maior número de tomadas, por exemplo na sala de informática e
no laboratório.

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10.ILUMINAÇÃO
Para a execução da parte de iluminação do projeto luminotécnico foi usado a ferramenta de
cálculo luminotécnico Dialux Evo. Deu-se prioridade, sempre que possível, a luminárias com uma
eficiência maior, medida pelo índice lm/W, garantindo assim que o mínimo de consumo energético sem
comprometer a qualidade luminosa da instalação. As caraterísticas das luminárias encontram-se nas
Peças Desenhadas, podendo estas ser substituídas por outras com as mesmas características.

De modo a facilitar a manutenção e a diminuir o impacto na instalação de um problema isolado,


por norma há apenas um circuito por divisão e cada circuito alimenta apenas uma divisão. A exceção
acontece na Nave Industrial que, pela sua vasta área e elevado número de quadros, é iluminada por três
circuitos. Os interruptores e comutadores estarão a 1,5 m de altura. Os valores dos disjuntores usados
no projeto foram calculados a partir da corrente de serviço de cada circuito e seguindo o regulamento
de instalações elétricas de baixa tensão.

A iluminação de emergência prevista neste projeto é apenas a de presença e segurança para


garantir a circulação de pessoas e indicação de saída em casos de falta de energia da rede, assegurada
por luminárias com potencial de serem autónomas tipo blocos autónomos. A sua alimentação será a
partir das baterias incluídas nas luminárias escolhidas quando a alimentação da instalação falhar.

11.SISTEMAS DE PROTEÇÃO DAS PESSOAS


Todas as partes metálicas e material condutor dos equipamentos de potência e de uso geral que
podem, acidentalmente, entrar em contacto com as superfícies condutoras de energia deverão ser
convenientemente aterradas.

De forma a garantir uma utilização segura em toda a instalação foram aplicados métodos e
normas de segurança. Para este efeito o regime de neutro escolhido para esta instalação foi o regime
TT, em que existirão duas terras distintas. Neste sistema o neutro do transformador do posto de
transformação está ligado diretamente à terra de serviço e as massas ligadas à terra de proteção.

A proteção de pessoas contra contatos indiretos foi garantida pela ligação das massas metálicas
à terra. Esta ligação é feita quando o condutor de proteção incluído nas canalizações é ligado ao circuito
geral de terras através dos quadros. A seção deste condutor deverá ter sempre uma seção igual à dos
condutores neutros e um isolamento verde-amarelo. Para além disto, a proteção contra contatos

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indiretos deverá ser assegurada através da utilização de aparelhos de proteção, que serão sensíveis à
corrente diferencial, conforme se encontra nas peças desenhadas dos respetivos quadros elétricos. Para
isso foram utilizadas proteções diferenciais nos circuitos que alimentam cargas específicas e
barramentos de iluminação e tomadas. Todos estes aparelhos estão associados a um determinado
poder de corte que varia conforme o diferencial correspondente. Todos os diferenciais desta instalação
têm um valor de sensibilidade de corrente para defeitos fase terra na ordem dos 300 mA com a exceção
dos diferenciais que ligam aos circuitos dos balneários cujo valor é significativamente mais baixo, na
ordem dos 30 mA.

Relativamente à proteção de pessoas contra eventuais contatos diretos, esta foi assegurada
através do devido isolamento das partes ativas da instalação, bem como os equipamentos de força
motriz estarem fora do alcance de pessoal não autorizado ou sem os devidos conhecimentos para a sua
utilização em segurança. Também se teve em conta a utilização, em toda a instalação, de aparelhos e
equipamentos cujo fabrico obedece às prescrições impostas pelos Regulamentos de Segurança e pelas
normas em vigor aplicáveis.

Numa situação em que se justifique uma precaução extra pode-se também alimentar o
elemento em causa (uma tomada, por exemplo) através de um transformador de separação de pequena
potência de forma a salvaguardar que caso uma pessoa toque num dos terminais não recebe nenhum
choque elétrico. Ainda que os diferenciais da instalação estejam dimensionados para isso nunca
acontecer.

11.1. Ligações Equipotenciais

Deverão ser ligados à ligação equipotencial principal os elementos condutores indicados na


secção 413.1.2.1 do RTIEBT, nomeadamente, canalizações metálicas das redes de água, esgotos e gás
quando penetram no edifício, condutas metálicas, estruturas metálicas da construção, caminhos de
cabos metálicos, condutas de ar condicionado, etc. A secção dos condutores a utilizar nestas ligações
não deverá ser inferior a metade da secção do condutor de proteção de maior secção existente na
instalação.

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12.CÁLCULOS ELÉTRICOS

II – ESPECIFICAÇÕ ES E CONDIÇÕ ES TÉ CNICAS ESPECIAIS

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1. INTRODUÇÃO
Neste capítulo serão referidas as características principais a que deverão obedecer os materiais
a utilizar nesta instalação, bem como alguns pormenores da sua aplicação. A referência a marcas e
modelos destina-se a precisar melhor as características dos materiais cuja aplicação se prevê. Poderão
ser considerados outros modelos se, comprovadamente, apresentarem características não inferiores e
mais adequadas à instalação.

A empreitada compreendo o fornecimento, montagem e ensaios individuais e integrados, de


todos os equipamentos discriminados no presente projeto, de modo a entregar a Instalação ao Cliente
em adequadas e completas condições de funcionamento e exploração.

2. CARACTERÍSTICAS DOS MATERIAIS E EQUIPAMENTOS


Notas:

Falar da luz de 2ª, “alarme” do interruptor geral do quadro

Falar dos 30mA nas casas de banho

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